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A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, por maioria, abrir uma processo para investigar uma possível infração ética do ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, sobre o suposto uso de uma agência de comunicação da pasta para gerenciar as redes sociais pessoais do ministro. De acordo com o presidente da Comissão, Mauro Menezes, o ministro terá o prazo de dez dias para prestar esclarecimentos.

Menezes disse ainda que, se comprovada a conduta do ministro, o ato pode ser um processo administrativo "de gravidade". "Trata-se em tese de uma conduta de gravidade e a Comissão tem que apurar", afirmou Menezes, reforçando o princípio da presunção da inocência.

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O caso foi revelado pelo jornal O Globo, no último dia 23, e apontou que Quintella teria acertado pessoalmente a participação da empresa contratada com verba pública para controlar e produzir conteúdo para suas redes pessoais. O contrato anual, de mais de R$ 6,5 milhões e renovado três vezes seguidas, não prevê qualquer gerenciamento de páginas pessoais do ministro.

À reportagem do Globo, na época, a assessoria do Ministério negou que as redes do ministro sejam controladas por outra pessoa além do próprio ministro. O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, enviou à assessoria do ministério um pedido de posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.

A Comissão de Ética da Presidência da República já havia analisado, em agosto e setembro de 2016, uma consulta feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em relação a um possível conflito de interesses ou problemas éticos em relação ao cargo que ocupa e as atividades da consultoria HM&A, que possuía antes de assumir o ministério. A conclusão do colegiado nas três consultas feitas por Meirelles foi de que não houve qualquer infração.

De acordo com o site de notícias BuzzFeed, Meirelles teria recebido, três meses antes de assumir a pasta, R$ 167 milhões em contas que ele mantinha no exterior, nas quais eram depositados pagamentos de serviços de consultoria prestados a grandes empresas, entre elas a holding J&F, de Joesley Batista. Segundo a publicação, o ministro teria recebido, ainda, outros R$ 50 milhões quatro meses depois de ter chegado ao comando da Fazenda, referentes, segundo nota do ministro, a serviços prestados antes de assumir o cargo. As informações constam de documentos públicos produzidos pela própria empresa de Meirelles, que foram registrados na Junta Comercial de São Paulo e obtidos pelo BuzzFeed.

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Ainda segundo o site, as duas transações foram feitas para Meirelles a partir das contas da empresa de consultoria dele, cujo nome atual é HM&A. Nos dois casos, o objeto da empresa, até aquele momento, era assessorar grandes empresários, dar palestras e fazer investimentos.

Em nota enviada, Meirelles esclareceu que sua empresa distribuiu dividendos em 2016 referentes aos lucros acumulados entre 2012 e 2015 e que os balanços foram auditados pela PwC. Além disso, disse que a receita da HM&A durante o período de 2012 a 2015 foi consistente com a distribuição de dividendos feita em 2016. "Todos os valores foram declarados à Receita Federal e aos demais órgãos competentes e os tributos municipais e federais devidos foram pagos", afirma o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República arquivou processo contra o ex-ministro da Educação (governo Dilma) Aloizio Mercadante (PT/SP) no caso envolvendo suposta tentativa do petista em convencer o ex-senador Delcídio Amaral a não fazer delação premiada. Por unanimidade, o colegiado concluiu que Mercadante não praticou conduta antiética nem tentou apoiar Delcídio a fim de evitar que o ex-senador fechasse acordo de colaboração premiada na Operação Lava Jato. A decisão foi tomada na sessão de 22 de maio, informou a Comissão.

Mercadante foi gravado por um ex-assessor de Delcídio, em dezembro de 2015, quando o ex-senador estava preso em Brasília na Lava Jato - Delcídio foi preso em 25 de novembro daquele ano por suspeita de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró (Internacional).

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A transcrição do diálogo foi levada aos investigadores da Lava Jato. Nele, supostamente Mercadante teria oferecido ajuda a Delcídio, inclusive financeira, para convencê-lo a não fazer uma delação que poderia trazer pesadas consequências políticas ao governo Dilma.

Na avaliação do relator do processo, desembargador federal Américo Lacombe - ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região -, o teor da conversa indica apenas o oferecimento de auxílio a um colega de partido. Para Lacombe a conduta de Mercadante não caracterizou obstrução da Justiça.

O caso chegou à Comissão de Ética por meio de representação do senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB).

Três ministros dos governo de Michel Temer se manifestaram sobre a decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República de abrir investigação contra eles.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira, 27, por meio de sua assessoria, que só vai se pronunciar quando for notificado oficialmente sobre a decisão da Comissão de Ética da Presidência.

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O ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou, também via assessoria, que não recebeu "nenhuma comunicação oficial" sobre a decisão.

Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) disse que "sempre pautou sua atuação pela ética e pelo cumprimento da legislação."

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu investigação contra os ministros por supostas infrações éticas no relacionamento com executivos da Odebrecht.

A decisão foi tomada após duas denúncias recebidas pelo colegiado - uma feita pelos deputados petistas Afonso Florence (BA) e Robinson Almeida (BA) e outra feita por um advogado chamado Mariel Marley Marra. Os três ministros terão o prazo de 10 dias para prestar esclarecimentos à Comissão, a partir da notificação, que deve acontecer nesta sexta-feira, 28. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu encaminhar processo ao Ministério Público Federal para que o órgão averigue se ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, cometeu alguma irregularidade no uso do cargo público em benefício pessoal, ao tentar liberar a construção de um prédio em área vetada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado ao Ministério da Cultura, onde ele possui um apartamento. Na reunião da manhã desta quinta-feira (15), a comissão aplicou ainda, "por unanimidade", a punição de "censura ética" por "conflito de interesse" e por ter violado as normas de conduta ao não declarar que possuía a promessa de compra e venda deste apartamento em Salvador, o que, obrigatoriamente, pelas regras, deveria ter feito.

O relator da matéria, Marcelo Figueiredo, explicou que a decisão de encaminhar ao Ministério Público foi tomada "por acreditar que há mais indícios de que existam outras violações de direito, seja de natureza administrativa, penal, civil, ou de outra natureza". O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, por sua vez, considerou "grave" a omissão da propriedade na declaração confidencial de informações, apresentada por Geddel, e que é obrigatoriamente entregue à comissão por todas as altas autoridades, ao assumirem seus cargos.

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Essa declaração precisa ser atualizada anualmente. Para ele, a omissão do apartamento "agravou" a situação de Geddel. Os ministros são obrigados a informar à comissão de ética todos os seus bens e as participações que possuem em empresas, assim como seus parentes de até terceiro grau.

A punição com "censura ética" não impedirá Geddel de assumir qualquer outro cargo público. Mas, para o relator do caso, a decisão da Comissão de Ética "é mais do que uma mancha no currículo (essa punição), é uma repreensão pública à conduta equivocada da autoridade". O ex-ministro já foi comunicado oficialmente pela comissão das suas decisões.

Geddel Vieira Lima foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, de tê-lo pressionado para liberar o empreendimento imobiliário em Salvador, que estava embargado. Por esta conduta, explicou o presidente da comissão, Geddel cometeu "violações às normas de clareza de posições, de decoro, de respeito às regras relacionadas ao conflito de interesses e por uso do cargo público para favorecimento pessoal". Esses comportamentos são vedados tanto pelo Código de Ética quanto pela lei de conflito de interesses.

Questionado se Marcelo Calero, por ser servidor de Estado, cometeu alguma irregularidade ao gravar o presidente da República, em conversa que tratou da pressão que estaria sofrendo por parte de Geddel, o presidente da comissão disse que o caso não foi analisado pelo colegiado porque não houve questionamento sobre o diplomata. Mas fez questão de justificar que já existe jurisprudência no Supremo Tribunal Federal de que não há crime em uma pessoa gravar uma conversa na qual ele está participando. "Não enxergamos desvio de natureza ética. A gravação unilateral de conversas por parte do participante não é proibido. O STF já decidiu sobre isso", comentou.

Marcelo Figueiredo destacou ainda que Geddel "não se pautou pelo padrão da ética ao se pautar pelo interesse privado, em confronto pelo interesse público", acrescentando que "ministros e servidores devem respeitar a moralidade, separar interesse privado do público". O processo que está sendo remetido ao Ministério Publico sobre Geddel tem 75 páginas. "É tudo muito bem fundamentado", informou.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima entregou nesta quinta-feira, 1, por volta das 18 horas, por meio de seus advogados, a sua defesa na Comissão de ética da Presidência da República. O texto, que é assinado pelo próprio ministro, segundo o presidente da Comissão, Mauro Menezes, já foi encaminhado ao relator do caso o conselheiro Marcelo Figueiredo. O prazo acabava hoje.

Menezes reiterou que a expectativa é que Figueiredo apresente seu parecer na próxima reunião do colegiado, marcada para o dia 15 de dezembro. "Não há um prazo para a decisão, mas o propósito do relator é levar o seu voto já nesta reunião", disse Menezes. Segundo ele, o relator já está debruçado sobre o caso desde a sua abertura, no dia 21 de novembro. "É claro que a defesa é um elemento essencial para o relator", ponderou.

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Em nota, a Comissão de Ética esclareceu que "como o processo tramita com chancela de reservado, o teor da manifestação permanecerá sob sigilo até sua conclusão".

A Comissão decidiu avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que o ministro baiano o teria pressionado para liberar a obra de um empreendimento em Salvador onde Geddel possui um apartamento. A infração ética no caso seria de conflito de interesses, ao misturar ações públicas com interesses privados.

Após o pedido de demissão de Geddel, Menezes afirmou que o processo teria continuidade e que uma eventual punição pelo colegiado teria como efeito uma "mancha ética" no currículo político do ex-ministro. "Não podemos dizer que alguém não pode continuar na vida pública, apenas deixamos registrado que uma autoridade tem em seu currículo determinada avaliação quanto ao seu comportamento ético. E hoje no Brasil isso tem valido muito", afirmou, na ocasião.

A Comissão de Ética da Presidência da república vai dar um prazo de 10 dias para que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, explique as razões de suas declarações, divulgadas com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, sobre a Operação Lava Jato um dia antes da fase que culminou com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 27, durante reunião do colegiado. O relator do caso, conselheiro Américo Lacombe, foi o responsável pelo pedido de explicações, que ainda será encaminhado ao ministro.

O colegiado se reuniu para discutir se abria um procedimento na comissão para investigar as declarações do ministro, mas por conta de uma denúncia já protocolada pelo deputado petista Afonso Florence, a decisão do colegiado foi aguardar a manifestação do ministro em resposta a denúncia.

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Conforme mostrou na última segunda-feira, 26, o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da comissão, Mauro Menezes, disse que o assunto seria debatido porque cabe ao colegiado "zelar pela integridade das informações privilegiadas". Segundo o Código Penal, um funcionário público comete crime contra a administração quando revela um fato de que tem ciência em razão do cargo e que deveria permanecer em segredo.

Um dia antes da fase da Operação Lava Jato que culminou com a prisão do ex-ministro do PT, Antonio Palocci, Moraes afirmou, em Ribeirão Preto (SP), terra do petista, que uma nova fase da investigação seria deflagrada esta semana.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou hoje o pedido de cassação do mandato do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar. Por 11 votos a nove, os deputados acataram o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que afirma que Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre ter contas no exterior durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

Segundo o relator, Cunha é o dono de pelo menos quatro contas nna Suíça: Köpek; Triumph SP, Orion SP e Netherton. Ao pedir a cassação de Cunha, Rogério disse que as contas são verdadeiros “laranjas de luxo”. “Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou, não se trata apenas de omissão, de mentira, mas de uma trama para mascarar a evasão de divisas, a fraude fiscal", disse Rogério. “Estamos diante de uma fraude, de uma simulação de empresas de papel, de laranjas de luxo criadas para esconder a existência de contas no exterior”, acrescentou.

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Cunha nega a propriedade das contas, mas admitiu ter o usufruto de ativos geridos por trustes estrangeiros.

O processo de Cunha no Conselho de Ética é considerado o mais longo no colegiado e foi marcado por inúmeras manobras que protelaram a decisão dessa terça-feira. A representação contra Cunha foi entregue pelo PSOL e Rede à Mesa Diretora da Câmara, no dia 13 de outubro de 2015. A Mesa, comandada por Cunha, levou o prazo máximo de 14 dias para realizar a tarefa de numerar a representação e enviá-la ao Conselho de Ética, o que retardou o início dos trabalhos do colegiado. O processo só foi instaurado quase um mês depois da representação, em 3 de novembro de 2015.

Agora o processo contra Cunha precisa ser analisado em plenário. Para que Cunha tenha o mandato cassado, é preciso pelo menos 257 votos, a maioria absoluta dos 513 deputados.

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Mauro Menezes, afirmou nesta terça, 31, que o órgão autorizou a abertura do prazo de 20 dias para que os ministros do presidente em exercício Michel Temer se manifestam a respeito da denúncia apresentada pela liderança do PT na Câmara. Ele explicou que é praxe pedir a manifestação antes de avaliar o conteúdo da denúncia em si. "Estamos pedindo apenas que a autoridade se manifeste", afirmou.

Segundo Menezes, após esse período de 20 dias, será designado um relator do caso para aí sim examinar de fato a denúncia e a manifestação do acusado. Caberá ao relator definir se haverá coleta de provas para posterior julgamento.

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A primeira denúncia avaliada pela Comissão foi do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo. O ex-ministro petista denunciou seu sucessor na AGU Fábio Osório por descumprimento do Código de Conduta da Alta Administração Federal ao determinar a abertura de uma sindicância contra Cardozo por sua atuação em defesa de Dilma Rousseff no processo de impeachment na qual ele classifica como golpe o processo de afastamento da petista.

Para a defesa de Cardozo, a sindicância e as declarações públicas de Osório, que acusou o petista de cometer crime de responsabilidade ao falar em golpe, "além de se chocarem frontalmente com a lei, demonstram um profundo desapego ético e uma clara tentativa de utilizar um importante órgão de Estado (AGU) com finalidade evidentemente política e imoral", diz a denúncia subscrita pelo advogado Marco Aurélio Carvalho.

Outras denúncias

Hoje pela manhã o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), entrou com duas representações contra parlamentares que, no governo em exercício de Michel Temer, tornaram-se ministros. Na avaliação de Florence, os deputados e senadores que se colocaram a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff se beneficiaram diretamente ao assumir cargos no governo interino.

"No caso no Senado, foi no mesmo dia da votação (do impeachment). Votaram de madrugada e, à tarde, estavam tomando posse", afirmou. "Consideramos que é oportuno que a Comissão de Ética produza um juízo (sobre o tema)", completou. Florence diz que solicitou, ao órgão de fiscalização da Presidência, a abertura de procedimento administrativo para a aplicação de advertência com sugestão de exoneração do cargo. O líder petista diz que todos os que tomaram posse violaram tanto a Constituição Federal como o Código de Conduta da Administração Federal.

Os ministros citados na representação são Blairo Maggi (PP / Agricultura, Pecuária e Abastecimento), José Serra (PSDB / Relações Exteriores), Bruno Araújo (PSDB / Cidades), Maurício Quintella (PR / Transportes, Portos e Aviação Civil), Mendonça Filho (DEM / Educação), Osmar Terra (PMDB / Desenvolvimento Social e Agrário), Ricardo Barros (PMDB / Saúde), José Sarney Filho (PV / Meio Ambiente), Fernando Coelho Filho (PSB / Minas e Energia) e Ronaldo Nogueira (PTB / Trabalho).

A segunda representação restringe-se ao caso de Serra. A bancada petista questiona a postura do chanceler em relação ao discurso do impeachment no exterior. "Ele iniciou a sua atuação como ministro com orientação política, orientando representantes diplomáticos brasileiros no exterior a fazer parte do debate do impeachment sem crime de responsabilidade, ou seja, do golpe", afirmou.

Dos mais de 90 pedidos apresentados solicitando pagamento de quarentena por seis meses, após afastamento do cargo que ocupavam no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, a Comissão de Ética da Presidência da República acatou, por enquanto, apenas 13. Entre eles terão direito a receber salário integral no valor de R$ 30,9 mil, referente à função, os ex-ministros da Educação Aloizio Mercadante e do Desenvolvimento Social Tereza Campello. O mesmo benefício já havia sido concedido, na semana passada, aos ex-ministros da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Luiz Navarro de Brito.

A Comissão de Ética, no entanto, entendeu que, até agora, no caso de seis pedidos, não houve caracterização de conflito de interesses, portanto não deverão cumprir o período de quarentena e não receberão salário do poder público durante os próximos seis meses. É o caso, por exemplo, do ex-secretário de imprensa da Presidência Rodrigo Almeida.

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Também não receberão a quarentena Gabriel de Carvalho Sampaio, ex-secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça; e Marco Antonio Martins Almeida, que foi ministro de Minas e Energia de Dilma por 20 dias. Na mesma lista estão Régis Dudena, ex-subchefe Adjunto da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República; e Robinson Santos Almeida, ex-chefe de gabinete do Ministro do Trabalho.

Foi autorizada concessão de quarentena para Éden Valadares Santos, chefe de Gabinete do Ministro Jaques Wagner; o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Asdrúbal Figueiró, que foi diretor-geral da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC); Daviel Marteleto Godinho, que foi Secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio; Graciano Ulisses Merlo, que foi diretor Presidente da Companhia Docas do Espírito Santo; Maria Elisabeth Villela Gouveia, ex-diretora da Caixa Econômica Federal; e Marcelo Veiga ex-diretor do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça, assim como o ex-Superintendente de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil, Wanger Antonio de Alencar Rocha.

A Comissão de Ética está fazendo diligência para decidir se deve conceder quarentena a três servidores. Carlos Gabas, que é funcionário de carreira do INSS e foi ministro no governo Dilma; Júnia Maria Barroso Santa Rosa, que estava na Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades; e Carlos Augusto Grabois Gadelha, ex-secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No dia 31 de maio a Comissão de Ética irá realizar nova reunião, agora extraordinária, para examinar os inúmeros pedidos que chegaram ao colegiado, após o afastamento da presidente Dilma. Entre os que aguardam decisão da comissão está o ex-ministro Jaques Wagner, que ocupou a Casa Civil e chefia de gabinete de Dilma.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta quarta-feira, 02, que pretende recorrer do andamento do processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética em todas as instâncias que forem possíveis. O peemedebista afirmou que certamente apresentará recursos diante dos "erros" cometidos na condução do processo. "As nulidades são flagrantes e serão contestadas", declarou.

Cunha criticou a aprovação da admissibilidade com o voto de desempate do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA). O peemedebista reclamou que Araújo não se pronunciou sobre o questionamento de sua suspeição na condução dos trabalhos (o que colocaria em xeque a votação), e que ontem seus aliados foram surpreendidos com a votação noturna, que foi preciso buscar deputados em casa. "Continuam praticando erros em série, buscando sempre manter aquela aura que tem que voltar atrás, que isso gera manobra", afirmou. Para ele, há descumprimento do regimento interno e a demora no julgamento se dá aos supostos equívocos cometidos por Araújo.

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"Tem muito recurso a ser feito, muita coisa errada ali. Até ontem mesmo foi um meio golpe, porque avisaram aos parlamentares que não iria ter reunião, eles foram embora e tentaram fazer de surpresa para depois da sessão do plenário. Ficaram catando gente em casa para vir aqui correndo, porque estavam tentando fazer sempre a coisa descumprindo o regimento. Tem uma série de fatores errados que os meus advogados vão tratar de fazer os recursos correspondentes. Continuam cometendo erros em série (no Conselho de Ética)", declarou.

Em sua avaliação, as mudanças de última hora no parecer do relator Marcos Rogério (PDT-RO) colocaram um "limite razoável à situação entre os absurdos" feitos no colegiado. Para ele, o resultado ficou "um pouco mais razoável" por separar o que cabe ao colegiado apurar e ao Judiciário investigar. "O resultado de ontem afastou boa parte do voto original", comentou.

Sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha revelou que acompanhou pela TV apenas a exposição de sua defesa. "Só no início do discurso do relator ele já afastou mais da metade das acusações do Ministério Público. É uma coisa muito óbvia, eu não poderia participar de um ato de corrupção num período em que eu nem conhecia aquelas pessoas. Isso ficou muito claro com o voto. Com o tempo, a verdade acaba surgindo e você acaba comprovando", afirmou.

O peemedebista voltou a repetir que, mesmo que se torne réu, não significará que será condenado e disse que a decisão dos ministros não interferirá nos trabalhos da Câmara. "Até porque são indícios. Tudo o que está lá não tem condições mínimas de ser provado", afirmou. Ele disse ter um "material farto probatório para desmascarar" a acusação. "Eu estou tranquilo, porque estou com a verdade, estou com a inocência. Não tenho nada com o que me preocupar."

Sobre a possibilidade de perder o apoio na Casa caso se transforme em réu, o peemedebista desconversou. "Eu não fui eleito pelos partidos da oposição e tampouco pelo PT. Então quem vai fazer oposição a mim já fez. Isso não me causa nenhum problema", respondeu. O presidente da Casa demonstrou despreocupação com uma possível cassação e disse que terminará o mandato "tranquilamente".

A Comissão de Ética da Presidência da República deve julgar na próxima sessão, dia 28 de julho, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Thomas Traumann, pelo vazamento de informações contidas em um documento interno do Palácio do Planalto. De acordo com Horácio Pires, da comissão, novos documentos foram apresentados pela Secom.

“Chegaram informações e documentos complementares da secretaria, portanto foi reaberto o prazo de vista para o ex-ministro. [O julgamento] deve retomar na próxima sessão porque o relator já tem tudo esquematizado e só concedeu esse prazo de dez dias que devem se esgotar daqui a pouco”, disse ele hoje (22), após reunião ordinária da comissão. Pires, no entanto, não revelou o teor das novas informações apresentadas pela Secom.

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O documento interno que vazou da secretraria, segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, analisava a comunicação do governo. O texto fazia uma avaliação da estratégia de comunicação, classificando-a de "errática". O documento lista erros na comunicação do governo, após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, e diz que seus apoiadores estão levando "goleada" da oposição nas redes sociais.

Thomas Traumann deixou a Secretaria de Comunicação Social no dia 25 de março, e foi substituído por Edinho Silva, que tomou posse no dia 31 de março.

A punição dos prefeitos chamados de “traidores” por não apoiarem os candidatos do PTB nas eleições 2014 virá em poucos dias. Com o processo de expulsão de sete prefeitos do partido em andamento, a legenda ficará apenas com 17 dos 25 prefeitos eleitos já que o primeiro a deixar a sigla foi o chefe do executivo de Gravatá, Agreste do Estado, Bruno Martiniano, que protocolou na última quarta-feira (20) o pedido de desfiliação. Caso não fizesse, a legenda estava preparada para expulsá-lo.

Segundo o vice-presidente estadual do PTB em Pernambuco, deputado José Humberto, Martiniano seria o primeiro a ser expulso da agremiação. “Já estávamos com o processo todo pronto para o desligamento dele do partido. Ele fez sua defesa, levou testemunha, prestou esclarecimentos, mas a Comissão de Ética do PTB já tinha se reunido e feito relatório para entregar a Comissão Executiva”, esclareceu ao Portal LeiaJá

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Garantindo que a saída do prefeito de Gravatá e dos demais são pelo mesmo motivo: falta de apoio aos postulantes correligionários em 2014, o parlamentar contabilizou sete casos semelhantes já que Bruno “evitou ser expulso”. Porém, os demais devem ser nos próximos dias. “O restante nós mandamos o documento e não apresentaram defesa e dentre de oito dias o desligamento dos que não se posicionaram, vai proceder naturalmente à expulsão”, confirmou. 

De acordo com José Humberto os outros prefeitos que deixarão a legenda são: as prefeitas Verônica Soares de Lagoa dos Gatos, Madalena Brito de Arcoverde e Maria Sebastiana de João Alfredo e os prefeitos de Jucati, Gerson Henrique, de Exu, Léo Saraiva, de Santa Terezinha Adeilson Lustosa e de Panelas, Sérgio Miranda. 

“O processo está sendo concluído. Não ofereceram defesa. Já percorreu todos os trâmites, mandamos correspondências AR e estamos fechando relatório e na próxima semana a Comissão de Ética conclui e encaminhará a decisão para a Comissão Executiva”, adiantou o deputado. 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira, 18, pedir mais esclarecimentos ao ex-ministro Thomas Traumann sobre documento da Secretaria de Comunicação Social (Secom) que apontava uma situação de "caos político" e "comunicação errática" no governo. O teor do documento interno foi revelado com exclusividade pelo portal www.estadao.com.br

Na reunião do mês passado, a comissão solicitou esclarecimentos à Secom sobre o texto. Antes disso, o colegiado já havia cobrado informações de Traumann.

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"Ele (Traumann) mandou as informações, depois nós pedimos à Secom, a Secom deu outras informações, pedimos (agora) pra ele (Traumann) falar sobre as informações da Secom. É rechecar informações", disse o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe. O jornalista terá um prazo de 10 dias para responder às novas dúvidas da comissão.

Em um procedimento incomum, a Comissão de Ética decidiu abrir processo contra o jornalista no dia 24 de março, cinco dias depois da reunião que havia ocorrido naquele mês. No dia seguinte à instauração do processo, Traumann pediu demissão à presidente Dilma Rousseff.

De acordo com Lacombe, o jornalista está colaborando com a atuação da comissão.

Goleada

Segundo o documento produzido pela Secom, os apoiadores da presidente estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais. O texto aponta como saída o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad e que virou o epicentro das manifestações anti-Dilma no dia 15 de março.

"A guerrilha política precisa ter munição de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele", afirma o documento.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República instaurou processo para apurar a conduta do ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) Thomas Traumann. O ministro deixou o cargo depois que o site Estadão.com revelou com exclusividade a produção de um documento no qual a Secom apontava "caos político" no governo.

O conselheiro Mauro de Azevedo Menezes, relator do caso na Comissão de Ética, deu parecer favorável à "abertura de processo de apuração de infração ética, bem como a aplicação das sanções e recomendações cabíveis".

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O processo foi instaurado no dia 24 de março. No dia seguinte, o jornalista pediu à presidente Dilma Rousseff exoneração do cargo. Houve uma mudança no procedimento padrão da Comissão de Ética, que costuma pedir esclarecimentos antes de abrir processo contra autoridades do governo federal.

A Comissão de Ética da Presidência foi provocada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que já aprovou na Comissão de Comunicação do Senado pedido para que Traumann seja convidado a explicar o conteúdo do documento. Como se trata de um convite, o ex-ministro pode declinar ou marcar a data, o que ainda não ocorreu.

O documento produzido pela Secom diz que os apoiadores da presidente estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais e aponta como saída o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad e que funcionou como o centro das manifestações anti-Dilma no dia 15 de março.

Munição

O texto elaborado pela Secom fez uma análise do atual momento político e sugeriu uma série de ações para melhorar a popularidade da presidente Dilma Rousseff e de seu governo.

Entre as medidas, apontou que as forças políticas que apoiam a presidente Dilma devem atuar de forma "coordenada e com missões claras", inclusive nas redes sociais. Diz o texto: "A guerrilha política precisa ter munição de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele."

A decisão de abrir processo contra Traumann partiu do próprio presidente da comissão, Américo Lacombe. O relator Mauro Menezes encaminhou ofício ao jornalista solicitando esclarecimentos sobre o documento da Secom. O ex-ministro terá dez dias para prestar explicações.

Como já deixou o cargo, a única sanção cabível contra Traumann é uma censura ética, que, na prática, funciona como uma espécie de "mancha no currículo". A reportagem não obteve retorno do jornalista.

A próxima reunião da comissão está marcada para 27 de abril.

Após eleger os membros de todas as comissões permanentes, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) escolhe, nesta segunda-feira (9), os membros da Comissão de Ética da Casa. Serão eleitos os sete membros titulares e os sete suplentes, durante a sessão plenária da Casa. 

O ouvidor-geral da Alepe também será escolhido nessa ocasião. Para a composição da Comissão de Ética, será respeitado o critério da proporcionalidade partidária. Já o ouvidor-geral será deputado eleito pelos demais parlamentares. O mandato é de dois anos para ambos os cargos. 

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A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta quarta-feira, 25, pedir explicações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre encontros que manteve com advogados ligados à Operação Lava Jato. O ministro terá um prazo de dez dias para apresentar os esclarecimentos solicitados pela comissão, que só então decidirá se abre processo ou não para apurar o caso.

"Não posso prejulgar nada, não posso falar (sobre a conduta do ministro) porque provavelmente serei um dos que vai votar", disse o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe, ao comunicar a decisão. Questionado se receberia advogados de empresas investigadas pela Polícia Federal se fosse ministro da Justiça, Lacombe respondeu: "Eu quando era juiz recebia todos. Eu trabalhava com porta aberta, os advogados entravam na minha sala livremente."

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Pela manhã, Cardozo recebeu o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e afirmou que nunca deixará de receber advogados que o procurarem. "Eu, como ministro da Justiça, jamais deixarei o pedido de atender advogados, juízes, promotores ou defensores. É nosso dever, dever legal. Se há pessoas que ainda não ajustaram suas mentes ao Estado de Direito, cabe a nós lutar para que isto ocorra", afirmou Cardozo. O ministro também disse não ter previsão em sua agenda de receber outros advogados para tratar da Operação Lava Jato.

Além do presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Coêlho, outros 12 representantes da classe tiveram uma audiência com Cardozo. "Já imaginei que teriam polêmicas como ministro da Justiça, mas jamais pensei que eu teria, no século XXI, que polemizar sobre o fato de se uma autoridade deve receber advogados ou não", afirmou Cardozo.

Nesta terça, Cardozo teve reuniões com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que defenderam a independência do Judiciário e a preocupação com interferência política na esfera judicial, mas manifestaram apoio ao ministro sobre o encontro com advogados.

Após a revelação dos encontros, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, classificou de "intolerável que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir o processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas".

A próxima reunião da Comissão de Ética Pública da Presidência está marcada para 18 de março.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República pediu, nesta sexta-feira, 30, mais informações a Nestor Cerveró e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras, para complementar investigações sobre denúncias contra os dois. O primeiro responde por supostas irregularidades relacionadas a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) e o segundo, por suspeita de ter recebido propina. Essa não é a primeira vez que a comissão faz solicitação desse teor. Para Cerveró esse é o quarto pedido. Para Duque, o segundo.

A reunião de desta sexta da Comissão, a despeito dos pedidos de mais informações para os ex-diretores da Petrobras, foi basicamente para analisar consultas de conflitos de interesse feitos por ex-integrantes do governo que estão indo para a iniciativa privada. Desde a última reunião da comissão, 27 novos pedidos chegaram, entre eles o do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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O presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe, não revelou a conclusão dos pedidos e evitou falar nomes dos que fizeram solicitações. "Houve muita gente que saiu dos cargos e foi para iniciativa privada", disse. "Demos preferência às consultas porque quem saiu do seu cargo tem de poder trabalhar. Nem todos os ministros que saíram pediram quarentena, mas eles ainda não foram notificados", explicou.

Lacombe explicou ainda que os casos relacionados à operação Lava Jato e um envolvendo a presidente da Petrobras, Graça Foster, não entraram na pauta desse encontro. A próxima reunião da Comissão de Ética será em 25 de fevereiro.

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu abrir processo investigativo sobre o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque. Ele foi preso na última sexta-feira (15), quando foi deflagrada a sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. De acordo com nota divulgada nesta quarta-feira (19) pela comissão, o colegiado pediu informações a Duque e à Petrobras sobre sua participação no esquema de superfaturamento de contratos firmados com a estatal e repasse de propina aos partidos.

Renato Duque tem dez dias para se manifestar sobre o processo, fornecendo informações que considere necessárias para que os conselheiros se posicionem. O prazo pode ser prorrogado para garantir ao ex-diretor o direito de ampla defesa.

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Na reunião de hoje, também foi pedida cópia do depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa à Justiça Federal em Curitiba. O objetivo da comissão é acessar o conteúdo das declarações de Paulo Roberto. O processo ético contra ele foi aberto em 28 de julho, quando os conselheiros se reuniram e, pela primeira vez, decidiram solicitar informações sobre o envolvimento do ex-diretor com as denúncias surgidas à época de sua prisão.

A nota inclui pedido à Controladoria-Geral da União (CGU) para envio de informações sobre processos administrativos envolvendo executivos da administração pública federal. A decisão foi tomada após notícia de que a CGU abriu processo punitivo contra a empresa holandesa SBM Offshore.

Conforme o documento, a Comissão "acompanha todos os desdobramentos da Operação Lava Jato. A nota cita reportagens de jornais com a informação da prisão de Renato Duque e orienta a observância das normas jurídicas que tratam do conflito de interesses no exercício de cargos do Poder Executivo.

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe, informou nesta segunda-feira, 29, que a Petrobras ainda não prestou os esclarecimentos solicitados pelo grupo. A comissão apura a conduta do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró na época da elaboração do relatório que levou a empresa a adquirir a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006.

"Ele (Cerveró) já havia apresentado as informações e nós pedimos outras, complementares à Petrobras. A Petrobras não mandou, então estamos reoficiando a Petrobras para ver se consegue mandar as informações que queremos", disse Lacombe, após participar da reunião da comissão. O ofício será novamente endereçado à presidente da estatal, Graça Foster.

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Questionado sobre que informações estão sendo solicitadas pelos conselheiros, Lacombe respondeu: "São várias. Todas que você imaginar. Tudo, as denúncias que estão havendo, queremos informações de tudo."

A Comissão de Ética abriu o processo para apurar a conduta de Cerveró após a presidente Dilma Rousseff informar, em nota encaminhada ao jornal O Estado de S.Paulo, que foi favorável à compra com base num parecer "técnica e juridicamente falho".

Em 18 de agosto, a comissão pediu explicações a Cerveró "sobre a existência de eventual sonegação de dados relevantes ao Conselho de Administração" da empresa, relacionados à aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o negócio causou prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras.

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