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A utilização da capacidade instalada na indústria brasileira permaneceu inalterada em abril ao marcar 67%, o mesmo número de março. A Sondagem Industrial divulgada nesta quinta-feira, 21, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou intensa queda na atividade produtiva, que atingiu 39,7 pontos em abril, contra 48,2 pontos no mês anterior. O indicador segue muito abaixo dos 50 pontos - nível limite para indicar melhora na atividade industrial.

De acordo com a CNI, o dado reforça as perspectivas pessimistas para maio. O nível de estoques apresentou uma alta em abril, com 51,8 pontos, ante 50,7 pontos no mês anterior. Na média geral das empresas, o nível de estoque efetivo-planejado ficou em 51,8 pontos em abril, contra 52,1 pontos em março.

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A desaceleração da atividade produtiva atingiu também o número de empregados, que caiu mais uma vez. O índice atingiu 43,1 pontos em abril, ante 43,6 em março, distante dos 50 pontos. "É o pior índice da série histórica e valores abaixo de 50 indicam queda no número de empregados", registrou na pesquisa a CNI.

O quadro negativo contribuiu para a indústria reduzir a perspectiva de investimento para maio (44,2 pontos), 2,3 pontos a menos na comparação com a projeção feita em abril (46,5 pontos).

A taxa de desemprego apurada em abril deste ano, de 6,4%, é a maior desde março de 2011, quando ficou em 6,5%, informou nesta quinta-feira (21) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou a Pesquisa Mensal de Emprego do mês passado. O resultado ainda se iguala ao observado em abril e maio de 2011, quando a desocupação também ficou em 6,4% da população economicamente ativa.

Considerando apenas meses de abril, a taxa de desemprego observada em 2015 é a maior desde 2010, quando ficou em 7,3%, e igual à de 2011 (6,4%).

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De acordo com IBGE, a população desocupada - que busca trabalho, mas não encontra - recebeu um contingente de 384 mil pessoas a mais entre abril de 2014 e o mês passado. Isso representa um crescimento de 32,7% na comparação interanual, segundo o órgão.

Por outro lado, a população ocupada diminuiu nesse intervalo. A queda foi de 0,7% em abril contra igual mês do ano passado, o que significou um corte de 171 mil postos de trabalho. Houve ainda aumento de 0,9% na população economicamente ativa (+213 mil pessoas) e avanço de 0,4% nos inativos (+70 mil pessoas) nesta mesma comparação.

Em abril ante março, a população desocupada também aumentou. São 63 mil pessoas a mais na fila do desemprego na passagem do mês, alta de 4,2%, segundo o IBGE. A população ocupada também cresceu, mas em ritmo menor: o avanço foi de 0,2%, o que representa 42 mil pessoas a mais com emprego na comparação com março.

Houve ainda alta de 0,4% na população economicamente ativa em abril ante março (+105 mil pessoas), enquanto a população inativa diminuiu 0,5% no período (-104 mil pessoas).

O indicador de inadimplência do consumidor da Serasa Experian avançou 1,8% em abril, na comparação com março. O resultado representa uma aceleração, após uma ligeira alta de 0,2% em março e uma retração de 0,9% em fevereiro. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a inadimplência entre os consumidores cresceu 14,9%, ante o mesmo período de 2014.

O aumento do desemprego, a inflação mais alta e a elevação dos juros são apontados como motivos para o aumento do atraso nos pagamentos, segundo os economistas da Serasa Experian.

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Na passagem de março para abril, dívidas junto aos bancos, com alta de 8,2%, foram as responsáveis pelo avanço do indicador. Os outros três componentes do indicador registraram queda na margem: as dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo - apresentaram retração de 2,6%, os títulos protestados, de 14,8%, e os cheques sem fundos, de 10,7%, sendo, nesta ordem, os fatores que mais contribuíram para o alívio do índice no mês passado.

O valor médio das dívidas não bancárias subiu 29,7% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2015 sobre mesmo período do ano anterior, para R$ 413,44. Já o valor médio dos cheques sem fundos aumentou 10,0% no mesmo período, para R$ 1.828,17, em média. O valor médio das dívidas com os bancos registrou ligeira alta, de 0,1%, para R$ 1.247,12. Os títulos protestados foram os únicos que registrar queda nos valores médios, com retração de 3,4%, para R$ 1.372,90, segundo a Serasa Experian.

A produção brasileira de aço bruto em abril cresceu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, para 2,912 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (15), pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

A produção de laminados recuou 2,7% na mesma comparação, para 2,15 milhões de toneladas. A de planos, por sua vez, subiu 0,9% em abril na relação anual, para 1,284 milhão de toneladas. O volume produzido de aço longo despencou 7,6% em abril ante abril de 2014, para 865,6 mil toneladas.

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De janeiro a abril o volume produzido de aço bruto ficou em 11,332 milhões de toneladas, alta de 1,6% na relação anual. O volume de laminados subiu 2,5% nos quatro primeiros meses do ano; planos subiu 11,7% e a de longos, na contramão, caiu 9,2%.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril foi de 2 milhões de toneladas, totalizando 8,1 milhões de toneladas no período de janeiro a abril de 2015, queda de 8,5% e 4,2%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

Importação

A importação de aço somou 436 mil toneladas em abril, aumento de 45,8% em relação ao observado em março. Em relação ao mesmo intervalo do ano passado a alta foi de 19,4%.

O Procon Jaboatão divulgou, nesta sexta-feira (15), o ranking das empresas mais reclamadas no mês de abril no município. A empresa de telefonia Oi liderou a lista, tendo como itens mais reclamados a inclusão de serviços não solicitados e a troca de plano não autorizada. Esta não é a primeira vez que a empresa fica em primeiro lugar; a diferença é que, agora, a Oi móvel passou a receber praticamente o mesmo número de reclamações que a linha Oi de telefonia fixa. 

Em segundo lugar no ranking ficou a Celpe. O Procon se reuniu com a empresa de fornecimento de energia para esclarecer problemas apontados pelos consumidores, como queixas de recebimentos de duas contas com datas de vencimento idênticas ou próximas. No encontro foram discutidos também o recadastramento obrigatório para que pessoas de baixo poder aquisitivo paguem a tarifa social de luz. Está havendo um atraso nessa informação para a Celpe e, por isso, muitos consumidores têm perdido o benefício, mesmo já tendo feito o recadastramento e estando em situação regular.

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O Procon Jaboatão manteve reunião também com a Sky, que aparece em quarto lugar na lista de abril, e com as Casas Bahia, citada em rankings anteriores. 

Confira o ranking:

EMPRESAS MAIS RECLAMADAS EM ABRIL

1- Oi

2- Celpe

3- Eletroshopping

4- Sky

5- Compesa

6- Cardif (garantia estendida)

7- Itaucard (administra também  o Hipercard e o Cartão Marisa)

8- Claro/ CCE

9- Insinuante

10- Bradescard (administra o cartão IBI-C&A)

Com informações da assessoria

 

Na disputa acirrada para evitar a liderança das reclamações contra bancos, desta vez foi o Bradesco que acabou ficando no topo. Em março, o HSBC se tornou o primeiro colocado, ultrapassando a Caixa, que figurava como a instituição com maior volume de queixas em relação ao tamanho em fevereiro. Entram na lista formulada todos os meses pelo Banco Central os bancos com mais de 2 milhões de clientes.

De acordo com o BC, em abril, o Bradesco recebeu 11,90 pontos ante 9,07 pontos de março, quando estava na segunda colocação. A instituição, que conta com 75,5 milhões de clientes, recebeu 899 queixas consideradas procedentes pelo órgão fiscalizador. Na segunda posição agora está o HSBC, que tem 10,1 milhões de clientes. O conglomerado teve 9,07 pontos ao receber 92 críticas dos consumidores avalizadas pelo BC.

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Já a Caixa está na terceira posição, com 7,42 pontos provenientes de 562 reclamações de um total de 75,6 milhões de clientes. Essa classificação é gerada com base em um índice que leva em conta instituições que receberam o maior volume de queixas de usuários de seu serviço em relação ao total de clientes. Todas são avaliadas pelo BC pelo seu conglomerado.

Na quarta posição, com 5,23 pontos, está o Santander, que conta com uma base de 32,1 milhões de clientes - o total de críticas aos seus serviços em abril foi de 168, conforme o BC. Na quinta colocação, encontra-se o Banco do Brasil, que possui 55,6 milhões de clientes e foi apontado por erros e omissões por 260 vezes no mês passado. Isso fez com que a instituição obtivesse 4,67 pontos no período. Da sexta até a décima colocação estão as seguintes casas: Itaú, Votorantim, Mercantil do Brasil, Banrisul e Banco do Nordeste do Brasil.

A queixa geral mais comum no mês passado foi sobre restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais por recusa injustificada, com um total de 849 indicações. O segundo maior motivo de queixas foi em relação a irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços (438) e, o terceiro, a débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente (174). A insatisfação dos clientes com a resposta recebida da instituição financeira referente à reclamação registrada no Banco Central ficou em quarto lugar, com 121 críticas, e a cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados, em quinto, com 108.

Além do volume de clientes e da inclusão de financeiras, a ampliação da base de clientes de cada instituição ou conglomerado foi alvo de mudança metodológica feita pela autarquia desde julho do ano passado. Até então, apenas os que faziam operações de depósitos com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) eram contabilizados. Agora, outras operações de depósitos também podem entrar na apuração, como as de consumidores que fazem empréstimos ou investimentos em um banco mesmo sem ter conta na casa.

O indicador de recuperação de crédito do consumidor - obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes - subiu 6,4% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo a Boa Vista SCPC. Na comparação com abril do ano passado, houve alta de 2,8%. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano houve queda de 1,9% ante igual intervalo de 2014. Em 12 meses, a retração é de 3,8%.

"A queda registrada pelo indicador de recuperação de crédito do consumidor (no acumulado em 12 meses) reflete, além da menor intensidade das transações no mercado creditício, uma maior deterioração do cenário macroeconômico - especialmente do mercado de trabalho", dizem os economistas da Boa Vista em relatório.

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Segundo eles, apesar do mercado de crédito ainda permanecer com um bom desempenho, pode ocorrer uma ligeira deterioração nos próximos meses, o que deverá trazer novo resultado negativo na recuperação de crédito. A expectativa é que o indicador termine o ano com queda de 2,0% na comparação com 2014.

Considerando apenas o setor de varejo, o indicador de recuperação do crédito do consumidor caiu 3,6% em abril ante março e recuou 17,8% na comparação com abril do ano passado. Na divisão geográfica, o índice geral subiu em todas as regiões em abril, na margem (Sul +8,7%, Sudeste +7,0%, Centro-Oeste +5,0%, Norte +4,6% e Nordeste +4,3%).

O indicador de recuperação de crédito é elaborado a partir da quantidade de exclusões dos registros de dívidas vencidas e não pagas informados anteriormente à Boa Vista pelas empresas credoras. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100.

O financiamento de automóveis de passeio, comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus no Brasil caiu 12% em abril ante março e 15% na comparação com o mesmo mês do ano passado, mostram números da Unidade de Financiamentos da Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), base de cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil. Com o resultado, os financiamentos de veículos acumulam queda de 10,2% nos quatro primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2014.

No mês passado, foram financiados 437.855 veículos em todo o País. A maior parte foi de usados, cujos financiamentos somaram 238.591 unidades em abril, o equivalente a quedas de 11,4% ante março e de 4,9% frente um ano atrás. No ano, a retração acumulada é de 2,3%. Já os veículos novos financiados totalizaram 199.264 unidades no mês passado, recuos de 12,7% na variação mensal e de 24,6% na comparação anual. De janeiro a abril, acumulam tombo de 18,3%.

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Desempenho por segmento

Entre os segmentos analisados, o de pesados apresentou mais uma vez o pior desempenho. Entre novos e usados, os financiamentos de caminhões e ônibus totalizaram 16.646 unidades em abril, queda de 10% ante março e tombo de 36,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com o resultado, os financiamentos de pesados no Brasil acumulam queda de 30,6% nos quatro primeiros meses de 2015 frente a igual período de 2014.

O financiamento de autos e leves, por sua vez, registrou em abril recuos de 10,7% na comparação com março e de 14,8% ante abril do ano passado, ao somar 340.882 unidades financiadas. No ano, acumula queda de 9,2%. Já os financiamentos de motocicletas somaram 79.365 unidades no mês passado, número 17,5% menor do que o de março e 9,1% a menos do que o total financiado em abril de 2014. De janeiro a abril, acumulam retração de 8,7%.

Modalidades

Dentre as modalidades de financiamentos, o leasing foi o único a registrar crescimento, de 3,6%, em abril ante março, mas caiu 25,6% frente um ano atrás. Apesar da melhora na variação mensal, continua a ter o pior desempenho no acumulado do ano. De janeiro a abril, os financiamentos por leasing acumulam queda de 18,8% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) acumula queda de 11,6% no primeiro quadrimestre, após recuar 11,4% em abril ante março e 17,1% na variação anual. Mesmo assim, continua sendo a modalidade mais utilizada na hora de financiar um veículo. Em seguida, aparece o consórcio, que caiu 15,8% em abril ante março e se retraiu 0,4% ante abril do ano passado, acumulando alta de 0,3% no ano. O leasing é a terceira modalidade mais utilizada.

O número de consumidores inadimplentes aumentou 5,02% no mês de abril de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta terça-feira, 12, a alta foi maior do que a registrada em março, quando o número de consumidores com contas em atraso havia subido 3,46% na comparação anual.

Em abril no ano passado, a elevação sobre o mesmo mês do ano anterior havia sido de 4,51%. Na comparação com março deste ano, a inadimplência em abril apresentou crescimento de 2,83%. No mês passado, havia cerca de 55,3 milhões de consumidores negativados - com o nome inscrito no SPC - o equivalente a 37,9% da população economicamente ativa entre 18 e 95 anos.

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De acordo com a confederação, os dados refletem uma pressão exercida pela aceleração da inflação e elevação das taxas de juros, além da piora dos indicadores econômicos. Ainda segundo a entidade, o segmento que mais contribuiu para a inadimplência foi o da comunicação, com um aumento de 12,10% no total de dívidas no mês passado. Os bancos, com crescimento de 7,53%, ficaram na segunda posição entre os que mais cresceram, mas ainda são os responsáveis pela maior fatia das dívidas em atraso, com 48,43% de participação.

O programa de bônus da Sabesp para incentivo à redução do consumo de água manteve em abril o nível de adesão de 82%, idêntico ao porcentual registrado em março e o mais alto desde o início da concessão do benefício, em fevereiro do ano passado. Outros 11% não diminuíram o volume de água consumido em relação ao período de fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 e pagaram a multa (tarifa de contingência). Os 7% restantes se referem a consumidores cadastrados em tarifa social ou consome o volume de mínimo (de 10 mil litros no mês), para os quais não há cobrança de ônus.

Dos 82% que reduziram seu consumo, 72% efetivamente ganharam o bônus - a maior parte, 62%, diminuiu seu gasto de água em mais de 20% e obteve o desconto de 30% na conta. Os demais 10% diminuíram o consumo em menos de 10%, o que não foi suficiente para receber o bônus.

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A Sabesp destacou que o programa resultou na economia média de 6,2 mil litros por segundo de água no mês passado. O volume é suficiente para abastecer cerca de 1,9 milhão de pessoas. A economia, em quantidade, foi ligeiramente maior que a registrada em março, de 6,1 mil litros na Grande São Paulo.

Os investidores da área de câmbio, em especial os estrangeiros, deram continuidade nesta sexta-feira (8) ao movimento mais recente de redução de posições compradas em dólar no mercado futuro brasileiro. O gatilho para isso foram os dados decepcionantes do mercado de trabalho norte-americano, divulgados mais cedo, que pesaram sobre a moeda americana em todo o mundo. No Brasil, o dólar recuou de forma consistente ante o real, pela quarta sessão consecutiva.

O dólar à vista de balcão cedeu 1,39%, a R$ 2,9820. Esta é a menor cotação para o dólar desde 29 de abril deste ano. Em quatro dias, a moeda acumulou baixa de 3,40% e, na semana, cedeu 0,93%. No mercado futuro, que encerra apenas às 18 horas, o dólar para junho - o mais líquido e que serve de referência para as cotações no balcão - cedia há pouco 1,57%, a R$ 3,0015.

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Pela manhã, o dólar até chegou a subir ante o real, em linha com a valorização da moeda americana também no exterior, antes da divulgação do relatório de emprego nos EUA (payroll). Às 9h30, a moeda à vista chegou a marcar a máxima de R$ 3,0390 (+0,50%).

Mas quando os números do payroll saíram, o cenário mudou. Os EUA criaram 223 mil vagas de emprego em abril, pouco abaixo dos 228 mil esperados. No entanto, o total de março foi revisado de 126 mil para 85 mil vagas, o que foi mal visto pelo mercado. A avaliação é de que a economia americana ainda está em fase de recuperação e, por isso, a alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode ocorrer mais tarde.

Isso fez o dólar migrar para o território negativo ao redor do mundo e, no Brasil, passar a cair mais de 1%. Os estrangeiros, que haviam assumido posições compradas no mercado futuro mais altas recentemente, continuaram a reduzir esta exposição, como visto nos últimos dias. Tudo porque, com a perspectiva de manutenção de juros baixos nos EUA e a expectativa de uma Selic cada vez mais alta, o fluxo de recursos para o Brasil tende a continuar forte.

Às 16h50 de hoje, o dólar à vista marcou a mínima de R$ 2,9760 (-1,59%) no balcão, para depois encerrar em patamares mais acomodados, mas ainda assim abaixo dos R$ 3,00. No exterior, perto das 16h30, o dólar cedia 0,10% ante o dólar australiano, tinha baixa de 0,13% ante o canadense, cedia 0,28% ante o neozelandês, caía 0,63% ante o rand sul-africano, perdia 0,67% ante o peso chileno e recuava 1,11% ante o peso mexicano.

Produtores de alimentos têm atribuído a alta de preços à estiagem, afirmou nesta sexta-feira, 8, Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, derivados do trigo ficaram mais caros por conta da valorização do dólar. Em abril, os alimentos responderam por um terço da alta de 0,71% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"Os produtores têm atribuído a alta do leite à seca. Sem pasto, a alimentação está mais prejudicada, então tem de comprar ração. Há aumento de custo", disse Eulina. O leite longa vida ficou 4,80% mais caro em abril. O tomate, por sua vez, protagonizou a lista de altas, com avanço de 17,90%. "O tomate é um produto mais sensível, e os produtores têm citado a falta de água como um fator prejudicial", comentou.

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Presente na mesa de quase todos os brasileiros, o pão francês ficou 1,75% mais caro. "O pão francês sobe por influência do trigo, por conta do dólar", explicou a coordenadora do IBGE

A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro em abril caiu 14,5% na comparação com março e recuou 21,7% ante o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No quarto mês do ano, foram produzidos 217.089 veículos no País. Com o resultado, a produção acumula queda de 17,5% no primeiro quadrimestre, em relação a igual período de 2014.

Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção em abril chegou a 208.164 unidades, baixa de 14,6% em relação a março e recuo de 20,4% ante abril do ano passado. No quarto mês do ano, foram produzidos 176.158 automóveis e 32.006 comerciais leves. Com isso, a produção de autos e leves acumula queda de 15,8% no primeiro quadrimestre frente o mesmo intervalo de tempo do ano passado.

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A produção de caminhões, por sua vez, caiu 6,9% em abril na comparação com março e recuou 44,3% ante o mesmo mês do ano passado. Ao todo, a produção de caminhões atingiu 6.864 unidades no quarto mês do ano. Com o resultado, a fabricação de pesados acumula queda de 45,2% em 2015 até abril ante o primeiro quadrimestre do ano passado.

No caso dos ônibus, foram produzidas 2.061 unidades em abril, baixa de 26% na comparação com março e recuo de 39,3% ante abril do ano passado. Com o desempenho de abril, a fabricação de ônibus acumula queda de 26,6% em 2015 até agora ante igual período de 2014.

Vendas

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em abril caíram 6,6% na comparação com março e 25,2% ante o mesmo mês do ano passado, revelou a Anfavea. No quarto mês de 2015, foram emplacadas 219.252 unidades em todo o País. Com o resultado, os licenciamentos acumulam queda de 19,2% no primeiro quadrimestre ante igual período de 2014.

Considerando somente o segmento de automóveis e comerciais leves, foram emplacados 211.910 unidades em abril, o equivalente a recuos de 6,4% na comparação com março e de 24,4% ante um ano atrás. Em abril de 2015, foram vendidos 179.164 automóveis e 32.746 comerciais leves. Com o resultado, as vendas no segmento acumulam queda de 18,4% neste ano até agora em relação a igual período de 2014.

As vendas de caminhões, por sua vez, atingiram 5.782 unidades no mês passado, queda de 10,9% na comparação com março e recuo de 46,9% ante abril de 2014. Com o resultado, os emplacamentos de pesados acumulam queda de 39,3% no ano até abril na comparação com o mesmo período do ano passado.

No caso dos ônibus, foram vendidas 1.560 unidades em abril, tombos de 13,5% na variação mensal e de 30% ante mesmo mês do ano passado. Com isso, os licenciamentos de ônibus acumulam recuo de 26,1% em 2015 até abril.

A Bovespa encerrou abril com superávit recorde de R$ 7,604 bilhões de capital externo, segundo dados da BM&FBovespa. Esse foi o melhor mês em termos de entrada líquida de capital estrangeiro na Bolsa desde janeiro de 2000 - quando os números começaram a ser compilados pela Bolsa. Até então, o melhor mês nesse quesito tinha sido janeiro de 2012, com R$ 7,1 bilhões.

Na última quinta-feira (30), último pregão de abril, os investidores estrangeiros retiraram R$ 389,633 milhões da Bovespa. Naquele pregão, o Ibovespa registrou alta de 1,63%, aos 56.229,38 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 10,138 bilhões.

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O saldo de recursos externos na Bolsa positivo em R$ 7,604 bilhões em abril é resultante de compras de R$ 85,633 bilhões e vendas de R$ 78,028 bilhões. No ano, há um superávit de investimento estrangeiro na Bovespa de R$ 17,470 bilhões.

As vendas de veículos novos em abril caíram 6,53% ante março e tombaram 25,19% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os números foram divulgados nesta terça-feira (5) pela Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave). Com o resultado, os licenciamentos acumulam queda de 19,19% em 2015 até abril ante igual período de 2014.

Nos 20 dias úteis de abril, foram vendidos 219.350 automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões em todo o País, menos do que os 234.670 mil licenciados nos 22 dias de vendas em março e do que os 293.229 mil emplacados durante os 20 dias úteis de abril do ano passado. A diferença no número de dias de vendas se deu basicamente em razão dos feriados de Páscoa e de Tiradentes que ocorreram abril, ante nenhum feriado em março.

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Segmentos

O segmento de pesados foi, em abril, mais uma vez o que apresentou pior desempenho nas vendas. Os emplacamentos de caminhões e ônibus juntos caíram 10,96% ante março e recuaram 42,64% igual mês do ano passado. Com o resultado, ele acumula recuo de 35,44% nos quatro primeiros meses de 2015 na comparação com igual período do ano passado.

De acordo com a Fenabrave, em abril, foram vendidos 1.939 ônibus, o equivalente a queda de 11,66% em relação a março e retração de 25,59% ante igual mês de 2014. No acumulado do ano, os licenciamentos de ônibus caem 21,87%. Já os emplacamentos de caminhões somaram 5.806 unidades, recuos de 10,72% na variação mensal e de 46,71% na comparação anual. Com o resultado, acumula queda de 38,95% em 2015 até abril.

As vendas de automóveis e comerciais leves, por sua vez, caíram 6,36% em abril ante março e se retraíram 24,35% ante igual mês de 2014. Com isso, acumulam queda de 18,39% nos quatro primeiros meses de 2015.

No mês passado, foram emplacados 179.204 automóveis, quedas de 5,62% na variação mensal e de 23,73% na anual. Com o resultado, as vendas de carros acumulam queda de 18,03% nos quatro primeiros meses de 2015. Já os licenciamentos de comerciais leves caíram 10,25% em abril ante março e tombaram 27,63% ante abril de 2014, ao somarem 32.401 unidades. No ano, acumulam recuo de 20,27% até abril.

Motos e implementos

Somando motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos, o total de emplacamentos em abril chegou a 343.049 unidades, o que corresponde a quedas de 8,91% ante março e de 21,8% ante um ano atrás. Com o resultado, as vendas totais do setor de distribuição de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros, como carretinhas para transporte) acumulam queda de 16,63% em 2015 até abril, na comparação com igual período do ano passado.

O Brasil exportou, no mês de abril, 21 milhões de litros de etanol, o que corresponde a uma queda de 81,1% na comparação com os 111 milhões de litros embarcados em março. Em relação a abril do ano passado, quando foram embarcados 137,4 milhões de litros, o volume é 84,7% menor, informou, nesta segunda-feira (4), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A receita cambial com a venda do biocombustível alcançou US$ 10,5 milhões em abril, recuo de 83,2% ante os US$ 62,4 milhões registrados em março. Em relação aos US$ 96 milhões de abril de 2014, houve queda de 89,1%.No acumulado de 2015, as exportações somam 356,6 milhões de litros (-24,6%), com receita de US$ 202,7 milhões (-34,9%).

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No primeiro quadrimestre de 2015, as exportações brasileiras registraram média diária de US$ 715,2 milhões, montante que representa uma queda de 16,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações apresentaram média diária de US$ 777,7 milhões, recuo de 15,9% em relação aos quatro primeiros meses de 2014, informou, nesta segunda-feira (4), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As exportações de básicos nos quatro primeiros meses do ano caíram 23,6%, para US$ 25,914 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro (- 45,1%), soja em grão (-41,0%), carne bovina (-24,2%), carne de frango (-10,9%), milho em grão (-6,5%), farelo de soja (-6,3%) e petróleo em bruto (-4,0%).

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Os embarques de manufaturados caíram 11,3%, para US$ 21,870 bilhões, com queda principalmente em motores e geradores (- 22,9%), máquinas para terraplanagem (-20,8%), automóveis de passageiros (- 19,2%) e polímeros plásticos (-16,5%).

As exportações de semimanufaturados recuaram 2,5% no quadrimestre, para US$ 8,548 bilhões, influenciadas pela queda nas vendas de açúcar em bruto (-13,8%), couros e peles (-12,2%), ferro fundido (-10,9%) e ferro-ligas (-9,3%).

Os principais países de destino das exportações foram China, com US$ 6,2 bilhões, Estados Unidos (US$ 5,8 bilhões), Argentina (US$ 3,1 bilhões) e Países Baixos (US$ 2,3 bilhões).

No acumulado de janeiro a março, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-26,5%), bens de consumo (-11,5%), bens de capital (-10,9%) e matérias-primas e intermediários (-10%).

Os principais países de origem das importações no trimestre foram China, com US$ 9,6 bilhões, Estados Unidos (US$ 7,8 bilhões) e Argentina (US$ 4,1 bilhões).

A balança comercial brasileira registrou em abril um superávit de US$ 491 milhões, resultado de exportações de US$ 15,156 bilhões e importações de US$ 14,665 bilhões. Em abril de 2014, a balança havia tido um superávit de US$ 506 milhões. Na última semana de abril (entre os dias 27 e 30), a balança registrou superávit de US$ 541 milhões, com vendas externas de US$ 3,272 bilhões e importações de US$ 2,731 bilhões.

O saldo positivo superou o teto das expectativas de mercado, que apontavam desde um déficit comercial de US$ 300 milhões a um superávit de US$ 253 milhões, de acordo com levantamento do AE Projeções com 21 instituições. A mediana das estimativas apontava para um superávit de US$ 50 milhões.

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No acumulado do ano até abril, a balança continua no vermelho, com déficit de US$ 5,066 bilhões. As exportações somaram US$ 57,931 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano e as importações totalizaram US$ 62,997 bilhões. No ano passado, o déficit no primeiro quadrimestre foi maior, de US$ 5,573 bilhões.

A bolsa foi a aplicação mais rentável para o investidor em abril. Depois de ter fechado março no vermelho, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) - principal termômetro do mercado acionário brasileiro - avançou 9,93% em abril. No ano, a valorização é de 12,44%. Na lanterna das aplicações no mês ficou o dólar comercial, que recuou 5,94% - embora acumule alta de 13,37% em 2015.

A retomada da Bovespa foi puxada pelo desempenho favorável das ações da Petrobras e da Vale. "Isso ocorre mesmo com a divulgação dos resultados negativos da Vale, pois eles já tinham sido antecipados pelo mercado", explica Fabio Colombo, administrador de investimentos. A mineradora anunciou nesta quinta-feira, 30, prejuízo de R$ 9,5 bilhões no primeiro trimestre, porém suas ações ordinárias (ON) tiveram alta de 29,79% no mês, e as da Petrobras, de 48,72%.

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A valorização da bolsa também foi influenciada pelo cenário internacional. "As bolsas ao redor do mundo tiveram um bom desempenho em função de as expectativas de aumento de juros nos Estados Unidos terem ficado mais distantes, já que o crescimento americano não está sendo tão forte", diz Colombo. "Isso também fez com que o dólar se desvalorizasse frente às principais moedas."

Ganho real

Em 2015, o investidor precisou sair da zona de conforto para conseguir ganhos acima da inflação nas aplicações financeiras. No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) - a prévia da inflação - marcou 4,61% e superou a rentabilidade dos investimentos considerados mais tradicionais e que costumam compor o portfólio do investidor brasileiro. O IGP-M marcou 3,22%.

"Neste início de ano, as aplicações conservadores perderam da inflação", afirma Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper. "Quem investiu no CDI puro, por exemplo, não teve ganho real."

Os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) - embora não contemplem todo o mês de abril - mostram que um dos destaques de 2015 tem sido o investimento no exterior. Esse tipo de aplicação teve rendimento de 18,09% no acumulado do ano. Os fundos cambiais também se destacaram, com alta de 10,26%.

A melhora do mercado de ações também trouxe bons resultados para os fundos indexados ao Ibovespa, que têm de replicar a composição do índice. No ano, a alta é 10,11%. "A bolsa é sempre um elemento para a diversificação. No momento, acredito que ela está um pouco arriscada por causa do cenário incerto", diz Viriato. "Mas os fundos de ações e dividendos podem funcionar como uma porta de entrada."

A tendência é de que a inflação comece a ceder nos próximos meses e, diante desse cenário, o investidor terá a chance de aproveitar a alta de juros, atualmente em 13,25% ao ano. "A renda fixa continua acompanhando o aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central. Mas, se comparada com a inflação do período, ela ainda está perdendo. O investidor tem de olhar um pouco mais para a frente, quando a inflação baixar e esse ganho se materializar em termos reais", diz Colombo.

O Sistema Cantareira, responsável por abastecer 5,4 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo, voltou a cair 0,1 ponto porcentual após ter se mantido estável por um dia, segundo aponta relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta quinta-feira, 30. O reservatório encerra o mês de abril com apenas metade do regime de chuva esperado para o período.

O principal manancial de São Paulo chegou a passar 85 dias sem registrar nenhuma baixa - sequência que foi interrompida no início da semana. Nesta quinta, o sistema opera com 19,9% da capacidade, ante 20% no dia anterior.

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Sobre a região do Cantareira choveu pouco nas últimas 24 horas: apenas 0,2 milímetros. Por sua vez, a pluviometria acumulada do mês foi de 45,3 milímetros. O índice representa 50,4% da média histórica de abril, de 89,8 mm.

Considerando o índice negativo do sistema, que passou a ser divulgado pela Sabesp após determinação da Justiça, o nível do Cantareira se manteve com - 9,3% da capacidade, o mesmo do dia anterior.

Outros sistemas

Além do Cantareira, o Sistema Guarapiranga, que atende 5,8 milhões de paulistas, também registrou perda no volume armazenado de água. O reservatório teve baixa de 0,2 ponto porcentual e está com 81,8% da capacidade.

Os sistemas Alto Tietê, Alto Cotia e Rio Grande, que juntos abastecem 6,3 milhões de pessoas, se mantiveram estável com 22,3%, 65,5% e 95,6%, respectivamente. No caso do Alto Tietê, o cálculo considera uma cota de volume morto, com 39,4 bilhões de litros de água.

Já o Rio Claro foi o único a subir: 1,9 ponto porcentual. O manancial opera nesta quinta com 49,8% da capacidade, contra 47,9% do dia anterior. Sobre a região, a chuva registrada foi de 37,8 mm.

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