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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), pré-candidato à reeleição, anuncia nesta terça-feira, 19, uma chapa que contempla o PP e o PSD, além de seu partido, para as vagas de vice-governador e senadores, e deixa de fora o PSB ao excluir a senadora Lídice da Matta - que deseja concorrer a um novo mandato.

O atual vice-governador, João Leão (PP), deve concorrer ao mesmo cargo enquanto o ex-ministro Jaques Wagner (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel (PSD), vão disputar as duas vagas no Senado.

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O anúncio será feito em meio ao constrangimento de preterir uma aliada histórica do PT na Bahia. Lídice já foi informada pelo governador de que não estará na aliança. Em conversas durante o fim de semana, Rui e Wagner - principal articulador político da campanha - ofereceram a Lídice uma vaga na Câmara ou de suplente de senador. Lídice não retornou aos contatos da reportagem.

Oposição

Enquanto chapa liderada pelo petista deve sair formada apenas por homens, o principal pré-candidato da oposição, José Ronaldo (DEM) anunciou o nome da ex-secretária de Política para Mulheres, Infância e Juventude de Salvador Taíssa Gama (PTB) na disputa por uma vaga na chapa majoritária. A tendência é de que Taíssa, filha do deputado Benito Gama, presidente do PTB na Bahia, dispute a vaga de vice-governadora.

A apresentação do nome de Taíssa, causou ruído entre as siglas opositoras. Até então, as vagas para o Senado e a vice eram disputadas pelo deputado federal Irmão Lázaro (PSC) e pela vereadora de Salvador Ireuda Santos (PRB). Por enquanto, o único nome confirmado nesta chapa é o do deputado federal Jutahy Magalhães Jr. (PSDB), que vai tentar o Senado.

O MDB, que tem o ex-ministro da Integração Nacional João Santana como pré-candidato ao governo, tem conversado com o ex-prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (PRTB) e com o ex-deputado federal Jorge Viana (MDB). A ideia é que os dois disputem o Senado.

Lideradas pelo deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), as conversas com o ex-prefeito, ainda em fase inicial e sem previsão de definição, marcam uma tentativa de reaproximação. João Henrique era do MDB quando se reelegeu para a prefeitura, em 2008, e quando deixou o cargo de prefeito com alta taxa de reprovação quatro anos depois. Já Viana, que acumula base eleitoral em Ilhéus, no sul do Estado, ajudaria a diminuir a taxa de desconhecimento de Santana no interior. O MDB baiano também conversa com PTC, PRP e PROS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fidelidade do voto dos pernambucanos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é algo inegável. Sabendo disso, o senador Armando Monteiro (PTB), que disputará o Governo do Estado na chapa que está sendo formada pela frente ‘Pernambuco Quer Mudar’, enalteceu a influência política do líder-mor petista e criticou o PSB por, segundo ele, ter descartado até pouco tempo uma aliança com Lula e agora buscar seu apoio. 

Apesar de estar no palanque ao lado de nomes como o do deputado Mendonça Filho (DEM), que é opositor ao ex-presidente, e salientar que o foco deles é “dar novo rumo a Pernambuco”, Armando disse que continuará “homenageando a figura de Lula” e não haverá constrangimento em defender o petista. O pré-candidato ponderou que, ao contrário do governador Paulo Câmara (PSB), ele esteve com Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff “até a última hora”.  

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“Sempre entendemos que Lula é alguém que tem grande prestígio em Pernambuco, não nesta eleição, mas em todas mais recentes. O povo pernambucano reconhece que ele fez muito por Pernambuco, não há como desconhecer esta realidade. [...] E aí lembrar sempre que tem algumas forças que agora procuram o presidente e há pouco tempo descartaram alianças com o presidente e o PT”, argumentou, em conversa com a imprensa depois de ser oficializado como líder da chapa, nessa segunda-feira (11).

“Não fazemos alianças ocasionais, não fazemos alianças oportunistas, portanto o povo vai entender quais são os palanques que tem mais coerência no ponto de vista político. Eu sempre reconheci, sempre fiz homenagens e sempre vou continuar homenageando a figura do ex-presidente Lula”, completou Armando.

O senador, que foi ministro do governo Dilma, também sublinhou que mesmo estando ao lado de partidos que são oposição a Lula, como DEM e PSDB, já deixou claro aos aliados sua postura de “lealdade”.

“Não cria constrangimento [estar neste palanque], nós sublinhamos aqui que o que nos une é Pernambuco. Foi dito, de forma clara, temos trajetórias e origens políticas distintas. Eu estive com o presidente Lula e a presidente Dilma até a última hora. Nós temos um traço em comum, eu e Mendonça, é a lealdade. Ele entende a minha circunstância e eu entendi a dele. O importante é que possamos agora olhar para o futuro. O que nos reúne é Pernambuco”, salientou o petebista.

O casamento de MC Guimê e Lexa, realizado na noite da última terça-feira (22), na Catedral da Sé, em São Paulo, contou com as participações de muitos famosos. Até o padre responsável pela cerimônia era famoso: Fábio de Melo.

Segundo o colunista Leo Dias, os dois não economizaram na hora de comprar as alianças. O par de anéis custou R$ 100 mil. As alianças foram feitas com 40 gramas de ouro 18k, diamantes selecionados e rubis, com direito a um polimento especial de luxo.

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Por Dayvson Barros

Pré-candidata à Presidência pelo PSTU, a sindicalista Vera Lúcia é pouco conhecida entre os nomes que se colocam na disputa em outubro. Entretanto, em entrevista ao LeiaJá, a pernambucana radicada no Sergipe, não poupou críticas aos nomes com maior visibilidade, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, para ela, deu “migalhas a classe trabalhadora”. 

“Lula já governou este país, saiu do seio da classe trabalhadora, governou com os grandes empresários, banqueiros e latifundiários e, junto com esses setores, também trilhou o caminho da corrupção e todo mundo viu no que deu”, disparou Vera, lembrando que mesmo preso o líder-mor petista pode disputar, assim como o PT vem reafirmando a candidatura. 

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A pré-candidata que, inclusive, foi do PT, mas terminou sendo expulsa da legenda, declarou também que durante os mandatos de Lula “quem lucrou foram as grandes indústrias”. “O que garantiu a classe trabalhadora foram apenas poucas migalhas, que inclusive, quando vem a crise, boa parte disso já se foi. Poucas concessões que foram feitas à classe trabalhadora, quem lucrou mesmo foram as grandes indústrias”, criticou. 

Vera ainda salientou que Lula foi aliado da direita e ponderou que o presidente Michel Temer (MDB) “está aí porque era o vice de Dilma”. 

Já sobre Temer, a presidenciável declarou que “ainda não caiu” por falta de vontade dos partidos de esquerda. “Já poderíamos ter derrubado o governo Temer. Ano passado esse país viveu uma das maiores greves. O governo não cai porque muitos partidos que dizem querer o Fora Temer não querem de verdade. Se quisessem já tinham mobilizado a classe trabalhadora para derrubá-lo. Na verdade o que eles querem é desgastar o governo para canalizar toda insatisfação que existe para a via das eleições”, declarou. 

O candidato do PSOL à presidência, Guilherme Boulos, desembarcou no Rio de Janeiro na manhã deste sábado para participar das manifestações pelo primeiro mês do assassinato da morte da vereadora Marielle Franco e para dois dias de campanha. Ele indicou que o Estado deve ter papel importante na estratégia nacional do partido para as eleições de outubro. O partido é o mais competitivo para um eventual palanque da esquerda no Estado em um eventual segundo turno. PT, PDT e PC do B saíram arranhados depois de quase uma década de aliança local com o PMDB de Sergio Cabral.

A expectativa é que mais de um terço dos deputados federais da sigla saiam do Rio e que o pré-candidato Tarcísio Motta, que em 2014 ficou em terceiro lugar na disputa estadual, chegue ao segundo turno. Questionado sobre a possibilidade de aliança com outros partidos de esquerda, Boulos disse que é cedo para discutir alianças e evitou comentar o episódio em que o presidente do PT, Washington Quaquá lançou o deputado estadual, Marcelo Freixo, como candidato da esquerda, à revelia do partido.

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"O Tarcísio é um candidato competitivo e tem condições reais de disputar e ganhar a eleição contra essa máfia que governa o Rio e é a mesma que agora governa o Brasil", disse.

Para Boulos, o deputado estadual Marcelo Freixo, que chegou ao segundo turno nas duas últimas eleições municipais, deve puxar um grande número de votos para a bancada federal e o deputado federal Chico Alencar tem chances concretas de conquistar uma das vagas no Senado. "O PSOL chega nessa eleição nas melhores condições de sua história", disse Boulos.

Pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-governador Ciro Gomes afirmou nesta quarta-feira, 14, que ainda é cedo para discutir quem seria o vice em sua chapa e que o momento ainda é de conversas entre todos os partidos.

"O que tenho dito é que esta ainda não é a hora madura para alianças. Mal comparando, é como se, nesse momento, cada carro tivesse que entrar sozinho no circuito para ajustar suspensão, pneu, e lutar por um bom tempo para estar numa boa posição para o grid de largada", disse, após participar de encontro promovido pela Amcham em São Paulo. "É na largada que começa o jogo de equipe."

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Nos últimos meses, Ciro distribuiu afagos a presidenciáveis de outros partidos, como o ex-prefeito Fernando Haddad, um "possível plano B" do PT para Lula, e a ex-ministra Marina Silva (Rede). Mas buscou esfriar as especulações sobre ambos. "Como posso querer a Marina de vice se ela é maior que eu? (...) Nunca procurei Haddad para ser meu vice, o PT para mim deve lançar candidato e é natural que o faça", declarou, acrescentando que não vê uma unidade dos partidos da esquerda no primeiro turno.

Segundo Ciro, as conversas se dão nesse momento em um amplo arco, que inclui inclusive o vice-governador de São Paulo, Marcio França (PSB), visto como um entrave à aproximação do partido com o PDT por sua aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Tenho conversado bastante com França e torço muito por ele. Não sei qual será o caminho do PDT aqui no Estado, mas acho que fará historia em São Paulo", afirmou.

Bolsonaro

Sobre as chances do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Ciro disse não acreditar no potencial do candidato tão logo comece o horário eleitoral gratuito, uma vez que ele seria muito "inconsistente". "Estou percebendo aqui em São Paulo uma certa resignação. Parece que, com o Alckmin 'não dando no couro", ele vai virando o mal menor para esse mundo conservador', analisou. "Com a campanha se aclarando - e a campanha só começa com a televisão, essa é a verdade - isso deve mudar".

O alinhamento eleitoral do PT em Pernambuco será debatido, nesta sexta-feira (9), durante uma reunião entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula da legenda no Estado. O encontro será em São Paulo, às 10h30, e foi proposto pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) da Executiva Nacional, depois da divisão entre os caciques petistas diante do quadro local: enquanto alguns defendem uma aliança com o PSB, outros ressaltam a necessidade do partido ter candidatura própria ao governo. 

O líder-mor da legenda e a presidente nacional, a senadora Gleisi Holffman (PR), vão abordar o reflexo de aspectos da disputa presidencial na corrida local com o presidente pernambucano do partido, Bruno Ribeiro, o senador Humberto Costa e a deputada estadual Teresa Leitão. Os pré-candidatos petistas a governador - a vereadora Marília Arraes, o deputado estadual Odacy Amorim e José de Oliveira - também devem participar do encontro. 

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Dentro do PT, a insatisfação com uma eventual reaproximação com os pessebistas em Pernambuco, o que por um lado daria fôlego para a reeleição do governador Paulo Câmara e ajudaria na eleição de deputados federais petistas, é visível. Entre os que já defendem a aliança estão Humberto e o ex-prefeito do Recife, João Paulo. Já os pré-candidatos e Teresa Leitão cravam diante do indicativo aprovado pela legenda de concorrer majoritariamente. 

Lula, por sua vez, já demonstrou que é afeiçoado ao realinhamento do PT com o PSB estadual. Ele recebeu recentemente a visita de Paulo, Renata Campos e João Campos em São Paulo e, antes disso, chegou a questionar se o PT queria continuar brigando com o PSB.

A legenda pessebista já definiu no Congresso Nacional, no último fim de semana, que marchará com partidos de esquerda seja no quadro nacional ou nas estaduais. E o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, sinalizou a possibilidade do PT e PSB “caminharem juntos” em Pernambuco. O que resta, agora, é a postura petista que deve ponderar a análise feita hoje por Lula. 

Durante a coletiva de imprensa que concedeu nessa quinta-feira (22) no Recife, a pré-candidata a presidente do Brasil Marina Silva (Rede) mediu as palavras ao ser questionada pela imprensa sobre os diversos temas. No entanto, durante o evento realizado para a filiação do ex-prefeito Julio Lossio à Rede, logo após a coletiva, Marina subiu o tom afirmando mais uma vez que deseja vencer a eleição presidencial, mas afirmou seu propósito é "ganhar ganhando" e ressaltou que não vale tudo para ganhar uma eleição. 

Ela chegou a fazer uma alerta para os políticos que vencem "roubando" ou se juntando com o "diabo". "Quem ganha roubando, vai governar roubando. Quem ganha mentindo, vai governar mentindo. Queremos ganhar ganhando. Quem ganha se juntando com o diabo, como dizem por aí, não sei onde vai botar o rabudo depois. Nós temos que ganhar desta vez, se Deus quiser e se o povo brasileiro quiser, ganhando", repetiu propositalmente. 

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A ex-senadora criticou quem tenta vencer destruindo os outros candidatos. "Eu não preciso ser inimiga de Ciro Gomes, não preciso ser inimiga do Joaquim Barbosa, se ele for candidato. Você [se referindo a Julio Lossio] não precisa ser inimigo de Paulo Câmara. Vamos defender nossas propostas, nossas ideias, mas política não é um campo de guerra. Não se constrói nada no ódio", ressaltou.

"Estou vendo alguns candidatos dizendo que vão fazer e acontecer. Olha, no Brasil já roubaram o Banco do Brasil, já nos roubaram a Caixa Econômica, o BNDES, agora querem roubar a nossa paz. Vamos fazer guerra entre nós mesmos? Imagino o que a gente constrói nessa cultura do ódio. Hoje não dá para sentar um um restaurante, não dá para sentar nem no banco da igreja, as pessoas ficam brigando por causa do partido, porque é coxinha, mortadela", lamentou. 

Marina Silva ainda afirmou que não irá convocar o povo para colocar ninguém contra ninguém. "Vamos convocar o povo a favor do Brasil, da educação, da proteção do meio ambiente", discursou.

Principal líder do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, nesta terça-feira (6), para uma reabertura de diálogo entre a legenda e o PSB em Pernambuco. Lula disse não acreditar que dentro da legenda pessebista tenha apenas adversários e ponderou que o PT precisa pensar se quer se aliar a alguém capaz de construir um programa para o Estado ou disputar sozinho. 

“Cada aliança é feita sob as circunstâncias da política do momento. Você sabe da relação que eu tinha com Eduardo Campos, todo mundo sabe que eu gostava muito do Eduardo Campos e ele de mim, com a morte dele, obviamente, houve fissuras e problemas. O PSB, em alguns lugares, rompeu com o PT, em outros não. Tudo isso faz parte do cenário político local”, disse, em entrevista à Rádio Jornal. 

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“Agora está chegando uma nova eleição e os partidos precisam pensar o que é melhor para o povo de Pernambuco. Se é a gente continuar brigando com uma possível aliado capaz de se construir um programa para o Estado ou se a gente vai simplesmente fazer sozinho uma eleição sem fazer aliança com ninguém. Nós temos que discutir com muita maturidade”, acrescentou.  

Para Lula, “o PT pode voltar a conversar com o PSB, conversar com o Armando Monteiro ou por ter candidatura própria”. “O problema é que eu não quero precipitar os fatos… Tem muita coisa na política que ainda vai acontecer. Toda a briga que nós tivemos com o PSB, não me faz crer que o PSB só tenha adversários”, salientou. 

Em Pernambuco, o PT tem três pré-candidaturas. Uma delas é a da vereadora Marília Arraes, mas nos bastidores algumas lideranças anseiam um realinhamento com o PSB.

Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Silvio Costa (Avante) não sabe ainda em que chapa participará da disputa em outubro, mas reforçou o desejo de que o senador Armando Monteiro (PTB) seja candidato a governador tendo como aliado o PT. A conjuntura, entretanto, tem levado o cenário para outro caminho. Talvez Armando seja confirmado como um dos concorrentes da frente de oposição ‘Pernambuco quer mudar’ ao governo, mas sem ter a legenda petista endossando seu palanque. 

“Defendo que Armando Monteiro seja candidato com o apoio do PT. Vou continuar defendendo até o último segundo da convenção”, cravou. “Agora, se o PT for para o PSB a gente senta à mesa para ver qual é a nova construção”, acrescentou, lembrando que são duas vagas para Pernambuco na Casa Alta. 

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Silvio Costa também disse que a conjuntura ficará mais clara até o dia 5 de abril, quando encerra o período de janela partidária e se tem a expectativa de concluir também as alianças. 

“Temos uma série de datas para avaliar, primeiro: dia 24, o julgamento de Lula. Qual será a reação da opinião pública? Vai ter ebulição social? Não vai ter ebulição social? Ai depois vem o evento de Pernambuco, o PT vai marchar com o PSB ou não? Depois vem Fernando Bezerra e Armando, serão dois candidatos ou um só? Então, tem muito tempo. Essas coisas vão ficar claras depois do dia 5 de abril”, disse. 

“Defendo que as oposições tenham candidaturas múltiplas [ao Governo de Pernambuco]. Não podemos falar de construção partidária agora”, acrescentou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem mantido uma agenda discreta de viagens pelo Brasil, mas é hoje o pré-candidato à Presidência da República que mais avançou nas articulações com outros partidos para montar seu palanque. Fiel ao seu estilo de "jogar parado", o tucano já construiu pontes com pelo menos sete legendas: PV, PTB, PSB, PPS, PHS, PP e DEM.

Enquanto Alckmin se aproxima de seus aliados de São Paulo no plano nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vê até o parceiro histórico PCdoB lançar uma candidatura própria, enquanto Ciro Gomes (PDT) rejeita uma aliança. Já Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC) estão isolados em suas respectivas legendas.

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Um passo importante foi dado por Alckmin no dia 11, durante um churrasco em Capão Bonito, no interior de São Paulo, na fazenda do deputado federal Guilherme Mussi, presidente do diretório paulista do PP. Mussi comemorou o aniversário com uma grande festa que possibilitou mais um encontro entre o governador e o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI).

Os dois já haviam conversado pessoalmente em agosto, quando Mussi promoveu um jantar em Brasília para o governador estreitar suas relações com a bancada federal da sigla no Congresso - hoje uma das mais fortes do bloco partidário informal classificado como Centrão.

Nas duas últimas eleições, o PP (futuro Progressistas), esteve em lado oposto ao do PSDB, no palanque petista. De meados do ano para cá, o tucano intensificou a aproximação a partir de reuniões fora da agenda com lideranças locais e nacionais.

Vice

Após a conversa no dia 11, da qual fizeram parte outros líderes do PSDB, dirigentes do PP passaram a ventilar a hipótese da senadora Ana Amélia (PP-RS) se candidatar como vice de Alckmin no ano que vem.

O nome da senadora ganhou força como uma boa opção especialmente se Lula for candidato em parceria com Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) - possibilidade levantada por petistas. "Sou um entusiasta de uma eventual chapa Geraldo Alckmin e Ana Amélia, que eu acho possível, mas a decisão não é minha", disse Mussi.

Ao Estado, Ana Amélia diz desconhecer qualquer costura nesse sentido, mas afirmou que se sente honrada em ter sido lembrada para desafio tão "extraordinário".

Aliados de Alckmin avaliam que oferecer a vaga de vice a uma mulher é estratégia acertada, mas a escolhida não necessariamente deve sair da região Sul. Para boa parte dos apoiadores do governador, a chapa deve ser formada com uma representante do Nordeste, onde o eleitorado do tucano ainda é muito discreto e Lula, caso candidato, tem ampla vantagem.

Nesse cenário, o nome que surge é o de Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos. Em um esforço para se manter próximo do PSB, que tem demonstrado boa vontade como projeto presidencial de Alckmin, o governador paulista embarca hoje para Recife, onde deve se encontrar com Renata e outras lideranças pessebistas.

No PSB, o principal entusiasta da candidatura de Alckmin é o vice-governador Márcio França, secretário-geral da sigla. A legenda, porém, também sinalizou interesse em lançar o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

Na busca por assegurar de antemão apoio de aliados históricos de sua gestão estadual, Alckmin também mantém conversas com o PPS de Roberto Freire.

Na semana passada, Freire, em entrevista ao Estado, disse que é preciso discutir uma candidatura única das forças que fizeram oposição "aos governos lulo-petistas". Segundo o deputado, Alckmin pode ser um dos nomes para representar essa unidade. Mas o PPS não descarta encampar eventual candidatura do apresentador e empresário Luciano Huck, optando pelo "novo".

O PV, presidido por José Luiz Penna, secretário de Meio Ambiente de Alckmin, e o PHS também orbitam na área de influência do governador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fim da aliança política entre o PT e o PTB em Pernambuco abriu espaço para que lideranças dos partidos trocassem farpas sobre o fracasso da junção deles em 2014 e o desejo de não repetir o quadro em 2018. Prefeito de Garanhuns, no Agreste, Izaías Régis (PTB) não poupou críticas ao ser questionado, em conversa com o LeiaJá, sobre o impacto da ausência petista no palanque do PTB na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas no próximo ano. 

Segundo Régis, no último pleito, apesar de compor a majoritária, o “PT não se interessou com a campanha” do senador Armando Monteiro (PTB). “O PT não votou em Armando no primeiro turno de 2014 e no segundo turno deu 2 milhões de votos a Dilma. Não há outra justificativa para os votos conquistados por Armando no primeiro turno, o PT não votou nele. Não temos mais que estar juntos como PT. Quem votou em Armando foi o interior, o PT nem se interessou na campanha de Armando”, alfinetou o prefeito. 

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Para Izaías Régis, a legenda petebista, sob a batuta de Armando, está se alinhando a um grupo que quer “salvar Pernambuco” em 2018, mas não há imposição do partido para que, mesmo sendo candidato natural ao pleito, o senador lidere a majoritária que está sendo construída pelos partidos que integram o grupo. Ele se refere à junção do PSDB, DEM, PTB, PRB, a ala do PMDB liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho e o Podemos.

“Evidente que não temos um nome, Armando é um deles. Agora não é imposto. Não é por imposição. É uma reunião ampla para ver se tiramos Pernambuco da situação que vive hoje. Ficam dizendo, o governo paga pelo menos o salário, mas é só ele que paga? É obrigação e tem que fazer isso. Agora não paga fornecedor, não paga prefeituras. Em Garanhuns mesmo, o governador deve R$ 3 milhões de Samu e Farmácia Básica; e a prefeitura tem obrigação de ter esse dinheiro porque tem que botar no lugar”, criticou. 

Mesmo salientando as conversas, Régis defendeu o nome de Armando para a eleição.  “Algumas pessoas podem pegar Armando e dizer que ele não tem o jogo de cintura do populismo, mas não estamos precisando de populismo, estamos precisando de popular. O Brasil paga por muita coisa hoje por causa desse populismo. Um candidato em 2018 precisa apresentar uma administração empresarial para o Estado. Com o cenário de crise econômica e ética que vivemos, prefeitura e Estado têm que dar lucro”, destacou. 

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, deve voltar a comandar o PSDB de Pernambuco a partir do próximo domingo (5), quando acontece a convenção estadual da legenda. Bruno Araújo presidiu o PSDB em 2014 e 2015. O tucano lidera a única chapa que concorre ao cargo até o momento e, mesmo em meio a um racha interno, tem o nome referendado pela maioria dos correligionários. O evento começa às 11h na sede do PSDB, no bairro no Derby, área central do Recife.

Caso seja confirmado na presidência, Bruno vai liderar as articulações da sigla para as eleições de 2018. Inclusive, na convenção os tucanos também devem analisar a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, para o Governo de Pernambuco. Não há um consenso sobre o assunto. Entre os filiados, há quem defenda que o PSDB lance o nome do próprio Bruno para cabeça de chapa ou se alie a outros partidos e componha a majoritária de outra forma.

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Na convenção também devem ser renovados os comandos de vários segmentos do partido como a Juventude, o Tucanafro e o PSDB Mulher. O ex-governador Joaquim Francisco será reconduzido à presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV).

O alinhamento dos partidos contrários à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) tem se intensificado nos últimos dias. Para reforçar a postura, o grupo composto por lideranças como os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), além dos ministros Bruno Araújo (PSDB - Cidades) e Fernando Filho (PSB - Minas e Energia), participou da Missa do Vaqueiro de Canhotinho, no Agreste pernambucano, nesse domingo (10). 

As lideranças foram recebidas pelo prefeito Felipe Porto (PSD) e o deputado estadual Álvaro Porto (PSD). Também estiveram presentes os deputados estaduais Silvio Costa Filho (PRB) e Priscila Krause (DEM). Durante a passagem deles pela cidade, não faltaram críticas a Paulo Câmara. 

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Diante da afirmação de Álvaro Porto de que embora a missa esteja no calendário oficial de eventos de Pernambuco, o governo “Paulo Câmara não destinou nem um centavo à festa”. “A festa vai ser maior ainda daqui a dois anos, quando não estiver governando esse Estado esse governador inoperante que aí está. A Missa do Vaqueiro é a voz de Pernambuco que clama por mudança e nós vamos mudar”, disparou o senador Armando Monteiro, classificando como um “quadro de mediocridade” a “vida política” de Pernambuco.

Novas forças até outubro e nomes em fevereiro

A expectativa do senador Fernando Bezerra Coelho é de que a frente opositora a Paulo Câmara seja composta por PMDB, PSDB, DEM e PTB. Já a definição de quem serão os candidatos deve ficar para fevereiro. “A frente deve ser definida até final de outubro. A partir daí iremos apresentar para a reflexão dos pernambucanos uma espécie de proposta”, salientou o senador. 

Caso Armando confirme a convergência, outros três partidos podem ser aglutinados ao grupo: PRB, Podemos e Avante. O senador petebista é considerado candidato natural ao cargo de governador e já disse que descarta disputar na vaga de vice. 

Cotado para disputar a presidência da República em 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem firmado uma torcida para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participe do pleito. Em entrevista à Folha de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira (27), Gomes disse que não tem “ a menor vontade de ser candidato se o Lula for” e ponderou que a candidatura de Lula na conjuntura atual “desserve” ao país.     

“Não tenho a menor vontade de ser candidato se o Lula for. Menos em homenagem a ele e mais porque a tendência é ele polarizar o processo. E eu ficar falando de modelo econômico... Vou ter um papel nobre, vou lá para meus 12%, 15% no mínimo, mas daí dizer para o povo que acredito que vou ser presidente... Não consigo mentir desse jeito”, declarou. 

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"Acho que neste momento a candidatura do Lula desserve a ele e ao país. Na melhor das hipóteses, ganha e projeta essa confrontação odienta que está rachando o país, mas a probabilidade de polarizar e perder é muito alta”, acrescentou. 

Para Ciro Gomes, “talvez o ideal” fosse o PT “apresentar uma nova liderança” para a disputa. Sobre uma possível aliança com a legenda, o presidenciável disse que “não será vice de ninguém”. Já quanto a estratégia que pretende adotar para 2018, ele pontuou: “tenho que manter minha intransigência sem parecer um cara incapaz de dialogar e tenho que olhar para o futuro, se Lula é candidato ou não”.

Questionado se aceitaria dinheiro de empreiteiras envolvidas na Lava Jato para sua campanha, Gomes disse que sim. “Se a lei permitir, sem dúvida. O que é corrupto é ter toma lá dá cá, superfaturar obras, exigir propinas. No Brasil, estamos confundindo corrupto com empresa. Isso é sandice”, declarou. 

Ele afirmou ainda que era "constrangedor" ser amigo de políticos envolvidos com a Lava Jato, como o senador Aécio Neves (PSDB), o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, mas ponderou que "o que pega é catapora". 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pode ser o único candidato da base aliada ao presidente Michel Temer (PMDB) ao comando da Casa. De acordo com a coluna "Painel" da Folha de São Paulo, publicada neste sábado (7), a expectativa é de que na medida em que Maia amplie seu arco de alianças, os partidos que apresentaram postulações – com Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) – abdiquem da disputa pelo espaço.  

O PSD já tem dado sinais de que pode abrir mão do pleito. No próximo dia 16, o presidente da legenda, Gilberto Kassab, vai avaliar junto com Rosso os apoios conquistados em torno do seu nome para definir se postulará ou não a presidência da Câmara. Caso seja inviável, o PSD deve marchar com Maia. 

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Mesmo na corda bamba, Rosso tem focado em atividades de campanha. Na próxima segunda-feira (9), ele virá a Pernambuco encontrar com o governador e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara. O parlamentar também deve se reunir com deputados federais pernambucanos. 

Nessa sexta-feira (6), foi a vez de Maia desembarcar no estado para se reunir com a bancada. Além dos deputados da terra dos altos coqueiros, também participaram do encontro membros das bancadas do Ceará, Bahia, Paraíba e Piauí. 

Além deles, os ministros Mendonça Filho (DEM), da Educação; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; e Fernando Filho (PSB), de Minas e Energia participaram do encontro. Os três são deputados federais licenciados. Nos bastidores, a presença do 1º escalão do governo Temer denotou um alinhamento do governo ao nome de Maia. Caso seja reeleito, o presidente da Câmara se mantém como o primeiro nome da linha sucessória presidencial. Em caso de ausência do presidente, ele assume o comando do país.  

Após a vitória de seu candidato Roberto Cláudio (PDT) à prefeitura de Fortaleza, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) afirmou que a saída para a esquerda é se juntar a forças de centro. Ciro prevê que a criação de uma "frente de esquerda" no Brasil, cogitada por algumas lideranças políticas, não é viável. Para ele, o País "não cabe na esquerda". "O Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento, com começo, meio e fim, e que, audaciosamente, busque construir um grande entendimento entre quem produz e trabalha. Este é o projeto que estou montando", disse. Segundo ele, o mais viável é a união de políticos de "centro-esquerda".

Ciro adiantou cálculos de seu terceiro projeto como presidenciável. O ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Itamar Franco não prevê, por exemplo, o apoio do PT à sua campanha no primeiro turno das eleições de 2018.

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"Acho que não acontecerá no primeiro turno esse ajuntamento", afirmou Ciro em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado. "É a natureza do escorpião. A natureza do PT é essa", disse, em referência à fábula de Esopo sobre a rã e o escorpião. Segundo o ex-ministro, Lula já disse, nos bastidores, que poderá apoiá-lo, mas ele não acredita. "Ele me disse isso antes da Dilma também. O candidato é você. O tempo todo. E eu dizendo: você não tem como bancar isso".

O ex-governador do Ceará acredita que somente em um eventual segundo turno o partido do ex-presidente Lula poderia vir a apoiá-lo. Para Ciro, há um "lado bom" nisso. "Vou tentar apresentar um projeto. E quero ver se comovo a opinião com esse projeto", diz. No primeiro turno, o pedetista acredita que o PT tem nomes para lançar, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-ministro Jacques Wagner.

Na avaliação de Ciro, Lula não deve se candidatar novamente. "A melhor hipótese seria ele ganhar e não conseguir governar e prorrogar essa crise", afirmou o ex-ministro, que foi candidato a presidente em 1998 e 2002. "Tem horas que você tem de entender que seu papel é dar passagem generosamente, recuperar seu justo nome na história, desmobilizar esses ódios e tentar com alguma generosidade dar passagem".

Candidatos

Ciro prevê que o pleito de 2018 terá um quadro semelhante ao de 1989, primeiras eleições diretas para presidente após a ditadura militar. Segundo ele, a disputa deverá ter de cinco a seis candidatos competitivos. "O (Geraldo) Alckmin, se quiser, será candidato", afirma o pedetista, em referência ao governador de São Paulo, considerado o grande vitorioso do último pleito municipal por eleger João Doria (PSDB) prefeito de São Paulo no primeiro turno.

Na visão dele, o PMDB deverá lançar ou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, atualmente filiado ao PSD, ou o próprio presidente Michel Temer, caso haja alguma melhoria na economia brasileira. Os outros três candidatos seriam ele, a ex-senadora Marina Silva, que tem o "recall" das últimas duas eleições presidenciais, e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). "De 10% para cima, todos. Com 30%, nenhum", afirma.

As eleições municipais deste ano devem opor prefeitos e vices que se elegeram juntos em 2012 em mais da metade das capitais brasileiras. Das 26 capitais onde haverá eleição, 14 terão prefeitos e vices disputando reeleição em chapas separadas ou apoiando candidatos adversários. Os rompimentos ocorreram principalmente nas regiões Norte - em quatro das sete capitais -– e Nordeste –- em seis das nove capitais.

As alianças entre prefeito e vice foram desfeitas tanto por motivos locais, que incluem discordâncias e disputa de poder na cidade ou no Estado, quanto nacionais, como o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O afastamento da petista provocou rompimentos de alianças entre partidos contrários e favoráveis à saída da petista, principalmente PT e PMDB.

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Um desses casos é o Rio de Janeiro. Na capital fluminense, o atual vice-prefeito, Adilson Pires (PT), apoia a candidatura a prefeito da deputada Jandira Feghali (PCdoB), que terá como candidato a vice o petista Edson Santos. Após o impeachment de Dilma, o PT desistiu de apoiar o nome do deputado federal Pedro Paulo (PMDB). Ele disputa o comando da cidade com apoio do atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB).

O desgaste político entre PT e PMDB também contribuiu para a ruptura entre o prefeito de Goiânia (GO), o petista Paulo Garcia, e seu vice, o peemedebista Agenor Mariano. Os dois romperam em dezembro do ano passado, após o início do processo de impeachment de Dilma na Câmara. Na eleição, Garcia, que não pode se reeleger, apoiará Adriana Accorsi (PT). Já Mariano apoia Iris Rezende (PMDB).

Na disputa

Em Fortaleza (CE), Salvador (BA), Manaus (AM) e Palmas (TO), os prefeitos e vices eleitos em 2012 vão disputar a eleição em chapas diferentes. Na capital cearense, o atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), tentará a reeleição sem o apoio de seu atual vice, Gaudêncio Lucena (PMDB). O peemedebista tenta se reeleger vice-prefeito da cidade na chapa do deputado estadual Capitão Wagner (PR).

O rompimento entre prefeito e vice de Fortaleza aconteceu nas eleições de 2014. Na época,

Roberto Cláudio, que faz parte do grupo político dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT), apoiou Camilo Santana (PT) para governador do Estado, preterindo a candidatura de Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado. Até então, os dois grupos políticos eram aliados no Estado.

Em Salvador, o prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM) disputa reeleição sem o apoio de sua atual vice, Célia Sacramento (PPL). Ela foi preterida por ACM Neto, que escolheu o deputado estadual Bruno Reis (PMDB) como vice.

"O PMDB é o maior dos 15 partidos da minha coligação. Além disso, ela (Célia Sacramento) mudou do PV para o PPL, que não tem tempo de TV", justificou ACM. Sem conseguir emplacar na vice, Célia se lançou candidata a prefeita com uma vice de seu partido na chapa.

Chapas

Nas capitais do Tocantins e do Amazonas, os vice-prefeitos eleitos em 2012 chegaram a renunciar aos cargos e, no pleito deste ano, tentam se eleger para o comando das cidades em chapas adversárias às dos prefeitos. Em Palmas, Sargento Aragão (PEN) renunciou à vice-prefeitura antes mesmo de tomar posse e, neste ano, tenta se eleger prefeito em chapa adversária à do atual gestor, Carlos Amastha (PSB).

O atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), também tentará a reeleição tendo como adversário o vice que se elegeu com ele em 2012, Hissa Abrahão (PDT). O pedetista rompeu com o tucano ainda em 2013. No ano seguinte, se elegeu deputado federal e renunciou ao cargo municipal. Neste ano, tenta se eleger prefeito. Virgílio Neto, por sua vez, escolheu o deputado federal Marcos Rotta (PMDB) para a vice.

"Houve um rompimento diante de um desconforto na questão relacional, mas, acima de tudo, são as propostas", disse Abrahão. De acordo com ele, um dos fatos que mais o aborreceram na relação com o prefeito foi quando Arthur Virgílio mandou suspender obras na zona leste de Manaus que tinham sido autorizadas pelo pedetista, então secretário de Obras da capital amazonense. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após um vai e vem de apoio em Caruaru, no Agreste, o diretório estadual da Rede Sustentabilidade ratificou o apoio a postulação do delegado Erik Lessa (PR) a prefeito da cidade. Em nota, encaminhada à imprensa nesta segunda-feira (8), a direção da legenda condena as chamadas de “velhas práticas políticas” e afirma que “não aceitará interferência de outras agremiações partidárias em assuntos internos e na condução da sua tática eleitoral”. 

O documento, firmado em reunião nesse domingo (7), é em reação a articulações firmadas entre uma ala do partido no município com a candidata e deputada estadual Raquel Lyra (PSDB). Na última sexta (5), o grupo defendeu a anulação da convenção municipal da Rede e a realização de uma nova, desta vez com apoio a postulação tucana. 

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A ação, para o Elo estadual, demonstrou “desespero” de quem quer “inviabilizar a todo custo” a postura de aliança com o advogado que, segundo eles, representa “o novo” na corrida pelo comando da prefeitura local. “Erick Lessa simboliza o novo, o combate a corrupção, a mudança e a reciclagem na política, por isso cresce, a cada dia, o apoio do povo ao seu projeto de governar a cidade a partir de 2017”, diz o texto. A Rede tem a candidatura de vice-prefeito na chapa com o advogado Sandro Vilanova.

Veja a nota na íntegra:

O Diretório (Elo) Estadual da Rede Sustentabilidade/Pernambuco, reunido extraordinariamente em 07/08/2016, reconhece como legitima e ratifica as decisões da Convenção Municipal da REDE/Caruaru, devidamente convocada e realizada nos termos do estatuto partidário, ocorrida na Associação Comercial e Empresarial de Caruaru - ACIC, no dia 04/08/2016 e que definiu o apoio à candidatura do Delegado Lessa à prefeitura do município, bem como coligação com o Partido da República.

A REDE defende a autonomia dos partidos políticos e reitera que não aceitará a interferência de outras agremiações partidárias em seus assuntos internos e na condução de sua tática política e eleitoral. As tentativas de interferência na REDE/Caruaru, quer seja através da cooptação de filiados, com claros vínculos à outras candidaturas, quer seja através da utilização das velhas práticas de tentar resolver as questões políticas "por cima", por meio de insistentes contatos com dirigentes nacionais do partido, demonstram o desespero de quem quer inviabilizar, a todo custo, o apoio da REDE ao delegado Lessa.

O Elo Estadual alerta que os atos de indisciplina e desrespeito às resoluções partidárias e às direções democraticamente constituídas, bem como os ataques desferidos contra dirigentes e lideranças do partido, na mídia e nas redes sociais, praticados por alguns filiados de Caruaru, serão objeto de análise e posicionamento da comissão de ética, de acordo com o que estabelece o estatuto da REDE.

A Direção Estadual da Rede Sustentabilidade reafirma o seu apoio programático e político à candidatura do Delegado Lessa, por entender que essa candidatura representa, verdadeiramente, uma alternativa ética, democrática e sustentável à velha política que tem sido praticada no município de Caruaru. Erick Lessa simboliza o novo, o combate a corrupção, a mudança e a reciclagem na política, por isso cresce, a cada dia, o apoio do povo ao seu projeto de governar a cidade a partir de 2017.

No processo eleitoral deste ano, a Rede Sustentabilidade mantém seu compromisso de debater com a população a construção de um projeto de cidades economicamente responsável, socialmente justo e ambientalmente sustentável, apresentando alternativas de renovação da política, do protagonismo cidadão e de fortalecimento da participação popular na elaboração e execução das políticas públicas. 

DIRETÓRIO (ELO) ESTADUAL DA REDE SUSTENTABILIDADE/PERNAMBUCO

Preterido pelo governador Paulo Câmara (PSB), uma vez que o PSB lançou candidatura própria à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o deputado federal Anderson Ferreira (PR) recebeu, nesta terça-feira (26), o apoio do PTB e do PTN à sua postulação. As legendas são consideradas, na conjuntura política estadual, como principais no quesito oposição à gestão estadual. Entretanto, a adesão, segundo Ferreira, não configura o realinhamento do PR e o desembarque da base socialista. 

“Na política tem um ditado popular bem usado que diz apoio não se rejeita, principalmente de um grupo que representa tão bem a política pernambucana. A nossa conversa sempre foi muito franca. Discussão de 2018 se tem que discutir em 2018. Cada batalha tem seu tempo. Esta sinalização não representa que eu esteja em oposição, mas apenas a adesão a um projeto que é sólido e precisa ser construído com aliança para a governabilidade”, justificou o pré-candidato.

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Ferreira chegou a levar a postulação para Câmara, que inclusive é vice-presidente nacional do PSB, mas não obteve êxito em um a possível aliança porque o atual prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), decidiu indicar o vice e socialista Heraldo Selva como sucessor ao cargo.  

“Se olharam na minha candidatura este potencial quem sou eu para dizer que não tenho”, ironizou Anderson Ferreira. “A gente apequenar esta discussão é apequenar os resultados que podemos ter para o nosso estado. O governador tem a capacidade de enxergar que o que está em jogo é a transformação do estado e isso não está acima da política”, acrescentou. 

Questionado se entregaria os cargos indicados por ele no governo, Ferreira disse que não. “Essa pergunta tem que ser feita ao governador ou a base aliada. Eu não tenho empresa, o cargo é do governo. O presidente do partido é Sebastião Oliveira, se o nosso partido faz parte da base do governo, nada mais justo do que termos espaço”, cravou. 

O senador Armando Monteiro, por sua vez, reforçou o discurso de que as alianças do PTB para este ano não visam reciprocidade em 2018. “Esta nossa aliança não envolve acordo para 2018. Não cobramos um realinhamento da posição de Anderson no estado. Esta questão não foi objeto de discussão em nenhum momento. Estamos falando de Jaboatão. Não houve acordo de alinhamento futuro. O sistema de força do estado se expressa em coligações amplas, o fato de o governador ter um candidato em Jaboatão não dificultou que outros partidos da base se candidatassem”, ressaltou. 

Impeachment

Já sobre a questão do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) que teve Anderson Ferreira na linha favorável e Armando Monteiro contrária, os dois disseram não ver desconfortos em estar no mesmo palanque. 

“Esta questão do impeachment é nacional em que os partidos se alinharam naquelas circunstâncias. Eu me posicionei de maneira clara e me sinto confortável com ela, como não iria defender o governo que faço parte? Esta questão não tem rigorosamente haver com Jaboatão. Nossa aliança se define por questões associadas a Jaboatão. A vida segue e as eleições municipais não se resumem a esta questão nacional. É muito mais amplo que isso. Não posso condicionar isso, se encontrasse uma opção seria mais confortável. Não foi falta de opção”, justificou o petebista. 

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