Tópicos | BNDES

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em maio, até a última sexta-feira, superam em 50% o valor registrado em igual mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 23, o presidente da instituição de fomento, Luciano Coutinho. O executivo destacou a liberação de recursos para o financiamento de máquinas e equipamentos.

"Os desembolsos estão fortes em maio. O mês de abril foi forte e o mês de maio continuou forte", afirmou Coutinho, após receber a Medalha do Mérito Industrial, oferecido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), por conta do Dia da Indústria.

##RECOMENDA##

No primeiro trimestre, os desembolsos do BNDES cresceram 52% ante os três primeiros meses de 2012, somando R$ 37,173 bilhões. Em maio de 2012, o BNDES liberou R$ 9,6 bilhões.

Segundo Coutinho, os desembolsos sugerem que a recuperação dos investimentos vai além do efeito de comparação com o mau desempenho das vendas e produção de caminhões e ônibus no início de 2012, por causa da substituição dos motores pelo padrão euro 5. Coutinho não quis dar uma projeção de quanto o banco pode liberar neste ano.

Além disso, o presidente do BNDES reafirmou que a situação de capital do BNDES é sólida e novos aportes do Tesouro Nacional ficarão para o segundo semestre. Coutinho não adiantou o valor, que ainda "depende de variáveis sobre as quais ainda não podemos conversar", como "volume esperado de desembolsos, volume de demanda, retorno de investimentos". Segundo Coutinho, o índice de Basileia do banco "está folgado".

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda vender uma carteira de crédito considerada "podre", com valor financeiro estimado em R$ 37,046 bilhões. Apesar de registrar baixa taxa de inadimplência (0,06% em 2012), o BNDES busca com a venda recuperar de forma imediata e a custos mais baixos, parte de dívidas não pagas, a maior parcela delas com prazo superior a dez anos. De acordo com o BNDES, 100% dos empréstimos não pagos já foram baixados do balanço e não causam mais impacto nos lucros.

A licitação para escolher uma consultoria para a operação chegou, na sexta-feira, à reta final, com a PricewaterhouseCoopers Corporate, Finance & Recovery como única concorrente. O banco de fomento afirmou que a decisão de vender a carteira de créditos inadimplentes ainda não está tomada e, por enquanto, será apenas contratada a consultoria.

##RECOMENDA##

O mercado de recuperação de crédito consiste na compra, por gestoras especializadas, de carteiras de empréstimos que os bancos não receberam de volta. Essas gestoras compram os débitos com grande deságio - por exemplo, pela metade - e têm equipes especializadas em cobrar as dívidas judicialmente. Os gestores costumam formar fundos de investimento ligados a esses créditos e, à medida que recuperam os valores, oferecem rentabilidade ao fundo.

O valor financeiro de R$ 37 bilhões foi estimado apenas para balizar a licitação, e está informado no edital. Também foi estimado o valor contábil da carteira de crédito, em R$ 6,102 bilhões. O valor contábil refere-se ao montante do empréstimo à época da concessão, com apenas dois meses de juros. Já o valor financeiro inclui todos os juros e atualizações previstos.

A grande diferença deve-se ao fato de os empréstimos não pagos que o BNDES planeja vender serem muito antigos. Das 1.020 operações integrantes dessa carteira, apenas 38 referem-se a empréstimos de menos de cinco anos atrás. A maioria (578 operações) são empréstimos de cinco a 10 anos, somando valor financeiro de R$ 3,886 bilhões. Outras 317 operações têm entre 10 e 20 anos e somam R$ 24,969 bilhões em valor financeiro.

A assessoria do BNDES destacou ainda que as operações são pequenas. Em média, os empréstimos não pagos têm valor financeiro de R$ 36,320 milhões e, contábil, de R$ 5,982 milhões. Além disso, segundo o BNDES, essa carteira de créditos não pagos nada tem a ver com a inadimplência atual.

A taxa de inadimplência do BNDES encerrou 2012 em 0,06% e, em 2011, estava em 0,14%. Essa taxa é medida pelo valor dos empréstimos com atraso superior a 90 dias em relação à carteira total do banco - em 2012, de R$ 495,672 bilhões. A carteira de créditos "podres" também não influi na taxa de inadimplência porque, segundo o BNDES, as operações já foram todas "baixadas" do balanço.

Um analista de mercado especializado no setor financeiro lembra que, pela regulamentação do Banco Central (BC), os empréstimos com mais de 180 dias de atraso precisam ser provisionados e isso causa impacto nos lucros de qualquer banco a cada trimestre. Ao longo de 2012, o BNDES registrou despesa com provisão para risco de crédito no valor de R$ 320 milhões.

Ainda segundo o analista, para os bancos, a vantagem de vender inadimplente é "garantir" uma parte dos recursos. Alguns grandes bancos mantêm departamentos de recuperação de créditos e fazem esse trabalho internamente. O BNDES possui um departamento do tipo - ano passado, informou a recuperação de R$ 169,372 milhões em seu balanço. Ainda assim, vender a carteira "podre" pode ser uma forma de garantir parte dos recursos com custos - com advogados, certidões, ações judiciais etc - menores e de forma mais rápida.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que "em breve, a diretoria do banco definirá as condições da captação externa que a instituição pretende fazer. Perguntado se tal operação poderia ocorrer ainda no primeiro semestre, ele ressaltou que não trabalha com prazos específicos. "Estamos examinando o melhor momento. Não quero antecipar", apontou.

Segundo Coutinho, nos últimos anos o BNDES tem ido ao mercado internacional de bônus para captar recursos, com o objetivo de "complementar sua capacidade" de financiamento. "Esses recursos em moeda estrangeira precisam ser aplicados aqui também em moedas estrangeiras. São setores que operam em dólar, por exemplo, área de petróleo e gás, ou alguns outros segmentos onde é possível dar curso a esses recursos", destacou. "A nossa captação ajuda a apoiar a exportação brasileira", disse.

##RECOMENDA##

Gás de xisto

Coutinho afirmou que a produção de gás de xisto nos EUA, a custos muito reduzidos, trará "mais desafios para competição" às empresas em todo o mundo, inclusive no Brasil. "O gás de xisto preocupa toda a indústria. O efeito ainda não aconteceu de forma agressiva, porque muitas empresas estão se ajustando e trazendo de volta suas operações para os EUA. E são processos intensivos de uso de energia", apontou Coutinho.

"É quase inevitável que, com custos de energia tão baixos, os EUA possam recapturar uma parcela relevante da produção (do setor manufatureiro)", apontou o presidente do BNDES. "Eu acredito que já a partir do ano que vem e no ano seguinte esses efeitos serão mais fortes e vão atingir o mercado internacional como um todo", disse.

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (17), com vetos, a Lei nº 12.814, que autoriza a União a conceder subvenção econômica ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar os projetos de concessão de rodovias e ferrovias do governo federal. O texto permite ao banco conceder subvenção econômica na forma de equalização de taxas de juros. O valor total dos financiamentos subvencionados pela União é limitado ao montante de até R$ 312 bilhões.

Pelo texto, além das concessões de infraestrutura, o BNDES está autorizado a subsidiar, entre outras operações, aquelas destinadas à aquisição, produção e arrendamento mercantil de bens de capital, incluídos componentes e serviços tecnológicos relacionados e o capital de giro associado; à produção de bens de consumo para exportação; e ao setor de energia elétrica.

##RECOMENDA##

Resultado da aprovação da Medida Provisória 594, editada em dezembro de 2012, a lei também altera artigos da Lei nº 9.718 sobre os limites para enquadramento das empresas nos regimes de tributação pelo lucro presumido e pelo lucro real. A nova redação prevê que poderão optar pela tributação pelo lucro presumido as empresas cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões, ou a R$ 6,5 milhões multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses. A regra anterior estabelecia esses limites em R$ 48 milhões e 4 milhões, respectivamente.

Com a mudança, agora estão obrigadas à apuração pelo lucro real as empresas cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78 milhões ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 meses. Essas alterações relativas ao regime de tributação das empresas entram em vigor apenas em 1º de janeiro de 2014.

Entre os vetos, a presidente Dilma rejeitou o artigo que previa prorrogação do Refis, programa de parcelamento de débitos tributos. Ela justificou a rejeição argumentando que estender o programa seria uma forma de privilegiar a inadimplência. "A reabertura de prazo do Refis privilegiaria a inadimplência e implicaria iniquidade com aqueles que aderiram ao Programa e mantiveram-se regulares em relação ao montante parcelado e ao pagamento dos débitos correntes. Além disso, a medida cria a expectativa de que haja periodicamente a instituição de parcelamento especial, estimulando o inadimplemento de obrigações tributárias", cita mensagem enviada ao Congresso Nacional em que expõe as razões do veto.

A CSN ofereceu cerca de US$ 2,5 bilhões ao grupo alemão ThyssenKrupp para ficar com uma laminadora de aço nos Estados Unidos e com um pedaço da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, segundo apurou o Estado, com fontes ligadas à operação.

A parte da proposta que envolve CSA já foi comunicada informalmente à Vale, que é sócia dos alemães e precisa dar sua aprovação para que a operação siga adiante. A mineradora pediu um documento com a oferta por escrito, conhecido como proposta vinculante no mundo dos negócios, para iniciar sua avaliação. Qualquer decisão, no entanto, ainda deve demorar.

##RECOMENDA##

Pela proposta em discussão, a CSN ficaria com 100% da laminadora situada no estado americano do Alabama e com cerca de 33% da CSA - o porcentual ainda está sendo discutido. Por esse desenho, a Thyssen permaneceria como sócia da unidade brasileira e, nessa condição, aceitaria receber menos do que os US$ 3,8 bilhões que desejava levantar no começo. A Thyssen tem 73% da CSA e a Vale, 27%.

Comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch, a CSN já tem uma linha de financiamento de aproximadamente US$ 1 bilhão acertada com o Bradesco, que também é seu assessor financeiro na operação, e com o Banco do Brasil (BB).

Além disso, a siderúrgica de Steinbruch negocia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento de aproximadamente R$ 800 milhões para bancar investimentos necessários na planta do Rio de Janeiro.

Procurados, CSN, BNDES, Bradesco e Banco do Brasil não quiseram se manifestar. A Thyssen divulgou um comunicado em que afirma estar em "negociações intensas pela venda da Steel Americas", a empresa que controla a CSA e a laminadora do Alabama.

O grupo ítalo-argentino Techint, que no Brasil controla a Usiminas e chegou a ser apontado como favorito à compra da CSA, informou esta semana que desistiu de participar do processo de venda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, baterá, novamente, à porta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em busca de apoio financeiro na compra de ativos da ThyssenKrupp. O objetivo é apresentar ao BNDES o acordo articulado nas últimas semanas com o grupo alemão, que envolve uma combinação entre desembolso de dinheiro e troca de ativos. No novo modelo desenhado, Steinbruch deve reivindicar parceria financeira do banco para a compra da usina do Alabama, nos Estados Unidos, provavelmente dentro do programa de apoio à internacionalização de empresas brasileiras.

Nesta sexta-feira, a siderúrgica alemã divulgou comunicado informando estar em "negociações intensas" sobre a Steel Americas, grupo que engloba duas usinas integradas, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), fabricante de placas sediada no Rio, e a laminadora instalada no Alabama, construída para receber as chapas produzidas na capital fluminense.

##RECOMENDA##

Os detalhes do acordo são guardados a sete chaves. O banco, até agora, mantém descartada a participação na proposta da CSN pelos ativos da Thyssen. Inicialmente, a siderúrgica de Steinbruch tentava conseguir a parceria do BNDES numa proposta de US$ 3,8 bilhões para a compra da CSA. Sem o banco, a proposta financeira teria de ficar em patamar bem mais baixo.

Nesse redesenho, o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que a Thyssen não venderia toda a fatia acionária na CSA, como planejava, inicialmente. Também pode entrar no acordo uma cláusula de desempenho, o que aumentaria, eventualmente, o valor final a ser pago.

A resistência do BNDES em financiar a operação teria motivado a CSN a buscar uma solução alternativa para continuar na disputa. Nos bastidores, o BNDES sempre deixou claro que o impasse ao financiamento estava nas garantias a serem oferecidas. A instituição financeira exigia da CSN ativos de maior peso, como a mina de Casa de Pedra e a Namisa para assegurar o negócio.

Steinbruch havia apresentado uma proposta na qual separava os ativos minerários dos siderúrgicos. Com isso, o BNDES deixaria de participar da fatia atualmente mais rentável do grupo. No comunicado desta sexta-feira, a Thyssen citou a sócia Vale e o próprio banco, que é credor da CSA. Os dois terão de ratificar qualquer acordo firmado pela direção da companhia alemã.

"Essas negociações incluem conversas com o nosso parceiro envolvido Vale S.A. (Vale), que detém cerca de 27% da participação na fábrica no Brasil que está à venda, o banco de desenvolvimento brasileiro BNDES, assim como círculos do governo brasileiro", disse a empresa. Em 2007, o BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 1,48 bilhão para a instalação do complexo siderúrgico, que correspondia a 18% do investimento total do projeto, de R$ 8 bilhões. CSN e Thyssen apostam no apelo nacionalista do negócio, com a ampliação da siderurgia brasileira nos EUA.

Além do BNDES, o acordo que é negociado entre a CSN e a Thyssen precisa também agradar à Vale. Na operação desenhada pela equipe Steinbruch, a mineradora teria um papel mais relevante do que, simplesmente, dar aval ao negócio. Desde que a Thyssen pôs a fatia na CSA à venda, a Vale tem deixado claro que exigirá a garantia de manutenção dos atuais direitos contratuais na empresa. Além de estar no bloco de controle, a companhia fechou, em 2006, contrato de fornecimento de minério no prazo de 15 anos e não pretende abrir mão disso. O que é desfavorável à CSN, também produtora de minério.

A cartada apresentada por Steinbruch à Thyssen nessa reta final tirou de cena a concorrente Ternium, que chegou a fazer uma oferta pela CSA. Esta semana, o grupo argentino anunciou, oficialmente, a desistência do negócio. O Broadcast apurou que a intenção da Thyssen é concluir as negociações até junho.

O interesse dos alemães em pôr um ponto-final nessa novela faz sentido. Em 2012, o grupo precisou fazer uma baixa contábil de 3,6 bilhões de euros por conta do fraco desempenho das operações na divisão de aço da companhia no Brasil e no Alabama. Com 26,87% do capital da CSA, a Vale também amargou perdas com o investimento na siderúrgica e contabilizou uma US$ 583 milhões no balanço de 2012. Desde que entrou no projeto a Vale só tem dor de cabeça com o ativo.

Ainda na fase de construção, a mineradora precisou aumentar a fatia no bloco de controle para viabilizar o projeto prejudicado pela delicada situação financeira vivida pela Thyssen. Desde a crise internacional de 2008, que reduziu a demanda mundial por produtos siderúrgicos, a sócia alemã tenta se ajustar à nova realidade do setor. Com a nova cartada, Steinbruch vai ao encontro dos interesses do governo de aumentar a nacionalização no setor siderúrgico. A dúvida é saber se a proposta, realmente, sensibilizará, o BNDES.

O Ministério da Fazenda autorizou a emissão de até R$ 2 bilhões em títulos da dívida pública mobiliária federal interna em favor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A autorização está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 03, que apenas informa o valor da operação a ser celebrada entre a União e o BNDES.

O aumento de capital que a MPX, empresa de energia do grupo de Eike Batista, pretende efetivar no mês que vem deve contar com aporte direto de, no mínimo, R$ 125 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco estatal, acionista da empresa com 10,34%, tende a acompanhar a operação, que terá garantia do BTG Pactual e foi decidida depois do aumento de participação da alemã E.ON, em 28 de abril.

A avaliação no BNDES, segundo fontes, é de que a MPX é a empresa mais saudável do grupo EBX e que o aporte poderá ficar bem acima dessa cifra. É a única na qual o banco participa diretamente do capital, por meio da BNDESPar. A decisão do banco, segundo fontes, será aderir, "se for um bom negócio", o que dependerá do preço da oferta. O banco se diz "tranquilo" em relação à exposição ao grupo EBX por meio de sua empresa de energia. O próprio presidente da instituição, Luciano Coutinho, já declarou isso publicamente.

##RECOMENDA##

No final de março, a E.ON, que detinha 11,73% de participação na MPX, elevou sua participação para 36,20% comprando uma fatia pertencente a Eike que, por sua vez, teve sua parcela de ações reduzida de 50,08% para 25,61%.

Com base nos dados fornecidos pela empresa sobre a operação de aumento de capital, o coordenador de cursos de pós-graduação da Fundação Instituto de Administração (FIA) Marcos Piellusch, calcula que para manter a mesma participação, o BNDES terá se subscrever 12.410.434 novas ações. Ao preço de R$, 10,00, como foi divulgado no primeiro anúncio da operação, isso leva aos R$ 125 milhões.

O professor Piellusch parte também do princípio de que, não acompanhando a oferta, a posição de Eike como acionista seja diluída para, no máximo, 21,21%. Isso contando que a MPX terá aportes correspondentes a R$ 367 milhões, já anunciado pela E.ON, e de R$ 708 milhões que caberia à participação acionária hoje detida por "outros", o que inclui as ações negociadas no mercado por minoritários.

Segundo fontes, a MPX foi avaliada tecnicamente pelo BNDES como uma empresa bastante firme no fornecimento de energia térmica. A empresa opera hoje cinco usinas, com um total de 1.082 megawatts (MW) de capacidade instalada. Seu planejamento estratégico prevê chegar ao fim do ano com 2.838 MW. A companhia anuncia "para os próximos" anos, mais 10 mil MW em geração térmica de novos projetos.

Na semana passada, o gerente para carvão da E.ON, Gustavo Fernandez, em evento no Rio disse que a empresa alemã já investiu cerca de 1 bilhão de euros na MPX e disse que novos aportes vão depender do andamento e da necessidade de capital dos projetos. Ele também se disse tranquilo em relação aos riscos e generalizou: "Todos os investimentos tem riscos envolvidos", disse.

Dificuldade de crédito

Os maiores valores liberados pelo BNDES ao grupo X se deram em forma de empréstimos. Ainda segundo fontes, todos têm como garantia fianças bancárias, o que diferencia o crédito liberado a Eike por outras instituições financeiras, que tiveram ações do próprio grupo como garantia. Na última terça-feira, 30, o presidente da mineradora MMX, Carlos Gonzalez, admitiu, durante teleconferência com analistas para detalhar resultados do primeiro trimestre, que o grupo tem enfrentado dificuldade de crédito no mercado."Há uma prioridade na preservação do caixa (...) é de conhecimento de todos que o grupo passa por dificuldade de crédito", afirmou.

No mês passado, a MMX divulgou duas vezes o mesmo empréstimo obtido do BNDES para o Porto do Sudeste. O anúncio provocou alta das ações em dois momentos diferentes. O banco não divulgou a liberação da primeira parcela do financiamento, de R$ 935 milhões, porque já havia tornado pública, no ano passado, a aprovação do projeto e não é praxe da instituição divulgar cada etapa do processo.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse em uma entrevista para correspondentes estrangeiros que bancos de desenvolvimento são uma ferramenta importante no atual sistema financeiro global, já que o setor privado ainda está se ajustando às maiores exigências de capital e passando por um processo de redução de alavancagem.

Segundo Coutinho, o BNDES está "bem posicionado" para ajudar no financiamento de projetos de infraestrutura no Brasil, que terão um crescimento expressivo nos próximos anos. Mesmo assim, o banco quer compartilhar os esforços com os mercados de capital, e está comprometido com o desenvolvimento de um mercado de renda fixa para bônus de longo prazo. Para Coutinho, o Brasil está maduro o bastante para começar a desenvolver novas fontes privadas de crédito de longo prazo.

##RECOMENDA##

O presidente do BNDES comentou ainda que não faz sentido que o governo suba a taxa de juros de longo prazo (TJLP), após o Banco Central ter elevado a Selic, referência do juro básico no País, na semana passada. Segundo Coutinho, a alta nos juros é de curto prazo, forçada pelo aumento nos preços de alimentos, que já começaram a ceder.

"Como nós esperamos que a inflação desacelere, e a TJLP é uma taxa de juros de longo prazo desenvolvida para dar suporte ao investimento, não faz sentido elevar a TJLP no curto prazo", comentou. "Se estamos no processo de dar suporte ao investimento, não devemos mudar a TJLP", acrescentou.

O banqueiro explicou que os novos investimentos vão aumentar a oferta agregada no futuro e tornar o crescimento mais compatível com a inflação. De acordo com ele, o BNDES está fortalecendo suas capacidades para incentivar as exportações brasileiras de bens e serviços, e para ajudar companhias brasileiras a conquistar presença na América Latina e na África.

Coutinho também afirmou que o BNDES está preparado para fornecer suporte financeiro "equitativo" para as companhias que disputam a licitação para a construção e operação do trem de alta velocidade (TAV). Segundo ele, empresas da Europa, Japão, Coreia do Sul e outros países devem formar um consórcio com companhias de engenharia e operação para participar da primeira parte da licitação. As informações são da Dow Jones.

O Senado aprovou, nesta quarta-feira, 24, em votação simbólica a Medida Provisória (MP) 594/2012, que amplia em R$ 85 bilhões os limites de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Pelo texto final, que seguirá para sanção presidencial, o valor total previsto em subvenção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao programa sobe de R$ 227 bilhões para até R$ 312 bilhões. Dos recursos, 40% serão destinados a ações para micro, pequenas e médias empresas.

A MP prevê que recursos do PSI possam ser usados na compra, produção e arrendamento mercantil de bens de capital destinados a projetos de inovação tecnológica. O dinheiro também servirá para financiar projetos de infraestrutura em rodovias, ferrovias e de empresas de reciclagem de resíduos sólidos.

##RECOMENDA##

O governo federal sustenta que o objetivo da MP é estimular a competitividade da indústria brasileira, por meio da modernização do parque industrial, do incentivo à inovação tecnológica e melhoria de valor agregado nas cadeias produtivas.

Entre outras alterações acrescentadas na tramitação da MP, os parlamentares aprovaram ainda a reabertura, até 31 de dezembro de 2013, do prazo de adesão Programa de Recuperação Fiscal criado em 2009 para ajudar empresas a enfrentar a crise financeira internacional, o chamado Refis da Crise, e o prazo para a renegociação das dívidas dos produtores rurais. O vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), avisou que o Planalto deve vetar a emenda.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode financiar até 50% do investimento total em sondas nacionais de perfuração para águas profundas do pré-sal, a cifra equivale atualmente a US$ 12,5 bilhões. A informação é de João Carlos Ferraz, presidente da Sete Brasil, gestora que vai afretar 28 unidades à Petrobras a partir de 2015. Hoje, o investimento da Sete Brasil está em US$ 25 bilhões.

Ferraz diz que a Sete possui a carta de enquadramento (aprovação) para as 21 primeiras sondas. "Essas são as que temos mais urgência de financiamento. As outras só vão começar a ser construídas daqui a três anos", disse.

##RECOMENDA##

Em março do ano passado, o BNDES havia informado que estudava, de forma preliminar, um crédito de R$ 15 bilhões para as 28 sondas. A construção dos equipamentos já começou, a maior parte no exterior, conforme antecipou a Agência Estado na semana passada.

Os recursos ainda não foram liberados, pois a parcela do BNDES está atrelada à dos financiamentos que a Sete tomará com agências internacionais de crédito à exportação (ECA, na sigla em inglês), que sofreram atraso. O BNDES financiará entre 48% e 50% do total, enquanto as agências entrarão com uma fatia entre 16% e 18%.

A variação acontece pois tanto o BNDES quanto as agências de fomento estrangeiras só financiam componentes de seus próprios países. Ou seja, o BNDES só cobrirá componentes brasileiros. A agência norueguesa Giek custeará a parcela de equipamentos encomendada na Noruega. O mesmo acontece com a norte-americana US Ex-Im, a britânica UK export finance e a alemã Hermes.

"O BNDES e as ECAs andam mais ou menos juntos. Quem está atrasado são as ECAs, principalmente o Giek", informou o executivo. Segundo Ferraz, o Giek atrasou o financiamento por causa da equipe reduzida em relação ao número de projetos. O executivo esteve pessoalmente na Noruega em março para acelerar o processo e passou a enviar uma missão a cada 15 dias ao país. "Agora eles estão com a equipe deles, que é pequena, totalmente dedicada para o desenvolvimento do nosso financiamento. Agora vai andar", estimou.

Do total de US$ 25 bilhões de investimentos, 75% virão de dívidas. Estão aí incluídos o BNDES e as agências internacionais, além de outras instituições financeiras, que podem bancar entre 7% e 12% dos projetos.

Os outros 25% virão de equity, recursos que o executivo considera garantidos. Destes, entre 70% e 85% virão dos sócios da Sete Brasil (Petrobras, fundos de pensão e bancos privados) e entre 15% e 30% dos operadores das sondas, com o porcentual variando de acordo com cada contrato. "Temos hoje dinheiro para chegar até o fim do ano", afirmou Ferraz.

Mas, com o atraso das agências, a Sete negocia a contratação de um empréstimo-ponte de US$ 3,6 bilhões no mercado. A empresa tem outros US$ 2,5 bilhões contratados. São empréstimos curtos, entre 12 e 18 meses, feitos enquanto a estrutura financeira não é fechada, de forma a evitar risco de faltar dinheiro para pagar os estaleiros. "É para evitar surpresas", disse Ferraz. "Mas está na mão".

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abandonou a controvertida política de criação de "campeãs nacionais". A informação é do presidente da instituição, Luciano Coutinho, que não concorda com o uso desse termo. "A promoção da competitividade de grandes empresas de expressão internacional é uma agenda que foi concluída", disse Coutinho, em entrevista exclusiva na sexta-feira, 19, na sede do BNDES em São Paulo.

Ele afirma que a política tinha "méritos" e chegou "até onde podia ir", porque o número de setores em que o País tem potencial para projetar empresas líderes é "limitado". O economista citou os segmentos de petroquímica, celulose, frigoríficos, siderurgia, suco de laranja e cimento. "Não enxergo outros com o mesmo potencial", frisou. Segundo ele, o BNDESPar, braço de investimentos do banco em empresas, está focado em setores inovadores, como tecnologia da informação, farmacêutico e bens de capital.

##RECOMENDA##

O incentivo às "campeãs nacionais" começou há seis anos no governo Lula, quando Coutinho já ocupava o cargo de presidente do BNDES. Com empréstimos em condições generosas e compras de participação, o banco injetou cerca de R$ 18 bilhões nos frigoríficos JBS e Marfrig, na Lácteos Brasil (LBR), na Oi, e na Fibria, conforme levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo. Algumas dessas empresas estão em situação financeira delicada, como a LBR, que pediu recuperação judicial, e o Marfrig.

Ele afirmou que "poucas instituições são tão transparentes quanto o BNDES" e garantiu que divulga todas as operações, respeitando o sigilo bancário. Por isso, não comentou a exposição do banco às empresas de Eike Batista, que sofrem uma crise de confiança, Disse apenas que está "tranquilo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mergulhado em uma grave crise de credibilidade, o Grupo X contabiliza atrasos no cronograma de vários projetos, como os portos do Sudeste e do Açu, ambos no Rio de Janeiro. A constante revisão de prazos é mais uma reclamação de investidores preocupados com os atuais rumos das empresas. Nessa quinta-feira, 18, a MMX anunciou, pela segunda vez no mês, a aprovação de empréstimo ao Porto do Sudeste pelo BNDES.

O grupo espera sacar ainda neste trimestre a primeira parcela do empréstimo de R$ 935 milhões. "Este desembolso permitirá à MMX o alongamento de parcela significativa de seu endividamento de curto prazo", informou. Em nota, a companhia ressaltou que a contratação do empréstimo representa uma etapa importante no desenvolvimento do Porto Sudeste. O anúncio beneficiou as ações da mineradora de Eike Batista, que terminaram o dia em alta de 1,7% na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa).

##RECOMENDA##

A meta inicial era que o porto começasse a operar no final de 2012. Agora, o novo cronograma prevê a entrada em operação em dezembro deste ano. Questionada pela Agência Estado, a MMX informou que precisou revisar o início das operações do Porto Sudeste "em função de atrasos no fornecimento de alguns equipamentos importados do projeto".

Um problema semelhante vive o Porto do Açu, chamado de "Roterdã dos trópicos" pelo empresário Eike Batista. A obra foi postergada em um ano e também está prevista para o final deste ano. Responsável pelo Açu, a LLX, empresa de logística do empresário, credita o atraso a uma mudança no escopo do projeto, que foi ampliado para aumentar a quantidade de movimentação de carga.

O desempenho das empresas do grupo é motivo de questionamentos. "Quem frustra as expectativas consistentemente não está azarado. O problema está na gestão", afirma Ricardo Correa, analista-chefe da Ativa Corretora. Ele lembra que, no comando das empresas X, Eike Batista criou uma "inflação de expectativas". Uma estratégia perigosa a ser desenvolvida por um grupo com tantos projetos a serem tirados do papel ao mesmo tempo.

Outro que culpa o modelo de gestão pelos atrasos acumulados em projetos do grupo é o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Segundo ele, os problemas de gestão se concentram na petroleira OGX, criada para ser a principal estrela das empresas X.

A entrada da companhia na fase comercial, com a entrega da primeira carga de óleo produzido em Waimea, na Bacia de Campos, foi adiada diversas vezes. A previsão inicial era final de 2010, mudou para setembro e outubro de 2011, depois dezembro, mas só aconteceu mesmo em janeiro de 2012.

Na Colômbia, o cronograma também está atrasado. A estimativa inicial era perfurar o primeiro poço em 2013. Agora, a companhia trabalha com uma nova previsão: primeiro semestre de 2014. Segundo Pires, os atrasos são preocupantes, mas ficam em segundo plano quando se analisa a frustração dos investidores com os rumos do grupo X. "A OGX informou números muito abaixo do esperado. A companhia se endividou demais para produzir pouco petróleo", analisou.

Apesar dos percalços das empresas da holding EBX, o diretor do CBIE se mostrou otimista em relação ao futuro do Porto do Açu. Segundo ele, o projeto é importante para o País, por isso aposta em uma ajuda do governo para viabilizar o empreendimento. "Tem investimentos que a Petrobras pode fazer por lá que não são ruins. O pior seria deixar quebrar o projeto", avaliou.

O ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Wagner Bittencourt foi nomeado para o cargo de vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no lugar de João Carlos Ferraz, que segue na diretoria da instituição. O decreto de nomeação foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 18.

Em 15 de março, Bittencourt deixou a SAC, para a qual foi nomeado o ex-vice-presidente da Caixa e ex-governador do Rio Moreira Franco, do PMDB, no contexto da minirreforma ministerial que atingiu também os ministérios do Trabalho e da Agricultura.

##RECOMENDA##

Ferraz estava na vice-presidência do BNDES desde julho de 2007. Não estão confirmadas as áreas que o diretor vai administrar. Atualmente, ele cuida das áreas de Crédito; Gestão de Riscos; Pesquisa e Acompanhamento Econômico; e Planejamento.

Ferraz tem perfil ligado ao planejamento e estudos econômicos. De 2003 a 2007, foi diretor da Divisão de Desenvolvimento Produtivo e Empresarial da Comissão Econômica para América Latina e Caribe das Nações Unidas (Cepal). Professor adjunto da UFRJ, Ferraz foi diretor do Instituto de Economia de 1998 a 2003.

Bittencourt foi o primeiro ministro da SAC, criada em abril de 2011. Funcionário de carreira do BNDES, Bittencourt foi diretor de Infraestrutura, Insumos Básicos e Estruturação de Projetos do banco de fomento de 2006 a 2011. Desde sua saída da SAC, uma volta ao BNDES era esperada.

Pela primeira vez a Caixa Econômica Federal admite que pode intermediar o empréstimo do BNDES para o Corinthians construir o Itaquerão. Em nota oficial, o banco informou ao Ministério Público Federal que estuda viabilizar a linha de crédito de R$ 400 milhões. A operação está em fase de análise preliminar.

"Os estudos relativos à eventual operação da Arena de São Paulo encontram-se em fase de avaliação interna inicial, ainda não conclusiva, sob os aspectos técnicos (jurídico, engenharia, etc), bem como em relação aos seus aspectos econômico-financeiros, não havendo, neste momento, definição quanto à proposta de empréstimo que permita um maior detalhamento da operação pretendida, sendo certo que não há previsão de celebração de contrato nem liberação de valores", diz um trecho do documento.

##RECOMENDA##

O BNDES já havia autorizado, há cerca de um ano, o empréstimo de R$ 400 milhões para viabilizar a construção do Itaquerão. A linha de crédito, no entanto, precisa ser disponibilizada por um banco repassador, pois um clube de futebol não pode receber o dinheiro diretamente. Seria o Banco do Brasil, mas as exigências bancárias pedidas não foram atendidas pelo fundo imobiliário formado por Odebrecht e Corinthians. Daí o clube iniciou conversas com a Caixa Econômica Federal e outros bancos privados. A Caixa, tendo como base suas regras internas, teria o nível menor de exigências para liberar o empréstimo.

Outro fator que ajuda o Corinthians é a boa relação que a diretoria do clube tem com a Caixa. Recentemente, as duas partes acertaram um patrocínio na camisa por R$ 30 milhões pelo período de um ano. No mercado, entende-se que a Caixa possui uma política de financiamento mais flexível e não é porque outro banco público (BB) não tenha aceitado as garantias que a Caixa teria de recusar também.

"Cada banco tem a sua política. Se um acha que a garantia é menor que o necessário, pode cobrar um spread maior, vendo a análise do risco e colocando o tamanho do juro", diz um especialista ligado ao próprio BNDES. Como o banco é o garantidor da operação, ele arca com os riscos de o fundo não pagar. Segundo o BNDES, a "operação está aprovada e tem de ser firmado o contrato com a SPE (Sociedade de Propósito Específico)".

Para o BNDES não muda nada se for a Caixa ou qualquer outro banco o repassador do dinheiro. Após o acerto - que a Caixa avisa que não foi feito -, o BNDES fará o cronograma de desembolso do dinheiro, que provavelmente será bem mais rápido que o normal, pois a comprovação de uso é mais tranquila porque o estádio do Corinthians já tem 70% de avanço. A demora em ter acesso aos R$ 400 milhões fez com que o ex-presidente do Corinthians e responsável pelo estádio, Andrés Sanchez, ameaçasse paralisar a obra. Caso a Caixa libere o empréstimo, o Corinthians e Odebrecht terão uma carência de três anos para começar a pagar o financiamento, que deverá ser quitado em dez anos.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 15,1 bilhões no primeiro trimestre de 2013, volume recorde. O resultado equivale a um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.

"A recuperação do investimento não esteve concentrada em grandes empresas e grandes projetos. O número também mostra que a comercialização de máquinas e equipamentos revela uma recuperação do investimento da base da indústria e na base da economia", disse o presidente do banco, Luciano Coutinho.

##RECOMENDA##

Segundo Coutinho, a retomada dos investimentos nas pequenas e médias empresas é uma tendência saudável para a economia. "Porque a base de micro, pequenas e médias empresas precisa melhorar em nível de automação e precisa de mais equipamentos para se tornar mais eficiente, para gerar ganho de produtividade", justificou.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá desembolsar mais recursos para empréstimos neste ano do que em 2012, quando a instituição de fomento injetou R$ 156 bilhões na economia, afirmou nesta segunda-feira, 15, o presidente do banco, Luciano Coutinho. Desde o início do ano, Coutinho tem sido reticente a fazer uma projeção para o total de desembolsos de 2013.

"Temos estimativas que estamos depurando. A expectativa é que em 2013 o banco desembolse mais do que em 2012, mas estamos depurando números e fazendo ajustes finos em relação às linhas do banco", afirmou Coutinho durante a divulgação dos desembolsos do primeiro trimestre deste ano. O BNDES desembolsou R$ 37,173 bilhões em empréstimos no período, crescimento nominal de 52% ante os três primeiros meses de 2012.

##RECOMENDA##

O presidente do BNDES voltou a dizer que o banco trabalha para concentrar seus financiamentos mais em formação de capital e com menos recursos para capital de giro. Em parte, segundo Coutinho, as projeções dependem de uma avaliação da forma do financiamento privado de longo prazo.

"O banco tem a preocupação de não se tornar tão gigante. São muitas variáveis. Temos de olhar como está crescendo o mercado de debêntures. Muitas vezes, grandes empresas preferem captar no exterior", afirmou Coutinho.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira (11) a renovação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (BNDES Profarma), com orçamento de R$ 5 bilhões. O anúncio da renovação foi feito nesta quinta-feira à tarde pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em São Paulo.

Segundo nota enviada pelo BNDES, o novo prazo de vigência do Profarma será até 2017. Além disso, foi introduzido um subprograma, o Profarma - Biotecnologia. O Profarma III terá ênfase em desenvolvimento e produção de produtos biotecnológicos e apoio a planos estruturados de pesquisa e desenvolvimento e inovação na cadeia da saúde.

##RECOMENDA##

Também foi lançado o Inova Saúde - Equipamentos Médicos, plano conjunto entre BNDES, Finep e Ministério da Saúde de apoio à inovação tecnológica no setor de equipamentos médicos e tecnologias para a saúde.

O objetivo básico do plano é fortalecer a indústria brasileira de equipamentos médicos, promovendo o desenvolvimento e a produção de novos equipamentos e dispositivos, assim como o domínio de tecnologias prioritárias voltadas a atender às demandas de saúde no País.

O Inova Saúde - Equipamentos Médicos se insere no âmbito do Inova Empresa, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em março passado, e terá orçamento de R$ 600 milhões, sendo R$ 275 milhões do BNDES; igual valor da Finep, e R$ 50 milhões do Ministério da Saúde. O programa será operacionalizado por meio de edital conjunto de chamada pública nos quais os projetos serão avaliados por um comitê formado por membros das três instituições.

O Programa BNDES Profarma já aprovou 88 operações, com total de financiamento de cerca de R$ 1,9 bilhão. Desse total, 46% (R$ 856 milhões) são voltados para o financiamento à produção, 31% (R$ 582 milhões) à inovação, 18% (R$ 347 milhões) à reestruturação de empresas e 5% (R$ 100 milhões) à exportação. Incluindo projetos em análise ou consulta, a carteira chega a 97 projetos, no valor de R$ 5 bilhões em investimentos e cerca de R$ 3 bilhões em financiamentos.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acompanha a situação das companhias aéreas, disse, nesta segunda-feira, o presidente Luciano Coutinho com exclusividade à Agência Estado. A direção do banco estatal de fomento teve um encontro oficial recentemente com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Moreira Franco para discutir o assunto. "Tivemos reunião com ele, que pediu para observarmos a situação do setor", afirmou Coutinho, ressaltando que o banco já acompanha as aéreas.

"É um setor de infraestrutura importante. As empresas apresentaram resultados não muito animadores", comentou Coutinho. Gol e TAM registraram prejuízo consolidado em 2012. "É preciso atenção para com as causas (dos resultados), do ângulo setorial", disse. Questionado sobre se o BNDES estuda conceder financiamentos para ajudar o setor no curto prazo, Coutinho respondeu: "Há várias iniciativas que não são necessariamente na área de crédito. Temos de entender as origens dos problemas para poder corrigir".

##RECOMENDA##

Nesta sexta (5), em Souza - PB, acontece o lançamento do edital do Programa de Cultura Banco do Nordeste/BNDES – Edição 2013. São, ao todo, R$ 8 milhões destinados ao fomento em diversas áreas artísticas. O Banco do Nordeste também realiza 45 oficinas para orientar os interessados em relação às regras e ao preenchimento do formulário de inscrição.

Os projetos podem ser inscritos nas áreas: artes integradas, artes visuais, audiovisual, dança, literatura, música, patrimônio e teatro & circo. O prazo para a inscrição vai até o dia 11 de maio. O resultado com os projetos selecionados será divulgada no dia 19 de agosto.

O Edital e o formulário de inscrição estarão disponíveis para consulta na página do Banco do Nordeste.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando