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Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, confessou ter se arrependido de ter apoiado e votado no presidente Jair Bolsonaro (PL), após o anúncio do novo mega-aumento no preço da gasolina pela Petrobras, além do gás de cozinha e do diesel. 

Arrependido, Chorão lamentou ter feito campanha em 2018. “Apoiei o Bolsonaro, fiz campanha para ele, e de graça. Recebi a comenda do mérito de Mauá, maior mérito do transporte que existe no Brasil, pelos serviços prestados ao transporte. E, com toda sinceridade, não trabalho mais para ele, não voto nele. Tudo o que prometeu para nós, não cumpriu”, reconheceu. 

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De acordo com o líder caminhoneiro, que atualmente é presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores) não haverá necessidade de chamar uma paralisação no momento, já que o País vai parar “automaticamente”, tendo em vista a inviabilização das atividades de transporte. 

“Bolsonaro tinha uma narrativa de que iria fazer alguma coisa pelo preço do combustível. Quando fizemos a paralisação, logo em seguida saiu um vídeo dele apoiando aquele ato, dizendo que se fosse presidente, iria realmente mexer [na política de paridade de preços internacionais, que afeta as bombas de combustíveis com a alta do petróleo no mercado internacional]. Colocou o Castello Branco (na presidência da Petrobras) com essa narrativa. Colocou o Luna (atual presidente da estatal) com essa narrativa. E melhorou? Piorou”, disse. 

Wallace afirma ter sido um erro ter apoiado o candidato Bolsonaro. “Não deveria ter o apoiado em 2018, mas tivemos uma postura para trazer uma mudança para o País, com uma arma muito importante neste momento, que são as redes sociais. Todos estão sofrendo, não só os caminhoneiros. A população não está conseguindo comer, não consegue comprar gás de cozinha, que já vale mais de 10% do salário mínimo”, lamenta. 

Preços dos combustíveis

O presidente da Abrava apoia a criação de um fundo para estabilizar os preços dos combustíveis como uma alternativa a alta, colocando fim à atual política de preços. Além da contratação direta dos caminhoneiros para tirar os “atravessadores”, melhorando a margem da classe. 

Ele considera, ainda, a PEC dos Combustíveis positiva, pois reduz a cobrança de ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). “Temos um governo hoje que fica transferindo a responsabilidade, como foi feito na PEC dos Combustíveis, que ia ser votada ontem, mas foi retirada de pauta. Diz que vai entrar hoje, mas de qualquer forma é um paliativo. No texto da PEC, diz que reduziria em 30%, mas só hoje teve um aumento de 25%. Não resolve a situação, estamos desesperados”, conta. 

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) informou nesta quarta (19) que apresentou proposta de aumento de 22,67% no valor das passagens de ônibus.

O valor mínimo – tarifa do anel G – seria de R$ 3. Já a viagem nas linhas do anel A, sairia dos atuais R$ 3,75 para R$ 4,59. Usuários do anel B passariam a desembolsar R$ 6,25 por viagem.  

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“A inflação do setor tem sido especialmente alta, puxada principalmente pela variação do preço do combustível, que é um dos principais custos do serviço. Mesmo com a isenção total do ICMS concedida pelo governo estadual, o óleo diesel aumentou 80% desde a última revisão tarifária. No mesmo período, as despesas com pessoal aumentaram 9,22%, com pneus, 52%, e o preço do veículo, 34%”, diz trecho da nota enviada pela Urbana.

O sindicato patronal ressalta que a pandemia agravou a tendência de queda da quantidade de passageiros do sistema, a sua principal fonte de custeio.

“Apesar do avanço da vacinação e da retomada das atividades, a demanda atual é 20% menor do que no período anterior à pandemia”, afirma a Urbana.

A Urbana-PE disse ainda que defende que sejam adotadas medidas para manter a tarifa em “um patamar compatível com a realidade socioeconômica da Região Metropolitana do Recife”. “Nacionalmente, com a participação de prefeitos, especialistas em mobilidade e empresas operadoras, o setor tem pleiteado ajuda do governo federal para custear as gratuidades e desonerar o óleo diesel utilizado pelos ônibus”, completa.

Mesmo antes do impacto total do aumento de preços feito pela Petrobras e pela Acelen no diesel e na gasolina na última semana, os dois combustíveis registraram em média alta de 1,4% e 0,2% nos preços na semana de 9 a 15 de janeiro, respectivamente. O Gás Natural Veicular (GNV) também subiu em média 1,2%, enquanto o preço do gás de cozinha caiu 0,3% e o etanol ficou estável.

Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que detectou o preço máximo do diesel na região Sudeste, a R$ 6,905/litro, 3% acima do maior preço da semana anterior (R$ 6,700/l). O valor mais baixo do diesel foi encontrado no Nordeste, a R$ 4,070, 15% abaixo do preço mais baixo da semana de 2 a 8 de janeiro.

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Tanto a Petrobras como a Acelen (controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, ex-Rlam) elevaram o preço do diesel e da gasolina na semana passada, seguindo a alta do petróleo no mercado internacional, que este mês já valorizou 10,6% em relação ao final de dezembro do ano passado. A Petrobras subiu o diesel em 8% e a gasolina em 4,8% no dia 12, enquanto a Acelen fez ajustes de até 5,1% para a gasolina e de até 8,4% para o diesel no sábado, 15.

Segundo a ANP, a gasolina continua com o preço máximo de R$ 7,899/l, registrado nos postos de abastecimento na região Sudeste, o mesmo valor da semana anterior. O preço mínimo foi de R$ 5,569/l, queda de 1,9% contra o mesmo período, encontrado em postos da região Sul.

O gás de cozinha, ou Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) botijão 13 quilos, teve seu preço máximo elevado novamente para R$ 140, depois de ter caído para R$ 135 na primeira semana de janeiro. Mesmo assim, o preço médio no Brasil é de R$ 102,24 o botijão, contra R$ 102,55 na semana anterior, queda de 0,3%.

O Gás Natural Veicular (GNV) sente o impacto da alta do gás natural no mercado internacional, impulsionado pelo inverno do hemisfério norte, que aumenta o uso de aquecimento. O produto teve alta de 1,2% na média praticada no País de 9 a 15 de janeiro, com preço máximo de R$ 6,199 o metro cúbico (m3) no Sudeste e o mínimo, de R$ 3,179/m3, no Centro-Oeste.

O preço médio do etanol se manteve praticamente estável, em R$ 5,046/l, queda de 0,09% em relação à média da semana anterior, com o menor preço sendo encontrado no Sudeste, de R$ 4,329/l, e o mais alto no Sul, de R$ 7,699/l.

Apesar dos reajustes da gasolina e do diesel realizados nesta quarta-feira, 12, pela Petrobras, os preços continuam defasados no mercado interno e impedem as importações dos derivados, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). De acordo com a entidade, a gasolina está, em média, 6% abaixo do preço praticado no mercado internacional, e o óleo diesel, 7%. Para equiparar com os preços externos, a estatal teria que aumentar em média o valor de venda nas refinarias em R$ 0,19 e R$ 0,25 o litro, respectivamente.

A Ativa Investimentos também informou ontem que ainda há espaço para a Petrobras aumentar o preço da gasolina em mais 5% (cerca de R$ 0,15), mesmo após o anúncio da última revisão de preço.

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A Petrobras reajustou na quarta-feira a gasolina em 4,8% e o diesel em 8%, após o preço do petróleo dar indicações de que deve se manter em patamar alto, em torno dos US$ 80 o barril. Por volta das 9h30 desta quinta-feira, os contratos da commodity para março eram negociados a R$ 84,59 o barril.

A estatal afirma que mantém a paridade com os preços de importação (PPI), mas que só reajusta os preços quando há mudança estrutural e não conjuntural.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (12), que não tem controle sobre a política de preços da Petrobras. Na terça-feira, a estatal anunciou o primeiro reajuste dos combustíveis em 77 dias. A partir de hoje, a gasolina fica R$ 0,15 mais cara e o diesel, R$ 0,27. "O combustível encareceu no mundo todo", afirmou o chefe do Executivo, em entrevista à Gazeta Brasil, um site que o apoia, ao ser questionado se o aumento do preço da gasolina poderia "cair como uma bomba" em ano eleitoral.

Durante seu governo, Bolsonaro coleciona uma série de atritos com a Petrobras. Em dezembro de 2021, a empresa precisou informar que não antecipa decisões de reajuste após o presidente dizer que a estatal anunciaria uma redução nos preços dos combustíveis ainda naquele mês.

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Em novembro do ano passado, a Petrobras também se pronunciou após Bolsonaro afirmar que havia entrado em contato com a equipe econômica para privatizar a estatal. Em nota, a empresa informou que havia consultado o Ministério da Economia sobre a existência de estudos sobre sua privatização, mas que a resposta foi negativa.

No começo de 2021, Bolsonaro demitiu o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna.

Inflação

Na entrevista de hoje, o presidente também tentou justificar a inflação de 2021, que fechou o ano em 10,06%, bem acima do teto da meta, de 5,25%. Bolsonaro ressaltou que em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também ficou acima de 10%. O chefe do Executivo também voltou a dizer que a inflação é resultado da pandemia de Covid-19 e da "política do fique em casa", em referência às medidas de isolamento social para tentar controlar a disseminação do coronavírus.

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 11, aos seus clientes o reajuste da gasolina e do óleo diesel a partir da quarta-feira, 12. As altas são de 4,8% e 8%, respectivamente.

O valor do litro da gasolina passará de R$ 3,09 para R$ 3,24. Já o do óleo diesel foi reajustado de R$ 3,01 para R$ 3,25.

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Essa é a revisão média, mas, na prática, há diferenças nos pontos de entrega dos combustíveis, dependendo da região onde estão localizados.

Esse é o primeiro reajuste anunciado em 77 dias. Em 15 de dezembro, a empresa reduziu o preço da gasolina e manteve o do diesel.

A Petrobras afirma seguir as variações do petróleo no mercado internacional, que iniciou o ano valorizado, e também o câmbio, como prevê sua política de Preço de Paridade de Importação (PPI).

"Dessa forma, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações pra cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos das volatilidades externas e da taxa de câmbio", afirmou a petrolífera em comunicado.

O diesel foi o combustível que mais subiu no ano passado, 46,8% na comparação com 2020, segundo o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP). O segundo maior aumento foi da gasolina (46,5%), seguida do Gás Natural Veicular (40,1%) e gás de cozinha (35,8%).

De acordo com informações da agência reguladora, o preço médio do diesel na semana de 26 de dezembro do ano passado até o dia 1º de janeiro de 2022 atingiu R$ 5,33 por litro, contra R$ 3,63 no final de 2020. A gasolina encerrou o ano custando em média R$ 6,62 o litro, ante R$ 4,52 no final do ano anterior, e o GNV ficou em R$ 4,37 o metro cúbico (m3), frente aos R$ 3,12 o m3 no final de 2020. O gás de cozinha, ou Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 quilos, fechou o ano custando R$ 102,28, contra R$ 75,29 há um ano.

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O preço mais alto do gás de cozinha se mantém em R$ 140 o botijão, encontrado na região Centro-Oeste, e o mais baixo R$ 78 o botijão na região Sudeste. Já a gasolina teve o preço mais alto registrado pela ANP no Sudeste, de R$ 7,90 o litro, região que também apresentou o preço mais baixo, de R$ 5,29 o litro.

O óleo diesel mais caro foi identificado a R$ 6,70 o litro na região Norte, e o mais baixo a R$ 4,59 o litro na região Sudeste, enquanto o GNV teve o preço mais alto no Sudeste (R$ 6,19) e o mais baixo no Centro-Oeste (R$ 3,18).

O Ministério da Justiça e Segurança Pública notificou a Petrobrás e a Transpetro para que prestem esclarecimentos sobre as possíveis dificuldades no fornecimento de combustíveis, especialmente com relação à capacidade de abastecimento e à alta de preços no setor. 

A notificação foi feita nessa quarta-feira (27) pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

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Segundo o ministério, a  notificação busca coletar subsídios relacionados aos impactos ao longo da cadeia de fornecimento de combustíveis, especialmente diesel e gasolina, a partir das recentes notícias veiculadas sobre possíveis dificuldades de abastecimento de combustíveis por parte da Petrobras junto aos distribuidores, tendo em vista o aumento da demanda no próximo mês.

Em setembro, o DPDC já havia notificado as principais distribuidoras de combustíveis, como a BR Distribuidora (Vibra) e a Ipiranga, sobre o mesmo assunto.

"As respostas da Petrobras e da Transpetro, juntamente com as respostas das distribuidoras notificadas em setembro devem fornecer subsídios para a melhor compreensão da dinâmica dos mercados de combustíveis, de modo a serem realizadas sugestões para seu aperfeiçoamento sob a perspectiva da proteção e defesa do consumidor alinhada ao desenvolvimento econômico e tecnológico", afirma a pasta.

As empresas têm um prazo de 10 dias para responder aos questionamentos, a contar do recebimento da notificação.

Após o governo de Minas Gerais reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel de 15% para 14%, os tanqueiros - transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo - do Estado reiteraram o pedido de redução do tributo para 12%. "A redução de um ponto porcentual no ICMS sobre diesel não atende à categoria. Queremos que volte ao patamar de 12%", disse o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtaque-MG), Irani Gomes, em vídeo divulgado nas redes sociais. "A categoria está aguardando a sensibilidade do governador para que seja atendida essa reivindicação", acrescentou.

A redução do ICMS era uma das demandas dos tanqueiros mineiros que paralisaram as atividades na semana passada. Cerca de 800 tanqueiros do Estado deixaram de circular em paralisação contra os elevados preços dos combustíveis, lubrificantes e derivados, segundo o Sindtaque. A greve teve fim com um acordo dos tanqueiros com distribuidoras em relação ao valor do frete.

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Os tanqueiros (transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo) de Minas Gerais estão pedindo ao governo estadual redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel de 15% para 12%. A reivindicação foi reiterada pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, em vídeo divulgado nas redes sociais, após ter sido demandada em greve da categoria na semana passada.

"Queremos redução do ICMS que era 12% e foi elevado para 15%. Queremos que ele volte para 12%. É um pedido da categoria", afirmou Gomes. "Esperamos que o governador tenha sensibilidade de reduzir a alíquota de ICMS dos combustíveis, porque hoje o óleo diesel (de Minas Gerais) tem uma das alíquotas mais altas da região Sudeste", argumentou Gomes.

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Na manhã de segunda-feira (25), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG) anunciou o congelamento da cobrança do ICMS sobre o diesel no Estado. O governador não detalhou a duração do congelamento do tributo em anúncio feito na sua conta oficial do Twitter. "Considerando que o aumento do valor do combustível, decorrente dos reajustes constantes da Petrobras, tem consequências diretas no custo de vida dos mineiros, o governo de Minas vai congelar o ICMS do diesel no Estado a partir desta segunda-feira", disse Zema.

"Esta medida do governador foi uma vitória que tivemos depois da greve, mas ainda não atende completamente nossa demanda. Precisamos da redução da alíquota. Essa medida somente não resolve o problema da alta dos combustíveis", disse Gomes, no vídeo. Na última quinta-feira, cerca de 800 tanqueiros do Estado deixaram de circular em paralisação contra os elevados preços dos combustíveis, lubrificantes e derivados, segundo o Sindtanque. A greve teve fim com um acordo dos tanqueiros com distribuidoras em relação ao valor do frete.

Os tanqueiros de Minas Gerais também defendem a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis. "Pedimos ao presidente Jair Bolsonaro que reveja o que foi assinado no passado, porque não podemos aceitar pagar tão caro pelo combustível como hoje. Não adianta apenas baixar os impostos com o preço de paridade de importação (PPI)", afirmou Gomes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a sinalizar, nesta segunda-feira (25), apoio à privatização da Petrobras, como uma forma de extrair mais rápido o petróleo e gás natural brasileiros. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro também sinalizou que a possibilidade já esteve no radar do governo.

"O presidente Bolsonaro falou que estudaria o que ia fazer com a Petrobras. Afinal de contas, se estamos com crise hídrica e tivemos escândalo de corrupção, são 30 a 40 anos de monopólio no setor elétrico e no setor de petróleo. E, se daqui a 10 ou 20 anos, o mundo inteiro migra para hidrogênio e energia nuclear, abandonando o combustível fóssil. A Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos. E deixamos o petróleo lá embaixo com uma placa de monopólio estatal em cima", ironizou, em cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Crescimento Verde no Palácio do Planalto.

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Para Guedes, o objetivo é tirar o petróleo o mais rápido possível para transformar a riqueza em educação, investimentos e tecnologia. "Tem que sair mais rápido. Não adianta ficar uma placa dizendo que é estatal e o petróleo não sai do chão. E quando sai, sai com corrupção. Se houve a maior roubalheira da história no 'Petrolão' e agora o preço do petróleo só sobe, o que o povo brasileiro ganha com isso?", questionou.

Ele destacou que as ações da Petrobras subiram 6% após o presidente Jair Bolsonaro dizer que iria estudar meios para privatizar a empresa. "Em mais duas ou três semanas, são R$ 15 bilhões criados. Isso não existia, não é tirar do povo. É uma riqueza que estava destruída, bastou o presidente dizer que ia estudar que o negócio saiu subindo. Não dá para dar R$ 30 bilhões para os mais frágeis (no Auxílio Brasil)?", completou.

Na manhã desta segunda, em entrevista à rádio Caçula FM, do Mato Grosso do Sul, Bolsonaro, que já defendeu por várias vezes a privatização da estatal, afirmou que já tinha colocado sua equipe econômica para estudar o assunto, mas destacou as dificuldades em lidar com o tema: "Não é colocar na prateleira e quem dá mais leva embora."

Na avaliação de Bolsonaro, privatizar a empresa não dá a garantia de que ela vai crescer. De acordo com o presidente, tirar o monopólio do combustível do Estado abre a possibilidade de os problemas com os combustíveis ficarem na mesma coisa "ou talvez pior".

GASOLINA E DIESEL MAIS CAROS

O chefe do Executivo voltou a falar hoje sobre os preços dos combustíveis após afirmar, na semana passada, que o País estava "na iminência de mais um reajuste". "Vem reajuste de combustível? Vem. Queria que não viesse", pontuou. Hoje, porém, ele disse que o aumento é uma "realidade" e, assim, "temos que enfrentar".

Nesta segunda, a Petrobras confirmou a afirmação do presidente ao anunciar um reajuste de 9,2% no preço do óleo diesel e de 7% no da gasolina a partir desta terça. O preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro. Já para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro.

Bolsonaro voltou a defender a mudança da cobrança do ICMS sobre combustíveis e disse que o aumento dos preços não é culpa do governo federal. "Quanto mais aumenta o combustível, melhor para os governadores. E quem paga a conta é o governo federal", declarou. Diante do aumento dos preços no País, Bolsonaro destacou que não é "o malvado". "Não quero aumentar o preço de nada, mas não posso interferir no mercado."

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) mais um reajuste dos combustíveis. De acordo com a petroleira, a gasolina A subirá 7,04%, enquanto o diesel A será reajustado em 9,15%, com alteração válida já a partir desta terça-feira (26) aos distribuidores. Para o consumidor, o novo preço representa um aumento de R$ 0,21 por litro de combustível, no caso da gasolina; e já a alta do diesel, que afeta principalmente os caminhoneiros, terá impacto de mais R$ 0,28 por litro.

No ano, o diesel já acumula alta de 65,3% nas refinarias. Já a gasolina subiu 73,4% no mesmo período. O cálculo leva em conta a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos.

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No comunicado, a Petrobras informou que esses reajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”. A empresa também menciona que os preços são competitivos e coincidem com o mercado internacional.

A taxa de câmbio e o aumento do preço do barril no mercado internacional contribuíram para a decisão da petroleira, “especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021", acrescentou a estatal em nota.

Com isso, o preço médio de venda da gasolina A passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, e o litro do diesel A passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro.

Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira o auxílio de R$ 400 até o fim de 2022 para ajudar os caminhoneiros a suportarem o custo do aumento do diesel e voltou a falar de aumento no preço de combustíveis. "Sabemos que estamos na iminência de um mais um reajuste de combustíveis e, quando isso vai para o diesel, influencia diretamente na inflação. O caminhoneiro que transporta cargas pelo Brasil merece ter uma atenção da nossa parte. Foi decidido então um auxílio aos mesmos que custará menos de R$ 4 bilhões por ano, também previstos no orçamento", afirmou Bolsonaro, após encontro na sede do Ministério da Economia.

O presidente reconheceu que a Petrobras deve voltar a elevar os preços dos combustíveis nas refinarias nas próximas semanas.

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"Não temos bola de cristal, nós sabemos que aumentando o preço do petróleo lá fora e com a variação do dólar aqui dentro, um reajuste tem que ser cumprido em poucos dias pela Petrobras", acrescentou o presidente da República.

Bolsonaro ainda voltou a reclamar que tudo que acontece com a Petrobras é colocado como sua responsabilidade. "Indicamos presidente, mas não temos ascendência sobre ela. A Petrobras é auditada e fiscalizada por quase uma dezena de órgãos. Não existe da nossa parte um congelamento de preços, sabemos que as consequências (de um congelamento) são piores que o aumento de preços em si", concluiu.

Além de acertar um acordo para modificar a regra do teto de gastos (que condiciona a variação das despesas à inflação), o presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta, 21, a criação de um benefício para caminhoneiros - sem informar a fonte dos recursos. "Números serão apresentados nos próximos dias, vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão ajuda para compensar aumento do diesel", afirmou o presidente, em evento em Sertânia (PE).

Segundo apurou o Estadão/Broadcast com duas fontes do governo, a ajuda deve ser de R$ 400 a ser paga de dezembro de 2021 a dezembro de 2022. Embora Bolsonaro tenha citado o potencial de 750 mil beneficiários, a reportagem apurou que o público final ainda vai depender do número de caminhoneiros autônomos ativos no cadastro da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Esse número varia entre 700 mil e 850 mil.

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O custo estimado pelo governo com o programa é de cerca de R$ 4 bilhões. O valor final ainda vai depender de negociações com o Congresso Nacional e da disponibilidade no Orçamento.

A avaliação dentro do governo é de que o "auxílio diesel" é melhor do que uma alteração na política de preços da Petrobras, o que representaria, segundo uma fonte, "intervenção" na estatal. A ajuda não terá relação com o Auxílio Brasil, que também deve pagar R$ 400 até dezembro de 2022. Na área econômica, técnicos foram pegos de surpresa com o anúncio.

Desabastecimento

A defesa do auxílio diesel inclui o argumento de que os caminhoneiros são um elo importante da cadeia produtiva, e um peso excessivo dos combustíveis no bolso deles poderia gerar risco de desabastecimento.

No início da semana, a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas notificou o governo e o Legislativo sobre suas reivindicações e o aviso de paralisação a partir de 1.º de novembro. O presidente da Frente, deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), disse ainda não ter sido informado oficialmente sobre o auxílio.

Crispim disse que, mesmo desconhecendo a medida, entende que os caminhoneiros não querem nenhum tipo de "auxílio esmola" e ressaltou: "Eles querem resolver a pauta que é ampla e passa pela política de preços para combustíveis da Petrobras".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira (21), em transmissão ao vivo nas redes sociais, que o benefício oferecido a 750 mil caminhoneiros será de R$ 400, valor adiantado mais cedo pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Dessa forma, o governo deve gastar, de acordo com o chefe do Executivo, "pouco mais" de R$ 3 bilhões em recursos dentro do Orçamento.

"Como está na iminência de ter outro reajuste de combustível, o que nós buscamos fazer? Acertado na equipe econômica. Alguns não querem, não queriam, outros achavam que era possível. Dar ajuste para caminhoneiros. O que está decidido até o momento? R$ 400 a 750 mil caminhoneiros autônomos. Isso é muito, é pouco? É o possível", declarou o presidente, que já havia anunciado o benefício mais cedo, mas sem oferecer detalhes.

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Bolsonaro afirmou que o novo aumento do combustível deve acontecer como forma de evitar o desabastecimento. "Não precisa ser mágico para ver isso", declarou, atribuindo o fenômeno ao mercado internacional e ao dólar forte. "A inflação alta é horrível. É péssima, mas pior ainda é desabastecimento." Em uma mudança de retórica, desta vez o presidente não citou o ICMS como o vilão da alta dos derivados de petróleo.

Sem comentar diretamente os pedidos de demissão do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, por insatisfação com a decisão do governo de alterar o teto de gastos, Bolsonaro afirmou, logo após revelar o valor do benefício a caminhoneiros, que "tem secretário, como acontece às vezes com um ministro, que quer fazer sua vontade".

O chefe do Executivo também disse esperar que as reformas administrativa e tributária, hoje travadas no Congresso, continuem avançando.

Os caminhoneiros não devem recuar da paralisação organizada para o dia 1º de novembro - mesmo depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometer ajudar cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos com um auxílio para compensar o aumento no preço do diesel.

À Folha de São Paulo, José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), revelou que os caminhoneiros não devem recuar até que a política de preços dos combustíveis seja alterada. 

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"Eles já fizeram até um reajuste no piso mínimo do frete. Mas isso, como se diz no nosso linguajar de motoristas, é um 'melzinho na chupeta', a famosa 'tapinha nas costas' que a categoria já vem levando desde 2018", disse.

Entenda

Durante um evento em Sertânia, Sertão de Pernambuco, Bolsonaro disse que o governo iria criar um benefício que beneficiaria cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar o aumento do diesel.

No entanto, ele não deu detalhes sobre a medida, afirmando apenas que os números serão apresentados nos próximos dias. O presidente tem enfrentando dificuldades em baixar o valor dos derivados de petróleo e jogado o problema no colo do ICMS cobrado por governadores e prefeitos.

Após anunciar o Auxílio Brasil de R$ 400 sem que o governo tenha definido a fonte de custeio, o presidente da República, Jair Bolsonaro, repetiu a postura ao divulgar, nesta quinta-feira, 21, a criação de um benefício a caminhoneiros. "Números serão apresentados nos próximos dias, vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão ajuda para compensar aumento do diesel", afirmou o presidente durante evento em Sertânia (PE) - mais uma vez, sem oferecer detalhes sobre a medida.

A novidade vem em um momento de preocupação entre economistas e agentes do mercado com a situação fiscal brasileira e de alta no preço dos combustíveis, um dos vilões da inflação.

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O problema tem grande impacto sobre os caminhoneiros, uma das bases de apoio de Bolsonaro. O presidente tem enfrentando dificuldades em baixar o valor dos derivados de petróleo e jogado o problema no colo do ICMS cobrado por governadores e prefeitos.

Durante o evento desta quinta, Bolsonaro repetiu que o Auxílio Brasil será de R$ 400 "para todo mundo, sem exceção".

Como revelou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Executivo decidiu mudar o teto de gastos para abrir espaço fiscal e bancar o Bolsa Família repaginado em ano eleitoral.

A declaração de Bolsonaro foi dada em evento de inauguração do Ramal do Agreste. A obra deve levar água do Rio São Francisco a cidades de Pernambuco e Paraíba.

O preço médio do gás de cozinha ultrapassou pela primeira vez os R$ 100 na semana passada, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sendo encontrado em algumas localidades a R$ 135 na semana de 10 a 16 de outubro, como em Sinop, no estado do Mato Grosso. Na média, o preço foi de R$ 100,44.

O aumento reflete o reajuste da Petrobras realizado em 9 de outubro para o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), da ordem de 7,2%, mesmo índice de reajuste para a gasolina no mesmo período. Na semana anterior, a estatal já havia anunciado aumento de 9% para o óleo diesel, seguindo a alta do petróleo no mercado internacional.

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O preço médio do botijão de 13 quilos foi encontrado a R$ 105,40 na região Centro-Oeste, R$ 106,10 na região Norte e R$ 103,67 na região Sul. No Sudeste, o preço médio do produto ficou em R$ 98,86 e, no Nordeste, em R$ 98,34.

A gasolina também avançou, após o aumento anunciado pela Petrobras, com o preço médio do litro pulando de R$ 6,117 para R$ 6,321 de uma semana para outra, alta de 3,3%.

O preço mais alto da gasolina continua sendo registrado em Bagé, no Rio Grande do Sul, a R$ 7,499 o litro, e o mais baixo foi encontrado a R$ 5,299 em Cotia, São Paulo.

Já o preço do diesel se manteve praticamente estável na semana passada, com o preço médio subindo 0,3% em relação ao da semana anterior, para R$ 4,976 o litro.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, elogiou nesta terça-feira, 28, declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a alta dos combustíveis. Em evento para entrega de moradias em Teotônio Vilela (AL), com participação do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (Pros-AL), Bolsonaro disse que o apoio de Lira, também presente na solenidade, ao projeto para fixar o valor do ICMS incidente sobre combustíveis trouxe a ele "um pouco de alento".

"Fiquei muito feliz de ouvir de Lira que a Câmara deve colocar em votação nesta semana a questão dos impostos estaduais", declarou o presidente, que chamou, em seguida, a alta de "o problema do dia".

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Nesta terça, a Petrobras reajustou o valor do óleo diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro, alta de 8,9%. "Peço a Deus que ilumine os parlamentares para que aprovem projeto (do ICMS)", acrescentou.

Em busca de votos para as pautas do governo, o presidente, fez, em seguida, elogios ao Congresso: "Nosso Parlamento tem contribuição importante nas entregas que fazemos pelo Brasil."

Antes de Bolsonaro, o presidente da Câmara discursou no evento, jogou a culpa do aumento dos combustíveis em governadores e defendeu a revisão do ICMS cobrado por Estados. "Governadores têm que dar sua cota de sacrifício. Estão arrecadando muito nesse momento de pandemia", disse.

Projeto para moderação das redes sociais

Bolsonaro está em tour pelo Brasil nesta semana que marca os mil dias de gestão. Na cerimônia do período da tarde desta terça, além de comentar a questão dos combustíveis, ele disse ter certeza de que o projeto apresentado pelo governo para moderar conteúdos falsos nas redes sociais será aprovado.

A proposta, que, segundo especialistas, pode dificultar o combate às fake news, foi apresentada após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), devolver uma medida provisória (MP) de teor semelhante. "Não podemos viver se não tivermos liberdade garantida", afirmou Bolsonaro, para quem as notícias falsas são um problema menor e, por isso, não deveriam ser regulamentadas.

Atos de 7 de Setembro

Num novo aceno para a base mais radicalizada, o presidente também voltou a elogiar os atos de 7 de Setembro, marcados por pautas antidemocráticas e ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), fato que ampliou a crise entre os Poderes. "Foi um movimento nunca visto nessa dimensão em nossa Pátria", declarou.

Contudo, manifestações anteriores, como as que pediram em 2016 o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, levaram mais gente às ruas.

Menos de 24 horas após o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reunir a imprensa para dizer que a empresa não é a vilã dos preços dos combustíveis, a estatal reajustou o valor do óleo diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro. O valor passará de R$ 2,81 para R$ 3,06, uma alta de 8,9%. Essa é a primeira revisão em 85 dias.

A nova alta, no entanto, reflete apenas "parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio", informa a Petrobras, na nota. Ou seja, ainda há espaço para novos reajustes.

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A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula uma defasagem de R$ 0,50 por litro em comparação ao mercado internacional, o dobro da revisão concedida pela Petrobras nesta terça-feira.

No comunicado, a Petrobras reforça o argumento de que não é a única responsável pelo preço final dos combustíveis. "Considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma variação de R$ 0,22", afirma.

O óleo diesel foi o único produto que teve o preço reajustado pela empresa nesta terça-feira, embora o valor da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP) também sejam calculados a partir da variação da cotação do petróleo e do câmbio, como o diesel.

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