Em passagem pelo Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (22), o pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB) fez fortes críticas a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). O socialista também comentou a aliança com o PMDB no Estado e a situação com o PSDB em Minas e em Pernambuco.
Sabatinado em coletiva de imprensa, o ex-governador de Pernambuco foi questionado por jornalistas locais sobre a aliança com o PMDB no Rio Grande do Norte, parceria reprovada pela pré-candidata à vice-presidente, Marina Silva (PSB). “A nossa discussão tem sido pelo palanque nacional. Nós Estamos discutindo um programa para tirar o Brasil do caminho errado que ele tomou. O Brasil parou de melhorar e começou a piorar nos últimos anos. (...) Na vida democrática você convive com a divergência, o ruim é quando a gente não tem respeito à divergência, do mesmo jeito que a gente respeita a posição local, a gente respeita a decisão daqueles que não aceitam”, justificou.
##RECOMENDA##Além de analisar a questão da parceria com o PMDB, o futuro postulante disparou inúmeras críticas a presidente da República. “Nós que tínhamos esperança que o Brasil fosse melhorar a qualidade na política, vimos à presidenta sinalizar que ia melhorar a gestão da política, piorar o padrão político e o padrão de gestão. Então, nós estamos neste momento eu e a Marina, concedendo um programa de governo que vai tirar o Brasil desde caminho para viver um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade”, prometeu.
Voltando ao assunto das alianças, Eduardo Campos deixou claro o desejo de possuir o número máximo de postulantes do PSB em cada Estado, mas garantiu respeitar as peculiaridades de cada local. “O PSB poderia ter um candidato a governador em cada Estado, só que a vida não é do jeito que a gente quer e nem sempre é do jeito que a gente sonha. Cada Estado tem sua história, tem seu momento. (...) Então, uma coisa é a situação nacional e outra é a local e os companheiros irão compreender que nós iremos aos palanques dos que farão a nossa candidatura e respeitaremos a campanha estadual onde os nossos companheiros estarão inseridos por situações locais que não cabe à gente atrapalhar”, pontuou.
Aliança com o PSDB – Indagado sobre a situação de não ter agressão política com a quase ruptura com o PSDB, já que os socialistas estão perto de fechar candidatura própria em Minas Gerais e poderão sofrer retaliações em Pernambuco com uma disputa dos tucanos ao Governo do Estado, Campos garantiu que ataques ofensivos não deverá ser o norte do PSB nas eleições. “Olha, o nosso pacto de não agressão é com todos os partidos que vão disputar as eleições. Nós não achamos que eleição e campanha devem ser palcos de brigas pessoais e ataques desqualificados. Nós, inclusive, vamos fazer constar no nosso programa de governo, um dos nossos compromissos, que falei isso inclusive ao presidente do TSE, o ministro Toffoli, é que da nossa parte nós vamos fazer que o Brasil tenha uma campanha limpa. Nós vamos discutir ideias, propostas, vamos falar do futuro, mas não vamos usar este espaço da campanha quando ele chegar, para fazer um debate desqualificado. Sempre fiz debate assim”, ressaltou mostrando evitar confusões.
O ex-governador também fez questão de relembrar as eleições de 2012, quando seu afilhado político e atual prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), disputou contra o PT de Humberto Costa e o PSDB de Daniel Coelho. “Eu, em 2012, disputei a eleição apoiando o prefeito do Recife disputando o PT de um lado e o PSDB do outro e quando chegou à reta final eles viram que o PSB ia ganhar no primeiro turno, eles fizeram uma aliança tácita, a imprensa divulgou isso, não só a imprensa local, mas a nacional mostrou que eles começaram a fazer um trabalho articulado nos debates e eu nunca tratei deste assunto”, ressaltou.
Já sobre Minas, o líder do PSB revelou o desejo de seus correligionários de realmente lançarem um nome próprio. “Lá em Minas a gente tem uma aliança com temos (com o PSDB). Lá tem um conjunto do partido que quer candidatura própria e tem um conjunto do partido que quer aliança e como se resolvem as coisas? Se conversando, dialogando para chegar num consenso e quando não se chega à gente pega o regimento do partido que são as regras constituídas democráticas e se aplicam em regras e é decisão em convenção, e cada vez mais, o nome de ter candidatura cresce e o nome de Julio Delgado aparece”, contou o socialista pincelando um possível nome nas disputas eleitorais mineiras.