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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, nesta terça-feira (26), uma resolução para promover a paridade de gênero nos tribunais de segunda instância de todo o País. A medida cria uma lista de promoção só com juízas, que deve ser alternada com a lista mista (formada por homens e mulheres), para preencher os cargos na segunda instância.

A ministra Rosa Weber, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal federal (STF), pautou a resolução a menos de duas semanas de sua aposentadoria. Ela buscava deixar um legado para as magistradas. Rosa deixa a Corte nesta quinta, 28.

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A proposta é mais modesta do que aquela apresentada pela relatora Salise Sanchotene. Os conselheiros não chegaram a um consenso e, pouco antes da sessão, ela concordou em fazer adaptações no voto para fazer avançar o texto. "Não querendo me distanciar de um acordo coletivo do CNJ, eu ressalvo meu entendimento. Poderíamos ter ido muito mais longe para que elas pudessem também ir mais longe", afirmou o conselheiro Vieira de Mello Filho.

A redação original da resolução previa que listas formadas exclusivamente por mulheres fossem alternadas com listas mistas para promoção na carreira. A diferença é que a regra valeria tanto para promoções por merecimento quanto por antiguidade, até que os tribunais alcançassem a paridade.

Intermediária

Após debates acalorados nos bastidores, os conselheiros consentiram com uma solução intermediária, que retirou a antiguidade do pacote. O conselheiro Richard Pae Kim foi o primeiro a se manifestar nesta terça e acabou se tornando o porta-voz do voto de consenso. Ele defendeu que o CNJ não poderia interferir no critério da antiguidade por considerar que o parâmetro previsto na Constituição é objetivo.

"O critério de antiguidade é objetivo, inexistindo espaço para que seja aferido com base em gênero. Esse é o texto. O constituinte não previu para o legislador infraconstitucional nenhuma margem de ação, nenhum espaço para jogos, muito menos autorizou os tribunais ou este conselho a atuarem de forma discricionária, a exercerem controle constitucional de todos os futuros editais de promoção para os respectivos tribunais, como pretendido", argumentou.

Rosa endossaria o voto original, mais abrangente, mas concordou com o recuo em nome do consenso. "Às vezes nós temos de ir mais devagar", afirmou. "Sinto esse resultado como uma verdadeira vitória."

O último Censo do Judiciário, elaborado a partir de consultas a todos os tribunais do País, apontou que 59,6% dos magistrados são homens. O desequilíbrio aumenta nas instâncias superiores.

Pressão

A resolução do CNJ contrasta com declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, anteontem, afirmou que gênero e cor não serão critério para as escolhas que ele vai fazer para o STF e para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, Lula tenta afastar a pressão que apoiadores seus têm feito em favor da indicação de uma mulher negra para o Supremo.

Embora Lula diga que não tem pressa em fazer as indicações, a vacância dos cargos também é fonte de pressão. Rosa Weber entrega amanhã a presidência do STF ao ministro Luís Roberto Barroso, e deixa também a Corte - ela completará 65 anos, idade da aposentadoria compulsória dos ministros, na próxima semana. O mandato de Augusto Aras à frente da PGR encerrou-se ontem. A partir de hoje, a subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos responde pela instituição, interinamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar dos reajustes da gasolina e do diesel realizados nesta quarta-feira, 12, pela Petrobras, os preços continuam defasados no mercado interno e impedem as importações dos derivados, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). De acordo com a entidade, a gasolina está, em média, 6% abaixo do preço praticado no mercado internacional, e o óleo diesel, 7%. Para equiparar com os preços externos, a estatal teria que aumentar em média o valor de venda nas refinarias em R$ 0,19 e R$ 0,25 o litro, respectivamente.

A Ativa Investimentos também informou ontem que ainda há espaço para a Petrobras aumentar o preço da gasolina em mais 5% (cerca de R$ 0,15), mesmo após o anúncio da última revisão de preço.

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A Petrobras reajustou na quarta-feira a gasolina em 4,8% e o diesel em 8%, após o preço do petróleo dar indicações de que deve se manter em patamar alto, em torno dos US$ 80 o barril. Por volta das 9h30 desta quinta-feira, os contratos da commodity para março eram negociados a R$ 84,59 o barril.

A estatal afirma que mantém a paridade com os preços de importação (PPI), mas que só reajusta os preços quando há mudança estrutural e não conjuntural.

Em continuidade aos anúncios dos integrantes da sua equipe de gestão, o futuro prefeito do Recife, João Campos (PSB), divulgou o nome do advogado Rafael Dubeux para liderar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Na manhã desta quarta-feira (30), o deputado federal também comentou sobre a participação das mulheres no secretariado.

Em sua publicação, João apresentou um breve histórico da carreira de Dubeux. "É formado em Direito pela UFPE e concluiu mestrado e doutorado na UnB com tese sobre desenvolvimento econômico e inovação tecnológica. Foi também pesquisador visitante na Universidade da Califórnia, Berkeley, e professor universitário. É membro da carreira de Advogado da União e já trabalhou no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, no Ministério da Fazenda e na Casa Civil da Presidência da República. Contribuiu com a elaboração de legislações relacionadas ao tema, incluindo o novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, que busca estimular parcerias entre o setor público, a academia e o setor privado", listou.

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Mulheres na Prefeitura

O prefeito eleito aponta que o novo secretário tem a responsabilidade de estimular investimentos, captar recursos para novos projetos e facilitar o empreendedorismo, com foco na ciência, tecnologia e inovação em todos setores econômicos do Recife.

Ainda durante esta manhã, João ressaltou que cumpre a promessa de paridade de gênero na Prefeitura do Recife e indica que a capital pernambucana é a primeira do Brasil a alcançar este compromisso. Além da vice-prefeita eleita, Isabela de Roldão (PDT), das 18 secretarias, nove serão lideradas por mulheres. "Todas e todos são quadros qualificados para ocupar as funções que cabem às suas respectivas pastas. Teremos o melhor secretariado do Brasil! Não tenho dúvida", garantiu.

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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) deve decidir, nesta segunda-feira (14), se adota cotas para candidaturas femininas e negras nas chapas que disputarem eleições internas da entidade. A proposta aprovada em votação apertada no Colégio de Presidentes, formado por 27 homens em sua maioria brancos, prevê a reserva de 50% das vagas a mulheres e 15% a negros e pardos.

A ideia é que as cotas sejam aplicadas tanto para titulares como para suplentes e também para os cargos de Diretoria do Conselho Federal da OAB, do Conselho das Seccionais, das Subseções e das Caixas de Assistência.

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A conselheira federal Daniela Borges, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, decidiu se antecipar ao julgamento e pediu um parecer técnico sobre a aplicabilidade da medida já nas próximas eleições. O documento, assinado pela advogada Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro, defende que as medidas afirmativas não devem ser submetidas à cláusula da anualidade eleitoral.

Em um ofício fundamentado em decisões proferidas pelos ministros Celsos de Mello, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), Maria Cláudia conclui que o princípio da anualidade compreende normas que alterem o 'processo eleitoral' apenas em suas fases de 'convenções partidárias, realização de votações e diplomação'.

"O posicionamento firmado pela Suprema Corte há mais de 15 anos não deixa margem para dúvidas no sentido de que políticas afirmativas de inclusão de grupos vulneráveis, mesmo na perspectiva de disputas eleitorais, não se encaixam nem no objeto e nem dos objetivos que inspiram o art. 16 da CRB", diz um trecho do parecer. "Nenhuma interpretação legítima do art. 16 da Carta Política autorizaria sua invocação para fins de refrear ou protrair no tempo a aplicação de políticas, que se fazem urgentes, de inclusão de gênero e de raça nos espaços de poder", completa.

O documento lembra ainda que a própria OAB defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal o uso do critério de gênero na divisão de recursos do Fundo Eleitoral e do tempo de propaganda no rádio e na televisão nas eleições brasileiras como medida para ampliar os espaços de participação das mulheres.

Na noite de domingo, 13, o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, que teve voto de desempate para aprovar as medidas afirmativas no Colégio de Presidentes e garantir que elas fossem submetidas ao Conselho Federal, escreveu nas redes sociais: "Amanhã a Ordem votará dois temas decisivos em sua história: paridade de gênero e cota racial. Ao longo desses anos juntos eu e Dani fomos tecendo as ideias e os ideais que poderão se tornar realidade agora, diminuindo o machismo e o racismo existentes, mesmo em ambientes de vanguarda. Orgulhoso de presidir o Conselho Federal nesse momento, pautando essas matérias, parabenizo todas e todos que lutaram para que esse dia chegasse".

No julgamento desta segunda, que ainda está acontecendo, o conselheiro Francisco Caputo, ex-presidente da OAB-DF (2010-2012), defendeu a adoção imediata das cotas. "A adoção do percentual mínimo deve ajudar a corrigir a distorção que existe hoje dentro da OAB e que perpetua a mentalidade machista e racista dentro da entidade. As novas regras são mais do que necessárias para superarmos esses problemas. Hoje existe um descompasso entre os espaços de poder, dentro da OAB, e a realidade do mundo da advocacia e da própria sociedade", afirmou.

Passados 88 anos da conquista do voto feminino no Brasil, ainda falta muito para as mulheres alcançarem representação equivalente à sua participação na população, tanto no Congresso Nacional como nas demais esferas de poder, como as câmaras municipais, que elegerão vereadoras e vereadores neste mês.

No Brasil, o voto feminino resultou de um longo processo de luta pela participação das mulheres na política, iniciado ainda no século 19. As brasileiras, no entanto, só obtiveram o direito de votar nas eleições nacionais em 24 de fevereiro de 1932 (Era Vargas), direito que foi exercido na eleição do ano seguinte.

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O direito foi confirmado pela Constituição de 1934, mas só ficou definitivamente livre de qualquer restrição em 1965. Até então, normas infraconstitucionais restringiam o voto às mulheres com profissão remunerada. Finalmente, a Constituição de 1988 estendeu o direito às analfabetas e analfabetos, para quem o voto é facultativo.

Se o voto abriu as portas para outras conquistas políticas, como a entrada da mulher no mercado de trabalho e a divisão no cuidado dos filhos, as demandas femininas continuam e uma das principais atualmente é a luta por mais espaço na política.

Apesar de as mulheres representarem 52,5% do eleitorado, as candidaturas femininas neste ano para prefeita, vice-prefeita ou vereadora ficaram próximas ao mínimo de 30% estabelecido pela lei. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que, do total de 556.033 pedidos de registro de candidatura, 186.144 foram de mulheres, ou seja, 33,48% do total.

Na avaliação da 1ª secretária da Câmara dos Deputados, deputada Soraya Santos (PL-RJ), a cota de 30% nas eleições até poderia ser flexibilizada se se garantissem vagas efetivas para as mulheres na Câmara, nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais. Ela acredita que só assim os partidos vão buscar candidatas em potencial, com votos, representatividade e bandeiras.

“Você pode ter regras claras e tem que atingir aquele número de cadeiras. Aí vai obrigar todos os estados a terem representação. Nós vamos ter que ter representação feminina em todas as câmaras municipais. Hoje, no Brasil, mais de 1,2 mil municípios sequer têm uma voz feminina”, criticou a parlamentar.

Em análise na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 134/15 prevê um mínimo de vagas para mulheres em todos os âmbitos do Legislativo brasileiro. Pelo texto, do Senado, o percentual começaria em 10% e seria aumentado gradativamente.

Reserva de fundos

Estas serão as primeiras eleições municipais em que valerá a reserva de pelo menos 30% dos fundos eleitoral e partidário para financiar candidatas. Além disso, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, cada partido – e não mais cada coligação – foi obrigado a reservar três em cada dez candidaturas de vereador para mulheres.

Para evitar fraudes, os partidos tiveram de apresentar autorização por escrito de todas as candidatas. Nestas eleições, o juiz pode derrubar uma chapa inteira de candidatos a vereador, antes mesmo do pleito, se ficar comprovada alguma fraude.

Soraya Santos acrescentou que, apesar dos avanços, o Brasil precisa ainda derrubar muitas “paredes invisíveis”, por exemplo, nos comandos dos partidos políticos. “Precisamos ter uma proporcionalidade de comando de partidos de mulheres. As mulheres se representam, mas não gerem o fundo, não fazem a política do partido.”

Outras propostas

Entre outras propostas destinadas a aumentar a presença feminina na política brasileira, está o Projeto de Lei 3623/19, do deputado Roberto Pessoa. O texto assegura a cada sexo, masculino e feminino, pelo menos uma vaga em cada partido ou coligação cujo quociente partidário seja igual ou superior a dois, nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, as assembleias legislativas, a Câmara Legislativa do Distrito Federal e as câmaras de vereadores.

“Na prática, a proposta vai garantir que, em cada partido ou coligação com duas ou mais vagas obtidas pelo quociente partidário, haja ao menos uma mulher. Essa reserva estará condicionada ao atingimento do percentual mínimo de votos, a fim de evitar que candidatas com poucos votos sejam eleitas, o que também não seria desejável”, explica Roberto Pessoa no texto de justificativa do projeto.

Também em análise, a PEC 283/16, do deputado Reginaldo Lopes, prevê paridade na distribuição de vagas entre homens e mulheres em todas as Casas Legislativas. “A cota de um mínimo de 30% para candidaturas de mulheres não atende mais os desejos da maioria da população e não traduz o sentimento de igualdade e paridade manifestado nas ruas”, afirma Lopes, no texto que acompanha a proposição.

Atualmente, 76 deputadas estão em exercício na Câmara dos Deputados, de um total de 513 parlamentares.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Projeto de Lei 6203/19 obriga as organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) e as organizações sociais (OSs) que atuem em parceria com a administração pública a assegurarem a presença de, pelo menos, um terço de mulheres em seus quadros diretivos.

Autor do projeto, o deputado Bosco Costa (PL-SE) argumenta que os avanços legislativos dos últimos anos ainda não são insuficientes para assegurar a paridade entre homens e mulheres no setor corporativo, nas empresas e no terceiro setor, ou seja, nas organizações não governamentais.

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“A proposta dá um importante passo para mudar uma realidade no País caracterizada por baixos percentuais de mulheres em cargos de direção de empresas e organizações diversas”, diz o deputado.

Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara Notícias

 

Uma plataforma digital, lançada nesta sexta-feira (23), pede a igualdade de gênero nas eleições deste ano. O site “Cidade 50-50: Todas e Todos pela Igualdade” – construído a partir de uma parceria entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Instituto Patrícia Galvão (IPG) e o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades da Universidade de Brasília (Demodê/UnB) – tem a pretensão de reunir as propostas dos postulantes ao comando dos 5.568 municípios brasileiros em um só lugar para que os eleitores possam estar cientes das propostas dos candidatos em todas as áreas.

Os postulantes registrados no TSE vão poder cadastrar os programas de governo a partir de temas pré-definidos, como: empoderamento econômico, enfrentamento à violência contra as mulheres, saúde, educação inclusiva e participação política. 

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A plataforma tem como origem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pelos Estados-membros da ONU, e a iniciativa global “Por um Planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, lançada pela ONU Mulheres. 

“As eleições municipais são um momento propício para se fazer esse diálogo. É quando candidatas e candidatos pelo país afora debatem com a sociedade sua agenda de prioridades para as cidades nos próximos quatro anos”, frisa o texto de divulgação do site. Segundo a organização, a plataforma estará disponibilizada para acesso ainda hoje pelo link cidade5050.org.br.

A China orientou o yuan ao menor nível em mais de quatro anos nesta quarta-feira, por meio de uma taxa de referência diária, num momento em que enfrenta saídas de capital e a desaceleração de sua economia, ao mesmo tempo em que busca flexibilizar o controle sobre a taxa de câmbio.

Os investidores têm apostado que o yuan se enfraquecerá, uma vez que Pequim vem atuando para impulsionar o crescimento econômico, que é prejudicado por uma moeda local relativamente forte. Desde a desvalorização do yuan em agosto, de cerca de 2%, o governo chinês vem cedendo a pressões para permitir que a divisa seja cada vez mais determinada pelas forças do mercado.

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Para os negócios de hoje, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) estabeleceu a taxa de paridade em 6,4140 yuans por dólar, no nível mais fraco desde agosto de 2011 e ante 6,4078 yuans na sessão anterior.

Desde 10 de agosto, véspera do anúncio da desvalorização, o yuan já perdeu cerca de 3,4% de seu valor em relação ao dólar.

Dados publicados esta semana mostraram que as reservas internacionais da China caíram em novembro ao menor nível em mais de dois anos e meio, com queda de US$ 87,22 bilhões, para US$ 3,438 trilhões.

Os números sobre reservas sugerem que a China está perdendo mais capital. A consultoria britânica Capital Economics, por exemplo, calcula que as saídas líquidas de capital do gigante asiático atingiram o nível recorde de US$ 113 bilhões em novembro, superando de longe os US$ 37 bilhões que deixaram o país em outubro.

Economistas acreditam que Pequim poderá não resistir à crescente pressão de desvalorização sobre o yuan, diante do aumento das saídas de capital.

Stephen Jen, fundador da SLJ Macro Partners LLP, um fundo de hedge com sede em Londres, diz que a demanda reprimida da China por ativos estrangeiros "precisa ser saciada mais cedo ou mais tarde".

À medida que a China evolui da posição de "maior exportador mundial de bens para maior exportador de capital", parece que o yuan precisa continuar se desvalorizando, argumenta Jen. Com informações da Dow Jones Newswires.

O yuan fechou com queda de 0,46% nesta segunda-feira, marcando a maior retração em um dia frente ao dólar desde que as autoridades chinesas desvalorizaram a moeda em agosto. O dólar avançou para 6,3379 yuans, comparado ao fechamento de 6,3175 yuans de sexta-feira.

O yuan recuou mesmo com o governo central ter guiado a moeda local para cima por meio da taxa de referência diária.

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O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) estabeleceu a taxa de paridade central em 6,3154 yuans por dólar, ante 6,3495 yuans na sessão anterior. O valor é 0,54% maior do que a taxa de referência diária de sexta-feira, atingindo a maior taxa de paridade desde 2005. Fonte: Dow Jones Newswires.

A possível mudança nas normas que integram o novo Estatuto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tem gerado um impasse entre o Conselho Universitário e alunos da instituição. A principal questão levantada pelos estudantes é a apreciação da peça elaborada na Comissão Geral Estatuinte que segundo o vice-reitor da UFPE, Silvio Romero Marques, os alunos não aceitam alterações e correções no texto. No entanto, alguns itens do novo conjunto de regras, como o que se refere à paridade dos conselhos institucionais, ferem a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

“O novo Estatuto pontua que a participação no Conselho Universitário é de 1/3 para cada categoria [docentes, técnicos e alunos], mas para atender a reivindicação deles nós teríamos que modificar a LDB. Ela prevê que os conselhos tenham a participação de 70% de docentes e 30% divididos igualmente para técnicos e estudantes”, detalhou o vice-reitor que também é presidente da Comissão Estatuinte, durante uma coletiva de imprensa que aconteceu na tarde desta segunda-feira (5).

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O Estatuto vigente da UFPE foi criado em 1975 e aprovado em 1979.  De lá para cá foram feitas 320 emendas, por isso, de acordo com Marques foi “observada a necessidade de se estabelecer novas leis e normas para uma universidade moderna”. 

>> Estudante diz ter sido agredida em ocupação da UFPE

O processo para a reformulação das normas que regem as atividades da universidade foi iniciado em dezembro de 2011. “O novo Estatuto foi feito de uma forma extremamente democrática. Aberta a participação e discussão ao longo de tempo [dois anos]. O próprio professor Renato Janine [ex-ministro da Educação] que esteve aqui em uma das nossas audiências públicas [para a elaboração das normas] disse que nunca foi feita uma mudança no Estatuto de universidade com tanta democracia. Então na realidade tivemos muito tempo para debater as ideias e nunca se chegou a conclusão de que contestaríamos uma lei federal para concluir a peça”, argumentou o vice-reitor.

Fim das negociações 

O imbróglio entre alunos e o Conselho Universitário resultou, inclusive, na ocupação da reitoria da universidade desde a última sexta-feira (2), dia em que a peça foi entregue ao Conselho para a apreciação. 

“Eles disseram que o Conselho não pode mudar nada ao regimento. É votar sim ou não. Sem discussão ou apreciação. Um deles disse ‘não é para mudar nenhuma vírgula’. Mas o reitor não pode chegar aos 82 conselheiros e dizer ‘você não pode argumentar, tem que aprovar ou reprovar na íntegra’”, contou a pró-reitora para Assuntos Estudantis, Ana Cabral. 

A pró-reitora participou das quatro tentativas de negociação com os alunos para que desocupassem o prédio, todas sem sucesso. “Dissemos a eles que a apreciação aconteceria no dia 28 de outubro, com o conselho em um lugar maior, para que todos participem, e teriam voz para opinar [cinco representantes de cada]. Eles disseram que não aceitavam e nem desocupariam a reitoria. Esgotamos todas as possibilidades de negociação”, cravou.

Cerca de 60 pessoas ocupam a reitoria da UFPE. Apesar da falta de acordo, a juíza Joana Lins da 2ª Vara da Justiça Federal já determinou a reintegração de posse do local. 

Os quatro postulantes ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT em Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão, Bruno Ribeiro, Edmilson Menezes e Wladimir Quirino, debatem nesta terça-feira (22) as cotas e a paridade na direção do partido. O encontro organizado pela Secretaria de Mulheres do PT de Pernambuco será realizado no auditório do Sindicato dos Bancários, na Avenida Manoel Borba, Boa Vista, a partir das 18h.

Exigência – O diretório nacional do PT decidiu, neste ano, tornar obrigatório que as chapas sejam compostas por 50% de homens e 50% de mulheres, ou seja, a paridade de gênero. Outra exigência é cumprir cotas de negros e jovens nas composições. 

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