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O excesso de burocracia prejudica a competitividade de 92% das indústrias brasileiras. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou nesta segunda-feira (10) duas pesquisas sobre o tema, uma envolvendo a indústria da construção e outra relativa à indústria de transformação e extrativa. No saldo geral desses setores, a confederação aponta que além de afetar a competitividade de 92% da indústria, parcela de 85% dos industriais ouvidos considera que há um número excessivo de obrigações legais.

O estudo revela também que fatia de 58% dos industriais avalia que um dos principais impactos da burocracia sobre as empresas é o aumento do custo de gerenciamento de trabalhadores. Do total consultado, fatia de 73% aponta que a legislação trabalhista deveria ser prioridade do governo no combate à burocracia excessiva (a legislação ambiental ficou em segundo lugar, com 55% das respostas).

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Foram consultados 2.388 industriais em todo o Brasil entre os dias 2 e 17 de abril. Desse grupo, foram ouvidos 1.835 empresários da indústria de transformação, 116 da indústria extrativa e 437 da construção. A pesquisa que envolveu a indústria da construção foi realizada em parceira com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A pesquisa que ouviu a indústria de transformação e extrativa aponta que 89% das empresas enfrentam burocracia nas áreas trabalhistas e ambiental. Parcela de 85% dos consultados considera que a principal dificuldade para o cumprimento das obrigações legais é o número excessivo dessas exigências. Outra fatia de 60% das empresas afirma que o principal impacto da burocracia é o aumento no uso de recursos em atividades que não estão ligadas diretamente à produção.

O estudo que ouviu os industriais da área de construção indica que parcela de 88% desse público diz enfrentar burocracia na área trabalhista. Outra fatia de 85% das empresas considera que a principal dificuldade para o cumprimento das obrigações legais é o número excessivo de exigências. Nesse segmento, 70% apontam que o governo deveria dar prioridade à redução da burocracia na legislação trabalhista. Entre os industriais do setor de construção, parcela de 54% considera que o principal impacto da burocracia é o aumento no custo de gerenciamento de trabalhadores.

A CNI ressalta que, entre todos os segmentos industriais, vigora a percepção de que a burocracia prejudica a competitividade, mas ressalta que o excesso de obrigações legais causa problemas diferentes em cada segmento. Na avaliação de 47% dos empresários da construção, a burocracia atrasa a finalização do produto, obra ou serviço. Esse porcentual cai para 23% na indústria de transformação e para 25% na indústria extrativa. Para 35% dos construtores, o excesso de procedimentos aumenta o custo de celebração de contratos, mas esse número cai para 21% no segmento extrativo e para 17% na indústria de transformação.

Há também diferenças nas sugestões dos empresários para o corte da burocracia. Na construção, 25% acreditam que o governo deve priorizar a redução da burocracia nas licitações públicas. O porcentual cai para 12% nas indústrias de transformação e para 6% na indústria extrativa. Por outro lado, 19% dos empresários do ramo de transformação e 17% dos que atuam na indústria extrativa reclamam dos procedimentos aduaneiros, mas o índice é de apenas 4% entre os empresários da construção.

Pela primeira vez o Brasil apareceu na lista dos países mais competitivos. Nosso País apareceu na 48ª posição – em uma lista com 144 países - no Relatório Global de Competitividade, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, após subir cinco posições em relação ao ranking de 2011. Uma vitória para nós.

Como era de se esperar, a Suíça contínua no topo da lista. As condições econômicas, educacionais e tecnológicas dos suíços devem servir de exemplo para todo o mundo. Em seguida estão Cingapura, Finlândia, Suécia, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Hong Kong e Japão. Ressaltamos, neste momento, que a crise econômica vivida pela Europa teve grande influência nos dados colhidos, já que trouxe incerteza e desaceleração econômica para vários países europeus.

Voltando ao quadro brasileiro, em dois anos, subimos dez posições. Apesar de ter melhorado a classificação geral, o Brasil ainda está atrás de países como Chile e Panamá e ainda apresenta um alto déficit no quesito "qualidade da educação", ficando apenas com a 116ª posição do ranking.  Ademais, o alto índice de corrupção e a falta de transparência pública continuam prejudicando a classificação geral.

Continuamos crescendo economicamente.  Estamos expandindo serviços de internet e telefonia móvel – apesar dos problemas com as operadoras de celular. Estamos investindo em inovação tecnológica e todas essas ações aliadas com a redução da taxa básica de juros e a consequente queda dos juros bancários tiveram impactos positivos para a colocação do Brasil no ranking.  Positivos sim, suficientes não.

Somos a sexta economia mundial. Temos capacidade e condições de estar, pelo menos, entre os 30 primeiros países do ranking.  O relatório ressaltou ainda que, se a América Latina melhorasse seus problemas de insegurança e de infraestrutura, e investisse mais e melhor em educação, multiplicaria seus níveis de competitividade e obteria melhores resultados econômico-comerciais. 

Ser competitivo não é apenas crescer economicamente. É ter condições de crescer de forma igualitária, melhorando as condições de vida da população. Nada obstante, como podemos atingir esse nível de excelência se no quesito "inovação", que está diretamente ligado à mão de obra qualificada, o Brasil caiu da 44ª para 49ª posição? Ou ainda quando ocupamos apenas a 79ª colocação em “qualidade da infraestrutura de transportes”?

Em vários textos anteriores já citei a importância da educação como fator primordial ao desenvolvimento do país. Mais uma vez, vemos a necessidade de investimentos contínuos na educação para nos tornarmos um país desenvolvido. Nossa economia está aquecida, o que gera um aumento na demanda por trabalhadores qualificados e não possuímos esses profissionais no mercado. Qualificação pode sim levar tempo, mas o Brasil não pode esperar. Precisamos de soluções criativas e ao mesmo tempo precisamos investir em educação, infraestrutura e segurança. É necessário explorar a capacidade existente aqui para superarmos as potências do exterior e aproveitar que o crescimento global está lento para diminuirmos essas diferenças.

Entre os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil foi o único que conseguiu subir posições no ranking de competitividade global elaborado pelo World Economic Forum (WEF) e divulgado hoje (5/09) pelo Movimento Brasil Competitivo.

No ano passado, o País ocupava o 53º lugar entre os países mais competitivos do mundo e ocupa agora a 48ª posição.

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Entre os mercados emergentes, a República Popular da China continua a liderar o grupo do Brics, mas caiu três posições em relação ao ano passado, passando da 26ª para a 29ª posição. A África do Sul ocupa, atualmente, o 52º lugar, seguida pela Índia (59º) e pela Rússia (67º).

O líder do ranking continua sendo a Suíça, seguida por Cingapura, Finlândia, Suécia, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Hong Kong e Japão.

O ranking de competitividade é elaborado a partir de pesquisas de opiniões e percepções com 14 mil empresários em 144 países no mundo. O relatório de Competitividade Global destaca que o Brasil aparece agora entre as 50 economias mais competitivas do ranking, e que a melhora de posição acontece "apesar do índice de inflação de quase 7%".

O estudo afirma que o Brasil melhorou nas suas condições macroeconômicas e tira proveito de ter o sétimo maior mercado interno do mundo. O País também é elogiado por seu uso cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação e no acesso a financiamentos para projetos de investimentos.

No entanto, o Brasil ocupa posições baixas na avaliação de empresários sobre eficiência do governo e confiança em políticos. "Apesar destes pontos fortes, o País também enfrenta desafios importantes.

A confiança em políticos é baixa (121º no ranking específico para o tema), assim como a eficiência do governo (111º), por causa de excesso de regulação governamental (144º) e desperdício em gastos (135º)."

Os esforços do Brasil para incentivar micro e pequenas empresas são reconhecidos, mas o país ainda é visto como um dos mais difíceis para novos empreendedores, com percepção de que os impostos são altos demais e provocam distorções na economia.

Sobre competitividade sustentável, "o desempenho geral relativamente bom do Brasil mascara uma série de preocupações ambientais, como desmatamento da Amazônia, com o País registrando um dos maiores índices de desmatamento do mundo. E apesar de o Brasil demonstrar um desempenho geral razoável na área de sustentabilidade social, a desigualdade enorme do país segue preocupante".

O ranking do Relatório Global de Competitividade é baseado no Índice de Competitividade Global, desenvolvido para o Fórum Econômico Mundial, e engloba 12 categorias, chamadas de pilares de competitividade, entre elas, instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, capacitação e educação superior, eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação de negócios e inovação.

*Com informações da Agência Brasil

 

 

Pela primeira vez, o Brasil entrou para o ranking dos 50 países mais competitivos no Relatório Global de Competitividade, divulgado hoje pelo Fórum Econômico Mundial. Para chegar à 48ª posição desta edição do ranking, o País subiu cinco lugares desde o ano passado.

No topo do ranking, pelo quarto ano consecutivo, está a Suécia. Cingapura ficou em segundo lugar, seguido por Finlândia, Suécia, Holanda e Alemanha. Já os Estados Unidos caíram da quinta posição que ocupavam em 2011 para o sétimo lugar. Em oitavo, nono e décimo lugares ficaram Reino Unido, Hong Kong e Japão, respectivamente.

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De acordo com o responsável pela análise dos dados brasileiros, Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, o ranking foi afetado pela incerteza crescente por conta da crise na Europa, da vulnerabilidade norte-americana e da desaceleração da China. A Fundação coordena a coleta e a análise de dados brasileiros.

A melhor avaliação sobre a macroeconomia nacional ajudou a puxar o País para a lista dos 50 mais competitivos. Este ano, o Brasil subiu 53 posições no critério "ambiente macroeconômico", saindo da 115ª colocação em 2011 para a 62ª. O salto, segundo a Fundação Dom Cabral, pode ser consequência da exclusão do indicador "spread bancário" do estudo deste ano. O indicador costuma ser "problemático" para o País, de acordo com a fundação, mas foi retirado da análise de 2012 por ser considerado ineficiente para comparar o grau de eficiência bancária nos diversos países.

Arruda explica que as medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff de redução da taxa básica de juros e consequente na queda dos juros bancários teriam impacto positivo para a colocação do País no ranking, mas não conseguiriam fazer com que o "ambiente macroeconômico" subisse tantas posições.

Além da macroeconomia, o "uso de tecnologias de informação e comunicação" também ajudou a tornar o País mais competitivo, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial. O indicador sobre "sofisticação dos negócios", apesar de ter caído dois pontos de 2011 para 2012, ainda é positivo - o Brasil ficou em 33º lugar.

Do outro lado, os níveis de "confiança nos políticos" e "eficiência das políticas de governo" colocam o País em 121ª e 111ª posição, respectivamente. O Brasil também fica mal posicionado na avaliação da "qualidade da infraestrutura de transportes" (79ª posição), da "qualidade da educação" (116ª posição) e do "volume de taxação como limitador ao trabalho e investimentos" (144ª posição). No pilar "inovação", o Brasil caiu da 44ª para 49ª posição. O resultado, avalia Arruda, está ligado à falta de mão de obra qualificada.

O relatório é feito com dados estatísticos nacionais e internacionais, além de pesquisa de opinião feita com executivos. Em 2012, o estudo analisou a competitividade de 144 países.

O aumento nos custos de trabalho é um dos fatores responsáveis pela perda de força da competitividade da indústria chinesa. É o que conclui o estudo "Competitividade Industrial Chinesa", que foi condensado em livro lançado nesta terça-feira, na capital paulista, pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Universidade de São Paulo (USP) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante o seminário que leva o mesmo nome do livro.

Para o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP) e um dos autores do livro, Gilmar Masiero, o principal impacto do aumento do custo da mão de obra na China é a retomada da competitividade de outros países. De acordo com o estudo, entre 2002 e 2008, ano em que entrou em vigor a atual legislação trabalhista, o custo da hora trabalhada na China aumentou 140%, para US$ 1,36. Ainda assim, o valor, à época, era 23 vezes menor que a hora de trabalho nos Estados Unidos e seis vezes menor que no Brasil. Esta diferença vem diminuindo ao longo dos últimos anos a ponto de empresas americanas estarem deixando de produzir em território chinês.

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Até mesmo algumas empresas chinesas estão saindo do país em busca de mão de obra mais barata em outros países, como Bangladesh, de acordo Masiero. De acordo com o professor, não é só o aumento dos custos trabalhistas que tem levado à perda de competitividade da indústria chinesa. Houve também uma redução dos subsídios do governo chinês às empresas localizadas na região costeira do país. "Qual a estratégia? Muitas delas, chinesas e estrangeiras, estão aproveitando os incentivos que o governo tem disponibilizado no interior e muitas outras estão optando por países em que a mão de obra é ainda mais barata que a chinesa, como em Bangladesh e Vietnã", diz o professor.

Segundo Masiero, a competição entre empresas na região costeira da China tem envolvido a disputa por trabalhadores. "Este fenômeno que está acontecendo nas regiões costeiras, inclusive com as primeiras greves a partir de 2010, tem elevado os custos do trabalho nesta região", afirma o professor.

De acordo com o secretário-executivo SAE/PR, Roger Leal, o estudo resultou da iniciativa da própria secretaria presidencial ainda na gestão anterior, do então ministro Samuel Pinheiro Guimarães, que percebeu a necessidade de obter informações mais detalhadas a respeito da realidade chinesa. "Não é possível conviver em um ambiente de concorrência internacional sem discutir e sentir os reflexos da repercussão do fenômeno chinês", disse Leal.

Neste sentido, contou o secretário, a SAE/PR percebeu a necessidade de um quadro mais completo e detalhado a respeito da questão chinesa e dos aspectos relativos à sua competitividade. Para isso, o governo brasileiro elegeu três itens que, supostamente, eram vistos internamente como fornecedores de vantagens à China no jogo do comércio internacional, em especial em relação ao Brasil. Foram eleitos as questões tecnológica, ambiental e a laboral, que pressupunha haver na China uma proteção social ao trabalhador muito menor que os níveis brasileiros.

Brasília - O Brasil precisa de mudanças na educação, infraestrutura e sistema tributário. Essa foi a recomedação deixada pelo ex-primeiro ministro britânico Tony Blair para o país, durante o encerramento do Congresso Internacional Brasil Competitivo, nesta terça-feira (28). "Países da África, o Brasil e a Grã-Bretanha enfrentam os mesmos desafios e precisam acelerar as reformas para manter-se competitivo no mercado", frisou.

Segundo Blair, além de investir mais na educação de qualidade, o Brasil precisa de mais parcerias público-privadas. "Na Inglaterra, conseguimos reformar a nossa infraestrutura dessa forma. Sem a iniciativa privada não haveria como. O desafio é o governo entender que algumas necessidades do setor público podem ser atendidas pela iniciativa privada e o setor privado entender a complexidade do setor público", destacou.

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O tema inclusive foi discutido também nesta terça com a presidente Dilma Rousseff, que também ouviu sobre a experiência de Londres em realizar uma Olimpíada. "Fiquei triste ao ver que o Brasil passou o Reino Unido como a sexta economia domunso, mas eu os perdoarei se vocês fizerem Jogos Olímpicos maravilhos em 2016", brincou.


Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Brasília - Investimento em educação e logística. Esse é o caminho apontado por empresários e representantes do pode público para que o Brasil continue competitivo no mercado mundial.

“O cenário exige eficiência e desenvolvimento do potencial competitividade. Em relação à educação, temos que melhorar a qualidade da educação básica para ter uma formação de consciência cidadã e voltada para o profissionalismo”, frisou o empresário Jorge Gerdau, durante o 10º Congresso Internacional Brasil Competitivo. Ele também citou a reforma do sistema tributário como um dos pontos essenciais para o desempenho do Brasil no mercado econômico. “Dentro do nosso cenário, temos pouca margem para mudanças a curto prazo, mas precisamos reavaliar nossa situação diante da crise para definir as ações que nos tornem eficientes”, disse.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, destacou as ações do governo para melhorar a logística do país, através de um programa específico para a área, que vai destinar R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias e ferrovias. Ela adiantou que o governo federal vai lançar também projetos voltados para portos e aeroportos. “Queremos um Brasil que cresça com justiça social, mas também com eficiência e competitividade”, salientou.

Durante o evento, os participantes questionaram o governo sobre medidas para evitar as greves, que trouxeram prejuízos para o setor. “A Anvisa está em greve e isso impediu o recebimento de algumas cargas”, citou também a presidente da General Eletric, Adriana Machado, que também cobrou menos burocracia e mais transparência para as relações comerciais.

Ainda sobre logística, o assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), David Kupfer, explicou que a preocupação com logística não pode estar restrita apenas à distribuição e escoamento da produção. “Logística não está só relacionada à movimentação de cargas, mas também a movimentação de conhecimento, por isso temos que nos preocupar também com o acesso a internet e as redes de comunicação”, destacou.

A 10ª edição do Congresso Internacional Brasil Competitivo reúne especialistas nacionais e internacionais, nesta terça-feira (28), das 8h às 18h, no Centro de Eventos Convenções Brasil XXI, em Brasília. Os participantes irão debater o tema “Os desafios de competitividade na próxima década”. 

Os convidados também irão discutir maneiras de superar gargalos de infraestrutura e logística e abordar formas de reverter os desafios da crise externa e as ineficiências de gestão, e as questões tributária, trabalhistas e regulatórias, para promover um salto na qualidade dos serviços e produtos brasileiros. Serão abordados os temas “Panorama da Competitividade no Brasil”, “Panorama da Competitividade no Mundo” e “A competitividade e as empresas nos próximos 10 Anos”. 

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Dentre os participantes do evento estão o governador de Pernambuco, Eduardo Campos; do representante do Banco Central do Brasil, Geraldo Magela de Siqueira; e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), David Sergio Kupfer. Confira a programação completa no site do congresso.

O Sebrae vai patrocinar projetos que estimulem a competitividade, o desenvolvimento sustentável para as micro e pequenas empresas e o fomento ao empreendedorismo. As inscrições para o edital foram abertas nessa segunda-feira (23) e seguem até o dia 23 de agosto. Para se inscrever, é preciso acessar o endereço eletrônico do Sebrae. 

Os projetos selecionados receberão os recursos em 2013 no valor de até R$ 250 mil. Este é o terceiro ano em que o Sebrae realiza chamada publica de patrocínio, de acordo com informações da Agência Sebrae de Notícias.

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Segundo o edital, os projetos vão concorrer nos quesitos inovação e originalidade, clareza e coerência na apresentação, aplicabilidade das ações propostas, potencial do projeto para a produção e difusão de conhecimento e outros benefícios para os pequenos negócios. A qualidade das contrapartidas também será avaliada. Em 2011, o Sebrae recebeu 490 projetos, sendo que 78 foram selecionados e estão obtendo patrocínio neste ano.

Abastecer o veículo com álcool combustível ficou mais vantajoso na cidade de São Paulo, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A relação entre os preços do etanol e da gasolina diminuiu da primeira para a segunda semana de maio - de 69,90% para 68,92%. Há um ano, em igual semana de 2011, essa equivalência estava em 69,69%, ligeiramente acima do resultado divulgado nesta quinta-feira.

O economista e coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, disse que a desaceleração da taxa reflete a entrada da nova colheita de cana-de-açúcar. Mas, segundo ele, a equivalência favorável ao consumidor entre os dois combustíveis pode ser temporária. "Já que a safra deve ser menor que a esperada para este ano", justificou.

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O uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

Dentro do IPC-Fipe, que leva em conta os dados no período quadrissemanal, os preços do etanol e da gasolina cederam 0,70% e 0,38%, respectivamente, na segunda leitura do mês. "No médio prazo, os preços não devem sofrer tanta alteração", avaliou Costa Lima.

Abastecer o carro com etanol passou a ser vantajoso para o consumidor paulistano no início de abril, conforme levantamento divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira. A pesquisa mostrou que a relação entre o preço médio do combustível e o valor médio da gasolina atingiu o nível de 69,50% na primeira semana do mês na cidade de São Paulo.

O número apurado representou leve queda ante o divulgado no levantamento da última semana de março, quando a relação havia sido de 70,63%. Na primeira semana do mês passado, a relação era de 68,85%.

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Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores à gasolina.

A queda nesta relação surpreendeu o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Rafael Costa Lima, que esperava avanço maior para o preço do etanol no período, situação que ainda reflete a entressafra da cana no País. "Estávamos esperando uma alta maior pelo padrão sazonal", disse.

As pesquisas do IPC feitas pela Fipe, que levam em conta uma base mais ampla de comparação que o levantamento específico da relação entre etanol e gasolina, mostram aceleração na alta do derivado da cana. Na primeira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 7 de abril), o etanol apresentou avanço de 2,91% ante elevação de 1,87% observada no período que abrangeu todo o mês de março. A gasolina, por sua vez, subiu 0,49% ante avanço de 0,50%.

A Fipe esperava que, por conta da sazonalidade, o etanol estivesse ainda mais alto. Tanto que a elevação menos intensa do combustível ajudou o grupo Transportes a subir menos da metade (0,15%) que o imaginado pelo instituto (0,31%) na primeira leitura de abril do IPC.

Para Costa Lima, o avanço menos intenso do preço do etanol pode estar ligado à mudança no comportamento da demanda. Tudo porque, em 2011, depois de o combustível ficar desvantajoso em boa parte do ano, o consumidor passou a usar mais a gasolina. "No ano passado, tivemos queda no consumo do etanol. É possível que, pela redução na demanda, o efeito da entressafra da cana no preço do combustível não esteja tão grande agora como pensávamos que estaria", avaliou.

Vale lembrar que exatamente na primeira semana de abril do ano passado a relação entre etanol e gasolina atingiu a marca de 84,37%. Este foi o maior nível da série histórica semanal da Fipe.

Para os próximos meses, Costa Lima não vê, pelo menos por enquanto, grande tendência de aumento de preços no etanol, já que o período de safra da cana também se aproxima. "Quanto à gasolina, depende da Petrobras", afirmou.

A menor oferta e o consequente encarecimento do álcool fizeram com que, em nenhum mês do ano, este combustível fosse mais competitivo do que a gasolina em 22 Estados brasileiros. A informação é do presidente-executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz.

A baixa oferta levou a uma volatilidade de preços em 2011. O álcool anidro aumentou 121% no ano, e o hidratado, 47%. Ou seja, o motorista que fez os cálculos do que seria melhor para o seu bolso preferiu usar gasolina durante todo o ano, em 22 Estados. "A produção de etanol não cresceu na mesma proporção do crescimento da frota flex, levando a um aumento do consumo da gasolina", afirmou Vaz.

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Em apenas cinco Estados o etanol chegou a ser mais competitivo do que a gasolina para o consumidor em algum momento do ano, sendo que em dois deles (PR e TO), essa vantagem se manteve por não mais que dois meses.

Em São Paulo, o álcool ficou mais competitivo em quatro meses do ano. No Mato Grosso, a competitividade se manteve por nove meses. Em Goiás, por oito meses.

Desde a introdução da frota flex no País, que começa em 2003, Vaz diz que isso não acontece. O etanol hidratado deve fechar o ano em 10,8 bilhões de litros, ante o pico de 16,471 bilhões de litros em 2009.

Segundo Vaz, os produtores já estão pleiteando o aumento do porcentual de mistura do anidro à gasolina, de 20% para 25%, acreditando que será possível atender o mercado em 2012.

O presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, afirmou, hoje, que a indústria brasileira é competitiva "dentro da sua estrutura", mas perde competitividade "da sua porta para fora". O executivo participa de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com Johannpeter, a falta de infraestrutura do País e os impactos tributários do Brasil fazem com que a indústria não consiga ser competitiva quando comparada a outros países. "A cadeia do aço está vendo os seus mercados tomados pelas importações e competição do exterior. Parte do nosso crescimento doméstico está indo por importados que contêm aço", afirmou o executivo, citando veículos e produtos da linha branca como exemplos.

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Outro ponto que o presidente da Gerdau citou como preponderante para a perda da competitividade do Brasil é a taxa de câmbio. O executivo, no entanto, não citou qual seria a taxa ideal para ajudar na competitividade da indústria. "Um câmbio acima do que está agora sempre é melhor", disse.

A qualidade da infraestrutura brasileira piorou em relação ao resto do mundo pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, no entanto, o País despencou 20 posições no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, de 84º para 104º lugar. Em 2010, já havia perdido três colocações por causa da lentidão do governo para tirar projetos importantes do papel.

A tendência não é nada animadora. Na avaliação de especialistas, com a paralisia verificada em algumas áreas este ano a situação tende a piorar. É o caso da malha rodoviária. No ranking mundial, elaborado com base na opinião de cerca de 200 empresários nacionais e estrangeiros, a qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores estruturas dos 142 países analisados.

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A preocupação é que, depois dos escândalos de corrupção no Ministério dos Transportes, muitas obras estão paralisadas. Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram suspensos 41 editais, que estão sendo liberados de acordo com a prioridade do ministério.

O órgão destaca, entretanto, que esses processos estavam em diferentes estágios, alguns na fase anterior à abertura das propostas. Apesar disso, afirma que conseguiu executar R$ 1,2 bilhão em agosto. Mas será preciso bem mais energia para melhorar a posição no ranking mundial, avalia o consultor para logística e infraestrutura da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet.

Ele destaca que já esperava essa piora do País em relação ao resto do mundo. "A economia brasileira está crescendo e a infraestrutura está estagnada, em deterioração." Um dos pontos críticos, na opinião do executivo, é o sistema portuário, que recebeu nota de 2,7 pontos (quanto mais próximo de 1, pior). Com isso, a qualidade dos portos brasileiros caiu sete posições e está entre os 13 piores sistemas avaliados pelo Fórum Econômico Mundial. Entre todas as áreas, os portos ocupam a pior posição, 130º. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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