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Hoje (3) faz 63 anos da inauguração do museu da casa de Anne Frank (1929-1945). Para marcar a data, o Google Arts & Culture lançou uma exposição online de imagens do Street View que mostra a casa da família Frank, localizada na rua Merwedeplein 37-2, em Amsterdã, na Holanda. São exibidos, em registros de 360º graus, cômodos do imóvel, incluindo o quarto que Anne dividiu com a irmã, Margot. 

A casa da família Frank foi alugada e pertence à Fundação Holandesa de Literatura desde 2005. O local atualmente abriga escritores estrangeiros que não têm liberdade para trabalhar e escrever em seus países de origem. “Aqui a tolerância e a liberdade de expressão têm espaço para respirar”, enfatizou o diretor geral da Fundação Anne Frank – uma instituição parceira da amostra - Ronald Leopold. Quando Anne e seus parentes viviam na casa, o imóvel possuía decoração típica da década de 1930 e é possível vivenciar isso na exposição. O tour virtual ainda tem acesso a documentos históricos, como a única fotografia de Anne ao lado dos pais e da irmã e o único vídeo conhecido da menina – filmado por acaso durante uma festa de casamento. Para ter acesso ao ambiente virtual, acesse o link aqui. 

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Anne Frank 

Nascida em 12 de junho de 1929 na cidade de Frankfurt, Anne Frank foi uma menina judia que escreveu o emblemático diário que registrou os horrores do holocausto e morreu aos 15 anos de idade em um campo de concentração nazista. Seu diário foi editado em mais de 50 idiomas e vendeu, desde sua publicação em 1947, dezenas de milhões de exemplares. 

Acreditava-se que a pesquisa acabaria com um dos maiores mistérios da Segunda Guerra Mundial, mas um novo livro sobre a adolescente judia Anne Frank se viu, rapidamente, no centro de uma polêmica.

O livro "Quem Traiu Anne Frank?", da canadense Rosemary Sullivan, foi duramente criticado por historiadores e organizações judaicas na Holanda. Em suas páginas, explica que o tabelião judeu Arnold van den Bergh teria revelado o esconderijo da família de Anne Frank em Amsterdã para salvar sua própria família.

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O diretor do Conselho Judaico Central (CJO) na Holanda julgou os resultados da investigação "extremamente especulativos e sensacionalistas".

O ex-agente do FBI Vincent Pankoke, que liderou a investigação por seis anos, criticou esses "ataques virulentos" em um comunicado na quarta-feira, que atribui à conclusão controversa do livro: um judeu os traiu.

A adolescente Anne Frank é conhecida por seu diário escrito entre 1942 e 1944, enquanto se escondia com sua família em um apartamento clandestino em Amsterdã. Ela foi presa em 1944 e morreu no ano seguinte, aos 15 anos, no campo de concentração de Bergen-Belsen.

Os investigadores asseguram que as provas contra o tabelião são apoiadas por técnicas modernas e uma carta anônima enviada ao pai de Anne Frank após a guerra, que o identificava como informante.

- 'Lacunas' -

As conclusões do livro "se baseiam principalmente em uma carta encontrada depois da guerra", disse à AFP o presidente do CJO, Ronny Naftaniel.

Van den Bergh, que morreu em 1950, "não pode se defender" e as provas apresentadas contra ele "nunca encontrariam um caminho perante um tribunal", estima o representante judeu.

A investigação "se aproxima de uma teoria da conspiração", disse John Goldsmith, presidente da Fundação Anne Frank, ao jornal suíço Blick.

Organizações judaicas holandesas pediram que o livro seja retirado de circulação.

A editora Ambo Anthos pediu desculpas "por não ter tomado uma posição mais crítica" e adiou novas edições, informou o canal de televisão público holandês NOS.

"A história simplesmente contém muitas lacunas sobre Arnold van den Bergh", disse à AFP Johannes Houwink ten Cate, professor da Universidade de Amsterdã especializado no Holocausto.

Arnold van den Bergh e sua família se esconderam no início de 1944, meses antes de os nazistas entrarem no abrigo dos Frank, disse o professor.

"Por que Van den Bergh arriscaria revelar seu próprio esconderijo? É inconcebível", apontou.

- Teoria 'mais plausível' -

A autora do livro disse em um comunicado na segunda-feira que a investigação foi "profissional" e "profunda" e é um testemunho convincente de uma época em que os cidadãos se deparavam com escolhas impossíveis para salvar suas famílias.

De sua parte, Pankoke repetiu que sua hipótese era "a teoria mais plausível". "Há um conjunto de provas, apoiado por depoimentos de testemunhas e uma cópia de uma prova física apresentada [...] pelo próprio Otto Frank".

Em sua opinião, o principal motivo da polêmica é a afirmação de que "os judeus foram forçados a trair uns aos outros".

Mas identificar um suspeito não implica condená-lo, diz ele. A mensagem é clara: "sem os ocupantes nazistas, nada disso teria acontecido".

Há 75 anos, Anne Frank perdia a vida em um campo de concentração alemão, depois de dois anos se escondendo dos nazistas, deixando para trás o famoso diário em que relatou seus medos, esperanças e sonhos.

Nascida em Frankfurt, Alemanha, Anne Frank deixou o país com a família aos três anos de idade em 1933 para escapar do violento antissemitismo que se espalhava com o nazismo.

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Instalados em Amsterdã, esconderam-se em 1942 em um apartamento construído atrás de uma biblioteca falsa para escapar da Gestapo, antes de serem descobertos em 1944 e deportados para campos de concentração.

O diário íntimo da adolescente judia, publicado por seu pai Otto após a guerra, lembra os horrores do Holocausto e permanece mais atual do que nunca, considera o museu dedicado a ela.

"A parte mais importante do diário é que oferece uma visão do que significa ser humano", disse à AFP Ronald Leopold, diretor executivo da Casa Anne Frank, em Amsterdã.

"É exatamente por isso que permaneceu relevante nos 75 anos desde a Segunda Guerra Mundial e, portanto, estou convencido de que continuará sendo relevante para as gerações futuras", explica.

O diário de Anne Frank é uma das obras mais lidas do mundo: traduzido em 70 idiomas, vendeu cerca de 30 milhões de cópias.

A adolescente de 15 anos morreu de tifo no início de 1945 em Bergen-Belsen, Alemanha, apenas alguns meses antes de os Aliados libertarem o campo em 15 de abril.

- "Espelho" de uma juventude -

Em seu diário, Anne Frank descreve seus pensamentos e sentimentos no isolamento forçado com seu pai, mãe e irmã, bem como com outros quatro judeus refugiados no anexo secreto localizado em Prinsengracht, em frente a um dos canais mais emblemáticos da capital holandesa.

Anne descreve com grande honestidade suas impressões sobre os outros ocupantes e fala sobre o difícil relacionamento com a mãe. Também se refere à sua ambição de se tornar escritora, de escrever seu próprio livro sobre suas experiências durante a guerra.

Por trás dessas linhas, aparece a voz de uma estudante buscando seu lugar no mundo, algo que ressoa com a nova geração, analisa Ronald Leopold.

Os jovens "podem se identificar com ela. Reconhecem sua voz, o que ela pensava, o que fazia quando tinha problemas com a mãe", assegura.

Segundo o diretor, os adolescentes e jovens demonstram um forte interesse na história de Anne Frank, já que, dos quase 1,3 milhão de pessoas que visitam o museu anualmente, metade tem menos de 30 anos de idade.

"Há muitas coisas neste livro e nesta casa" com as quais os jovens podem se conectar, observa Leopold. "É um espelho" da nossa sociedade, diz.

- "Lições do passado" -

Anne Frank escreveu pela última vez no diário em 1º de agosto de 1944, três dias antes da Gestapo prender os habitantes do anexo.

Otto Frank, o único sobrevivente da família, recuperou após a guerra o diário particular de sua filha, descoberto por uma holandesa que os ajudou a se esconder.

Apenas 38.000 dos 140.000 judeus que viviam na Holanda sobreviveram ao Holocausto. É um dos mais altos índices de mortes na Europa e uma marca sombria na história do país, cujo governo pediu perdão este ano pela primeira vez.

No entanto, as últimas décadas não diminuíram a relevância do diário, diz Ronald Leopold, particularmente diante da "ascensão do nacionalismo e da extrema direita".

"O que foi feito para Anne Frank foi trabalho de seres humanos", declara.

Seu diário "nos oferece a oportunidade de tirar lições do passado nestes tempos difíceis que vivemos em 2020", explica.

Para a Casa Anne Frank - atualmente fechada devido ao coronavírus - o principal desafio dos próximos 75 anos está em como comunicar essa herança, uma vez que as gerações futuras terão avós nascidos no final da guerra e lembranças do Holocausto pouco a pouco esquecidas.

Apenas um ano depois de seu primeiro beijo, a adolescente judia Renia Spiegel escreveu em seu diário uma oração pedindo a Deus que a deixasse viver. Era junho de 1942.

Ela então iria completar 18 anos. Os nazistas alemães acabavam de exterminar todos os judeus de um bairro de sua cidade de Przemysl, no sul da Polônia. Alguns se viram forçados a cavar seu próprio túmulo.

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"Para onde quer que se olhe, há sangue. Que 'progroms' tão terríveis. É um massacre, assassinato", escreve ela em 7 de junho.

"Deus Todo-Poderoso, pela enésima vez me inclino diante de ti. Ajude-nos, salve-nos! Oh, Deus, nosso Senhor, deixe-nos viver, eu lhe suplico, quero viver!", completa.

Um mês e meio mais tarde, seu namorado, Zygmunt Schwarzer, um judeu com visto de trabalho que lhe permitia se movimentar pela cidade, escondeu-a com os pais dele no sótão de uma casa fora do gueto judeu. Um colaborador os traiu.

Schwarzer, de 19 anos, descreve sua morte em uma assustadora nota acrescentada ao diário: "Três tiros! Três vidas perdidas! Foi ontem à noite às dez e meia... Minha querida Renusia, o último capítulo do seu diário acabou".

Depois da guerra, o jovem recuperou o diário e o entregou à mãe da adolescente assassinada. O objeto passou décadas no cofre de um banco e, agora, quase 80 anos depois, é publicado em todo mundo.

Renia Spiegel é conhecida como a "Anne Frank polonesa", em referência à adolescente holandesa vítima do Holocausto e autora de um famoso diário que começou a escrever quando tinha 13 anos.

- 660 páginas -

Renia começou o seu em 1939, aos 14 anos. Vivia na casa dos avós. Sua mãe estava em Varsóvia para promover a carreira cinematográfica de sua irmã caçula Ariana, apelidada de "Shirley Temple polonesa".

A adolescente escreveu cerca de 660 páginas em vários cadernos. Conta o quanto sentia falta da mãe e que gostava do jovem Schwarzer de olhos verdes. Também compõe poemas e inclui parágrafos sobre a ocupação soviética e nazista de sua cidade.

Ela encerra cada volume da mesma maneira: pedindo ajuda à sua mãe e a Deus, como se fosse um mantra.

No início da guerra, sua irmã Ariana ficou bloqueada em Przemysl, onde passou o verão de 1939 na casa dos avós. Salvou-se graças ao pai de sua melhor amiga, que a levou de trem para Varsóvia.

"Um bom cristão me salvou a vida. Arriscou-se à pena de morte, me levando, como sua filha, para a casa da minha mãe", declarou à AFP em Varsóvia a agora senhora de 88 anos que vive em Nova York.

Ela foi então batizada e passou a se chamar Elizabeth. Um oficial alemão, apaixonado por sua mãe, enviou as duas para um lugar seguro na Áustria. Depois da guerra, ambas emigraram para os Estados Unidos.

Schwarzer também sobreviveu, apesar ter sido enviado para o campo de extermínio de Auschwitz. Conta-se que o infame médico e criminoso de guerra Josef Mengele o escolheu para que lhe permitissem viver.

- "Dilacerante demais" -

No início dos anos 1950, Schwarzer encontrou a mãe de Renia em Nova York e lhe entregou o diário.

"Estava abalada. Nunca fui capaz de lê-lo", relata sua irmã, agora chamada Elizabeth Bellak. E, mesmo hoje, conseguiu ler apenas alguns trechos, porque é "dilacerante demais".

Finalmente, foi sua filha que tirou o diário do cofre.

"Eu me chamo Alexandra Renata (Bellak). Meu nome se deve a esta pessoa misteriosa que nunca conheci... Sentia curiosidade por conhecer o passado", explica à AFP a filha de Elizabeth, uma agente imobiliária de 49 anos.

As duas mulheres entraram em contato com o diretor de cinema Tomasz Magierski, que aceitou, inicialmente por educação, olhar o diário.

"Não fui capaz de me soltar dele. Eu o li provavelmente em quatro, ou cinco, noites... Me acostumei com sua forma de escrever e, para ser sincero, me apaixonei por ele, por Renia", disse à AFP.

"O triste deste diário é que... você sabe como termina. Mas, quando você lê, espera que o final seja diferente", lamentou.

Os poemas o impressionaram. Em um deles, sobre um soldado alemã, Renia Spiegel mostra empatia. "Amaldiçoo milhares e milhões/ Mas por um, ferido, choro".

- 'Tantos ismos' -

Magierski fez um documentário sobre as duas irmãs intitulado "Os sonhos destruídos" (em tradução livre) e, em colaboração com os Bellak, conseguiu que o diário fosse publicado na Polônia pela Fundação Renia Spiegel.

Em setembro, os três assistiram à estreia em Varsóvia. Elizabeth chorou ao ouvir uma atriz cantar um poema de sua irmã.

"Nacionalismo, populismo, antissemitismo. Todos esses 'ismos' voltam. E nós não queremos que a morte de milhões de pessoas volte a se repetir", disse à AFP. "Sabe que algumas pessoas nunca acreditaram no que aconteceu? Eu estava lá. Posso afirmar que aconteceu".

Pesquisadores da Fundação Anne Frank divulgaram nessa terça-feira (15), em Amsterdam, duas páginas do diário de Anne Frank. Registradas em 28 de setembro de 1942, as páginas revelam que a adolescente judia levantava questionamentos relacionados ao sexo, prostituição, e receberam uma camada de papel para que ninguém lesse o conteúdo escrito quando tinha 13 anos.

A descoberta das folhas 78 e 79 mostra Anne Frank documentando situações batizadas por ela de “piadas sujas”. As páginas foram encontradas dentro de um xadrez que Anne havia recebido no dia do seu aniversário. "Todos os homens, se normais, ficam com mulheres. Essas mulheres que cumprimentam os homens na rua saem com eles e, depois, vão embora", escreveu a garota. Anne Frank morreu em 1945, aos 15 anos, no campo de concentração de Bergen-Belsen na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. 

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A adolescente judia Anne Frank e sua família podem ter sido encontrados "por acaso" em seu esconderijo em Amsterdã, e não por uma denúncia como sempre se acreditou, de acordo com o museu que leva seu nome.

Um novo estudo sugere que os policiais que foram até o endereço onde a adolescente se escondia investigavam, na realidade, fraudes de cupons de racionamento e trabalho ilegal, indicou o museu Anne Frank House em um comunicado publicado na sexta-feira.

"A pergunta sempre foi: quem denunciou Anne Frank e os demais? Este foco explícito no fato da traição restringe, entretanto, a perspectiva da prisão e exclui de antemão outros cenários", destaca o museu, que fica no mesmo edifício onde a família estava escondida.

Anne Frank e os parentes começaram a viver clandestinamente em julho de 1942 no anexo secreto da empresa de seu pai para não caírem nas mãos dos nazistas. Permaneceram escondidos ali durante anos, até agosto de 1944, antes de serem descobertos e enviados para os campos de concentração.

Nenhum estudo pôde determinar com certeza quem denunciou os Frank e as outras pessoas que se escondiam com eles. Foi neste local que a adolescente escreveu seu famoso diário, um dos livros mais lidos do mundo, traduzido para 67 idiomas e que vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Com base em escritos de março de 1944 e em novos documentos, o pesquisador Gertjan Broek concluiu que "o edifício do canal Prinsengracht 263 não era apenas o esconderijo de oito judeus".

Funcionários de outra empresa que ficava no mesmo imóvel foram presos alguns meses antes por tráfico de cupons de racionamento, o que teria levado a uma batida dos policiais e, consequentemente, a uma descoberta "por acaso" de Anne Frank e dos outros moradores do anexo secreto.

O estudo "não rejeita a possibilidade de delação, mas leva em conta outros cenários possíveis", afirmou o diretor-geral do museu Anne Frank House, Ronald Leopold, citado no comunicado. "Esperamos que outros pesquisadores também se sintam motivados a seguir novas pistas", acrescentou.

Anne Frank morreu de tifo no início de 1945 no campo de concentração Bergen-Belsen, poucos dias depois de sua irmã Margot. Seu pai, Otto Frank, foi o único sobrevivente do anexo secreto.

O julgamento de Hubert Zafke, ex-médico da SS que serviu no campo de concentração de Auschwitz, começou nesta segunda-feira em meio a questionamentos sobre a saúde do idoso de 95 anos. Inicialmente agendado para fevereiro deste ano, o julgamento chegou a ser adiado três vezes após o juiz Klaus Kabisch decidir que Zafke não estava saudável o suficiente para participar das sessões.

De acordo com o médico de Zafke, o réu sofre de estresse, pressão alta e tem tendências suicidas. Zafke passou por novo exame nesta quinta-feira e Kabisch decidiu prosseguir com a sessão. De acordo com a agência DPA News, Zafke entrou no tribunal empurrado em uma cadeira de rodas, segurando uma bengala de madeira, e não fez comentários enquanto eram lidas as acusações contra ele.

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Zafke é acusado de ter ajudado os nazistas a assassinar 3.681 pessoas no campo de concentração de Auschwitz. As acusações correspondem ao período de um mês no ano de 1944 e envolvem a morte de judeus que chegaram em 14 trens, entre eles o que transportava a adolescente Anne Frank, cujos documentos nos quais relatava suas experiências durante o Holocausto ganharam destaque no século 20. Zafke, porém, não é acusado de matar Anne Frank, pois ela morreu em Bergen-Belsen.

Segundo os promotores, a unidade de Zafke estava envolvida nas mortes pelas câmaras de gás, por colher amostras de sangue e outros fluidos de prisioneiras mulheres hospitalizadas e por ajudar na manutenção do campo ao tratar membros da guarda da SS. O advogado de Zafke insiste que seu cliente era apenas um médico que não cometeu nenhum crime em Auschwitz. Fonte: Dow Jones Newswires.

A rainha Elizabeth II e seu marido, o príncipe Philip, visitam em junho o campo de concentração nazista de Bergen-Belsen, durante sua passagem pela Alemanha - informou o Palácio de Buckingham neste domingo.

O casal Real vai conhecer o memorial dedicado à Anne Frank, a adolescente judia que registrou em seu diário a perseguição sofrida por milhões de pessoas. O diário se transformou em livro, que emocionou gerações.

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A monarca também se reunirá com sobreviventes do Holocausto e com pessoas que participaram da libertação desse campo situado no norte da Alemanha.

Entre 1941 e 1945, mais de 50 mil pessoas foram deportadas para este campo, e cerca de 20 mil prisioneiros de guerra morreram no local. O centro foi libertado há 70 anos por soldados britânicos. Elizabeth II e Philip visitam a Alemanha entre 24 e 26 de junho.

Um tribunal holandês ordenou nesta quarta-feira que o museu Anne Frank de Amsterdã devolva os arquivos sobre a vida da vítima do Holocausto para uma fundação suíça fundada por seu pai.

O museu, que administra a casa onde viveu a adolescente em Amsterdã, tem até o final deste ano para devolver milhares de cartas e fotos à Anne Frank Fonds, uma fundação com sede na Suíça criada em 1963 pelo pai da autora do famoso 'Diário'.

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"A Casa de Anne Frank lamenta profundamente que as duas organizações tenham se enfrentado nos tribunais", disse o diretor da instituição, Ronald Leopold.

"Esperamos que esta sentença deixe para trás o passado e que possam manter a cooperação e o diálogo pelo legado e o espírito de Anne Frank," acrescentou.

O museu de Amsterdã indicou que não questiona a propriedade dos arquivos, mas explicou que não os havia devolvido porque os mantinha em empréstimo de longo prazo.

"Não esperávamos outra coisa, a situação era clara. A propriedade era clara, a lei internacional também", disse à AFP Yves Kugelmann, membro do conselho de administração do Anne Frank Fonds Basel.

O "Diário de Anne Frank", no qual a jovem conta como passou parte de sua vida escondida em uma casa em Amsterdã com sua família durante a ocupação nazista da Holanda, é um dos livros mais lidos no mundo.

Frank morreu em 1945, quando tinha 15 anos, no campo de concentração de Bergen-Belsen, norte da Alemanha.

O museu Anne Frank, de Amsterdã, defendeu nesta segunda-feira Justin Bieber da onda de críticas ao jovem cantor canadense, que afirmou, após uma visita ao local, que teria gostado de ter entre suas fãs a jovem judia morta em um campo de concentração.

"Pensamos que o que é preciso lembrar é que um jovem de 19 anos veio à Casa de Anna Frank e passou uma hora na noite de sexta-feira quando poderia ter feito outras coisas em Amsterdã", declarou à AFP Maatje Mostart, porta-voz do museu.

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"Estava muito interessado", acrescentou.

"É muito mais importante que todo o debate que vemos agora", acrescentou.

Justin Bieber estava de passagem por Amsterdã para um show de sua turnê europeia e visitou na noite de sexta-feira a Casa de Anne Frank, onde a jovem judia e sua família se esconderam durante a Segunda Guerra Mundial, antes de serem capturados pelos nazistas.

Anne Frank é famosa mundialmente por seu diário, no qual contou de maneira emotiva os dois anos em que passou no centro de Amsterdã escondida em uma casa transformada em museu e que faleceu aos 15 anos no campo de concentração de Bergen-Belzen, no norte da Alemanha.

Ao fim de sua visita, Justin Bieber escreveu no livro de visitas do museu que "foi verdadeiramente inspirador ter podido vir aqui. Anne foi uma menina ótima. Com um pouco de sorte, teria sido uma belieber", fã do cantor, o que valeu ao jovem uma grande quantidade de críticas, em particular no Facebook.

"É algo estúpido e não muito inteligente", disse à AFP a diretora do Centro de Informação e Documentação sobre Israel, Esther Voet, a respeito dos comentários do canadense.

O cantor e ídolo teen Justin Bieber foi alvo de críticas neste domingo por ter escrito, após uma visita à Casa de Anne Frank em Amsterdã, que teria gostado de ter entre seus fãs a jovem judia morta em um campo de concentração. O museu explicou em sua página do Facebook que o astro canadense de 19 anos tinha visitado por mais de uma hora "com seus amigos e seguranças" a casa onde Anne Frank e sua família se escondeu dos nazistas.

"Foi realmente inspirador ter vindo aqui. Anne foi uma garota muito boa. Com um pouco de sorte, teria sido uma belieber", isto é, uma de suas fãs, escreveu Justin Bieber no livro de visitação, de acordo com o museu. O Diário de Anne Frank conta de maneira pungente os dois últimos anos vividos pela menina com sua família em um esconderijo no centro de Amesterdã. Ela morreu em 1945, aos 15 anos de idade no campo de concentração de Bergen-Belsen, no norte da Alemanha.

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Um internauta comentou em seu Facebook que o recado deixado pelo cantor no livro de visitas é de uma "estupidez crassa". "Eu não consigo entender como é que alguém, mesmo um adolescente tão famoso como ele, pode deixar a Casa de Anne Frank sem a menor noção de história, do Holocausto, das coisas indizíveis feitas a tantas pessoas inocentes", escreveu outro.

Justin Bieber está atualmente em uma turnê europeia.

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