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O Brasil precisa se integrar de forma mais efetiva a uma rede mundial de acordos comerciais, e o Mercosul não pode ser uma trava a essa iniciativa, defendeu nesta segunda-feira (8) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. "Nós ainda reconhecemos o Mercosul como algo importante, mas não pode se constituir uma trava para que Brasil busque inserção em outros blocos econômicos", disse em evento na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Segundo Monteiro, o Brasil deve buscar se associar a regiões mais dinâmicas de fluxos de comércio, como vem fazendo com o México e os Estados Unidos. "O casamento com Mercosul é indissolúvel, mas é sempre importante discutir a relação", brincou Monteiro. "Podemos encontrar um grau de liberdade compatível", acrescentou.

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Hoje, o País tenta lidar com a assimetria dentro do Mercosul e costurar uma proposta de acordo com a União Europeia, que vem se arrastando há alguns anos.

"Estamos defendendo firmemente que acordo entre Mercosul e União Europeia possa avançar, que possamos estabelecer um prazo para trocar ofertas com a União Europeia. Ainda temos ajustes para fazer dentro da oferta comum do bloco, mas já estamos muito próximos de uma posição", contou Monteiro.

Um dos grandes desafios, tanto para o acordo quanto num contexto mais geral, é conviver com as assimetrias, diante de políticas cambiais distintas, além de políticas macroeconômicas em direções nem sempre convergentes. Apesar disso, o ministro afirmou que, hoje, o Mercosul não representa uma limitação à política de comércio exterior brasileira.

Comércio com EUA

Monteiro afirmou também que a perspectiva do governo brasileiro é de que haja um aumento do fluxo de comércio com os Estados Unidos, especialmente na área de manufaturados. Sem mencionar cifras, Monteiro disse que as conversas entre os dois países para derrubar barreiras não tarifárias pode surtir "efeitos concretos" já nos próximos dois anos. A corrente de comércio de manufaturados entre Brasil e Estados Unidos está na casa de US$ 42 bilhões a US$ 43 bilhões, mencionou Monteiro. A expectativa é de que esse número fique bem maior em até dois anos.

"O grande problema (com os Estados Unidos) é convergência regulatória e harmonização de normas técnicas. Nesse sentido, estamos com grupo que desde março trabalha no âmbito dessa agenda de convergência regulatória. É uma barreira não tarifária", explicou Monteiro.

O mais importante, segundo o ministro, é o "sinal de retomada" na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos que está sendo dado com a medida. Para a visita da presidente Dilma Rousseff ao país norte-americano (ela embarca no fim deste mês), há a possibilidade de já haver resultados dessas negociações.

"O setor de cerâmica está quase concluindo (o acordo), e os setores têxtil e de máquinas e equipamentos estão adiantados", disse Monteiro. "Os dois governos reafirmam que esses setores são importantes", acrescentou.

Plano Nacional de exportações

Mesmo com restrições devido ao ajuste fiscal, o ministro espera anunciar no próximo dia 23 de junho um Plano Nacional de Exportações (PNE) com políticas recalibradas e que representem um "estímulo às empresas". Sem mencionar valores, Monteiro afirmou que o aperto nas contas públicas limita a equalização do Programa de Financiamento à Exportação (Proex), mas que "está pedindo reforços".

"O Proex é atingido por ajuste fiscal, mas espero anunciar no dia 23 um plano recalibrado, para que isso venha a representar um estímulo às empresas", disse. "Nós estamos pedindo reforços (para o Proex), há a expectativa de recursos extras", acrescentou. Segundo ele, cada R$ 1 investido gera R$ 45 em receita de exportação.

O ministro comentou ainda que é preciso apoiar o processo de internacionalização das empresas brasileiras, oferecendo regras seguras e financiamentos adequados, tanto em termos de seguro quanto de garantias. "O reposicionamento do Brasil nesse plano de política comercial é muito importante. Não há como atuar no mercado externo sem fortalecer instrumentos de financiamento de seguro e garantias", disse o ministro.

O PNE também contemplará o compromisso de aprimorar instrumentos tributários para exportações, garantiu o ministro. Segundo ele, o Brasil precisa "se estruturar melhor em termos de inteligência comercial".

Política industrial

O Brasil precisa reposicionar sua política industrial, afirmou Monteiro. Segundo ele, houve no período recente uma confusão entre política anticíclica, para minimizar os efeitos da crise, e política industrial. A conjuntura desfavorável, porém, não significa que o cenário à frente será de piora. "Os pessimistas no Brasil estão sempre condenados a perder. Não é uma boa aposta no Brasil ser pessimista", disse.

Segundo o ministro, o Brasil contou com três gerações de política industrial que "cumpriram seu papel". "Nos últimos anos, houve visão predominante de grandes agregados, com confusão entre política anticíclica e política industrial. Agora, queremos ter foco maior na questão da produtividade", disse Monteiro.

Uma agenda de reformas que incluí a questão tributária e o ambiente microeconômico, até hoje inconclusa, é prioritária para que o País retome a capacidade de crescimento, afirmou o ministro. Entre algumas medidas estariam a reformulação da Lei do Bem e da Lei de Inovação. "Creio que temos de reposicionar a política industrial no Brasil", disse. A sociedade ainda vive com desequilíbrios imensos", reforçou.

Reformas

O Brasil tem de construir uma visão convergente para colocar em prática sua agenda de reformas, necessária para a retomada do crescimento, defendeu o ministro Armando Monteiro Neto. "No campo político, o Brasil tem de construir visão minimamente convergente sobre agenda de reformas. O jogo político não pode nos impor visão imediatista. Todos precisam entender que isso pode ter um custo altíssimo para a sociedade brasileira", disse.

Segundo Monteiro, o Brasil carece de uma reforma no ambiente microeconômico, em questões regulatórias e tributárias, mas a orientação hoje do governo é focar em ganhos de produtividade. "Sem reformas também no ambiente microeconômico, não temos capacidade de retomar o crescimento", disse.

China

O Brasil precisa deixar de olhar a China como uma ameaça em termos de comércio exterior, defendeu Monteiro. Em palestra na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), ele disse que o País precisa fazer "valer seus interesses".

"Precisamos deixar de olhar a China como uma ameaça e fazer valer nossos interesses. É nosso principal parceiro comercial, mas, do nosso lado, exportamos basicamente commodities. Não vamos deixar de exportar commodities, mas precisamos encontrar formas de qualificar um pouco mais nossa corrente de comércio com China", disse Monteiro.

Hoje, as importações vindas da China são alvo de reclamações de boa parte dos setores industriais no Brasil, que perderam fatia do mercado interno para a produção asiática - principalmente no caso de manufaturados.

O governo federal lançará nos próximos dias o Plano Nacional de Exportação, um conjunto de medidas para estimular e desburocratizar as exportações do País. A informação foi confirmada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que nesta semana esteve reunido com o Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex).

Segundo Armando, o plano visa atingir cerca de 30 países considerados “estratégicos” para as exportações brasileiras, atingindo um novo status à área de comércio exterior no País.  Pelo menos 80% dos setores de exportação brasileiros foram consultados para a definição das linhas atuação do plano, que também envolveu uma intensa articulação com órgãos de governo. “Nós recebemos diversas propostas e sugestões. Estamos analisando e harmonizando esse conteúdo, como o pessoal do Ministério da Fazenda, Agricultura e  das Relações Exteriores”, informou.

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Entre as ações previstas estão acordos comerciais e a remoção de barreiras não tarifárias. “As premissas desse plano foram validadas com forte representação do setor privado, que, evidentemente, é quem exporta no País. Essa interlocução com o setor privado é fundamental para o êxito do programa e, sobretudo, para esse objetivo estratégico de fortalecer a inserção internacional do Brasil”, frisou o ministro.

Monteiro também anunciou que são prioridades do programa a concessão de créditos para exportação, a adoção de medidas de facilitação de comércio e a utilização de ferramentas de inteligência comercial. “A ação hoje no comércio externo exige informação. Os mercados mudam, têm características distintas. Hoje, é necessário ter ferramentas de inteligência comercial para orientar as ações do Brasil”, defendeu.

No cenário difícil para o comércio exterior brasileiro, um alento pode vir dos Estados Unidos. A recuperação da economia americana esperada para este ano pode fazer com que a demanda por produtos manufaturados produzidos no Brasil aumente, o que ajudaria a balança comercial brasileira a ser menos dependente das economias da região com baixo crescimento econômico. "Hoje os olhos estão voltados para os EUA", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

No primeiro bimestre, as vendas para os EUA somaram US$ 3,766 bilhões e responderam por 14,6% do total. A participação americana ficou atrás da União Europeia (20,1%), América Latina e Caribe (20,8%) e Ásia (27,8%).

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O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rafael Cervone, diz que, com a piora da economia da Argentina, os empresários buscam novos mercados, inclusive com maior presença nos EUA. "Como o problema da Argentina não é de agora, os empresários estão empenhados em buscar mercados como o da Colômbia, do Paraguai e da Bolívia, e tentando voltar para os EUA." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a intenção de estreitar as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto inicia, nesta quarta-feira (11), viagem para Washington. Essa é a primeira viagem de Armando como ministro, bem como do novo Governo.

Em Washington, Monteiro irá se encontrar a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Penny Pritzker. Logo após, o ministro se reunirá com a assessora de Relações Econômicas Internacionais do Conselho Nacional de Segurança, Caroline Atkinson. Já na quinta-feira (12), o ministro se reúne com o embaixador Michael Forman, representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR). Encerrando a viagem, Armando participa de almoço na Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber).

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A viagem tem como principal foco tratar de temas que possam ampliar o comércio entre os dois países, como questões relacionadas à facilitação de comércio e convergência regulatória que poderão representar avanços para o fluxo comercial.

Depois da Argentina, as transações comerciais entre o Brasil e o Uruguai poderão ser feitas na moeda local dos dois países. O sistema de pagamento em real e peso uruguaio entrará em operação em dezembro, informou o Banco Central do Brasil. Os testes de informática para a implantação estão sendo concluídos. O convênio para o início das transações foi assinado, na sexta-feira passada, durante a reunião dos presidentes de Banco Centrais da América do Sul, em Lima, no Peru.

O Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), como é chamado, substitui as transações em dólares e deve facilitar o comércio de bens e serviços entre o Brasil e o Uruguai. Pelo convênio, importadores e exportadores brasileiros e uruguaios poderão realizar pagamentos e receber em suas respectivas moedas, dispensando o contrato de câmbio. Também será possível a utilização do sistema para o pagamento de aposentadorias e pensões, além de remessas de pequeno valor.

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De acordo com o BC, o mecanismo vai aumentar o nível de acesso dos pequenos e médios agentes e aprofundar o mercado em real e peso uruguaio, com redução de custos das transações. O uso do SML é voluntário.

O BC brasileiro informou que o sistema com o Uruguai é semelhante ao da Argentina, mas inclui avanços decorrentes da experiência adquirida ao longo dos anos. Entre esses avanços, o BC cita a possibilidade de os agentes brasileiros não apenas exportarem, mas também importarem em reais, e a inclusão de serviços não relacionados ao comércio de bens.

O sistema de pagamentos com a Argentina foi criado em 2008, mas com a crise do país vizinho as operações têm recuado. O sistema deve ser expandido para outros países, como o Paraguai. Outras nações como Rússia, Índia e China já demonstraram interesse em adotar o sistema no comércio bilateral com o Brasil.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) alterou o imposto de importação de alguns produtos utilizados em itens de higiene pessoal e em tecidos para confecção de roupas íntimas, de banho e vestuário esportivo.

Por meio da resolução do Grupo Mercado Comum (GMC) nº31/14, reduziu de 14% para 2% o imposto de importação do cloreto de hexadimetrina, usado em produtos de higiene pessoal. Já a resolução nº 34/14 tornou permanente a redução, de 12% para 2%, da adiponitrila, usada em tecidos.

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A Receita Federal trabalha para implementar duas medidas que podem facilitar a vida das empresas que operam no comércio exterior. Até o final do ano, o órgão quer fechar o modelo brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA) e dar início ao processo de simplificação do Recof - Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado. As medidas fazem parte do pacote anunciado na última segunda-feira, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o setor exportador.

O subsecretário substituto de Aduana da Receita, Luís Felipe Reche, disse à reportagem que o foco das medidas é propiciar uma agilização do fluxo dos grandes exportadores e simplificar para permitir o acesso de pequenas e médias empresas que não exportam de maneira rotineira. "O principal desafio é ser ágil e ao mesmo tempo ser eficaz no combate aos desvios", afirmou.

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Hoje há uma concentração muito forte no comércio exterior brasileiro. Cerca de 40 empresas são responsáveis por 50% do valor das exportações. "Essas propostas vão permitir dar fluidez para o operador atual e simplificar para que outras empresas possam operar", explicou.

Recof

A Receita iniciará ainda em 2014 a modernização do Recof, um regime que permite a importação de insumos com suspensão tributária para a produção de bens a serem exportados. As empresas habilitadas também recebem outras facilidades como operar na chamada linha azul da Receita, que garante o despacho aduaneiro mais rápido das importações porque não há checagem da carga no local.

O problema é que há exigências para participarem do regime como um valor mínimo de exportação por ano. O resultado é que apenas grandes exportadores conseguem se habilitar. A Receita quer reduzir o compromisso de exportação e simplificar o controle. "Vamos em um primeiro momento mudar o critério contábil e num segundo momento trabalhar no modelo de controle para simplificar", afirmou o subsecretário. "Esse ano, começa uma simplificação, mas a mudança do modelo em si será em 2015", completou.

OEA

O processo de instalação do OEA também terá início este ano, mas a implementação completa só ocorrerá no final de 2016. A programação também inclui a revisão do processo de habilitação da linha azul para ampliar o número de empresas que usam esse canal. Em um segundo momento, a linha azul será incorporada ao OEA.

O Operador Econômico Autorizado é um conceito mundial que permite identificar, baseado num conjunto de critérios, operadores considerados de baixo risco. Eles têm direito a um tratamento aduaneiro ágil, reduzindo ao máximo a intervenção da aduana. Também permite que o País assine convênios de reconhecimento mútuo com outras nações, garantindo que as exportações brasileiras recebam tratamento agilizado no país de destino. "Esse é um grande ganho do OEA", defendeu Reche. Países como Estados Unidos e Uruguai já manifestaram o interesse de assinar o acordo de reconhecimento mútuo com o Brasil.

O primeiro passo, que será dado neste ano, é definir o modelo brasileiro de OEA para permitir as primeiras habilitações. Serão empresas que já participam de um projeto piloto com a aduana dos Estados Unidos. Esses operadores certificados devem atender requisitos de segurança, como a não manipulação da carga.

"Em 2015, queremos ter mais de 20% das operações de exportações com operadores do OEA", informou o subsecretário. Podem ser habilitados transportadores, exportadores, importadores e outros operadores do comércio exterior que atendam o princípio da segurança da cadeia. Na última fase, em 2016, a Receita pretende incorporar ao sistema outros órgãos do governo, como a Anvisa, que também são anuentes das operações de comércio exterior.

Protocolo de Kyoto

Entre as medidas anunciadas pelo ministro Mantega também está a implementação do protocolo de Kyoto no que diz respeito às melhorias dos procedimentos aduaneiros. "Na prática, o Brasil já atende mais de 95% do que está recomendado na convenção de Kyoto. Só que o Brasil nunca formalizou. Vamos mostrar para o mundo que o País segue os padrões internacionais", disse Reche. O Brasil assinou o protocolo, mas não concluiu processo de internacionalização. O documento precisa ser aprovado no Congresso e depois internalizado por ato do poder Executivo.

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) abriu consulta pública sobre modificações na nomenclatura e na Tarifa Externa Comum (TEC) de 36 produtos, entre eles aparelhos para proteção de circuitos elétricos e medicamentos, como nimesulida e cefaclor. Os detalhes da consulta estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira.

O documento divulga as propostas de modificação que estão em análise pelo Departamento de Negociações Internacionais (Deint) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A intenção, segundo o texto, é "colher subsídios para definição de posicionamento no âmbito do Comitê Técnico nº 1, de tarifas, nomenclatura e classificação de mercadorias, do Mercosul".

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As manifestações sobre o assunto deverão ser dirigidas ao Deint por meio do protocolo da Secex, no endereço EQN 102/103, lote 1, Asa Norte, Brasília/DF, CEP 70722-400. As correspondências deverão ser encaminhadas no prazo de 30 dias.

A crise diplomática da Rússia com a União Europeia e os Estados Unidos, intensificada nos últimos meses após a tensão envolvendo a região ucraniana da Crimeia, levou o mercado russo a demandar mais produtos agrícolas brasileiros e a se abrir a itens até então sem entrada em Moscou. As exportações do Brasil para o país europeu cresceram 22,4% de janeiro a agosto deste ano, na comparação ao mesmo período de 2013, conforme levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a pedido do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência EStado.

As vendas externas do Brasil para a Rússia nos oito primeiros meses deste ano saltaram de US$ 1,972 bilhão, em 2013, para US$ 2,414 bilhões, em 2014. O acréscimo de US$ 442 milhões foi puxado por uma maior importação de carne suína brasileira (70,2%), frango (41,3%) e bovina (12%). A remessa de carne in natura representou 62% das exportações brasileiras, somando US$ 1,49 bilhão - sendo US$ 905,673 milhões em carne bovina, US$ 474,192 milhões em suína e US$ 110,641 milhões em frango. Na comparação com janeiro a agosto de 2013, o total em carne enviada para ao consumidor russo em igual período deste ano cresceu 28,6%, com o incremento de US$ 326,584 milhões.

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Manufaturados

Os russos também demandaram 48,3% mais café em grãos, totalizando US$ 56,267 milhões de janeiro a agosto, ante US$ 37,932 milhões em 2013. Por outro lado, as compras de café industrializado (solúvel) do Brasil caíram 20,2%, de US$ 51,433 milhões, em 2013, para US$ 41,047 milhões neste ano.

Entre os manufaturados, também houve queda de 73,4% na compra de ferro-ligas, que recuou de US$ 35,665 milhões para US$ 9,489 milhões, na comparação com janeiro-agosto de 2013 e 2014; de 71,9% para motores e partes de automóveis, com recuo de US$ 27,966 milhões para US$ 7,845 milhões; e de 34% em calçados, após retração de US$ 22,044 milhões para US$ 14,549 milhões.

Em contrapartida, entre os industrializados, a Rússia intensificou a compra de máquinas e aparelhos para terraplenagem, com aumento de 21,8% na aquisição desses itens. O valor subiu US$ 17,204 milhões para US$ 20,953 milhões.

Os russos também intensificaram a importação de químicos em 536,8%. A compra pelo país de ácidos carboxílicos e derivados halogenados saltou de US$ 3,310 milhões, em 2013, para US$ 21,077 milhões, neste ano.

Inéditos

A melhoria na relação bilateral levou a Rússia a importar itens inéditos produzidos no Brasil, com destaque para soja e tratores. O parceiro europeu elevou a compra de soja, até então sem entrada no mercado russo, que atingiu 9,4% na pauta total de exportações. A compra pelos russos da oleaginosa em grãos somou US$ 227,903 milhões. Já o farelo de soja saiu de zero para US$ 15,249 milhões. Moscou também abriu seu mercado para tratores, que na primeira remessa somou US$ 9,142 milhões.

O Mercosul, bloco criado há 23 anos, não é mais o principal sócio comercial da Argentina. Isso é o que indicam os dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), que apontam os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) - integrado pela Indonésia, Malásia, Cingapura, entre outros - junto com a China, Coreia do Sul, Japão e Índia como destinatários de 25% das exportações da Argentina.

No mês passado o Mercosul foi responsável pelas compras de 23,5% dos produtos argentinos enviados ao exterior. É a primeira vez desde a fundação do bloco em 1991 que o Mercosul fica em segundo posto no destino das exportações argentinas. A União Europeia, que obteve o terceiro lugar, absorveu 12% das vendas argentinas.

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O bloco do cone sul também deixou de ter a pole position nos destinos das importações feitas pela Argentina, já que do total de produtos comprados pela Argentina, 23% vieram dos países da Asean, China, Coreia do Sul, Japão e Índia. Outros 21,5% dos importados vieram do Mercosul e 19% dos países do Nafta. Segundo o Indec, em julho as exportações argentinas para a China aumentaram 77% em comparação com o mesmo mês de 2013, enquanto as vendas da Argentina para o Brasil sofreram queda de 18%.

Os dados do Indec também indicam que as importações argentinas de produtos brasileiros caíram 31% em julho, enquanto a entrada de produtos chineses teve redução de 12%.

Protecionismo

Segundo o ex-secretário de indústria Dante Sica, diretor da consultoria econômica Abeceb, essa queda de status do Mercosul "deve-se a uma bateria de fatores, entre eles o fato de que as economias da Argentina e do Brasil estão desacelerando. E, dessa forma, o nível de comércio diminui". Mas, segundo Sica, o comércio entre a Argentina e os sócios do Mercosul "também foi reduzido por causa da política de restrições às importações implementada pelo governo da presidente Cristina Kirchner".

Além disso, afirma o economista, o governo argentino restringe o acesso aos dólares, medida que complica as compras de produtos importados. "E, de quebra, a Argentina tem problemas para conseguir financiamento no exterior. O único país que está abrindo linhas de crédito é a China."

No entanto, segundo Sica, o deslocamento do Mercosul do primeiro posto no destino das exportações argentinas não está vinculado a um plano do governo Kirchner. "Não foi planejado. Simplesmente aconteceu. Mas torna-se uma tendência."

Nos últimos anos os produtos asiáticos deslocaram gradualmente as mercadorias brasileiras no mercado argentino. Entre os setores conquistados pelos asiáticos estão os de calçados, eletrônicos, autopeças e bens de capital, além de artefatos elétricos.

No Mercosul - na teoria - teria de predominar o livre-comércio. No entanto, desde 2004 - e com mais intensidade desde 2009 - o governo Kirchner aplica medidas protecionistas, especialmente contra seus sócios do Mercosul, o que gera constantes reclamações do empresariado de Uruguai, Paraguai e Brasil. Os governos em Assunção e Montevidéu também protestam com frequência contras as barreiras argentinas, enquanto o governo do Brasil assume posições mais benevolentes com o protecionismo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Cedepe Business School está com inscrições abertas para MBA em Gestão de Negócios Internacionais e Comercio Exterior. Os cursos tem duração de 18 meses e as aulas iniciam no dia 6 de agosto. Para se inscrever, os interessados devem acessar o site da instituição ou entrar em contato com a coordenação do através do endereço eletrônico: emailrelacionamento@cedepe.com.br.  

O MBA tem como objetivo oferecer ao gestor de negócios internacionais, o domínio de um conjunto de competências, habilidades técnicas e gerenciais, que garantam a obtenção de resultados estratégicos em organizações internacionais ou que atuam em comércio exterior. O curso é voltado para empresários, executivos, diretores, gestores e consultores que atuam em organizações multinacionais. Além de profissionais que atuam no segmento de comércio exterior, internacionalização de empresas e que estejam intimamente atrelados ao fenômeno da globalização, buscando maior aprofundamento das técnicas de gestão internacional e comércio exterior.

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CEDEPE

Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcanti, 110. Derby

(81) 34684411 | relacionamento@cedepe.com.br

http://www.cedepe.com.br/site/institucional/o-cedepe.php

 

A Faculdade dos Guararapes está com inscrições abertas para o Vestibular 2014 do segundo semestre. As candidaturas podem ser realizadas até a próxima sexta-feira (25), através do site do site da instituição de ensino. Para essa seleção são oferecidas vagas para os cursos de administração, comércio exterior, ciências contábeis, gestão ambiental, gestão comercial, recursos humanos e marketing.

Os três primeiros colocados gerais recebem bolsa de estudo de 50% durante toda a graduação. O fera pode escolher a data da prova, podendo optar entre os dias 26 ou 27 de julho. Os portões serão abertos às 8h e fechados às 8h45. A prova terá início às 9h e término às 12h.

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A reabertura do mercado chinês para a carne bovina brasileira, anunciada nessa quinta-feira, 17, pelo Ministério da Agricultura, anima o setor em Minas Gerais. Apesar de nenhuma das primeiras nove unidades autorizadas estarem localizadas no Estado, Minas poderá entrar em futuras listas de estabelecimentos habilitados, informa o assessor Técnico de Pecuária, Bruno de Barros Ribeiro de Oliveira, da Secretaria estadual de Agricultura.

Ele observou que Minas tem um grande número de frigoríficos, entre os quais de grandes grupos do setor. "Temos 31 unidades com Serviço de Inspeção federal (SIF). Somente no Triângulo Mineiro, são nove e de grandes grupos, como JBS e Marfrig. Tenho certeza de que eles vão solicitar o quanto antes as autorizações para exportar ao país", afirmou Oliveira, em entrevista exclusiva ao Broadcast, seviço em tempo real da Agência Estado.

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Segundo Oliveira, Minas Gerais tem o segundo maior rebanho efetivo de bovino do Brasil, com 24 milhões de cabeças, o que corresponde a 11,5% do total nacional, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a junho, o Estado exportou US$ 11,7 milhões em carne bovina, alta de 3,20%, e 4,2 mil toneladas em volume, acréscimo de 1% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Ainda conforme o especialista, o reflexo da abertura do mercado chinês, no âmbito nacional, melhorará não somente as exportações, mas o mercado interno, com melhores preços aos pecuaristas.

As exportações brasileiras devem somar US$ 228,240 bilhões em 2014, o que representará uma queda de 5,8% ante o volume exportado em 2013, que alcançou US$ 242,179 bilhões. A previsão é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). No fim do ano passado, a AEB previa que as exportações deste ano teriam um desempenho melhor, alcançando US$ 239,053 bilhões.

Já a previsão para as importações do País este ano está em US$ 227,605 bilhões, redução de 5,0% em relação aos US$ 239,621 bilhões realizados em 2013. A previsão anterior, divulgada em dezembro de 2013, era de importações de US$ 231,830 bilhões.

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Como resultado, a AEB espera que a balança comercial registre um superávit de US$ 635 milhões, um tombo de 75,2% em relação aos US$ 2,558 bilhões gerados em 2013. A estimativa inicial da AEB era de um superávit de US$ 7,223 bilhões este ano. (Daniela Amorim - daniela.amorim@estadao.com)

Industrializados

As exportações brasileiras de produtos industrializados devem somar US$ 109,455 bilhões em 2014, o equivalente a uma queda de 11,5% ante o volume exportado em 2013, que alcançou US$ 123,616 bilhões, prevê também a AEB.

A previsão para as exportações de semifaturados está em US$ 29,254 bilhões, redução de 4,2% em relação aos US$ 30,526 bilhões realizados em 2013.

Já as exportações de manufaturados devem somar US$ 80,201 bilhões, queda de 13,8% ante 2013, quando totalizaram US$ 93,090 bilhões.

Por outro lado, as exportações de produtos básicos deve aumentar 0,4%, passando de US$ 113,023 bilhões em 2013 para US$ 113,492 bilhões em 2014.

O governo brasileiro lançou nesta quarta-feira (2) uma página na internet para promover e facilitar o comércio exterior. O BrasilExport - Guia de Comércio Exterior e Investimento reúne informações de como exportar, importar e investir, além de dados sobre logística no país, acordos tarifários, notícias e eventos relacionados ao comércio exterior.

Em espanhol, inglês e português, as informações disponibilizadas no site são uma compilação atualizada de dados do governo, que visa a promover as trocas comerciais entre o Brasil e outros países, além de captar investimentos estrangeiros. No portal, é possível também tirar dúvidas especificas, por meio de um sistema de envio de perguntas e respostas.

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"O BrasilExport é uma plataforma extremamente relevante porque cria uma coordenação de um conjunto de informações que já eram produzidas pelo governo. No entanto, agora, podemos compartilhar, em um mesmo sítio eletrônico, todo o conjunto de informações relevantes para as atividades de comércio", destacou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges.

Para o ministro, essa ferramenta é um esforço de acompanhar a transição do perfil da economia mundial, que sai de um momento de crise para um período de expansão, especialmente a partir de 2015 e 2016. "Nossa escala [de comércio] de hoje merece instrumentos inteiramente compatíveis com os dias que vivemos, em que a força das ferramentas digitais é fundamental para a efetivação do comércio", explicou o ministro, ao ressaltar que o comércio exterior brasileiro soma cerca de US$ 500 bilhões – quatro vezes mais do que no começo da década de 2000.

Para o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, o BrasilExport será uma forma de desburocratizar o sistema de comércio exterior brasileiro e permitirá a difusão de conhecimento relacionado ao tema. "Essa iniciativa, entre três ministério, ampliará cada vez mais e aperfeiçoará a nova realidade de administração púbica, cujos temas são transversais e merecem tratamento sistêmico".

A participação dos produtos importados no consumo do brasileiro atingiu 22,5% no primeiro trimestre de 2014, segundo divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado é o mais alto da série histórica, iniciada em 2007, de acordo com o estudo Coeficientes de Abertura Comercial publicado nesta sexta-feira (16). O aumento foi de 0,4 ponto porcentual ante o último trimestre do ano passado, quando ficou em 22,1%.

Para a CNI, o estudo aponta que "a indústria nacional não consegue competir com as estrangeiras e está perdendo importância nos mercados internos e externos". Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a participação dos importados cresceu 1,4 ponto porcentual no início de 2014.

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O resultado foi puxado, segundo a entidade, pelo aumento no Coeficiente de Penetração de Importações na indústria de transformação, que subiu de 20,5% nos últimos três meses de 2013 para 20,9% no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período, o coeficiente de importações na indústria extrativa caiu de 57,5% para 54,9%.

Exportações

O coeficiente de exportação da indústria, que mede a participação das vendas externas no valor da produção industrial, ficou estável. Para a CNI, o índice só não caiu devido à desvalorização do real frente ao dólar no primeiro trimestre. O coeficiente ficou em 19,8% no primeiro trimestre, muito próximo dos 19,7% do final do ano passado.

Na indústria extrativa, o coeficiente de exportação caiu 1,4 ponto porcentual em relação ao último trimestre de 2013 e foi de 69,3% nos primeiros três meses de 2014. Na indústria de transformação, o coeficiente ficou estável em relação ao fim do ano passado, em 16%.

Os desafios e os beneficios de investir em negociações internacionais serão abordados em oficina sobre Gestão de Risco Geral e Pagamentos Internacionais. O encontro, que será realizado no dia 12 de maio, tem como objetivo apresentar táticas para se tornar mais competitivo em negociações com outros países e mostrar que afazer negócios fora do Brasil está ao alcance de qualquer empresa.

Quem comandará o encontro Sérgio Pereira, especialista em Negócios Internacionais, e responsável pela internacionalização de produtos e empresas em mais de 50 países. “O potencial de Pernambuco é muito grande, tanto para novas empresas entrarem na dinâmica internacional quanto para aprofundar os negócios daquelas que já operam lá fora”, avalia o palestrante, segundo assessoria de imprensa.

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O convidado pretende ensinar formas seguras de exportação para evitar riscos de inadimplência, para isso é necessário reconhecer parceiros comerciais favoráveis e formas de pagamentos mais competitivas. As inscrições podem ser feitas através do telefone: 81 3412 8400 ou pelo e-mail: comercial@fiepe.org.br

Gestão de Risco Geral e Pagamentos Internacionais

Fiepe (avenida Cruz Cabugá, 747 - Santo Amaro, Recife)

12 de maio

81 3412 8400 | comercial@fiepe.org.br

O governo federal publicou nesta quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União (DOU) decreto que cria o Portal Único de Comércio Exterior. O canal será lançado nesta manhã em cerimônia com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges Lemos.

O novo canal será desenvolvido no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) para unificar todos os sistemas dos órgãos envolvidos nos processos de exportação e importação no País e simplificar as operações de compra e venda de bens. Por meio do portal, operadores e intervenientes do comércio exterior vão conhecer as exigências impostas por órgãos de governo para a concretização de uma operação de importação, exportação ou trânsito aduaneiro. Além disso, uma vez que dados ou documentos já tenham sido recebidos pelo portal, não deverão mais ser requisitados pelos órgãos participantes do Siscomex, o que impedirá repetição de procedimentos e tornará mais ágeis os processos. O portal deverá permitir o envio e a recepção de documentos digitais firmados por assinatura digital.

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Segundo o decreto, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) acompanhará o desenvolvimento e a implementação do portal e atuará de forma coordenada com a Comissão Gestora do Siscomex na articulação com os órgãos que farão parte do sistema. A lista de entidades que irão cooperar na alimentação do portal inclui agências reguladoras, como Ancine, Anvisa e Aneel, Banco Central, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Polícia Federal, Correios, e ministérios, como o da Agricultura e o da Defesa.

Os interessados em se capacitar nas áreas de administração, gestão, logística e comercio exterior, finanças e tecnologia, poderão participar, na manhã deste sábado (5), do ciclo de palestras gratuito, que será realizado na Faculdade Estácio de Estácio do Recife. O encontro visa debater alguns temas, como coaching, trading, mercado empresarial, segurança de redes, governança corporativa, logística reversa, mercado de ações, finanças pessoais, entre outros.

Os debates contarão com a participação de Paulo Lyra - Diretor do SESI, Carlos Eduardo Oliveira - Inspetor da Receita Federal de Pernambuco, Johann Schneider - Proprietário da Schneider Consult, entre outros convidados. Para participar, é preciso entrar em contato com a coordenação, através do telefone 81 3326 8813, até o dia do evento.

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Ciclo de Palestras Estácio do Recife

Sábado (5) | 9h às 12h

Faculdade Estácio do Recife (Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, 1678, Prado)

(81) 3326-8813

A Receita Federal informou nesta terça-feira, 11, que arrecadou cerca de R$ 240 milhões em impostos de turistas em viagens internacionais no segundo semestre do ano passado. Segundo os dados, R$ 191,2 milhões são referentes a declarações espontâneas e R$ 49,2 milhões são de pessoas que não declararam os bens e foram fiscalizadas pela Receita.

O número divulgado considera os resultados a partir de agosto do ano passado, quando a Receita implantou a e-DBV, a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante, que permite que os contribuintes façam a declaração online dos bens e valores em viagens internacionais. Segundo o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, Ernani Checcucci, a quantidade de declarações no ano foi "muito maior". "Estamos criando facilidades para que o contribuinte possa se regularizar de forma espontânea simplificada", afirmou.

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A quantidade de voos internacionais diminuiu de 174,2 mil em 2012 para 162,6 mil no ano passado, mas o número de passageiros internacionais subiu de 18,69 milhões para 19,79 milhões, segundo a Receita.

Copa do Mundo

Checcucci afirmou que a Receita Federal ainda não sabe se o sistema de reconhecimento facial que facilitará a fiscalização nos aeroportos estará concluído até a Copa do Mundo. "Não temos clareza em relação a isso data de conclusão do sistema, que também está associado à questão orçamentária. Queremos o mais rápido possível. É um projeto que será desenvolvido independente da Copa", disse. Ele acrescentou que a licitação para o sistema de recepção das informações de companhias aéreas só saiu no início deste ano. "Estamos correndo para fazer o mais rápido possível."

Em agosto do ano passado, Checcucci informou que a Receita estudava a implantação de novas medidas para agilizar e tornar mais eficaz a fiscalização das aduanas, o que incluía um sistema capaz de fazer reconhecimento facial. As companhia aéreas transmitirão a relação de passageiros à Receita Federal, que cruzará dados e selecionará passageiros para fiscalização. Na ocasião, ele também não deu prazo para a implementação das mudanças e disse que ocorreria o mais rápido possível.

O subsecretário afirmou hoje que, para 2014, a Copa do Mundo é uma grande prioridade. "O plano de reforço está sendo concluído", afirmou. "Além da Copa, continuaremos com projeto de modernização dos sistemas informatizados do comércio exterior e dos passageiros", disse.

Remessas

A Receita Federal processou no ano passado 20,8 milhões de remessas postais (envelopes, cartas e encomendas), 44% a mais que em 2012, quando somou 14,4 milhões. A tributação sobre essas remessas subiu 16%, de R$ 220,8 milhões em 2012 para R$ 256,1 milhões no ano passado. O valor médio, entretanto, teve queda: de R$ 138 para R$ 106, uma redução de 23%.

Checcucci disse que esse tipo de comércio está crescendo e que a Receita tem um projeto para informatizar o controle das remessas postais internacionais em parceria com os Correios.

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