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Em novo escândalo mundial de doping, o Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta quarta-feira que mais seis atletas foram flagrados utilizando substâncias ilegais na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Quatro deles estavam no pódio e vão perder suas medalhas. São eles: as russas Nadezda Evstyukhina, bronze no levantamento de peso, pelo uso de turinabol e EPO; Marina Shainova, prata na mesma modalidade, pelo uso de turinabol e estanozolol; e Tatyana Firova, segunda no revezamento 4x400 no atletismo, pelo uso de turinabol e um composto de testosterona, androstenediona e androstenediol, o que resultou na exclusão da equipe. Já Tigran Martirosyan, da Armênia, bronze no levantamento de peso, utilizou indevidamente turinabol e estanozolol.

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Os outros dois atletas pegos no doping foram Alexandru Dudoglo, da Moldávia, flagrado pelo uso de estanozolol, e Intigam Zairov, do Azerbaijão, que utilizou a substância ilegal turinabol. Ambos também são do levantamento de peso. No total, já se somam 98 novos casos de doping nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012.

Esses novos testes fazem parte de uma investigação liderada pelo COI. As amostras têm sido guardadas por até dez anos para reanálises, à medida que surgem novas tecnologias e novos compostos ilícitos. E uma série de irregularidades vem sendo encontradas entre os atletas russos e do levantamento de peso.

Para enfrentar o problema, a modalidade colocou, entre os critérios de classificação à Olimpíada, uma restrição por acúmulo de casos de doping. Países com mais de nove atletas flagrados durante um ano poderiam ser excluídos do Rio-2016, como ocorreu com a Bulgária, que teve 11 casos no Europeu de 2015.

Já uma investigação conduzida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou um caso de doping sistemático na Rússia. O esquema contava até com aval e apoio de autoridades do governo. O atletismo foi a primeira modalidade descoberta, mas a entidade também constatou irregularidades em outros esportes.

Durante uma prova de atletismo, a alimentação e hidratação corretas são imprescindíveis para um bom desempenho do atleta. Em uma maratona de 42 quilômetros, a falta de energéticos e água pode ser um grave risco à saúde do esportista. No caso da corredora indiana, Orchatteri Puthiya Jaisha, a falta de entendimento entre comissão técnica e federação levou a uma situação bem complicada durante os jogos olímpicos Rio-2016. Pouco após encerrar a disputa no 89º lugar, Jaisha teve um mal-estar e desmaiou. O motivo: faltou água e energético.

"Estava muito quente. Eu corria às 9h, em um calor insuportável, e não havia água para a gente, ou energéticos e comida. Em oito quilômetros, a única coisa que recebemos foi uma água, dos próprios organizadores do Rio, o que não fez diferença alguma. Todos os países tinham suas paradas a cada dois quilômetros, mas a nossa estava sempre vazia", contou a corredora.

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Ao final da prova, Jaisha desmaiou e precisou ser levada a um hospital. Nikolai Snesarev, treinador da maratonista, acabou discutindo com os médicos e foi detido pela polícia local. Snesarev foi liberado após 12h. "Meu treinador empurrou um dos médicos para o meu quarto, pois pensou que eu estava morta. Ele sabia que seria o responsável se algo me acontecesse. Deveríamos receber as bebidas pelos nossos técnicos oficiais, é a regra. Não podemos receber de outras equipes. Eu vi a equipe da Índia lá, mas não havia nada. Tive vários problemas, desmaiei, precisei tomar glicose. Pensei que iria morrer", desabafou.

Inconformada, a maratonista foi atrás de respostas da federação, mas não conseguiu nada. "Eu não sei o que estavam fazendo, haviam várias pessoas da comissão indiana, qualquer um poderia ter providenciado isso", reclamou.

Toma lá, dá cá

Se por um lado Jaisha culpa a delegação indiana pelo ocorrido, a Federação Indiana de Atletismo, (AFI) emitiu uma declaração responsabilizando atleta e treinador pela falta de água durante a prova no Rio de Janeiro. De acordo com a nota, o gerente da equipe indiana foi ao quarto de Jaisha e Raut, outra representante na maratona feminina, na noite anterior a prova, oferecer bebidas personalizadas, mas ambas recusaram. Segundo a Federação, dezesseis garrafas seriam disponibilizadas para as atletas e posicionadas nos stands, mas as corredoras disseram que não queriam e, se fosse necessário, usariam da própria organização.

A AFI deixou clara sua posição ao afirmar que as declarações de Jaisha são infundadas e recordou que em outra ocasião, uma disputa oficial em Pequim, 2015, a maratonista também recusou as bebidas oferecidas pelos oficiais da delegação, por meio do técnico que havia dito não ser um hábito dela utilizar bebidas personalizadas.

Com informações do The Times of India 

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, declarou neste sábado (20), ao fazer um balanço das Olimpíadas, que os problemáticos Jogos Olímpicos do Rio, marcados por crise financeira e estádios vazios, acabaram sendo "icônicos" e que o Brasil foi um excelente anfitrião. Ele disse ainda que, se voltasse no tempo, entregaria de novo a organização das Olimpíadas à cidade, apesar das críticas que foram feitas.

"O Rio protagonizou Jogos Olímpicos icônicos e todos os brasileiros são ótimos anfitriões", enfatizou. A opinião do presidente do COI ao final dos Jogos é sempre muito aguardada, principalmente no caso do Rio de Janeiro, devido à situação política e financeira do país.

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"Estes são Jogos Olímpicos icônicos em muitos aspectos", disse ele, destacando os muitos recordes registrados e realizações como a de Kosovo ao ganhar uma medalha de ouro em sua primeira Olimpíada. "Ficou demonstrado que é possível organizar Jogos Olímpicos em países que não estão no topo do ranking do PIB", acrescentou. Ele disse ainda que foi bom para o Jogos ver a "realidade social" no Rio, uma cidade marcada por crimes violentos e grandes disparidades de rendas.

Uma comissão disciplinar do Comitê Olímpico Internacional (COI) analisará o caso da falsa comunicação de assalto envolvendo quatro nadadores da delegação americana, entre eles o 12 vezes medalhista olímpico Ryan Lochte, informou um membro do COI nesta sexta-feira (19) à AFP. "Haverá uma investigação sobre os quatro nadadores", informou o funcionário. "Vamos ver se há material para uma sanção".

Ryan Lochte afirmou ter sido vítima de assalto à mão armada com outros três nadadores americanos. Segundo ele, o caso aconteceu depois que o grupo saiu de uma festa na Lagoa, zona sul do Rio, uma informação que as investigações revelaram ser mentirosa.

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O presidente do Comitê Olímpico Europeu foi preso nesta quarta-feira (17) no Rio por ligação com a revenda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos, anunciou a polícia civil. "Os agentes cumpriram uma ordem de busca e captura contra Patrick Joseph Hickey, da Irlanda, membro do Comitê Olímpico Internacional", informou a polícia em um comunicado.

O Comitê Olímpico da Irlanda, do qual Hickey é presidente, informou que ele se afastou temporariamente de todos seus cargos relacionados com o movimento olímpico. Hickey, de 71 anos, renunciou à "presidência do Comitê Olímpico Irlandês, a sua função como membro do COI, à presidência do Comitê Olímpico Europeu e à vice-presidência da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais", conforme anunciou Comitê irlandês em um comunicado.

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A imprensa brasileira informou que Hickey foi preso em um hotel onde estão hospedados alguns dirigentes olímpico, na Barra de Tijuca. Segundo o portal G1, Hickey se sentiu mal durante a prisão e foi levado para um hospital.

- "Um passo importante" -

"Hoje demos um passo importante: conseguimos fazer buscas em um hotel da Barra da Tijuca e deter um membro do COI, o presidente do Comitê Olímpico Irlandês. Com sua prisão e as outras detenções, avançaremos nas investigações", afirmou nesta quarta Ronaldo Oliveira, diretor de investigações especiais da polícia civil do Rio de Janeiro, em uma coletiva de imprensa.

A detenção do alto dirigente do COI parece estar vinculada à desarticulação de uma rede internacional de revenda ilegal de ingressos para os Jogos do Rio. O irlandês Kevin James Mallon, diretor da empresa THG Sports, que tinha autorização para revender entradas dos Jogos de Londres-2012 e Sochi-2014, foi preso em 5 de agosto, no Rio, no dia da cerimônia de abertura dos Jogos, acusado de revenda ilegal de entradas.

A justiça também emitiu na segunda ordens de prisão contra o presidente do clube de futebol inglês Ipswich Town, Marcus Evans, e David Patrick Gilmore (Irlanda), Maarten van Os (Holanda) e Martin Studd (Inglaterra). Os quatro são acusados de revender ilegalmente ingressos obtidos através do Comitê Olímpico Irlandês. Como não se encontram no Brasil, a Interpol receberá os pedidos de prisão, segundo a polícia carioca. "Marcus Paul Bruce Evans é um britânico que tem mais de 50 empresas em seu nome. É multimilionário, teve cadeias de tv e é dono do clube de futebol Ipswich (da segunda divisão do futebol inglês)", explicou o delegado Aloysio Falcão, encarregado da investigação.

"Em 2012, (Evans) foi responsável pela venda de entradas oficiais dos Jogos Olímpicos de Londres, mas, em 2016, não tem autorização. Para mascarar isso, vendias os ingressos em pacotes que incluíam hotéis ou ingressos VIP, para obter maiores lucros", acrescentou. "Mallon é um dos diretores da empresa inglesa THG, cujo presidente James Sinton foi preso em 2014 por estar envolvido na 'máfia dos ingressos' para a Copa do Mundo no Brasil", informou a polícia.

Uma intérprete da empresa THG também foi detida.

A polícia informou ainda que apreendeu 781 entradas comercializadas por valores altíssimos. A THG vendia ingressos para a cerimônia de abertura por 8.000 dólares, quando o preço mais caro oficial era de 1.300, explicou o inspetor Ricardo Barbosa em uma coletiva de imprensa.

Mallon foi detido em um hotel da Barra da Tijuca quando vendia ingressos para 20 compradores que também foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. "A THG vendia lugares particulares para eventos muito procurados, como a final, do futebol, as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos. Estas entradas podem ter um valor enorme. Com estes ingressos, a empresa teria ganhado 10 milhões de reais (3,15 milhões de dólares)", explicou Barbosa.

A THG foi a empresa responsável pela venda oficial de ingressos para Londres-2012, mas não estava autorizada a vender para o Rio-2016. Durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, James Sinton, ex-chefe da THG, foi preso em um hotel do Rio acusado de revender ilegalmente entradas para as partidas através de pacotes VIP. Na ocasião, o empresário pagou uma multa e deixou rapidamente o país.

O presidente dos Comitês Olímpicos Europeus foi preso nesta quarta-feira no Rio de Janeiro por ligação com a revenda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos, anunciou a Polícia Civil.

"Os agentes cumpriram uma ordem de busca e captura contra Patrick Joseph Hickey, da Irlanda, membro do Comitê Olímpico Internacional", informou a polícia em um comunicado.

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O Comitê Olímpico da Irlanda, do qual Hickey é diretor, limitou-se a dizer que prefere se inteirar do caso antes de fazer comentários.

A imprensa brasileira informou que Hickey foi preso em um hotel onde estão hospedados alguns dirigentes olímpico, na Barra de Tijuca. Segundo o portal G1, Hickey se sentiu mal durante a prisão e foi levado para um hospital.

A detenção do alto dirigente do COI parece estar vinculada à desarticulação de uma rede internacional de revenda ilegal de ingressos para os Jogos do Rio.

O irlandês Kevin James Mallon, diretor da empresa THG Sports, que tinha autorização para revender entradas dos Jogos de Londres-2012 e Sochi-2014, foi preso em 5 de agosto, no Rio, no dia da cerimônia de abertura dos Jogos, acusado de revenda ilegal de entradas.

"Mallon é um dos diretores da empresa inglesa THG, cujo presidente James Sinton foi preso em 2014 por estar envolvido na 'máfia dos ingressos' para a Copa do Mundo no Brasil", informou a polícia.

Uma intérprete da empresa THG também foi detida.

A polícia informou ainda que apreendeu 781 entradas comercializadas por valores altíssimos. A THG vendia entradas para a cerimônia de abertura por 8.000 dólares, quando o preço mais caro oficial era de 1.300, explicou o inspetor Ricardo Barbosa em uma coletiva de imprensa.

Mallon foi detido em um hotel da Barra da Tijuca quando vendia ingressos para 20 compradores que também foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento.

"A THG vendia lugares particulares para eventos muito procurados, como a final, do futebol, as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos. Estas entradas podem ter um valor enorme. Com estes ingressos, a empresa teria ganhado 10 milhões de reais (3,15 milhões de dólares)", explicou Barbosa.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça cinco estrangeiros pelos crimes de facilitação de cambismo e de marketing de emboscada por associação criminosa. Os acusados são os irlandeses Kevin James Mallon e David Patrick Gilmore, os britânicos Marcus Paul Bruce Evans e Martin Studd e o holandês Maarten Van Os. A denúncia foi distribuída ao Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos na quinta-feira (11).

De acordo com a denúncia, funcionários do Comitê Olímpico Internacional (COI) relataram à polícia um esquema arquitetado pelos sócios da empresa britânica The Hospitality Group UK Limited (THG).

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A empresa oferecia a venda de ingressos para celebrações oficiais da Olímpiada Rio 2016, sem autorização da entidade organizadora do evento e por preço superior ao estampado nos bilhetes esportivos.  Segundo a acusação, os denunciados também vincularam o uso dos ingressos em ações de publicidade e atividades comerciais, com o objetivo de obter vantagens econômicas.

Kevin Mallon foi preso em flagrante no dia 5, no Hotel Next Flat, na Barra da Tijuca. Com ele, foram apreendidos inicialmente 32 ingressos para a cerimônia de abertura, que custavam R$ 3 mil o valor unitário. Flagrante

No dia do flagrante, algumas das pessoas lesadas foram encaminhadas ao Hotel Next Flat sem os ingressos comprados. Ciente do crime, a polícia pôde realizar a prisão em flagrante de Mallon. Uma nova apreensão obteve outros 791 ingressos para eventos oficiais da Rio 2016.

O documento indica que os cinco denunciados, “agindo livre e conscientemente, em união de ações e desígnios, associaram-se, de maneira estável e permanente, para a prática dos delitos de facilitação de cambismo e de marketing de emboscada por associação”.

Ainda segundo a denúncia oferecida à Justiça, algumas vítimas chegaram a pagar US$ 8 mil (cerca de R$ 35 mil), percentual muito superior àquele estipulado pelo COI.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu respeito entre os atletas após a polêmica envolvendo principalmente atletas da natação suspeitos de doping. O australiano Mack Horton, medalhista de ouro nos 400 m livre, atiçou o fogo nas piscinas do Rio de Janeiro afirmando que "não tinha respeito por dopados".

Seus comentários foram voltados ao chinês Sun Yang, bicampeão mundial e suspenso por três meses após testar positivo em 2014, que se classificou para a final do 200 m estilo livre nesta segunda-feira à noite.

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No domingo, a nadadora russa Yuliya Efimova, atormentada por vários casos de doping, ouviu as vaias do público e ataques verbais de alguns de seus adversários na fase de qualificação para a final dos 100 m peito.

"Nós realmente queremos encorajar a liberdade de expressão. Por outro lado, os Jogos representam o respeito pelo outro e o respeito pelo direito dos outros a participar", disse Mark Adams, porta-voz do COI.

"Há um limite e cada caso é diferente, é claro", acrescentou. "Mas sim, eu encorajo as pessoas a respeitar os seus adversários".

No entanto, o COI não tem planos de intervir nessas polêmicas, que de fato o embaraça. "Atualmente, não recebemos queixas de ninguém e não sentimos a necessidade de ir mais longe".

O COI havia sido bastante criticado em sua atitude a respeito do doping russo pouco antes do início dos Jogos. Depois do relatório McLaren revelando o doping de Estado praticado pela Rússia, ele se recusou a descartar todos os atletas russos, deixando a responsabilidade para as federações internacionais.

O número definitivo finalmente saiu, nesta quinta-feira (4), véspera da cerimônia de abertura. No total, 271 russos poderão desfilar no Maracanã e 118 foram banidos, por conta do mega-escândalo de doping que abala o país.

Foi com um simples comunicado que o COI fez o anúncio, no final da tarde. Poucas horas antes, o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach, concedeu uma aguardada coletiva de imprensa, mas limitou-se a dizer que o número final sairia "mais tarde durante o dia".

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Na verdade, o primeiro a anunciar que a delegação russa terá 271 membros foi o presidente do Comitê Olímpico do País, Alexander Zhukov, antes mesmo da confirmação do COI.

Pouco mais de 30% dos 389 atletas inscritos inicialmente foram excluídos, vítimas das revelações do relatório McLaren, que detalhou o esquema sistemático de doping na Rússia, com supervisão do governo e participação ativa dos serviços secretos.

"Na maioria das modalidades, a equipe russa foi autorizada a competir", ressaltou Zhukov, citando, entre outros, o hipismo, a ginástica, a esgrima, o BMX, ou o vôlei, atual campeão olímpico no masculino.

- Recursos no TAS -

A confirmação do COI foi o ponto final de um processo lançado no dia 18 de julho, com a divulgação do relatório McLaren, realizado por uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada).

Apesar da Wada ter recomendado a exclusão total da Rússia dos Jogos, o COI preferiu não optar pela "solução nuclear", e deixou por conta das federações internacionais de cada esporte a responsabilidade de estabelecer listas de atletas elegíveis.

Essas listas foram submetidas nesta semana a um painel de três membros do COI, que ainda poderiam descartar atletas repescados pelas suas federações.

Um dos casos mais complicados foi o da natação. A Federação Internacional do esporte (Fina) anunciou na manhã desta quinta-feira que 31 dos 36 nadadores inscritos foram liberados para competir no Rio.

Entre os 31 liberados estão Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev, que recorreram da suspensão diante do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

O canoísta Andrey Kraitor também foi repescado nesta quinta-feira.

Ainda sobram recursos do TAS a serem julgados. No total, o tribunal com sede em Lausanne, na Suíça, já registrou 18 processos, um recorde para uma única edição dos Jogos, sendo que 11 diziam respeito a atletas russos.

Dez deles ainda estão pendentes da decisão da mais mais alta jurisdição esportiva, que opera atualmente no Rio para agilizar os processos. Entre eles, duas nadadoras, quatro levantadores de peso e um lutador.

-Neymar passa em branco -

Nesse contexto conturbado nos bastidores, ainda houve lugar para o esporte, com a estreia da seleção brasileira de futebol masculino, que decepcionou ao ficar no 0 a 0 com a África do Sul, no estádio Mané Garrincha de Brasília.

Neymar não conseguiu fazer a diferença, ao contrário de Marta, que na quarta-feira teve grande atuação na vitória por 3 a 0 da seleção feminina sobre a China, no Engenhão.

Nesta sexta-feira, as escolas de samba do Rio têm presença confirmada na festa da Cerimônia de Abertura, no Maracanã, mas o Sambódromo também será palco olímpico, com as eliminatórias do tiro com arco e a estreia do talentoso brasileiro Marcus Vinicius D'Almeida, de apenas 18 anos.

Num gesto para atrair jovens e uma nova geração para o movimento olímpico, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira a entrada do surfe, skate e escalada. No pacote, a entidade ainda vai fazer um gesto aos japoneses, organizadores dos Jogos Olímpicos de 2020, e incluirão o beisebol/softball e caratê no evento a ser realizado daqui a quatro anos. As medidas visam rejuvenescer o movimento olímpico e, para isso, a aposta é cada vez maior em redes sociais e na internet.

"É um pacote histórico", declarou Thomas Bach, presidente do COI. O pacote de esportes foi aprovado por unanimidade. A lista foi escolhida a partir de 18 modalidades que competiam por um espaço, incluindo boliche, squash e outras modalidades de artes marciais. "Esses esportes terão um apelo aos jovens", afirmou Toshiro Muto, diretor técnico dos Jogos de 2020, em Tóquio.

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Em estudos internos sobre audiência, o COI constatou que vem perdendo espaço entre os mais jovens. Duas estratégias foram adotadas: investir em plataformas sociais, digital e internet, além de incluir modalidades atraentes ao novo público. Os levantamentos apontaram que os jovens não têm sido a maior audiência em provas nobres, como o atletismo. Além disso, a média de idade da audiência dos Jogos vem aumentando, de 46,9 anos de idade em Pequim-2008 para 48,2 em Londres-2012.

Uma das estratégias foi apostar em canais digitais e, pela primeira vez, o COI em 2016 vai investir mais na internet que na transmissão de TV. Redes como a NBC contrataram alguns dos "astros" da web para comentar e transmitir os esportes, com seguidores acumulados de 120 milhões de pessoas.

Temendo se distanciar dos jovens, a ordem no COI foi a de buscar modalidades essencialmente vista por essa faixa etária. No caso do surfe, a decisão anunciada nesta quarta-feira coloca fim a uma campanha que começou em 1923. Nos anos 90, a Associação Internacional de Surfe passou a buscar apoio, criando federações nacionais e promovendo a ideia da modalidade como esporte olímpico.

A esperança do COI é de que, junto com o surfe, a nova audiência também gere maior receita de televisão e de patrocinadores. A competição de skate também segue a mesma lógica e será disputada em duas ruas e dois parques, com 40 competidores cada. Na modalidade de escalada, as competições também serão destinadas a atrair o novo público.

Mas a adesão de novos esportes também atende a um outro objetivo do COI: a de adaptar os Jogos ao país que está recebendo o evento. No caso de Tóquio, a escolha foi por dois dos esportes mais populares na cultura japonesa: o caratê e o beisebol, o esporte nacional do Japão - o softball entra como a versão feminina do beisebol.

Não há ainda uma confirmação se o retorno do beisebol aos Jogos significará a adesão dos atletas que atuam nos Estados Unidos, na maior liga do mundo. Franco Carraro, membro do COI que elaborou a proposta, admitiu que os americanos são os únicos que até agora não aceitaram parar suas competições locais para permitir que os atletas possam viajar. "Se não houver um acordo, o beisebol pode ter vida curta", admitiu.

Alguns dos membros chegaram a questionar se haverá a participação dos principais atletas do mundo, depois que a entrada do golfe para o Rio terminou com um fracasso em convencer Tiger Woods e outros. Oficialmente, mais de 15 atletas anunciaram que não virão ao Rio, temendo o vírus zika. "Essa é uma desculpa ridícula", disse Carraro.

Não existem garantias, porém, de que as modalidades sejam mantidas para 2024 ou 2028. O certo é que as 28 modalidades presentes no Rio vão ser mantidas nas próximas edições dos Jogos, o que cria um problema extra aos organizadores em um evento cada vez maior.

Apenas em 2020, os novos esportes significarão 474 novos atletas na Olimpíada, um aumento de 5% em relação a 2016. Críticos da decisão alertam que o COI está criando exigências cada vez maiores sobre cidades, caminhando num sentido oposto ao que se pedia para que os gastos fossem controlados.

Segundo a cúpula do COI, porém, a audiência e patrocinadores vão compensar, ainda que parte significativa dessa nova renda não seja direcionado para as cidades anfitriãs. "Vamos trabalhar para que essa inclusão não signifique um aumento de custos", afirmou Muto.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, reconheceu nesta segunda-feira (1°), a quatro dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que a preparação do evento no Rio foi "um desafio". "Foi uma viagem longa e desgastante para chegar onde chegamos", declarou o dirigente em reunião com os membros do COI, no Rio.

"Não é exagerado dizer que os brasileiros atravessaram momentos complicados. A crise política e econômica do país é sem precedentes", ressaltou. "Obviamente, essa situação gerou um desafio nos preparativos finais dos Jogos", enfatizou.

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Bach também lembrou que o COI precisou "tomar medidas necessárias" sobre a participação dos atletas russos, por conta do esquema de doping de Estado denunciado pelo relatório McLaren, publicado no dia 18 de julho.

"As conclusões do relatório McLaren são muito graves, principalmente no que diz respeito a esse esquema de doping que teria sido organizado pelo ministério dos Esportes da Rússia", argumentou o presidente do COI. "Se isso for provado, um esquema de doping tão desprezível seria um ataque sem precedentes à integridade do esporte e dos Jogos Olímpicos", insistiu.

"A justiça precisa ser independente da política. Quem responde a uma violação da lei com outra violação da lei destrói a justiça", completou Bach, rebatendo críticas que recebeu por decidir não excluir a Rússia como um todo, mas deixar a cargo das federações internacionais a responsabilidade de autorizar ou não a participação de cada atleta russo nos Jogos.

A decisão final será tomada por três membros nomeados pelo COI, encarregados de analisar e eventualmente vetar uma lista com os nomes dos atletas russos autorizados a competir pelas federações internacionais.

A cinco dias da cerimônia de abertura, o presidente Thomas Bach rejeitou neste domingo qualquer responsabilidade do COI diante da incerteza que reina sobre o número exato de atletas russos que poderão disputar os Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Acusado de não ter pulso firme em relação à punição contra a Rússia, acusada de organizar um esquema de doping estatal no esporte, o chefão do COI explicou que a entidade que rege o esporte olímpico "não é responsável pelo 'timing' da publicação (18 de julho) do relatório McLaren".

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Utilizando o relatório como base, o COI pediu em 24 de julho às federações internacionais para que excluíssem atletas russos dopados ou acusados de doping.

Mas a cinco dias da cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, o número exato de russos que poderão participar do evento ainda é incerto.

As federações internacionais redigiram suas listas de atletas russos autorizados a disputar os Jogos, mas o COI finalmente confiou no sábado a três de seus membros a responsabilidade de estabelecer a lista definitiva da delegação russa, com a possibilidade de afastar novos nomes. Isso tudo após solicitar a opinião de um especialista do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

O número de atletas da delegação russa, que convocou inicialmente 387 atletas, vem diminuindo consideravelmente. O ministro dos Esportes russo, Vitaly Mutko afirmou na sexta-feira que seu país será representado no Rio por 266 atletas, em 29 modalidades.

Segundo a última contagem da AFP, 117 atletas russos já estão oficialmente excluídos dos Jogos do Rio, quase um terço da delegação prevista.

-"Culpa da Wada"-

"O COI não é responsável pelo fato de diferentes informações dadas a Agência Mundial Antidoping (Wada) há alguns anos não terem sido seguidas", explicou Bach em coletiva de imprensa neste domingo.

O COI também "não é responsável pelo credenciamento ou supervisão dos laboratórios antidoping, então o COI não pode ser responsabilizado nem pelo 'timing', nem pelos motivos dos incidentes com os quais temos que lidar a alguns dias dos Jogos", completou, afirmando não ter conversado "com qualquer autoridade governamental russa" antes ou depois da publicação do relatório McLaren.

"A confusão reina e tudo isso é um pouco culpa da Wada", explicou à AFP um membro de uma federação, que não quis ser identificado. "Como é possível divulgar o relatório McLaren a apenas alguns dias dos Jogos? Isso coloca as federações numa situação muito difícil".

"O COI já mostrou muita firmeza", respondeu o sérvio Nenad Lalovic, presidente da Federação de Luta e membro do COI, questionado pela AFP. "Para que o COI tome uma decisão mais dura, são necessários argumentos indiscutíveis".

O escândalo explodiu em novembro de 2015, com a acusação de um doping organizado no atletismo russo, o que causou a exclusão de todos os atletas do país pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), inclusive a bicampeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayeva e o campeão do mundo dos 110 m com barreiras Sergey Shubenkov.

Somente Darya Klishina (salto em distância), que treina nos Estados Unidos, foi declarada elegível para os Jogos por responder positivamente aos critérios definidos pela Iaaf para poder competir.

- Recursos individuais -

Outras federações internacionais anunciaram punições severas nos últimos dias. Os oito halterofilistas russos, assim como 22 dos 28 remadores da delegação do país, foram excluídos dos Jogos, citados pelo relatório McLaren.

As decisões das federações internacionais de boxe, ginástica, golfe e taekwondo, porém, ainda não foram anunciadas.

Os atletas rejeitados de antemão, porém, têm a possibilidade de recorrer ao TAS para contestar sua exclusão, um caminho que os nadadores Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev anunciaram ter escolhido neste sábado.

Ambos medalhistas de bronze nos Jogos de Londres-2012, os nadadores apresentaram recurso contra a decisão do COI de 24 de julho e contra a Federação Internacional de Natação (Fina).

Uma decisão poderá ser anunciada neste domingo, afirmou à AFP Cornel Marculescu, diretor-geral da Fina, que anunciou também que a nadadora russa Yulia Efimova recorreu ao TAS.

O presidente do COI, Thomas Bach, garantiu neste domingo que as águas da Baía da Guanabara estão "dentro dos padrões" da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ele, quatro testes estão sendo realizados a cada dia por técnicos em um dos palcos da Olimpíada do Rio.

"Esses exames mostram que está dentro dos padrões da OMS", disse. Segundo Bach, medidas ainda estão sendo tomadas para retirar diariamente o lixo. Um dos pontos de maior polêmica na preparação do evento, a despoluição da baía havia sido uma das promessas do legado dos Jogos. A ideia original em 2009 era de que, em 2016, a baía estaria limpa.

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Bach, porém, insiste que a Olimpíada deixará um legado para a cidade. "Esse legado está ganhando forma", afirmou. Segundo ele, 300 mil pessoas por dia poderão se beneficiar apenas do metrô, aberto nesta semana.

O presidente do COI ainda voltou a demonstrar apoio aos organizadores brasileiros no que se refere à segurança. Desde o início da operação especial no Rio, pelo menos três incidentes importantes de violência na cidade foram registrados.

"Temos confiança total nas autoridades brasileiras sobre segurança e estamos em contato com eles", disse. "Temos informes regulares. O COI está levando em consideração as medidas para a segurança olímpica. Mas o que vemos é que podemos ter confiança total", completou.

Faltando menos de uma semana para o início dos Jogos Olímpicos, 80% dos ingressos para o evento foram vendidos. Os dados foram apresentados hoje pelo Comitê Rio-2016 para a cúpula do Comitê Olímpico Internacional (COI), durante a última reunião entre as duas entidades antes do início dos Jogos.

Thomas Bach, presidente do COI, agradeceu os trabalhos dos últimos sete anos e indicou "empolgação" em relação ao "espírito carioca". Mas insistiu que agora é o momento de "entregar, entregar e entregar" os serviços e obras que foram realizadas. "Bach disse que agora é o momento de se concentrar em entrega", explicou Mark Adams, diretor de Comunicação do COI.

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Segundo ele, até mesmo a qualidade das águas da Baía de Guanabara está "excelente". "O informe que nos foi apresentado mostra que a qualidade da água está de acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde", disse.

Durante a reunião, a organização do Rio-2016 apresentou "progressos" na Vila Olímpica e sobre os serviços oferecidos aos atletas, alvo de polêmicas nos últimos dias. "Os toques finais estão sendo colocados e estão prontos", disse Adams.

Ao sair da reunião com o COI, o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, não deu detalhes do que tratou com a entidade. "Tudo está no seu caminho", disse. "Tivemos somente duas questões, mas nada importante em relação à Vila ou às arenas. As perguntas foram sobre os Jogos e sobre os atletas. Estamos trabalhando na operação para os Jogos", completou.

Se Nuzman aponta que os membros do COI o fizeram duas perguntas, o próprio COI indica que foram quatro. "Quando chega a um prazo desse, a preocupação é sempre em todos os setores, que tudo funcione. A operação dos Jogos é o ponto principal. A organização completa. O conjunto ao qual você tem de estar sempre atento e tem de funcionar", explicou Nuzman.

"Todos os Jogos têm problemas", disse o dirigente. "É natural nos dias que antecedem os Jogos. A previsão é de que a três, quatro, cinco dias é o momento de muitas coisas serem corrigidas. Esses fatos nenhum de nós gostaria que acontecesse, mas estão justamente no conjunto que falei da operação dos Jogos", indicou.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) pretende "lidar de modo razoável" com possíveis protestos ou manifestações políticas que ocorram dentro das arenas olímpicas no Rio ou em outras cidades que receberão jogos de futebol. Apesar de a regra dos Jogos dizer que "portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas", os organizadores pretendem agir com "bom senso" cada vez que um cartaz surgir em um dos estádios com conteúdo político.

Nos bastidores, organizadores afirmam que estão orientando os seguranças e funcionários nos locais de provas a agir "com cautela" e avaliar até que ponto um cartaz cria problemas. Se nas ruas há a possibilidade de que ativistas e ONGs estejam organizando protestos para dias que antecedem à abertura dos Jogos, os dirigentes do COI consideram que é dentro dos ginásios e estádios que um impacto midiático e para a imagem do evento seria maior, em caso de protesto.

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O COI não quer virar alvo de manifestantes, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014 com a Fifa. Para isso, a estratégia adotada nos últimos meses foi a de não criticar o Brasil de forma pública, tratar de todos os problemas de forma confidencial e não dar informações detalhadas sobre custos e nem exigências.

Outra estratégia foi a de se mostrar aberto a receber ONGs que representem grupos de pessoas que tenham se queixado de ter sofrido com o evento. Há duas semanas, moradores da Vila Autódromo, desalojada para a construção da Vila Olímpica, foram recebidos em Lausanne, na Suíça, por dirigentes da entidade.

Seja qual for a solução para casos pontuais, a ordem que os operadores de câmeras de TV oficiais do evento têm é a de evitar qualquer imagem de protestos ou cartazes dentro dos locais de provas. Caso algo dessa natureza apareça, a ordem é clara: "focar nos atletas".

Os dirigentes esperam que atletas brasileiros, desde os primeiros dias, comecem a colecionar medalhas. Um dos dirigentes admitiu que quando os britânicos começaram a empolgar os torcedores, o clima mudou. O COI avalia que a desconfiança popular com os Jogos tem o potencial de se transformar em protestos. Em um momento político delicado no Brasil, membros do alto escalão da entidade olímpica revelam ao jornal O Estado de S.Paulo que o evento tem sido considerado de "alto risco" para a imagem da entidade.

Os dirigentes reconhecem que o clima não é bom. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o vice-presidente do COI, o britânico Craig Reedie, declarou estar "com pena do Rio de Janeiro". "Quando os Jogos foram dados a eles em 2009, tudo parecia ir a favor: politicamente e em termos econômicos, um presidente muito popular e até encontraram petróleo", comentou.

Nesta quarta-feira, ao chegar ao Rio, o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, seguiu o script, elogiando a cidade e mostrando-se positivo. Nos bastidores, como o jornal O Estado de S.Paulo revelou há dois dias, os problemas tinham deixado a entidade preocupada.

A ex-campeã olímpica alemã da patinação de velocidade Claudia Pechstein se juntou, nesta quarta-feira (27), aos muitos críticos de Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), após o dirigente decidir não suspender o comitê olímpico russo dos Jogos do Rio-2016. "Para mim, Bach pode ser comprado politicamente", declarou Pechstein, vencedora de cinco medalhas de ouro em Jogos Olímpicos entre 1994 e 2006, à agência SID, filial da AFP.

"Ele mente ao mundo quando afirma publicamente que é preciso respeitar a presunção de inocência de todos os atletas", argumentou a atleta, suspensa por dois anos em 2009 por anomalias em seu passaporte biológico. "No meu caso, nunca houve presunção de inocência", afirmou a patinadora, que sempre contestou a suspensão, afirmando, apoiada por médicos, que as anomalias eram produto de uma doença congênita. "Fui condenada sem qualquer justificativa, sem qualquer prova, simplesmente em função de um cálculo de probabilidade absurdo", garantiu.

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Ao classificar de "covarde" a decisão do COI de não excluir toda a delegação russa, Pechstein se juntou a outros atletas alemães que expressaram sua ira contra o atual presidente da entidade olímpica. Bach "faz parte do sistema de doping", declarou o campeão olímpico do lançamento de disco Robert Harting, na terça-feira. "Eu entendo sua reação (de Harting). Às vezes podemos ter vergonhar de fazer parte de um sistema como esse", declarou por sua vez Thomas Rohler, especialista do lançamento de dardo.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, desembarcou na manhã desta quarta-feira (27) no Aeroporto Internacional do Rio, e disse que tem "toda a confiança no Brasil", ao comentar os problemas que foram verificados nos apartamentos da Vila Olímpica, de luz, água e falhas de acabamento. Ele estava cercado por seguranças e deu rápida entrevista a jornalistas.

"Tem um problema ou outro pra resolver, e os brasileiros vão resolver. Já dá para sentir a energia olímpica no aeroporto e na cidade, os voluntários sorridentes. Estamos ansiosos. Os jogos serão excelentes, temos toda a confiança no Brasil. A expectativa é enorme. Os brasileiros têm paixão por esportes, têm alegria de viver. Temos arenas fantásticas. A atmosfera será ótima", afirmou Bach.

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Na tarde desta quarta, acompanhado do prefeito Eduardo Paes, ele visita o Boulevard Olímpico, onde serão realizados shows gratuitos pela prefeitura durante a Olimpíada, e no qual ficará a pira olímpica, o símbolo maior dos Jogos. A escultura que dá suporte à pira fica junto à igreja da Candelária, de frente para a Baía de Guanabara.

Ainda nesta quarta, Paes inaugura o Rio Media Center, centro de imprensa localizado perto do Comitê Rio-2016. Lá, concederá entrevista para jornalistas brasileiros e estrangeiros, na qual deve tratar dos últimos ajustes na Vila dos Atletas, entre outros assuntos. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, vão participar também.

Mais tarde, Paes fará, na Vila dos Atletas, a entrega simbólica da chave do Rio a representantes da delegação da Austrália, tal qual faz no carnaval, quando o Rei Momo "recebe" a cidade. A chefe do grupo australiano, Kitty Chiller, criticou as instalações entregues, e foi respondida com deboche pelo prefeito. O mal-estar já foi contornado, e a entrega das chaves deverá "selar a paz" entre partes.

A Rússia e seus atletas respiraram aliviados nesta segunda-feira após a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de não excluir o país dos Jogos do Rio (5 a 21 de agosto), delegando esta responsabilidade às federações internacionais.

Esta decisão provocou muitas críticas no movimento olímpico, uma vez que o relatório independente do jurista canadense Richard McLaren, encomendado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), pôs em evidência um sistema de doping de Estado no esporte russo entre 2011 e 2015.

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A Wada se mostrou, assim, decepcionada, enquanto a Usada, a agência antidoping dos Estados Unidos, falou de "desastre" do COI.

Na Rússia, onde o esporte e o número de medalhas são uma questão de Estado, o alívio foi enorme. "Naturalmente comemoramos" a decisão do COI, estimou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmando que foi uma "decisão positiva".

"Não é uma decisão ruim para nós. Foi tomada e é preciso respeitá-la", declarou à AFP o presidente do Comitê de Esporte da Duma (Câmara Baixa do Parlamento), Dmitri Svichtchev, embora tenha lamentado que os atletas russos que tiveram resultado positivo por doping não possam competir no Rio.

"Não se pode punir alguém duas vezes pelo mesmo crime", declarou. O ciclista Ilnur Zakarin, ganhador este ano de uma etapa na Volta da França e suspenso em 2009 pela ingestão de esteroides, será um dos afetados por esta medida.

A tetracampeã mundial de natação Yulia Efimova, que testou positivo em 2014 e foi suspensa por 16 meses, também estará ausente no Rio, assim como sua colega Natalia Lovtsova, suspensa em 2013.

A medalhista olímpica de halterofilismo Tatiana Kashirina, sancionada em 2006, também será privada dos Jogos.

Ginastas e esgrimistas no Rio

Os atletas russos não poderão ir ao Rio se não estiverem autorizados por suas respectivas federações, algo que será influenciado pelo histórico de doping e pelo fato de terem se submetido a controles confiáveis realizados fora da Rússia.

A primeira a se pronunciar foi a Federação Internacional de Tênis (ITF), que autorizou a participação de oito jogadores e jogadoras de tênis selecionados pela Rússia. A decisão da Federação Internacional de Judô, que havia apoiado a Rússia mesmo antes de o COI se pronunciar, em breve seguirá pelo mesmo caminho.

Por outro lado, a Federação Internacional de Natação foi a primeira a vetar oficialmente atletas. São sete no total, entre eles grandes nomes do esporte, como Vladimir Morozov, Yulia Efimova e Nikita Lobintsev, todos medalhistas em Londres-2012.

Os líderes das federações russas de esgrima e pentatlo anunciaram nesta segunda-feira que seus atletas serão autorizados a participar dos Jogos no Rio.

No entanto, alguns atletas não esperarão a resolução de sua situação para viajar ao Rio de Janeiro. É o caso dos esgrimistas e ginastas, que já chegaram ao Brasil.

A maior parte da delegação russa viajará na quinta-feira.

Para os 68 atletas privados dos Jogos devido à suspensão da Federação Russa de atletismo, não há, por sua vez, a menor chance de participar do evento depois da decisão de quinta-feira do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) de Lausanne.

"Nossa batalha pelo Rio está terminada", lamentou a estrela do salto com vara Yelena Isinbayeva, que esperava conquistar no Brasil sua terceira medalha de ouro antes de se aposentar.

Em virtude dos critérios fixados, a atleta Yuliya Stepanova, que deu a voz de alerta nas primeiras revelações sobre o sistema de doping estatal na Rússia, não foi autorizada pelo COI a participar dos Jogos do Rio. A corredora de 800 metros esteve suspensa entre 2011 e 2013 por irregularidades em seu passaporte biológico.

"Stepanova recebeu o que merecia", estimou o jornal Komsomolskaïa Pravda, enquanto um de seus jornalistas comparou a atleta com os colaboracionistas dos nazistas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu neste domingo não suspender o Comitê Nacional Olímpico Russo (ROC), deixando para as federações internacionais a decisão de avaliar a participação de cada atleta do país nos Jogos do Rio, com base em critérios muito rígidos.

Em meio ao clima de guerra fria que voltou à tona nas últimas semanas, COI preferiu não optar pela "opção nuclear" advogada por Dick Pound, fundador da Agência Mundial Antidoping (Wada) e co-autor do primeiro relatório bombástico que resultou na suspensão do atletismo russo de todas as competições internacionais.

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A punição foi confirmada na quinta-feira (21) pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o que parecia abrir o caminho para a exclusão total do país. Uma medida que vinha sendo cogitada desde segunda-feira, com a publicação de outro documento da Wada com revelações avassaladoras: o relatório McLaren, que evidencia o envolvimento das autoridades russas ao esquema.

Mesmo assim, o COI considera que "não existem provas contra o Comitê Olímpico Russo no relatório", por isso resolveu não suspender o país como um todo.

- Rússia agradece, EUA criticam -

"Os atletas russos das 28 modalidades olímpicas precisam assumir as consequências da responsabilidade coletiva (do país) e a presunção de inocência não pode ser aplicada", ressaltou o COI em um comunicado.

"Por outro lado, a justiça individual precisa ser aplicada, e todo atleta precisa poder provar que a responsabilidade coletiva não pode ser aplicada no seu caso", justificou.

"Eu sei que a decisão não vai agradar a todos", admitiu o presidente do COI, em entrevista coletiva por telefone, antes de lamentar o fato de veículos de mídia como o Times, da Inglaterra, terem "lançado uma campanha a favor da exclusão da Rússia".

Questionado se mostrou "fraqueza" na decisão, Bach rebateu ao afirmar que "tratou-se apenas de justiça em relação aos atletas limpos".

As críticas não demoraram a chegar. "De forma decepcionante, em resposta ao momento mais importante para atletas limpos e pela integridade dos Jogos Olímpicos, o COI se recusou a agir como um líder determinante", criticou o diretor executivo da Usada, Travis Tygart, em um comunicado.

A decisão, de fato, não agradou a todos, mas foi comemorada pelo ministro dos Esportes da Rússia, que se disse "agradecido".

A decisão "é objetiva, adotada dentro dos interesses do mundo esportivo e pela unidade da família olímpica", enfatizou Mutko, que se disse "absolutamente convencido de que a maioria da delegação russa atenderá aos critérios" rigorosos estabelecidos pelo COI.

Caberá às federações internacionais de cada modalidades validar a participação dos atletas que considerem 'limpos', de acordo com esses critérios.

Basicamente, nenhuma atleta já condenado por doping poderá disputar os Jogos, o que levanta um questionamento sobre o americano Justin Gatlin, um dos favoritos da prova de 100 m rasos do atletismo, que não preenche este prerequisito, por ter levado gancho de quatro anos, em 2006.

As federações também precisam garantir que todos os atletas foram submetidos a exames antidoping nos padrões internacionais. Ou seja, fora da Rússia.

- AMA decepcionada -

A Agência Mundial Antidoping (AMA) declarou neste domingo estar "decepcionada" com a decisão tomada pelo COI.

"A AMA está decepcionada que o COI tenha ignorado a recomendação de seu comitê executivo que se baseou nos resultados da investigação de McLaren" sobre o doping no esporte russo, disse o presidente da AMA, Craig Reedie.

Seguir essa recomendação "teria assegurado uma mensagem clara, forte e uniforme", disse o titular da AMA em comunicado.

"A AMA respeita plenamente a autonomia do COI para tomar decisões em nome da Carta Olímpica, mas o enfoque e os critérios que decidam conduzirá inevitavelmente a uma falta de harmonização, desafios potenciais e uma menor proteção aos atletas limpos", lamentou o diretor-geral da AMA, Olivier Niggli.

- Tenistas liberados -

A primeira a se pronunciar foi a Federação Internacional de Tênis (ITF), que autorizou a participação dos oito russos inscritos para o torneio olímpico.

"Os oito tenistas russos escolhidos para participar dos Jogos do Rio foram submetidos a exames rigorosos fora da Rússia", explicou a ITF.

A federação diz ter coletado 205 amostras desses oito tenistas desde 2004, 83 durante torneios e 122 fora das competições, com 111 exames de urina e 94 de sangue, sem que nenhum deles tenha testado positivo.

"A ITF acredita que isso é suficiente para determinar que os oito russos convocados preenchem os critérios estabelecidos neste domingo pela comissão executiva do COI", completou.

A IAAF chegou até a tomar uma medida semelhante há duas semanas, ao 'repescar' a saltadora em distância Darya Klishina que treinava na Flórida, onde, como os tenistas, é submetida a exames mais rigorosos do que em seu país.

A entidade também chegou a autorizar a meio-fundista Yuliya Stepanova a disputar os Jogos por conta da sua contribuição na denúncia do escândalo, que revelou em documentário do canal alemão ARD, mas o COI resolveu vetar sua participação neste domingo.

Stepanova não foi autorizada a competir por já ter sido punida por doping no passado, de 2011 a 2013, mas poderá assistir ao evento como convidada.

Essa regra também deve tirar muitos atletas de outras modalidades, mas o fato de o COI não ter punido o Comitê russo deve possibilitar a participação aos Jogos de estrelas como os membros da seleção masculina de vôlei masculina, atual campeã olímpica, que derrotou o Brasil na final da última edição, em Londres-2012.

Na capital inglesa, porém, o esporte que mais rendeu medalhas à Rússia foi o atletismo (17 de 82), que deve ter apenas Klishina como representante. O país terminou em quarto lugar do quadro de medalhas.

A luta olímpica também é um esporte de forte tradição na Rússia, com 11 pódios em Londres, mas é um dos mais afetados por escândalos de doping.

Na quarta-feira, a Rússia inscreveu 387 competidores na sua delegação, mas a lista já caiu para 320 nomes, com a exclusão de 67 dos 68 nomes da equipe de atletismo. Outros cortes devem acontecer, mas a Rússia ganhou neste domingo a certeza de que não ficará totalmente fora dos Jogos.

O COI havia excluído países de Olimpíadas no passado, com a suspensão dos comitês nacionais da África do Sul, de 1964 a 1988, por conta do regime do apartheid, e do Afeganistão, em 2000, quando o país era governado pelos talibãs.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu neste domingo (24) não suspender o Comitê Nacional Olímpico Russo (ROC), deixando para as federações internacionais a decisão de avaliar a participação de cada atleta do país nos Jogos do Rio, com base em critérios muito rígidos. Em meio ao clima de guerra fria que voltou à tona nas últimas semanas, COI preferiu não optar pela "opção nuclear" advogada por Dick Pound, fundador da Agência Mundial Antidoping (Wada) e co-autor do primeiro relatório bombástico que resultou na suspensão do atletismo russo de todas as competições internacionais.

A punição foi confirmada na quinta-feira pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o que parecia abrir o caminho para a exclusão total do país. Uma medida que vinha sendo cogitada desde segunda-feira, com a publicação de outro documento da Wada com revelações avassaladoras: o relatório McLaren, que evidencia o envolvimento das autoridades russas ao esquema. Mesmo assim, o COI considera que "não existem provas contra o Comitê Olímpico Russo no relatório", por isso resolveu não suspender o país como um todo.

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Rússia agradece, EUA criticam 

"Os atletas russos das 28 modalidades olímpicas precisam assumir as consequências da responsabilidade coletiva (do país) e a presunção de inocência não pode ser aplicada", ressaltou o COI em um comunicado. "Por outro lado, a justiça individual precisa ser aplicada, e todo atleta precisa poder provar que a responsabilidade coletiva não pode ser aplicada no seu caso", justificou.

"Eu sei que a decisão não vai agradar a todos", admitiu o presidente do COI, em entrevista coletiva por telefone, antes de lamentar o fato de veículos de mídia como o Times, da Inglaterra, terem "lançado uma campanha a favor da exclusão da Rússia".

Questionado se mostrou "fraqueza" na decisão, Bach rebateu ao afirmar que "tratou-se apenas de justiça em relação aos atletas limpos". As críticas não demoraram a chegar. "De forma decepcionante, em resposta ao momento mais importante para atletas limpos e pela integridade dos Jogos Olímpicos, o COI se recusou a agir como um líder determinante", criticou o diretor executivo da Usada, Travis Tygart, em um comunicado.

A decisão, de fato, não agradou a todos, mas foi comemorada pelo ministro dos Esportes da Rússia, que se disse "agradecido". A decisão "é objetiva, adotada dentro dos interesses do mundo esportivo e pela unidade da família olímpica", enfatizou Mutko, que se disse "absolutamente convencido de que a maioria da delegação russa atenderá aos critérios" rigorosos estabelecidos pelo COI.

Stepanova fora dos Jogos 

Caberá às federações internacionais de cada modalidades terão a possibilidade de validar a participação dos atletas que considerem 'limpos', de acordo com esses critérios. A IAAF chegou até a tomar uma medida semelhante, ao 'repescar' a saltadora em distância Darya Klishina que treinava na Flórida, onde é submetida a exames mais rigorosos do que em seu país.

A entidade também chegou a autorizar a meio-fundista Yuliya Stepanova a disputar os Jogos por conta da sua contribuição na denúncia do escândalo, que revelou em documentário do canal alemão ARD, mas o COI resolveu vetar sua participação neste domingo.

A decisão foi tomada porque, de acordo com os critérios muito rigorosos estabelecidos para liberar a participação de atletas russos, nenhum deles pode ter testado positivo no passado, o que foi o caso de Stepanova.

Essa regra também deve tirar muitos atletas de outras modalidades, mas o fato de o COI não ter punido o Comitê russo deve possibilitar a participação aos Jogos de estrelas como os membros da seleção masculina de vôlei masculina, atual campeã olímpica, que derrotou o Brasil na final da última edição, em Londres-2012.

Na capital inglesa, porém, o esporte que mais rendeu medalhas à Rússia foi o atletismo (17 de 82), que deve ter apenas Klishina como representante. A luta olímpica também é um esporte de forte tradição na Rússia, com 11 pódios em Londres, mas é um dos mais afetados por escândalos de doping.

Na quarta-feira (20), a Rússia inscreveu 387 competidores na sua delegação, mas a lista já caiu para 320 nomes, com a exclusão de 67 dos 68 nomes da equipe de atletismo. Outros cortes devem acontecer, mas a Rússia ganhou neste domingo a certeza de que não ficará totalmente fora dos Jogos.

O COI havia excluído países de Olimpíadas no passado, com a suspensão dos comitês nacionais da África do Sul, de 1964 a 1988, por conta do regime do apartheid, e do Afeganistão, em 2000, quando o país era governado pelos talibãs.

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