Tópicos | relações internacionais

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conversou, nesta segunda-feira, 23, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre os conflitos entre Israel e o grupo Hamas. De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, ambos os presidentes concordaram sobre a necessidade de cessar os bombardeios na Faixa de Gaza e a imediata de libertação dos reféns.

Segundo a nota, o presidente Lula relatou a situação dos brasileiros em Gaza e reiterou a urgência de criação de corredor humanitário que permita a saída dos estrangeiros e a entrada de remédios, água e alimentos na Faixa de Gaza.

##RECOMENDA##

Na conversa, Putin comentou sobre a proposta do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi vetada pelos Estados Unidos na semana passada.

Com o veto, o Conselho rejeitou o texto proposto sobre a guerra entre Hamas e Israel. Diante da voto negativo à proposta, Putin lamentou a falta de solução no conflito para a criação do Estado da Palestina.

Na ligação, o brasileiro e o russo também trataram sobre a guerra na Ucrânia. Segundo a nota, Lula "reafirmou a disposição do Brasil para ajudar em qualquer mediação quando os lados envolvidos estiverem dispostos a falar de paz".

A posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode entrar para a história da democracia brasileira com a maior presença de chefes de Estado de todo o mundo. Até então, já foram confirmadas as presenças de 12 convidados, entre eles o Rei da Espanha, Filipe VI, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (7), pela equipe de transição do presidente eleito. 

Chefes de Estado de todos os países que o Brasil possui relações diplomáticas receberam convite para a posse na segunda-feira (5). A equipe de transição informou que o presidente da Venezuela Nicolás Maduro ainda não foi convidado porque o atual governo suspendeu as relações com o país, mas que está em tratativa. 

##RECOMENDA##

“A expectativa é de que haja um número bem significativo de chefes de Estado e de Governo. Isso faz parte de uma reinserção do Brasil, a partir do novo governo Lula e da política externa que ele irá conduzir. Imagino que a maioria dos países queiram manter contato com o presidente Lula para que essas ações possam se aprofundar”, salientou o embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos e responsável pelas cerimônias, Fernando Igreja. 

Os detalhes da programação completa da posse foram divulgados pela futura primeira-dama, Janja Silva, que também coordena a organização da posse. Ela informou que não há a confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar a faixa presidencial, como prevê o protocolo.

É esperado que a posse do petista no dia 1º de janeiro de 2023 atraia um público de 300 mil pessoas, de acordo com o gabinete de transição. Será realizado o “Festival do Futuro”, que contará com shows de artistas de todo o Brasil e já teve a confirmação da participação de mais de 20 artistas. 

 

Chefes de Estado que confirmaram presença:

Frank-Walter Steinmeier, da Alemanha;

João Lourenço, da Angola;

Alberto Fernández, da Argentina;

Luis Arce, da Bolívia;

José Maria Neves, de Cabo Verde;

Gabriel Boric, do Chile;

Gustavo Petro, da Colômbia;

Rodrigo Chaves Robles, da Costa Rica;

Felipe VI, da Espanha;

Umaro Sissoco Embaló, da Guiné-Bissau;

Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal;

José Ramos-Horta, de Timor-Leste.

As relações do Brasil com outros Países foram totalmente fragilizadas durante o governo Bolsonaro (PL) e desde a campanha eleitoral, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trazia à tona a intenção de reposicionar o Brasil nas relações internacionais. 

Essa disposição do petista foi, inclusive, abordada por ele no último debate antes do segundo turno das eleições. Ele falou que, se eleito, iria visitar outros países na busca de um diálogo para restabelecer as relações. Os Estados Unidos e a França, que têm uma relação fragilizada com Bolsonaro, reconheceram a eleição de Lula rapidamente. Os EUA, por exemplo, fizeram isso 40 minutos após o resultado da eleição, no dia 30 de outubro, quando os primeiros diálogos de Lula com o exterior já foram iniciados. 

##RECOMENDA##

O presidente eleito foi convidado para participar da Conferência das Nações Unidas (COP 27) deste ano, realizada no Egito. O encontro, que terá a participação de 175 países e suas respectivas lideranças mundiais, discute a importância do desenvolvimento e do meio ambiente. Bolsonaro, no entanto, não estará presente neste evento, assim como não esteve na COP 25 e 26. Ele teria se queixado da decisão de Lula de ir ao evento e o chamou de “usurpador”, segundo informou Josias de Souza, do portal Uol. 

De acordo com o doutor em ciência política e professor Antônio Lucena, havia um interesse do mundo em tratar sobre determinados temas com o Brasil, mas a agenda estava empacada com o governo Bolsonaro, que tinha/tem uma política externa baseada na do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Então, questões de negacionismo em relação à pandemia, críticas a políticas de clima, dificuldades de articulação de um lado ao outro fazia parte da política de Bolsonaro. A diferença é que os Estados Unidos são uma superpotência, e o Brasil é uma potência regional que tem algumas dificuldades de projeção internacional”, explicou. 

Para o especialista, essas primeiras articulações de Lula com outros Países são de grande destaque para o Brasil. “É importante para a reinserção do Brasil nos grandes fóruns internacionais, e também ampliar a sua capacidade de diálogo com outros países". 

No discurso oficial de Lula no dia 30 de outubro, quando eleito, voltou a dar destaque às relações exteriores e falou sobre reconquistar a credibilidade, previsibilidade e estabilidade do Brasil diante do mundo. O cientista político Antônio Lucena corroborou e afirmou que a probabilidade de reposicionamento do Brasil é real. Segundo ele, a política externa de Bolsonaro emulada à de Trump não trouxe sequer muitos benefícios ao Brasil com os Estados Unidos além da indicação para a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e o Brasil ter sido classificado como parceiro extrarregional da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). 

“Mas o próprio governo Trump na época restringiu as exportações de aço no Brasil, foi mais duro com relação a uma série de outros combustíveis, o que terminou gerando uma dificuldade de relacionamento com o Brasil e outras portas que poderiam ter sido abertas com outros Países e não foram. O que vimos foi um maior universalismo centrado no pragmatismo, sem repetir os alinhamentos ideológicos que eram puramente de ocasião, mas que não traziam benefícios de ganhos de comércio e coisas dessa ordem para o País”, criticou Lucena. 

O doutor em ciência política destacou a importância de o Brasil ter a própria característica de uma relação cordial e amistosa com a maioria dos Países democráticos do mundo, e observou que algumas relações não são possíveis e podem ficar abaladas. “A gente pode ver, talvez, alguma divergência do Brasil com a Rússia em relação à Ucrânia, mas outros aspectos também podem estar presentes. Com essa nova possibilidade de relacionamento, o Brasil pode, inclusive, trazer recursos para nós. Um exemplo é que, durante a campanha presidencial, Joe Biden disse que haveria a possibilidade de um fundo de 20 bilhões de dólares para a Amazônia. A própria Noruega, que tinha bloqueado o Fundo da Amazônia, vai liberar recursos em 1º de janeiro, quando vai ter o próximo governo”, afirmou, ao mencionar que o Brasil estava com recursos travados “por causa de um comportamento errático do governo Bolsonaro”. 

Ele lembrou, ainda, que Bolsonaro criticava a ideologização das relações internacionais durante a campanha presidencial de 2018 e dizia que seria mais pragmático. “O que aconteceu é que as relações internacionais do Brasil se tornaram extremamente ideologizadas durante o governo Bolsonaro sem, muitas vezes, levar em consideração o aspecto comercial pragmático, que é importante nesse sentido”, salientou. 

Questionado sobre a probabilidade de Lula fazer a mesma política externa feita em 2003, quando foi eleito presidente pela primeira vez, o professor esclareceu que os condicionantes eram outros e que era um novo governo, então, é uma perspectiva difícil de ser trabalhada no momento. “O Brasil vivenciou o superciclo das commodities e isso trouxe muitos benefícios. A gente vai iniciar um período fiscal muito ruim no próximo ano, que está ‘perdido’ pela necessidade do reajuste e reorganização da casa. Então, vamos precisar organizar bem a casa para poder sair à rua e esse é o processo que deve ser observado. Mas é claro que o Brasil deve ter uma política mais pragmática", asseverou. 

O tópico líder entre as mídias mundiais durante esta semana foi, sem dúvida, a ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, autorizada pelo presidente Vladimir Putin na madrugada dessa quinta-feira (24). O conflito histórico já era esperado de despontar desta forma, apesar da comunidade internacional ter vocalizado estar contra a invasão russa em território ucraniano há bastante tempo. 

Muitos são os aspectos que inflaram a tensão Rússia versus Ucrânia, tendo como episódios mais recentes a ocupação da Crimeia — território antes ucraniano e anexado pela Rússia em 2014 — e o reconhecimento feito pela Rússia de duas regiões separatistas na Ucrânia, as províncias de Luhansk e Donetsk, que logo após a invasão da Crimeia, se autoproclamaram repúblicas populares pró-Rússia e contra a “ocidentalização” da Ucrânia. Putin, que é acusado de financiar as regiões separatistas há oito anos, reconheceu publicamente a independência dessas províncias nesta semana, o que difere do posicionamento internacional. 

##RECOMENDA##

No entanto, não é possível apontar um motivo mais forte; o conflito entre Rússia e Ucrânia “pode ser comparado a um jogo de xadrez pela complexidade de elementos que estão envolvidos e pelas várias dimensões que ele traz consigo”, é o que explica o doutor Relações Internacionais e professor da Universidade da Amazônia, Mário Tito, entrevistado pelo LeiaJá.  

“Na verdade, nós podemos falar de um conflito que é bélico, do ponto de vista da segurança. Ele é um conflito que tem a ver com a disputa de hegemonia na Ásia. Envolve fatores econômicos e também fatores culturais identitários”, continua o internacionalista. 

Na Rússia, explica o professor, existe uma forte oposição ao ocidentalismo e um culto ao pensamento oriental da nação. Por esta razão, a Rússia defende a “Mãe Rússia”, que se constitui do envolvimento desses países eslavos, que não compartilham do “pensar ocidental”. Por isso, a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) poderia ser vista como uma “traição”. 

“Não se pode falar exatamente em uma Terceira Guerra Mundial, mas em uma mudança radical nas relações de poder no mundo, a partir desta manifestação de poder da Rússia. Os países ocidentais têm receio de que a Rússia avance mais para a Europa, alcançando, por exemplo, Hungria e Polônia, o que o Putin já negou. Mas o interesse da Rússia não é se tornar uma hegemonia mundial como os Estados Unidos é, ou como a China quer ser. O interesse dela é manter sua influência naquela região”, esclarece. 

Território 

Até esta sexta-feira (25), segundo dia de invasão russa, a Ucrânia havia sido invadida em pelo menos dez regiões através de todo o país, sem que ao menos uma região estratégica esteja livre de tropas russas. A invasão ocorre de fora para dentro e chegou, também nesta sexta-feira, à capital ucraniana, Kiev. 

As tropas de Putin estão presentes em Kiev, Lviv, Lutsk, Chernobyl, Kharkiv, Odessa (fronteira com a Moldávia), Mariupol (vizinha à Crimeia e região portuária do Mar Negro), além de Dnipro e Kherson, próximas da região separatista pró-Rússia. 

Nos seus limites, a Ucrânia tem saída para o Mar Negro e uma fronteira de mais de dois quilômetros com a Rússia. Há também fronteiras com a Bielorrúsia, aliada de Putin e onde há tropas russas e reservas. Os demais países que fazem fronteira com a Ucrânia são todos membros da Otan: Polônia, onde há tropas estadunidenses; Eslováquia, Hungria e Romênia. 

“O conflito é histórico, já existia nos antepassados. Para se ter uma ideia, Kiev é mais antiga que Moscou. Ou seja, temos uma situação onde dois povos cresceram e nem sempre se deram bem. Na história, se percebeu que a doutrina russa, da mãe Rússia, sempre foi de anexar os seus territórios para tornar-se grande. Isso ficou claro durante o aparecimento da União Soviética, que foi anexando os países do seu entorno, em especial Geórgia, Lituânia, Letônia e a própria Ucrânia. De certa forma, a Ucrânia tinha autonomia da União Soviética, mas ainda estava sob seu poder”, comenta o professor Tito. 

O especialista explica ainda que 2014 foi um ponto histórico chave em todo esse conjunto de eventos. Isso porque a Rússia, que tinha a Ucrânia já independente depois do final da Guerra Fria em 1991, percebeu que poderia perder um território estratégico da Ucrânia e que serve muito a Rússia: a Crimeia. Então, em 2014, a Rússia invade a Crimeia, sob a alegação de que a Crimeia possuía uma maioria populacional de russos e que este grupo seria protegido. 

“Na verdade, a Crimeia se tornou estratégica porque tem uma saída para o Mar Negro, isso para a marinha russa é muito importante. O conflito atual se dá nesse contexto, em especial porque a Ucrânia tem a intenção de fazer parte da Otan e a Rússia não quer que a Ucrânia faça parte da Otan, porque assim, ela perderia um território que é neutro e que faz com que a Otan não chegue na sua fronteira. Se a Ucrânia passar a integrar a Otan, as armas e todo o aparato de segurança e defesa ficará na fronteira da Rússia e isso não é interessante para o governo de Vladimir Putin”, completa o professor. 

Economia 

O eixo econômico funciona quase como um neutralizador das principais nações europeias e ao redor do mundo, se tratando de um posicionamento diante do conflito. Como a Rússia é uma fonte de energia para mais de metade da Europa, além de exportar e importar muitas commodities, as sanções que podem ser a ela aplicadas pela sua invasão na Ucrânia poderão ser devolvidas com a mesma intensidade ou uma ainda maior. 

  Isso impede grandes nações como a China, aliada à Rússia, ou os Estados Unidos, Alemanha e França, da Otan, de tomarem decisões mais radicais de contenção às tropas russas; ao menos por enquanto.  

“Justamente porque a Rússia provê muitos recursos para a Europa, ela tem uma posição privilegiada para manter os países da Europa sem atacá-la. Porém a Otan vem fazendo gestões junto aos países membros para engrossar as fileiras de um confronto com a Rússia. Deve-se entender também que os Estados Unidos, que lideram a Otan, têm interesses econômicos na União Europeia, em especial também no fornecimento de alimentos e combustível. Por isso, o enfraquecimento da Rússia como fornecedora de combustível, alimentação, e gás em especial, favoreceria a abertura de mercado para os Estados Unidos”, elucida o professor universitário que, por outro lado, não acredita que o eixo econômico seja central no conflito. 

O LeiaJá entrevistou também o doutor em Ciência Política Antônio Henrique Lucena, que é professor do curso de Relações Internacionais da Faculdade Damas, no Recife. O especialista buscou elucidar questões no sentido prático do contexto atual, ou seja, o que motivou a tomada de decisões com alusão ofensiva, e o que isso poderá desencadear para os demais países, incluindo o Brasil. Confira: 

Quatro perguntas para contextualizar o sentido prático do conflito 

LeiaJá: O que explica o estopim do conflito atual? 

Especialista: A gente pode colocar que a dimensão estratégica desse conflito é o estopim dele. A Rússia, na década de 90 pós União Soviética, estava fragilizada e houve a expansão da Otan, entre outros eventos. O presidente Vladimir Putin desenhou uma linha vermelha, o que já vem de um bom tempo, de que não há interesse russo para que os países ex-integrantes da antiga União Soviética passem a aderir à Otan. Alguns já aderiram, como os Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), mas a Ucrânia é importante demais para a Rússia. 

Quem tentou aderir a esse movimento foi a Geórgia, no ano de 2008, e mais ou menos o que aconteceu com a Ucrânia de ontem para hoje, se repetiu com a Geórgia: houve um ataque russo, declaração de repúblicas populares reconhecendo a soberania russa, e a destruição de boa parte da estrutura do exército georgiano daquela época. Ou seja, esse processo de não dar ao presidente Putin uma vitória estratégica. 

LeiaJá: Qual o peso do quesito econômico no desenrolar da invasão? 

Especialista: O eixo econômico é o mais importante do conflito? Nem tanto. O Nord Stream 2 foi suspenso, por hora, e isso vai representar um baque nas contas da Rússia, que tinha investido muito na construção desse gasoduto, e a própria Rússia sabia que sanções econômicas viriam, então eles se prepararam para isso. Esse é um movimento relevante, para ser considerado e observado, mas não é o mais importante. O que dá para apontar é essa preocupação de evitar tomar um lado e outro, o que o caso do Brasil, para evitar retaliações; tanto da Rússia, como dos Estados Unidos. 

A Rússia, de fato, provê alimentação e recursos, como o petróleo, e haverá, sim, a limitação do envio desses recursos, o que já era previsto. Acredito que isso vai acelerar o processo da Rússia perder mercados, ela conseguiu um mercado importante com a China, na importação do seu gás - o que é extremamente vantajoso para os chineses -, mas obviamente a Europa está fazendo uma transição energética para uma economia mais verde, que provavelmente será acelerado, para evitar essa dependência da Rússia. 

LeiaJá: A Otan é inimiga da Rússia? 

Especialista: A Otan hoje é uma instituição de gerenciamento de segurança, antes um bloco militar, surgido em 1948 com o intuito de antagonizar a União Soviética; tanto que a URSS posteriormente criou o Pacto de Varsóvia para rivalizar com a Otan, evitar um ataque europeu e coordenar melhor essas ações. Com o fim da União Soviética, a Otan permaneceu e se alargou; houve uma promessa verbalizada de que não haveria a expansão da Otan, o que fez a Rússia se sentir “traída” de certa forma. Para alguns países que antes formavam a URSS, foi interessante entrar para a Otan, porque eles passam a receber material bélico, apoio e segurança. Há uma cláusula da Otan que versa sobre isso, na questão dos ataques: se há ataque a um membro, o bloco todo precisa reagir. 

Só nos resta esperar como os países irão reagir. Eles irão aguardar o desenrolar do conflito, pois ainda não é possível identificar as variáveis, e se isso será uma ocupação da Ucrânia ou um enfraquecimento das suas forças militares, uma demonstração de poder. 

LeiaJá: O brasileiro poderá sentir no bolso as implicações da invasão russa? 

Especialista: Deve ocorrer sim um aumento no combustível nos países ocidentais, principalmente no caso do Brasil, que terá impacto direto na inflação. O barril do petróleo já superou os US$ 100. A grande preocupação é exatamente qual posição o Brasil vai tomar, porque o país depende em certa medida da exportação de commodities, e também importa fertilizantes. Geralmente o Brasil, por tradição, não se envolve em grandes conflitos internacionais e se mantém neutro. Só que a política brasileira costuma condenar esses atos, mas o Brasil vai condenar a Rússia e tomar uma postura mais dura? Teremos que observar. 

 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou neste domingo (30) que o quadro em relação à Ucrânia é "cada vez mais preocupante". Em mensagem no Twitter, ele pediu que a Rússia continue a negociar, no momento em que potências do Ocidente temem uma invasão russa ao território ucraniano.

"Mais cedo nesta semana, recebi atualização de nossos chefes da defesa sobre a situação na fronteira da Ucrânia", relatou Johnson em sua mensagem. "O quadro é cada vez mais preocupante - eu continuo a pedir que a Rússia se envolva em negociações e evite uma invasão imprudente e catastrófica", afirmou ele.

##RECOMENDA##

O Consulado Britânico divulgou uma vaga de estágio no seu setor administrativo, para a área de diplomacia comercial. São aceitas candidaturas de estudantes de áreas como licenciatura em relações internacionais, economia, administração de empresas, marketing e comércio internacional. O candidato selecionado receberá uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.697. 

Há ainda outros requisitos, como habilidades organizacionais, interpessoais e de comunicação, fluência em inglês falado e escrito e habilidades com informática. É desejável ter experiência de trabalho com instituições governamentais ou públicas, compreensão da economia doméstica e política brasileira estar pelo menos no 4° período da graduação. 

##RECOMENDA##

As inscrições devem ser feitas até o dia 16 de fevereiro através do site do consulado e o estágio começa no dia 30 de março. 

LeiaJá também

--> Ministério Público de Pernambuco abre seleção de estágio

--> Coca Cola Brasil abre seleção para estágio

Alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) poderão cursar, a partir deste semestre, disciplinas internacionais. Através do Brazilian Virtual Exchange (BraVe), programa de mobilidade acadêmica virtual, os estudantes de graduação da UFPE vão poder cursar as disciplinas internacionais, ministradas on-line, em parceria com instituições estrangeiras. Os interessados podem se matricular durante o período de modificação de matrícula, que vai do dia 7 ao dia 14 de agosto.

O BraVe é uma iniciativa da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), em parceria com a Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad). As disciplinas serão ofertadas de forma simultânea aos alunos da UFPE e aos alunos das outras instituições participantes. A lista com as disciplinas e seus códigos está disponível no site da instituição. Outras informações podem ser obtidas através do endereço de e-mail secci@ufpe.br.

##RECOMENDA##

Após ter sua história viralizada nas redes sociais, o cobrador de ônibus Edmilson Antonio Silva, 44 anos, largou a profissão e agora se tornou o novo Assessor de Relações Internacionais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro. Edmilson fala dez línguas e, por conta das dificuldades, teve que se virar enquanto trabalhava como cobrador por dez anos.

Antes de ocupar o cargo na secretaria, a história de Edmilson ganhou notoriedade depois que uma amiga compartilhou os relatos no Facebook. Barbara Costa, de 26 anos, revelou que o, então, cobrador - formado em Relações Internacionais desde 2010, sendo o único negro a se formar no curso -, precisava de uma oportunidade.

##RECOMENDA##

Por ser marido e pai com contas para pagar, mesmo graduado, precisou aceitar o emprego de cobrador em Petrópolis (RJ). Com a viralização, a história de Edmilson chegou até a secretaria do Rio de Janeiro e ele foi chamado para uma entrevista de emprego. Depois do teste, o homem foi aprovado e desde a última quarta-feira (15) já assumiu o posto no Estado. Agora o seu sonho é chegar até o Itamaraty.

 

Articulador de viagens presidenciais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) virou uma espécie de chanceler paralelo. O filho "zero três" do presidente Jair Bolsonaro faz visitas precursoras a países alinhados e divide informalmente com o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a guinada da política externa para o eixo de nações governadas pela direita. Nas últimas semanas, ele visitou expoentes do conservadorismo europeu, como o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e o vice-primeiro ministro da Itália, Matteo Salvini.

Depois de um primeiro mandato na Câmara marcado pela defesa da liberação de armas e declarações consideradas polêmicas sobre o Judiciário e o Ministério Público, Eduardo diversificou sua atuação. Hoje, tem uma rotina intensa de encontros com embaixadores estrangeiros no Brasil, mas garante que o jogo é combinado com Araújo, embora cada um defina livremente sua agenda. "É um papel complementar. Quem toma a decisão é ele", disse o deputado ao jornal O Estado de S. Paulo. "Eu sou próximo do embaixador. Se tem alguma coisa referente ao Executivo, passo para ele", emendou.

##RECOMENDA##

Eduardo ainda conta com um aliado que despacha próximo ao presidente Bolsonaro, no Palácio do Planalto. O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, compõe com o deputado e o chanceler um triunvirato da diplomacia que segue o pensamento do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo.

A função do deputado, porém, não se limita a de um representante do pai no exterior. Ele preside as comissões de Relações Exteriores e também a de Controle das Atividades de Inteligência no Congresso. Esta última fiscaliza as atividades de inteligência e contrainteligência desenvolvidas no Brasil e no exterior. É a única comissão do Legislativo a ter reuniões secretas, por abordar questões que podem colocar em risco a soberania nacional.

Convites de governos estrangeiros não param de chegar ao gabinete da Comissão de Relações Exteriores. Lá, simpatizantes bolsonaristas dividem espaço com diplomatas em busca de interlocução com o Planalto, por meio de Eduardo.

Diante de incertezas sobre os ganhos comerciais com países como Hungria, cuja balança comercial é negativa para o Brasil, Eduardo atende parceiros tradicionais. Nos próximos dias, por exemplo, receberá embaixadores de países árabes preocupados com a aproximação de Bolsonaro com Israel. Na semana passada, ele se reuniu com os embaixadores da Argentina, do Peru e da China.

Ideologia

No encontro com o chinês Yang Wamming, o deputado amenizou o discurso ideológica que tem dado o tom do governo. "Citei a máxima do imperador Vespasiano: 'O dinheiro não tem cheiro'. Deixamos claro que questões ideológicas ficam à parte. Falei para eles que, se porventura houver alguma notícia veiculada dando como entendido que Jair Bolsonaro tem restrição à China, não seria verdadeiro", disse. "O tratamento que vamos dar para a China é o mesmo dado a outros países."

As palavras destoam do tom expressado por ele ao excursionar na Europa, onde apregoou uma "luta contra o socialismo". O deputado diz ter preocupação em mostrar uma boa imagem do País e do governo do pai. "Fora do Brasil, a gente é brasileiro. Qualquer lugar que você vai, mijou, respingou na privada, limpa. É a imagem do Brasil que está lá fora."

Eduardo admite que ganhou destaque na política externa, assunto que não dominava, por ser filho de Bolsonaro. "Como filho do presidente, o holofote fica em cima. Para o bem e para o mal." O momento político do deputado contrasta com a situação vivida por dois irmãos. O senador Flávio Bolsonaro (PSL) submergiu ao virar alvo de investigação sobre movimentações financeiras atípicas de um ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio. Já o vereador no Rio Carlos Bolsonaro (PSC) trava uma guerra com o núcleo militar do Planalto.

O "zero três" de Bolsonaro não vê problemas em interceder para destravar negócios no Executivo, quando solicitado por estrangeiros. "Às vezes, tem um problema bem específico, é uma portaria que está atrapalhando a importação da rebimboca da parafuseta. 'Pô, Eduardo, tem como dar um toque em alguém no Ministério da Economia?' Se eu tiver algum contato lá dentro, posso falar com a pessoa, passo a portaria."

O próximo destino deve ser os EUA, onde o pai recebe homenagem em maio. Confirmada, a viagem será a segunda de Bolsonaro ao país que virou o foco da política externa bolsonarista. Donald Trump já classificou o trabalho de Eduardo como "fantástico". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Henkel, atuante no ramo de tecnologia, está com as inscrições abertas para o Programa de Estágio 2019. As vagas são para as cidades paulistas de Itapevi, Jundiaí e São Paulo, destinadas a estudantes que estejam no penúltimo ano de graduação nos cursos de administração, engenharia, química, economia, relações internacionais, marketing, comércio exterior e áreas afins.

Além de inglês intermediário ou avançado, é exigido dos participantes disponibilidade para estagiar entre 20 e 30 horas semanais, divididas em quatro ou seis horas diárias e conhecimentos em informática. Os selecionados receberão bolsa auxílio compatível com o mercado, vale-transporte ou ônibus fretado, vale-refeição, assistência médica, assistência odontológica, seguro de vida e décima terceira bolsa auxílio.

##RECOMENDA##

O programa de estágio tem duração de dois anos e as contratações tem início previsto para janeiro de 2019. Os estagiários selecionados passarão por treinamentos e avaliações anuais de desempenho. As inscrições são realizadas até o dia 31 de outubro no Cia de Estágios.

Na semana passada, um dos maiores astros da história do futebol nos Estados Unidos, Landon Donovan, mandou um recado diretamente a Donald Trump quando foi apresentado como o novo jogador do time mexicano Leon: "não acredito em muros". A mensagem era uma referência às promessas do presidente norte-americano de construir a barreira entre o México e os EUA.

A frase levou os torcedores mexicanos à loucura. Mas, nos bastidores da cartolagem dos Estados Unidos, ela evidenciou um problema: Donald Trump. O presidente é interpretado como um obstáculo real a ser superado se os norte-americanos de fato querem sediar a Copa do Mundo de 2026, ao lado de México e Canadá.

##RECOMENDA##

Com mais de 40 estádios à disposição nos três países, promessas de renda inédita e uma infraestrutura invejável, a candidatura conjunta da América do Norte é considerada como a franca favorita para vencer a corrida por organizar a Copa do Mundo, a primeira com 48 seleções. A outra opção é Marrocos, país que já tentou em quatro oportunidades sediar o evento, sem sucesso.

A votação está marcada para ocorrer no dia 13 junho, em Moscou, na Rússia. Será também a primeira vez que todas as 209 federações nacionais votarão para escolher a sede da Copa do Mundo, um privilégio que se limitava aos 24 membros do Comitê Executivo da Fifa e alvo de escândalo de corrupção.

Mas, nos últimos meses, os comentários polêmicos de Donald Trump sobre política externa começaram a contaminar a campanha que era considerada como "imbatível". Ao chamar os países africanos de "buracos de merda", há menos de 10 dias, o presidente norte-americano disseminou o pânico entre os cartolas dos Estados Unidos. Afinal, será da África que virão mais de 25% dos votos que decidem a eleição.

Nesta sexta-feira, a Confederação Africana de Futebol (CAF) se reunirá e irá considerar um apoio dos 54 votos do continente para a candidatura do Marrocos. "Existe solidariedade na África", disse ao jornal norte-americano New York Times na semana passada o presidente da Federação de Futebol de Comores, Hassan Waberi. "Nos sentimos insultados", afirmou. "Os africanos apoiarão o Marrocos", confirmou Kwesi Nyantakyi, vice-presidente da CAF.

Mas Donald Trump também criou problemas ao tentar criar barreiras para a entrada de imigrantes muçulmanos no país. Na Fifa, outros 15 votos fora da África são de países com maioria de sua população muçulmana. Na América do Sul não existe ainda uma posição comum da Conmebol. Mas com as sanções norte-americanas contra a Venezuela, um consenso poderá ser difícil.

O mal-estar dos dirigentes norte-americanos ficou ainda mais nítido quando, no início do mês, uma pesquisa de opinião revelou que a confiança do mundo em relação à liderança dos Estados Unidos era a mais baixa de todos os tempos. Segundo o levantamento da Gallup em 134 países, apenas 30% dos entrevistados afirmam quer uma visão positiva do governo norte-americano. Com Barack Obama, a taxa era de 48%. A mesma pesquisa revelou que o mundo confia hoje mais na Alemanha e na China do que em Donald Trump.

Apesar do favoritismo total e de uma infraestrutura muito superior ao concorrente do norte da África, o presidente da US Soccer (a federação norte-americana de futebol), Sunil Gulati, sabe do desafio que Donald Trump representa. Para ele, a candidatura "não é apenas sobre estádios e hotéis". "É sobre a percepção que existe sobre os EUA e estamos em um momento difícil no mundo", afirmou.

"Apenas podemos controlar alguns fatores. Não podemos controlar o que ocorre na Coreia, com as embaixadas em Tel Aviv ou acordos climáticos", disse o dirigente, em uma referência às polêmicas decisões política de Donald Trump nos últimos meses. "Não podemos controlar a política", admitiu Sunil Gulati, há poucos dias em Londres.

Os organizadores da candidatura garantem o "total apoio de Washington" e também prometem que, se a Copa do Mundo for levada à América do Norte, ela será a mais bilionária da história. Em dificuldades financeiras, a promessa de dinheiro soa como música nos corredores da Fifa.

Mas, em março, outra exigência da entidade promete causar atritos. A Fifa pedirá que os governos garantam a suspensão de vistos para quem for ao torneio em 2026, medida que irá no sentido contrário da política de Donald Trump de endurecer as condições de entrada no país.

Pelas contas dos norte-americanos, eles terão de somar 104 votos para serem escolhidos. Mas fontes ligadas à candidatura de Marrocos acreditam que existe um espaço para roubar alguns votos da candidatura dos Estados Unidos.

Para isso, o governo marroquino já contratou um dos maiores especialistas em comunicação, Mike Lee, que levou o Rio de Janeiro a ganhar os Jogos Olímpicos de 2016 e garantiu a Copa do Mundo para o Catar em 2022. Os marroquinos alegam que apenas não ficaram com a Copa do Mundo de 2010 por conta de um pagamento de US$ 10 milhões que os sul-africanos fizeram para comprar votos na Fifa.

Dentro da entidade, porém, há quem duvide da imparcialidade do presidente Gianni Infantino. Um de seus principais cabos eleitorais, em 2016, foi justamente Sunil Gulati, que agora quer uma retribuição. Além disso, existe um sentimento entre os dirigentes do Conselho da Fifa de que a entidade precisa compensar os norte-americanos pela decisão de dar a Copa do Mundo de 2022 ao Catar e não para os Estados Unidos.

A presidência palestina afirmou nesta quarta-feira que Jerusalém não está à venda, em referência à ameaça do presidente americano Donald Trump de cortar a ajuda financeira americana aos palestinos.

Em 2016, os Estados Unidos depositaram 319 milhões de dólares de ajuda aos palestinos por meio de sua agência de fomento ao desenvolvimento (USAID), segundo dados disponíveis no site da agência. Esse subsídio é vital para a Autoridade Palestina, cujo orçamento é em grande parte dependente da ajuda internacional.

"Jerusalém é a capital eterna do Estado da Palestina e não está à venda em troca de ouro ou de milhões", afirmou à AFP Nabil Abu Rudeina, porta-voz da presidência palestina. No dia 6 de dezembro, Trump anunciou que seu governo reconhecia Jerusalém como a capital de Israel, e que havia determinado ao Departamento de Estado o início do processo de transferência da embaixada americana, situada em Tel Aviv, para esta cidade.

A decisão de Trump provocou uma onda global de indignação e protesto. Para o presidente palestino, Mahmud Abbas, com esse gesto os Estados Unidos perdeu a capacidade de servir como mediador para eventuais negociações com Israel.

"Nós não nos opomos às negociações, mas elas devem ser fundamentadas no direito internacional e nas resoluções (da ONU) que reconhecem um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como sua capital", insistiu o porta-voz palestino. "Não iremos ceder à chantagem", ressaltou Hanan Ashrawi, autoridade da Organização de Libertação da Palestina (OLP).

O movimento islamita palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, também denunciou "uma chantagem política vergonhosa que reflete a conduta bárbara e imoral americana".

Israel satisfeito

Na terça-feira, em uma série de tuítes, Donald Trump afirmou: "Pagamos aos palestinos CENTENAS DE MILHÕES DE DÓLARES todo ano e não recebemos qualquer reconhecimento ou respeito". "Mas como os palestinos já não estão dispostos a negociações de paz, por que devemos fazer esses enormes pagamentos?"

Aos 319 milhões de dólares via USAID se somam 304 milhões de dólares concedidos pelos Estados Unidos a programas das Nações Unidas nos Territórios palestinos. Em seu tuíte, Trump não especificou qual ajuda será eventualmente suspensa. Por sua vez, dois ministros israelenses comemoraram as declarações do presidente americano.

"Estamos lidando com um presidente que diz o que pensa de forma clara", afirmou Miri Regev, ministro da Cultura e Esportes, na rádio militar. "Não podemos obter US$ 300 milhões em ajuda americana e, ao mesmo tempo, fechar a porta às negociações", considerou.

O ministro da Educação, Naftali Bennett, do Partido Nacionalista Lar Judeu, elogiou Trump "que não tem medo de dizer a verdade mesmo quando não é popular". "A verdade é que os Estados Unidos não têm motivos para financiar aqueles que agem contra seus interesses", afirmou Bennett em um comunicado.

Esperanças resfriadas

Em 21 de dezembro, a Assembleia Geral da ONU aprovou por ampla maioria (128 votos a favor, 9 contra e 35 abstenções) uma resolução de condenação à decisão de Trump, um voto que despertou a ira da Casa Branca. Na véspera dessa histórica votação, Trump alertou que seu governo anotaria cada voto para posteriormente discutir a ajuda que destinaria aos respectivos países.

Entre os países latino-americanos, somente a Guatemala anunciou que acompanharia o gesto de Washington de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Desde que chegou à Casa Branca, Donald Trump diz ser capaz de obter um acordo de paz entre israelenses e palestinos, algo que todos os seus predecessores falharam.

As esperanças de uma solução de dois Estados esfriaram ainda mais na terça-feira, quando o parlamento israelense aprovou um projeto de lei para complicar a passagem sob a soberania palestiniana de certas áreas de Jerusalém como parte de um futuro acordo de paz.

Desde a criação de Israel em 1948, a comunidade internacional considera que o estatuto de Jerusalém deve ser negociado entre israelenses e palestinos. Após a anexação de Jerusalém Oriental, parte palestina da cidade, Israel proclamou a cidade inteira como sua capital "eterna e indivisível". A ONU nunca reconheceu essa anexação.

O presidente Donald Trump afirmou hoje (29), antes de viajar hoje (29) para o Texas na visita à região atingida pelo Furacão Harvey, que "todas as opções estão sobre a mesa", em resposta ao lançamento de um míssil balístico de médio alcance pela Coreia do Norte, que cruzou o espaço aéreo do Japão, antes de cair no mar do Pacífico. 

No texto, Trump diz que a Coreia do Norte mostrou desrespeito pelos vizinhos e que as ameaças e ações desestabilizadoras do país só aumentam seu isolamento na região e no mundo.

##RECOMENDA##

Os aliados Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão consideraram o lançamento do míssil pelo governo norte-coreano  uma “ameaça sem precedentes”. Para avaliar a situação, as missões diplomáticas já convocaram reunião de emergência no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Os principais líderes mundiais reagiram. Em uma reunião com diplomatas, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que está pronto para se juntar a outros membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas para levar o governo norte-coreano à mesa de negociações.

O chanceler russo, Sergey Lavrov, por sua vez, afirmou que o lançamento do míssil é extremamente preocupante e que a Coreia do Norte deve interromper as provocações e obedecer às resoluções da ONU.

A China, principal aliada da Coreia do Norte, reafirmou que pressão da ONU não vai resolver o problema. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse que a única maneira de resolver a questão é negociar. Desde o início da escalada das tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte, a China tem defendido a aproximação e o diálogo e pedido às partes envolvidas, mais cautela e disposição para resolver as diferenças de maneira pacífica.

Alerta no Japão

A reação na península coreana foi imediata. Após o lançamento, a Coreia do Sul divulgou imagens de testes de mísseis que também estaria produzindo e fez exercícios com aviões-caça.

No Japão, o lançamento do míssil causou pânico: o sistema de alerta do governo foi ativado para que residentes se protegessem, depois que foi detectado o míssil lançado pela Coreia do Norte.

Em vídeos compartilhados por usuários de redes sociais no Japão, é possível ouvir sirenes e avisos de alto-falante. Além disso, as emissoras de televisão e rádio interromperam a programação para o alerta, e os serviços de trem-bala foram temporariamente interrompidos.

O míssil foi disparado por volta das 5h58, no horário do Japão, começo da noite no Brasil, e voou sobre o território japonês, até cair no mar do Pacífico, aproximadamente 14 minutos depois, a cerca de 1,8 mil quilômetros no extremo Nordeste do país.

Foi o décimo terceiro míssil lançado pela Coreia do Norte neste ano.

Um exemplo para quem sonha ingressar em um curso superior. Mais uma vez, o cantor Martinho da Vila chamou atenção pela sua garra. Nesta sexta-feira (10), o Jornal Extra publicou uma imagem do artista em sala de aula, durante uma aula do curso de Relações Internacionais (RI).

Segundo Vila, a escolha do curso não foi à toa. Em entrevista ao Jornal, ele disse que na época do vestibular, ficou em dúvida entre o curso de jornalismo e Relações Internacionais, porém, ele decidiu optar por RI devido à atuação como embaixador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLT). "Já pratico relações internacionais há muito tempo, mas eu queria pegar um pouco de conhecimento mais teórico", explicou. O artista, que está cursando o quinto período do curso, revelou que a atitude tem motivado várias pessoas com certa idade e até com mais de 50 anos a estudar. 

##RECOMENDA##

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, desembarca no Brasil nesta terça-feira (7). Além da reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) para discutir, entre outros assuntos, a agenda do Mercosul, Macri também deve visitar o Congresso Nacional para uma reunião  com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A visita ao Congresso pretende, de acordo com a Câmara, ampliar as relações políticas entre os dois países e fortalecer as relações econômicas do Mercosul, com o acerto de detalhes para o fechamento de acordos comerciais com a União Europeia. A presidência do Mercosul atualmente é da Argentina.

##RECOMENDA##

Mauricio Macri assumiu o comando da Argentina no final de 2015, encerrando 12 anos de governos da família Kirchner, primeiro com Néstor, depois com sua esposa, Cristina. Macri foi eleito por uma coligação de direita, com pouco mais de 51% dos votos.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou o edital 2017 do programa Cátedra Rio Branco, que busca "Aprofundar a cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior e centros de ciência e tecnologia brasileiros e ingleses" através do intercâmbio de quatro a 12 meses para cátedra na universidade King's College London para especialistas em Relações Internacionais, Ciência Política e outras Ciências Sociais com foco em Política Internacional. 

A Capes fica responsável pelo custeio da mensalidade, auxílio deslocamento, auxílio instalação, seguro saúde e adicional localidade (pago apenas para estadia em cidades de alto custo, conforme legislação específica). Por sua vez, a King's College London custeará a mensalidade por três meses letivos para custos com acomodação em Londres, além de dar acesso às bibliotecas e às instalações do Brazil Institute. 

##RECOMENDA##

Para se inscrever, os candidatos devem apresentar um formulário eletrônico à Capes. É vedado o acúmulo de bolsas à mesma finalidade concedida por agência de fomento brasileira. Estudantes e pesquisadores que já usufruíram da bolsa no exterior não poderão ser contemplados novamente, na mesma modalidade, mesmo após o cumprimento do interstício exigido, exceto para bolsas de pesquisa pós-doutoral.

Para mais detalhes, acesse o edital do programa de intercâmbio e o site da Cátedra Rio Branco.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (22) que seu país deve "expandir" a capacidade nuclear. "Os Estados Unidos devem reforçar e expandir muito sua capacidade nuclear até que o mundo tome consciência das armas nucleares", escreveu em um tuíte após uma reunião com membros das áreas de inteligência e da segurança do país. As informações são da Agência Ansa.

O anúncio ocorre no dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou um "reforço" no mesmo setor do país. "É necessário reforçar a capacidade militar das forças nucleares estratégicas, sobretudo com a ajuda de sistemas de mísseis capazes de atravessar sistemas de defesa antimísseis existentes ou futuros", declarou Trump após reunião com militares russos.

##RECOMENDA##

Segundo a organização não governamental (ONG) Arms Control Association, atualmente, os norte-americanos possuem 7,1 mil armas nucleares contra 7,3 mil dos russos. As declarações evidenciam a constante tensão entre os dois governos, uma marca durante a gestão de Barack Obama, e apontam para um 2017 ainda mais conflituoso entre duas das mais poderosas nações do mundo.

A Chalmers University - universidade em Gothenburg - localizada na Suécia está com inscrições abertas para o processo seletivo das bolsas de mestrado. Os bacharelados nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Ciências podem concorrer as vagas, e o requisito necessário é que o interessado tenha cidadania latino-americana. As inscrição devem ser realizadas no site da instituição e o candidato deve ficar atento a sua aprovação.

O Processo seletivo será composto por quatro etapas, sendo elas:

##RECOMENDA##

Chalmers University Challenge, composta com seis perguntas que devem ser respondidas em 12 minutos; a segunda etapa.

Numerical Reasoning Challenge, teste de lógica composto de 10 questões que devem ser respondidas em 10 minutos e 50 segundos.

English Language Challenge, teste de inglês com 10 perguntas que devem ser respondidas em 4 minutos e 55 segundos.

Motivational Statement e o “Tell Us About Yourself“, onde você deve contar um pouco mais sobre você e suas características e quais as motivações para estudar na Chalmers University.

O presidente da Argentina, Maurício Macri, deverá vir ao Brasil até março próximo, em data ainda a ser definida. A visita foi discutida nesta quinta-feira (8) na audiência que a chanceler da Argentina, Susana Malcorra, teve com o presidente Michel Temer, segundo fontes.

No encontro, eles falaram da Hidrovia do Mercosul, um projeto de infraestrutura de grande interesse do Brasil, mas que nos últimos anos esteve paralisado por questões trabalhistas do lado argentino. Essas dificuldades foram contornadas, segundo informou a ministra, e agora o projeto deverá figurar entre os projetos prioritários de integração da infraestrutura na região.

##RECOMENDA##

Os dois falaram também sobre o funcionamento dos Congressos em ambos os países. Temer disse à chanceler que está muito esperançoso na aprovação das medidas econômicas. Ele avaliou que o Congresso brasileiro está bem comprometido e que o governo conta com uma boa base parlamentar.

União Europeia

Susana esteve também no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), onde se reuniu com o ministro Marcos Pereira. Na conversa, eles acertaram como meta fechar o acordo entre Mercosul e União Europeia em 2018.

Isso deverá ser facilitado pelo fato de a Argentina assumir a presidência do Mercosul na próxima semana, encerrando um período de indefinição, quando o bloco foi presidido por uma comissão, por não reconhecer o comando da Venezuela. Em meados de 2017, a presidência passa para o Brasil. Assim, os dois países concordaram em estabelecer um programa comum de trabalho para avançar com as negociações nesse período.

"O acordo com a União Europeia é uma prioridade em comércio exterior para o Brasil. Devemos buscar consenso interno para quando formos à Comissão Europeia", defendeu o ministro Marcos Pereira, em nota divulgada por sua assessoria de imprensa. "Trabalhando mais em conjunto, montando uma equipe mais coordenada, teremos muito mais chance de ter êxito", avaliou Susana, segundo informação do ministério brasileiro.

Os ministros também falaram sobre acelerar outros acordos comerciais do bloco, como os da Índia, o Canadá e a Associação de Livre Comércio da Europa (Efta), formada por Islândia, Linchtenstein, Noruega e Suíça.

No encontro, a chanceler argentina pediu medidas de desburocratização no comércio. Os dois países assinaram uma declaração conjunta pela criação do Certificado de Origem Digital (COD). Implantado, ele permitirá a redução de custos e prazos para a emissão de certificados de origem.

Venezuela

A chanceler argentina disse que a expectativa dos países integrantes do Mercosul é que a Venezuela cumpra as exigências do bloco e volte a ser membro pleno. "Quando houver regras que ponham a Venezuela em pé de igualdade com outros países do Mercosul, ela voltará a ser membro de direito", afirmou, após encontro com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra.

A ministra rebateu as críticas do governo venezuelano de que outros países como Brasil e Argentina também não cumprem todas as regras do Mercosul e disse que as normas evoluem com o tempo. "Cada vez assumimos mais compromissos. Todos temos que fazer maiores adequações, mas estamos falando de uma linha básica de cumprimento", afirmou.

De acordo com Serra, será formado um grupo dentro do Mercosul para chegar a um entendimento prévio em relação a pontos do acordo com a União Europeia, que permitirá aos países sul-americanos negociarem com o bloco europeu com mais força. "Estamos negociando separadamente, não há uma negociação articulada", criticou. Susana disse que a ideia é fazer com que a agenda Mercosul-UE ande o mais rápido possível.

Os dois chanceleres também discutiram a redução de barreiras ao comércio dentro do bloco, principalmente as não-tarifárias. Segundo Serra, a ideia é homogeneizar exigências técnicas, sanitárias e fitossanitárias para facilitar o trânsito de mercadorias entre os países do Mercosul. Para isso, está sendo estudada a criação de uma agência binacional de normas técnicas com a cooperação do Inmetro e órgãos argentinos.

Nesta semana o “Globalizando” trata sobre Pedro Teixeira e o período colonial na Amazônia. O programa discute o papel do explorador português na manutenção da região pela Coroa Portuguesa e seu legado para a história do Brasil.

Para conversar sobre o tema, Globalizando conta com a presença da professora Wânia Alexandrino, doutoranda em História Social da Amazônia pela UFPA.

##RECOMENDA##

O Globalizando vai ao ar todo sábado, às 11 horas, e toda quarta-feira, às 21 horas, na Rádio Unama FM 105.5. Acompanhe também no site Internacional da Amazônia (http://www.internacionaldaamazonia.com/) e aqui no Portal Leia Já!

Clique no ícone abaixo para ouvir o programa:

[@#podcast#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando