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Com o estopim da guerra na Ucrânia após o disparo de mísseis russos na madrugada desta quinta-feira (24), jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk, do Dínamo Kiev e do Zorya Luhansk não conseguiram deixar o país a tempo e pedem ajuda ao governo brasileiro.

Em dois vídeos acompanhados por familiares, os atletas comentaram sobre a dificuldade em estabelecer comunicação.

A fuga de milhares de pessoas secou os postos de combustíveis e as fronteiras aéreas estão fechadas. Sem conseguir deixar a região antes dos primeiros ataques, os atletas estão reunidos enquanto aguardam pela atuação do Itamaraty.

"Nos sentimos realmente abandonados porque não sabemos o que fazer. As notícias não chegam até nós, a não ser as do Brasil [...] saímos com uma peça de roupa e não sabemos como vamos resolver a situação", relatou a representante das esposas.

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O ex-santista Junior Moraes, que atualmente defende o Shakhtar e se naturalizou ucraniano para jogar pela seleção do país disse que a "situação é de desespero". 

"Peço que divulguem esse vídeo para que chegue no Governo. Fronteiras estão fechadas, bancos, não tem combustível, vai faltar alimento, não tem dinheiro. Estamos reunidos esperando um plano para deixar a Ucrânia", relatou em áudio enviado ao jornalista Quezada.

Informações apontam que entre os jogadores estão Dodô, Vitão, Marlon Santos, Ismaily, Maycon, Marcos António, Alan Patrick, David Neres, Dentinho, Tetê, Pedrinho, Fernando, Vitinho, Guilherme Smith, Cristian e Juninho.

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Os combates entre forças da Ucrânia e separatistas pró-Rússia aumentaram durante a noite de ontem e as primeiras horas desta terça-feira próximo ao reduto rebelde de Donetsk, apesar de um acordo firmado nesta segunda-feira entre os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia e da Rússia.

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O conflito militar que já dura um ano custou mais de 6 mil vidas e deixou grande parte do coração industrial ucraniano em ruínas. A luta no leste do país havia diminuído na sequência de um cessar-fogo assinado em fevereiro, mas reacendeu nos últimos dias.

Pesados bombardeios foram ouvidos em Donetsk na segunda-feira à noite e nas primeiras horas de terça-feira. O porta-voz militar ucraniano, Andriy Lysenko, disse em entrevista a uma TV local que seis soldados foram mortos e outros 12 ficaram feridos em um período de 24 horas. Os rebeldes relataram um morto e cinco feridos nos confrontos.

O número de mortos é o maior em um único confronto desde a assinatura do cessar-fogo, em fevereiro. Lysenko também relatou mortes de civis, incluindo dois adolescentes que foram feridos em bombardeios na região de Horlivka, a norte de Donetsk. A Rússia e a Ucrânia concordaram nesta segunda-feira em Berlim em pedir a retirada de armas de menor calibre das linhas de frente do conflito. 

Além desses relatos, um jornalista russo foi ferido ontem de manhã quando pisou em uma mina terrestre em Shyrokyne, uma aldeia próxima ao Mar de Azov, que foi o epicentro dos recentes combates. Andrei Lunev, um cinegrafista que trabalha para a emissora de TV Zvezda, recebeu os primeiros socorros no local e foi levado para o hospital mais próximo. A aldeia de Shyrokyne mudou de mãos várias vezes desde o início do conflito.

Apoio internacional

O Canadá informou nesta terça-feira que vai enviar 200 soldados para a Ucrânia em uma missão com duração de dois anos para treinar e aconselhar as forças armadas de Kiev na luta contra os rebeldes separatistas.

O primeiro-ministro do Canadá, o conservador Stephen Harper, afirmou que as tropas canadenses ficarão no oeste da Ucrânia, próximo à fronteira com a Polônia, até 31 de março de 2017. Os combatentes vão ensinar técnicas sobre manipulação de explosivos, segurança de voo e logística. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Pesado bombardeios nesta quarta-feira (4) no reduto rebelde de Donetsk, no leste da Ucrânia, deixaram pelo menos cinco mortos e danificaram um hospital, seis escolas e cinco escolas infantis. Os confrontos entre separatistas apoiados pela Rússia e tropas do governo no leste da Ucrânia foram retomados em janeiro, após um mês de calma relativa. Mais de 200 pessoas foram mortas nas últimas três semanas na região, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

A prefeitura de Donetsk disse que o número de vítimas dos ataques realizados na manhã desta quarta-feira na região oeste de Donetsk era desconhecida, mas segundo a Agência de Notícias de Donetsk, dirigida pelos rebeldes, cinco pessoas morreram no interior e nas proximidades do hospital, localizado no distrito de Tekstilshchik.

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Um repórter da Associated Press que chegou ao local pouco depois do ataque viu um corpo coberto por um lençol a vários metros do prédio, próximo a uma cratera feita por um projétil. O hospital estava danificado por destroços dos disparos e janelas estavam quebradas.

"Houve seis ou sete explosões", disse Vladimir Oryol, que testemunhou o ataque. "Estávamos do lado de fora de um clube noturno, caímos no chão, as pessoas estavam gritando. Na verdade, foi muito assustador e horrível." O representante dos separatistas Eduard Basurin disse aos jornalistas que quatro civis haviam sido mortos nos últimos dias, antes do ataque desta quarta-feira.

Após o ataque, a comissária da Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, pediu a retirada dos armamentos pesados das cidades ucranianas e uma trégua de pelo menos três dias, para garantir a retirada segura de civis da zona de conflito. Nas últimas semanas têm havido vários pedidos para uma trégua na região, mas as última rodada de negociações entre a Ucrânia, os separatistas e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa ruíram no sábado.

"A espiral de crescente violência no leste da Ucrânia precisa parar", disse ela em comunicado. "O ataque a civis, onde quer que aconteça, é uma grave violação da lei humanitária internacional. A artilharia deveria ser imediatamente retirada de áreas residenciais."

Na medida em que o conflito se intensifica, o presidente ucraniano Petro Poroshenko diz estar confiante de que os Estados Unidos vão concordar em enviar armas para seu país para ajudar na luta contra os rebeldes pró-Rússia, medida que os norte americanos estão estudando. Numa visita a uma cidade controlada pelo governo no leste ucraniano na terça-feira,ele disse que seu governo precisa urgentemente de ajuda letal para repelir os ataques separatistas.

O presidente norte-americano Barack Obama se opõe ao envio de ajuda letal para o governo ucraniano, mas um graduado funcionários de seu governo disse à Associated Press, nesta semana, que a intensificação dos conflitos fez com que a Casa Branca iniciasse uma revisão da sua política.

Poroshenko terá uma oportunidade de defender sua opinião na quinta-feira, quando o secretário de Estado norte-americano John Kerry fará uma visita a Kiev. "Não tenho a menor dúvida de que a decisão de fornecer armas à Ucrânia será tomada pelos Estados Unidos, assim como por outros parceiros nossos", disse durante visita a Carcóvia, "porque precisamos ter capacidade para nos defender".

A chanceler alemã Angela Merkel disse nesta terça-feira que se opõe à ideia. Em Kiev, o porta-voz militar Vladislav Seleznev disse que dois soldados ucranianos foram mortos e 18 ficaram feridos nas últimas 24 horas. Os combates mais intensos estão agora concentrados nem Debaltseve, onde, segundo Seleznev, os rebeldes armaram uma ofensiva contra as tropas ucranianas. Fonte: Associated Press.

Um civil foi morto em bombardeio na cidade portuária ucraniana de Mariupol e explosões foram ouvidas perto do aeroporto de Donetsk na manhã de domingo, intensificando temores de que um cessar-fogo assinado há dois dias por Ucrânia, Rússia e separatistas pró-russos está à beira de um colapso.

As explosões na área perto do aeroporto foram fortes o suficiente para serem ouvidas no centro de Donetsk, a principal cidade controlada pelos rebeldes no leste da Ucrânia.

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Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Volodymyr Polyovyi, disse em Kiev que os rebeldes aparentemente tentaram atacar o aeroporto, que está sob o controle das tropas do governo desde maio e tem sido alvo de ataques incessantes de separatistas pró-Rússia desde então.

O cessar-fogo parecia firme durante grande parte do dia no sábado, mas os bombardeios começaram tarde da noite. Um comunicado dos rebeldes disse que as forças ucranianas violaram o cessar-fogo ao disparar contra seis locais controlados pelos combatentes pró-russos no sábado, incluindo um ponto perto do aeroporto de Donetsk. Conforme o comunicado, vários rebeldes foram mortos.

Bombas também foram lançadas durante a madrugada nos arredores da cidade portuária de Mariupol, onde tropas ucranianas mantêm linhas de defesa contra os rebeldes. O órgão legislativo da cidade informou que um civil foi morto e um soldado ficou ferido. Um explosivo também destruiu um posto de gasolina nas proximidades, e o grupo paramilitar voluntário Batalhão Azov disse no Facebook que suas posições foram atingidas por foguetes Grad, mas não deu detalhes. Fonte: Associated Press.

Os pesados confrontos entre forças do governo ucraniano e rebeldes pró-Rússia continuavam nesta quarta-feira (20) no leste da Ucrânia, em meio a esforços diplomáticos antes de uma reunião entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko. Combates com tropas do governo, que tentam retomar o controle de Donetsk e de uma importante estrada no leste do país, deixaram 34 moradores da cidade mortos e 29 feridos na terça-feira (19).

O encontro entre Putin e Poroshenko, marcado para 26 de agosto em Minsk, capital da Bielo-Rússia, será o primeiro entre os dois líderes nos últimos dois meses e faz parte de um esforço maior que pode forçar Kiev a escolher entre manter sua ofensiva ou fazer concessões a Moscou para encerrar os combates.

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Autoridades ocidentais e ucranianas demonstraram esperança em relação à nova rodada de discussões diplomáticas, apesar das consideráveis diferenças que precisam ser superadas. A Ucrânia responsabiliza a Rússia por fomentar a rebelião e por enviar armas e combatentes para seu território para participar dos combates, acusação negada por Moscou.

A Ucrânia vem avançando em relação aos separatistas. Segundo o coronel Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, as forças do governo estabeleceram 30 posições ao redor de Donetsk e bloquearam várias tentativas rebeldes de transportar armamentos pesados para áreas na região vizinha de Lugansk que estão sob controle insurgente.

Autoridades em Lugansk dizem que a cidade está sem eletricidade, água e gás há mais de duas semanas. As forças de Kiev tomaram de volta a cidade de Ilovaisk, que vinha servindo como a principal rota para os rebeldes reforçarem suas posições em Donetsk, após dias de intensas batalhas, afirmou Lysenko.

O Exército ucraniano repeliu três contra-ataques dos rebeldes, que usaram tanques e artilharia, mas confrontos esparsos continuavam a acontecer em Ilovaisk, apesar de o Exército ter conquistado o controle total da localidade, afirmou Lysenko.

Líderes rebeldes negam ter perdido o controle da cidade. O coronel Lysenko disse que nove militares ucranianos haviam morrido na terça-feira e que 22 ficaram feridos.

A tomada de Ilovaisk é parte de uma nova estratégia de Poroshenko para conter os rebeldes e interromper suas linhas de abastecimento, disse Lysenko. Em vez de apenas reduzir o território controlado pelos rebeldes, o Exército tenta isolá-los em subgrupos.

Lysenko, porém, reiterou que Kiev espera que a reunião entre Poroshenko, Putin e graduadas autoridades europeias represente um avanço. Ele declarou que a Ucrânia espera ver progressos no "plano de paz" de Poroshenko que pede que os rebeldes baixem suas armas em troca de maior autonomia para as regiões do país. "Não há necessidade de guerra", afirmou.

Os rebeldes rejeitaram os pedidos para baixar as armas e exigem independência. Políticos e eleitores ucranianos são céticos em relação a uma trégua imediata, afirmando que isso poderia dar aos rebeldes uma chance para consolidar o controle sobre alguns territórios e dar à Rússia influência de longo prazo. Autoridades ucranianas disseram que um cessar-fogo anterior, no final de junho, permitiu aos rebeldes abrir trincheiras e refazer seus estoques de armas.

O governo ucraniano tomou a maior parte da cidade de Ilovaysk, nas proximidades de Donetsk, apertando o cerco ao reduto rebelde, afirmaram autoridades nesta terça-feira.

O ministro do Interior Arsen Avakov disse em postagem no Facebook que um soldado foi morto e quatro ficaram feridos quando um batalhão voluntário ficou sob ataque de morteiros antes de entrar em Ilovaysk, 18 quilômetros a leste de Donetsk. Dentre os feridos está o comandante do batalhão Donbass, Semyon Semenchenko, que disse que soldados do governo destruíram três postos de verificação rebelde e quatro posições de tiro e que os combates continuavam.

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Os esforços do governo para debelar os separatistas russos têm se concentrado ultimamente em cercar gradualmente Donetsk, a maior cidade controlada pelos rebeldes.

O batalhão voluntário se mostrou essencial na ofensiva do governo contra separatistas armados no leste do país, onde a maioria da população fala russo.

Tropas ucranianas também avançavam na região vizinha. O coronel Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, disse aos jornalistas nesta terça-feira que tropas do governo capturaram um bairro de Lugansk e combatiam os rebeldes nas ruas da cidade, incluindo a região central.

Os combates entre tropas do governo e separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia obrigaram cerca de 344 mil pessoas a deixar suas casas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), número que só aumenta na medida em que a situação humanitária nas cidades tomadas pelos rebeldes se deteriora.

A situação parece particularmente complicada em Lugansk, perto da fronteira com a Rússia, que está sem eletricidade, água corrente e telefone há 17 dias.

A Câmara Municipal disse em comunicado postado em seu site nesta terça-feira que Lugansk, incluindo o centro da cidade, foi alvo de fortes bombardeios durante a noite. Um número não especificado de civis foi morto e outros ficaram feridos. Os moradores fazem fila para comprar pão e os estoques de alimentos chegam ao fim, afirmou a câmara. Autoridades também falaram sobre a possibilidade de surgimento de surtos de doenças infecciosas, já que o lixo não é recolhido há mais de duas semanas e faz muito calor na região. Fonte: Associated Press.

Os confrontos continuavam neste domingo (10) na cidade de Donetsk, leste da Ucrânia, apesar de um pedido de cessar-fogo feito pelos rebeldes pró-Rússia para evitar uma "catástrofe humanitária". Em vez disso, autoridades ucranianas exigiram que os insurgentes se rendam.

Uma pessoa foi morta e 10 ficaram feridas nos bombardeios que começaram na manhã deste domingo e continuaram durante o dia, informou o porta-voz da Câmara Municipal da cidade, Maxim Rovinsky, à Associated Press.

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Em coletiva de imprensa realizada em Kiev, Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, disse que a única forma de os rebeldes de Donetsk salvarem suas vidas seria "baixarem suas armas e desistirem" dos combates. Ele disse que o lado ucraniano não percebeu qualquer demonstração real de disposição para a cooperação do lado rebelde.

"Se a bandeira branca for erguida e eles baixarem suas armas, ninguém vai atirar contra eles", afirmou. "Mas não vimos qualquer medida prática nesse sentido, apenas um comunicado."

A situação está claramente se deteriorando em Donetsk, o maior reduto rebelde no leste ucraniano. Repórteres da Associated Press ouviram 25 grandes explosões por volta do meio-dia. Mais de 10 prédios residenciais, assim como um hospital e uma loja ficaram muito danificados por causa dos bombardeios noturnos e vários ônibus pegos no meio do fogo cruzado ainda queimavam na manhã deste domingo.

Rovinsky disse no sábado que mais de 2 mil prédios residenciais haviam sido danificados pelo bombardeio.

Pelo menos 300 mil dos 1 milhão de moradores fugiram com a intensificação da violência entre forças do governo ucraniano e separatistas pró-Rússia, o que já deixou 1.300 mortos desde abril, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

O líder rebelde Aleksandr Zakharchenko pediu um cessar-fogo no sábado, mas seu pedido foi recebido com cautela tanto pelo governo ucraniano em Kiev e no Ocidente, cujos líderes expressaram teores de que a medida tenha como objetivo elevar a pressão internacional sobre a Ucrânia para permitir uma missão de ajuda humanitária russa.

O Ocidente acredita que isso poderia ser usado como pretexto para levar soldados russos para a Ucrânia, cujo governo afirma que 20 mil militares da Rússia estão estacionados na fronteira entre os dois países.

O presidente ucraniano Petro Poroshenko e líderes ocidentais têm frequentemente acusado a Rússia de fornecer armas e expertise aos rebeldes, algo que Moscou nega. Fonte: Associated Press.

Os ataques com bombas contra Donetsk, o principal reduto rebelde do leste ucraniano, atingiu um prédio residencial e um hospital, matando pelo menos quatro pessoas e ferindo dez, disseram autoridades, enquanto as forças do governo mantém sua campanha para derrotar os separatistas.

Um disparo de morteiro atingiu o hospital Vishnevskiy na manhã desta quinta-feira, matando uma pessoa e deixando cinco feridas, informou o porta-voz da Câmara Municipal, Maxim Rovensky, à Associated Press.

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"Houve uma explosão repentina", disse a médica Anna Kravtsova. "Um morteiro voou pela janela."

O ataque, que destruiu uma série de equipamentos na unidade dentária do hospital, também atingiu três prédios de apartamentos das proximidades e aconteceu após uma noite de bombardeios contra outro bairro. Os combates entre tropas do governo e separatistas pró-Rússia estão chegando cada vez mais perto do centro de Donetsk.

O gabinete do prefeito disse em comunicado publicado no site da prefeitura que três pessoas haviam morrido, cinco ficado feridas e vários prédios residenciais foram destruídos durante os ataques.

O governo ucraniano nega o uso de artilharia contra áreas residenciais, mas a afirmação torna-se suspeita em razão das crescentes evidências que mostram o contrário.

Separatistas pró-Rússia no leste ucraniano vêm combatendo tropas do governo de Kiev desde abril. A Ucrânia e países ocidentais acusam Moscou de apoiar os separatistas com armas e soldados, afirmação negaça pelo governo russo.

O Ocidente também acusa a Rússia de ter, muito provavelmente, fornecido aos insurgentes o sistema de lançamento terra-ar que pode ter sido usado para derrubar o avião da Malaysia Airlines no dia 17 de julho, matando todas as 298 pessoas a bordo.

No leste da Ucrânia, tropas do governo tentam progredir na estratégia para retomar Donetsk e outras cidades. As Forças Armadas evitam travar batalhas urbanas e preferem afastar seus oponentes com disparos de artilharia, o que leva a um crescente número de vítimas civis.

Em Kiev, manifestantes entraram em confronto com funcionários da prefeitura que retiravam barricadas da principal praça da cidade, num impasse que se tornou violento. Um grupo de homens ateou fogo a pneus encharcados de combustível e protestaram contra homens armados de um batalhão pró-governo que estaria fazendo a proteção dos funcionários municipais.

Fumaça escura de borracha queimada subia da região da Praça da Independência, enquanto funcionários trabalhavam rapidamente para desmontar as barricadas ao redor de um palco.

A praça e suas proximidades foram o local de enormes protestos que levaram a queda do presidente Viktor Yanukovych.

Apesar da eleição em maio de um sucessor, o bilionário Petro Poroshenko, muitos disseram que continuarão a ocupar a praça para assegurar que as novas autoridades cumpram suas promessas de dar início a uma era de transparência e responsabilidade do governo. Fonte: Associated Press.

Ataques aéreos e disparos de artilharia entre separatistas pró-Rússia e tropas ucranianas em Donetsk, leste da Ucrânia, levaram a violência para perto do centro da cidade, na medida em que as forças de Kiev se aproximam do reduto rebelde.

Com as tropas ucranianas cercando Donetsk, líderes ocidentais acusam a Rússia de aumentar o número de militares ao longo da fronteira e temem que a medida seja o prefácio de uma intervenção. Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk disse acreditar que "a ameaça de uma intervenção direta (da Rússia) é definitivamente maior do que era alguns dias atrás, ou duas semanas atrás".

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A Rússia já negou várias vezes que pretenda invadir a Ucrânia e rejeita as afirmações ucranianas e ocidentais de que está aumentando o número de tropas na fronteira.

O presidente Vladimir Putin vêm resistindo à pressão de nacionalistas russos para que envie seu Exército para apoiar os rebeldes na Ucrânia. Embora seja improvável que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) respondesse militarmente a uma intervenção russa na Ucrânia, o Ocidente certamente imporia enormes sanções ao país que colocariam a vacilante economia russa de joelhos, o que rapidamente prejudicaria o poder de Putin.

No bairro de Kalininsky, que fica apenas 5 quilômetros a leste da praça central de Donetsk, rebeldes e civis caminhavam após uma noite de aparente ataques aéreos ucranianos, que deixaram oito crateras no local.

Em outro reduto rebelde, a cidade de Horlivka, cerca de 35 quilômetros ao norte de Donetsk, a Câmara Municipal disse em comunicado que 33 civis foram mortos e 129 ficaram feridos por bombas nos últimos dias.

Na medida em que o Exército ucraniano intensifica sua campanha contra os rebeldes, áreas densamente povoadas ficam cada vez mais sob ataque. Kiev nega veementemente o disparo de barragens de artilharia e ataques aéreo contra bairros residenciais e acusa os rebeldes de disparar contra áreas civis.

O porta-voz de Segurança ucraniano Andriy Lysenko negou categoricamente nesta quarta-feira que aviões da Ucrânia tenham realizado ataques contra Donestsk. "As cidades de Donetsk e Lugansk, assim como outras cidades de áreas residenciais, não são bombardeadas pelo aviação militar ucraniana", disse Lysenko.

Alexander Pivko, que trabalha no serviço de emergência, discorda. "Foi um ataque aéreo e dois funcionários de um armazém ficaram feridos", disse ele, acrescentando que uma pessoa no bairro foi morta.

Os únicos prédios danificados no bairro industrial foram um armazém, uma sala de caldeira e uma oficina de carros. Mas uma cratera, aberta por uma explosão, estava a apenas dez metros de um prédio residencial.

As armas da era soviética do arsenal ucraniano não têm precisão, o que torna inevitável danos colaterais em áreas urbanas. Fonte: Associated Press.

Autoridades da Ucrânia afirmaram que suas forças de segurança avançaram para o subúrbio de uma cidade estratégica ao norte de Donetsk neste sábado (26), na esperança de retomar o controle sobre a região controlada por rebeldes pró-Rússia. O movimento ocorre no momento em que as forças ucranianas parecem ter ganhado espaço depois de reconquistarem território dos rebeldes.

O porta-voz de segurança nacional da Ucrânia, Andriy Lysenko, anunciou que as forças do governo estão próximas de Horlikva, ao norte da região central de Donetsk. "A rota direta está aberta para as forças da operação antiterrorista para a capital da região de Donbass, a cidade de Donetsk", disse Lysenko.

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Donetsk, uma cidade de cerca de um milhão de pessoas, é um grande centro para os rebeldes separatistas que têm lutado contra as forças do governo de Kiev por cinco meses. A rodovia ao norte de Donetsk foi bloqueada por rebeldes e o som de artilharia naquela direção podia ser ouvido. Explosões foram ouvidas na direção do aeroporto da cidade, no limite ao norte, uma área frequentemente disputada por forças ucranianas e por rebeldes. Fumaça preta saiu da direção de Yakovlikva, um subúrbio ao norte de Donetsk.

Há cerca de 60 quilômetros a leste, o local onde o avião da Malaysia Airlines foi abatido ainda estava praticamente vazio, exceto pela presença de parentes de algumas das 298 vítimas. Nove dias depois do acidente, uma investigação completa ainda não começou em razão dos riscos de segurança.

Dois aviões de carga levaram mais 38 caixões carregando as vítimas para um centro forense na Holanda para identificação e investigação. Os aviões partiram neste sábado de Kharkiv, uma cidade controlada pelo governo para onde os corpos têm sido levados. Com isso, os voos já levaram a totalidade dos 227 caixões contendo corpos de vítimas que chegaram a Kharkiv de trem. Ainda há restos mortais de algumas vítimas no local da queda do avião. Fonte: Associated Press.

As forças militares da Ucrânia conseguiram retomar das mãos dos rebeldes o controle do aeroporto de Donetsk, segundo comunicado do Ministério do Interior. O confronto desta terça-feira deixou, pelo menos, 35 insurgentes mortos.

"O aeroporto está totalmente sob nosso controle. O inimigo sofreu grandes baixas e nós, nenhuma", comemorou Arsen Avakov, ministro do Interior. Desde ontem, quando os rebeldes ocuparam o aeroporto, Kiev mobilizou vários helicópteros, jatos e soldados para a operação.

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Donetsk, capital da região de Donetsk, tem evitado os conflitos violentos nas últimas semanas. Militantes armados raramente eram vistos pela região, embora ainda controlassem as estradas de acesso à cidade e alguns prédios públicos.

Além do ataque na cidade, o governo da Ucrânia também reportou enfrentamentos na região de Lugansk, cidade vizinha a Donetsk. "Um acampamento no norte de Lugansk para treinar terroristas foi totalmente destruído nesta manhã", disse um comunicado de Kiev.

Na fronteira do país com a Rússia, guardas reprimiram uma tentativa de fuga para a Rússia de vários caminhões e carros com militantes pró-Moscou. Três veículos foram explodidos e cinco pessoas foram presas.

Ontem, o presidente eleito Petro Poroshenko, havia destacado que priorizaria as negociações sem o uso da força. Entretanto, disse que iria continuar a luta contra "matadores e terroristas". "A nossa operação antiterrorista não pode durar dois ou três meses. Deve durar apenas horas", afirmou.

Hoje, o chanceler russo, Sergei Lavrov, criticou os novos ataques no leste da Ucrânia e disse que as negociações só devem ocorrer se houver um cessar fogo por parte de Kiev. Com informações da Dow Jones Newswires.)

O presidente da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, prometeu nesta quinta-feira que ativistas que invadiram prédios do governo nas cidades de Donetsk e Luhansk, no leste do país, não serão processados se entregarem suas armas. Turchynov, falando ao Parlamento da Ucrânia em Kiev, elogiou os ativistas em Luhansk, que começaram a negociar com as autoridades nacionais, e exortou Donetsk a seguir o exemplo.

Centenas de manifestantes armados pró-Rússia invadiram um prédio da administração regional do governo federal em Donetsk e uma instalação do Serviço de Segurança Ucraniano em Luhansk no domingo. Eles exigem um referendo sobre maior autonomia ou até a secessão do território ucraniano.

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Em Donetsk, o clima continua tenso hoje, com cerca de 1 mil manifestantes do lado de fora do prédio invadido cantando "Rússia! Rússia!". Ativistas estavam reforçando linhas de barricadas, empilhando pneus de borracha ou construindo muros de paralelepípedos. Os líderes locais dos protestos desafiaram os pedidos de saída do prédio e anunciaram que criarão um grupo de relações exteriores para pedir auxílio à Rússia e a outras antigas repúblicas soviéticas.

Também nesta quinta-feira, o comandante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, condenou mais uma vez a anexação da Crimeia. "A Rússia está tentando justificar suas ações acusando autoridades ucranianas ou oprimindo falantes de russo e acusando a Otan de mentalidade de guerra fria. Isso não é nada além de propaganda criada para subverter o governo ucraniano, deturpar a verdade e desviar a atenção dos próprios atos ilegais e ilegítimos da Rússia", assinalou. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou Rasmussen por "reproduzir zelosamente a retórica da era da Guerra Fria".

Na França, Conselho da Europa, órgão de vigilância de direitos humanos no continente, que tem legisladores de 47 países, incluindo Rússia e Ucrânia, suspendeu hoje o direito da Rússia de votar no conselho e participar do monitoramento de eleições este ano para punir a nação pela anexação da Crimeia. Fonte: Associated Press.

Começa nesta quarta-feira (27) a fase semifinal da UEFA Euro 2012. A Arena Donbass, em Donetsk, na Ucrânia, será palco para o clássico ibérico, entre Portugal e Espanha. Os portugueses tiveram que derrotar a República Checa para chegar a esta fase, enquanto os espanhóis venceu a França. O jogo começa às 15h45 (horário de Brasília).

As duas equipes estiveram frente à frente na última Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. Na ocasião, eles se enfrentaram nas oitavas de final, com vitória dos espanhóis por 1x0, que acabaram chegando ao título mundial naquele ano. De lá para cá, apenas um amistoso, que terminou em goleada para os portugueses, por 4x0.

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Para o confronto, apenas o técnico Paulo Bento, de Portugal, terá dificuldade para armar a sua equipe. O atacante Helder Postiga está com problemas musculares e está vetado para a partida desta tarde. Para o seu lugar, Hugo Almeida, do Besiktas, foi o escolhido para formar o trio de ataque, ao lado de Nani e do astro Cristiano Ronaldo.

Já a seleção espanhola, do técnico Vicente Del Bosque, está confirmada, com a mesma escalação das quartas de final, com Fernando Torres isolado no ataque e Andrés Iniesta, Xavi e David Silva no setor de criação. O meia campo ainda será complementado por Sergio Busquets e Xabi Alonso.

Ficha do jogo

Portugal: Rui Patrício; João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fabio Coentrão; Raúl Meireles, Miguel Veloso e João Moutinho; Nani, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo. Técnico: Paulo Bento.

Espanha: Casillas; Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta e David Silva; Fernando Torres. Técnico: Vicente Del Bosque.

Local: Arena Donbass (Donetsk, Ucrânia).

Horário: 15h45 (de Brasília).

Árbitro: Cuneyt Cakir (TUR).

Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (TUR).

Estreante em Eurocopas, a anfitriã Ucrânia chegou à liderança do grupo D depois de vencer a Suécia na primeira rodada e contar com o empate entre as duas seleções favoritas às vagas nas quartas de final, França e Inglaterra. Nesta sexta-feira (15), será a vez de Shevchenko e cia enfrentar os franceses. A partida será às 13h (horário de Brasília), em Donetsk, na Ucrânia.

No caso de uma vitória, os ucranianos já vão garantir com antecipação uma vaga na próxima fase, o que ainda não aconteceu em nenhum dos outros grupos da competição, que já tiveram o desenrolar das duas primeiras rodadas. Mas não será uma tarefa fácil, apesar de viver um bom momento e a seleção francesa ter a sua atuação bastante criticada na estreia.

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Em seis confrontos entre as equipes na história, a Ucrânia nunca derrotou a França. Foram três vitórias francesas e três empates. Para tentar quebrar este tabu, vencendo pela primeira vez o adversário e, de quebra conquistar uma vaga na segunda fase, independente do outro resultado, o técnico Oleg Blokhin deve escalar a mesma equipe que enfrentou a Suécia.

Já do lado francês, o técnico Laurent Blanc ainda tem dúvidas quanto à equipe que vai colocar em campo. O treinador ganhou o reforço do volante Yann M'Vila, que se recuperou de lesão e deve substituir Alou Diarra, que não fez uma boa partida diante dos ingleses. O atacante Sami Nasri, autor do único gol francês na competição, era dúvida, mas já está confirmado no jogo.

Ficha do jogo

Ucrânia: Pyatov; Selin, Jacheridi, Mihalik e Gusev; Konoplianka, Tymoschuk, Yarmolenko e Nazarenko; Shevchenko e Voronin. Técnico: Oleg Blokhin.

França: Lloris; Debuchy, Rami, Mexès e Évra; Cabaye, M'Vila (Diarra) e Malouda; Nasri, Benzema e Ribéry. Técnico: Laurent Blanc.

Local: Donbass Arena (Donetsk, Ucrânia).

Horário: 13h (de Brasília).

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda).

Assistentes: Sander van Roekel e Erwin Zeinstra (ambos da Holanda).

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