Tópicos | alcides cardoso

Líder da oposição na Câmara Municipal do Recife, o vereador Alcides Cardoso (PSDB) criticou o gasto com a decoração natalina da cidade, que ultrapassa o valor de R$ 6 milhões. Só a árvore montada na avenida Agamenon Magalhães foi licitada em R$ 601 mil. 

No papel de fiscalizador do executivo municipal, o vereador destacou que vai acompanhar como o montante estimado em R$ 6,2 milhões em recursos públicos será gasto. Além da árvore iluminada na Agamenon Magalhães, a decoração colocada ao longo da avenida foi estimada em R$ 1,67 milhão.

##RECOMENDA##

Na avenida Boa Viagem, na Zona Sul, a decoração custou em torno de R$ 744 mil, enquanto os elementos da Avenida Rio Branco foram orçados em R$ 955 mil. A Prefeitura do Recife foi procurada pela reportagem para mais detalhes sobre os gastos, contudo preferiu não se pronunciar. 

Com o tema "Natal que Ilumina", a celebração deste ano foi decorada pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura. A gestão montou 13 polos com elementos comemorativos, sendo os principais: o Parque da Macaxeira, o Parque das Graças, o Parque Dona  Lindu, Segundo Jardim de Boa Viagem, Pátio de São Pedro, Praça do Arsenal, Avenida Rio Branco e nas seis RPAs do Recife.

Alcides Cardoso cobra promessa de João Campos de dobrar número de vagas de creche  Líder da oposição na Câmara do Recife, o vereador Alcides Cardoso (PSDB) cobrou, em discurso na reunião ordinária desta terça-feira (14), a promessa de campanha do prefeito João Campos (PSB) de dobrar o número de vagas de creche da rede municipal nos quatro anos do seu mandato.

O parlamentar citou dados do Censo Escolar, coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aponta que em quase três anos da gestão do socialista, o número de novas vagas da rede pública não chegou a mil, passando de 6.363 crianças matriculadas em creches em 2020 para as atuais 7.340 vagas, além dos números da Operação Ordenada Educação Infantil 2023, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e divulgada na última semana.

##RECOMENDA##

“É importante ressaltar que a estimativa de novas vagas criadas com a PPP das creches, que é 8.908 mil, ainda não irá zerar o déficit atual, que é de 19,6 mil vagas, segundo resultados da operação feita pelo TCE e que avaliou a oferta de vagas em creches em todos os 184 municípios de Pernambuco. Mas atende à promessa de dobrar o número de vagas. Contudo, o que avançou até agora para que seja cumprida a promessa de campanha no final do ano que vem? Fiz um pedido de informação à Secretaria Municipal de Educação para saber se houve algum tipo de andamento em relação à PPP das creches. Essa e outras informações que pedimos vão nos auxiliar na fiscalização dessa promessa”, afirmou o líder da oposição.

Os dados do TCE citados pelo parlamentar revelam também que o Recife não está nem entre as 10 melhores cidades no ranking de cobertura de creche, destinada às crianças de 0 aos 3 anos. No ranking, aparecem à frente da capital pernambucana municípios como Itacuruba, Carnaíba, Jupi, Carnaubeira da Penha, Xexéu, Cumaru, Casinhas, Jatobá, Orobó e Vertente do Lério. “Um verdadeiro absurdo já que que o Recife é a capital do estado e possui a maior receita, que se aproxima dos R$ 7 bilhões por ano”, pontuou o oposicionista.

No pedido de informação, o vereador também solicita a estimativa do número de vagas que serão abertas em 2024 e a lista das obras de creches em construção.  “Essa meta de abertura de vagas de creche não é tratada nem de longe como ‘absoluta prioridade’, ao contrário do que disse o prefeito João Campos na campanha. Os dados demonstram isso e o que ouvimos das muitas mães que precisam deixar seus filhos em uma creche para poderem trabalhar e não conseguem vaga também.

Estamos encerrando o terceiro ano da gestão do prefeito, cerca de 75% do mandato já passou, e quase nada mudou a não ser a aprovação, no último dia 27 de junho, nesta Casa de José Mariano, com o meu voto favorável, do projeto de lei do Executivo que autoriza a contratação de uma Parceria Público-Privada para a construção, gestão, operação e manutenção de creches, mas que não sabemos se houve algum tipo de andamento”, disse Alcides Cardoso.

A proposta da PPP das creches tramitou em regime de urgência, sendo lida na reunião ordinária do dia 19 de junho e aprovada em primeira e segunda discussão na reunião ordinária e extraordinária do dia 27 de junho. E acabou sendo sancionada pelo prefeito no dia 28 de junho, tornando-se a Lei nº 19.083/2023.

*Da assessoria 

Líder da oposição na Câmara do Recife, o vereador Alcides Cardoso (PSDB) cobrou, em suas redes sociais nesta quarta-feira (12), a transformação do Centro Social Urbano (CSU) Bidu Krause, localizado no bairro do Totó, na Zona Oeste da capital, em um Centro Comunitário da Paz (Compaz). A obra foi uma promessa de campanha do prefeito João Campos (PSB) nas eleições de 2020 e está sendo acompanhada pelo Fiscaliza Recife, plataforma do mandato do parlamentar que tem o objetivo de monitorar o andamento das obras prometidas pelo socialista.

“Após dois anos e meio de gestão, o Compaz Bidu Krause está longe de virar realidade para os moradores do Totó e bairros próximos. Fui até o local onde hoje funciona o CSU e verifiquei que não há nenhum sinal de obra por lá e nem muito menos previsão de quando esse equipamento será entregue. Apesar de ser uma importante promessa de campanha, a última vez que se teve notícia sobre esse Compaz foi em março do ano passado, quando o prefeito João Campos disse que a unidade do Totó seria a maior de todas, mas nada de informação sobre o início da obra ou prazo de entrega. Será que teremos notícias dessa obra em 2024, já que é ano de eleição?”, questionou Alcides Cardoso.



Em evento de lançamento de um livro, no dia 10 de março de 2022, no Recife, João Campos afirmou que o Compaz Bidu Krause possuirá mais de 30 mil metros quadrados de área construída e contará com um investimento de mais de R$ 60 milhões.

“O curioso é que se trata de uma promessa bem mais antiga, já que a entrega da obra é aguardada há quase 10 anos pelos moradores do Totó e que se arrasta por duas gestões do PSB. Afinal, João Campos apenas renovou algo que foi prometido pelo ex-prefeito Geraldo Julio em 2013 e que teve duas datas de entrega anunciadas: segundo semestre de 2014 e final de 2016. Seguirei fiscalizando e cobrando a entrega do Compaz Bidu Krause para que essa promessa não seja requentada eternamente pelo PSB”, disse o líder da oposição.

Na gestão do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB), a obra deveria ter começado em 2014 e tinha a previsão de ser entregue no segundo semestre do mesmo ano, com um orçamento inicial de R$ 7,7 milhões. Em 2016, sete meses antes de Geraldo Julio tentar a reeleição, a prefeitura informou que o equipamento seria entregue até o final daquele ano. Encerrada a gestão do ex-prefeito, não houve avanço no cumprimento dessa promessa.

##RECOMENDA##

Ao LeiaJá, a Prefeitura do Recife afirmou que as obras do Centro de Saúde Bido Krause estão em "estágio avançado" e devem ser concluídas em dezembro. Além disso, detalha sobre a construção do Compaz. Veja a nota na íntegra:

"A Prefeitura do Recife esclarece que as obras do Centro de Saúde Bido Krause, localizado no Centro Social de mesmo nome, estão em estágio avançado e devem ser finalizadas em dezembro deste ano. Também no segundo semestre, será lançado o edital de licitação para construção do maior Centro Comunitário da Paz (Compaz) da capital pernambucana, que será erguido no local. Além disso, as obras preveem a requalificação da creche e das áreas de lazer e esportes do espaço".

*Da assessoria de imprensa

Líder da oposição à gestão do prefeito João Campos (PSB), o vereador Alcides Cardoso (PSDB), denunciou, nessa segunda-feira (27), que 7.240 dos 14 mil instrumentos musicais comprados no valor de R$ 10,8 milhões e sem licitação nos últimos dias da gestão do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB) continuam estocados e sem uso em um galpão utilizado pela Secretaria de Educação da capital, localizado na Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes.
“Após dois anos e três meses da compra dos 14 mil instrumentos musicais pela Prefeitura do Recife, verificamos, em nova fiscalização nesta segunda (27), que mais da metade, 52%, dos equipamentos segue estocada e sem uso, sofrendo com a ação do tempo no galpão que serve de almoxarifado para a Secretaria de Educação, em Jaboatão. O prejuízo estimado com esses instrumentos encaixotados é de R$ 5,5 milhões. Com esse dinheiro, daria, por exemplo, para construir duas creches como a que está sendo feita no bairro da Mustardinha”, afirmou Alcides Cardoso.
A quantidade de instrumentos musicais que permanece estocada foi informada pela própria gestão municipal, no último dia 9 de março, em resposta a um pedido de informação do parlamentar via Lei de Acesso à Informação (LAI). É a segunda vez que o oposicionista visita o local onde estão armazenados os instrumentos. Em 18 de agosto do ano passado, o vereador fiscalizou o uso dos equipamentos nas Escolas Municipais Antônio Farias Filho, no bairro de San Martin, e Professor Antônio de Brito Alves, na Mustardinha, na Zona Oeste do Recife, e constatou que eles eram utilizados pelos alunos das unidades de ensino.
“Faz quase um ano da minha última fiscalização neste galpão. Hoje, constatamos que a situação pouco mudou em relação ao ano passado. Isso só reforça que a compra, alvo do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público, foi superdimensionada e ilegal como apontou relatório técnico de uma auditoria especial do tribunal, que ainda não foi votada. Irei me reunir ainda nesta semana com a conselheira do TCE Teresa Duere, relatora do caso, para buscar uma solução a fim de que a gestão municipal não continue desperdiçando dinheiro público e os instrumentos sejam utilizados por quem mais precisa”, ressaltou o líder da oposição.
Segundo a prefeitura, a rede de ensino possui 27 bandas. Quando questionada sobre a quantidade de professores de músicas aptos a ensinarem com os instrumentos musicais, a gestão informou que há apenas sete maestros, sete profissionais de corpo coreográficos e sete estagiários para atender essa demanda. Ainda de acordo com a resposta ao pedido de informação de Alcides Cardoso, a prefeitura pretende implantar novas bandas e contratar novos profissionais, mas não fornece prazos para essas ações.
A compra dos instrumentos musicais chegou a ser alvo de uma medida cautelar do TCE que barrava novos pagamentos à empresa fornecedora. Em outra frente, o Ministério Público de Pernambuco abriu um inquérito civil para investigar a aquisição. De acordo com o relatório da auditoria especial do TCE, houve ausência de transparência e de publicidade do processo administrativo de contratação, com caracterização de licitação sigilosa, e de formalização da contratação com o fornecedor.
Ainda segundo a auditoria, não houve comprovação da vantajosidade dos preços registrados e a estimativa dos quantitativos adquiridos foi inadequada, possuindo características de superdimensionamento. O relatório afirma também que a contratação de um dos itens comprados, o trombone de marcha, foi feita por preço superior ao acordado com o fornecedor e previsto na ata de registro de preços, causando um potencial dano ao erário.

*Da assessoria de imprensa

##RECOMENDA##

O vereador Alcides Cardoso (PSDB) foi o escolhido para liderar a oposição à gestão do prefeito João Campos (PSB) a partir de 2023. A definição ocorreu em reunião da bancada oposicionista realizada na manhã desta segunda-feira (19). O parlamentar assumirá o posto hoje ocupado pelo vereador e deputado estadual eleito Renato Antunes (PL).
Além da escolha do tucano, definiu-se o comando da vice-liderança da bancada, que ficará com o vereador Fred Ferreira (PL), entrando no lugar do vereador Tadeu Calheiros (Podemos).
“Sou grato pela confiança dos meus colegas de bancada ao me escolherem para liderar a oposição na Casa de José Mariano. A minha responsabilidade aumenta ao assumir esse posto. E o trabalho seguirá na mesma linha de atuação do meu mandato com a fiscalização dos gastos da prefeitura, a cobrança pela prestação de melhores serviços, com propostas que melhorem a vida dos recifenses e a defesa do empreendedorismo. Parabenizo o trabalho do vereador Renato Antunes na liderança da bancada e desejo sucesso no seu mandato de deputado estadual”, disse Alcides Cardoso. 
Aliado de primeira hora da deputada estadual e vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania), o futuro líder da oposição está no seu primeiro mandato de vereador. O tucano é autor do projeto de lei para dar transparência à utilização do dinheiro arrecadado com as multas de trânsito, PL 208/2022, e da proposta que obriga a prefeitura a divulgar os gastos com passagens e diárias de viagens do prefeito realizados com dinheiro público, o PL 117/2022. Também foi dele a denúncia sobre a compra de 14 mil instrumentos musicais feita nos últimos dias da gestão do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB).

O vereador do Recife Alcides Cardoso anunciou, nessa segunda-feira (7), a sua desfiliação do União Brasil. Eleito pelo Democratas nas eleições de 2020, o parlamentar se reuniu na tarde desta segunda com o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, e o comunicou da sua decisão de não fazer parte do novo partido, fruto da fusão com o PSL.

Em carta endereçada ao ex-ministro, o parlamentar ressalta que continuará militando no mesmo campo político e atuando na bancada de oposição na Câmara do Recife. A desfiliação do vereador foi feita no prazo legal previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso de fusão de partidos.

##RECOMENDA##

“Com a homologação da fusão, criou-se um novo partido, composto por uma executiva diferente, com possibilidades diversas a respeito dos caminhos políticos a seguir. Diante desse cenário e da permissão legal, decidi não compor os quadros do União Brasil. Continuarei militando no mesmo campo político e, a respeito do nosso mandato na Câmara do Recife, atuando na bancada de oposição”, diz trecho da carta de Alcides Cardoso.

Leia a carta na íntegra:

Recife, 07 de março de 2022

Senhor presidente do Democratas em Pernambuco, Mendonça Filho,

A fusão entre o Democratas e o PSL muda a trajetória do partido onde iniciei minha militância e no qual fui eleito vereador do Recife. Uma legenda que fez história a partir de lideranças com trajetórias aplaudidas nacionalmente, como as de Marco Maciel, Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, Gustavo Krause e a sua, com destaque especial aos períodos como governador de Pernambuco e a recente gestão à frente do Ministério da Educação. Pelo Democratas, em 2020, defendi com convicção a chapa Mendonça/Priscila Krause.

Com a homologação da fusão, criou-se um novo partido, composto por uma executiva diferente, com possibilidades diversas a respeito dos caminhos políticos a seguir. Diante desse cenário e da permissão legal, decidi não compor os quadros do União Brasil. Continuarei militando no mesmo campo político e, a respeito do nosso mandato na Câmara do Recife, atuando na bancada de oposição.

Nesse momento, reitero profundo agradecimento ao senhor pela convivência e liderança no DEM Pernambuco, onde tive a oportunidade de aprender e discutir sobre a política e o Recife, certo de que continuamos juntos pelo melhor para o nosso estado.

Certo de que virão novas jornadas em defesa de Pernambuco, despeço-me estendendo o agradecimento a todos correligionários que fazem conosco essa caminhada.

Atenciosamente,

Alcides Cardoso

Vereador do Recife

Diante do contexto nacional, as eleições municipais deste ano trazem um peso maior para quem vai ocupar o cargo de vice na chapa majoritária. O cenário tem provado que a escolha não deve se limitar apenas as articulações políticas, mas ser respaldada em fundamentos mais amplos, tendo em vista possíveis percalços que a dupla enfrentará nos quatro anos seguintes, até porque além das eventuais necessidades do prefeito se ausentar, hoje as constantes suspeitas de corrupção no poder público estão resultando em, cada vez mais, intervenções e cassações do mandato titular.  

No Recife, sete chapas disputam o comando da prefeitura. Delas, apenas os vices do prefeito Geraldo Julio (PSB) que tenta a reeleição com Luciano Siqueira (PCdoB) e do candidato João Paulo (PT) que vai à disputa com Silvio Costa Filho (PRB) apresentam experiências políticas e mandatos. Os demais, de postulações ‘puro sangue’ – como as do PSOL, com Edilson Silva e Luciana Cavalcanti; PV, com Carlos Augusto Costa e Jacques Ribemboim; e do PSTU, Simone Fontana e José Mariano – ou alianças entre dois partidos – no caso de Priscila Krause (DEM) e Alcides Cardoso (PMN), Daniel Coelho (PSDB) e Sérgio Bivar (PSL) – são neófitos concorrência por cargos eletivos e na gerência da administração pública.

##RECOMENDA##

O Portal LeiaJá conversou com todos os vices sobre suas experiências políticas, as contribuições deles na construção das propostas de governo, as responsabilidades durante a campanha e as posturas que eventualmente adotarão caso sejam eleitos e venham a substituir os prefeitos, quer seja por um período curto, de agendas externas, ou outras questões em caráter definitivo. 

Apesar de nunca ter disputado um cargo público, o vice de Carlos Augusto foi assessor especial de Gustavo Krause (DEM) quando esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Engenheiro, Jacques Ribemboim salientou que tentará preencher as lacunas deixadas pelo líder da chapa e pontuou que o programa de governo dos dois é “100% verde”.

“Mergulhamos de cabeça no que há de moderno no ambientalismo. O ambientalismo contemporâneo não é mais restrito a fauna e flora, mas também ao espaço urbano e a qualidade de vida do homem na cidade. O apoio a academias de letras e a questão de um foco muito forte da recuperação ambiental dos bairros do Recife, que ultimamente vem sendo negligenciado, são algumas das propostas minhas no programa”, destacou.

De uma chapa ‘puro sangue’, Ribemboim observou também que a opção do PV por dois nomes do mesmo partido foi uma estratégia justamente para minimizar possíveis desconfortos futuros, em caso de eleição. “Há um entrosamento muito sincero no nosso caso. Em eventual substituição, assumiria sem nenhum risco de susto, percalço ou tentativa de aparecer. Nosso objetivo é que tenhamos com a participação de ambos um governo absolutamente tranquilo, sem que o programa de governo seja esquecido”, disse.

A característica de um vice ligado ao setor privado também é latente entre os postulantes pelo comando da PCR. Empresário e também estreante na política, Alcides Cardoso classificou ser importante ter alguém ligado a iniciativa privada na prefeitura para “poder tentar melhorar o máximo” as articulações da gestão municipal com o setor e disse já ter apresentado diversas sugestões para Priscila Krause incluir na plataforma de propostas, mas, segundo ele, os dois ainda estão discutindo e amadurecendo as ideias.

“Estamos em parceria fazendo um plano de governo que trará o melhor para a cidade, fazendo uma política voltada para o povo. Já apresentamos várias ideias ao grupo de trabalho, mas estão sendo amadurecidas ainda. Com certeza, com a consolidação do programa terão propostas minhas”, afirmou, sem adiantar que tipo de proposições seria essas. 

Já sobre uma provável substituição, Cardoso disse que antes de um afastamento seja por agendas externas ou férias acertaria os detalhes das ações do período com Priscila e deixou claro que a substituição em caráter definitivo seria “impossível de acontecer”. “Com Priscila não tem este problema. Ela é uma política de muita responsabilidade. É uma política diferenciada. Nem se cogita isso. A minha responsabilidade é muito grande, justamente porque ela é uma política diferenciada”, cravou. 

Também na ala neófita e empresarial, Sérgio Bivar (PSL) disputa a vaga de vice ao lado de Daniel Coelho (PSDB). Ele é executivo de uma empresa nacional de seguros e apesar do discurso político tímido, o economista afirmou que pretende fazer com que as propostas apresentadas sejam eficientes no cenário econômico enfrentado pelas prefeituras. 

“Hoje com o dinheiro público se vê muitas despesas e gastos que não trazem benefícios sustentáveis. É aquela coisa, de ‘boas intenções o inferno está cheio’. O nosso programa de governo está sendo feito a diversas mãos, mas estou tentando abalizar as propostas de forma que sejam eficientes. Os recursos são limitados, este é o cenário e você tem que priorizar uma coisa em detrimento à outra”, argumentou, dando o exemplo do saneamento básico de que um investimento no setor resulta em economia na saúde. 

Bivar detalhou ainda que “pretende atuar de forma complementar a Daniel”. “Vamos seguir a mesma linha, com certeza. Eu já tenho uma experiência boa de gestão e sei trabalhar em equipe. Estou bem à vontade com isso [de ter que assumir eventualmente a PCR], sinto a confiança em Daniel e nas pessoas que estão envolvidas na equipe e, se formos eleitos, serão levadas para a gestão”, disse. 

A representação feminina entre os vices

Contrapondo as escolhas da maioria, o PSOL tem como candidata à vice a professora universitária Luciana Cavalcanti. Apesar de ser principiante na corrida por mandatos, ela milita no PSOL há anos e contou que já atuava na construção da campanha de Edilson Silva antes de ser escolhida para a vaga. “Nós já vínhamos construindo o programa de governo juntos, apenas intensifiquei a minha participação quando me foi solicitada a presença na chapa. Quando digo juntos, não é apenas com o partido, mas com a sociedade civil”, ressaltou. 

Indagada sobre o protagonismo que exerce na chapa e quanto as linhas de propostas para o plano de governo que são características dela, Luciana pontuou a educação como ponto forte. “Acredito que a minha contribuição maior tem haver justamente com aquilo que é a causa da minha vida, sou professora. Esta questão foi preponderante na decisão do partido de me convidar e convocar para a tarefa [de vice]. Recife já teve uma das redes municipais de educação mais competentes e eficientes e esta rede vem, aos poucos, perdendo a sua referência”, criticou. “A gente tem trabalhado para recuperar a educação pública de qualidade, não apenas para melhorar índices, mas sabe aquela ideia do bairro escola e de uma escola de bairro, ativa? Não deve ser deixada para traz, mas ser reascendida”, completou.

Contextualizando a importância de ser escolhida como vice, a psolista disse ser “parceira de Edilson” e pontuou que eles vão “trabalhar juntos”. “Acredito que eu posso estar capitaneando a prefeitura em uma ausência eventual, sem problema nenhum. Vou ser a primeira a colaborar em qualquer aspecto. Não farei como o Temer, ele é um vice que traiu o projeto, não foi parceiro de Dilma. Teve uma ingerência e participação no processo de impeachment, ao contrário de Itamar que se retirou da vida pública e esperou o desfecho. Temer conspirou”, alfinetou.

Veterano em disputas por cargos públicos

No rol dos vices com experiência política e uma bagagem de disputas eleitorais, está o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) que abdicou da candidatura majoritária para ser postulante ao lado de João Paulo, com quem disse ter “unidade total”. “A gente tem tentado construir, desde o início, as estratégias da campanha e o programa de governo de forma conjunta. Um programa inovador, que reconheça os 12 anos de gestão do PT e pense no futuro da cidade”, salientou.

Além de adjunto na chapa, Costa Filho também coordena a construção do programa de governo e ao ser indagado sobre quais propostas tinham a sua identidade, o republicano-brasileiro pontuou ter firmado aliança em cima de 10 eixos programáticos. “Estamos construindo uma agenda em longo prazo e entre as minhas propostas que foram aprovadas por João Paulo estão a valorização de um planejamento urbano eficiente, os desafios de procurar novos eixos de desenvolvimento econômico e uma gestão mais eficiente, no sentido de dinamizar os gastos da cidade”, detalhou. 

Já quanto à necessidade de comandar eventualmente o Executivo, em caso de eleição, Silvinho, como é conhecido no meio político, optou por não fazer projeções. “Precisamos ganhar as eleições. Se der certo estaremos da forma mais integrada possível no pensamento único pela cidade e para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, cravou. 

Um testemunho de vice

A disputa pela vaga de vice também pode se tornar uma escolha para a vida política. Este ano é a quarta vez que Luciano Siqueira (PCdoB) concorrer ao cargo no Recife e nas últimas três. Os mandatos foram entre 2000 e 2008, quando João Paulo – também candidato ao pleito deste ano – comandou o Executivo e agora, quando concorre à reeleição ao lado de Geraldo Julio (PSB). 

Concluindo o 12º ano de vice, Siqueira relatou que “ao contrário do que muita gente pensa, um vice trabalha muito, desde que haja um entrosamento com o titular” e disse que a lealdade é uma característica crucial para estar no posto. 

“Quem assume a posição de vice tem de estar certo de que esta é uma escolha política, no sentido de ter o respaldo dos partidos que compõem a coalizão, mas também é uma escolha pessoal do titular da chapa por uma pessoa que será leal em quaisquer circunstâncias. A lealdade é um grande valor para quem exerce este cargo, o que não foi visto da parte de Michel Temer em relação à Dilma, mas entre José Alencar e Lula isso foi latente”, salientou o comunista.

Ao ser indagado sobre o quê, olhando para o Recife, ele poderia identificar como sua atuação direta, Siqueira destacou que “regra de ouro do vice é ser invisível”. “Prefiro não dizer. Muita coisa a conversa é a dois, mas quem deve se fortalecer é o titular. Sempre disse a João Paulo e a Geraldo, na hora de dizer não e enfrentar conflitos deixe comigo para não se desgastar. É possível sim ter várias ações na cidade, mas neste caso isso tem que ser preservado”, observou. 

Já quanto às vezes que assumiu o comando da gestão, Luciano Siqueira afirmou ter perdido as contas e detalhou como se porta nestas situações. “Quando ele [o prefeito] vai se ausentar a gente despacha o que está na ordem do dia e faz com que as ações não atrasem. Faço de tudo para que tudo permaneça na ordem. Agora uma coisa é certa, eu nunca inaugurei escola, nem rua. Mesmo estando no exercício, faço questão de esperar a volta de um titular”, relatou, acrescentado que ser vice é também ter uma visão privilegiada da gestão. 

[@#galeria#@]

A pré-candidata Priscila Krause divulgou, na manhã deste sábado (30), o nome do vice que concorrerá às eleições para a Prefeitura do Recife: Alcides Cardoso (PMN). Em um breve discurso, Alcides destacou que Priscila é uma política honesta e que trabalhará pela cidade.  

##RECOMENDA##

O ex-governador Roberto Magalhães também participa da homologação da candidatura de Priscila Krause (DEM), na Câmara dos Vereadores, no bairro de Santo Amaro, no Recife. Ele fez diversos elogios a candidata à Prefeitura do Recife e não poupou críticas à gestão atual: "Priscila Krause possui uma honestidade inabalável". Ele ressaltou que a deputada estadual tem coragem e que "isso representa a maior das virtudes". 

Magalhães ainda salientou que é preciso conhecer bem os problemas da cidade para poder governar. "E Priscila durante toda sua carreira política conheceu bem os problemas do Recife e fez oposição voltada para a melhoria do município e não para a discussão. Grande foi o seu trabalho", elogiou.

O também ex-prefeito do Recife fez duras críticas às áreas que precisam melhorar. "Eu sofro com o Recife. Onde eu moro, no Rosarinho, era muito agradável. Hoje para sair de casa é um trabalho. Não se dá prioridade ao saneamento. Sem saneamento não há saúde, não há progresso. Também não se dá propriedade à mobilidade urbana. Não andamos mais no Recife. A gente se arrasta. Não há soluções, só paliativos", declarou Roberto Magalhães. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando