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A China superou os EUA como o país com o maior volume mundial de comércio exterior em 2013, segundo dados divulgados durante a madrugada. No ano passado, as exportações e importações chinesas somadas ultrapassaram US$ 4 trilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) editou Portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 18, que faz alterações na Portaria 23, de 14 de julho de 2011, que dispõe sobre operações de comércio exterior. As alterações foram feitas nos artigos 16 e 17 da regra anterior.

O artigo 16 diz que "o licenciamento automático poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro de importação". A esse item a Secex incluiu um parágrafo único que ressalta que: "em se tratando de mercadoria ingressada em entreposto aduaneiro ou industrial na importação, o licenciamento somente será efetuado anteriormente ao despacho para consumo ou de transferência para outro regime especial que não esteja dispensado de licenciamento".

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O artigo 17, que também foi alterado, define que o licenciamento não automático deverá ser efetuado previamente ao embarque da mercadoria no exterior. A nova portaria acrescentou o parágrafo 6º a esse item, estabelecendo que: "em se tratando de mercadoria ingressada em entreposto aduaneiro ou industrial na importação, o licenciamento somente será efetuado anteriormente ao despacho para consumo ou de transferência para outro regime especial que não esteja dispensado de licenciamento".

Os ministros da Defesa, Celso Amorim, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, assinaram portaria conjunta criando um grupo de trabalho que terá a tarefa de analisar a Base Industrial de Defesa do País e propor medidas para sua ampliação. Entre as ações, já está previsto que o grupo deverá propor a criação de uma Trading de Defesa, cujo objetivo será promover a exportação e a importação de produtos do setor, com atribuição para operacionalizar contratos de compensação tecnológica, industrial e comercial.

O grupo será composto por representantes do Ministério da Defesa; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 8, os representantes do grupo deverão ser indicados pelos respectivos órgãos no prazo de cinco dias e designados em ato do ministro da Defesa.

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O parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE) sobre a Medida Provisória (MP) 601 propõe a prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até dezembro de 2017. A princípio, a medida editada pelo governo federal previa a extensão do regime especial até o final de 2013, mas o senador considerou que tal prazo era "demasiadamente curto". "A prorrogação por apenas mais um ano retira do empresário brasileiro a previsibilidade que se espera do regime", escreveu Monteiro, em seu relatório.

O texto do relator foi lido em sessão da Comissão Mista que avalia a MP 601. Houve pedido de vista coletivo e a votação do relatório ficou adiado para esta quarta-feira, 8, às 14 horas. A MP trata não apenas do Reintegra, mas propõe também estender a desoneração da folha de pagamento para setores da construção civil e para o comércio varejista.

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O relatório, lido nesta terça-feira pelo parlamentar, também propõe isenção tributária dos valores restituídos no Reintegra. "Temos convicção que a receita oriunda da restituição deve ser retirada da base de cálculo do imposto de renda, da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), do PIS/Pasep e da Cofins", afirmou o senador, sob o argumento de que a tributação da restituição criava um cenário no qual o governo "dá com uma mão e tira com a outra".

O Brasil está cada vez mais isolado no comércio exterior por não tomar parte na negociação de acordos de livre comércio com outros países. É o que pensa o embaixador Rubens Barbosa, que já ocupou a embaixada dos Estados Unidos e da Inglaterra. De acordo com ele, a nova tendência do comércio internacional é a de integração das cadeias produtivas entre diversos países, e não a de defesa do produto nacional, como, na sua opinião, o Brasil vem tentando fazer. Para Barbosa, essa é uma das razões do déficit na balança comercial brasileira de mais de US$ 6 bilhões acumulado de janeiro a abril deste ano.

"O comércio exterior está evoluindo. Não se trata mais de produzir e exportar bens. Está evoluindo para a integração de cadeias produtivas. O modelo tradicional é aquele no qual você investe no país, produz um bem e exporta para outro país. No comércio das cadeias produtivas, você investe no país para produzir um produto que se integrará na cadeia produtiva de outro local desde que você esteja de acordo com as regras desse acordo de livre comércio", explicou o embaixador em palestra realizada nesta segunda-feira na sede do Insper, na zona sul de São Paulo.

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"Neste momento há 545 acordos de livre comércio no mundo e o Brasil tem apenas três (Egito, Israel e Autoridade Palestina), não toma parte em outras discussões. Se você não faz parte desses acordos, você não exporta porque seus preços perdem competitividade com relação aos outros mercados que se abrem a (países que são) possíveis compradores. Assim, o Brasil está cada vez mais isolado. Isso já começou a afetar o comércio exterior do Brasil", afirmou.

Na visão de Barbosa, o Brasil vem sendo penalizado pelo que chamou de "falta de estratégia de negociação comercial externa" e pela "dificuldade de integrar os países da região (América do Sul)". "A integração comercial está ocorrendo em todas as partes do mundo. Na Europa, na Ásia, essa é a tendência e o volume de negociações em curso mostra isso. O Brasil dificilmente irá se beneficiar do comércio (internacional) se não se adaptar. O mundo está se multipolarizando, assim como as cadeias produtivas. Não há mais países que produzem de tudo em seus territórios", afirmou.

O governo lutou para levar o dólar a um patamar que tornasse as exportações brasileiras mais competitivas. Após uma série de medidas, a moeda americana passou a custar R$ 2 em maio de 2012 e respeitou o nível até janeiro. A estratégia, porém, parece ter surtido pouco efeito. Dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) mostram que as exportações brasileiras caíram 5,3% em 2012, ano em que a média mundial cresceu 0,2%. O desempenho deu ao Brasil uma desconfortável posição de quarto pior resultado no comércio exterior entre as 20 maiores economias do mundo no ano passado.

Levantamento anual da Unctad mostra que empresas brasileiras venderam US$ 242,580 bilhões a clientes no exterior em 2012. Os dados mostram que, em ano de agravamento da crise financeira, o Brasil parece ter sido prejudicado especialmente pela queda do preço das commodities. Segundo a pesquisa, o preço médio de comercialização dos produtos básicos caiu 8,6% em 2012 na comparação com o ano anterior.

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A queda foi puxada especialmente pelos produtos mais importantes na pauta de exportações brasileira: produtos agrícolas, com redução do preço de 22,9%, e minerais e metais, em queda de 14,6%. A série histórica da Unctad mostra que, desde 2003, a tendência das exportações brasileiras acompanha com muita proximidade a evolução dos preços das commodities.

Em 2012, o preço médio das commodities subiu 17,9% e as exportações brasileiras saltaram 26,8%. Um ano antes, os produtos básicos aumentaram 22,7% e os embarques do Brasil avançaram 31,9%. Em 2009, por outro lado, quando o preço médio mundial caiu 16,9%, o desempenho brasileiro recuou 22,7%.

Com o mau desempenho das commodities, outros grandes exportadores também amargaram desempenho ruim. Em 2012, a África do Sul registrou queda nos embarques de 11%, o pior do G20. Indonésia (-6,3%), Austrália (-5%) e Argentina (-3,3%) também são grandes exportadores de commodities. No ranking das exportações, o país desenvolvido com o pior desempenho foi o Reino Unido, que viu os embarques diminuírem 6,8% no ano passado. França (-4,6%), Alemanha (-4,5%) e Japão (-3%) também perderam mercado.

Na outra ponta do ranking, estão países que dependem menos das commodities. Em 2012, o maior aumento das exportações aconteceu na Turquia, onde os embarques aumentaram 13,1%. Na pauta de exportações do país, os principais itens são roupas, têxteis, produtos metálicos e equipamentos de transporte. Em seguida, estão a China (7,9%) e México (6,1%), dois mercados com pauta de exportações focada em produtos industrializados. Maior economia do planeta, os Estados Unidos tiveram aumento das exportações de 4,5% no ano.

O governo da China anunciou nesta quarta-feira que está investigando fluxos "anormais" no comércio exterior após analistas dizerem que o forte crescimento das exportações em março traz indícios de superfaturamento por empresas que buscam internalizar fundos externos de forma ilegal.

"Esperamos descobrir todos os motivos por trás do crescimento anormal do comércio com Hong Kong e tomar as medidas administrativas necessárias, disse Zheng Yuesheng, porta-voz da Administração Geral da Alfândega e chefe de seu departamento de estatísticas.

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Zhen falou após a divulgação de dados mostrando que as exportações da China cresceram a um ritmo anual de 10% em março, ficando abaixo do ganho de 11,6% previsto por economistas e bem aquém dos aumentos de 25% e 21,8% registrados em janeiro e fevereiro, respectivamente. Economistas acreditam que os últimos números podem ter sido inflados e que a conta corrente da China voltou a ser usada para burlar controles de capitais.

Apesar de as exportações terem crescido de forma mais moderada em março, analistas continuaram a questionar a credibilidade do último relatório de comércio exterior.

A IHS Global Insight diz que as exportações para Hong Kong, um importante destino de reexportação para os mercados norte-americano e europeu, subiram 93%, a maior variação em oito anos, embora as exportações diretas para os EUA e Europa tenham caído 7% e 14%, respectivamente. As informações são da Dow Jones.

A crise econômica na Argentina e as barreiras comerciais impostas pela presidente Cristina Kirchner devem agravar a piora da balança comercial brasileira. Nos primeiros três meses deste ano, as vendas do Brasil para o país vizinho caíram 6%. No ano passado, o tombo foi de 20,7%.

Para o economista José Roberto Mendonça de Barros, o Brasil tem tido uma "paciência bovina" com a Argentina que está custando muito caro para as exportações brasileiras e o crescimento do País. Ele alerta que a presidente Dilma Rousseff precisa reagir e ter uma ação dura com o governo argentino.

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Segundo ele, a Argentina está vivendo uma crise muito grande e corre o risco de ter um colapso cambial em breve. Por isso, o governo Kirchner está se defendendo, colocando barreiras comerciais e fazendo um ajuste "em cima do Brasil". "Uma das razões do pibinho brasileiro do ano passado foi a exportação muito menor para Argentina devido a essa política maluca deles", avalia.

Na prática, porém, Dilma e Cristina se aproximam cada vez mais. Ainda no primeiro ano de governo, a presidente brasileira aceitou sugestão da colega argentina e elevou a tarifa de importação para mais de cem produtos.

Ele destaca ainda que a Argentina tem bloqueado acordos com outros países. "O Mercosul é um tratado de integração comercial, então, o Brasil não consegue fazer negociações com outros países porque o Argentina bloqueia as negociações."

Na sua avaliação, essa passividade do Brasil já chegou na fase do abuso, porque as empresas brasileiras estão tendo dificuldades na Argentina, como já ocorreu com a Vale e a Petrobrás. Para ele, se a economia argentina entrar em colapso, o crescimento doPIB brasileiro deve ficar abaixo do previsto 3%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao falar das oportunidades para diversificar o fluxo bilateral de comércio e investimento entre Brasil e Nova Zelândia, a presidente Dilma Rousseff destacou nesta segunda-feira que o Brasil está modernizando a sua infraestrutura. "A Nova Zelândia é parceira bem-vinda no processo de desenvolvimento do Brasil. Hoje estamos modernizando nossa infraestrutura, investindo na logística e na energia, (nos) preparamos para grandes eventos", disse Dilma em declaração à imprensa, após reunião com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key.

Para a presidente, esse é um momento "promissor" para as relações bilaterais entre Brasil e Nova Zelândia. "Nesse momento de crise, nada mais oportuno que viabilizar uma efetiva ampliação das oportunidades comerciais", destacou a presidente.

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O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, assinou acordo de serviços aéreos que permitem que as empresas aéreas brasileiras ou neozelandesas prestem serviços a companhias desses dois países "a preços competitivos". Para Dilma, o acordo de serviços aéreos estabelece uma "conexão" entre os dois países, "como se fosse uma ponte que liga países tão distantes". Também foi assinado acordo de cooperação científica, para facilitar a implantação do programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas de estudo para brasileiros no exterior.

O comércio internacional brasileiro por meio marítimo registrou contração de 0,4% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, mostra relatório divulgado nesta terça-feira pela companhia de transporte de contêineres Maersk Line do Brasil. No período, os embarques recuaram 0,6% e as importações ficaram praticamente estáveis, com queda de 0,1%.

Esta foi a primeira retração deste ano da corrente comercial brasileira por meio marítimo, o que mostra que o comércio exterior do País foi, gradualmente, perdendo força ao longo de 2012. Nos três primeiros meses deste ano, houve crescimento de 6,9% na comparação anual, e, no segundo trimestre, o avanço foi reduzido para 2,3%.

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O destaque é o forte declínio nas exportações de bens manufaturados. Apesar disso, houve leve aumento na importação de bens de consumo para o Natal no terceiro trimestre, o que aumenta a expectativa de que as vendas no varejo serão "modestamente positivas" neste fim de ano, segundo o CEO da Maersk Line do Brasil, Peter Gyde.

Para o quarto trimestre, o executivo adianta que o fluxo de contêineres entre o Brasil e o resto do mundo no mês de outubro foi forte, mas, no entanto, os meses de novembro e dezembro devem ser mais fracos. "Ainda não enxergamos uma melhora suficiente no volume que suporte a tese dos economistas de que a economia brasileira está voltando a se aquecer", ponderou Gyde. "Ainda esperamos por sinais concretos de que a economia local está se recuperando".

Na análise por regiões, o estudo mostra que, no caso da Ásia, as exportações brasileiras continuam sofrendo. Os embarques de produtos refrigerados para a região cresceram apenas 1,5%, frente a um avanço de 31% no segundo trimestre. Para os próximos trimestres, Gyde salienta que a economia chinesa já começa a mostrar sinais de estabilidade, após uma desaceleração do crescimento. Diante disso, portanto, não são esperadas mudanças drásticas nos volumes daqui para frente.

O comércio europeu segue mostrando fraqueza, com cinco trimestres seguidos de falta de crescimento das exportações de carga.

Estados Unidos

A demanda dos Estados Unidos por produtos brasileiros apresentou, no terceiro trimestre, os primeiros sinais de crescimento desde o início de 2011. "Os ganhos reforçam a expectativa de que a economia norte-americana deve crescer 2% no quarto trimestre, graças ao aumento da confiança do consumidor e à melhora do mercado imobiliário", destacou o executivo. As exportações de produtos não refrigerados para os EUA e Golfo do México se expandiram 7% no terceiro trimestre na comparação anual, após uma contração de 0,8% no trimestre anterior.

O superávit comercial da China cresceu 15,6%, para US$ 31,99 bilhões em outubro, de US$ 27,67 bilhões em setembro, de acordo com dados da Administração Geral Alfandegária da China. O aumento do superávit foi conduzido pela alta das exportações, no mais recente sinal encorajador para a segunda maior economia do mundo. Os economistas entrevistados pela Dow Jones tinham previsto um superávit de US$ 27 bilhões.

As exportações da China subiram 11,6% em outubro, em bases anuais, após aumentar 9,9% em setembro, superando as projeções dos economistas de expansão de 10%.

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As importações avançaram 2,4% no mês passado, em bases anuais, repetindo a alta observada no mês anterior. As previsões dos economistas eram de um aumento de 4%. As informações são da Dow Jones.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, cobrou do secretário de Comércio Interior argentino Guillermo Moreno a normalização do fluxo comercial entre os dois países. Os secretários se encontraram nesta quinta-feira em São Paulo, no escritório do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"É necessário levar em consideração os efeitos da crise econômica internacional, que provoca uma redução da demanda, mas, ainda assim, setores exportadores brasileiros se queixam de dificuldades operacionais injustificadas para realizar suas vendas para a Argentina", disse Tatiana, em nota publicada no site do ministério.

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De janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras para o país vizinho caíram 19,4% em relação ao mesmo período de 2011, aponta levantamento do MDIC feito com dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC). Na mesma comparação, as vendas dos demais mercados que exportam para a Argentina caíram 3,4%.

A secretária do MDIC avaliou ainda que o comércio entre os países melhorou depois de reunião de Cúpula do Mercosul, realizada no fim de junho em Mendonza, Argentina. Apesar disso, obstáculos às vendas do Brasil contribuíram para a perda de participação de mercado de 3,6% comparando os nove primeiros meses de 2012 com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do ministério.

"Não é razoável esta perda de mercado quando ela está relacionada a dificuldades operacionais impostas aos exportadores brasileiros sem motivo e sem justificativa plausível", disse Tatiana.

Os setores mais prejudicados com essa perda de mercado, segundo o INDEC, são: linha branca (-10,8%), têxteis e confecções (-7,1%), móveis (-4,7%), máquinas agrícolas (-4%) e autopeças (-2,9%). Os que ganharam participação no mercado argentino, em compensação, foram: pneus (2,1%), calçados (1,4%) e carne suína in natura (0,7%)

Na avaliação da secretária, mesmo diante das dificuldades apresentadas, é preciso considerar que, em 2012, o volume das exportações brasileiras para a Argentina é o segundo melhor da série histórica do comércio exterior, atrás apenas de 2011, ano em que as vendas brasileiras apresentaram resultados recordes.

Algumas das maiores economias do mundo fecharam um acordo para cortar de forma drástica impostos de importação sobre bens ambientais, projeto que a Organização Mundial do Comércio (OMC) fracassou em concluir após mais de uma década de negociações. A decisão isola o Brasil e outras economias que rejeitavam um acordo dessa natureza no âmbito multilateral.

A partir de 2015, produtos ambientais terão tarifa máxima de 5% entre os países da Ásia e Pacífico que fecharam o acordo. A meta é permitir maior fluxo de bens como painéis solares, turbinas de vento, instrumentos para controlar a qualidade da água e do ar, etc. O acordo inclui China, Rússia, Estados Unidos, México, Austrália, Japão e outros 15 países. Serão 54 produtos nesse pacote.

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"O mesmo procedimento levou mais de dez anos para ser negociado na OMC (Organização Mundial do Comércio), sem resultados. Nós conseguimos em apenas alguns meses", declarou o presidente russo, Vladimir Putin, que servia de anfitrião para a reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), responsável por 44% do comércio mundial.

Na OMC, o debate está estagnado há anos. Em 2008, o Brasil tentou incluir o etanol na lista de produtos que poderiam ter sua tarifa de importação reduzida. Mas a ideia foi rejeitada por Estados Unidos e Europa, que insistiam que a lista deveria ser apenas de produtos de tecnologia. O Itamaraty e outros governos acusaram americanos e europeus de tentar montar uma lista de bens que apenas eles exportariam.

Para observadores, o acordo muda a lógica das negociações na OMC. A Apec, ao estabelecer um novo patamar, poderá forçar países como Brasil a ceder para não ficar de fora do lucrativo mercado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

É o artigo 22 da Convenção de Viena que manifesta como inviolável uma missão diplomática. O tratado assinado em 1961, que discorre sobre as relações e imunidades diplomáticas, elucida que, sob hipótese nenhuma,  agentes de um estado acreditado, ou seja, do estado que acolhe uma representação, podem penetrar em uma embaixada sem o consentimento do Estado acreditante.

Dando prática à teoria, o governo britânico pode até não reconhecer o asilo concedido a Julian Assange pela embaixada do Equador em Londres, a legalidade e a legitimidade do ato político de Rafael Correa, contudo, é inalterável a nível internacional. E é com base no direito internacional que o presidente equatoriano utiliza-se das circunstâncias para a construção da imagem de líder anti-imperialista na região sul-americana.

A ambigüidade nas ações de Rafael Correa, que por um lado vive uma permanente relação de tensão com a imprensa equatoriana, não é, como sugerem alguns analistas, uma forma de suavizar internamente a má-reputação quanto aos temas ligados à liberdade de expressão. Correa, que atualmente enfrenta uma disputa judicial com o diário El Universo e com alguns jornalistas do país, tem mesmo é ambições chavistas e intenciona, com o atual recolhimento do chefe venezuelano, promover-se mundialmente como ícone da esquerda latino-americana.

A OEA (Organização dos Estados Americanos), na última semana, foi o terceiro bloco de países a reconhecer o asilo político concedido a Julian Assange. Uma clara demonstração da queda da influência americana na região, que teve apenas Canadá e Trinidad e Tobago colocando-se a seu favor.

O afastamento de Chávez dos holofotes globais, em decorrência do tratamento contra um câncer que ninguém sabe ao certo a evolução, abriu espaço para a ascensão da figura de Rafael Correa no falido papel de “paladino das liberdades”. O pouco interesse de Dilma e até mesmo a ausência de Lula, que teve suas ambições como presidente do Banco Mundial interrompidas por problemas de saúde (e também pelos do PT), são uma oportunidade para Correa.

O debut do equatoriano nas manchetes internacionais foi em grande estilo, em defesa de Julian Assange, tido como símbolo antiamericano. Assange é cidadão australiano, fundador do Wikileaks, site de vazamento (“leak”, em inglês) de informações, e oficialmente acusado de cometer “crimes sexuais” pelos tribunais da Suécia, que considera o sexo não consensual sem preservativo uma agressão. O australiano é ameaçado de extradição pela Inglaterra, país de Margaret Tatcher, que no passado concedeu asilo político a Augusto Pinochet.

Rafael quer ser Hugo e não entrou na briga pra perder. Com a opinião pública a favor de Julian Assange, Correa deixa a coadjuvância em um subcontinente para ganhar a simpatia mundial inata à garantia da liberdade de expressão.


A política fiscal será mesmo um dos temas centrais de discussão na campanha presidencial este ano nos Estados Unidos. É que o fisco norte-americano, sob a orientação democrata, não dá folga nem para os campeões olímpicos e cobra impostos até sobre as medalhas conquistadas pelos atletas vencedores.

Um atleta que ganhar o ouro em Londres, por exemplo, receberá do Comitê Olímpico uma quantia de US$ 25 mil. Já para aqueles que ganharem prata e bronze, os valores são de US$15 mil e US$10 mil, respectivamente. O imposto cobrado pelo tesouro estadunidense pode chegar até 35% do valor do prêmio concedido pelo COI. Se consideradas as 56 medalhas ganhas pelo país até o último domingo, serão, aproximadamente, mais R$ 2,1 milhões de receita para os cofres públicos do país.

A carga tributária incidente sobre a sociedade é historicamente uma fenda entre as correntes democrata e republicana nos Estados Unidos. Os republicanos, conservadores, são contra o aumento do volume de impostos. Já os democratas, em especial em momentos de crise econômica e desemprego, recorrem à política fiscal expansionista como ferramenta para o incremento de políticas sociais, como o plano de saúde e o auxílio moradia.

A proposta do presidente Barack Obama de beneficiar quem ganha menos de 250 mil dólares por ano e taxar quem ganha mais do que este valor colide com as expectativas da população mais liberal e é do desagrado dos conservadores. Já a lei de reajuste tributário, que ficou conhecida com “Lei Buffett” (declaradamente apoiada pelo milionário investidor Warren Buffet), propôs uma taxação mínima aos milionários norte-americanos e foi prontamente rejeitada pelo congresso.

Às vésperas das eleições, contudo, até os líderes democratas e o próprio Obama defendem um projeto de lei que tramita no congresso para criar uma isenção tributária para os que ganham medalhas nos Jogos Olímpicos. Não se pode brincar, afinal, com o sentimento patriota dos americanos ao ver suas estrelas nacionais, como Michael Phelps e a mais nova queridinha da América, Missy Franklin, encrencados com o leão.

Aliás, apenas o nadador Michael Phelps, caso a lei não seja aprovada, terá de pagar nada menos que R$ 82,6 mil pelos quatro ouros e duas pratas em Londres. Para Phelps, talvez, não fosse de todo mal a escassez de medalhas da delegação brasileira...

Que o mercado de casamentos no Brasil movimenta milhões não é novidade. Só em 2012, a indústria de fornecedores de produtos e serviços para casamento deverá render para a economia brasileira cerca de 12 bilhões de reais.  A decoração, os doces, o buffet, o vestido perfeito, todos os detalhes para garantir uma noite inesquecível para noivos e convidados. O que não se podia imaginar é que um mercado matrimonial paralelo, e bem mais transacional, esta se formando no país. Pelo menos é o que conta o jornal espanhol “El País”, em matéria divulgada esta semana.

Segundo o periódico, com o aumento do desemprego na zona do euro, agora é a vez de alemães, espanhóis, franceses e ingleses buscarem uniões por conveniência no Brasil. No passado os brasileiros, em busca de uma vida melhor, tornaram-se conhecidos por recorrer aos mais variados esquemas para contornar as leis de imigração nos Estados Unidos e Europa. O aquecimento da economia e as oportunidades de emprego no país tem possibilitado, contudo, não apenas o retorno de expatriados, mas também estimulado os famosos casamentos de fachada para garantir dupla cidadania.

O El País destacou a história do publicitário Luis que, espanhol e homossexual, pagou um “dote” de três mil reais a uma empregada doméstica para garantir uma residência legal em São Paulo. Uma bagatela se comparada com os 10 mil euros que chegavam a valer um casamento “arrumado” na Espanha dos anos noventa. O estrangeiro, que contatou a “noiva” pelo Facebook, afirma conhecer três alemães e um americano na mesma situação no Brasil.

Em caso de pedido de matrimônio entre estrangeiros, a polícia federal busca formas de comprovar se o casamento tem mesmo fins “nobres”, estudando o histórico e fazendo vistorias surpresas à residência do casal. Quem não passar nesta inspeção e vier a ter comprovada a acusação de fraude, pode ser condenado por crimes como falsidade ideológica ou uso de documento falso.

A burocracia envolvida na retirada de vistos a na autorização para trabalho legal no Brasil é um determinante. O governo brasileiro, contudo, afirma ter interesse em profissionais estrangeiros bem qualificados em busca de trabalho. Já às empresas brasileiras é exigido que um mínimo de dois terços de sua mão-de-obra seja nativa. As corporações fogem da extensa papelada e dos trâmites necessários para a contratação de um estrangeiro.

No Brasil são registrados cerca de 19 mil casamentos por semana. Ainda de acordo com a reportagem, os pedidos de visto por matrimônio com brasileiros aumentaram 95% de 2009 a 2010. Em 2011, 3.479 estrangeiros pediram visto. Franceses, ingleses e espanhóis encabeçam a lista dos interessados em visto para morar no Brasil.

Apesar de todo o empenho estrangeiro, já é possível perceber uma desaceleração na economia. O Brasil apresentou, no primeiro semestre deste ano, o pior resultado na geração de empregos nos últimos três anos. Uma redução de 26% nos primeiro semestre em comparação ao mesmo período de 2011 e uma queda de 44% em relação a Junho do ano passado. Ao contextualizar os números numa perspectiva global, porém, a situação do Brasil é muito mais favorável. Foram mais de um milhão de novos postos de trabalho gerados, um sonho para qualquer país europeu.

O embaixador do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, disse acreditar que o País não teria sucesso em um eventual processo contencioso que questione medidas macroeconômicas tomadas por outras nações que tenham resultado em perda de competitividade da economia nacional. O assunto foi levantado pelo presidente do Instituto de Analistas Brasileiros de Comércio Internacional (ABCI), Aluisio de Lima Campos, para quem o Brasil deve analisar direitos compensatórios provando que o câmbio funciona como uma espécie de subsídio para produtos importados entrarem em território nacional.

De acordo com Azevedo, é muito difícil caracterizar o câmbio como um subsídio. Ele disse que, se o órgão de apelação for acionado para julgar esse argumento, sua postura tende a ser conservadora, com pouca possibilidade de sucesso da causa brasileira. "As regras internacionais já definem que nenhum país vai, por meio de ações cambiais, anular as concessões feitas em termos tarifários. Mas a linguagem utilizada pelo órgão para essa regulamentação é muito ampla", disse, exemplificando um questionamento sobre a política de relaxamento monetário aplicada pelos Estados Unidos.

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"Se esse assunto for levado a um contencioso, é muito difícil saber se haverá sucesso na argumentação", afirmou, durante palestra no seminário "Os Impactos do Câmbio sobre o Comércio Internacional", na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Não há apetite político hoje para ter decisão na OMC que diga que países não podem ter autonomia para atuar na área cambial."

Um novo encontro do grupo de trabalho que discute as distorções provocadas pelo câmbio no comércio internacional será realizado provavelmente em outubro. Azevedo contou que nesta ocasião o Brasil vai tentar desconstruir o argumento de países que resistem em discutir o tema no âmbito da OMC. Os representantes brasileiros vão apresentar estudos que mostram que o câmbio sempre foi assunto de debates no órgão. "O câmbio sempre esteve em discussão na OMC de maneira implícita ou explícita", disse. "Vamos calar aqueles que insistem em dizer que o tema não é da competência da OMC."

A comitiva brasileira vai, ainda, apresentar um panorama das discussões travadas até o momento e levantar questionamentos sobre que pontos precisam ser levados em consideração na edição de medidas para acabar com o desequilíbrio artificial provocado pelo câmbio no comércio internacional. Esses pontos se referem a caracterizar desalinhamentos cambiais, o tamanho da cobertura das ações futuras, o tempo de aplicação das medidas e a implementação automática ou não de sanções, entre outros parâmetros.

Segundo o embaixador, cabe ao Brasil levantar a discussão internamente e levar propostas à OMC, já que foi o País que levou o tema ao órgão máximo do comércio internacional. "Precisamos de diálogo entre governo, acadêmicos e setor privado para sair com uma solução", afirmou, lembrando que a causa é de longo prazo e que vai demorar para que o País veja avanços práticos nessa área.

Após quase uma década de estudos, a Receita Federal e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciaram, nesta sexta-feira, o início do funcionamento do sistema que vai gerenciar informações sobre o comércio de serviços com o exterior, o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv). A partir de 1º de agosto, pessoas físicas e jurídicas que realizarem compra ou venda internacional de serviços de construção civil, postagem de documentos ou pacotes, manutenção, instalação e reparo deverão prestar informações ao governo, sob pena de multa.

Segundo Caio Marcos Cândido, subsecretário de Fiscalização da Receita, o objetivo do Fisco é saber mais sobre o setor de serviços, que movimentou R$ 105 bilhões no ano passado e deixou um rombo de R$ 35 bilhões nas contas externas do País. Para se ter ideia do que isso representa, o comércio de bens do Brasil gerou um superávit de R$ 29,8 bilhões no ano passado.

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De posse dos dados, a Receita pretende verificar a quantas anda o pagamento de impostos neste tipo de operação e, eventualmente, cobrar PIS, Cofins, Imposto de Renda, IOF e Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Remessas). "A informação que a Receita usa é sempre para reduzir sonegação", acrescentou Cândido.

Os dados prestados por empresas e pessoas físicas vão fazer parte do novo sistema. O governo espera que o detalhamento auxilie na elaboração de políticas públicas, como desoneração fiscal ou financiamento a juros mais baixos, para desenvolver no Brasil setores responsáveis por déficit comercial. Não precisam prestar informações os microempreendedores individuais (MEI), as empresas optantes pelo Simples Nacional e pessoas físicas que comprem ou vendam serviços cujo valor não ultrapasse R$ 20 mil mensais.

Além de aperfeiçoar o desenho de políticas públicas, o sistema também servirá para um dos projetos mais importantes na avaliação da presidente Dilma Rousseff: a exploração do pré-sal. Como boa parte das petroleiras aluga equipamentos e compra serviços de geologia no exterior, o sistema fará um retrato mais preciso dos setores que precisam de ajuda do governo para se desenvolver no País.

Cronograma

Paulatinamente, a exigência das informações será feita a todos os prestadores ou compradores de serviços do e para o exterior. A participação será plena, definiu o governo, em outubro do ano que vem. Até lá, operações de leasing, factoring, aluguel de equipamentos, turismo e toda a lista da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS) estará no ar.

Em caso de descumprimento, a Receita cobra multa de R$ 5 mil ou de 5% da operação. No caso do MDIC, a punição para pessoa física ou jurídica que não informar os dados é a exclusão de financiamentos subsidiados ou políticas públicas, como cortes de impostos.

Segundo Mauricio do Val, secretário interino de Comércio e Serviços do MDIC, o novo sistema demorou a sair do papel devido à complexidade do tema. Segundo Do Val, o Siscoserv será o único do tipo no mundo. Atualmente, o governo consegue enxergar os serviços por meio do registro das operações no Banco Central. Ele negou que o governo pretenda usar o mecanismo para impedir importações e, com isso, melhorar o saldo da balança comercial do setor. "Nossa política é de fomento à exportação", afirmou.

O protocolo de Ushuaia, assinado em 1998 pelos países integrantes do Mercosul, esclarece como indispensável a condição de regime democrático para a existência e desenvolvimento de um processo de integração. E foi em cumprimento a esta convenção que Brasil, Argentina e Uruguai legitimaram, diante das denúncias de ilegalidade no processo de impeachment de Fernando Lugo, a suspensão do Paraguai do grupo Sul-Americano.

Controvérsias a parte quanto à licitude da destituição do presidente paraguaio, os dirigentes do Mercosul buscaram respaldo em princípios absolutos como a soberania, a liberdade e o Estado de Direito. A oportunista decisão de incorporação da Venezuela como membro pleno do grupo, contudo, vai de encontro a qualquer tentativa de aprofundamento democrático na América Latina e determina a máxima do paradigma recente da diplomacia sul-sul brasileira: “Dois pesos, duas medidas”.

Se na última semana o Paraguai foi penalizado por sofrer um “déficit democrático”, ironicamente agora é a vez do Brasil ser acusado de utilizar-se de pressões pró-Chavez e orquestrar um “golpe” pra garantir a aprovação biônica para ingresso da Venezuela. O país, que já teve aprovada sua entrada pelos Congressos dos demais países-membros, sofria com a ressalva apenas do Paraguai que, conservador, embargou durante anos o estreitamento comercial do bloco com a Venezuela.

Chavéz comemora a decisão do Mercosul como a “derrota do imperialismo e das burguesias”. O interesse do Brasil em conceder o upgrade ao status de participação da Venezuela é, entretanto, sobretudo comercial. Além de garantir acesso privilegiado e facilitado a países da América central, o estreitamento das relações com um país integrante da Opep, poderá render ao Brasil mais força na posição de potência energética.

A suspensão do Paraguai está prevista para ser revogada após as eleições presidenciais em abril de 2013 e, de acordo com a carta constitucional do bloco, a aceitação de um novo membro precisaria ser aprovada por todos membros plenos integrantes. Resta agora esperar e conferir como o Brasil vai fazer para sair de mais esse embaraço diplomático.

As importações de janeiro a junho de 2012 foram recorde para o período ao totalizarem US$ 110,142 bilhões, segundo informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As compras brasileiras no exterior de combustíveis e lubrificantes subiram 13,7% enquanto que as importações de bens de consumo aumentaram 4,2% em relação a igual período de 2011. As importações de bens de capital cresceram 4,8% enquanto que as compras internacionais de matérias primas e intermediários caíram 0,4% no período.

Do lado das exportações, que tiveram queda de 1,7% no acumulado de janeiro a junho deste ano ante igual período de 2011, houve retração nas três categorias de produtos. Os manufaturados tiveram uma retração nos embarques de 1% puxada por plataforma de perfuração e exploração, laminados planos, calçados, açúcar refinado, motores para veículos e partes, autopeças e automóveis de passageiros. Na categoria de básicos, a queda nas exportações foi de 1,4% e principalmente pela redução dos embarques de milho em grão, café em grão, minério de ferro, minério de cobre, carne de frango, farelo de soja e carne bovina. As exportações de semimanufaturados tiveram uma retração de 6,5% no primeiro semestre, sendo as maiores reduções em ferro fundido, açúcar em bruto, celulose, couros e peles e alumínio em bruto.

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Mercados - No período de janeiro a junho deste ano, as exportações para a Ásia cresceram 5% e para os Estados Unidos, 16,5%. Por outro lado, as vendas externas tiveram queda de 7% para a União Europeia e de 14,7% para o Mercosul, principalmente por conta das vendas para a Argentina, que caíram 16% nos primeiros seis meses do ano em relação a igual período de 2011.

Do lado das importações, as compras brasileiras da Ásia aumentaram 4,2% (sendo 8,1% das compras realizadas da China); da União Europeia, 9,1%; dos Estados Unidos, 0,8% Por outro lado, as importações do Mercosul caíram 6% no primeiro semestre, sendo que a queda foi maior com a Argentina, de 8,6%.

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