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O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado Carlos Zarattini (SP), e o líder do partido no Senado, Lindbergh Farias (RJ), divulgaram nota conjunta para criticar os vetos assinados ontem pelo presidente Michel Temer no texto da reforma política. ""As Bancadas do Partido dos Trabalhadores na Câmara e no Senado vão lutar, junto com outros partidos, para derrubar os vetos de Temer", afirmam.

"As bancadas do PT na Câmara e no Senado repudiam os vetos do presidente Michel Temer a artigos fundamentais da reforma política aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional", diz a nota. "Os vetos ao teto de autofinanciamento de candidatos e de doações privilegiam os que têm mais recursos financeiros e acesso ao grande capital, configurando grave distorção da democracia. Temer violou a soberania do Congresso Nacional e fez uma opção por privilegiar o dinheiro nas eleições", completam.

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Temer sancionou ontem a reforma política aprovada pelo Congresso e vetou dois pontos da legislação que passa a regular as eleições. No caso mais polêmico, Temer decidiu retirar o artigo incluído na madrugada de anteontem pelos deputados que poderia levar a uma censura prévia na internet. Ele também vetou outro artigo que revogava a regra atual que permite o financiamento de até 100% das campanhas com recursos próprios, o que beneficia candidatos que possuem mais recursos financeiros.

Para os parlamentares petistas, o veto a doações de pessoas físicas a dez salários mínimos, mantendo a redação da lei atual, que prevê doações de até 10% de seu rendimento bruto, é "outro retrocesso inconcebível"." Em resumo, os dois vetos de Temer privilegiam candidatos com proximidade ao grande capital ou que tenham grandes fortunas. Tenta-se criar, assim, a democracia dos ricos, uma plutocracia em pleno século 21", escreveram.

Os petistas dizem ainda que a reforma política avançou em pontos importantes, como o estabelecimento de cláusulas de barreira, o fim das coligações, a instituição de um fundo eleitoral e a criação do teto de gastos. "Temer, porém, ao promover os vetos, alterou de forma radical a estrutura central do que foi aprovado", criticam.

"Avanços democráticos foram anulados com uma só canetada por um presidente que deixa claro que está ao lado daqueles que tentam, neste momento, criar fundos de apoio a candidatos alinhados a interesses externos e a setores privilegiados da sociedade brasileira", completam.

Zarattini e Lindbergh Farias dizem ainda que o PT atuou para garantir um sistema eleitoral mais justo, "a fim de tornar as eleições mais democráticas e equilibradas, e acabar de vez com o financiamento empresarial no País".

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), reagiu hoje ao depoimento do ex-ministro dos governos petistas Antonio Palocci, que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ação sobre propinas da Odebrecht. Para Zarattini, Palocci não apresentou provas.

"É tudo um disse, disse. Se tiver alguma prova de que esses 'disses' estão gravados... Mas me parece que é muito difícil ter uma comprovação. Para condenar o Lula, vão ter que usar a teoria do domínio de fato, que vamos ter que aplicar aí para o Janot, que sabia que Miller negociava a delação com a JBS", disse o deputado petista.

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Zarattini se referia ao ex-procurador da República Marcelo Miller, que era um dos principais auxiliares do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, na PGR, mas que deixou o órgão no início deste ano para virar advogado de escritório que atendia o grupo J&F. Coube a Miller, por exemplo, negociar o acordo de leniência do grupo.

Nesta semana, Janot determinou abertura de investigação para apurar irregularidades na delação do empresário Joesley Batista e mais dois delatores do grupo J&F: Ricardo Saud e Francisco de Assis Silva. A decisão foi tomada com base em áudio de conversa entre Joesley e Saud, que revela o que Janot chamou de indícios de "crimes gravíssimos" de Miller.

O líder do PT ainda criticou o sistema de delações premiadas, o qual Palocci negocia. "Nesse sistema que está sendo usado, o cara é condenado a penas altíssimas e aí oferecem a ele uma porta de saída, que é incriminar alguém, de preferência o Lula. Se fizer isso, vai obter redução de pena", declarou.

Palocci incriminou Lula durante depoimento nesta quarta-feira, 6, ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância. O ex-ministro da Fazenda de Lula disse que o ex-presidente avalizou pagamento de R$ 300 milhões em propina ao PT pela Odebrecht entre o final de seu governo e os primeiros anos do governo Dilma.

O anúncio de privatização da Eletrobras dividiu aliados do governo e membros da oposição na Câmara dos Deputados. Elogiada pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, a noticia de desestatização da empresa do setor elétrico foi criticada pelo líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP). De acordo com Maia, o anuncio da privatização é “notícia histórica”.

“O Brasil precisa existir para atender às pessoas que precisam do governo. O governo precisa estar focado em saúde, educação e segurança, é o discurso que todos fazem. Acho que a decisão de privatizar a Eletrobras vai nessa linha. Não tem nenhuma necessidade de o governo ter o controle e a gestão da Eletrobras porque a gente viu que, nos últimos anos, principalmente no governo do PT e da presidente Dilma, foram desastrosos”, disse Rodrigo Maia.

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Para o presidente da Câmara, o mais importante é saber se o cidadão está sendo bem atendido. “Privatizar a Eletrobras, garantir uma melhor gestão, garantindo que a tarifa de energia possa cair, nós estamos atendendo o nosso objetivo”, disse. “Nós precisamos que as empresas que têm capital público atendam aos brasileiros, independente de quem é a gestão”, acrescentou.

Já o deputado Carlos Zarattini (SP) disse que a medida reflete a dificuldade do governo federal em fechar as contas. “Nós achamos isso um verdadeiro absurdo. A Eletrobras é um patrimônio nacional, sustentou o setor elétrico até agora. Nós não temos falta de energia no Brasil, desde o famigerado apagão em 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso”, disse.

Segundo Zarattini, a privatização da Eletrobras não vai garantir a melhora no setor elétrico. “Nós não temos tido apagão porque o modelo que está implantado deu certo, funciona, garante energia para os brasileiros. Na medida em que isso vai para as mãos da iniciativa privada, nada garante que vai ter uma expansão no sistema elétrico em nosso país”.

Além do líder, em nota, a bancada do PT na Câmara repudiou o anuncio de privatização da Eletrobras. “O governo propõe a privatização do Setor Elétrico Nacional sem levar sequer em consideração impedimentos constitucionais referentes ao controle da Eletronuclear e aos acordos binacionais”.

Para o líder do DEM, Efraim Filho (PB), a desestatização é uma medida modernizadora que vai atender as necessidades de se implantar um estado mais eficiente. De acordo ele, um processo bem conduzido e feito com lisura e respeito às regras de mercado tende a beneficiar a população na melhoria dos serviços e no barateamento dos preços. “Há tempos, a Eletrobras não tem capacidade de investimento. Para voltar a ter uma condição sustentável, necessitaria de aporte financeiro por parte do governo federal, o que é muito difícil considerando a situação fiscal precária que enfrentamos”, afirmou o deputado.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) criticou a política econômica do presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e afirmou que o governo terá que aumentar a meta de déficit primário. "Provavelmente governo terá que encaminhar projeto para aumentar déficit."

Zarattini também criticou em seu discurso a reforma trabalhista, dizendo que ela retirou direitos dos brasileiros. "O poder patronal foi substancialmente aumentado." O deputado ressaltou ainda que a reforma da Previdência é excludente e impede os brasileiros de se aposentarem.

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O parlamentar criticou a austeridade do governo e o aumento do déficit público. Segundo ele, Temer quer desmontar o parque industrial brasileiro e ainda entregar o petróleo do pré-sal para estrangeiros, além de vender usinas da Eletrobras a baixos preços, disse Zarattini em seu discurso. "Estamos prontos para votar pelo afastamento de Michel Temer", afirmou o deputado paulista.

"A economia já está completamente desestabilizada, está em ruínas", disse Zarattini, ressaltando que daqui a pouco faltará orçamento, entre outros setores, para o Exército, para a saúde e para a Força de Segurança Nacional.

O parlamentar acusou a bancada ruralista de ter se 'vendido' a Temer. "A bancada ruralista foi comprada. Querem aprovar a venda de terra para estrangeiros." O deputado disse ainda que a gestão do governo de Michel Temer "foi por terra" e que o Planalto liberou recursos para pagar emendas em trocas de votos favoráveis ao governo.

Zarattini afirmou que a oposição não vai colaborar para que o presidente Michel Temer tenha o número mínimo de parlamentares para votar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República hoje na Câmara. "A opinião pública se posiciona pelo afastamento de Temer e eleições diretas."

Logo após Zarattini, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) também mencionou o nome de Meirelles em seu discurso, mas para defender o ministro. "Quando Meirelles joga no time deles (o PT), presta, quando não, não presta", afirmou.

O parlamentar disse que a hora é de responsabilidade e falta apenas um ano e meio para terminar o mandato de Temer. "Nunca tivemos tanto diálogo com o governo como agora. Fica Temer."

Líder do PT na Câmara, o deputado federal Carlos Zarattini (SP) criticou, nesta terça-feira (20), os petistas que torcem para que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB) feito pela Procuradoria-Geral da República. "Vi vários do PT torcendo pela prisão dele. Isso é um equívoco. Não podemos torcer por um ataque sem nenhum princípio às pessoas", afirmou o parlamentar à reportagem.

A Primeira Turma do STF julga hoje os recursos contra a decisão do ministro Edson Fachin de afastar Aécio do cargo e o pedido de prisão do tucano feito pela PGR. A defesa do senador solicitou que o Supremo devolva a ele as funções parlamentares.

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Na avaliação de Zarattini, uma eventual prisão só poderia ocorrer em dois cenários. "Ele é um senador. Sendo assim, só poderia ser preso se fosse em flagrante ou se estivesse cometendo um crime continuado. Aquela acusação de que Aécio estaria obstruindo a justiça por estar em uma reunião fazendo política não faz sentido. Pelo amor de Deus... Fazer política não é crime continuado", avaliou.

No dia 2 de junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia contra o senador afastado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça com base nas delações de executivos da JBS. Aécio aparece em áudio pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista que seriam destinados, segundo o tucano, ao pagamento de despesas com sua defesa.

Defesa

Em nota divulgada na semana passada, a defesa do senador Aécio Neves reafirma "que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benefício da impunidade penal. O empréstimo não envolveu dinheiro público e nenhuma contrapartida por parte do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou corrupção. O senador tem convicção de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos".

A Câmara dos Deputados deu início a sessão deliberativa desta quarta-feira (26) que pode analisar a proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16) aprovada na comissão especial nessa terça (25). O texto, que tramita em regime de urgência e pode ser discutido e votado ainda hoje pelos deputados, é o último substitutivo proposto pelo relator da matéria, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). 

A matéria é alvo de diversas polêmicas por modificar a legislação trabalhista. No começo da sessão, o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), apresentou um requerimento que pede a retirada do texto de pauta. 

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Ao encaminhar favoravelmente a retirada de pauta, o líder da Rede, deputado Alessandro Mollon (RJ), disse que Câmara está prestes a analisar uma reforma trabalhista que, na opinião dele, “ataca diretamente direitos conquistados pelos trabalhadores” ao longo de décadas.

“Alguns parlamentares vão dizer que nenhum direito está sendo retirado. Mentira! Quem votar nessa reforma, vai votar pela sua demissão, trabalhador, e pela sua recontratação como empregado terceirizado com menos direitos, sem direito a vale-refeição, a plano de saúde e podendo ganhar salário menor”, alertou Mollon. “ Vamos lutar o dia inteiro para impedir a votação dessa proposta”, cravou.

Já o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) desafiou Mollon e disse que vai ficar o dia todo em Plenário esperando que o deputado da Rede aponte quando algum direito constitucional esteja sendo mudado na reforma trabalhista. “Aí nós vamos saber quem está mentindo para o povo, quem está usando a mentira porque não tem argumento para votar contra a reforma”, provocou Torres. 

Os deputados estão analisando o requerimento. Movimentos sociais, centrais sindicais e associações de diversos setores acompanham a sessão. 

Pontos da matéria

O projeto permite que a negociação entre empresas e trabalhadores se sobreponha a lei em pontos como parcelamento das férias em até três vezes, jornada de trabalho de até 12 horas diárias, plano de cargos e salários, banco de horas e trabalho em casa.

Além disso, também proíbe uma empresa de recontratar, como terceirizado, o serviço de empregado demitido por essa mesma empresa. Entre outras alterações pontuais, o relator decidiu retirar categorias regidas por legislação específica, como os aeroviários, da lista de trabalhadores que podem ser contratados por meio de contratos de trabalho intermitente.

A reforma trabalhista precisa de maioria simples de votos para ser aprovada. A oposição continua tentando impedir a votação da proposta apresentando uma série de requerimentos e questões de ordem. A proposta, inclusive, é tema de manifestações previstas para acontecer em todo o país na próxima sexta-feira (28). 

Acompanhe:

*Com a Agência Câmara

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini, afirmou nesta quinta-feira, 9, que a bancada do partido vai obstruir as votações da Casa se não ficarem com nenhum cargo de direção na comissão especial da reforma da previdência ou no colegiado que vai analisar a reforma trabalhista.

Estão definidos pré-definidos na Comissão da Previdência Carlos Marun (PMDB) para a presidência e Arthur Maia (PPS) para a relatoria. A comissão da reforma trabalhista deverá ter o deputado Rogério Marinho (PSDB) como relator. O presidente do colegiado ainda será definido.

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Em entrevista coletiva, Zarattini afirmou que há 22 Medidas Provisórias a serem analisadas e que não há disposição dos petistas para analisá-las. "Somos a segunda maior bancada e não podemos ser excluídos, como ter sido feito", afirmou Zarattini. O deputado disse que irá obstruir todas as medidas caso o PT não ganhe um posto na mesa de comissões.

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