Com uma risada inconfundível e muita emoção ao falar, a cantora Fafá de Belém revelou detalhes da programação da Varanda de Nazaré no Círio deste ano. O espaço será aberto pela sétima vez, na Estação das Docas, para convidados da artista paraense.

Entre os famosos estarão presentes os atores Ícaro Silva, Dandara Mariana, Maria Fernanda Cândido, o apresentador Zeca Camargo e a autora da novela "A Força do Querer", Glória Perez. "É a primeira vez que ela vem a Belém. A Glória será agraciada na Festa da Chiquita, com o 'Viado de Ouro', e ficou supercontente com a homenagem, agradecendo a lembrança," revelou Fafá.

Fafá agradeceu o carinho e apoio das pessoas ao projeto e contou que faz sempre questão de levar a cultura paraense a todos os lugares. "Estou muito feliz. Que venham outras varandas com outros olhares. A nossa é festa é gigantesca, com vários sotaques e inclusiva, não exclusiva”, comentou. “A ideia da Varanda é trazer um olhar diferenciado, para quem não conhece ou não tinha como assistir ao Círio de Nazaré. Mas, além de tudo, trazer um olhar de formadores de opinião que olhem para o nosso Estado”, completou.

A cantora abre a programação na sexta-feira (6), com a apresentação do Coral dos idosos do asilo Pão de Santo Antônio. "Epaminondas Gustavo, o caboclo conhecido no Brasil inteiro, vai estar na abertura junto comigo; assim como Juliana Sinimbú, Lia Sophia, Felipe Cordeiro, entre outros. O Sarau, como é chamado, é um palco aberto, como a Varanda. Quem quiser pode vir, e se quiser pegar o microfone e cantar, fique à vontade", disse Fafá. Na quinta-feira (5), a cantora fará show no Theatro da Paz, e todas as pessoas que doarem para o abrigo Pão de Santo Antônio ganham desconto nos ingressos.

Outra novidade da Varanda nesta edição é que todos os materiais comprados para a instalação do espaço serão doados para as instituições Creche de Santa Terezinha e Pão de Santo Antônio. E ao final dos festejos será realizado um leilão da Berlinda utilizada pela cantora durante esses sete anos. A arrecadação total será enviada para as duas instituições. “A Varanda deste ano é diferenciada. Todos nós fizemos um trabalho social mais discreto. Este ano daremos um passo maior. Além do show do Teatro da Paz, quem doar terá descontos nos ingressos, teremos um leilão que incentiva ainda mais doações “, contou. Veja entrevista no vídeo abaixo.

Por Ariela Motizuki.

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A Embrapa Amazônia Oriental lança nesta terça-feira (3) uma página especial intitulada “Embrapa no Círio”, que vai mostrar como a pesquisa agropecuária faz parte do dia a dia das pessoas. Neste caso, revelando em um vasto acervo, que abrange desde publicações técnicas a conteúdos audiovisuais, como tradição e pesquisa se interligam em uma das festividades mais queridas do povo paraense, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Todos os anos, no segundo domingo do mês de outubro, cerca de dois milhões de romeiros se reúnem pelas ruas da capital paraense durante a procissão principal do Círio de Nazaré. Mas a festividade de tradição católica, uma das maiores do mundo, extrapola as questões religiosas e há mais de 220 anos movimenta a cultura, produção e toda a economia do Estado.

Na página especial foram eleitos seis produtos que estão presentes em um dos momentos mais tradicionais da festa, o almoço do Círio, com uma mostra de como a pesquisa, mesmo que possivelmente despercebida aos olhos menos atentos, está presente no tucupi, maniva, jambu, farinha e nas frutas como bacuri e o cupuaçu, itens indispensáveis à gastronomia ciriana e regional.

Para o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri, a página especial realça a importância da pesquisa e das tecnologias da Embrapa. “Ao identificar materiais genéticos de melhor qualidade da mandioca, por exemplo, a pesquisa impacta em maior produtividade, em tecnologias de aumentam e melhoram a produção dos diversos produtos oriundos dessa planta tão importante”, explica. “E o aumento da produtividade, a criação de novos produtos, e de formas mais seguras de produzir, agregam valor e renda, o que nos orgulha, pois traz desenvolvimento social e econômico aos produtores e ao estado”, enfatiza Venturieri.

O Círio de 2016 injetou na economia paraense mais de R$ 1 bilhão em praticamente todos os setores econômicos, com destaque para o turismo, comércio, indústria e o setor agrícola. Segundo o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas do Pará (Dieese/PA), somente nos 15 dias da quadra nazarena o número de pessoas empregadas em Belém foi superior a 60 mil (cerca de 95 % no mercado informal da cidade).

Conheça um pouco mais do trabalho da Embrapa Amazônia Oriental em cada um desses produtos e se delicie com os sabores e saberes. Acesse: https://www.embrapa.br/embrapa-no-cirio

Por Kélem Cabral, da assessoria da Embrapa.

Como parte da programação do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, todos os anos, desde 2004, o Círio Musical reúne milhares de pessoas na Praça Santuário, em Nazaré. Este ano a programação de shows vai de 8 a 21 de outubro.

O Círio Musical 2017 terá grandes nomes da música católica, como Anjos de Resgate, Adriana Arydes, Tony Alysson, Missionário Shalom, Adoração e Vida, Rosa de Saron e Eliana Ribeiro, que vai abrir a programação no segundo domingo de outubro, data do Círio de Nazaré. Helena Guerra, organizadora do Círio Musical, lembra que a iniciativa começou em 2004, com apenas três noites de programação. Na edição de 2017 o Círio Musical conta com 15 dias de apresentações. “O Círio Musical começou em 2004, com três noites; em 2005 foram oito noites e a partir de 2006 passou a ser nos 15 dias da festa. Estou lá, pela graça de Deus, desde 2004 e no planejamento dessas três noites tive a graça de participar da escolha dos cantores", disse.

A organizadora informou que os preparativos estão a todo vapor, e que a grade da programação já havia sido fechada desde do primeiro semestre. “Estamos a todo vapor, com quase tudo pronto, na fase final da compra das passagens, fechamento com hotel. Estamos só alinhavando, pois a grade mesmo nós fechamos já no primeiro semestre”, afirmou Helena.

A escolha das bandas é pensada para atrair jovens e adolescentes, de acordo com a receptividade do público no ano anterior. “Como é um evento para a juventude, a diretoria participa das 15 noites, olhando a receptividade. Volta aquele que mais agradou ao público, pelas criticas e indicações que são feitas no próprio site da diretoria e da Basílica, além dos pedidos”, explicou.

Helena destacou a importância da música para a evangelização. “A música tem a capacidade de amolecer o coração endurecido do homem. Faz essa abertura do coração para que a evangelização possa acontecer. Juntamente com o show, ao mesmo tempo, está acontecendo uma evangelização na praça, de pessoa a pessoa. É um circuito, é um show. Oração e aconselhamento”, explicou.

A última atração do evento, o “Canto das Írias”, é uma peça da Comunidade Católica Shalom, que apresenta a experiência de um homem que é resgatado espiritualmente. “O 'Canto das Írias' passa a experiência de um homem que é resgatado da vida velha para a vida nova, então ele passa essa mensagem. Eu fico ali em cima do palco sentada, podendo olhar os olhos dos jovens que estão assistindo, muitos brilhando de lágrimas, outros chorando mesmo, pois a mensagem é muito forte”, afirmou. O Círio Musical é promovido pela Diretoria da Festa de Nazaré com apoio da Comunidade Católica Shalom.

Serviço

08/10- Eliana Ribeiro

09/10- Anjos de Resgate

10/10- Davidson Silva

11/10- Adriana Arydes

12/10- Gil Monteiro

13/10- Tony Alysson

14/10- Banda Dom

15/10- Dalvimar Gallo

16/10- Pe. Ezequiel

17/10- Cristo Alegria

18/10- Pe. Sidney

19/10- Rosa de Saron

20/10- Adoração e Vida

21/10- Missionário Shalom

22/10- Canto das Írias 

Por Maria Clara Silva.

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Você realmente acredita que o Planeta Terra não acabou em 2012? Acompanhe a história de Renato para desvendar o que de fato aconteceu sem ninguém perceber. As ações se desenrolam durante a semana do Círio em um ritmo frenético onde o final de cada capítulo é apenas a ansiedade pelo início do próximo. Surpreenda-se com as verdades por trás das mitologias e suas ligações com a milenar e secreta batalha entre aqueles que se dizem anjos e demônios.

Essa é a sinopse oficial do livro "Renato e a Trasladação", do escritor paraense A.J. Moraes. Em mais de 400 páginas, o autor mistura elementos da religião cristã, como anjos e demônios, e tradições da cultura paraense, como o Círio de Nazaré, em uma obra totalmente original e inovadora.

Professor de Inglês e Espanhol, radialista, humorista e escritor, Armando Moraes, ou simplesmente A.J. Moraes, com é conhecido, está com 35 anos e é formado em Direito e Letras pela Universidade da Amazônia (Unama). Ele conta que queria escrever um livro de aventura, nos moldes clássicos, que se passasse em Belém do Pará. “Meu livro, 'Renato e a Trasladação', foi a tentativa e a materialização de um projeto. Eu queria muito escrever um livro de aventura; um livro que contasse com magia, heróis e vilões nos moldes clássicos. Eu fiquei prestando atenção em livros como 'Harry Potter', 'Senhor dos Anéis', 'Percy Jackson'. Eu acho esses livros fabulosos. E eu ficava pensando que todas essas histórias se passam em locais como Londres, Nova Iorque, Paris. Foi então que eu pensei: Por que não Belém? Por que não uma história épica aqui na nossa região? O que é que tem de mais chamativo aqui? Círio de Nazaré. Então eu pensei em criar uma aventura mitológica que fala da guerra entre anjos e demônios, numa batalha específica, durante a semana do Círio, com a profecia do fim do mundo do ano de 2012”, explicou.

O autor revelou que teve uma ajuda “famosa” nas ilustrações da obra. “Eu tive a honra, na produção, de contar com os desenhos, na capa e nas 46 ilustrações do livro, do mundialmente famoso quadrinhista da Marvel, Joe Bennett, que é um profissional superpremiado. Ele fez desenhos do Ironman, Thor, Capitão América, Homem-Aranha, entre outros. Ou seja, é alguém muito conceituado.”

A.J. Moraes também contou que existe uma grande dificuldade em provar que um produto feito no Brasil tem qualidade. “A maior dificuldade ainda é você conseguir mostrar para as pessoas que uma coisa feita no Brasil, por um brasileiro, presta. As pessoas ainda estão em um passado, presas em nomes maravilhosos da nossa literatura, como Machado de Assis, Cecília Meirelles e Carlos Drummond de Andrade. Mas parece que eles estão tão distantes de nós, que há 20 ou 30 anos que não se tem produção, mas temos. Temos vários autores brasileiros suando a camisa, poetas inclusive.”

Para Armando, tolerância é a mensagem central da obra. “A mensagem central do meu livro é: seja tolerante com quem é diferente de você. Nós temos dicotomias abordadas por todo o livro, como entre o ateu e o teólogo; entre o partidário e o apolítico; entre a direita e a esquerda; o rico e o pobre; o novo e o velho. O livro traz a mensagem de que, para conquistarmos um mundo melhor, nós precisamos tolerar”, explicou.

Lançado em 2013 de maneira independente, o livro ganhou notoriedade e teve seus direitos de publicação comprados pela editora portuguesa Chiado. O sucesso de "Renato e a Trasladação" mostra uma ascensão de escritores de literatura fantástica no Brasil, que já tem nomes fortes como Eduardo Spohr, autor do livro "A Batalha do Apocalipse" e da trilogia "Filhos do Éden"; André Vianco, autor da Saga "O Vampiro Rei" e da trilogia "O Turno"; e Raphael Draccon, autor das trilogias "Dragões de Éter" e "Legado Ranger". No Pará, A.J. Moraes se junta a Roberta Spindler, autora do livro "A Torre Acima do Véu", como nomes fortes do Estado na literatura fantástica nacional.

"Renato e a Trasladação" é somente o primeiro livro de uma trilogia. O segundo volume está previsto para ser lançado em dezembro 2017, e o terceiro, em dezembro de 2020. Para conhecer mais sobre a obra, basta acessar a página oficial do livro no facebook em https://www.facebook.com/renatoeatrasladacao/

Por Gabriel Rodrigues.

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Trinta estudantes do curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (Unama) participaram da cobertura experimental do Círio 2016, durante as principais romarias e procissões que integram uma das maiores festas religiosas do Brasil. É a primeira vez que os universitários de Jornalismo e Publicidade e Propaganda acompanharam a programação e produziram conteúdos para rádio, TV, fotografia e digital com a tutoria de professores e técnicos. 

O curso de Comunicação Social conta com três grandes projetos de mídias, que recebem, todos os semestres, dezenas de estudantes para estágios, com a orientação de professores mestres e doutores, com experiência comprovada em suas áreas de atuação na prática: a Rádio Unama FM 105.5, a TV Unama e o portal de notícias Leia Já Pará, além do departamento de fotografia e fotojornalismo. Todas as atividades também têm como base os laboratórios de comunicação dos campi Alcindo Cacela e BR.

Foram três dias de intensa cobertura dos principais eventos do Círio, desde o Traslado da imagem peregrina na sexta-feira (7), as romarias do sábado (9) e a grande procissão de domingo (10) pela manhã. De acordo com o diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), professor Mário Tito Almeida, estas ações comprovam a qualidade do curso de Comunicação Social da Unama, que permite a formação de profissionais competentes e humanizados.

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Rádio Unama - A cobertura ao vivo da Rádio Unama FM 105.5 nos três dias contou com a participação de cinco profissionais – entre eles repórteres, locutores e editores –, que orientaram 12 estagiários e estudantes de jornalismo. “Nossos alunos tiveram a oportunidade de lidar pela primeira vez com eventos dessa magnitude, que envolvem muitas experiências da prática do jornalismo”, destacou o professor Rodolfo Marques, coordenador da Rádio Unama.

Portal LeiaJá - A regional Pará do portal de notícias LeiaJá produziu conteúdos que ganharam destaque nacional, seja na reportagem quanto na cobertura ao vivo pelo Twitter, com vídeos e imagens direto dos principais pontos das procissões. Coordenado pelos professores Antônio Carlos Pimentel e Thiago Barros, a regional baseada na Unama contou com a participação de oito estagiários e alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

“Cobrir um evento da grandeza do Círio significa experiência e pontos no currículo de quem está sendo preparado para o mercado de trabalho”, destaca Antônio Carlos Pimentel. “Um dos diferenciais dessa iniciativa é a possibilidade de trabalharmos em conjunto com a TV, rádio e laboratórios da Unama, justamente porque a internet permite a convergência desses conteúdos. Portal, TV Unama e Rádio Unama trabalham de forma integrada e multimidia”, acrescenta Thiago Barros.

Laboratório de fotografia - O departamento de fotografia e fotojornalismo proporcionou a cinco alunas a possibilidade de cobrir o Círio pela primeira vez, diretamente dos pontos de concentração dos principais profissionais do Estado. “É uma oportunidade para que nossos alunos tenham contato com uma cobertura em fotojornalismo dessa proporção e conheçam de perto o trabalho de profissionais e experimentem na pratica”, destacou o professor responsável, Bruno Carachesti. As imagens também podem ser conferidas no LeiaJá Pará.

TV Unama - A cobertura da TV Unama contou com a participação de quatro estagiários e estudantes de Comunicação, além do apoio da equipe de técnicos, repórteres cinematográficos e editores. Parte do trabalho pode ser conferido no LeiaJá Pará e na RBA TV, aos sábados e domingos, dentro do programa Espaço Universitário. “Essa cobertura, com certeza, vai ser inesquecível para os alunos. É uma oportunidade única de fazer jornalismo”, afirma a professora Renata Ferreira, coordenadora da TV Unama.

Diferencial - Para o coordenador do curso de Comunicação Social da Unama, professor Mário Camarão, a instituição oferece um espaço diferenciado para que o talento dos alunos seja trabalhado. “Acredito que seja um espaço dedicado à experimentação e uma oportunidade aos alunos de experienciar um momento único: o de vivenciar a prática jornalística ao lado dos professores, dos técnicos e de outros profissionais do mercado. Isso faz com que nossos estudantes tenham um diferencial; a qualificação necessária para enfrentar o mercado cada vez mais exigente e multimídia”, destaca o coordenador. 

Este ambiente motiva os alunos no caminho da inovação e os posiciona no mercado de trabalho antes mesmo do término do curso. Para a estudante de Jornalismo e estagiária do portal LeiaJá Pará Raiany Pinheiro, a cobertura do Círio 2016 trouxe uma grande carga de aprendizado. “O projeto LeiaJá tem contribuído para o meu crescimento e graças a ele pude trabalhar na cobertura de um evento tão especial para os paraenses”.

“Essa primeira experiência foi positivamente inesquecível à minha carreira profissional, que ainda está começando”, destaca o estudante de jornalismo e estagiário da Rádio Unama FM Mateus Miranda. Para o estudante de jornalismo e estagiário da TV Unama Leandro Muller, a cobertura do Círio foi emocionante. “Tivemos a oportunidade de entrar em contato com pessoas importantes, como o arcebispo de Belém, além de outros personagens que vivenciam aquele momento. Isso sim é fazer reportagem”.

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é celebrado há mais de 200 anos. O percurso é recheado de emoção e fé dos devotos, muitos de lugar distantes de Belém. Todos os anos a procissão conta com a ajuda de vários grupos.

Pela Defesa Civil, João Gabriel, coordenador do Posto Semad (Secretaria Municipal de Administração), contou que sua motivação veio através de amigos e familiares, que o convidaram a participar de início como voluntário. João também já fez parte de ações com o pessoal do Exército e Resgate. “Isso, pra mim, foi mais uma experiência que adquiri na vida, é uma grande honra poder ajudar, acolher as pessoas e orientar para que elas possam fazer o mesmo e ajudar o próximo. Que tudo isso sirva como exemplo para nós, nossos filhos e outras pessoas. Estamos juntos com a nossa mãe, mesmo não estando pagando as próprias promessas, mas o que fazemos para outras pessoas já é uma dádiva, uma gratificação”, disse.

Hanvalgleber Silva, de 24 anos, servidor público, estava dando apoio no posto. Ele disse que sempre teve vontade de ajudar os devotos. Acompanhava pela televisão e, para pagar uma promessa, se inscreveu na Defesa Civil.  “Já estou há quatro anos participando, e agora estou ajudando na coordenação, como socorrista. Está sendo um experiência incrível, porque conseguimos ajudar o próximo. Receber o obrigado das pessoas vale muito, mais que dinheiro, é bem gratificante”, contou.

Eliane Nunes Figueiredo, de 24 anos, gerente administrativa da Semad, sempre acompanhou a procissão como promesseira, junto com os familiares. Ao perceber a movimentação da multidão e a necessidade de apoio, principalmente das pessoas que acompanhavam a corda, se sentiu sensibilizada e procurou a Defesa Civil para servir como voluntária. “Consegui o primeiro ano e esse já é o meu quarto. Hoje estou também como promesseira e como devota. A cada ano, o Círio cresce cada vez mais, não só dentro da nossa religião, o catolicismo, mas também das outras religiões. Fico muito feliz em fazer parte, de estar ajudando e se Deus quiser, ano que vem, estaremos de volta aqui”, falou.

Ainda na avenida Nazaré, outro grupo de de apoio trabalhava na prevenção ao longo da procissão do Círio. O Corpo de Bombeiros, segundo o capitão Wagner Silva, estava dividido em cinco Zonas de Prevenção, com 40 pessoas distribuídas entre o edifício Manuel Pinto da Silva e a avenida Generalíssimo Deodoro.

O capitão Wagner Silva atuava como subcomandante da Zona de Prevenção 4. “Fico muito emocionado por ver essa manifestação de fé das pessoas e sinto muito orgulho de ter a possibilidade de contribuir e proteger as pessoas que vêm pela sua fé. Isso é muito importante para cada um, isso aviva dentro de nós o espírito cristão, a questão humanitária também, é excelente. Tenho orgulho de ser bombeiro, de poder trabalhar no Círio de Nazaré”, contou o capitão.

O cabo Do Carmo, componente de prevenção e guarnição, disse que sua motivação vem do amor ao próximo e valoriza isso dentro de sua profissão. “Saber que podemos cumprir nosso dever com eles, o obrigado de uma pessoa que a gente ajuda, não tem preço.”

O Corpo de Bombeiros treina regularmente seus homens para ocasiões de prevenção parecidas com essa e coloca em prática durante o Círio e outros eventos. “Fazemos de tudo para que tenhamos êxito em todo tipo de atendimento. A melhor atuação que podemos ter é a prevenção”, concluiu o cabo.

Por Biatriz Mendes.

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A Universidade da Amazônia (Unama) participou das festividades do Círio de Nossa Senhora de Nazaré 2016 com uma ação voluntária que envolveu alunos e funcionários da instituição. Na manhã de domingo (9), um grupo trabalhou, ativamente, dando assistência aos romeiros. O posto da ação ficou na travessa Dr. Moraes, entre avenidas Nazaré e Governador José Malcher, centro de Belém.

O Círio, para funcionários e alunos da Unama, começa no momento em que a Santa vai ao campus Alcindo Cacela, onde celebra-se uma missa, na ocasião das visitas da imagem aos mais diversos órgãos públicos e instituições. Na sexta-feira, durante a Romaria Rodoviária, a imagem peregrina vai para o Campus BR, entra na universidade e lá recebe uma bela homenagem da comunidade acadêmica.

Nas romarias do sábado à noite, a Trasladação, e na procissão do Círio a equipe da Unama entregou ventarolas, bate-bate e copos personalizados com o slogan da Unama e do Grupo Ser Educacional aos romeiros. “O que é legal é o que nós temos de retorno das pessoas: quando entregamos os objetos, as pessoas nos desejam Feliz Círio, dizem muito obrigado, as pessoas nos olham nos olhos e, com isso, sentimos uma emoção tão grande que não temos como explicar essa sensação para outra pessoa, só mesmo participando para saber”, disse, emocionado, Helder Leite, assistente de marketing da Unama e um dos responsáveis pela ação. “Essa experiência mexe com a gente enquanto seres humanos, enquanto funcionários da instituição, pois estamos realizando nosso trabalho, e como católico, que eu sou”, completou Helder.

Os alunos que estão desenvolvendo o trabalho de entregar o material aos romeiros ficaram extasiados com a experiência e já afirmaram querer participar no próximo ano. Existem alunos dos cursos de Ciências Contábeis, Letras, Nutrição e Jornalismo. “Participar do Círio de Nazaré, tanto como acadêmica de Jornalismo como também funcionária da Universidade da Amazônia, é uma forma de contribuir para o desenvolvimento dessa tradição, contribuir para a manutenção dessa temática tão rica que é abordada todo ano e que é tão querida por todos os paraenses. É uma forma de exercitar todo o conhecimento que eu venho adquirindo como aluna e também como pessoa”, disse Vanessa Van Rooijen, 21 anos, acadêmica cursando o oitavo semestre de Jornalismo e funcionária do Marketing da Unama. “Ao longo da graduação e do trabalho que é feito na universidade, como responsabilidade social, como marketing e ações desenvolvidas para o meio social, seja qual for o evento, nós temos o objetivo de colaborar com o bem-estar dessas pessoas, através de dinâmicas, atividades que os façam sentirem-se bem, ainda mais no Círio, que é um local que reúne fé, paixão, mas que também é muito cansativo. Então, chegar para a pessoa, entregar um brinde, ou simplesmente dizer ´Feliz Círio!´ é uma forma de tornar o dia dessa pessoa ainda melhor”, finalizou Vanessa.

Denílson Araújo, 24 anos, discente em Ciências Contábeis, sente-se gratificado por ser acadêmico da Unama, participar de uma ação desse porte e ter a oportunidade de ajudar o próximo através da solidariedade. “Eu sou ateu, mas em minha família, todos são católicos, então, desde pequeno, eu fui doutrinado a aceitar e respeitar os costumes religiosos. Eu acho que o Círio não se trata apenas de uma festa católica, ela faz parte da cultura paraense”, relatou Denílson, enquanto entregava ventarolas aos romeiros.

Por Carol Boralli.

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Com apenas 3 anos de idade, Heitor já venceu muitas batalhas. A doença cardiovascular o afeta desde quando nasceu. Por conta disso, ele já fez seis cirurgias e quatro cateterismos. Completando 40 dias de sua última operação, neste domingo (9), seus pais Ariadne Barros e Paulo Barros o levaram para o Círio, para agradecer à padroeira da Amazônia pela sua vida.

O casal entregou um coração de cera para ser colocado no carro dos milagres, como forma de pagamento da promessa e gratidão pela saúde do filho. “Ele tinha uma cardiopatia sem cura, para a medicina. Foi muito grave. Ele ficou seis meses no hospital”, disse Ariadne. Com fé e muito amor por Nossa Senhora, o casal decidiu correr o risco de levar o filho para acompanhar a procissão, apesar do pouco tempo da última cirurgia.

Quem também sofreu com problemas cardíacos foi Pedro Emanuel, filho de Elcilene Morais. “Ele estava na UTI e a gente fez promessa para vestir ele de anjinho e acompanhar um trecho da procissão do Círio”, contou a mãe de Pedro. “Eu vim agradecer, mais uma vez, pela saúde do meu filho.” Elcilene sofre de pressão alta e já perdeu uma filha por ter essa doença. “Ele é uma grande vitória para mim. São dois anos e meio de muita alegria e felicidade”, disse, entusiasmada.

Jaqueline Pessoa, mãe de Vinicius, também acompanha o Círio de Nazaré com seu filho vestido de anjo. O motivo: uma infecção intestinal que deixou seu filho, aos seis meses, em grave estado de saúde. “Ele adoeceu em agosto e passou quase dois meses no hospital. Como era perto do Círio, a gente entregou a vida dele para Nossa Senhora de Nazaré. Tiramos ele do hospital e cuidamos dele em casa e em uma semana ele se recuperou”, relatou Jaqueline. “Ele é coroinha, guarda, todo ano a gente vem. Viemos no Traslado e hoje acordamos 5h30min para estar aqui”, falou. A devoção pela Santa passou de mãe para filho. Há 9 anos e 6 meses, Vinicius faz questão de acompanhar, além da procissão principal do domingo, outras romarias que fazem parte da programação do Círio.

Durante a romaria, quatro dos tradicionais carros dos milagres são lotados com crianças vestidas de anjos, representando os milagres realizados por Nossa Senhora de Nazaré. No Pará, a fé e a devoção pela padroeira vêm de berço.

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Os números nunca batem. Para os estatísticos, são dois milhões. Para os devotos, muito mais. Porque todo ano mais gente se une à procissão. O Círio 2016, na sua edição 224, reuniu milhões de fiéis pelas ruas centrais de Belém, neste domingo (9). A maior festa de fé do povo paraense, em celebração à Maria, mãe de Jesus, voltou a quebrar todos os recordes: de público, de devoção, de fé, de amor à Virgem de Nazaré, de adesão a uma religiosidade que, se está pouco aparente no dia a dia de cada um, por motivos variados, no segundo domingo de outubro se espalha por esquinas, praças, por todos os cantos da capital paraense.

O Círio que saiu da Catedral Metropolitana de Belém, no bairro da Cidade Velha, às 6h20, chegou à Basílica Santuário cinco horas depois, às 11h20. Mas ninguém contou a passagem dos segundos e minutos. O tempo flutuou no percurso da Berlinda tão bem ornamentada por Paulo Morelli.

Na Sé, ainda de madrugada, dom Alberto Taveira celebrou a missa que deu início à grande romaria, com a participação de 150 sacerdotes, além do bispo auxiliar de Belém, dom Irineu Roman. Dom Taveira destacou o Círio de 2016 como o da misericórdia, em razão do Jubileu da Misericórdia, celebrado pela Igreja Católica em 2016. “Criou-se uma onda de perdão e misericórdia no mundo. É o Círio da misericórdia, quando Deus nos dá uma nova condição para nos aproximarmos dele, para pedirmos perdão”, afirmou. “O Círio é um milagre porque Deus deu as forças para todos estarmos aqui”, acrescentou dom Alberto.

O papa Francisco também enviou mensagem aos paraenses. Pediu graças pela intercessão de Nossa Senhora de Nazaré. O pontífice também enviou sua bênção aos devotos.

A caminhada se estendeu por 3,6 quilômetros até a Basílica Santuário, em Nazaré. As primeiras homenagens à Virgem começaram no Ver-o-Peso, com a queima de fogos dos peixeiros e balanceiros. Foram 12 minutos emocionantes. 

Mais adiante - após o atrelamento da corda na área da Estação das Docas -, a padroeira dos paraenses recebeu nova homenagem. Agora dos estivadores. O espetáculo pirotécnico durou 10 minutos. A homenagem do Sindicato dos Arrumadores teve 63 mil tiros de foguete.

A romaria seguiu pela avenida Presidente Vargas. No Banco do Brasil, a padroeira foi saudada com uma chuva de papel picado. O cantor católico Daividson Silva entoou cânticos marianos para louvar a Santinha.

Já na avenida Nazaré, próximo à rua Doutor Moraes, a caminho da Praça Santuário, repetiu-se a cena de anos anteriores: promesseiros cortaram a corda antes da hora. Grupos de romeiros se separaram e disputavam pedaços daquele que é o maior símbolo de sacrifício em nome de Maria.

O corte diminuiu o ritmo da procissão. Mas os últimos quarteirões antes da Praça Santuário foram cumpridos rapidamente. Às 11h20 a berlinda com a Imagem Peregrina entrou na Praça Santuário. Os fiéis saudaram a Virgem, cuja imagem foi erguida por Dom Irineu Roman. Terminava mais um Círio. A fé de todo o povo paraense, no entanto, segue viva até outubro que vem.