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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (9) que possui um plano operacional para entregar 10 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para bebês e crianças pequenas até 20 de junho, se receber aprovação dos reguladores de saúde.

De acordo com uma nota da Casa Branca, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA convocará seu Comitê Consultivo de Vacinas Especializadas em 15 de junho para decidir se recomenda e autoriza as vacinas da Pfizer para bebês de 6 meses a 4 anos (em três doses ) e Moderna para crianças de 6 meses a 5 anos (em duas doses). Essa faixa etária é a única que não foi vacinada nos Estados Unidos, como em muitos países. A aliança Pfizer-BioNTech e Moderna garante que seus testes clínicos foram positivos nessas idades.

Em caso de parecer favorável desse Comitê, a FDA poderá autorizar o plano. Em seguida, um segundo comitê de especialistas, desta vez convocado pela entidade que reúne os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), por sua vez, entregará sua recomendação em 18 de junho e, uma vez registrada sua aprovação final, poderá iniciar a campanha de imunização.

"Enquanto a FDA e o CDC realizam sua revisão independente, o governo (do presidente Joe) Biden está se preparando para todos os cenários, incluindo o início da vacinação a partir da semana de 20 de junho", disse a Casa Branca em comunicado.

Observou que, após a aprovação da FDA, o governo pode começar imediatamente a distribuir 10 milhões de doses em todo o país, acrescentando que depois distribuirá "outros milhões".

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta segunda-feira (25) que lançou a revisão acelerada da pílula antiviral contra a Covid-19 da farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD), um produto fácil de administrar e crucial no combate à pandemia.

"O Comitê de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMA lançou uma revisão continúa do medicamento antiviral oral molnupiravir (...) desenvolvido pela MSD (...) para o tratamento de Covid-19 em adultos", disse o regulador europeu com sede em Amsterdã em um comunicado.

Os resultados preliminares dos estudos de laboratório e clínicos "sugerem que o medicamento pode reduzir a capacidade do SARS-CoV-2 (vírus que causa a Covid-19) de se multiplicar no corpo, prevenindo a hospitalização ou a morte dos pacientes", informou a EMA.

Caso seja aprovado, este medicamento chamado molnupiravir representaria um grande avanço ao reduzir com bastante facilidade as formas graves da doença.

Os antivirais, como o molnupiravir, atuam de uma forma que reduz a capacidade do vírus de se replicar, o que interromperia a doença.

Administrado em pacientes imediatamente depois de testarem com resultado positivo, o tratamento reduziu pela metade o risco de hospitalização e morte, segundo o ensaio clínico realizado pela MSD.

A EMA analisará a conformidade do molnupiravir com as normas europeias em questões de eficácia, segurança e qualidade.

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O laboratório americano Merck Sharp & Dohme (MSD) anunciou, nesta segunda-feira (11), ter solicitado autorização de uso emergencial para seu medicamento via oral anticovid-19 nos Estados Unidos, um grande passo na busca de um simples comprimido para tratar a doença.

O MSD apresentou o pedido para o molnupiravir, "um medicamento antiviral oral experimental, para o tratamento de Covid-19 de leve a moderada em adultos que estejam em risco de avançar para Covid-19 grave e/ou internação", disse a empresa, em um comunicado.

O laboratório acrescentou que trabalha "com agências reguladoras do todo o mundo todo para submeter solicitações de uso emergencial, ou autorização de comercialização, nos próximos meses".

"O impacto extraordinário desta pandemia exige que avancemos com uma urgência sem precedentes", comentou Robert Davis, CEO e presidente do laboratório americano, em comentários no comunicado.

Wendy Holman, CEO da Ridgeback Biotherapeutics, parceira da MSD, considerou o pedido como "um passo fundamental para tornar o molnupiravir disponível para pessoas que podem se beneficiar de um medicamento antiviral oral que pode ser tomado em casa logo após o diagnóstico de Covid-19".

MSD e Ridgeback conduziram um ensaio clínico entre cerca de 770 pacientes, dos quais cerca de metade recebeu um tratamento de cinco dias da pílula, enquanto o restante recebeu placebo.

Todos os pacientes tinham Covid-19, com sintomas que se desenvolveram nos cinco dias seguintes à designação para os respectivos grupos.

Dos pacientes que receberam molnupiravir, 7,3% foram hospitalizados, em comparação com 14,1% daqueles que receberam placebo, representando uma redução do risco relativo de cerca de 50%.

As empresas afirmaram que a eficácia é a mesma contra todas as variantes, inclusive a delta, e que o medicamento é seguro.

Especialistas ressaltam, porém, que não é uma cura milagrosa e que deve complementar as vacinas, não substituí-las.

A MSD informou no comunicado que espera produzir 10 milhões de tratamentos até o final de 2021.

Os Estados Unidos já compraram 1,7 milhão desses tratamentos com molnupiravir prevendo sua aprovação, com opção de comprar mais, enquanto a agência global de saúde Unitaid informou que estava trabalhando com uma parceria chamada ACT-Accelerator para garantir o fornecimento para países de baixa e média renda.

Um coquetel de anticorpos contra a Covid-19 desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco AstraZeneca apresentou resultados considerados positivos em testes clínicos da fase 3 - anunciou a empresa farmacêutica, em nota divulgada nesta segunda-feira (11).

Os testes do medicamento AZD7442, que consiste em uma combinação de anticorpos, "resultaram em uma redução estatisticamente satisfatória" dos "casos graves de Covid-19, ou das mortes pela doença, em comparação com um placebo em pacientes não hospitalizados com sintomas leves ou moderados", relatou a AstraZeneca.

De acordo com o laboratório, 90% dos participantes pertenciam a categorias de pacientes considerados com alto risco de desenvolver formas graves da Covid-19, incluindo aqueles com comorbidades.

Os 903 participantes destes ensaios clínicos receberam o tratamento nos cinco dias que se seguiram ao surgimento dos primeiros sintomas.

A análise preliminar dos resultados mostra que "o AZD7442 reduziu o risco de desenvolver Covid-19 grave, ou mortal, em 67% dos casos, em comparação com o placebo", detalha o comunicado.

"Dado que os casos graves de Covid-19 continuam em todo mundo, existe uma necessidade importante de novas terapias, como o AZD7442, para proteger as populações vulneráveis", afirmou Hugh Montgomery, professor de medicina de cuidados intensivos da University College London e um dos principais pesquisadores deste ensaio clínico.

A AstraZeneca apresentará os dados às autoridades de saúde e solicitou à FDA, agência americana que regula o setor de medicamentos e alimentos, que aprove o fármaco para tratar a Covid-19.

Em março, o grupo anunciou um acordo com os Estados Unidos para fornecer ao país até 700 mil doses desse tratamento com anticorpos, ainda este ano, no total de US$ 726 milhões.

Mais de 10 milhões de pessoas na Tailândia foram submetidas nesta segunda-feira (12) a novas restrições contra a Covid-19 e a um toque de recolher em Bangcoc, a capital, para combater uma nova onda de contágios agravada pelas variantes Alpha e Delta.

Até agora, a Tailândia registrou mais de 345.000 casos e 2.791 mortes, a maioria na última onda que começou em abril. Ela foi detectada pela primeira vez em clubes frequentados pela elite tailandesa em um luxuoso distrito de vida noturna de Bangkok.

A nova onda se viu agravada pela lentidão na campanha de vacinação e pela limitada capacidade testar a população.

Além da capital, outras nove províncias registraram um aumento constante de infecções.

Na madrugada de segunda-feira, um toque de recolher entrou em vigor em Bangcoc das 9h às 4h locais. O cumprimento da medida será controlado por policiais, de máscaras e protetores faciais, que também verificam os veículos que circulam no centro da capital.

Os moradores estão proibidos de se reunirem em grupos de mais de cinco pessoas, e o transporte público fecha após as 21h. Supermercados, restaurantes, bancos, farmácias e lojas de eletrônicos em shopping centers podem permanecer abertos, mas outros estabelecimentos comerciais fecharam.

O governo do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha foi muito criticado por sua gestão da pandemia, e os tailandeses estão insatisfeitos com as novas medidas.

"O governo decidiu impor um confinamento, mas não tem qualquer medida compensatória para o povo", disse Arphawan Larangam, dono de um restaurante.

O vírus atingiu comunidades pobres, especialmente aquelas que vivem na periferia de Bangcoc, onde o distanciamento social não é possível.

A ordem que impõe duras medidas anticovid-19 em Madri, apesar da oposição das autoridades locais, foi publicada nesta quinta-feira (1°) no Diário Oficial do Estado, que cita o cumprimento "obrigatório" e um prazo de 48 horas para a implementação.

O governo anunciou na quarta-feira (30) à noite a ordem, aprovada por maioria em uma reunião com todas as regiões autônomas da Espanha, que na prática amplia à capital, de 3,2 milhões de habitantes, e outros municípios as restrições em vigor desde a semana passada em algumas áreas da região de Madri, epicentro da epidemia no país.

Mas o Executivo regional de Madri, liderado pela direita e que mantém uma disputa com o governo nacional de esquerda, afirma que o acordo "não é válido juridicamente" por ter sido aprovado sem unanimidade e anuncio que estuda as opções legais.

O conselho interterritorial do governo e das regiões "não pode impor nada e menos ainda desta maneira. Nós estamos estudando com o advogado (...) e vendo de que maneira faremos as coisas corretamente", afirmou nesta quinta-feira a presidenta regional de Madri, Isabel Díaz Ayuso.

Na Espanha, as regiões autônomas são as únicas que possuem competência na área de saúde. O governo nacional tem poucas opções para determinar medidas, incluindo o estado de alerta, um regime de exceção que permitiu, entre março e junho, estabelecer o confinamento em todo o país e controlar a primeira onda da epidemia.

Díaz Ayuso afirmou que "não há critérios para fazer as restrições de mobilidade", mas disse estar disposta a seguir dialogando com o governo e estudar novas restrições na região, que reúne um terço de todos os casos e morte registradas pela pandemia no país, um dos mais afetados pela covid-19.

A ordem pede a imposição de restrições quando vários critérios epidemiológicos são registrados, incluindo uma incidência de mais de 500 casos para cada 100.000 habitantes nas últimas duas semanas, o que acontece na capital e outros nove municípios madrilenos.

"Este acordo será de cumprimento obrigatório para todas as comunidades e cidades autônomas" do país e deve ser aplicado "em um prazo máximo de 48 horas", afirma o Diário Oficial.

Desde segunda-feira (21) da semana passada, mais de um milhão de pessoas nas zonas mais afetadas de Madri já enfrentam as restrições de deslocamento, o que significa que só podem sair de seus bairros para seguir até o trabalho, procurar atendimento médico ou levar as crianças para a escola.

Com um balanço de quase 770.000 casos e 31.800 mortes, a Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de Covid-19.

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