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Encontro previsto para a tarde desta quinta-feira, 26, entre o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o deputado Romário (RJ) foi cancelada. Por meio da assessoria, o PSB informa que ocorreu um "imprevisto" com Eduardo Campos e que uma nova data deve ser marcada.

Romário entregou o pedido de desfiliação no último dia 9 de agosto em razão da falta de espaço na legenda no Estado. A expectativa dos socialistas era que a permanência de Romário fosse anunciada às 17h desta quinta, um dia depois de a Executiva Nacional do PSB destituir o presidente estadual do Rio, Alexandre Cardoso, e iniciar um processo no Conselho de Ética da legenda que pode culminar na expulsão do dirigente.

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Com a destituição de Cardoso, Romário está cotado para receber o comando do partido no Rio.

Eduardo Campos considerou como "absurdo" a conduta de Alexandre Cardoso que estaria encaminhando para o PMDB pessoas interessadas em se filiar no partido socialista.

"Está havendo um trabalho de dirigentes do nosso partido em favor a outro partido. O que é um absurdo do ponto de vista estatutário. Trabalho de filiação de deputados federais estavam sendo indicados para filiação de outros partidos em um trabalho de esvaziamento da nossa legenda", disse Campos após reunião da Executiva de ontem.

O pedido de intervenção no diretório foi feito pelo deputado federal Gláuber (PSB-RJ) e pelo prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo.

Após conversa com o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o deputado Romário (RJ) deve anunciar na tarde desta quinta-feira, 26, a permanência no partido.

Romário entregou o pedido de desfiliação no último dia 9 de agosto em razão da falta de espaço na legenda no Estado. A permanência de Romário deve ser anunciada um dia depois de a Executiva Nacional do PSB destituir o presidente estadual do Rio, Alexandre Cardoso, e iniciar um processo no Conselho de Ética da legenda que pode culminar na expulsão do dirigente.

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Com a destituição de Cardoso, Romário deve ser conduzido para o comando do partido no Rio.

Eduardo Campos considerou como "absurdo" a conduta de Alexandre Cardoso que estaria encaminhando para o PMDB pessoas interessadas em se filiar no partido socialista.

"Está havendo um trabalho de dirigentes do nosso partido em favor a outro partido. O que é um absurdo do ponto de vista estatutário. Trabalho de filiação de deputados federais estavam sendo indicados para filiação de outros partidos em um trabalho de esvaziamento da nossa legenda", disse Campos após reunião da Executiva de ontem.

O pedido de intervenção no diretório foi feito pelo deputado federal Gláuber (PSB-RJ) e pelo prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo.

As chapas da corrente ‘Constituinte por Terra, Trabalho e Soberania’ nos níveis nacional, estadual, municipal foram lançadas na noite dessa quinta-feira (19), no Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Sintrajufe-PE), no bairro de Santo Amaro, Região Central do Recife. Com a cerimônia, foram anunciadas as candidaturas de Markus Sokol à presidência nacional, Edmilson Menezes, à estadual, Maria Zenilda, à municipal do Recife e a de Roberto Sobrinho à municipal de Jaboatão dos Guararapes. 

O evento, além de anunciar os nomes dos postulantes, debateu a situação política do país e do PT e criticou a aliança entre a legenda e o PMDB, que tem como maior parceiro o vice-presidente da República, Michel Temer. Os militantes demonstraram um sentimento de inconformismo com as políticas de aliança do partido e propuseram um resgate das bandeiras de luta da fundação do PT com a convocação de um plebiscito para a realização de uma assembleia constituinte para fazer uma reforma política no país.

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“Tem aqueles que dizem que o PMDB não pode ficar no centro da aliança e há os que dizem que o PMDB não pode ser o principal aliado. Já outros dizem que tem que qualificar a aliança, ou seja, qualificar um desqualificado. Então, quando você vai apertar vai ver que aliança mesmo tem que ter no segundo turno. No primeiro tuno você coloca a cara bater, mas a aliança mesmo se faz no segundo turno”, disparou Markus Sokol.

PED - O Processo de Eleição Direta (PED) 2013 será realizado em todo o Brasil, no dia 10 de novembro, para escolher os presidentes da sigla nas esferas nacionais, estaduais e municipais. 

 

O diálogo e aproximação pública do governador Eduardo Campos (PSB) ao senador Aécio Neves (PSDB), tem motivado especulações no campo político de uma possível aliança entre as duas legendas. Nenhum dos dois confirmaram ainda a provável criação de chapa única. Enquanto isso não acontece, o presidente estadual do PSDB em Pernambuco, deputado federal Sérgio Guerra, legitima a candidatura de Campos e sem querer afirmar a parceria entre o socialista e tucano, declarou ao jornal Valor Econômico que ambas as legendas não são inimigas e não é novidade a conversa. 

Guerra falou sobre a postura de Aécio e sua ampliação de exposição e diálogo desde que assumiu a presidência nacional do partido e óbvio, com intenções de candidato para gerir o Brasil. Abordou o jantar de Campos com Neves no Recife, o qual também teve sua companhia e disse sem nenhuma discrição que a candidatura de Eduardo, como a de Marina (Silva), são necessárias.

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Confira a entrevista na íntegra realizada pelo Valor Econômico:

Valor: Em fevereiro, o senhor disse que Aécio precisava intensificar o ritmo. Já está a contento?

Sérgio Guerra: Aumentou. Desde que assumiu o partido, indiretamente ele faz forte campanha a presidente. Primeiro, porque sendo presidente do partido, tem que interagir com os Estados. Segundo, porque tem que interagir com outros partidos e, terceiro, porque tem que interagir com aliados.

Valor: Nesse ritmo, ele chega bem a 2014?

Guerra: Uma ideia é não fazer nenhuma forma de apresentação acadêmica, clássica. Do tipo "eu vou e atrás vem uma multidão de políticos". Isso termina afastando o potencial candidato do povo.

Valor: O senhor participou do jantar com Aécio e o governador Eduardo Campos. Do que trataram?

Guerra: Não é novidade que conversem. Eles se falam há muito tempo.

Valor: Mas e das possíveis alianças, não falaram?

Guerra: O PSDB e o PSB não são inimigos. São partidos amigos, que se combinam em certas áreas. Mas os dois projetam disputar 2014 e querem que essa eleição seja grande, múltipla e quebre a polarização e o discurso governamental, de que eles são a favor dos pobres e os outros, contra.

Valor: O PSDB trabalha sua estratégia em um cenário com Campos candidato a presidente?

Guerra: Nós e quase todos. A candidatura de Eduardo, como a de Marina [Silva], são necessárias.

Valor: Para garantir o 2ºturno?

Guerra: Isso o povo já garantiu nas ruas, nos últimos 90 dias. Agora Eduardo tem que resolver um problema. Está fazendo discurso para empresário e precisa fazer para o povo. E discurso para o povo é, primeiro, ele resolver se é da oposição ou do governo. Mas torcemos pela candidatura, não porque pode nos levar ao 2º turno, mas para quebrar essa dicotomia. Quando eles [PT] não têm mais o que fazer, vem o Lula falar da elite contra as massas. Depois, vai jantar com os caras do Bradesco.

Valor: Aécio disse que deseja construir algo ao lado de Campos no futuro, mas o governador não mostra o mesmo entusiasmo.

Guerra: O que Aécio e Eduardo desejam uma política de boa vizinhança. Agora, os partidos, para se juntarem ou se dividirem, dependem das circunstâncias. Por ora, cada um tem seu projeto.

Valor: Concorda que eles disputam o mesmo eleitorado e o mesmo grupo de potenciais aliados?

Guerra: O jogo ainda vai ser jogado. Eduardo não divide só o nosso campo, divide o outro também. A marca dessa eleição é que vai prevalecer não mais as estruturas formais, mas a opinião pública.

Valor: Estudo que um banco americano publicou considera Campos o mais forte adversário de Dilma.

Guerra: Isso é um exercício de futurologia. O Brasil mudou radicalmente nos últimos 90 dias e não sei quantas vezes vai mudar até a eleição. Acho que Aécio e Eduardo vão disputar o campo dos que querem mudar o ambiente. Compreendo a candidatura da Marina como algo que nega o que está aí, mas até agora ela não propôs o que fazer. A negação, em um primeiro momento, tem apoio, mas depois as pessoas vão querer discutir o que fazer. Nesse momento, Aécio e Eduardo terão grande condição de crescimento e acredito mais no nosso candidato do que no do PSB.

Valor: Mas deve haver alguns palanques duplos entre PSDB e PSB.

Guerra: Muito provável. São Paulo e Minas têm muitas chances. [Os partidos] Também conversam em Alagoas, Paraná, em Minas Gerais, podem conversar em Brasília, no Amazonas...

Valor: A iminente prisão dos petistas do mensalão pode beneficiar eleitoralmente o PSDB?

Guerra: Os protestos produziram um choque de realidade e ficou claro que a popularidade de Dilma não era tão sólida. Depois, quando a população volta para casa, uma parte dos que estavam com ela voltam. Mas o governo não recuperou seus fundamentos e está cada dia mais inseguro.

Valor: O governador Geraldo Alckmin também sofreu com as manifestações. São Paulo preocupa?

Guerra: Sim. Acho que no quadro de São Paulo, é claro que o partido tem necessidade de renovação. Ponto. No mais, é um governo convincente. Os governos do PSDB fizeram um trabalho real, concreto. É evidente que é uma questão de renovação, que foi subestimada no passado e espero que não seja no futuro.

Valor: O ex-governador José Serra vem ensaiando uma saída do partido. Como está isso?

Guerra: Não estou informado. Acho que o Serra é um grande político, um homem público impecável, tem imenso prestígio no partido, mas não é o caso de ser candidato a presidente. Não é questão de achar que não tem méritos, é questão de não ser o candidato adequado para essa eleição, até porque o partido tem candidato.

Valor: Mas o sentimento no partido é de que ele fica no PSDB?

Guerra: Acho que ele tem a ver com o PSDB tanto quanto o PSDB tem a ver com ele. Não vai acontecer nada, ele vai continuar no partido.

 

A certificação do partido Rede Sustentabilidade não é a única dificuldade da possível candidatura da ex-senadora Marina Silva à presidência da República em 2014. A ex-militante do Partido Verde (PV) terá que encarar também a formulação de uma base parlamentar estadual forte, para poder se destacar ou até se sobressair, entre os postulantes nas próximas eleições.

Segundo o analista político Maurício Romão, Mariana Silva foi a grande surpresa da eleição presidencial passada. Ela se apresentou ao eleitorado com uma proposta diferenciada, muito mais acentuada no âmbito do meio ambiente e teve postura bastante proativa. “Já ousava o fato dela ter vindo de uma origem simples, mas trabalhadora, tem acesso a um ponto político quando foi senadora, mas angariou a simpatia do povo brasileiro. Nas eleições passadas ele teve um grande destaque tendo aí uma média de 19% de votos, ou seja, a cada cinco eleitores pelo menos um votou nela”, relembra.

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Depois de quatro anos das últimas eleições presidencias, a ex-senadora deve retornar ao cenário político, desta vez com o Rede, caso registre até lá. “Ela vem buscar essa aproximação com o povo brasileiro e as pesquisas têm mostrando que os brasileiros lembram dela e por conta das manifestações de ruas, que vetaram o conjunto de pessoas mais tradicionais com resquícios da política não republicana. Ela se destaca porque seu passado não tem nenhuma nódoa política e isso fortalece sua eleição”, avalia o analista.

Romão observa a candidata de forma forte e fraca ao mesmo tempo, dependendo da conjuntura política analisada. “Ela é a mais forte depois dos protestos de ruas, porque você isolou aquela pessoa que é muito bem assentada e mais fraca por essa falta de elo político com os partidos eventuais de coligação. Devermos aguardar um pouco mais, mas dentro dessa leva é uma candidata muito forte”, disse o analista político, frisando em seguida a importância de parceiros para uma consolidação da possível chapa à presidência.

“Uma coisa ela vai ter preocupação. Os palanques estaduais, que todo candidato necessita ter uma base de apoiamento nos estados até para erradicar as ideias dos candidatados e angariar apoios políticos para se produzir votos mais para frente, isso ela não tem ainda. E este é problema que ela tem que enfrentar, é a parte mais difícil de sua postulação”, acredita.

Quem também segue a mesma linha de Romão é o ex-deputado petista e um dos organizadores do Rede em Pernambuco, Roberto Leandro. “Acho que qualquer partido político que se pretende disputar governo tem que ter uma base parlamentar e um diálogo com a sociedade e é claro que a bancada forte de deputados e senadores é fundamental para isso”, reconhece. Ainda segundo o ex-parlamentar, até agora já foram certificados junto aos Cartórios Eleitoriais 300 mil assinaturas de eleitores em prol da criação da legenda.

Assim como o dirigente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco (PT), o deputado Pedro Eugênio, afirmou ao Portal LeiaJá que a dissolução da aliança entre o PT e o PMDB é especulação sem fundamento, a direção nacional da sigla divulgou uma nota oficial reafirmando a parceria entre os partidos. 

No texto, o presidente Rui Falcão, disse continuar "firme disposição de reeditar, em 2014, a chapa que nos levou à vitória em 2010, com a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer". E elencou como "prioritária" a aliança eleitoral e governamental com o PMDB.

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Em um ensaio de independência em relação aos tucanos, o PPS começa a indicar que pode não apoiar o PSDB nas eleições presidenciais de 2014 e que está à procura de um candidato ao qual aderir. Por ora, divide a preferência entre nome próprio ou apoio às eventuais candidaturas da ex-ministra Marina Silva (sem partido) ou do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

O assunto, segundo relatou ao Estado o líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), será discutido no encontro nacional da legenda, nestas sexta-feira (23) e sábado (24). O deputado espera sair da reunião "com o planejamento estratégico para uma proposta nacional de candidatura própria". "Não sendo possível, vamos buscar uma alternativa fora do PT e do PSDB."

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Na avaliação de Bueno, apesar de os tucanos disporem de uma "história bonita", o partido já demonstrou nos três últimos pleitos nacionais que não expressa mais o desejo do eleitor. O PSDB, diz Bueno, "governou por duas vezes e não emplacou mais". "A partir daí - o mais grave -, não soube fazer oposição, deixando o espaço livre para o PT ficar no controle com seus aliados."

Para Bueno, uma sigla que se preze deve lutar para mostrar sua cara. Assim, a ideia é trabalhar em torno dos nomes do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), ou de Raul Jungmann, vereador do Recife. "Vamos esgotar essas possibilidades e, só então, buscar alternativas. Aí aparecem as figuras de Eduardo Campos, da Marina Silva e outros que porventura venham a se destacar."

Para Freire, no entanto, "ainda é muito cedo" para adotar uma definição. "Quem imaginar que há algo mais ou menos definido está completamente equivocado", afirmou. O deputado aposta a crise econômica vai desgastar o governo até 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O 2.º turno no Estado de São Paulo já evidencia uma queda de braço entre PT e PSDB pela eleição de 2014, quando o governador tucano Geraldo Alckmin e a presidente petista Dilma Rousseff tentarão se reeleger. O cenário mostra ainda que o PT trabalhou para fortalecer aliança com o PSD, de Gilberto Kassab, hoje adversário na eleição na capital.

No 1.º turno, o PSD ganhou o apoio dos petistas em 24 cidades pelo Estado. Os tucanos apoiaram candidatos do PSD em 15 municípios. Das seis cidades do interior nas quais o PSDB disputa o 2.º turno, em duas há apoio do PSD: Franca, onde o partido praticamente não existe, e Sorocaba. A legenda de Kassab apoia os petistas em três cidades no 2.º turno. Além disso, PT e PSD costuraram parcerias estratégicas. Estão juntos no único município em que o PSD disputa a eleição no domingo, Ribeirão Preto, e na terceira maior cidade do Estado, Campinas. Em Ribeirão, Kassab articulou com o presidente estadual do PT, Edinho Silva, o apoio a prefeita Dárcy Vera.

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A eleição de 2014 baliza as alianças em São Paulo. O PT colocou como condição para apoiar outras candidaturas a construção de palanque para Dilma.

Do lado tucano, o governador articula diretamente o apoio a prefeitos que são potenciais aliados em 2014. Recebeu o presidente do PDT, Carlos Lupi, no último dia 10, para amarrar o apoio do partido em Campinas ao seu candidato, Jonas Donizette (PSB). Na terça-feira, conversou com o candidato derrotado do PSB em Franca, Marco Aurélio Ubiali. Conseguiu que a legenda apoiasse o candidato tucano na cidade, Alexandre Ferreira, que tem como adversária a candidata do PP, Delegada Graciela, apoiada pelos petistas.

As articulações entre PT e PSD pelo Estado já pavimentam uma aliança para 2014. Kassab tem hoje interlocução mais frequente com os petistas Edinho Silva e Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, do que com a direção do PSDB estadual, ligado a Alckmin. Com a força que sua legenda ganhou - além de ser hoje a terceira maior bancada no Congresso, o PSD emplacou 494 prefeitos -, Kassab está prestes a embarcar no governo federal.

Seu partido terá um ministério.

O prefeito ensaiou aliança com o PT no 1.º turno na cidade de São Paulo, mas teve de abortar o plano com a entrada de Serra na disputa. Apesar disso, Kassab atuou a favor dos petistas em outras praças importantes, como Belo Horizonte, onde rompeu a aliança com o PSB para apoiar o PT, de Patrus Ananias.

A tendência é que o PSD caminhe com o PT na eleição para o governo estadual em 2014. O Estado apurou que a sigla quer uma das três vagas majoritárias na próxima eleição: governador, vice-governador ou senador.

A aliança entre as duas legendas, no entanto, depende do resultado das urnas no domingo. Embora aliados de Kassab digam que o compromisso com Serra era para 2012, a aproximação com o PT pode ser postergada, caso o tucano vença as eleições. Fortalecido pela vitória, Serra trabalharia para manter o seu grupo unido em torno de Alckmin - o governador e o prefeito não têm boa relação política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


De olho nos movimentos eleitorais de 2014, quando haverá disputas para o governo do Estado e para o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) entraram em campo para amarrar as alianças com os candidatos a prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad e o tucano José Serra.

Tanto o governo de São Paulo quanto o Planalto negociam nos bastidores a abertura de espaços em secretarias e ministérios aos aliados dos candidatos no 2.º turno. Há previsão de mudança de equipes em Brasília para contemplar o PMDB, que vai apoiar Haddad. O PDT e o PTB, que embarcarão na campanha de Serra, devem receber compensações do Palácio dos Bandeirantes.

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O PRB, de Celso Russomanno, também conversou com Alckmin e Dilma, e deve anunciar a decisão nesta quarta-feira

Nesta terça-feira (9), Lula e Haddad foram à casa do vice-presidente Michel Temer (PMDB) formalizar a aliança entre PT e PMDB, de Gabriel Chalita. O anúncio ficou para esta quarta-feira, às 15 horas, quando Temer se reúne com os dirigentes do PMDB paulista. Para o vice, o resultado das eleições reforça a aliança nacional para 2014.

Ao conduzir o PMDB para reproduzir em São Paulo a parceria com o PT, Temer quer que o partido tenha espaço proporcional ao que ocupa na esfera federal - o partido controla hoje seis ministérios. Temer, porém, não teria colocado a participação em secretarias municipais como condição para fechar a aliança.

Com o apoio de Chalita, que teve 833 mil votos no primeiro turno, a legenda pretende ampliar o espaço no governo Dilma, reivindicação que já era feita antes de a eleição começar. Também quer o apoio dos petistas em Natal, Florianópolis e Campo Grande. Em São Paulo, o PMDB tenta adesão no Guarujá e Sorocaba - Lula e Dilma vão gravar mensagem aos candidatos. "Estamos disputando em alguns locais onde há possibilidade de PT apoiar o PMDB", disse Temer. O PT negocia o apoio do PMDB em Salvador. Em São Paulo, quer alianças em Santo André e Campinas.

Nesta terça-feira (9), Haddad disse que o secretariado não foi tratado na visita a Temer. O PMDB tenta evitar que o apoio seja interpretado como troca por cargos. O discurso acertado é o de que a união se dará em torno de projetos e da incorporação de pontos do programa de governo de Chalita para São Paulo, como a escola de tempo integral, as UPAs 24h e o Poupatempo para as empresas.

PSDB

Para atrair apoios para Serra, Alckmin também telefonou e recebeu no Palácio dos Bandeirantes dirigentes de partidos aliados. Ontem e anteontem se encontrou com o presidente do PTB paulista, Campos Machado, no Palácio dos Bandeirantes. Serra participou da reunião de ontem. O PTB apoiará o tucano.

A legenda poderá indicar o ex-vice de Celso Russomanno (PRB), Luiz Flávio D’Urso, para a Secretaria de Justiça, na reforma no secretariado de Alckmin prevista para novembro. O PTB também trabalha para trazer o apoio do PRB de Russomanno.

O governador conversou também na segunda-feira, por telefone, com o candidato derrotado do PDT, Paulinho da Força, para fechar a aliança com o candidato tucano. Kassab recebeu o sindicalista em seu apartamento, com Serra, na madrugada de ontem para finalizar o acerto.

O PDT passou a controlar a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, após negociação sobre o apoio de Paulinho em 2014 à reeleição de Alckmin. Antes de terminar a eleição municipal, o governador conversara com o pedetista sobre a aliança com Serra - Paulinho tem mantido discurso crítico ao governo federal. O PDT não terá mais espaço na gestão Alckmin na reforma do secretariado. A decisão do sindicalista de apoiar Serra causou um racha na Força Sindical. Líderes nacionais da entidade afirmaram que a definição da aliança não foi submetida a integrantes do grupo.

O PPS, de Soninha também anuncia nesta quarta-feira apoio a Serra. Alckmin conversou sobre a aliança com seu secretário David Zaia (Gestão Pública), do PPS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O PMDB e o deputado federal e ex-candidato a prefeito de São Paulo Gabriel Chalita devem anunciar nesta terça (9) o apoio formal ao candidato do PT, Fernando Haddad, neste segundo turno da eleição paulistana. O acordo será formalizado no escritório do vice-presidente da República, Michel Temer, na Capital, em reunião prevista para as 18 horas, que depende apenas da confirmação do seu deslocamento para São Paulo.

As negociações entre as cúpulas do PMDB e do PT no Estado foram coordenadas pelo próprio Temer. Em troca do apoio do PMDB e de Chalita, que teve 833.255 mil votos no primeiro turno, o partido pedirá a declaração do voto dos petistas aos candidatos peemedebistas no segundo turno das cidades paulistas de Sorocaba e Guarujá.

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Em Sorocaba, o ex-prefeito Renato Amary (PMDB) obteve 39% dos votos válidos no primeiro turno e disputa o segundo turno com Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), que conseguiu 35,6%. Já no Guarujá, a atual prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) conseguiu 49,65% dos votos e disputará o segundo turno com Farid Madi (PDT), que obteve 35,34%.

Segundo o presidente do PMDB paulista, deputado estadual Baleia Rossi, o apoio recíproco entre os dois principais partidos da base aliada "é uma tendência natural" nas cidades onde não se enfrentam no segundo turno. Em São Paulo, apenas em Mauá há essa disputa: Donisete Braga (PT) e Vanessa Damo (PMDB) serão os adversários no próximo dia 28.

Balanço parcial do PMDB aponta que o partido elegeu 88 prefeitos no primeiro turno em São Paulo, ante 68 na eleição de 2008, bem como fez 78 vices, contra 52 na eleição municipal passada. "A expectativa é que cheguemos a 90 prefeitos e a 80 vices na eleição deste ano", concluiu Rossi.

Às vésperas da convenção que vai tornar oficial a candidatura do deputado Nelson Pelegrino à prefeitura de Salvador, que ocorre no sábado, o PT começa a conseguir os apoios que esperava ter desde que o partido anunciou a pré-candidatura do deputado, em setembro do ano passado.

Aos poucos, todos os partidos da base aliada do governo estadual, liderado por Jaques Wagner (PT), que haviam anunciado intenção de participar do pleito com candidaturas próprias, vão desistindo da possibilidade para apoiar o petista.

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Na manhã desta quarta-feira foi a vez de o PSB anunciar oficialmente adesão à candidatura de Pelegrino, abrindo mão da candidatura da senadora (e ex-prefeita) Lídice da Mata. Ela não participou do anúncio, mas o presidente municipal da legenda, Waldemar Oliveira, garantiu que ela vai atuar na campanha.

Para Oliveira, a desistência da eleição majoritária tem como objetivo tentar evitar o fortalecimento da candidatura de ACM Neto (DEM). "Entendemos que lançar um candidato próprio poderia contribuir para a vitória de Neto, candidato que representa a extrema direita", avalia.

O anúncio do PSB ocorre um dia depois de o PTB também retirar oficialmente a pré-candidatura do atual vice-prefeito, Edvaldo Brito, em prol de Pelegrino, e de o PP, do atual prefeito João Henrique Carneiro, anunciar a desistência de concorrer na eleição - a legenda tinha como pré-candidato o secretário municipal da Casa Civil, João Leão.

O anúncio do PTB esvaziou a possibilidade da formação de um bloco alternativo à polarização que se projeta entre PT e DEM na eleição. As negociações na formação do grupo, chamado "blocão", que seria formado por PCdoB, PDT e PTB, emperraram na definição sobre a candidatura majoritária.

O PT espera, agora, que PP e PDT anunciem oficialmente o apoio à candidatura de Pelegrino e acena para o PCdoB a possibilidade de integrar a chapa majoritária, com a pré-candidata do partido à prefeitura, a deputada Alice Portugal, como vice. Também é esperada a adesão do PR, depois de o líder do partido no Estado, o ex-governador César Borges, ser empossado pelo governo federal como vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal.

O DEM, que tem ACM Neto como candidato, conta com os apoios do PV - que emplacou a vice na chapa majoritária, a professora universitária Célia Sacramento -, do PSDB, do PPS e do PTN. Por meio de negociações entre direções nacionais das legendas, o DEM ainda tenta atrair o PDT.

Integrante da oposição ao PT na Bahia, o PMDB definiu que vai concorrer à prefeitura com chapa "pura", com o radialista e ex-prefeito Mário Kertész como candidato à prefeitura e o presidente da Juventude do PMDB, Nestor Neto, como candidato a vice.

Um dia depois do encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dirigentes do PT e do PSB já saíram a campo para tentar costurar acordos entre as duas siglas, com vistas às eleições municipais de outubro deste ano. Na tarde desta segunda, o presidente do PT paulista, Edinho Silva, reuniu-se com o deputado federal e pré-candidato do PSB à prefeitura de Campinas, Jonas Donizette, para falar sobre um eventual acordo entre as duas siglas. A Agência Estado apurou que, no encontro, Jonas criticou o fato de o PT ter pregado voto nulo nas eleições suplementares indiretas que irão ocorrer na cidade, no próximo dia 10 de abril - pleito que definirá o substituto dos prefeitos cassados Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT).

O pessebista lamentou que o PT não tenha apoiado a coligação encabeçada pelo vereador do PSB, Arly de Lara Romeo na cidade. Jonas Donizette considera importante a derrota ao atual prefeito interino Pedro Serafim (PDT), presidente da Câmara de Vereadores, pois este teria articulado a cassação de Vilagra. As eleições foram marcadas em Campinas em razão da chamada "dupla vacância do cargo" - prefeito e o vice deixaram o posto. O então prefeito Hélio teve o mandato cassado em agosto do ano passado e Vilagra, que era seu vice, sofreu impeachment em dezembro.

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Na conversa de hoje, segundo lideranças do PT em São Paulo, Jonas Donizette não condicionou um eventual acordo com o PT nas eleições indiretas do mês que vem com as eleições municipais de outubro. Até mesmo porque, segundo o pessebista, "está claro para o PT" que ele tem um compromisso com o PSDB em Campinas. "E eu pretendo honrar este compromisso (com os tucanos)", disse o deputado pessebista à Agência Estado. Por esse acordo, os tucanos indicarão o vice na chapa encabeçada por Jonas, na disputa à prefeitura de Campinas, nas eleições de outubro deste ano. "(Edinho) me disse que o PT está disposto a ser de vice em nossa chapa, mas deixei claro que tenho compromisso com os tucanos e não pretendo desmanchar (tal acordo)."

Jonas Donizette, que já foi líder do então governador José Serra na Assembleia Legislativa de São Paulo, disse também que na semana passada recebeu um telefonema de Serra. O tucano telefonou para tranquilizá-lo quanto ao cumprimento do acordo em Campinas. Em troca do apoio, os líderes do PSDB em São Paulo esperam uma reciprocidade do PSB quanto à candidatura do ex-governador. A esse respeito, Donizette argumentou: "Em nenhum momento eu condicionei este apoio, porque São Paulo passa por uma negociação nacional". Apesar disso, o presidente do PSDB paulista, deputado Pedro Tobias, disse à Agência Estado que espera reciprocidade neste caso. "Vamos apoiar Donizette e esperamos o apoio do PSB a José Serra em São Paulo", frisou.

Contradições

Depois da conversa com Donizetti, o presidente do PT em São Paulo deve procurar o presidente do PSB paulista, Marcio França, que é secretário de turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Entretanto, um acordo entre os pessebistas com os tucanos em São Paulo passa pelo crivo do presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, que ontem esteve reunido com Lula. Em entrevista hoje, à rádio Jornal do Recife, Campos reiterou sua proximidade com o PT da presidente Dilma Rousseff. "(No encontro) Fizemos uma leitura do quadro político nacional, reafirmamos parte a parte a aliança estratégica do PT com PSB em nível nacional, na base de sustentação do governo Dilma e sabemos que nas eleições municipais temos de conviver com as contradições que são próprias nas disputas nas cidades", disse o governador, com relação ao tamanho da base do governo Dilma, que comporta legendas de várias vertentes, muitas das quais concorrentes em várias cidades neste pleito.

Eduardo Campos disse também que é importante atuar naquilo que é possível resolver e citou que existe uma comissão eleitoral do PT, coordenada pelo secretário nacional de organização do PT, Paulo Fateschi, e do PSB, coordenada pelo vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, para fazer um mapeamento da situação das duas siglas nos municípios e ver onde é possível o PT apoiar o PSB e vice-versa. Além de São Paulo, onde a sigla é disputada tanto por petistas quanto por tucanos, outras cidades também enfrentam negociações delicadas, como é o caso do Recife, onde Lula pediu para Campos apoiar o nome de Maurício Rands, deputado federal e secretário do governo, para disputar a prefeitura pelo PT. Contudo, o nome de Rands poderia barrar a candidatura à reeleição do atual prefeito, João da Costa, também do PT, mas cujo governo não é bem avaliado pela legenda. "Não temos veto a qualquer nome, não fizemos nenhum ação para apoiar alguma alternativa, queremos um nome que unifique a frente popular (no Estado)", frisou Eduardo Campos.

Sob o comando do governador Eduardo Campos (PE), o PSB traçou estratégia pragmática para ampliar sua inserção no Sul e no Sudeste na eleição municipal deste ano. Com o objetivo de se projetar como uma das principais forças políticas do País, o partido pretende fechar um arco de alianças que vai do PT ao PSDB, a depender do cenário eleitoral.

Apontado como um dos nomes que podem um dia disputar a eleição presidencial, Campos, presidente da legenda, quer ampliar de 314 para 500 o número de prefeituras administradas pelo PSB - em 2004 o partido conquistou apenas 176 cidades.

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A inserção nacional do partido, se bem-sucedida, dará combustível político para o governador, cotado para ser vice numa eventual chapa de Dilma Rousseff em 2014. Ele também é apontado como um dos candidatos potenciais para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018.

Campos costurou rede de prefeituras pelo Nordeste, ajudado pelo PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 205 das 314 prefeituras ficam na região.

A maior parte está em Pernambuco. Lá, o partido comanda 49 dos 185 municípios. No Rio Grande do Norte, o desempenho é semelhante: 44 dos 167 prefeitos são filiados à sigla.

Neste ano, o PSB deve lançar 1.500 candidatos a prefeito, quase a metade no centro-sul do País. Nos três Estados do Sul, o partido tem apenas 27 das 1.188 prefeituras. No Sudeste, são 57 prefeitos nos 1.668 municípios.

No Paraná, o PSB conta com o apoio do PSDB para manter a Prefeitura de Curitiba e lançar outros 140 candidatos, como em Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. Em Minas, a legenda negocia tanto com o PT e com o PSDB para reeleger o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, além de outros 150 candidatos.

No Rio de Janeiro, cogita apoiar o PMDB, do prefeito Eduardo Paes, e lançar outros 22 candidatos em municípios estratégicos, como Petrópolis, Nova Friburgo e Duque de Caxias.

Na cidade de São Paulo, o partido pode tanto se aliar com os tucanos como com o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, caso não saia a chapa PSDB-PSD. Como o PSB pretende ter candidatura em cem cidades pelo Estado, negocia com as duas siglas apoio para seus candidatos em Campinas, Ferraz de Vasconcellos, Taboão da Serra, São Vicente, Paulínia e São José do Rio Preto.

Campos desenhou com Kassab a estratégia no Sul e Sudeste. Os dois chegaram a estudar uma fusão PSB-PSD no ano passado, mas descartaram em nome de uma ação comum no Congresso.

Em relação ao PT, o PSB trabalha para ter o apoio em Aracaju e João Pessoa. Pode apoiar o partido em Salvador, Teresina, Rio Branco e Palmas. Em Fortaleza e Recife, pode tanto apoiar o PT quanto lançar candidato.

TV

De 1996 a 2008, a votação do PSB passou de 3,79% para 5,7% dos votos válidos. O crescimento da bancada no Congresso contribuiu para que a sigla fosse cortejada em razão do tempo de televisão no horário eleitoral gratuito: pelo menos 2min30s diários na eleição de 2012.

Para o primeiro secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira, a eleição municipal "não guarda relação" com a disputa nacional. "Segue dinâmica própria. O PSB pretende usar a eleição de 2012 para aprofundar a discussão sobre a necessidade de uma reforma urbana nas cidades." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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