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Em entrevista exclusiva à Rádio Eldorado, o senador e ex-ministro Sergio Moro refez seus elogios à atuação da Polícia Federal (PF) na Operação Sequaz, mas reforçou que a corporação apenas cumpriu com seu papel legal. O juiz foi um dos alvos de um plano de ação da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) que objetivava assassiná-lo, assim como jurou matar outras autoridades.

"A PF merece elogios, mas ela cumpriu o dever legal dela, não fizeram nenhum favor. O governo atual não me fez nenhum favor. Quando eles criticam ao mesmo tempo que prestam solidariedade, sinceramente acho que falta, sim, um patamar civilizatório", disse o senador.

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (22), a Operação Sequaz e prendeu nove integrantes do Primeiro Comando da Capital que planejavam assassinar e sequestrar autoridades em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e Distrito Federal. Moro era um dos alvos da facção. Os criminosos se referiam ao ex-juiz pelo codinome "Tóquio".

O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoie o seu projeto de lei para punir quem planeja atentados contra autoridades como uma forma de "se redimir" após sua declaração, na terça-feira (21), na qual o presidente afirmou que o seu pensamento enquanto preso era que só ficaria bem "após f***r" com o ex-juiz da Lava Jato. O parlamentar ainda defendeu que a fala o petista, caso tivesse sido feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, teria sido "muito mais criticada".

"Eu reprovo essas afirmações (de Lula) e a minha expectativa, como forma de se redimir em relação a isso, eu gostaria de ter o apoio do presidente da República para o meu projeto. Gostaria de ter apoio também dos membros do PT. É um projeto suprapartidário", disse em entrevista à rádio Eldorado do Estadão.

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O projeto de lei de Moro, apresentado nesta quarta-feira (22), prevê "a criação de crimes específicos para punir atos de planejamento de atentados contra autoridades públicas". A proposta legislativa é uma resposta ao planejamento do assassinato do ex-juiz e de outras autoridades, alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) também desta quarta-feira. Até o momento, nove pessoas foram presas.

Moro ainda afirmou que, caso as declarações de Lula tivessem sido feitas por Bolsonaro, as reações seriam outras. "Ele fez declarações que ferem a liturgia do cargo. Se tivesse sido o presidente anterior, ele tinha sido execrado com muito mais intensidade do que foi o presidente Lula. Quando ele faz esse tipo de afirmações, que gostaria de me f***r e que quer se vingar de mim, ele acaba me colocando em uma posição de vulnerabilidade e da mesma maneira a minha família", disse.

Na terça-feira (21), Lula revelou pela primeira vez que, quando estava preso em Curitiba, tinha uma ideia fixa e a declarava quando recebia visitas formais de procuradores e delegados na cadeia. Segundo o petista, em todas as visitas que recebia, as autoridades lhe perguntavam se estava bem. Lula diz que dava sempre a mesma resposta: "Só vai ficar bem quando eu f***r com o Moro".

Nesta quarta-feira, a PF tornou pública a Operação Sequaz contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. O ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro era um dos alvos da facção.

Investigadores do caso desconfiam que toda a vigilância sobre a família do ex-juiz tinha como mais provável objetivo o sequestro do senador; sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP); e dos filhos, que seriam mantidos reféns em uma das chácaras, para obrigar o Estado a negociar a libertação de Marcola ou sua retirada do sistema penal federal.

A Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal, se transformou em embate entre oposição e integrantes do governo Lula. O plano do PCC que tinha como alvo o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya resultou em uma disputa de narrativas.

Na véspera da operação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante entrevista, que, enquanto esteve preso em Curitiba, pensava: "Só vou ficar bem quando foder com o Moro". A proximidade entre a declaração do petista e a operação da PF mobilizou o Planalto.

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O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, convocou às pressas uma coletiva de imprensa e afirmou que as tentativas de associar o presidente às ações de grupos criminosos eram "perversas" e "fora de propósito". Mais cedo, Flávio Dino, ministro da Justiça e da Segurança Pública, também veio a público refutar a vinculação do presidente com o caso. "É vil, leviano e descabido", disse. "É mau-caratismo tentar politizar uma investigação séria." O ministro admitiu que, desde janeiro, autoridades tinham conhecimento do plano contra Moro e vinham acompanhando os movimentos do grupo criminoso.

Moro usou a tribuna do Senado e apresentou um projeto de lei para criminalizar o planejamento de ataques e sequestros contra autoridades (mais informações nesta página). Ele recebeu a solidariedade de oposicionistas e governistas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que qualquer tentativa de atentado contra os parlamentares é uma "agressão" ao Congresso. "É um atentado à instituição do Senado Federal", afirmou.

Parte da oposição utilizou a fala de Moro para atacar Lula e o governo. O líder do bloco, senador Rogério Marinho (PL-RN), disse que o presidente revelou ter como motivação no cargo "se vingar de pessoas". Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou o governo de disseminar ódio e ser leniente com o crime organizado. "Política não se resolve com tiro e facada. O que a gente sente na prática é que nos acusam de termos um perfil, mas na verdade somos vítimas do ódio", disse.

'Impeachment'

Apesar dos esforços do governo, a associação entre Lula e o plano do PCC tomou as redes sociais. A hashtag "impeachment" atingiu a marca de 34,4 mil publicações no Twitter até a tarde desta quarta, 22. Alguns parlamentares, como os deputados Luiz Philippe Bragança (PL-SP) e Carlos Jordy (PL-RJ), usaram a plataforma para pedir o impedimento do presidente.

Dos EUA, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparou o plano do PCC à execução de Celso Daniel, em 2002, e ao atentado de que foi vítima em 2018. "Tudo não pode ser só coincidência. O poder absoluto a qualquer preço sempre foi o objetivo da esquerda", escreveu. Na campanha de 2022, Bolsonaro compartilhou publicações que vinculavam o PT ao PCC. O Estadão Verifica demonstrou que a publicação era falsa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ousado plano de atentados contra autoridades, organizado por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e tornado público nesta quarta-feira, 22, na Operação Sequaz, foi descoberto pelo Ministério Público de São Paulo em janeiro.

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que há quase vinte anos investiga o PCC, tomou conhecimento do plano ao interrogar uma testemunha. O depoimento foi tomado em uma investigação sobre ações planejadas pela organização como retaliação a autoridades.

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O próprio Gakiya seria um dos alvos da facção. Outro nome na mira dos criminosos era o do ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro (União-PR), tratado pelo codinome 'Tóquio'.

A escalada de violências do PCC estaria na iminência de ser desencadeada. Soldados da facção monitoravam os passos dos alvos e já haviam alugado imóveis que, provavelmente, seriam usados durante a execução do plano.

Uma casa em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi vasculhada nesta quarta pela Polícia Federal. Os agentes encontraram um 'fundo falso' em uma parede.

A suspeita foi levada por Gakyia ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, que acionou a cúpula da Polícia Federal e comunicou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O ex-juiz da Operação Lava Jato e sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União-PR), também foram avisados e colocados sob proteção de forte escolta policial.

O plano da facção teria sido motivado por mudanças nas regras para visitas a detentos - Moro proibiu as visitas íntimas em presídios federais quando era ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro. Como ministro ele também coordenou a transferência e o isolamento dos 'cabeças' da organização criminosa nos presídios de segurança máxima. Agentes penitenciários também seriam alvo da facção.

Os ataques envolveriam sequestros e até assassinatos. O PCC pretendia colocar em prática uma ação coordenada e simultânea em diferentes Estados, segundo a investigação.

O plano teria sido arquitetado pela célula autodenominada 'sintonia restrita', que funciona como um centro de inteligência da organização.

A operação deflagrada nesta quarta pela PF prendeu nove pessoas. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram autorizados pela juíza Gabriela Hardt, que foi substituta de Moro na 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba na Operação Lava Jato.

Alvo de um audacioso plano de atentado articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), o senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, defendeu nesta quarta-feira, 22, uma enérgica reação dos poderes contra o crime organizado.

Em pronunciamento na tribuna do Senado, ele pregou que a classe política e os órgãos de investigação não podem se 'render' ou 'retroceder' a ameaças e devem adotar 'políticas rigorosas' de combate às facções criminosas.

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"Se eles vêm pra cima da gente com uma faca, a gente tem que usar um revólver. Se eles usam um revólver, nós temos que ter uma metralhadora. Se eles têm uma metralhadora, nós temos que ter um tanque ou um carro de combate. Não no sentido literal, mas nós precisamos reagir às ações do crime organizado", afirmou.

Moro se disse 'alarmado' com a escalada do crime organizado no País e aproveitou para tentar articular a retomada de bandeiras previstas na versão original do seu 'pacote anticrime' - conjunto de medidas apresentadas quando ele ocupava a cadeira de ministro da Justiça.

"Os fatos de hoje revelam uma ousadia", acrescentou. "Ou nós os enfrentamos ou quem vai pagar vão ser, não só as autoridades, mas a sociedade."

O plano de atentado veio a público na manhã desta quarta com a operação deflagrada pela Polícia Federal para prender suspeitos de envolvimento no caso. Nove investigados foram capturados e à tarde passaram por audiência de custódia presidida pela juíza federal de Curitiba Gabriela Hardt.

Além de Moro, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que há quase vinte anos investiga o PCC, seria outro alvo da facção.

Promotor responsável por investigações e ações concretas para reduzir a ação da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Lincoln Gakiya afirmou que anda com escolta 24 horas por dia e que "quase toda semana se descobre um plano para me matar". As declarações foram concedidas para a GloboNews na tarde desta quarta-feira, 22.

Um dos maiores especialistas em combate ao crime organizado do País, Lincoln afirmou que o PCC é uma organização criminosa presente em todos os Estados e em países da América do Sul e Europa. Para ele, por isso mesmo, o combate deve ser integrado. Ainda assim, o promotor disse que muita coisa foi feita para combater o chamado 'Partido do Crime'.

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Foi Lincoln quem realizou a transferência de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema penitenciário federal. A medida tinha o objetivo de desarticular o comando do PCC. Marcola estava, desde então, no sistema federal de Porto Velho (RO) e neste ano, já no governo de Lula, seguiu para o complexo da Papuda, no Distrito Federal (DF).

A Polícia Federal desbaratou na manhã desta quarta-feira, 22, plano que teria como objetivo matar, além de Lincoln, o senador Sérgio Moro (União Brasil). Até o momento, nove investigados já foram detidos e parte deles são do PCC. Os planos de homicídio e extorsão mediante sequestro tinham vários alvos, como autoridades do sistema penitenciário e integrantes das policiais de diversos Estados.

O senador Sérgio Moro (Podemos-PR) afirmou nesta quarta-feira, 22, que apresentará ao Senado às 16h um projeto de lei "prevendo a criação de crimes específicos para punir atos de planejamento de atentados contra autoridades públicas". A proposta legislativa é uma resposta ao planejamento do seu assassinato e de outras autoridades, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta manhã. Até o momento, nove pessoas foram presas.

O anúncio foi feito durante uma entrevista concedida à Globo News. A justificativa do senador é de que, embora as autoridades soubessem desde janeiro sobre o possível atentado, "têm que esperar o crime começar para poder agir". Apesar de já existir o crime de associação criminosa, na perspectiva do parlamentar seria necessário proteger forças-tarefas e "aumentar a segurança de magistrados, promotores e policiais envolvidos".

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A fala do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro é uma referência ao fato de a legislação penal não punir a intenção de praticar um crime. É necessário que o delito tenha algum tipo de ação concreta - como a constituição de uma organização criminosa - para receber uma condenação. A regra, contudo, não impede investigações.

O atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quarta que, desde janeiro, a empreitada contra Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya era conhecida pelas autoridades, como forma de afastar a vinculação do planejamento criminoso com a fala do presidente Lula (PT) a respeito do senador. Durante uma entrevista nesta terça, 21, o petista relembrou os tempos de prisão e disse que, na época, pensava "só vou ficar bem quando foder com Moro".

O senador disse que já dialogou com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da casa, que teria se mostrado solidário à proposta legislativa que será apresentada em algumas horas. Sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), esteve na entrevista e também demonstrou proximidade com a chefia da Câmara. Ela afirma que, no final de janeiro, falou com Arthur Lira (PL-AL) sobre estas ameaças e que ele teria deixado a polícia legislativa à disposição.

Embora tenha afirmado durante a entrevista que tem "olhado para a frente", Moro elogiou a transferência de lideranças do PCC para presídios federais, medida do governo de Bolsonaro e possível justificativa do atentado que estava sendo planejado contra o senador e outras autoridades. "Isso deveria ter sido feito em 2006", declarou o parlamentar.

Sem conseguir reajustar salários, o governo federal fez um último agrado aos servidores públicos no prazo em que permite a lei em ano eleitoral e aumentou em até 70% as diárias pagas aos funcionários em viagens.

Um decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (1º). Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o presidente não pode aumentar as despesas com pessoal nos últimos 180 dias do mandato.

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O último reajuste nas diárias havia sido em 2009. O decreto também reduziu a quantidade de categorias e valores diferenciados, diminuindo a diferença paga de acordo com o cargo do servidor. Com isso, aumento maior será sentido por funcionários de menor escalão.

Funcionários de nível superior ou com gratificação até o antigo DAS-2, por exemplo, ganhavam entre R$ 177 e R$ 224,20 por dia de deslocamento, a depender da cidade de destino. O valor passou a ser 70% maior, entre R$ 300,90 e R$ 381,14.

O aumento para cargos de assessoramento de níveis mais altos ficou entre 25% e 61% e, para ministros de estado, 15%. "A medida justifica-se pela necessidade de acomodar os valores de despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana aos atuais valores praticados no mercado, uma vez que a última atualização ocorreu em 2009", justificou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em nota.

O decreto também estabelece que haverá redução de 25% no valor da diária quando a viagem ultrapassar 30 dias corridos na mesma localidade ou 60 dias não contínuos.

A greve geral dos servidores públicos federais terá início a partir de quarta-feira (23), anunciaram a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). A paralisação seguirá por tempo indeterminado.

Entre as reivindicações, os movimentos buscam reajuste emergencial de 19,99%, referente às perdas salariais dos últimos três anos, arquivamento da PEC 32, a chamada reforma administrativa, e a revogação da Emenda Constitucional do teto de gastos. 

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A decisão de greve foi tomada após o governo federal negar diálogo com as entidades, durante manifestação na quarta-feira (16), onde servidores públicos de todas as regiões do país ocuparam a Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, eles reivindicavam melhores condições de trabalho e atendimento da pauta protocolada em janeiro. 

Como protesto, além da greve geral marcada para o dia 23 de março, serão realizadas vigílias diárias em frente ao Ministério da Economia até o dia da paralisação. A Fenasps orienta a categoria para que se organizem por meio de Comandos Estaduais de Greve, contemplando trabalhadores em atividades presenciais e remotas.

Os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em maio recebem nesta quarta-feira (23) o abono salarial ano-base 2020. O benefício para nascidos nesse mês é pago desde a terça-feira (22). A Caixa Econômica Federal iniciou o pagamento no último dia 8 e prosseguirá com a liberação até 31 de março, baseada no mês de nascimento do beneficiário.

Também hoje, o Banco do Brasil libera o abono salarial para trabalhadores do setor público com inscrição final 4. O pagamento a essa categoria começou a ser feito no último dia 15 e segue até 24 de março, com base no dígito final de inscrição do servidor.

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O abono de até um salário mínimo é pago a trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos. Recebe o abono agora quem trabalhou formalmente pelo menos 30 dias em 2020, com remuneração mensal média de até dois salários.

O benefício não é pago a empregados domésticos. Isso porque o abono salarial exige vínculo empregatício com uma empresa, não com outra pessoa física. Jovens aprendizes também não têm direito.

Trabalhadores da iniciativa privada que recebem pela Caixa Econômica Federal:

Trabalhadores do setor público que recebem pelo Banco do Brasil:

Os valores pagos a cada trabalhador variam de acordo com o número de dias trabalhados durante o ano-base 2020.

Devem receber o benefício cerca de 22 milhões de trabalhadores, com valor total de mais de R$ 20 bilhões. Os recursos são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A Caixa informou que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser feito com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.

Para os beneficiários residentes nos municípios da Bahia, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro em situação de emergência, devido às fortes chuvas, o pagamento foi liberado no último dia 8, independentemente do mês de nascimento.

*Colaborou Luciano Nascimento

Uma instrução normativa do Ministério da Economia, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (1º), traz regras para o retorno seguro e gradual de servidores e empregados públicos ao trabalho presencial. Pelo documento, a volta deve ocorrer com a observação das medidas sanitárias recomendadas pelo Ministério da Saúde como uso de equipamentos de proteção individual e de medidas em relação aos casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus.

A instrução normativa não se aplica aos servidores e empregados públicos que exercem atividades nas áreas de segurança, saúde ou outras consideradas essenciais pelo Decreto nº 10.282, de 20 de março 2020.

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A mesma instrução normativa traz uma lista de casos nos quais os servidores e empregados deverão permanecer em trabalho remoto. Na lista estão, por exemplo, os que apresentem condições ou fatores de risco como idade igual ou superior a 60 anos; tabagismo; obesidade; insuficiência cardíaca, miocardiopatia isquêmica entre outras. Também figuram na lista de risco quem tem hipertensão arterial; doença cerebrovascular; pneumopatias graves ou descompensadas (asma moderada/grave), imunodepressão e imunossupressão; doenças renais crônicas em estágio avançado, diabetes melito, além de doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; neoplasia maligna, cirrose hepática, doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme e talassemia); e gestação.

Além de casos de saúde, ficam liberados do trabalho presencialmente pais e/ou responsáveis legais de crianças em idade escolar e inferior, em locais onde aulas presenciais e serviços de creche ainda não tenham sido retomados.

Em todos esses casos a dispensa deverá ser solicitada pelo próprio servidor ou empregado público mediante uma autodeclaração enviada por e-mail à chefia imediata. A instrução normativa ressalta no entanto que quem fornecer informações falsas poderá sofrer sanções penais e administrativas. A chefia imediata do servidor deverá avaliar se o regime de trabalho remoto é compatível com a função desempenhada por cada um dos seus subordinados.

“Entende-se por trabalho remoto a execução das atividades fora das dependências físicas do órgão ou entidade pelos servidores e empregados públicos impossibilitados de comparecimento presencial ao trabalho, não se confundindo com o teletrabalho decorrente do programa de gestão a que se refere a Instrução Normativa nº 65, de 30 de julho de 2020”, ressalta a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia no documento.

Vedações

Servidores e empregados públicos que continuarem em trabalho remoto ou que estejam afastados de suas atividades presenciais não poderão receber auxílio-transporte, nem adicional noturno. Nesse último caso a exceção é para atividades que tenham necessidade de ser prestadas em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia seguinte, desde que autorizada pela chefia imediata. Fica vedado ainda o pagamento de adicionais ocupacionais de insalubridade, periculosidade, irradiação ionizante e gratificação por atividades com Raios X ou substâncias radioativas, previstos na Lei nº 8.112, de 1990.

matéria atualizada às 15h54 para acréscimo da exceção prevista para atividades consideradas essenciais 

 

Os servidores públicos de Pernambuco irão aderir à greve nacional, com protestos na maioria das capitais brasileiras nesta quarta-feira (18). A mobilização se posiciona contra a reforma administrativa do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e argumenta inadequação das propostas federais diante da crise econômica trazida pela pandemia da Covid-19. No Recife, os colaboradores se concentrarão no Parque Treze de Maio, às 15h, com intermediação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco (Sindsep-PE). Pela manhã, será realizada uma ação solidária com distribuição de cestas básicas em comunidades carentes da região.

“A sociedade precisa saber que a reforma administrativa do governo Bolsonaro vai acabar com os serviços públicos e prejudicar principalmente quem mais necessita. E para chamar a atenção à crise socioeconômica que o país enfrenta, vamos continuar com nossas ações solidárias”, explica o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

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As cestas básicas serão compostas, em sua maioria, por produtos oriundos da reforma agrária, em uma parceria que o sindicato propôs ao Armazém do Campo do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).

No ato público da tarde, os manifestantes seguirão em caminhada até o prédio central dos Correios, na avenida Guararapes, em protesto contra a privatização da empresa pública. Os organizadores do evento alertam para a necessidade do uso de máscaras, mas irão disponibilizar álcool em gel e organizar as filas respeitando o distanciamento social.

A pauta da reforma administrativa tramita atualmente na Câmara dos Deputados como Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020 e pode ser votada até o final deste mês na comissão especial que discute o tema.

Nesta terça-feira (27), a Polícia Federal em Pernambuco, por meio da Delegacia de Repressão à Corrupção no Estado, deflagrou uma ação policial denominada "Operação Recovery", com objetivo de recuperar bens e amenizar prejuízos causados pela prática de corrupção passiva por ex-servidores da Secretaria de Patrimônio da União (SPU-PE). Os investigados teriam recebido propina para a promoção de tramitações ilegítimas em um processo de remembramento de terrenos, sob interesse de uma empresa estrangeira que possui filial no Estado.

Segundo a PF, representantes da companhia envolvida pagaram quantias em dinheiro a esses indivíduos através de transferências bancárias realizadas por intermédio de conta aberta em nome de uma empresa laranja. O objetivo da ação desta segunda-feira (27) foi o cumprimento de três mandados de busca e apreensão.

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As procurações foram emitidas a fim de recuperar os valores recebidos ilicitamente pelos ex-servidores, que, atualizados, chegam a quase R$ 250 mil. Para isso, foi determinado o sequestro de três veículos, dois deles apreendidos hoje pela PF. Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, podendo ser condenados a penas que podem chegar a 22 anos de reclusão.

A ação tem respaldo legal no pacote anti-crime, que além de autorizar o decreto do sequestro de bens para reparação de prejuízos causados por práticas criminosas, prevê que esses bens podem, mediante autorização da Justiça, ser utilizados por órgãos públicos da área de segurança ou leiloados, sendo o produto da venda destinado à União.

A maioria dos brasileiros apoia uma política de avaliação do desempenho para os servidores públicos e defende que todos sejam afetados pelas mudanças na regra de estabilidade, incluindo os que já estão em serviço, mostra pesquisa do Instituto Ideia Big Data sobre a reforma administrativa. A proposta, resgatada na lista de prioridades do novo comando do Congresso, tem o objetivo de reformular o RH do Estado, com novas regras para contratar, promover e demitir os servidores.

Encomendada pelo movimento liberal Livres, a pesquisa entrevistou 1.688 pessoas por telefone celular, entre os dias 6 e 11 de janeiro, com recortes de classe social, faixa etária, gênero, escolaridade e região.

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A reforma administrativa foi enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro do ano passado, mas não andou. Agora, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que dará prioridade ao texto.

A proposta enviada pelo Executivo não afeta a estabilidade dos atuais servidores da ativa, uma exigência colocada pelo presidente para assinar a reforma preparada pela equipe econômica. A estabilidade é a garantia de que, depois de três anos da posse e de uma avaliação de desempenho protocolar, os chamados servidores estatutários não possam ser demitidos.

A maior parte dos entrevistados quer que as mudanças nessa prerrogativa sejam aplicadas ao funcionalismo que já está na ativa, mas 45% dos ouvidos defendem a manutenção da estabilidade para todos servidores. Outros 13% dizem que apenas algumas carreiras essenciais devem continuar com o benefício e 29% afirmaram que restrições à estabilidade devem atingir todas as categorias.

Avaliação. Sete em cada dez entrevistados disseram ser favoráveis à avaliação de desempenho para servidores públicos. A avaliação de desempenho evita que as progressões na carreira, como aumento salarial, sejam feitas automaticamente e por tempo de serviço como ocorre hoje na maioria dos casos. Na reforma administrativa proposta, esse é um dos poucos pontos em que as mudanças também afetam os servidores da ativa. Ao entregar a proposta, o Ministério da Economia informou que o projeto de lei complementar que regulamenta a possibilidade de desligamento de servidor público por "baixo desempenho" estava em fase de elaboração e que logo seria enviado ao Congresso - ainda não foi. Hoje, a possibilidade de exoneração por mau desempenho não existe.

Segundo análise do Ministério da Economia, o processo de aferição da performance não funciona: numa escala de 0 a 10, a nota média atribuída aos servidores pelos colegas é 9,8. Na prática, a avaliação entre pares foi convertida em mera formalidade.

A pesquisa também quis saber sobre a avaliação da população em relação ao salário. Para 31% dos entrevistados, as remunerações são injustas porque têm valores muito superiores aos rendimentos pagos na iniciativa privada. Outros 21%, no entanto, consideram que os salários são inferiores aos pagos por empresas no setor privado.

O estudo mostra que 48% são a favor da aplicação de provas práticas para servidores, 29% nem a favor nem contra e 6% contra. Para 55% dos entrevistados, servidores em função obsoleta devem manter contrato e salário, mas devem ser transferidos para uma outra função e 44% acham que o servidor deve trabalhar em qualquer lugar que houver necessidade de sua mão de obra e não apenas para onde prestou o concurso.

"A pesquisa mostra que a população é bastante favorável que o servidor público seja avaliado e que tenha flexibilidade para exercer diferentes funções no serviço público, não fique atrelado a uma função que possa ter ficado obsoleta e que faça provas práticas", diz Paulo Gontijo, diretor executivo do movimento. Segundo ele, o objetivo do Livres com a pesquisa é dar subsídio para os parlamentares sobre a reforma administrativa.

"Nós entendemos que deva ser revista, mas não acho que seja viável no Brasil acabar com a estabilidade. E está claro que a população entende que não", afirma o diretor. O Livres é uma associação civil sem fins lucrativos que atua como um movimento político suprapartidário em defesa do liberalismo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As inscrições para a Rede Nacional de Certificadores (RNC), a fim de atuação em atividades de certificação dos procedimentos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, começam nesta quarta-feira (9) e vão até o dia 29 deste mês. O cadastramento destina-se a servidores públicos federais e professores das redes públicas estaduais e municipais.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, nessa sexta-feira (4), no Diário Oficial da União, o Edital nº 64 de chamada pública. As inscrições podem ser feitas no seguinte endereço na internet: certificadores.inep.gov.br ou no aplicativo móvel, disponível nas principais lojas de aplicativos.

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“Para realizar a inscrição, o candidato deverá atender aos requisitos descritos no edital, como: ser servidor público, efetivo e em exercício, do Executivo Federal ou ser docente, em exercício, das redes públicas de ensino estaduais e municipais e estar devidamente registrado no Censo Escolar 2019; ter formação mínima em ensino médio; não estar inscrito como participante no Enem 2020; não ter cônjuge, companheiro ou parentes de até 3º grau inscritos no Enem 2020; e possuir smartphone ou tablet, com acesso próprio à internet móvel”.

Entre as atribuições, os servidores vinculados à RNC deverão certificar in loco, sob demanda do Inep, a efetiva e correta realização dos procedimentos de aplicação nos dias de realização do exame; registrar, em sistema eletrônico, as informações coletadas com base em sua atuação; e informar ao instituto possíveis inconsistências identificadas. Segundo o Inep, o cadastramento prévio não garante a inscrição para atuação como certificador no Enem 2020.

Os convocados deverão participar de uma capacitação a distância promovida pelo Inep para divulgação de normas, procedimentos e critérios técnicos da RNC. Eles só serão considerados aptos somente após a participação e a aprovação nas atividades desenvolvidas no curso de capacitação, com no mínimo 70% de aproveitamento.

A atividade desenvolvida pelo certificador terá o valor de R$ 342 por dia. A remuneração se enquadra em atividade prevista no anexo do Decreto n.º 6.092, de 2007 (elaboração de estudos, análises estatísticas ou relatórios científicos de avaliação), equiparando-se ao valor da hora do servidor público do Poder Executivo Federal, de R$ 28,50.

De acordo com o cronograma previsto no edital, o resultado da chamada pública e o endereço eletrônico com a relação da homologação das inscrições e dos colaboradores convocados para realizar o curso de capacitação serão divulgados no Diário Oficial da União, no dia 14 de outubro.

O documento estabelece, ainda, que os certificadores selecionados deverão, obrigatoriamente, nos dias de atuação, portar álcool em gel e usar máscaras para proteção contra a covid-19. As máscaras poderão ser artesanais ou industriais e deverão ser utilizadas ao longo da aplicação e trocadas quando ficarem úmidas ou a cada quatro horas. Será proibida a entrada do certificador no local de aplicação sem a máscara de proteção facial. O Enem impresso está marcado para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021.

*Com informações do Inep

Servidores públicos do Ceará estão sendo investigados pela Controladoria Geral da União e pelo Tribunal de Contas do Estado pelo recebimento irregular do auxílio emergencial. 

Ao todo, 24.232 servidores públicos do Ceará estão cadastrados ilegalmente para receber o benefício. O valor pago é de cerca de R$ 16 mil. 

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"Foram consideradas pessoas com vínculo empregatício com órgãos públicos do Ceará, podendo ser servidor efetivo, contrato temporário, estagiários, médicos”, diz um trecho dos documentos da CGU. De todas as cidades cearense apenas três não tiveram servidores envolvidos na fraude. São elas: Campo Sales, Hidrolândia, Jardim e São Benedito. 

 

 

 

 

A aprovação do congelamento de salários dos servidores públicos municipais, estaduais e federais e dos membros dos três Poderes até dezembro de 2021 foi um dos pontos mais discutidos entre os senadores, neste sábado (2), na votação do substitutivo aos Projetos de Lei Complementar (PLPs) 149/2019 e 39/2020. O texto estabelece a compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação provocada pela pandemia de coronavírus.

A suspensão do reajuste de salários por 18 meses foi negociada com o governo pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, relator da matéria, como contrapartida ao auxílio financeiro da União aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para mitigar os efeitos da covid-19. Davi atuou para garantir os recursos sem a necessidade de corte salarial em 25%, que era a proposta inicial do Executivo. Foram excluídos do congelamento os servidores da saúde, da segurança pública e das Forças Armadas. 

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A vedação ao crescimento da folha de pagamento da União, estados e municípios está entre as medidas adicionais do programa de enfrentamento à doença. Os entes federados ficam proibidos de reajustar salários, reestruturar a carreira, contratar pessoal (exceto para repor vagas abertas) e conceder progressões a funcionários públicos por um ano e meio.

A economia estimada é de cerca de R$ 130 bilhões, sendo R$ 69 bilhões para os estados e o Distrito Federal e R$ 61 bilhões para os municípios, até o final de 2021.

Exceções

Boa parte das emendas dos senadores aos projetos pedia a retirada da vedação aos reajustes salariais. Essa também foi a finalidade dos destaques apresentados pelos líderes partidários Eliziane Gama (Cidadania-MA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Telmário Mota (Pros-RR). Os senadores queriam garantir, especialmente, a possibilidade de aumento para os servidores da saúde e da segurança pública.  

— São servidores que têm dado, literalmente, a vida. Nós temos um percentual grande de profissionais da área da saúde que, infelizmente, estão sendo contaminados, trazendo perdas terríveis para a família, para o Brasil e para todos nós — ressaltou Eliziane.

— Imagine aquelas pessoas que estão saindo de casa, como o profissional da área de segurança, o agente de trânsito, o guarda municipal, o policial militar, o policial civil, o médico, o enfermeiro: toda essa gente está na linha de frente, colocando sua vida em risco para poder dar garantia de vida para os demais. Então, o mínimo que esta Casa pode fazer é essa honra ao mérito dessas pessoas — afirmou Telmário.

Os senadores Major Olimpio (PSL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES), entre outros, saíram em defesa do reajuste para os servidores das Forças Armadas.

— Nós devemos também incluir nessa necessidade fundamental, e não vai haver nenhum custo para a União. As Forças Armadas já não têm quinquênio, não têm triênio, não têm anuênio, não têm mais nada disso — pontuou Major Olimpio.

Em acordo sugerido por Eduardo Braga (MDB-AM), os senadores retiraram os destaques para acelerar a votação, e a exceção aos servidores dessas áreas essenciais, e também das Forças Armadas, foi incluída no relatório de Davi Alcolumbre.

— Eu queria agradecer a todos os senadores e senadoras que se manifestaram em relação a nós excetuarmos [esses servidores] deste projeto e protegermos aqueles que estão na ponta, salvando e preservando a vida e a segurança dos brasileiros — disse Davi.

O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), elogiou o texto de consenso de Davi, que buscou conciliar interesses do Congresso e da equipe econômica do governo.   

— A construção desse entendimento foi muito importante. Foi muito importante a participação do ministro Paulo Guedes, que agora durante a sessão, nos apelos que foram feitos por diversos senadores em relação à excepcionalização dos servidores da área de segurança pública, da área da defesa e da área da saúde, permitiu que a gente avançasse nas negociações nesse sentido — declarou.   

Tempo de serviço

Apesar de considerar um avanço a exceção concedida aos servidores que fazem o atendimento direto às vítimas da covid-19, Randolfe Rodrigues manteve o destaque apresentado por ele para impedir que houvesse prejuízo aos trabalhadores na contagem do tempo de serviço.    

— O que nós queremos ressalvar? É em relação a todos os servidores, não somente de um grupo, que seja preservado o tempo de serviço público, seja preservado o direito à progressão. O mínimo que estamos querendo é pelo menos isso. Não é hora de sacrificar quem quer que seja — explicou.   

Em resposta a Randolfe, o substitutivo foi alterado para deixar claro que não haverá qualquer prejuízo para o tempo de efetivo exercício, aposentadoria e outros fins.

É proibido, entretanto, contar esse tempo como de período aquisitivo necessário para a concessão de anuênios, triênios, quinquênios, licenças-prêmio e demais mecanismos equivalentes que aumentem a despesa com pessoal em decorrência da aquisição de determinado tempo de serviço.

Os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN), Izalci Lucas (PSDB-DF), Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e Eduardo Gomes (MDB-TO) também apresentaram emendas para assegurar a contagem de tempo para promoções, progressões e outros benefícios. Foi acatada a proposta para preservar as carreiras militares, entre os ocupantes de cargos estruturados em carreiras, como explicou o relator.

— É o caso dos militares federais e dos estados. A ascensão funcional não se dá por mero decurso de tempo, mas depende de abertura de vagas e disputa por merecimento. Não faria sentido estancar essa movimentação, pois deixaria cargos vagos e dificultaria o gerenciamento dos batalhões durante e logo após o estado de calamidade — justificou Davi.

Ex-territórios

Foram acatadas ainda as emendas apresentadas pelos senadores Chico Rodrigues (DEM-RR), Lucas Barreto (PSD-AP) e Randolfe Rodrigues para que a proibição de contratação não se aplique aos servidores dos ex-territórios federais que serão integrados a quadro em extinção da União.

Da Agência Senado

O Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco emitiu uma nota, nesta terça-feira (11), repudiando a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que chamou os servidores públicos de “parasitas”. No texto, os funcionários do MPPE afirmam que Guedes foi “covarde” ao tratar sobre o assunto da reforma administrativa do governo. 

Nessa segunda (10), o ministro chegou a pedir desculpas sobre a fala e considerou que não queria 'ofender ninguém', mas pelo visto diversos servidores não receberam bem a retratação. 

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Veja o texto na íntegra:

O Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco repudia as declarações do Ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, que em ataque descabido, agride todos os servidores e servidoras públicos brasileiros. Em palestra para agentes do setor financeiro na última sexta-feira, 7 de fevereiro, o referido ministro comparou os mais de 11 milhões de brasileiros e brasileiras que integram o serviço público a “parasitas”. A covardia do ministro em determinar, com todas as letras, quem, de fato, são esses tais “parasitas”, diz muito sobre a forma atabalhoada com que esse governo trata do tema. 

Em um país tão desigual como o Brasil, o serviço público em todas as esferas é quem faz o verdadeiro atendimento à população brasileira. Na saúde pública, na assistência social, na educação, no poder judiciário. Todo o trabalho dos servidores do Ministério Público, por exemplo, é para assessorar os procedimentos dos milhares de processos movidos por promotores e procuradores de justiça. É o trabalho dos servidores do MPPE que garante o andamento de processos de interesse coletivo e individuais de milhares de cidadão e cidadã pernambucanos.

O Sindsemppe, assim como muitos sindicatos brasileiros, não teme o debate sobre propostas que modifiquem, para melhor, o serviço público. Tampouco vamos fazer coro a falaciosa comparação, costumeira deste governo, de que as soluções para os males do Brasil é privatizar e reduzir investimentos do setor público. Temos uma dívida social imensa com o povo pobre brasileiro e essa dívida só será paga com a prestação eficiente, responsável e estruturada de bons serviços públicos. 

A repercussão da declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes de que os funcionários públicos seriam “parasitas” vem repercutindo negativamente desde a sexta-feira (8). Neste sábado (8), a Diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) emitiu nota à imprensa para “reafirmar o compromisso dos servidores da Polícia Federal com a sociedade brasileira”.

Na avaliação da entidade, a fala do ministro consagra um discurso perigoso e generalizante. A categoria pontua, na nota, que os servidores da PF “não há crescimento do País sem a dedicação dos seus servidores públicos”

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Confira a nota na integra:

NOTA Fenapef

A Diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais vem a público reafirmar o compromisso dos servidores da Polícia Federal com a sociedade brasileira, tanto como cidadãos brasileiros como quanto servidores públicos de uma Carreira Típica de Estado.

 As afirmações do senhor Ministro da Economia, na tarde desta sexta-feira (7), consagram um discurso perigoso e generalizante, que em nada contribui para o fortalecimento de uma nação e sua economia, como ele mesmo anuncia em suas propostas.

Os atuais servidores da Polícia Federal escolheram sua carreira conforme regras e princípios constitucionais vigentes e culpá-los diretamente por qualquer dificuldade econômica por que passe o País demonstra uma visão simplista e injusta, o que cremos não fazer parte de nenhum plano de Governo que vise o bem-estar do seu povo. Não há crescimento do País sem a dedicação dos seus servidores públicos. Não há enxugamento do Estado que se inicie pelo ressecamento moral e do orgulho dos brasileiros que escolheram funções públicas como horizonte profissional.

Os trabalhos na Operação Lava Jato têm demonstrado a nossa força e a nossa coragem de enfrentar o poder atrelado à corrupção. Também reafirmaram o nosso compromisso com um Brasil melhor, livre desse câncer que insiste em assolar a nossa Pátria. Pesquisa recente demonstrou a confiança que os brasileiros têm na Polícia Federal e nos seus servidores.

Por fim, ainda que a retratação pública tenha sido feita na mesma tarde, o senhor Presidente da República deve trabalhar para que o País não caia nas raias da desvalorização dos pais, mães, filhas e filhos que são responsáveis pelo funcionamento da máquina estatal e que podem definitivamente ser os parceiros na reconstrução do Brasil.

 Diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais

 

O aceno positivo do presidente Jair Bolsonaro à concessão de reajustes para policiais do Distrito Federal, cujos salários são bancados com dinheiro da União, abriu a porteira para outras categorias do funcionalismo federal elevarem a pressão por aumentos na remuneração. Sindicatos e associações de classes como policiais federais articulam uma grande mobilização a partir de março contra o congelamento de salários.

A equipe econômica não vê espaço no Orçamento para ampliar as remunerações, mas admite nos bastidores que a pressão virá e será necessário mostrar à ala política do governo que não há folga fiscal para negociação.

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As categorias, por sua vez, já têm se reunido e discutem uma estratégia para a campanha salarial, que deve envolver mobilizações, incluindo um dia de paralisação geral, e pedidos de apoio a parlamentares das bancadas de segurança (295 membros) e de defesa dos servidores (241 deputados e senadores). Os reajustes precisam ser aprovados pelo Congresso.

No Orçamento de 2020, apenas os militares das Forças Armadas foram contemplados com reajustes salariais e criação de novas vantagens, a um custo de R$ 4,7 bilhões neste ano. Os aumentos foram negociados no mesmo projeto que alterou as regras de aposentadoria das tropas federais.

No fim do ano passado, porém, Bolsonaro cedeu aos pedidos do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para incluir no Orçamento reajustes que vão de 8% a 25% às forças de segurança do DF. O custo de R$ 505 milhões sairá do Fundo Constitucional do DF, ou seja, não representa gasto adicional para a União, mas implicará redução de outras despesas com segurança.

Com os acenos a categorias que compõem a base de Bolsonaro - que é capitão reformado do Exército e se elegeu defendendo as forças de segurança -, outras classes vão pleitear o mesmo tratamento.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, disse que a pressão por reajustes virá "naturalmente", não só por conta do aceno aos policiais do DF, mas também porque em março entrarão em vigor as novas contribuições previdenciárias dos servidores. Hoje em 11%, elas poderão chegar a 22% para quem ganha acima de R$ 39 mil mensais.

Os últimos reajustes foram aprovados pelo Congresso Nacional entre 2016 e 2017.

O diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, alerta que não há espaço no Orçamento para ampliar os gastos com pessoal, que devem chegar a R$ 336,6 bilhões neste ano. "A verdade é que não há mais espaço fiscal nenhum no Orçamento", afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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