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De acordo com nota publicada no Diário Oficial do Estado de 31 de março e 1º de abril, a conta de água no Estado da Bahia terá um reajuste 12,89%, dos quais 7,58% será por conta do aumento dos gastos da estatal e 5,3% referente à segunda parcela de revisão tarifária de 2011.

Com isso, a tarifa residencial social passará de R$ 7 para R$ 7,90 ao mês para dez mil litros de água consumidos. A tarifa residencial intermediária passará de R$ 13,80 para R$ 15,60 e a tarifa residencial normal ou veraneio passará de R$ 15,65 para R$ 17,65, dentro da mesma faixa inicial de consumo (dez mil litros de água/mês). O índice de 12,89% será aplicado sobre a estrutura tarifária vigente e passará a vigorar em 1º de maio. Em 2011, o aumento na conta foi de 13,64%.

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Reajuste salarial e o plano de cargos carreira dos servidores da prefeitura do Recife serão discutidos em uma audiência pública convocada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara do Recife para às 10h desta terça-feira (27). O presidente da Comissão, o vereador Carlos Gueiros (PTB) presidirá a mesa que também será composta por secretários da administração municipal.

A mensagem de aumento foi encaminhada a Câmara dos Vereadores pelo Executivo na última semana. Segundo Carlos Gueiros, diversas categorias o procuraram para debater o assunto. “Há entre membros desta categoria uma divisão quanto ao PCCS. Auditores com menos tempo de Prefeitura divergem dos mais antigos em muitos pontos e ambos têm razão. Em vista disso vou sugerir que o reajuste seja discutido agora e o PCCS posteriormente. É muito pouco tempo para se discutir uma questão dessa monta”.

Os reajustes salariais para servidores públicos só podem ser concedidos até o dia 10 de abril, de acordo com calendário eleitoral 2012 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesta quinta-feira (22) a empresa do grupo BPN Paribas divulgou o percentual de brasileiros que migraram para a classe C. De acordo com o estudo O Observador Brasil, em sete anos a classe C migrou de 34% para 54%. Em números mais precisos isso significa que em 2005, 62.702.248 brasileiros pertenciam a classe C.

Já no ano passado, os números haviam subido para 103.054.685. A classe C foi a única faixa da população em que foi observado tal crescimento. A renda dos integrantes desta classe passou de R$ 1.338 para R$ 1.450. Enquanto isso, nas classes A e B, a renda média familiar caiu de R$ 2.983 para R$ 2.907, e nas classes D e E, o valor baixou de R$ 809 para R$ 792.

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Brasília – A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 1,79% em dezembro, comparado a novembro, e soma R$ 1,866 trilhão. Houve, portanto, aumento nominal de R$ 32,81 bilhões no último mês de 2011, de acordo com relatório divulgado hoje (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional. No acumulado do ano passado, a DPF cresceu 10,17%, o equivalente a R$ 172,3 bilhões.

O crescimento da dívida pública no mês passado resultou da emissão de R$ 38,66 bilhões em títulos - dos quais 78,68% com remuneração prefixada - contra resgates de títulos no valor de R$ 25,92 bilhões. Essa operação resultou em uma emissão líquida de R$ 12,74 bilhões em títulos, que se somaram aos R$ 17,49 bilhões pagos em juros no mês para aumentar a dívida.

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O aumento do endividamento em 2011 foi resultado das despesas com juros, no valor de R$ 211,52 bilhões, e de menos resgates líquidos de títulos em poder de terceiros, no total de R$ 39,20 bilhões. No geral, os resgates foram de R$ 84,20 bilhões, neutralizados, em parte, pela capitalização de R$ 45 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na composição da dívida total, 95,54% se referem à dívida interna (DPFi) e 4,46% à dívida externa (DPFe). O Tesouro conseguiu, ao longo de 2011, reduzir a participação percentual da dívida interna, em razão, principalmente, do aumento gradativo da emissão de títulos com remuneração prefixada, enquanto as demais modalidades de correção caíram.

Os títulos corrigidos por taxas prefixadas equivalem a 38,28% do total da dívida, equivalentes a R$ 682 bilhões, enquanto 31,7% (R$ 565 bilhões) são remunerados por taxas posteriores, determinadas pela variação da taxa básica de juros (Selic), e 29,6% (R$ 527 bilhões) são atrelados a índices de inflação. Resta ainda um residual de 0,4% de títulos (R$ 7,2 bilhões) corrigidos pelo dólar.

De acordo com o relatório, houve melhora no perfil da DPF, uma vez que o prazo médio de vencimento dos títulos mobiliários federais subiu de 3,51 anos, em 2010, para 3,62 anos, em 2011. O prazo médio da DFPi passou de 3,36 anos para 3,49 anos, e o prazo médio da DFPe evoluiu de 6,15 anos para 6,48 anos. O vencimento da dívida de curto prazo, que era de 22,73% dos títulos, em 2010, caiu para 21,89% no final de 2011, equivalentes a R$ 408,53 bilhões.

 

Por mais de três horas, aproximadamente 1.500 estudantes caminharam pelas ruas do Recife pela quinta vez, em uma semana, como forma de protesto contra o aumento de 6,5% no valor das passagens de ônibus no Grande Recife. Semelhante aos outros dias, a concentração dos manifestantes aconteceu em frente ao colégio Ginásio Pernambucano, situado na Rua do Hospício, área central da capital do Estado.

Mesmo depois do governador Eduardo Campos ter garantido ao movimento estudantil mais uma cadeira no Conselho Metropolitano de Transporte, na última quarta-feira (25), os protestantes continuam lutando pela revogação do reajuste na passagem. Segundo a estudante Carol Santos, 19 anos, as manifestações vão continuar na semana que vem. “Nós vamos protestar e reivindicar nossos direitos até o governador ceder. Continuaremos o protesto até o gestor não suportar mais a pressão”, finalizou a manifestante.

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Liderados pelo Comitê Contra o Aumento das passagens de ônibus, a passeata seguiu pelo mesmo percurso do último protesto, da quarta-feira (25). Cerca de 500 estudantes saíram Rua do Hospício e tomaram a Avenida Conde da Boa Vista, seguiram em caminhada pela via cantando palavras de ordem do movimento e chamando a população para o protesto. Aos poucos, pedestres que passavam pelo local se juntaram à multidão. Manifestações de apoio também vinham dos edifícios localizados na avenida, moradores de vários apartamentos jogavam pedaços de papel quando os manifestantes passavam.

Os protestantes continuaram caminhando pela Rua Dom Bosco, tiveram acesso a Avenida Agamenon Magalhães até a Praça do Derby. No momento em que eles passaram pelo Hospital da Restauração, todos fizeram silêncio, em respeito aos pacientes da unidade de saúde. Em seguida, os estudantes permaneceram sentados no cruzamento da avenida com a Boa Vista por cerca de 15 minutos, bloqueando o trânsito nos sentidos Olinda e Boa Viagem.

De acordo com um dos guardas de trânsito, que não quis se identificar, os agentes foram orientados a não intervir no protesto. “Nós recebemos ordens do comandante da polícia para não entrar em atrito com os estudantes e para não impedir que eles bloqueiem as ruas”, afirmou.

Passageiros dos coletivos tiveram que descer dos ônibus e seguir o resto do percurso andando, muitos deles reclamando do ato. “Isso é um absurdo, eles não trabalham e não tem o que fazer, por isso fazem isso. Que façam o protesto, mas não impeçam que as pessoas cheguem aos seus destinos. Desse jeito o protesto se torna ilegal”, reclamou dona Noêmia Silvia, 50 anos.

Nesse momento, uma senhora tentava passar pelo protesto com sua neta, um bebê de um mês que ela carregava nos braços. Assustada, dona Maria Helena Monteiro não quis falar com a equipe do Leiajá e seguiu apressada entre os estudantes no sentido da Boa Vista.

 

Pinheirinho - Em meio ao protesto, encontramos grupos mostrando solidariedade ao ato de desocupação provocado pela polícia a comunidade de Pinheirinho, em São Paulo, no início desta semana. Com faixas, eles demonstravam apoio aos moradores. Segundo Rodrigo Silva, “este é um ato simbólico e pacífico que mostra nossa revolta e reprovação com as atitudes arbitrárias que os governos vêm agindo através da força da polícia. Outro exemplo aconteceu na última segunda (23), quando uma estudante tomou uma gravata de um policial, eles não respeitam a democracia e o direito das pessoas”, disse o manifestante.

O grupo retornou pela Boa Vista e depois seguiram na direção do Palácio do Campo das Princesas, no centro do Recife, onde entregaram uma pauta de reivindicações do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Pernambuco (DCE-UPE). Antes de chegarem ao prédio do governo, eles pararam em frente aos Correios, no cruzamento da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, onde começaram um princípio de tumultuo entre eles mesmos. Tudo estava sendo acompanhado pelo policiamento que escoltava os estudantes.

“A polícia está aqui fazendo seu papel, enquanto eles (protestantes) não querem acordo. Tem um grupo de aproximadamente 400 pessoas que não sabem o que querem e nem para onde vão, isso é exemplo de democracia? Não estão respeitando o direito das outras pessoas”, criticou o Coronel da Polícia Militar, José Antônio.

Os estudantes chegaram ao Palácio do Governo por volta das 18h, fizeram a entrega do documento e permaneceram no local por cerca de 30 minutos. Depois disso, alguns participantes do movimento começaram a se dispersar. Todo o trajeto do protesto foi acompanhado por cerca de 20 policiais do 16° BPM, batedores da Rocam, Agentes do BPtran e Guardas de Trânsito.

Entre todas as entidades estudantis presentes no protesto, foi observado a ausência de bandeiras representando a União Nacional dos Estudantes (UNE). Veja a galeria de imagens do quinto dia de protestos:

Confirma imagens de mais um dia de protestos contra o recente aumento na passagem de ônibus no Recife, na tarde desta quarta-feira (25). A passeata saiu do colégio Ginásio Pernambucano, contornou a Avenida Conde da Boa Vista e terminou em frente ao Palácio do Campo das Princesas. centenas de estudantes participaram da manifestação.

A China deve reformar a gestão das suas reservas cambiais e usar $ 2 trilhões das reservas para investir em mercados estrangeiros e tecnologias avançadas, disse, nesta quarta-feira, Zheng Xinli, vice-presidente do Centro de Intercâmbios Econômicos Internacionais da China.

O país está enfrentando fortes perdas em suas reservas internacionais devido à valorização do yuan frente ao dólar americano, acrescentou o executivo da estatal chinesa. As divisas internacionais da China, as maiores do mundo, totalizavam US$ 3,2 trilhões no final de setembro. As informações são da Dow Jones.

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Os clientes que utilizam o estacionamento do Shopping Center Recife, em Boa Viagem, zona sul do Recife, estão pagando mais caro. Desde a última segunda-feira (2), o valor foi modificado passando para R$ 5,00 por até quatro horas de permanência no estabelecimento, além de R$ 1,50 a cada hora excedente.

Em nota oficial, a assessoria do shopping afirmou que a correção foi necessária devido ao aumento dos insumos incorporados ao custo operacional do estabelecimento, como energia, segurança, limpeza e serviços contratados. A última alteração da tarifa aconteceu em julho de 2010, quando o valor cobrado passou de R$ 4,00 para R$ 4,50.

O fluxo diário do estacionamento é de cerca de 25 mil veículos.

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Entra em vigor a partir de hoje (1º) o reajuste do salário mínimo, que passa de R$ 545 para R$ 622, um aumento de R$ 77. O novo salário mínimo corresponderá a R$ 20,73 por dia e o valor pago pela hora de trabalho será de R$ 2,83.

De acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento de 14,13% vai injetar R$ 47 bilhões na economia brasileira. Descontada a inflação estimada para 2011, o aumento real do salário mínimo deve ser de 9,2%.

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Ainda segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm sua renda vinculada ao valor do salário mínimo e, portanto, serão diretamente beneficiadas com o aumento. O governo também passará a arrecadar R$ 22,9 bilhões a mais devido ao aumento do consumo causado pelo reajuste.

O novo salário mínimo de R$ 622 terá impacto de R$ 23,9 bilhões nas contas públicas em 2012. De acordo com governo, a maior parte desse montante corresponde aos benefícios da Previdência Social no valor de um salário mínimo que serão responsáveis pelo aumento de R$ 15,3 bilhões nas despesas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O método de reajuste do salário mínimo foi definido por meio de medida provisória aprovada pelo Congresso. A lei que fixa a política de reajuste do salário mínimo estabelece que o valor será reajustado, até 2015, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Também começa a valer hoje o reajuste de 14,12% no valor do benefício do seguro-desemprego. Com isso, o valor máximo pago ao trabalhador passa de R$ 1.010,34 para R$ 1.163,76. O percentual de reajuste está em resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador publicada no dia (30) no Diário Oficial da União.

O benefício é pago em, no máximo, cinco parcelas de forma contínua ou alternada. Quem, nos últimos três anos, trabalhou entre seis meses e 11 meses recebe três parcelas. Aqueles que trabalharam entre 12 meses e 23 meses recebem quatro parcelas e quem comprovar vínculo empregatício de, no mínimo, 24 meses, recebe cinco parcelas.

Tem direito ao seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa, que tenha recebido salários consecutivos no período de seis meses anteriores à data de demissão e tenha sido empregado de pessoa jurídica por pelo menos seis meses nos últimos 36 meses.
O trabalhador tem do sétimo dia ao 120º dia após a data da demissão do emprego para requerer o benefício.

Apesar das pressões por aumento de gastos em ano eleitoral, o relatório final do Orçamento do próximo ano não prevê reajuste para os servidores públicos como do Judiciário e, muito menos, aumento acima da inflação das aposentadorias e pensões que ultrapassam o valor do salário mínimo.

Alinhado ao discurso da presidente Dilma Rousseff, de que "não é hora de dar reajuste a ninguém", o relator da matéria, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), resistiu aos pleitos dos servidores e afirmou que tentou "conciliar os interesses, mas não foi possível". A expectativa é de que a proposta orçamentária seja colocada em votação na quarta-feira na Comissão Mista do Orçamento e na quinta-feira no Plenário do Congresso Nacional.

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Os funcionários públicos, principalmente do Judiciário, continuarão pressionando os parlamentares no Plenário para tentar garantir nem que seja um pequeno aumento para o próximo ano. Somente os servidores públicos do Judiciário reivindicam um reajuste médio de 56%, o que custaria R$ 7,7 bilhões em 2012. Chinaglia ressaltou que tratou todas as categorias da mesma maneira ao decidir não prever nenhum aumento salarial. Ele considera praticamente impossível mudanças bruscas no texto final no plenário. "Não acredito que a base vá se dividir", frisou. "Mas se no plenário houver uma alteração será uma decisão coletiva, contou.

O relator tinha uma reserva para fazer emendas ao orçamento de cerca de R$ 13 bilhões para 2012 porém, ao invés de atender o pedido de reajuste salarial do servidor e os aposentados, preferiu usar o dinheiro para recompor cortes feitos em investimentos e na Saúde. Por exemplo, R$ 3 bilhões foram destinados para recomposição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 1 bilhão para o programa Brasil sem Miséria e R$2,2 bilhões para a saúde.

Chinaglia reservou ainda R$ 2,2 bilhões para garantir o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 465 para R$ 622,73. Mas o relator não separou dinheiro nem para o arredondamento do valor, como ocorre todos os anos. Essa será uma decisão da presidente Dilma Rousseff.

A proposta final de Chinaglia também prevê a liberação de R$ 3,4 bilhões para ressarcimento a Estados exportadores que perderam receitas com a Lei Kandir. Os Estados já estão reclamando do valor porque, nos últimos anos, o governo tem liberado R$ 3,9 bilhões. Para as Forças Armadas, o relator do Orçamento guardou R$ 450 milhões.

Como os lobbies por aumento de gasto vão continuar, ainda não está descartada a possibilidade de a votação do orçamento ser jogada para o próximo ano. Essa medida só seria adotada se os parlamentares concederem Mas a avaliação é de que isso não seria bom para ninguém. Em ano eleitoral, o ideal é começar o exercício gastando. Isso porque, novos empenhos só podem ser feitos apenas até meados de junho.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou recursos de R$ 2 bilhões para assegurar o aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal e dos servidores do Judiciário. A proposta aprovada destina o dinheiro, por meio de uma emenda de comissão, ao Orçamento da União para custear o pagamento do reajuste, a partir do próximo ano, previsto nos projetos em tramitação na Câmara.

Além dessa emenda ao Orçamento, a CCJ também aprovou outras três somando mais R$ 330 milhões para serem gastos em despesas do Judiciário e Fundo Partidário. A CCJ é presidida pelo deputado João Paulo Cunha (PT-SP), réu no processo do chamado "mensalão" à espera de julgamento pelo Supremo.

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"Todos são responsáveis pelo financiamento da República. Houve uma decisão política da comissão de, em vez de optar por beneficiar outras áreas, direcionar o dinheiro para o Judiciário", argumentou o deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA).

Por conta dos salários, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, entrou em atrito com a presidente Dilma Rousseff. A presidente não concorda com o aumento e, na proposta orçamentária enviada originalmente ao Congresso, não constavam recursos para esse pagamento. Na queda de braço, o governo acabou enviando um adendo ao projeto de Orçamento, reproduzindo o pedido do Supremo, mas ressaltando a contrariedade com o reajuste.

A comissão, na justificativa para a destinação dos recursos, argumenta que a magistratura acumula uma perda inflacionária de 21,11%, no período de 2006 a 2011. A finalidade dos recursos, completa a comissão, é viabilizar a aprovação dos dois projetos propondo aumento para os ministros do Supremo e o projeto que estabelece o aumento salarial dos servidores do Judiciário e do Ministério Público.

Em agosto, Peluso encaminhou projeto à Câmara propondo um índice de 4,8% de reajuste nos subsídios dos ministros. O projeto não anula, segundo explicou o ministro no texto, a proposta enviada em 2010 ao Congresso, que prevê um aumento de 14% - dos atuais R$ 26.723,13 para R$ 30.675,48.

Na emenda ao Orçamento aprovada pela CCJ, a proposta é que o reajuste seja parcelado em três vezes, de 4,81% nos meses de janeiro e julho de 2012 e janeiro de 2013. A comissão considera que há recursos no Orçamento deste ano (R$ 156,7 milhões)para conceder o aumento de mais 5,2%.

No caso do aumento para os servidores, os índices de reajuste chegam a mais de 50% dos atuais salários, e a estimativa do governo feita em 2009, data em que o projeto foi enviado à Câmara, é de um gasto adicional de R$ 6,4 bilhões aos cofres públicos. A CCJ destina valor parcial para pagar os custos dos planos de cargos e salários. Na proposta da comissão, esse aumento será dividido em duas parcelas, em janeiro e em julho do próximo ano. Os recursos totais necessários para bancar o reajuste dos servidores do Judiciário e do Ministério Público, segundo justificativa da proposta, são de R$ 2,4 bilhões.

As emendas aprovadas na comissão destinam R$ 100 milhões para implementação de Varas Federais, R$ 180 milhões para a manutenção do Fundo Partidário, R$ 50 milhões para modernização de instalações da Justiça do Trabalho, além dos R$ 2 bilhões para pagamento de aumentos salariais

Para conseguir viabilizar a votação do seu parecer preliminar amanhã, o relator do Orçamento de 2012, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou hoje que vai incluir no texto uma emenda prevendo a negociação do governo com as centrais sindicais e as entidades representativas de um ganho real para os aposentados e pensionistas que recebem acima de um salário mínimo.

Chinaglia acabou cedendo após muita pressão dos aposentados. A emenda prevê ganho real aos aposentados no próximo ano, mas condiciona à negociação. Ou seja, não há garantia de que o reajuste acima da inflação seja realmente concedido até porque não foi reservado nenhum recurso do Orçamento para atender a esta demanda.

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A votação do parecer preliminar está marcada para amanhã. Se o acordo for cumprido e o parecer aprovado, abre-se o prazo para emendas. O relatório final do Orçamento, onde deverá haver a decisão final sobre o reajuste para os aposentados, só deverá ser votado em meados de dezembro.

O ponto mais polêmico do parecer é a criação de uma nova modalidade de emenda, chamada por Chinaglia de "iniciativa popular". Esta emenda destina R$ 2,2 bilhões a quase 5 mil municípios que têm população inferior a 50 mil habitantes. Prefeitos e vereadores devem comandar audiências públicas até o dia 25 deste mês para definir o destino dos recursos. Se isso não for feito, as bancadas estaduais poderão escolher em que rubrica gastar. Mesmo os resultados das audiências serão submetidos às bancadas.

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, recomendou hoje cautela ao Congresso na elaboração do Orçamento da União para 2012. O relatório de receitas do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), divulgado na última terça-feira, prevê um aumento de R$ 25,6 bilhões da receita líquida, ante a previsão feita pelo Executivo.

"Temos que ter cuidado de ver até que ponto esse Orçamento vai de fato se realizar", alertou Carvalho. "Qualquer referência ao Orçamento do ano que vem tem que ser muito cuidadosa. Nós respeitamos a posição do Legislativo, do relator, mas temos que ter muito cuidado frente à crise financeira internacional", afirmou o ministro, ao deixar o fórum de debates no Interlegis sobre o Plano Plurianual (PPA).

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Carvalho acrescentou que o governo continuará praticando "uma política de responsabilidade fiscal combinada com a política de responsabilidade social". E reafirmou que o governo está cauteloso com os desdobramentos da crise internacional, que tem repercussão sobre o Brasil.

Ao justificar a elevação da receita líquida, Acir Gurgacz afirmou que esse aumento poderá ser usado pelo relator geral, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e pelos relatores setoriais para atender às demandas como emendas parlamentares e até aumentos salariais, como a reivindicação do Poder Judiciário.

Os brasileiros estão ficando mais pendurados no cheque especial. Nos últimos meses, enquanto a crise econômica dava sinais cada vez piores, aumentou o número de clientes que permanece com a conta corrente no vermelho. Em julho, 4,9% dos clientes estavam usando o limite da conta em período entre 15 e 90 dias. Esse grupo de brasileiros tinha, somado, R$ 984,8 milhões negativos em conta. A cifra cresceu rapidamente nos últimos dois meses e o movimento pode ter sido gerado exatamente por clientes que usaram o limite da conta para pagar o maior pagamento mínimo no cartão que entrou em vigor em junho.

Em maio, 3,5% das contas correntes estavam no vermelho entre duas semanas e três meses. Após meses seguidos de redução do uso do limite do cheque especial, aquele mês atingiu a menor utilização desde setembro de 2008, exatamente quando a crise começou. Ou seja, após meses seguidos de certa desorganização do orçamento familiar, muitos clientes vinham conseguindo quitar as dívidas e, paulatinamente, deixavam o cheque especial.

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Mas os ares mudaram completamente em junho, quando o porcentual das contas penduradas por esse período aumentou para 4,4%. A reviravolta coincide com a entrada em vigor da primeira fase do esforço do governo em elevar o pagamento mínimo no cartão de crédito. Desde 1.º de junho, toda conta de cartão que chega à casa do cliente deve, obrigatoriamente, ser paga em pelo menos 15%. Até 31 de maio, o pagamento mínimo era de 10%.

Em julho, a trajetória continuou e o índice se aproximou de 5%. Com essa guinada, o universo das contas correntes que permanece entre duas semanas e 90 dias com saldo negativo aumentou R$ 271,2 milhões.

"Os números mostram que o Banco Central conseguiu fazer com que fosse revertido um movimento perigoso que estávamos vendo. Finalmente, o brasileiro começou a trocar a dívida do cartão pelo cheque especial", diz o professor de finanças do Insper, Ricardo José de Almeida.

Os dados foram comemorados pelo especialista porque a troca significa economia para os clientes: enquanto o juro do cartão de crédito chega a 240% ao ano, o cheque está em 188%. Rocha reconhece que nenhuma das duas linhas é barata. "Mas, pelo menos, há migração para uma opção menos cara". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se autoconcederam um aumento no auxílio-moradia pago pela corte. Numa sessão administrativa ocorrida ontem, eles aumentaram em 59,19% o valor do benefício, passando dos atuais R$ 2.750 para R$ 4.377,73. É provável que a decisão leve a um efeito cascata no Judiciário, pois outros órgãos também pagam auxílio moradia a seus juízes e auxiliares.

No caso do STF, o benefício é concedido a ministros e juízes auxiliares que não têm residência em Brasília e não ocupam imóveis funcionais. Em relação aos juízes auxiliares, o aumento foi de 23,06%, subindo de R$ 2.750 para R$ 3.384,15. Dos oito ministros presentes à reunião administrativa na qual foi discutido o assunto, apenas Marco Aurélio Mello votou contra.

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A decisão de reajustar substancialmente o benefício ocorreu no mesmo dia em que juízes e integrantes do Ministério Público fizeram uma mobilização em Brasília pela valorização das carreiras e por mais segurança. Magistrados, promotores e procuradores defendem a aprovação pelo Congresso de projetos de lei que reajustariam o salário dos ministros do STF dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 32 mil.

De acordo com informações divulgadas ontem pelo STF, o impacto mensal do aumento do auxílio moradia no tribunal será de R$ 78.829,03 e o anual, de R$ 945.948,36. A assessoria do Supremo informou que atualmente dos 11 ministros que integram o tribunal apenas Luiz Fux recebe auxílio moradia. Os outros moram em imóveis funcionais ou têm residência própria.

Para aprovar o reajuste no auxílio moradia, o STF se baseou em benefícios pagos a outras autoridades de Brasília. Ministros de Estado recebem atualmente auxílio moradia de R$ 6.680,76, senadores ganham R$ 3,8 mil e deputados federais, R$ 3 mil.

'Não sou JK'

Magistrados e integrantes do Ministério Público que participaram da mobilização ontem em Brasília estiveram no STF. Uma comitiva foi recebida pelo presidente, Cezar Peluso. Centenas de autoridades bem vestidas esperaram do lado de fora do tribunal pelo resultado da reunião.

Um dos líderes do movimento que estava no gabinete da presidência da Corte sugeriu a Peluso que acenasse para os manifestantes. Ele reagiu: "Não sou JK." Encerrada a movimentação, muitas das autoridades que participaram da mobilização foram embora em carros oficiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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