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A indústria cortou 69 mil postos de trabalho na passagem de março para abril, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 22. A queda foi de 1,9% no pessoal ocupado no setor. Em relação a abril de 2013, houve recuo de 2%, com a eliminação de 73 mil vagas.

Na construção, o número de empregados caiu 0,9% em abril ante março, 16 mil operários a menos. Em relação a abril de 2013, a queda foi de 3,1%, com a dispensa de 54 mil trabalhadores.

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Na direção oposta, o comércio contratou 45 mil trabalhadores na passagem de março para abril, alta de 1,1% no pessoal ocupado. Em relação a abril de 2013, entretanto, houve queda na mesma magnitude, de 1,1%, 48 mil empregados a menos.

A atividade de serviços prestados a empresas teve aumento de 0,8% no número de vagas em abril ante março, mais 29 mil contratações. Em relação a abril de 2013, a alta foi de 1,3%, 50 mil vagas a mais.

No setor de educação, saúde e administração pública, houve elevação de 0,5% no pessoal ocupado em abril ante março, 20 mil empregados a mais, e aumento de 0,8% na comparação com abril do ano passado, com 29 mil novas vagas.

Nos serviços domésticos, o pessoal ocupado aumentou 3,5% na passagem de março para abril, 47 mil trabalhadores a mais, mas teve queda de 0,2% em relação a abril de 2013, com a saída de 3 mil trabalhadores. Na categoria de outros serviços, o pessoal ocupado encolheu 0,8% em abril ante março, menos 35 mil vagas, mas aumentou 2,6% ante abril de 2013, com a criação de 106 mil vagas.

Os contratos futuros de petróleo negociados em Nova York encerraram o pregão desta quarta-feira (21) no maior valor desde 21 de abril após o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrar uma queda dos estoques da commodity nos Estados Unidos, em vez de uma subida, como era esperado. Por sua vez, o Brent, negociado em Londres, encontrou suporte nas tensões geopolíticas e mantiveram a tendência de alta das últimas sessões.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para julho fechou em alta de US$ 1,74 (1,70%), a US$ 104,07 por barril. Na IntercontinentalExchange, em Londres, o Brent para julho fechou em alta de US$ 0,86 (0,78%), a US$ 110,55 por barril.

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Na manhã de hoje, o Doe informou que na semana encerrada em 16 de maio os estoques de petróleo caíram 7,2 milhões, ante uma previsão de alta de 700 mil barris, reiterando a trajetória de redução já anunciada ontem pelos dados do American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias). O resultado de hoje sinaliza aos investidores um inesperado aumento da demanda norte-americana por petróleo, o que dá suporte para a alta.

Do outro lado do Atlântico, as tensões na Líbia e na Ucrânia continuam dando suporte à alta dos preços do Brent. Na Líbia, o Ministério do Interior, junto com o embaixador dos EUA para o país e o comandante da força área, apoiou uma ofensiva do general desertor Khalifa Hifter contra parlamentares islâmicos e milícias extremistas, intensificando o apoio para a campanha descrita pelo governo como um golpe.

"Os relatos de aumento de violência na Líbia têm fornecido uma fonte de apoio ao Brent", disse o analista de pesquisa da Tyche Capital Advisors, John Macaluso. Em relação ao Leste Europeu, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem reiterado que as tropas de seus país estão saindo da fronteira com a Ucrânia, o que é negado pelas potências ocidentais. (Com informações da Dow Jones Newswires)

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, minimizou o fato de a geração de empregos formais no Brasil em abril deste ano ter mostrado o pior desempenho para o mês na série histórica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) desde 1999. As empresas brasileiras criaram 105.384 mil vagas no mês passado, desempenho que só perdeu para abril de 1999, quando o País gerou 57.543 postos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ao ser questionado sobre o desempenho menor, Dias disse que "vamos fechar este ano melhor que o ano passado", ressaltando que no acumulado do ano foram geradas 458.145 vagas. Ele manteve a perspectiva oficial de geração de até 1,5 milhão de empregos neste ano, como parte da meta do governo Dilma Rousseff de encerrar seus quatro anos com o total de 5 milhões de vagas criadas.

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Dias colocou na conta a geração de vagas para a Copa, que, segundo ele, começaram a ser realizadas em maio e deverão se manter no setor de serviços após o mundial de futebol. "Certamente teremos um mês de maio melhor (do que abril), porque boa parte do emprego para a Copa será feita nesse mês", disse.

O otimismo do ministro foi questionado com base no número da indústria de transformação. O setor havia gerado 47.040 vagas em abril de 2013, segundo os dados ajustados do Caged, e encerrou o mesmo mês neste ano com a demissão de 3.427 trabalhadores. Dias argumentou que a redução é resultado do "pleno emprego" atingido no País, o que teria como efeito colateral fazer com que as gerações de novos postos de trabalho sejam menores. "Não vamos ficar com essa situação de pleno emprego mantendo a média de crescimento espetacular que tivemos no passado", afirmou.

A geração de trabalhos formais registrada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em abril foi positiva para o setor de serviços. O segmento terminou o mês com 68.876 vagas criadas, como resultado da diferença entre contratações e demissões. Serviços foi o principal gerador de empregos em abril, cujo resultado geral verificado pelo Caged foi de 105.384 postos de trabalho no mês.

O desempenho da construção civil também foi positivo na geração de empregos em abril, conforme dados do Caged. O setor gerou 4.317 vagas no quarto mês deste ano. A geração de emprego no agronegócio brasileiro em abril também se manteve positiva, apesar de demissão, segundo o Caged, de 14.052 trabalhadores do setor no quarto mês deste ano. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) afirma que o resultado positivo foi puxado pelas atividades de cultivo de café e cana-de-açúcar, que compensaram demissões verificadas nos segmentos da soja e frutas.

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Já no comércio, a geração de empregos foi positiva em abril com 16.569 vagas no quarto mês deste ano. O titular do MTE, Manoel Dias, disse que a perspectiva é de novas contratações em maio e junho por causa da Copa.

Na indústria, porém, o saldo entre demissões e contrações encerrou abril negativo, conforme o Caged. O resultado no setor foi o fechamento de 3.427 mil postos de trabalho no quarto mês deste ano.

Geral - Na comparação do saldo de empregos líquidos gerados nos meses de abril de 2013 e 2014, o Caged registrou queda tanto na avaliação sem ajuste quanto na ajustada. No saldo sem ajuste, a redução foi de 46,48% no mês, na comparação das 196.913 vagas criadas em abril de 2013 com as 105.384 geradas em 2014. Já entre as vagas ajustadas, o que inclui dados repassados por empresas fora do prazo dado pelo MTE para que elas informem contratações e demissões, o recuo foi de 95,89%. Em abril do ano passado, o saldo ajustado era de 256.225 postos de trabalho com carteira assinada, ante as 105.384 do mês passado.

No geral, no primeiro trimestre de 2014, o saldo de geração de vagas formais somou 458.145. Em 12 meses, foram gerados 884.976 postos, segundo o MTE.

O Brasil fechou o mês de abril com 273,6 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, segundo dados divulgados nesta terça-feira (20), pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No mês, houve um aumento de 15,49 mil linhas de telefone móvel e a teledensidade chegou a 135,21 acessos por 100 habitantes.

Os números da Anatel mostram que, em abril, os acessos pré-pagos totalizavam 211,63 milhões, ou seja, 77,35% do total das linhas móveis do País. Já os pós-pagos atingiram 61,97 milhões, 22,65% do total. A banda larga móvel totalizou 118,41 milhões de acessos, dos quais 2,49 milhões eram terminais 4G.

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Com relação à participação das operadoras no mercado, a Vivo continua liderando, com 78,550 milhões de linhas ativas na telefonia móvel em abril (28,71%). Em seguida, vem a TIM, com 73,871 milhões (27%); a Claro, com 68,490 milhões (25,03%), e a Oi, com 50,671 milhões de linhas ativas (18,52%).

O Distrito Federal é a unidade da federação com maior teledensidade. Em abril, o número de acessos por 100 habitantes no Distrito Federal chegou a 217,97. Em seguida, vem São Paulo (150,06) e o Rio de Janeiro (147,05).

As vendas da indústria da construção no mercado interno recuaram 9,1% em abril de 2014 ante o mesmo mês de 2013 e 4,4% em relação a março deste ano, segundo os dados deflacionados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, houve queda 2% no faturamento do setor em relação a igual intervalo do ano passado.

O resultado de abril levou a Abramat a rever a previsão para o crescimento das vendas em 2014, de 4,5% para 3%. "O ano começou bem, com crescimento em janeiro e fevereiro, mas as vendas da maioria dos materiais, em março e abril, caíram fortemente", diz, em nota, o presidente da Associação, Walter Cover.

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Segundo Cover, os segmentos de varejo, imobiliário e infraestrutura apresentaram resultados abaixo do esperado, enquanto os produtos de acabamento sofreram menos. "Ainda há tempo para uma recuperação, mas torna-se mais difícil atingirmos o crescimento previsto para 2014, de 4,5%", disse Cover.

O executivo acrescenta que, embora os índices de emprego e renda continuem positivos, o crédito às famílias e as expectativas sobre o futuro da economia continuam preocupando tanto os consumidores como os empresários e, com isso, as compras e os investimentos são postergados.

Os números da Abramat apontam ainda que os empregos na indústria cresceram 6,7% em relação a abril de 2013. Já em relação ao mês imediatamente anterior, o crescimento foi de 1%.

No mês de abril foram comercializados por meio de financiamento 143.259 veículos no Estado de São Paulo, de acordo com dados da Cetip, companhia que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG). Em relação a março, houve aumento de 10% e, na comparação com abril de 2013, retração de 12% no volume de veículos financiados no Estado.

De acordo com dados da Cetip, deste total, foram 98.245 carros de passeio, 22.145 comerciais leves, 14.649 motos, 5.584 caminhões, 987 motos e 649 outros tipos de veículos. No acumulado do ano, foram financiados 562.234 veículos no Estado de São Paulo.

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Em todo o País, o volume de veículos comercializados por meio de financiamento atingiu 515.260 unidades, somando R$ 13,6 bilhões, valor é 17% maior que o registrado em março.

O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito avançou 4,8% em abril na comparação com março, informou nesta terça-feira, 20, a Serasa Experian, que também informou uma queda de 0,3% na comparação com abril do ano passado.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a alta na demanda das empresas por crédito na comparação mensal "reflete uma recuperação quase que integral do tombo de 5,3% observado em março de 2014", considerando o deslocamento para aquele mês do feriado do carnaval, que geralmente ocorre em fevereiro.

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Já no acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, a demanda por crédito subiu 2,6% ante o mesmo período de 2013 e é o resultado mais expressivo para o período desde 2011. "(O avanço) é reflexo de uma certa antecipação da produção e consequente necessidade de capital de giro por parte das empresas, tendo em vista a proximidade (e as prováveis interrupções em determinados processos produtivos) da Copa do Mundo", disse a Serasa em nota.

As vendas reais do varejo cresceram 6,3% no mês de abril deste ano ante o mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Em estudo realizado com varejistas associados, o instituto lembrou, porém, que a comparação é influenciada por um efeito calendário. Este ano, a Páscoa ocorreu em abril e não em março, como em 2013, e o evento tem peso sobre os resultados do varejo de bens não duráveis.

Para maio, a expectativa dos varejistas do IDV é de continuidade do ritmo de crescimento. O Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV) aponta para elevação de 6,9% nas vendas em maio na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A expectativa ainda é de 8,4% de crescimento nas vendas em junho e de 4,1% para julho.

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Em nota, o presidente do IDV, Flávio Rocha, afirma que, na média dos primeiros quatro meses de 2014, o desempenho do varejo como um todo supera 2013. O índice do IDV aponta crescimento médio de 5,4% entre janeiro e abril enquanto no ano passado esse ritmo era de 2,1%.

O varejo de não-duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, food service e perfumaria, apresentou alta de 9,7% nas vendas em abril. A perspectiva é de crescimento de 1,6% no segmento em maio, 10,6% em junho e 4,5% em julho, sendo que a Copa do Mundo influencia os resultados de junho.

Já o setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, teve desempenho moderado em abril, com alta de 4,2% nas vendas na comparação com abril de 2013. Para os próximos meses, a expectativa é de crescimento de 12,8% em maio, 9,5% em junho e 5%, em julho, sempre em comparação aos mesmos períodos do ano anterior.

O segmento de bens duráveis atingiu 3,1% de crescimento em abril de 2014 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Para este e os próximos dois meses, as expectativas de aumento são de 9,6% de alta nas vendas em maio, 4,1% em junho e 2,9% em julho, na mesma comparação.

Os dados do IDV levam em consideração as vendas realizadas e as estimativas dos associados da entidade. São 56 empresas de grande porte como Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Magazine Luiza e Walmart, entre outras.

O volume de cheques sem fundos atingiu 2,07% do total de documentos movimentados no mês de abril, o que representa uma queda ante o porcentual de 2,16% apurado em março. Os números, divulgados nesta segunda-feira, 19, pela Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), mostram ainda que o resultado de abril deste ano é levemente superior ao do mesmo mês de 2013, quando atingiu 2,04%.

No primeiro quadrimestre do ano, o número de cheques devolvidos por falta de fundos (segunda devolução) recuou 8,9%, enquanto o volume de cheques movimentados diminuiu 9,5%. No mesmo período, esse tipo de devolução foi 10,9% menor entre as pessoas físicas e 3,4% inferior para as pessoas jurídicas.

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Na passagem de março para abril, houve retração de 5,5% no número de cheques devolvidos e decréscimo de 1,0% no total de cheques movimentados. Segundo a Boa Vista, este cenário contribuiu para o recuo do índice no período.

A venda de veículos importados atingiu 7.739 unidades em abril de 2014, baixa de 29% ante o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 10.903 unidades. Em relação ao mês de março de 2014, as vendas no mês passado cresceram 3,7%, já que foram vendidos 7.466 veículos no período anterior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 13, pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).

No primeiro quadrimestre, 32.960 veículos importados foram comercializados no Brasil pelas associadas à Abeifa, baixa de 5,3% sobre o total de 34.815 veículos vendidos no País entre janeiro e abril de 2013. Com o resultado até o momento, a Abeifa já fala em estabilidade nas vendas este ano sobre as 111 mil unidades de 2013, após prever um crescimento para 120 mil unidades de veículos importados em 2014.

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"Se chegarmos ao mesmo patamar de 2013, com pouco mais de 111 mil unidades emplacadas no ano, será um bom resultado", informou Marcel Visconde, que assumiu a presidência da Abeifa no mês passado. "O desempenho de 2014, até agora, sinaliza que aspectos como a confiança do consumidor e as expectativas do cenário econômico futuro possam ter gerado comportamento de retenção ao consumo", completo.

O valor da cesta básica paulistana registrou crescimento de 4,11% em abril. Dos 31 produtos pesquisados, 29 apresentaram alta e dois diminuíram de preço, de acordo com Pesquisa da Fundação Procon-SP feita em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o levantamento, o preço médio do conjunto de itens essenciais passou de R$ 393,37, no dia 31 de março, para R$ 409,53, no dia 30 de abril. No ano, a variação nos preços é de 7,18% e nos últimos 12 meses, a elevação do custo da cesta básica é de 7,50%.

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Em abril, entre os grupos analisados a maior alta nos preços foi verificada no segmento de Limpeza (5,65%), seguido de Alimentação (4,16%) e Higiene Pessoal (1,81%). Dos produtos que compõem a cesta básica, o maior vilão no mês foi a batata, que registrou alta de 25,51% na comparação com março. Em seguida, registraram as maiores altas: cebola (12,23%), salsicha (9,92%), extrato de tomate (8,90%) e alho (8,15%).

Já as maiores quedas nos preços registradas no período foram: papel higiênico (-2,33%) e frango resfriado inteiro (-0,20%).

A inadimplência no País medida com base nos registros da Boa Vista SCPC aumentou 5,6% na passagem de março para abril deste ano, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com abril de 2013, o indicador apresentou queda de 2,8% e no acumulado do quadrimestre houve expansão de 2,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A instituição destaca no entanto que, no comparativo acumulado de 12 meses até abril, a inadimplência mostrou desaceleração e passou para 1,6%, ante alta de 2% apurada nos 12 meses encerrados em abril de 2013.

De acordo com análise da Boa Vista, a expectativa para o ano de 2014 é de alta da inadimplência, ainda que pequena, dada a perspectiva de piora do mercado de trabalho e do aumento da taxa básica de juro ao longo do último ano. Ainda assim, a seletividade nas concessões de financiamento deve evitar um aumento mais significativo das dívidas em atraso.

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Considerando apenas o setor varejista dentro do índice, a inadimplência em abril caiu 6% na comparação com março. O valor médio real das dívidas incluídas em abril foi de R$ 1.365. Na coleta por região, o levantamento mostrou que a região Centro-Oeste teve o maior aumento da inadimplência em abril ante março, de 8,9%, seguido por Sul (8,3%), Nordeste (7,3%) Norte (7,1%) e Sudeste (3,8%).

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Itália avançou 0,2% em abril ante março e subiu 0,6% na comparação anual, segundo dados finais divulgados hoje pelo instituto de estatísticas do país, o Istat.

Os dados vieram em linha com os números preliminares. Com informações da Dow Jones Newswires.

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A produção de motocicletas atingiu 146.838 unidades em abril, alta de 18,7% em relação às 123.675 fabricadas em março, mas queda de 5,1%, sobre igual período de 2013, quando foram produzidos 154.672 veículos, informou a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Segundo a entidade, no primeiro quadrimestre de 2014 as montadoras fabricaram 555.788 motos, alta de 3,3% sobre as 537.871 unidades de igual período de 2013. A Abraciclo prevê que a produção deva seguir aquecida até junho e recuar, com as vendas, durante a Copa do Mundo.

As vendas das indústrias às concessionárias, de 142.473 unidades em abril, foram 10,6% menores em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram vendidas 159.306 motos. Na comparação com março, houve aumento de 12% nas vendas no atacado. Apesar da produção maior no quadrimestre, as vendas das montadoras para concessionárias no período, de 511.726 unidades, foram 2,9% menores que entre janeiro e abril de 2013, com 526.772 motos.

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Já os licenciamentos de abril caíram 13,6% sobre igual mês do ano passado, de 140.878 para 121.744 motocicletas. Quando se compara a média diária de vendas, a queda fica em 4,9%, passando de 6.404 unidades, em abril de 2013, para 6.087, no mesmo mês do presente ano. O setor de motocicletas comercializou 487.050 unidades no primeiro quadrimestre deste ano, volume 1,2% inferior em comparação com igual período de 2013, quando 493.038 veículos haviam sido emplacados.

"Além de contarmos com dois dias úteis a menos de vendas em abril, feriados prolongados costumam afetar muito o andamento dos negócios, principalmente na véspera e no dia seguinte a essas folgas, quando há queda na presença de consumidores nas concessionárias", avaliou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. "Mesmo assim, mantemos a projeção de estabilidade para o volume total deste ano em relação a 2013", completou.

As exportações de motos registraram alta de 3,8% no primeiro quadrimestre deste ano ante igual período de 2013, mas recuaram em abril. Com 6.958 motos exportadas, as vendas externas foram 30,2% menores em relação às 9.975 unidades de abril do ano passado e 20% mais baixas que as 8.887 unidades de março deste ano.

Os reajustes nos preços dos medicamentos e nas tarifas de energia elétrica residencial foram o principal impulso para a inflação percebida pelas famílias de baixa renda em abril. Os medicamentos subiram 2,45%, enquanto a tarifa de eletricidade avançou 2,41%. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) saiu de 0,85% em março para aumentar 1,05% no mês passado. Por outro lado, os alimentos desaceleraram no período.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os grupos que mais pressionaram o indicador foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 1,68%) e Habitação (0,54% para 0,73%), impactados pelos dois itens de destaque na inflação de abril. Também aceleraram Transportes (0,28% para 0,68%), com a alta de 0,80% na tarifa de ônibus urbano, Vestuário (0,33% para 0,71%), com a elevação de 0,77% nos preços de roupas.

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Ao todo, seis das oito classes de despesas pesquisadas pela FGV ganharam força na passagem do mês. Completam o quadro as classes de Despesas Diversas (0,21% para 0,36%) e Comunicação (-0,22% para -0,03%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens clínica veterinária (0,14% para 1,03%) e tarifa de telefone residencial (-0,49% para -0,12%), respectivamente.

No sentido contrário, o grupo Alimentação desacelerou de 1,85% para 1,69%, influenciado pelas hortaliças e legumes (19,55% para 5,52%). O tomate teve queda de 3,59%, enquanto a batata-inglesa subiu 25,17%, menos do que em março. Apesar disso, o leite longa vida ainda ganhou força e subiu 6,78% em abril, de 3,19% no mês anterior.

Por fim, o grupo Educação, Leitura e Recreação teve queda de 0,40%, após subir 0,85% em março. A principal contribuição veio das passagens aéreas, com recuo de 29,23%, após alta de 13,34% em março.

Maior que a média

A taxa do IPC-C1 de abril, de 1,05%, foi superior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,77% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.

A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 acelerou de 5,10% em março para 5,57% até abril de 2014, mas segue em patamar inferior em relação ao IPC-BR, que subiu 6,36% em igual período.

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 1,05% em abril, ante avanço de 0,85% em março, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado nesta segunda-feira (12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula altas de 3,10% no ano e de 5,57% em 12 meses.

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Apontados como um dos principais vilões da inflação, os preços dos serviços pisaram no freio em abril. O segmento reduziu o ritmo de alta para 0,44%, após um aumento de 1,09% em março. O resultado contribuiu para amenizar a inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nesta sexta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Diante da pressão menor dos serviços, a taxa do IPCA de 0,67% no mês passado foi menor até mesmo que a registrada pelos bens e serviços monitorados pelo governo, que subiram 0,77%. Ou seja, os preços administrados pelo governo pressionaram mais o IPCA de abril, enquanto os serviços impediram uma alta maior na inflação oficial.

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As passagens aéreas contribuíram para essa inversão de papéis que levaram os serviços a assumir repentinamente a posição de mocinhos. As tarifas ficaram 1,87% mais baratas em abril, após alta de 26,49% em março. "As passagens aéreas tinham aumentado em março por causa do carnaval. Passado o carnaval, elas voltaram a cair", explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Também houve contribuição da desaceleração da alimentação fora de casa, que subiu 0,57%, depois de ter aumentado 0,96% na leitura anterior. "Pode ser que tenha havido certa moderação na demanda, porque os preços subiram tanto que as pessoas podem ter segurado um pouco (o consumo)", considerou Eulina.

Apesar do resultado favorável em abril, a Tendências Consultoria Integrada prevê que a baixa taxa de inflação registrada pelos serviços no mês será um movimento pontual. A desaceleração ficou concentrada em alguns itens de peso relevante, enquanto outros, de menor peso, registraram aceleração no ritmo de aumento, como os serviços de saúde, reparos, consertos e manutenção.

"Portanto, tudo indica que a baixa taxa de variação registrada pela inflação de serviços em abril não deve se repetir nos próximos meses, em especial nos meses em que ocorrerão a Copa do Mundo, já que o evento deve impor pressões altistas para os preços deste setor", avaliaram as economistas Alessandra Ribeiro e Adriana Molinari, da Tendências.

A taxa acumulada em 12 meses no setor de serviços ficou em 8,99% em abril, ainda bem acima do IPCA, que fechou em 6,28% no mesmo período. "O IPCA (em 12 meses) vem sendo pressionado pelos serviços e pelo grupo dos alimentos", confirmou Eulina.

Já os bens e serviços monitorados pelo governo ainda contribuem para conter a inflação no País. Em 12 meses, a alta acumulada pelos preços administrados foi de apenas 3,80%.

O repique da inflação de monitorados em abril foi provocado pelo encarecimento dos remédios, energia elétrica, gasolina, planos de saúde e taxa de água e esgoto. A alta da tarifa de energia elétrica residencial alcançou 1,62%.

A categoria deve voltar a pressionar o índice de preços em maio, com a absorção do impacto de reajustes de energia em cinco regiões metropolitanas: Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Recife. Também devem pesar no orçamento das famílias novos reajustes na taxa de água e esgoto, ônibus urbano, táxi e telefone fixo.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta sexta-feira (9), que a situação do setor "não é fácil" e que os cenários dos estoques e das vendas para o mercado externo "são extremamente preocupantes" em meio ao momento de ajuste da capacidade produtiva e do ritmo de vendas vivido pelo segmento.

Apesar do diagnóstico negativo, Moan relativizou a situação e disse que o Brasil continua como o quarto maior mercado automotivo do mundo em um cenário de muita competição. "O que temos é um descompasso entre as vendas e a nova capacidade de produção", disse, destacando que o segmento planeja grandes investimentos em novos modelos e na expansão da capacidade produtiva.

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Em abril, a venda de veículos leves, ônibus e caminhões apresentou recuo de 12,1%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a produção teve retração 21,4% entre abril de 2013 e abril de 2014, segundo dados divulgados pela Anfavea hoje. Na comparação com março, houve avanço nos licenciamentos (21,8%), mas uma expansão mais tímida na produção (1,6%).

Exportação

Moan destacou que os dados referentes às exportações são "o exemplo mais clássico da volatilidade do mercado". Na passagem de março para abril, a quantidade de veículos exportados aumentou 55,7% e a receita com as vendas para outros países cresceu 17,1%. De acordo com o presidente da Anfavea, a alta expressiva registrada em abril se deve ao desempenho "ruim" de março, prejudicado pelos entraves nas vendas para a Argentina.

Argentina

"O processo de negociação entre os governos brasileiro e argentino e os setores privados dos dois países ao longo do mês de abril já mostrou melhoras (no desempenho das exportações)", afirmou o executivo. Entre os pleitos da Anfavea está a prorrogação do acordo automotivo com a Argentina por dois anos, "nos atuais moldes, em um cenário de livre-comércio e com o índice do flex em 1,95", destacou Moan.

Pela proposta da Anfavea, para cada US$ 1 milhão em veículos argentinos exportados para o Brasil, as montadoras brasileiras teriam direito a exportar US$ 1,95 milhão ao país vizinho sem incidência de imposto de importação. A Argentina propõe a volta do sistema de "flex", mas com um índice menor, de 1,30. Nesta quinta-feira, 8, o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, anunciou que o acordo será estendido provisoriamente por um ano sem limitação de comércio.

O presidente da Anfavea destacou que o impasse com o país vizinho é a prioridade nas discussões com o governo, a ponto de outros assuntos, como a recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não ter tido espaço nas reuniões. "Todas as sinalizações que tenho são de que o IPI vai voltar às alíquotas originais em julho", comentou o executivo.

Crédito

O setor aguarda ainda mais flexibilidade na concessão de crédito. "Neste momento o governo está discutindo com a rede bancária quais mecanismos seriam factíveis para reduzir o grau da seletividade do crédito", disse Moan. De acordo com o presidente da Anfavea, é necessário aguardar as possíveis medidas adotadas tanto no tocante à situação creditícia quanto ao impasse das exportações para a Argentina, para que as projeções do setor para este ano sejam revisadas. "Apesar de haver um viés de baixa, não estamos revisando estimativas neste momento", disse.

A energia elétrica ficou 1,62% mais cara para o consumidor em abril e já impactou a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O item deu uma contribuição de 0,04 ponto porcentual para a taxa de 0,67% do IPCA de abril, na margem, atrás apenas da batata-inglesa (0,06 ponto porcentual), remédios (0,06 ponto porcentual) e carnes (0,05 ponto porcentual).

Houve reajustes nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 14,24%, a partir de 8 de abril), Porto Alegre (de 28,86% em uma concessionária em 19 de abril), Fortaleza (de 16,55% em 22 de abril) e Salvador (de 14,69% em 22 de abril). Como resultado, o grupo Habitação passou de uma variação de 0,33% em março para 0,87% em abril.

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A taxa de água e esgoto também contribuiu para o aumento das despesas com habitação no mês, quando ficou 0,76% mais cara. No Recife, a taxa de água e esgoto aumentou 5,91%, devido a um reajuste de 8,75% em 20 de março, e, em Curitiba, a alta foi de 5,28%, com reajuste de 6,40% em vigor desde 24 de março.

Para o IBGE, reajustes de energia elétrica em cinco regiões metropolitanas devem voltar a pesar no bolso dos consumidores em maio e a impactar o IPCA no mês. Isso porque, diz o Instituto, ainda há resíduos de reajustes anteriores a serem absorvidos pela inflação. "Ainda tem uma parte para entrar em maio", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto.

Em Porto Alegre, o reajuste na tarifa foi de 28,86% desde 19 de abril; em Belo Horizonte, o aumento foi de 14,24% em 8 de abril, o que significa que ainda falta absorver um quarto do reajuste; em Fortaleza, reajuste de 16,55% em 22 de abril; em Salvador, alta de 14,69% a partir de 22 de abril; e, no Recife, 17,69% a partir de 29 de abril, que será inteiramente absorvido pelo indicador de maio.

Outros impactos de serviços monitorados previstos para maio são reajustes de taxa de água e esgoto em Belo Horizonte (de 6,18% a partir de 13 de maio) e Goiânia (5,54% a partir de 1º de maio); ônibus urbano em Porto Alegre (5,36% em 7 de abril) e Goiânia (3,60% a partir de 1º de maio); táxi em Porto Alegre (7,3% a partir de 30 de abril) e Belo Horizonte (5,96% a partir de 8 de maio); e telefone fixo para grande parte das operadoras (de 10,68% no valor do minuto a partir de 18 de abril) em todas as áreas pesquisadas, exceto São Paulo, Recife e Fortaleza.

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