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Um tribunal de apelações do Egito reduziu a sentença de oito homens acusados de "incitar o deboche" por terem participado de um suposto casamento gay. A condenação foi reduzida de três para um ano de prisão. O julgamento foi baseado em um vídeo divulgado na internet que mostra dois homens trocando alianças e se abraçando, enquanto amigos festejam, em um bote no rio Nilo.

A lei egípcia não proíbe explicitamente a homossexualidade, então os acusados foram julgado por "deboche", uma alegação normalmente usada contra prostitutas. No domingo passado, um tribunal começou a julgar 26 homens por acusações semelhantes, após eles terem sido presos durante uma blitz em uma sauna no Cairo. O Egito é um país muçulmano conservador, com uma pequena minoria católica, e a homossexualidade é um tabu nas duas comunidades. Fonte: Associated Press.

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O Egito proibiu a exibição do filme "Êxodo: Deuses e Reis", por considerar que a passagem bíblica sobre o êxodo dos judeus, conduzidos por Moisés, "falsifica" a História, afirmou nesta sexta-feira (26) o ministro egípcio da Cultura.

O épico "é um sionista por excelência", explicou à AFP o ministro, Gaber Asfur. "Apresenta a História do ponto de vista sionista e contém uma falsificação dos fatos históricos", acrescentou.

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O britânico Ridley Scott, diretor do longa, "transforma Moisés e os judeus em construtores de pirâmides, o que contradiz fatos históricos comprovados", afirmou Asfur, destacando que a proibição foi recomendada por um comitê composto, em particular, por dois professores de História.

O filme retrata um Moisés agnóstico a princípio, criado como irmão do filho do faraó antes de ser rejeitado quando sua verdadeira identidade de filho de hebreus é descoberta. Ele foge para o deserto, mas decide, após o episódio sarça ardente, unir-se ao povo judeu, então escravo dos egípcios, para guiá-lo para a Terra Prometida.

O épico bíblico em 3D, que custou US$ 140 milhões, já tinha sido tirado de cartaz no Marrocos na quarta-feira. Os donos de salas de cinema receberam naquele país a visita de "delegações do Centro Cinematográfico Marroquino" que proibiram a exibição.

O filme suscitou uma polêmica no mundo árabe porque questiona um milagre reconhecido pelas três religiões monoteístas, o da travessia do Mar Vermelho por Moisés, que divide as águas com seu bastão para permitir a passagem dos judeus.

"No filme, Moisés exibe uma espada e não um bastão" e a divisão das águas é explicada pelo "fenômeno das marés", criticou o chefe do Conselho Supremo para a Cultura, Mohamed Afifi, membro do comitê que recomendou a proibição do longa.

O ministro da Cultura explicou que as autoridades não pediram a opinião da universidade Al Azhar, uma das instituições de maior prestígio do Islã sunita, que pode ser consultada antes de autorizar a exibição de uma obra no Egito, mas não tem o poder de decisão.

Al Azhar, que se opõe à personificação de figuras religiosas no cinema, considerou em março que a superprodução americana "Noé" contrariava o Islã porque mostrava a representação de um profeta.

O longa foi proibido nos cinemas egípcios, apesar da oposição do Ministério da Cultura.

O julgamento de 26 homens acusados de "homossexualidade" começou neste domingo (21) no Cairo. Atendendo a um pedido das famílias, os juízes proibiram que fotógrafos registrassem imagens dentro do tribunal.

O caso ganhou a atenção do público porque a prisão dos acusados, ocorrida em 1º de novembro em um banho público onde supostamente seria celebrado o casamento entre dois homens, foi transmitida pelas emissoras de televisão em horário nobre. Na abertura do julgamento, familiares dos acusados discutiram com jornalistas que tentavam fotografar os acusados. Os juízes ordenaram a retirada dos fotógrafos.

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Segundo um funcionário do tribunal que pediu para não ter seu nome revelado, os juízes convocaram um apresentador de televisão para depor na próxima audiência, em 4 de janeiro. Desde o golpe militar que levou ao poder o governo do marechal-de-campo Abdel Fattah al-Sisi, em 2013, grupos de defesa dos direitos humanos dizem que as prisões de pessoas acusadas de serem homossexuais se intensificaram.

Também neste domingo, funcionários do governo egípcio informaram que o general Mohammed Farid el-Tohamy foi afastado do comando do serviço de inteligência do país, Ele será substituído por seu vice, Khaled Fawzy. Não está claro se a remoção de El-Tohamy, que é considerado muito próximo de El-Sisi, significa alguma mudança de política no regime. Fonte: Associated Press.

A embaixada canadense no Cairo fechou as portas nesta segunda-feira por questões de segurança. A decisão aconteceu um dia depois de os britânicos também decidirem fechar a embaixada no país.

Os dois escritórios são vizinhos de porta na região central da cidade. A embaixada norte-americana, que fica a poucos metros dali, continua aberta.

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Três oficiais de segurança do Egito afirmaram que prisões recentes revelaram um plano para atacar essas embaixadas, sequestrar estrangeiros e assassinar figuras públicas. Eles não deram mais detalhes sobre o plano.

Um quarto oficial afirmou que canadenses pediram por mais segurança e que todas as ruas nas proximidades da embaixada fossem fechadas. Autoridades egípcias garantiram mais reforço na segurança, mas não puderam fechar as ruas.

O Egito tem sido alvo de um série de ataques desde o golpe militar que depôs o presidente Mohammed Morsi. Nenhuma das embaixadas revelou quanto tempo permaneceriam fechadas. Fonte: Associated Press.

A polícia egípcia prendeu 33 homens acusados de perversão em uma sauna pública, em uma operação organizada contra a homossexualidade.

No Egito, a homossexualidade não é proibida expressamente, mas em várias ocasiões as autoridades prenderam pessoas acusando-as de "perversão" devido a sua orientação sexual.

Todos as pessoas presas, incluindo o dono do lugar, são egípcios, segundo a promotoria.

Em abril, as autoridades condenaram a oito anos de prisão três homens acusados de perversão e organização de "uma festa libertina".

Segundo pesquisa realizada pelo instituto americano Pew, apenas 3% dos egípcios considerava que "a sociedade devia aceitar as homossexualidade".

Um tribunal egípcio condenou 188 pessoas à morte nesta terça-feira (2) pelo assassinato de 11 policiais em Kerdasa, uma cidade rebelde a oeste de Cairo considerada um reduto militante. É a maior sentença de morte em massa proferida recentemente pelo sistema judicial do país recentemente, apesar das críticas internacionais generalizadas.

O ataque, em que policiais foram mutilados, é considerado um dos mais ataques mais violentos a forças de segurança do país. Ele aconteceu no mesmo dia em que forças de segurança ocuparam brutalmente dois campos de protestos de simpatizantes do presidente deposto islamita Mohammed Morsi, matando centenas de pessoas. Os manifestantes exigiam a reintegração de Morsi, da Irmandade Muçulmana.

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Os réus também foram acusados de tentar matar mais dez policiais, danificarem uma delegacia de polícia, incendiar carros de polícia e possuir armas pesadas. Autoridades de segurança disseram que 143 dos 188 réus estão sob custódia.

A sentença desta terça-feira (2) depende da opinião da autoridade superior religiosa do Egito, o Grand Mufti. O tribunal deve emitir um veredicto final em 24 de janeiro. Os réus podem apelar da decisão. Fonte: Associated Press.

Autoridades do Egito reabriram temporariamente uma passagem de fronteira para a Faixa de Gaza nesta quarta-feira (26), permitindo que os palestinos presos fora do território voltassem para casa. O cruzamento foi fechado em 24 de outubro, quando uma emboscada de militantes matou 31 soldados egípcios perto da cidade fronteiriça de Rafah.

Desde o ataque no último mês, o Egito declarou um estado de emergência de três meses e um toque de recolher na região norte do Sinai. Os soldados também começaram a demolir casas ao longo da fronteira para criar uma zona tampão de segurança e bloquear túneis de contrabando.

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Maher Abu Sabha, diretor do ponto de passagem no lado de Gaza, disse que a travessia seria aberta de quarta para quinta-feira, mas apenas para os que entram em Gaza. Sabha pediu ao governo egípcio para abrir completamente a fronteira nos dois sentidos de tráfego.

Os ataques de militantes contra forças de segurança no Norte do Sinai tem aumentado, particularmente depois da derrubada pelos militares do presidente islamita Mohammed

Morsi, em 2013. Na quarta-feira, homens armados mataram um policial e dois recrutas em El Arish, capital da província do Norte do Sinai, disseram as autoridades, sem informar mais detalhes. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 13 pessoas morreram nesta terça-feira (25) quando um prédio de sete andares ruiu no subúrbio de Matariya, oeste do Cairo, informou a polícia. Autoridades disseram que oito moradores do prédio ficaram feridos quando o prédio caiu, na manhã de hoje. Equipes de resgate procuravam possíveis sobreviventes em meio aos escombros. Vários prédios próximos foram esvaziados.

As autoridades, que falaram em condição de anonimato, porque não estão autorizados a falar com a imprensa, disseram que o desmoronamento foi provocado pelo acréscimo de andares sem autorização. Vizinhos disseram que quatro andares foram construídos ilegalmente, sobre a estrutura de um edifício antigo.

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O desmoronamento de prédios é comum no Egito, onde construções de má qualidade são fáceis de encontrar nas favelas, bairros pobres e áreas rurais. Com a falta de moradias e a negligente fiscalização do governo, empreiteiras que buscam lucros maiores costumam construir sem autorização. Fonte: Associated Press.

A seleção da África do Sul fez, neste sábado, uma emocionada homenagem ao goleiro Senzo Meyiwa, morto no mês passado. Na primeira partida sem o capitão, em Durban, sua cidade natal, o time sul-africano venceu o Sudão por 2 a 1 e garantiu a classificação para a Copa Africana de Nações do ano que vem.

Antes da partida, os jogadores da África do Sul usaram camisetas brancas em homenagem ao goleiro, morto em um aparente assalto à sua casa em Johanesburgo, em 26 de outubro. A seleção do Sudão, por sua vez, entrou em campo carregando uma foto de Meyiwa. "Eu apenas gostaria que ele estivesse aqui com a gente. Sua memória seguirá viva", disse Darren Keet, agora o novo goleiro titular da seleção sul-africana.

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Em quatro jogos pelas Eliminatórias da Copa Africana de Nações, Meyiwa não havia tomado gols. Em homenagem a ele, o jogo deste sábado aconteceu em Durban, perante mais de 30 mil torcedores, muitos carregando fotos e faixas sobre o ex-goleiro. Thulani Serero e Tokelo Rantie marcaram ainda no primeiro tempo e garantiram a vitória.

Com o resultado, a África do Sul foi a 11 pontos, na liderança do Grupo A, a uma rodada do fim das Eliminatórias. A segunda vaga será disputada entre Nigéria e Congo, que têm sete pontos. Neste sábado, os nigerianos venceram os congoleses por 2 a 0 com gols de Uche (de pênalti) e Olanare. Na quarta, a Nigéria recebe a África do Sul e o Congo vai até o Sudão.

A rodada garantiu a classificação de outros cinco times: Camarões, Zâmbia, Senegal, Burkina Faso e Gabão para a Copa Africana que será disputada em Guiné Equatorial depois da desistência de Marrocos, que abriu mão da organização do torneio, entre janeiro e fevereiro do ano que vem, por temor pela entrada do Ebola no país.

Quatro vezes campeão, Camarões fez 1 a 0 na República Democrática do Congo, em casa, com gol de Vincent Aboubakar, e chegou aos 13 pontos no Grupo D. Costa do Marfim, com nove, aparece na segunda posição e recebe os camaroneses na quarta. O Congo, com seis, recebe a eliminada Serra Leoa e precisa vencer, sonhando com uma das duas vagas para os melhores terceiros colocados.

O Grupo C já está definido. Burkina Faso fez 1 a 0 em Lesoto e chegou aos 10 pontos, enquanto o Gabão foi a nove ao empatar sem gols com Angola. Com cinco, os angolanos ainda têm chances de avançar pelos critérios técnicos.

Pelo Grupo E, Gana decepcionou e perdeu de Uganda, por 1 a 0, fora de casa, enquanto Togo foi goleado por 4 a 1 por Guiné, como mandante. Agora a chave embolou: Gana (oito pontos), Uganda (sete), Guiné (sete) e Togo (seis) podem se classificar. Na quarta tem Gana x Togo e Guiné x Uganda. Guiné, vale lembrar, é um dos países mais afetados pelo Ebola.

Maior campeão da Copa Africana, o Egito perdeu em casa por 1 a 0 para Senegal e se complicou. O resultado fez Senegal garantir a classificação, com 10 pontos, num grupo em que a Tunísia (11) já estava classificada. Com seis pontos, o Egito vai a Monastir (Tunísia) na quarta e precisa vencer para seguir sonhando em conseguir a vaga como um dos dois melhores terceiros colocados.

Líder do Grupo F e já classificada, Cabo Verde fez 3 a 1 em Níger e chegou aos 12 pontos, contra oito da Zâmbia, que fez 1 a 0 em Moçambique e foi a oito, garantindo a classificação. Moçambique (cinco) ainda briga nos critérios técnicos, enquanto Níger está eliminada.

Por fim, pelo Grupo B, a Argélia manteve os 100% de aproveitamento ganhando da Etiópia por 3 a 1. Mali poderia garantir a segunda vaga, mas perdeu por 2 a 0 de Malavi, fora de casa, ficando os dois times com seis pontos, enquanto a Etiópia tem três. Na última rodada, Mali recebe a Argélia.

A explosão de uma bomba a bordo de um trem ao norte de Cairo deixou quatro mortos, incluindo dois policiais, e nove feridos, afirmaram autoridades nesta quinta-feira (6). É o ataque mais recente de supostos militantes islâmicos que lutam contra o governo do presidente Abdel Fattah El Sissi.

A explosão ocorreu na noite de quarta-feira no Delta do Nilo, afirmaram três autoridades. Também na mesma noite, três pessoas ficaram feridas quando uma bomba caseira explodiu a bordo de um trem em Al Margno, no subúrbio do Cairo.

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Na quinta-feira de manhã, uma mulher ficou levemente ferida após um explosivo caseiro explodir perto de uma das instalações presidenciais do Cairo, o palácio de Al Quba, afirmaram funcionários , falando sob condição de anonimato.

Ninguém reivindicou imediatamente a responsabilidade por instalar qualquer uma das três bombas, mas os ataques tinham as marcas de militantes islâmicos que combatem o governo de El Sissi, um general que assumiu o cargo político em junho, quase um ano depois de liderar a derrubada militar do presidente islamita Mohammed Morsi.

O ataque ao trem no Delta do Nilo ocorreu horas depois de El Sissi nomear o ex-ministro do Interior, Ahmed Gamal Eddin, como conselheiro de Segurança e o diplomata de carreira e ex- ministro do Gabinete, Faiza Aboul Naga, como Conselheiro Nacional de Segurança. Fonte: Associated Press.

Cerca de 200 jornalistas egípcios rejeitaram uma recente declaração política de editores de jornais se comprometendo com um apoio ao Estado e banindo críticas à polícia, aos militares e ao judiciário em suas publicações.

Em um comunicado publicado no domingo em redes sociais, os jornalistas disseram que enfrentar o terrorismo era tanto um dever quanto uma honra, mas não tem a ver com a renúncia voluntária da liberdade de expressão.

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"Resistir ao terrorismo com uma imprensa algemada e boca fechada significa oferecer a nação ao extremismo como uma presa fácil", diz um trecho do comunicado.

Oficiais de segurança confirmaram a autenticidade do comunicado, explicando que os jornalistas que o assinaram representam espectro amplo de ideologias, do islamita ao esquerdista ou ao secularista. Os oficiais falaram sob condição de anonimato, porque não estavam autorizados a falar com a imprensa. Fonte: Associated Press.

A Justiça do Egito condenou oito homens neste sábado por "incitação ao deboche" com a alegação de que eles teriam participado de uma festa de casamento homossexual num barco no rio Nilo. Eles foram sentenciados a três anos na prisão.

Um vídeo na internet mostra dois homens trocando alianças e recebendo cumprimento de amigos. Os oito envolvidos foram detidos em setembro quando um comunicado da procuradoria afirmou que o vídeo era "vergonhoso para Deus" e "ofensivo à moral pública".

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O Egito é um país conservador de maioria muçulmana e com uma minoria de cristãos. A homossexualidade é um tabu social para ambas as comunidades e apenas nos últimos anos filmes e outros produtos de ficção passaram a incluir personagens gays. Relações homossexuais consensuais não são explicitamente proibidas, mas outras leis têm sido usadas para condenação de homens gays, incluindo "deboche" ou "atos públicos desavergonhados". São desconhecidas informações sobre a realização casamentos homossexuais no Egito.

O veredicto foi recebido com gritos de protestos por parentes dos condenados esperando do lado de fora do tribunal. Alguns deles choraram enquanto outros diziam que exames realizados por médicos estatais mostraram que os acusados não eram homossexuais.

A decisão é mais uma ofensiva de autoridades contra gays e ateus. A campanha ainda mira liberais e ativistas pró-democracia, além de violadores de uma lei que pune protestos de rua.

A Human Rights Watch afirmou em setembro que autoridades egípcias têm repetidamente prendido e torturados homens que têm relações homossexuais consensuais. A entidade condenou as condenações e as considerou parte de crescente campanha de intolerância. Fonte: Associated Press.

Um tribunal do Cairo condenou neste sábado a três anos de prisão oito jovens acusados de aparecer em um vídeo de um "casamento gay", que se tornou viral na internet. Os oito egípcios eram processados por "incitação à libertinagem e ofensa à moral pública".

O vídeo mostra um casal homossexual comemorando o casamento em um barco no rio Nilo ao lado de amigos. As imagens mostram o momento da troca de alianças, quando os presentes cantam em homenagem ao casal.

Autoridades egípcias determinaram nesta terça-feira que moradores ao longo da fronteira leste do país com a Faixa de Gaza deixassem o local. O objetivo é demolir as casas e construir uma zona tampão para impedir o tráfico de armas e de combatentes entre o Egito e o território palestino, de acordo com autoridades.

A medida foi adotada quatro dias após militantes atacaram um posto do Exército egípcio, deixando pelo menos 31 soldados mortos na região rebelde no norte da Península do Sinai. Após o ataque, o Egito declarou estado de emergência e toques de recolher. As autoridades também fecharam indefinidamente a fronteira com Gaza, a única passagem não israelense para a faixa de terra.

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A zona tampão vai incluir trincheiras cheias de água para impedir a escavação de túneis. Ela terá 500 metros de largura estendidos ao longo do 13 quilômetros.

Oficiais do Exército conversaram com moradores e deram inicialmente 48 horas para que deixassem a área, mas tiveram de rever o prazo após protestos. Grupos de residentes estão negociando com autoridades locais a extensão da data.

Forças egípcias lançaram uma ofensiva no norte do Sinai contra militantes islâmicos que transformaram várias áreas em fortalezas nos últimos três anos, destruindo muitos dos túneis que conectam a região com Gaza. Fonte: Associated Press.

O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, afirmou neste sábado (25) que o ataque contra uma base militar na Península de Sinai que matou 30 soldados foi uma "operação financiada por estrangeiros". Ele prometeu agir contra os militantes responsáveis.

Em depoimento antes do funeral dos oficiais mortos, el-Sisi disse que forças estrangeiras querem "prejudicar o Egito", sem dar mais detalhes. Ele prometeu tomar medidas drásticas para erradicar os militantes e afirmou que o Egito está engajado em uma "guerra extensiva" que durará um longo tempo.

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O Egito declarou estado de emergência e impôs um toque de recolher entre as 17h e as 7h na parte norte da península de Sinai após o ataque de sexta-feira, considerado o mais mortal contra o Exército do país em décadas. A ofensiva envolveu lançadores de granadas, explosivos posicionados em estradas e um carro-bomba, possivelmente detonado por um extremista suicida.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas autoridades afirmaram que a ofensiva apresenta características do grupo militante Ansar Beit al-Maqdis. A organização já realizou diversos ataques contra as forças de segurança egípcias desde que o Exército derrubou o presidente islâmico Mohammed Morsi no ano passado.

Segundo el-Sisi, o objetivo da ofensiva era "destruir a disposição do Egito, dos egípcios e do Exército, que é considerado um pilar do Egito." "Tudo o que está ocorrendo conosco já era conhecido, nós esperávamos isso e discutimos isso antes de 3 de julho", ele disse, referindo-se ao dia da derrubada de Morsi no ano passado. Na época, el-Sisi era ministro da Defesa e chefe do exército.

Na manhã deste sábado, o presidente liderou uma reunião extraordinária do Conselho Supremo das Forças Armadas para discutir os desenvolvimentos recentes em Sinai. O conselho publicou declaração reafirmando a determinação das forças armadas "para erradicar o terrorismo dessa parte preciosa do Egito". "O Conselho concordou com um plano formulado pelas forças armadas para combater o terrorismo em Sinai e outras áreas estratégicas", afirmou o depoimento. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Conselho de Defesa Nacional do Egito declarou um estado de emergência de três meses na parte norte da Península do Sinai após um ataque coordenado matar 30 soldados nesta sexta-feira (24). Em uma declaração feita na rede de televisão estatal, o conselho liderado pelo presidente egípcio Abdel-Fattah El-Sissi também ordenou um toque de recolher de três horas a partir de sábado em áreas próximas às fronteiras do Egito com Israel e à Faixa de Gaza.

O episódio desta sexta-feira foi o pior ataque individual em décadas contra o Exército do Egito, que tem se esforçado para conter a onda de violência por parte de extremistas islâmicos desde a derrubada do presidente muçulmano Mohammed Morsi. A TV estatal egípcia também informou o fechamento da passagem de Rafah, destinada a não israelenses, na Faixa de Gaza. Fonte: Associated Press.

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Tropas da polícia egípcia apoiadas por veículos blindados invadiram duas das mais importantes universidades do país para reprimir protestos dos estudantes contra o governo do marechal-de-campo Abdul Fatah al-Sisi. Os protestos aconteceram na Universidade do Cairo e na Universidade Al-Azhar, onde os estudantes destruíram os detectores de metais instalados recentemente nas entradas.

Antes do início do ano letivo, nesse sábado (11), o governo instalado após o golpe militar de julho do ano passado intensificou as medidas de controle nas universidades na tentativa de evitar o ressurgimento de protestos por democracia organizados sobretudo por defensores de Mohammed Morsi, o presidente que havia sido eleito em junho de 2012 e acabou sendo derrubado. No ano passado, pelo menos 16 estudantes foram mortos por soldados ao participar dos protestos.

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O porta-voz dos manifestantes, Youssef Salhen, disse que houve confronto com policiais neste domingo (12) do lado de fora do campus da Universidade Al Azhar. Segundo ele, os estudantes destruíram detectores de metais, descritos como "medidas repressivas", e que as restrições impostas pelo regime militar não deverão impedir novas manifestações.

"O movimento de protesto dos estudantes não vai parar. Queremos que nossa voz seja ouvida, que todos saibam que os estudantes do Egito não aceitam o golpe e o governo militar. Se não protestamos, parece que tudo está OK", afirmou Salhen. Ele informou que pelo menos 40 estudantes foram presos em suas casas nos dias anteriores aos protestos deste domingo, que foram convocados com antecedência.

Um oficial das forças de segurança disse que pelo menos seis manifestantes foram presos na Universidade Al-Azhar, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para reprimir os estudantes. Outros sete estudantes foram presos na Universidade do Cairo. Segundo o oficial, os estudantes usaram fogos de artifício e destruíram pelo menos seis detectores de metais nas duas universidades.Fonte: Associated Press.

O presidente do Egito, general Abdel-Fattah el-Sissi, disse neste sábado que está preparado para dar todo o suporte na luta contra o Estado Islâmico, mas disse que é necessária uma "estratégia abrangente" para lidar com o extremismo religioso na região.

Em sua primeira entrevista para um veículo de imprensa estrangeiro desde que assumiu o cargo, El-Sissi procurou mostrar para a Associated Press que ele e o Egito estão na vanguarda do combate ao extremismo, citando esse fator para o golpe liderado por ele, que derrubou o presidente islâmico Mohammed Morsi no ano passado. Ele disse que os egípcios perceberam o perigo do "Islã político" e que, se não tivesse agido, a nação mais populosa do mundo árabe estaria enfrentando uma guerra civil, como acontece agora no Iraque e na Síria.

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"Eu alertei sobre esse grande perigo um ano atrás. Mas isso não estava claro para as outras pessoas até os eventos no Iraque, quando o Estado Islâmico varreu boa parte do país", disse o presidente egípcio. Questionado se seu país poderia oferecer acesso ao espaço aéreo ou suporte logístico para os ataques contra o Estado Islâmico, ele disse que fará "o que for necessário", mas não deu mais detalhes. El-Sissi descartou o envio de tropas por terra, afirmando que o Exército do Iraque é forte o bastante para lidar com os insurgentes.

Na entrevista, realizada no palácio presidencial Heliopolis, o general disse que é preciso adotar uma estratégia mais ampla para lidar com o extremismo religioso na região, que envolveria o combate à pobreza e a melhoria da educação. Referindo-se ao próprio país, ele alegou que a Irmandade Muçulmana teve uma chance de governar o Egito, mas "escolheu o confronto" contra os manifestantes, que pediam a renúncia de Morsi.

Desde que tomou o poder, em julho de 2013, El-Sissi promoveu uma forte perseguição aos membros da Irmandade Muçulmana, que foi declarado um movimento terrorista. Mais de 1 mil foram mortos e outros 20 mil foram presos. Mesmo assim, o general diz que o grupo poderia voltar à política, caso renuncie à violência. "Para qualquer um que não use a violência, o Egito é muito piedoso. A chance para a participação na política existe".

O presidente também disse que não pode interferir na decisão da Justiça sobre o caso de três jornalistas da rede de televisão Al-Jazeera que foram condenados a sete anos de prisão por supostamente incentivar o terrorismo. O julgamento foi considerado uma farsa por grupos de defesa dos direitos humanos e atraiu fortes críticas da comunidade internacional. "Se o Egito quiser um Judiciário independente, não podemos aceitar críticas ou comentários sobre as decisões", afirmou. Fonte: Associated Press.

Um tribunal do Egito condenou neste sábado cinco réus à pena de morte, acusados de formar um grupo terrorista e atacar uma igreja, matando um policial. Segundo a agência estatal de notícias MENA, outros dois acusados foram condenados a prisão perpétua. Três dos réus foram julgados in absentia, o que significa que haverá automaticamente um novo julgamento se eles forem capturados ou se entregarem.

O Egito tem registrado um aumento nos ataques étnicos desde a queda do presidente islâmico Mohammed Morsi, em 2013. O governo militar que tomou o poder com um golpe de Estado acusa o grupo político de Morsi, a Irmandade Muçulmana, de incentivar a violência. Fonte: Associated Press.

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Das 500 pessoas que partiram do Egito na esperança de chegar à Itália, apenas dez sobreviveram ao que se anuncia como o pior naufrágio dos últimos anos, afirmou nesta terça-feira (16) a Organização Internacional para Migrações (OIM).

"O número de pessoas que morrem perto do litoral europeu é indignante e inaceitável", declarou o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing, em um comunicado.

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As equipes de socorro encontraram apenas dez sobreviventes e três corpos depois deste naufrágio no Mediterrâneo, que, aparentemente, foi criminoso, acrescentou a fonte. Quatro sobreviventes recebidos na Grécia confirmaram à OIM o testemunho de dois palestinos resgatados na Itália, segundo os quais o barco afundou depois de um ato de sabotagem de outra embarcação, de traficantes.

De acordo com os depoimentos, os traficantes obrigaram os imigrantes a trocar várias vezes de embarcação. Quando os passageiros se rebelaram, os traficantes, que estavam em outra embarcação, avançaram contra o barco dos imigrantes, e provocaram o naufrágio.

Com este naufrágio e as dezenas de desaparecidos de outro barco que afundou no domingo, perto da Líbia, o número de imigrantes mortos ou desaparecidos este ano se aproxima dos 3.000, ou seja, quatro vezes mais que o registrado em 2013 (700 mortos), segundo a OIM.

A promotoria de Catânia, na Sicília, abriu uma investigação judicial. Segundo a marinha de Malta, a tragédia aconteceu na quarta-feira 300 milhas náuticas (555 km) a sudeste de seu litoral, em águas internacionais.

O navio teria partido em 6 de setembro de Damiette, no Egito, com 500 pessoas a bordo, entre sírios, palestinos, egípcios e sudaneses.

"Calculamos que 15 palestinos (de Gaza) que tentavam imigrar para a Itália morreram afogados e que dezenas mais continua na lista de desaparecidos", declarou nesta terça-feira Fayez Abu Eita, um porta-voz do Fatah em Gaza.

As equipes de socorro, coordenadas pelas autoridades maltesas, conseguiram encontrar dez imigrantes e três corpos, segundo um balanço estabelecido pela OIM na Itália, Grécia e Malta.

Seis dos sobreviventes com hipotermia - três palestinos, um egípcio, uma síria de 19 anos e uma menina de dois anos - foram levados de helicóptero na noite de sexta-feira para o hospital mais próximo, em La Canea, na ilha grega de Creta.

Sob a pressão da crise no Oriente Médio e na África, a anarquia deixa o caminho livre para a atuação de organizadores clandestinos dessas viagens precárias e destinadas a tragédias.

A Marinha italiana informou na segunda-feira ter resgatado 2.380 pessoas durante o fim de semana, como parte do vasto programa "Mare Nostrum" criado após a morte de mais de 400 imigrantes em dois naufrágios em outubro.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 130.000 pessoas chegaram à Europa - principalmente na Itália - pelo mar desde 1o. de janeiro passado, ou seja, mais que o dobro durante todo ano de 2013.

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