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O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, declarou nesta terça-feira que não vai interferir nas decisões do Judiciário do país, um dia depois de três jornalistas da Al-Jazeera terem sido sentenciados a até dez anos de prisão, veredicto que provocou várias críticas internacionais.

A sentença, relacionada a acusações de terrorismo, surpreendeu os familiares dos jornalistas e provocou uma enxurrada de críticas e pedidos para que El-Sisi interviesse no caso.

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Segundo a Constituição egípcia, o presidente tem o direito de emitir um perdão ou comutar as penas. Autoridades norte-americanas, australianas e de outros países pediram a El-Sisi que use este direito para libertar imediatamente os jornalistas.

Grupos de direitos humanos descreveram o julgamento como motivado politicamente e uma fraude que reflete as tensas relações entre o Egito e a emissora de televisão do Catar.

O Catar tem sido um forte partidário dos islamitas da região e em particular do ex-presidente egípcio Mohammed Morsi, derrubado pelos militares.

Com um tom desafiador, El-Sissi declarou que sempre disse que não iria interferir em assuntos judiciais e respeitaria a independência do tribunal. O presidente disse que chamou o ministro da Justiça na noite de segunda-feira para repetir essa afirmação, apesar de todo o debate a respeito da sentença dada aos jornalistas.

"Eu disse a ele que não vamos interferir em assuntos judiciais porque o Judiciário egípcio é independente", disse ele durante cerimônia de graduação, em discurso transmitido em rede nacional de televisão. Ele também pediu que as pessoas parem de comentar e de criticar as decisões do tribunal e repetiu mais uma vez: "não interferiremos nos veredictos do Judiciário".

O presidente disse que para assegurar as instituições do Estado, não haverá interferências em seus assuntos. "Se desejamos instituições estatais fortes, devemos respeitar as decisões judiciais e não comentá-las mesmo que outros não compreendam essas decisões", afirmou.

A promotoria acusou os três jornalistas - o australiano Peter Greste, o canadense egípcio Mohamed Fahmy e o egípcio Baher Mohammed - de promover ou pertencer à Irmandade Muçulmana, da qual Morsi faz parte, e de falsificar a cobertura que fizeram dos protestos com o objetivo de prejudicar a segurança do Egito e fazer parecer que o país estava a caminho de uma guerra civil. O governo do Egito considera a Irmandade uma organização terrorista. Fonte: Associated Press.

Um líder espiritual da Irmandade Muçulmana e mais de 180 outros foram sentenciados a morte neste sábado por uma corte egípcia no último julgamento em massa envolvendo a deposição do presidente do país no ano passado. A condenação dada pela corte criminal de Minya é a maior sentença de morte em massa já determinada na história recente do Egito. É a segunda sentença para o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, desde que se iniciou a repressão contra seu grupo.

A corte absolveu outras mais de 400 pessoas no caso enquanto familiares dos acusados choravam ou aplaudiam os veredictos.

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O caso surgiu de um ataque contra uma estação policial na cidade de el-Adwa, quando um policial e um civil foram mortos. Ataques similares de vingança ocorreram Egito. As acusações incluíam assassinato, participação em organizações terroristas, sabotagem, posse de armas e ataque a civis.

Inicialmente, o juiz Said Youssef havia sentenciado cerca de 683 pessoas a morte por conta do ataque, depois mandou o caso para a o Grão Mufti, principal liderança espiritual, o qual ofereceu sua opinião e devolveu o caso ao juiz. Advogados dos acusados disseram que planejam recorrer.

Os julgamentos em massa têm sido repreendidos em todo o mundo. Já parte dos egípcios parece aprovar as medidas como forma de acabar com a instabilidade que toma conta do país desde a revolta de 2011 contra o ditador Hosni Mubarak.

"Houve excesso no uso de sentenças de morte recentemente, o que apenas leva a mais violência", disse o advogado de direitos humanos Negad el-Borai. A Anistia Internacional descreveu o julgamento como "mais um sinal alarmante da crescente politização do judiciário". O Human Rights Watch chamou o veredicto de "justiça travestida".

O julgamento desse sábado durou menos de 15 minutos, afirmou um oficial. Apenas 75 acusados foram trazidos para uma prisão anexa ao tribunal, mas não acompanharam a sessão. Fonte: Associated Press.

O Tribunal Criminal de Giza, no Egito, sentenciou à morte o principal líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, além de outros 13 apoiadores. Em abril, uma outra decisão judicial também havia condenado Badie e mais de 680 pessoas à morte por causa da violência no sul do Egito.

A Irmandade Muçulmana, que já foi o mais bem organizado movimento político do país, agora é oficialmente rotulada como uma organização terrorista. Muitos de seus principais líderes e apoiadores estão presos e enfrentam múltiplas acusações, a maioria relacionadas aos incidentes que ocorreram durante as manifestações que exigiam o retorno de Mohammed Morsi ao poder. As manifestações resultaram em centenas de mortos e milhares de presos. Fonte: Associated Press.

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O jornalista Abdullah Elshamy, que trabalha no serviço em árabe da rede Al-Jazeera, foi libertado na noite de terça-feira (17) no Cairo. O repórter de 26 anos estava em greve de fome havia mais de quatro meses em protesto contra sua longa detenção sem acusações formais pelas autoridades egípcias.

Ao sair da cadeia, ele foi recebido com aplausos e abraços de familiares e de dezenas de amigos e partidários. Sua mãe, sua mulher e seus irmãos se reuniram com ele do lado de fora da delegacia de polícia num subúrbio do norte do Cairo. O procurador-geral do Egito ordenou sua libertação citando "problemas de saúde" após 10 meses preso sem acusação.

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Elshamy, que era gorducho, tinha aparência frágil e magra e ostentava uma barba espessa ao sair da delegacia de Nasr City, ainda usando o uniforme da prisão.

"Eu venci", disse ele aos jornalistas, apesar da pressão das autoridades presidiárias para que encerrasse a greve de fome, medidas que incluíram colocá-lo em confinamento solidário. "Eu perdi 45 quilos mas tinha certeza de que Deus me faria vitorioso". A família disse que iria levá-lo ao hospital.

Sua prisão, assim como o julgamento de outro jornalista da Al-Jazeera, tem relação com a ampla repressão contra partidários do ex-presidente islamita Mohammed Morsi, desde sua deposição no ano passado.

Autoridades egípcias acusam a rede de televisão de apoiar a Irmandade Muçulmana, da qual Morsi faz parte. A emissora, sediada no Catar, nega as acusações. Horas antes, o jornalista canadense egípcio que também trabalha para a Al-Jazeera e está detido há seis meses, declarou ter esperanças de que a libertação de Elshamy por razões médicas signifique que ele também será liberado. Mohammed Fahmy falou em um hospital privado onde passa por exames no ombro, problema que piorou durante o tempo de prisão.

Fahmy e outros dois jornalistas do serviço em inglês da Al-Jazeera são julgados por terrorismo, o primeiro caso deste tipo contra repórteres no Egito. O veredicto do julgamento, que começou em fevereiro, deve ser anunciado na segunda-feira.

Fahmy, ex-produtor da CNN que contribui para outras empresas de comunicação ocidentais, é acusado de pertencer à Irmandade Muçulmana, o que ele nega. Dentre os réus está o jornalista australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohammed, que também trabalham na Al-Jazeera.

Sentenças de morte - Nesta quarta-feira (18), um tribuna egípcio sentenciou à morte 12 partidários de Morsi, sob a acusação de conexão com os disparos que mataram um general da polícia no ano passado.

Os condenados fazem parte de um grupo de 23 réus acusados de assassinato ou tentativa de assassinato durante uma ação policial contra um reduto islamita na capital em 19 de setembro, parte da sangrenta repressão que aconteceu após a deposição de Morsi pelo Exército em julho.

Os acusados também foram indiciados por "pertencer a uma organização jihadista". Os outros 11 réus continuam foragidos. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Funcionários do Ministério Público do Egito disseram que os 13 homens acusados de violentar mulheres durante um comício na semana passada irão a julgamento, naquela que é a primeira implementação de novas penalidades contra a desenfreada violência sexual no país.

A notícia vem menos de uma semana depois que uma multidão atacou brutalmente e abusou sexualmente de um grupo de mulheres durante as celebrações após a posse do presidente Abdel Fattah el-Sisi.

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O julgamento rápido reflete um esforço do governo para resolver o problema da violência contra mulheres, que se tornaram mais frequentes desde a queda do regime autocrático de Hosni Mubarak em 2011.

O novo presidente el-Sisi visitou no hospital uma das sobreviventes à violência da semana passada e prometeu ações duras contra os agressores. Os funcionários falaram sob condição de anonimato porque não eram autorizados a conversar com a imprensa. Fonte: Associated Press.

O ex-chefe do Exército Abdel-Fattah el-Sisi, que tomou posse como presidente do Egito neste domingo (8), disse que não haverá reconciliação com qualquer um que "tenha cometido crimes" ou "adotado violência" contra os egípcios, em uma referência velada à Irmandade Muçulmana e outros islâmicos. "Haverá uma reconciliação entre os filhos de nossa nação, com exceção daqueles que tenham cometido crimes ou adotado violência contra eles", disse el-Sisi para um plateia de mais de 1 mil convidados no palácio de Quba, no Cairo. Entre os convidados estavam políticos, clérigos, figuras públicas e celebridades.

Embora não tenha mencionado o nome da Irmandade Muçulmana, a declaração foi uma referência aos seguidores de Mohammed Morsi, o presidente islâmico que el-Sisi retirou do poder em julho, e a militantes islâmicos que têm proferido ataques contra o governo. A Irmandade Muçulmana foi declarada grupo terrorista em dezembro pelo governo. A declaração de el-Sisi também coincide com a prisão de milhares e a morte de centenas de seguidores de Morsi.

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El-Sisi disse que irá combater a corrupção, promover a segurança regional e a estabilidade. Ele ainda utilizou-se da bandeira dos defensores da democracia e dos jovens ativistas, que boicotaram as eleições presidenciais no mês passado. Em seu discurso de 55 minutos, falou de "liberdade e justiça social", o principal slogan dos jovens que estiveram à frente as manifestações de janeiro de 2011, que culminaram com o regime de 29 anos de Hosni Mubarak.

O ex-chefe do Exército Abdel-Fattah el-Sisi tomou posse como presidente do Egito neste domingo (8), assumindo um mandato de quatro anos de uma nação profundamente dividida que vem enfrentando violentas manifestações e uma grave crise econômica desde o levante de 2011.

A posse de El-Sisi veio menos de um ano após o oficial de infantaria de 59 anos depor o primeiro presidente eleito do país, Mohammed Morsi, na esteira de gigantescos protestos que exigiam a renúncia do líder islâmico.

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El-Sisi prestou juramento na sede do Supremo Tribunal Constitucional, ao sul do Cairo, o mesmo lugar onde Morsi, que agora está sendo julgado por acusações que podem levá-lo a ser condenado à pena de morte, assumiu como presidente há dois anos.

O prédio do tribunal, que foi projetado para se assemelhar a um antigo templo egípcio, é próximo de um hospital militar onde está detido o ex-ditador deposto Hosni Mubarak. Afastado do poder pelo levante de 2011, após quase 30 anos como presidente do Egito, Mubarak foi condenado a três anos de prisão, por corrupção, no mês passado. Ele também está sendo submetido a um novo julgamento por não ter conseguido conter o massacre de centenas de manifestantes durante a revolta de 18 dias ocorrida três anos atrás.

Por ocasião da posse, hoje foi declarado feriado nacional no Egito e policiais e soldados foram mobilizados em toda a cidade do Cairo. Após chegar de helicóptero, El-Sisi entrou no salão da cerimônia ao lado do presidente interino, Adly Mansour, que vai retomar o cargo de presidente do Supremo Tribunal Constitucional após passar quase um ano na presidência.

Do lado de fora do prédio, cerca de 100 simpatizantes de El-Sisi agitavam bandeiras do Egito e carregavam pôsteres do novo presidente.

El-Sisi é o oitavo presidente do Egito desde a queda da monarquia, em 1953. Com a exceção de Morsi e de dois civis que serviram interinamente, todos os demais presidentes egípcios vieram das Forças Armadas.

Dezenas de autoridades locais e estrangeiras assistiram à cerimônia de posse, incluindo os reis da Jordânia e Bahrein, o emir do Kuwait e os príncipes herdeiros da Arábia Saudita e Abu Dabi, que faz parte dos Emirados Árabes Unidos. As cinco nações árabes apoiaram o afastamento de Morsi por El-Sisi e, desde então, os governos saudita, kuwaitiano e dos Emirados Árabes Unidos têm fornecido bilhões de dólares ao Cairo para ajudar na recuperação financeira do Egito.

El-Sisi teve uma vitória esmagadora nas eleições presidenciais realizadas no mês passado, conquistando quase 97% dos votos. O índice de comparecimento dos eleitores às urnas foi de 47,45%. Fonte: Associated Press.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, decretou uma lei que classifica o assédio sexual como um crime punível com até cinco anos de prisão. O porta-voz da presidência, Ehab Badawi, informou que o governante interino emitiu o decreto na quinta-feira (5).

O decreto altera as leis atuais do país, que não criminalizam o assédio sexual e só vagamente se referem a tais infrações como "agressão indecente". No Egito, a violência contra as mulheres no espaço público tem crescido ao longo dos últimos três anos desde a turbulência política que se instaurou no país com a derrubada do ditador Hosni Mubarak.

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O decreto de Mansour prevê que assediadores enfrentem entre seis meses a cinco anos de prisão. A sentença é mais dura se um assediador detiver uma posição de poder sobre a vítima, como sendo seu superior no trabalho, sendo alguma autoridade ou estiver armado com uma arma.

Badawi disse ainda que "as penalidades dobrarão" para reincidentes. Fonte: Associated Press.

A Comissão Eleitoral do Egito anunciou que o ex-chefe militar Abdel-Fattah el-Sisi venceu a eleição presidencial do país, com 96,9% dos votos. A participação popular na votação ficou em 47,45% do total de cidadãos.

Segundo o presidente da Comissão, Anwar el-Assi, el-Sissi recebeu 23,78 milhões de votos, enquanto seu único concorrente, Hamdeen Sabahi, conseguiu 3% da preferência popular.

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Após o anúncio, centenas pessoas na Praça da Libertação, no Cairo, acenderam fogos de artifício, celebraram a vitória e entoaram cantos pró-Exército. Fonte: Associated Press.

O candidato oposicionista à presidência do Egito, o esquerdista Hamdeen Sabahi, aceitou a vitória do marechal Abdel Fattah el-Sisi, mas disse que o comparecimento às urnas anunciados pelo governo não são credíveis.

O político de esquerda disse que houve violações graves nas votações, mas não o suficiente para alterar significativamente o resultado - uma vitória esmagadora de el-Sisi, que conquistou mais de 92% dos votos, contra 2,9% de Sabahi, segundo os organizadores da campanha do marechal.

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Sabahi disse, porém, que o comparecimento de apenas 46% dos eleitores, anunciada pelo presidente interino nesta quinta-feira, não é credível. "Isso é um insulto à inteligência dos egípcios", disse o candidato.

O político de esquerda já havia se queixado mais cedo de que as medidas do governo interino - especialmente de extensão da eleição por mais um dia - se destinava a aumentar indevidamente o comparecimento às urnas. Os partidários de el-Sisi buscavam, além da sua vitória, uma legitimação do golpe militar que destituiu o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, Mohammed Morsi, em julho do ano passado. Fonte: Associated Press.

O resultado parcial da eleição presidencial no Egito anunciado nesta quarta-feira (28) mostrou que o marechal reformado Abdel-Fattah el-Sissi lidera confortavelmente o pleito depois de serem conhecidos os votos de duas mil urnas.

A campanha de el-Sisi disse que recebeu até agora 4,2 milhões de votos, contra 133 mil do político esquerdista Hamdeen Sabahi. A vitória de el-Sisi nunca esteve em dúvida, mas o marechal reformado esperava uma forte participação do eleitorado para conferir legitimidade à deposição do primeiro presidente livremente eleito, o islamita Mohammed Morsi, cujo golpe o militar liderou em julho do ano passado.

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No entanto, a campanha de el-Sisi disse que o comparecimento em todo o país foi de cerca de 44%, bem abaixo dos quase 52% do pleito que elegeu Morsi. Os partidários de el-Sisi começaram a celebrar no Cairo, com centenas de pessoas se reunindo na praça central de Tahir, berço do levante que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011. Havia multidões menores em dois outros bairros da capital egípcia. Fonte: Associated Press.

O primeiro dia de votação na eleição presidencial no Egito se transformou em uma celebração nacionalista com muitos eleitores comemorando a possível vitória do ex-chefe militar Abdel Fattah al-Sisi, que liderou no ano passado o golpe que derrubou o primeiro presidente eleito livremente.

A eleição, que vai até amanhã, também mostrou as divisões amargas que o Egito vive desde a deposição do líder islâmico Mohamed Morsi. Em cidades onde os islamitas dominam, a votação foi quase inexistente.

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Al-Sisi busca mais do que uma vitória esmagadora no peito. O marechal espera por uma forte participação dos cidadãos para mostrar à crítica internacional que a deposição de Morsi, em julho do ano passado, refletiu a vontade do povo. Ele tem ainda a seu favor o apoio de todo o aparelho governamental e das instituições - até mesmo da Comissão Eleitoral, que deveria ser independente.

Seu rival potencial é o político Hamdeen Sabahi, de esquerda, que terminou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2012.

O que deve pesar em favor de al-Sisi é o seu forte discurso militarista, que ganha adeptos entre os eleitores que estão cansados da onda de violência, que acompanhada de um declínio econômico tomou contra do Egito nos últimos três anos. Essa ala do eleitorado adotaram o marechal como candidato, uma vez que ele prometeu acabar com os tumultos no país.

As forças de segurança travaram uma sangrenta repressão contra a Irmandade Muçulmana de Morsi e outros grupos islâmicos, matando centenas de pessoas e prendendo outras milhares - entre as quais, conhecidas lideranças críticas aos militares.

Enquanto os partidários de al-Sisi dizem que ele salvou o Egito dos islamitas, os eleitores pró-Morsi acusam-no de esmagar a democracia com um golpe. Os críticos avaliam que a vitória do marechal poderá consolidar um retorno a autocracia, ao estilo do ex-ditador Hosni Mubarak. Fonte: Associated Press.

A União Europeia (UE) cancelou uma missão de observação da próxima eleição presidencial no Egito, citando obstáculos "administrativos", que tornaram impossível para o bloco o envio de equipamentos, como de telecomunicação e médicos.

A eleição presidencial no Egito é aguardada para o final do mês de maio e será a primeira desde que o presidente da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, foi deposto por militares no último verão. O ex-chefe das Forças Armadas, Abdel Fattah Al Sisi, é o favorito para vencer as eleições. Ele se comprometeu a concluir a repressão contra a Irmandade Muçulmana se eleito.

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A União Europeia começou a enviar uma equipe para monitorar a campanha eleitoral na região na segunda quinzena de abril, seguindo o convite de autoridades egípcias. Cerca de 40 pessoas formavam a missão.

Em comunicado, divulgado neste sábado, a União Europeia informou que foi incapaz de garantir a realização dos trabalhos de forma correta, "apesar de nossos esforços". A UE menciona razões administrativas, que tornaram impossível o envio de equipamentos de telecomunicação e médicos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O procurador-chefe acusou, neste sábado (10), 200 supostos militantes de serem responsáveis pela realização de ataques terroristas, que mataram 40 policiais e 15 civis, e de conspirarem com o grupo militante palestino Hamas em um dos maiores casos relacionados com o terrorismo no Egito.

Os acusados, 98 dos quais continuam soltos, são suspeitos de fazerem parte do grupo Ansar Beit Al-Maqdis, ou Campeões de Jerusalém, inspirado na Al-Qaeda, que assumiu a responsabilidade pela onda de ataques realizados após a destituição pelo Exército do presidente islamita Mohammed Morsi.

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O comunicado do procurador se refere ao grupo como "o grupo terrorista mais perigoso" e acusa os réus de terem recebido treinamento militar na Faixa de Gaza palestina com o patrocínio do Hamas, e de viajarem à Síria onde eles participaram de um confronto contra forças governamentais na região antes de retornarem ao Egito.

As autoridades acusam a Irmandade Muçulmana, de Morsi, de orquestrar a violência no Egito, o que é negado pelo grupo.

Segundo o comunicado do procurador, os réus realizaram 15 ataques nos últimos meses, incluindo uma explosão de uma bomba na sede da segurança da capital egípcia, em janeiro, deixando seis pessoas mortas. Os ataques também incluíram uma tentativa fracassada de assassinar o ministro do Interior, em setembro, e um ataque contra a sede da segurança na cidade Mansoura, no Delta do Nilo, que matou 16 pessoas, quase todas policiais, em dezembro.

Os ataques também englobaram o assassinato de um oficial da polícia, que era o principal investigador e uma testemunha-chave em um dos julgamentos, nos quais Morsi era o principal réu. Fonte: Associated Press.

Um juiz do Egito condenou à morte 683 pessoas consideradas leais ao presidente destituído Mohamed Morsi. Entre os sentenciados está o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie. Todos foram acusados de atos de violência.

Os réus foram julgados pela participação em manifestações violentas em Minia no dia 14 de agosto de 2013, quando mais de 700 partidários de Morsi foram mortos em protestos reprimidos em Cairo, capital do Egito.

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Os familiares dos condenados protestaram do lado de foram do tribunal. Várias mulheres desmaiaram logo após tomar conhecimento da sentença. O advogado Ali Kamal disse que a audiência durou apenas oito minutos. "Isso é contra o espírito da lei. Os veredictos serão facilmente apelados", disse Kamal.

As forças de segurança cercaram o edifício do julgamento e as estradas foram bloqueadas na região. Entre os 683 condenados nesta segunda-feira (28), apenas 50 estão detidos. Os demais estão em liberdade sob fiança ou são considerados foragidos.

As sentenças serão encaminhadas à Mufti, a autoridade religiosa mais alta do Egito, que irá confirmar ou não a decisão do Tribunal. Uma nova sessão será realizada no dia 21 de junho para emitir os veredictos finais. Fonte: Associated Press.

Autoridades do Egito detectaram o primeiro caso do vírus semelhante ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) no país. Segundo informações da agência estatal de notícias, um engenheiro civil de 27 anos de idade foi diagnosticado na manhã deste sábado (26), depois de regressar de uma viagem à Arábia Saudita, centro da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). O paciente está sob quarentena desde sexta-feira (25), logo após sua chegada no aeroporto do Cairo.

A MERS pertence a uma família de vírus conhecido como coronavírus, que inclui tanto o resfriado comum quanto a SARS, que matou cerca de 800 pessoas durante uma epidemia global em 2003. A síndrome pode causar sintomas como febre, problemas respiratórios, pneumonia e insuficiência renal. Não há vacina ou tratamento para o vírus e ainda não se sabe como ele é transmitido. Outros casos também foram detectados em países da Ásia e da Europa.

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Ontem, o Ministério da Saúde da Arábia Saudita informou que mais cinco pessoas no país morreram vítimas da doença. Ainda segundo a pasta, 92 pessoas morreram e outras 313 contraíram o vírus na Arábia Saudita desde setembro de 2012.

Na última segunda-feira, o rei Abdullah demitiu o ministro da saúde na segunda-feira, enquanto autoridades concentram esforços para aliviar as preocupações do público em meio a um surto de infecções. Hoje, o novo ministro da Saúde, Adel Faqih, anunciou que o país vai reservar três centros médicos para tratar exclusivamente casos de MERS. A medida faz parte de um plano nacional para conter a propagação da doença.

Em um comunicado no site do ministério, Faqih disse que os centros seriam equipados com a mais recente tecnologia médica para diagnosticar e tratar o vírus. Ele afirma ainda que o país que pretende convidar especialistas da Alemanha, Grã-Bretanha, França e Estados Unidos para estudar o surto. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Dois policiais foram mortos nesta quarta-feira em atos de violência no Egito. Um dos policiais foi morto com a explosão de uma bomba colocada embaixo de seu carro em um subúrbio a oeste do Cairo nesta quarta-feira, o mais recente de uma série de ataques a policiais e militares por grupos militantes muçulmanos que mantém uma campanha de violência desde a deposição do presidente islâmico Mohammed Morsi. O brigadeiro-general Ahmed Zaki foi o segundo policial dessa patente morto este mês em um ataque a bomba, um sinal de que os atos de violência mudaram de ataques suicidas e carros-bomba contra instalações policiais para ataques menores contra oficiais ou pequenos postos policiais.

Também nesta quarta-feira o tenente da polícia Ahmed Saad foi morto em uma troca de tiros que ocorreu quando as forças de seguranças atacaram um esconderijo de militantes perto da cidade de Alexandria.

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Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque a bomba, mas o Ministério do Interior culpou a Irmandade Muçulmana.

Grupos militantes inspirados na Al-Qaeda têm assumido a responsabilidade pela maioria dos ataques recentes no país. Os grupos afirmam que os bombardeios e disparos estão ocorrendo para vingar a repressão feroz aos partidários islâmicos de Morsi. Mais de 1.300 pessoas foram mortas e outras milhares foram presas.

O governo disse que suspeitos de integrar grupos rebeldes mataram mais de 450 policiais e soldados desde julho e acusa a Irmandade Muçulmana de orquestrar a violência, dizendo que ela está por trás dos grupos militantes. A Irmandade nega a acusação, dizendo que o governo a declarou uma organização terrorista para justificar a sua destruição como força política. Fonte: Associated Press.

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Bomb, shooting in Egypt kills 2 police officers

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Eds: Edits to tighten. AP Video. With AP Photos.

By SARAH EL DEEB

Associated Press

CAIRO (AP) _ A senior Egyptian police officer was killed by a bomb placed

under his car in a western Cairo suburb Wednesday, the latest in a series of

targeted attacks on police and the military as Islamic militant groups keep up

a campaign of violence since last summer's ouster of Islamist President

Mohammed Morsi.

Brig. Gen. Ahmed Zaki was the second police officer of that rank killed this

month in a bombing, a sign of how the violence has shifted from high-profile

suicide and car bombings against police installations toward more low-level

attacks on individual officers or small police posts.

Also Wednesday, a police lieutenant was killed in a gun battle that erupted as

security forces raided a militant hideout near the Mediterranean coastal city

of Alexandria.

Al-Qaida-inspired militant groups have claimed responsibility for most of the

attacks. The groups have said their bombings and shootings are to avenge the

fierce crackdown on Morsi's Islamist supporters in which more than 1,300

people have been killed and thousands arrested. The government says suspected

militants have killed more than 450 policemen and soldiers since July.

The government accuses Morsi's Muslim Brotherhood of orchestrating the

violence, saying it is ultimately behind the militant groups. It declared the

group a terrorist organization late last year. The Brotherhood denies the

claim, saying the terror brand aims to justify wiping it out as a political

force.

There was no immediate claim of responsibility for Wednesday's killing, but

the Interior Ministry blamed the Brotherhood.

``The Egyptian police continue its determined and decisive confrontation in

its battle against terrorism,'' ministry spokesman Hani Abdel-Latif said in a

televised statement. The police ``will continue their efforts to face up to

these terrorist operations that are plotted by the terrorist Muslim

Brotherhood group.''

Zaki was heading to work early Wednesday from his home in the Cairo suburb of

6th of October when the bomb detonated under the police car assigned to

transport him, critically wounding him. He later died in hospital, Abdel-Latif

said. Two conscripts were wounded.

Zaki is one of the most senior officers to be killed in the campaign of

violence. He was in the leadership of the Central Security Forces, the riot

police branch that takes the lead role in dealing with protests and general

security.

A senior security official in Cairo said Zaki had sat through planning

meetings for the Aug. 14 operation that broke up two pro-Morsi sit-ins in the

capital, in which security forces killed more than 600 protesters. The

official spoke on condition of anonymity because he was not authorized to talk

to journalists.

Speaking to The Associated Press, Abdel-Latif said he was not aware of what

Zaki's tasks included, but dismissed the possibility he was targeted for any

specific role he played.

``They are targeting police force wherever they are,'' he said. ``They make a

homemade bomb and toss it at police.''

He pointed out that traffic police have also been hit and that recently even a

civilian wearing a police-style beret had a bomb lobbed at his vehicle.

Another brigadier general was killed on April 2 when three bombs were placed

by a riot police post outside Cairo University, where protests by largely

Morsi supporters have been regular and often bloody since the start of

academic year in September.

A new group that first appeared in January, Ajnad Misr, or ``Egypt's

Soldiers,'' claimed responsibility for that bombing. In a statement, it said

it was waging a campaign of retribution and that the slain police general had

been involved in killings of protesters. It said the attack also came in

response to increased detentions of female protesters.

On Wednesday, new clashes between security forces and students broke out near

or outside universities following protests in Cairo and in the cities of

Fayoum and Assiut, as well as others. One student was injured in Fayoum by

birdshot, while police also fired tear gas in the clashes.

In Alexandria, Lt. Ahmed Saad was shot and killed during a raid on a militant

hideout. Militants opened fire on the police as they moved on the hideout in a

farm area in Borg al-Arab, a western district on the Alexandria's outskirts,

the city's police chief Police Maj. Gen. Amin Ezzedin told the state news

agency MENA. He said one suspect was also killed and another arested.

Abdel-Latif said two suspects were arrested and are believed to be members of

Ansar Beit al-Maqdis, one of Egypt's main militant groups. Abdel-Latif said

the cell was planning attacks on security forces.

AP-WF-04-23-14 2010GMT

AP-WF-04-23-14 1608GMT

Um policial e um recruta morreram após um ataque armado contra o carro de patrulha, informou o Ministério do Interior do Egito neste domingo.

Em um comunicado, o Ministério informou que os militares estavam patrulhando a estrada entre Cairo e Suez quando foram alvo de rebeldes.

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As mortes ocorrem ao mesmo tempo que militantes intensificaram os ataques contra as forças de segurança desde que o Exército depôs o presidente islâmico Mohammed Mursi, em julho, e apenas dois dias depois que um policial foi morto na explosão de uma bomba no Cairo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O candidato presidencial e ex-chefe do exército no Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, visitou neste sábado (19) o papa da Igreja Ortodoxa Copta, Tawadros II, antes da Páscoa Ortodoxa, em sua primeira aparição pública desde que formalmente se candidatou à presidência.

Como chefe militar, ele retirou do poder o muçulmano Mohammed Morsi, o primeiro presidente eleito democraticamente no país, no verão passado, após uma onda de protestos exigindo a renúncia do líder. O papa Tawadros II apoiou a tomada do governo pelo exército.

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A visita deste sábado à Catedral de São Marcos, sede do papa copta, é a primeira feita por el-Sissi desde que oficializou sua candidatura nesta semana. De acordo com um comunicado, ele disse ao papa Tawadros II que cristãos e muçulmanos devem permanecer unidos.

El-Sissi é amplamente esperado para vender as eleições presidenciais, programadas para maio. Fonte: Associated Press.

Diretor de um dos órgãos de fiscalização do governo no Egito, Hesham Genena, criou um alvoroço ao informar que teria descoberto esquemas de corrupção envolvendo bilhões de dólares e instituições como a polícia, agências de inteligência e o judiciário.

Como resultado, seus rivais o bombardearam na mídia, chamando-o de simpatizante da Irmandade Muçulmana. Sua insistência em tornar públicas as alegações de corrupção renderam dois processos judiciais contra ele, incluindo um por insultar juízes.

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Com dificuldades para transformar as investigações em ação, ele encaminhou centenas de casos ao procurador-geral, mas afirmou que menos de 7% deles foram investigados. Hesham Genena alega que as agências de segurança impediram seus funcionários de inspecionar os documentos.

"Eu não posso dizer que eles interromperam todas as investigações, mas não estão respondendo aos nossos pedidos", disse sobre o escritório do procurador-geral em entrevista à Associated Press. "Quanto eu envio o relatório, eles devem responder. Mas eles não responde e não temos como saber."

Aos 60 anos, o diretor da Organização Central de Auditoria, uma agência encarregada de fiscalizar as finanças do governo, afirmou que o Egito é um país prestes a desaparecer por causa da corrupção por parte dos regimes. "O que eu estou buscando é dar um choque na sociedade e consertá-la", disse Genena. Fonte: Associated Press.

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