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A violência sexual contra as mulheres continua a ser um flagelo no Egito, onde centenas foram abusadas ​​desde 2011, especialmente durante manifestações, sem que os responsáveis ​​por esses atos tenham sido processados​​, de acordo com um relatório de ONGs divulgado nesta quarta-feira.

"Os seguidos governos egípcios não combateram a violência contra as mulheres, e isso tem implicações importantes para a (sua) participação na transição política do país", ressalta este relatório das organizações de defesa dos direitos Humanos.

Numerosos ataques sexuais foram registrados durante os protestos que marcaram a revolta que derrubou Hosni Mubarak há três anos, sob o regime militar que assegurou a transição, e depois sob a presidência do islamita Mohamed Mursi, destituído pelo Exército no dia 3 de julho.

Entre novembro de 2012 e janeiro de 2014, 250 casos foram relatados, incluindo uma grande parte nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo, local emblemático das revoltas anti-Mubarak e anti-Mursi, segundo o relatório.

"As sobreviventes e testemunhas relataram o mesmo tipo de abordagem: dezenas de homens cercam (as vítimas), rasgam suas roupas e apalpam seus corpos".

"Algumas foram estupradas por vários agressores, muitas vezes armados com paus, pás e outras armas".

"No entanto, até março de 2014, nenhum dos criminosos foi levado perante a justiça", denunciam as organizações, incluindo a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).

O relatório inclui o testemunho de várias vítimas.

"Os homens agiram como leões sobre um pedaço de carne, suas mãos estavam por todo o meu corpo e sob minhas roupas rasgadas", disse uma delas, agredida durante uma manifestação em junho de 2012.

"Vários homens me estupraram ao mesmo tempo. De repente, eu estava no chão e os homens puxavam meu cabelo, pernas e braços que continuam a me estuprar", acrescenta ela.

As organizações de defesa dos direitos Humanos acusam as autoridades militares no poder de não realizar uma investigação para perseguir os agressores, sejam "atores estatais ou civis".

"Medidas (...) são requisitadas para proteger e promover o direito das mulheres a viver sem violência" e "a participar na construção do futuro do Egito", insistiu o diretor executivo da Nazra for Feminist Studies, Mozn Hassan.

Uma bomba caseira explodiu próximo a posto de polícia em uma ponte sobre o Rio Nilo, no centro do Cairo, na manhã desta terça-feira. O incidente feriu dois policiais e um civil.

A polícia isolou o local da explosão e uma equipe antibomba vasculhou a área para se certificar de que não havia outros explosivos, disseram policiais que pediram para não serem identificados.

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Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo incidente. Fonte: Associated Press.

Um tribunal do Egito acusou quatro homens de cometer atos homossexuais e os sentenciou até oito anos de prisão, informou um funcionário da corte do país nesta segunda-feira (7). A corte de delitos menores do país emitiu sua decisão nesta segunda-feira. A polícia prendeu os homens por organizarem festas nas quais, segundo os oficiais, haviam atos homossexuais e foram encontradas roupas e maquiagens femininas.

Três dos quatro homens receberam uma pena de oito anos de prisão e um deles terá de enfrentar trabalhos forçados por três anos. Em 2011, 52 homens foram acusados de serem gays e atraíram grande atenção internacional e as críticas de grupos defensores de direitos humanos.

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A lei do Egito não faz referência específica à homossexualidade, porém condena os atos de "libertinagem", nos quais, na interpretação de juízes do país, os gays se enquadrariam. Fonte: Associated Press.

Uma rixa entre um clã árabe e uma família da Núbia no Sul do Egito deixou pelo menos 23 mortos em dois dias de conflito, disseram funcionários do governo e testemunhas neste sábado.

Um comunicado do Ministério do Interior informou que os combates eclodiram na província de Assuã, após assédio a uma menina e estudantes dos dois grupos fazerem pichações ofensivas em uma escola local.

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Assassinatos por vingança são comuns no sul do Egito, onde violações à honra muitas vezes provocam violência, enquanto forças de segurança não atuam para contê-la.

Autoridades disseram que mais de uma dezena de escolas na região dos conflitos será fechada por tempo indeterminado até que a calma seja restaurada.

Um funcionário da secretária de Saúde, Mohammed Azmi, afirmou à emissora de TV CBC que 23 pessoas foram mortas e 12 estão em estado crítico. Mas um comunicado do governo local informou que havia 31 feridos.

Fonte: Associated Press

A comissão eleitoral do Egito anunciou neste domingo (30) que a eleição presidencial será realizada nos dias 26 e 27 de maio, com o ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi visto como candidato principal.

A eleição terá um segundo turno se não houver um vencedor claro, mas esse resultado parece improvável tendo em vista a popularidade de Sisi após o Exército derrubar o presidente islamita Mohamed Morsi, em julho do ano passado, e a ausência de outros candidatos sérios. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Centenas de estudantes universitários, em sua maioria islâmicos, protestaram nesta quarta-feira contra as sentenças de morte emitidas a mais de 520 pessoas suspeitas de ligação com o ex-presidente Mohammed Morsi.

Na Universidade do Cairo, centenas de estudantes que tentaram invadir o campus foram recebidos com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia. Khadiga el-Kholy, uma estudante que participa dos protestos, disse que a polícia não deu avisos de que começaria a atacar, o que fez com muitos alunos se ferissem ao tentar fugir das bombas.

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Os estudantes reagiram jogando pedras e fogos de artifício, o que formou uma batalha campal no meio da rua. Imagens das emissoras de TV mostraram policiais à paisana detendo manifestantes, tirando-lhes as máscaras e apreendendo com eles bombas de efeito moral.

"Nós queríamos que os nossos protestos crescessem por conta dessas sentenças de morte, entre as quais incluem as de estudantes universitários", disse el-Kholy, acrescentando que os manifestantes tentaram invadir uma praça pública nas proximidades do campus. "Queremos quebrar as barreiras que as forças de segurança impuseram em todas as praças da cidade."

Na cidade de Zagazig, no delta do Nilo, a polícia informou que os estudantes pró-Morsi danificaram a fachada de um prédio administrativo da universidade local e entraram em confronto com manifestantes rivais. O confronto causou a prisão de oito pessoas.

A onda de protestos estudantis começou após um tribunal da cidade de Minya condenar mais de 520 islâmicos à morte por terem conexão com um ataque a uma delegacia de polícia no ano passado, que causou a morte de um policial. Os veredictos foram dados após um julgamento que teve apenas duas sessões e no qual a defesa não foi autorizada a apresentar suas alegações. Fonte: Associated Press.

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A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que a condenação em massa no Egito é um atentado ao direito internacional. Nesta terça-feira (25), outros 683 partidários do presidente deposto Mohamed Morsi tiveram o julgamento iniciado na capital Cairo.

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''Estamos extremamente preocupados com essa situação no Egito. É claramente uma violação do direito internacional'', informou o porta-voz das Nações Unidas, Rupert Colville. Na segunda-feira (24), 529 partidários de Mussi foram condenados a morte por atos de violência.







Um ataque ao posto de controle do Exército egípcio no Cairo neste sábado deixou seis soldados mortos, o que representa uma escalada na violência a alvos militares, segundo informaram autoridades do país. O governo do Egito responsabilizou a Irmandade Muçulmana pelo atentado.

O ataque foi realizado por homens armados logo pela manhã, quando parte dos soldados ainda estaria dormindo. Parte das vítimas foi encontrada ainda na cama. Poucos dias antes, homens mascarados abriram fogo contra um ônibus cheio de policiais militares dentro dos limites da capital do Egito.

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O chefe de segurança local, o major-general Mahmoud Yousri, disse à agência de notícias estatal MENA que os pistoleiros também plantaram explosivos após o ataque deste sábado, mas o esquadrão antibombas foi chamado e desativou o equipamento. Segundo o militar, a autoria do ataque é da Irmandade Muçulmana. Ele classificou o grupo como "terrorista" e disse que o objetivo das bombas era atingir as equipes de resgate.

O porta-voz das Forças Armadas do Egito, o coronel Ahmed Mohammed Ali, disse, em sua página oficial no Facebook, que "essas operações covardes só irão aumentar a nossa determinação em continuar com a guerra contra o terrorismo".

As autoridades egípcias afirmam que a Irmandade Muçulmana orquestrou uma série de atentados a bomba contra policiais e outras forças de segurança após a derrubada do presidente Mohammed Mursi, que pertencia ao grupo islâmico. Fonte: Associated Press.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, emitiu um decreto que aprova a próxima eleição presidencial, abrindo caminho para a votação. A comissão eleitoral ainda deverá definir uma data para a votação, que poderá ser em abril.

Mansour decretou que as decisões da comissão eleitoral são protegidas contra desafios legais, uma questão controversa em que dois dos principais tribunais do Egito tinham se posicionado em direções opostas.

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O chefe militar do país, o marechal Abdel-Fattah el-Sissi, é amplamente esperado para declarar sua candidatura em breve e, se isso ocorrer, a previsão é que a autoridade vença a disputa. Fonte: Associated Press.

Uma equipe de arqueólogos egípcios, espanhóis e italianos descobriu no Egito um túmulo de 3.500 anos, do chefe da cavalariça real de um faraó da 18ª dinastia, anunciou nesta terça-feira (4) o ministério egípcio das Antiguidades.

A tumba de "Maai", um importante funcionário da 18ª dinastia, que reinou no Egito há 3.500 anos, foi encontrada em Luxor, no sul do Egito, quando os arqueólogos realizavam escavações em outro túmulo no sítio faraônico na margem ocidental do Nilo.

Maai, que administrava a cavalariça do exército, também era responsável pelas fazendas reais e pelos depósitos de alimentos, indicou o funcionário do ministério das Antiguidades, Ali El-Asfar.

"As inscrições são muito importantes, pois dão informações sobre a vida cotidiana da pessoa enterrada, sua família e o modo de vida de um funcionário de alto escalão da época", indicou outro funcionário do ministério, Abdel Hakim Karar.

Uma das pinturas mortuárias mostra Maai e sua esposa Nefret, outra representa homens e mulheres ao redor de um banquete, e uma terceira cenas dos sacrifícios rituais, indicaram as fontes. Luxor, cidade do sul do Egito de 500.000 habitantes, é famosa por seus templos faraônicos às margens do Nilo.

O chefe do Exército do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, disse nesta terça-feira (4) que não pode "virar as costas" se a maioria dos egípcios deseja que ele concorra à Presidência e que tomará medidas oficiais em breve, informaram meios de comunicação estatais.

Os comentários de el-Sissi, feitos em um discurso para cadetes militares e reportados pela agência estatal de notícias Mena, são os mais indicativos até agora de sua intenção de concorrer.

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Autoridades próximas a ele disseram que o marechal deixará o cargo de ministro da Defesa após a aprovação de uma lei para regulamentar a eleição esperada para esta primavera. A lei deverá ser aprovada pelo presidente interino Adly Mansour esta semana ou na próxima.

O militar liderou a derrubada em julho do primeiro presidente democraticamente eleito do país, Mohammed Morsi, após protestos populares contra o líder islâmico. Fonte: Associated Press e Dow Jones.

Um tribunal egípcio proibiu nesta terça-feira as atividades do grupo militante palestino Hamas, que governa a vizinha Faixa de Gaza e ordenou que os ativos da organização sejam confiscados, informou uma fonte judicial. A medida deve alimentar as tensões entre o governo egípcio, apoiado pelos militares, e o grupo islâmico.

As relações entre o Egito e o Hamas se deterioraram bastante desde que as Forças Armadas derrubaram Morsi, em julho do ano passado. O governo interino egípcio afirma que o Hamas tem um importante papel na insurgência de militantes na região da Península do Sinai, que faz fronteira com Gaza e Israel.

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Em Gaza, Izzat Rishq, graduado integrante do Hamas, condenou a decisão judicial, dizendo que o movimento vê a ação como uma "decisão política" contrária ao povo palestino e à sua resistência. As declarações foram feitas por meio de comunicado enviado por e-mail.

A decisão deste terça-feira, tomada pelo Tribunal de Assuntos Urgentes, foi resultado de um caso aberto por um advogado egípcio que quer que o Hamas seja considerado uma organização terrorista e a suspensão de todas as relações com o grupo. A decisão judicial, porém, não declara diretamente o grupo como uma organização terrorista.

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmy, disse em coletiva de imprensa previamente marcada, que não estava ciente da decisão, mas afirmou que "qualquer um que tome ações que tenham implicações em nossa segurança representa uma preocupação para nós", respondeu ele quando perguntado sobre as relações entre Egito e Hamas.

As autoridades egípcias também destruíram muitos dos túneis abertos sob a fronteira entre Egito e Gaza que são usados pelos palestinos do território para contrabandear um grande quantidade de bens do Egito, dentre eles gasolina e medicamentos.

O Hamas tem fortes relações com a Irmandade Muçulmana e os dois grupos estreitaram suas ligações durante o período em que Morsi esteve no poder.

Morsi e muitos de seus companheiros da Irmandade estão presos e são acusados de uma série de crimes, muitos dos quais podem levá-los a pena de morte. Dois dos casos envolvem membros do Hamas, acusados de ajuda Morsi e outros integrantes da Irmandade de escapar da prisão em 2011. O ex-presidente e seus companheiros também são acusados, em outro processo, de vazar segredos de Estado para o Hamas.

O advogado que abriu o caso, Samir Sabry, disse que a decisão significa que qualquer integrante do Hamas que esteja no Egito perdeu toda a proteção legal para sua permanência e deve detido. Fonte: Associated Press.

O Tribunal Penal do Cairo condenou 26 pessoas nesta quarta-feira (26) por formação de um grupo terrorista para lançar um ataque contra o Canal de Suez. Quase todos receberam sentenças de morte à revelia.

O veredicto foi anunciado após os juízes realizarem apenas uma sessão para analisar o caso. Um dos acusados, menor de 18 anos, não recebeu sentença de morte, conforme um comunicado da corte anunciando o veredicto. A nota não apresentou outros detalhes sobre a decisão.

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Cortes no Egito costumam dar a sentença máxima para aqueles condenados à revelia. No entanto, uma vez capturados, os réus recebem um novo julgamento automaticamente.

Os promotores acusaram o grupo de planejar ataques a navios que passavam através do canal e a outros alvos, como prédios de autoridades de segurança, turistas estrangeiros, cristãos e policiais.

O Egito tem sido atingido por uma onda de atentados e ataques suicidas desde o golpe militar que derrubou o primeiro presidente eleito do país, Mohammed Morsi, em julho. As forças de segurança egípcias lançaram uma ofensiva contra os apoiadores de Morsi, que vêm promovendo manifestações em massa denunciando o golpe militar e exigindo que ele seja reempossado. Centenas de pessoas foram mortas e milhares foram presas neste verão. O governo interino qualificou o partido de Morsi, Irmandade Muçulmana, como organização terrorista, responsabilizando-o pelos recentes ataques. Fonte: Associated Press.

Autoridades egípcias acusaram o ex-presidente da Irmandade Muçulmana de formar uma ala militar para organizar ataques a forças de segurança em uma província do sul. Isso colocaria mais uma sombra sobre a já difícil situação na segurança do país árabe mais populoso do mundo, impactado por uma série de ataques com bombas desde que o Exército expulsou o ex-presidente Mohammed Morsi em um golpe apoiado pela população em julho do ano passado.

A Irmandade Muçulmana sempre condenou oficialmente a violência e acusou as autoridades de orquestrarem ataques para justificarem a repressão, que apenas se intensificou desde que o governo interino classificou a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista. Um grupo inspirado na Al-Qaeda, à leste da Península do Sinai, tem assumido a responsabilidade pela maioria dos ataques nos últimos meses.

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A acusação do governo, no domingo, ocorre em meio ao que analistas percebem como uma crescente insurgência por antes pequenos e desconhecidos grupos, que usam armas como coquetéis molotov e granadas caseiras, contra forças de segurança. Os analistas dizem que esses grupos foram formados por apoiadores de Morsi.

O suposto braço armado da Irmandade Muçulmana foi descrito como sendo baseado na cidade de Beni Suef, a 115 quilômetros ao sul de Cairo. O porta-voz do Ministério do Interior Hani Abdel-Latif nomeou 12 pessoas que diz pertencer ao grupo e disse ter prendido cinco deles.

Em discurso televisionado, Abdel-Latif transmitiu um vídeo que alegou ser a confissão de um dos presos, que se identificou como parte de um grupo que matou cinco policiais em ataques de motocicletas no último mês. Ele disse ser filho de um líder da Irmandade Muçulmana e que recebeu treinamento para utilizar armas. Fonte: Associated Press.

Um grupo de militantes formado há pouco tempo assumiu a responsabilidade por um ataque a bomba ontem a um posto de controle da polícia egípcia na cidade de Giza, que feriu seis pessoas. Enquanto isso, o Ministério da Saúde egípcio disse neste sábado que o número de mortos em confrontos no dia anterior entre manifestantes islâmicos e forças de segurança subiu para três pessoas. Mais cedo, a informação oficial era de que duas pessoas tinham morrido. O ministério ratificou que outras 10 pessoas ficaram feridas.

Os confrontos eclodiram na capital e em outras províncias após apoiadores da Irmandade Muçulmana terem ido novamente às ruas para protestar contra o governo apoiado pelos militares. A polícia se mobilizou para dispersá-los. Tanto a violência de rua como os ataques de militantes, que têm como alvo as forças de segurança, aumentaram desde que o presidente islâmico Mohammed Morsi foi deposto em golpe militar em julho, na sequência de manifestações pedindo a sua saída.

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A maioria dos ataques foi reivindicada por um grupo militante inspirado na Al-Qaeda com base no Sinai. Mas, recentemente, apareceu um novo grupo rebelde, Ajnad Misr (em árabe, Soldados do Egito). Em um comunicado publicado na sexta-feira em um site jihadista, o grupo reconheceu ter promovido o atentado duplo que atingiu um veículo da polícia em uma ponte mais cedo.

A mensagem dizia ainda que os soldados do Ajnad Misr "tinham enviado uma mensagem para o aparelho criminoso... De que eles não estão a salvo de represálias". O grupo salientou que seus combatentes estavam monitorando os movimentos da polícia e da sede do governo, dos quais partiriam "ataques a cada sexta-feira que matam e abusam de pessoas inocentes".

A primeira declaração do Ajnad Misr havia sido divulgada na semana passada, assumindo a responsabilidade por vários atentados, incluindo um em 24 de janeiro que atingiu a polícia no retorno de confrontos com simpatizantes da Irmandade Muçulmana. Manifestantes pró-Morsi frequentemente protestam contra sua deposição após as orações muçulmanas de sexta-feira ao meio-dia. Fonte: Associated Press.

Um surto de gripe suína provocou a morte de pelo menos 24 pessoas no Egito ao longo dos últimos dois meses. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério da Saúde do país.

Desde 1º de dezembro do ano passado, 195 pessoas foram diagnosticadas com a doença. A maior parte dos casos foi registrada no Delta do Nilo e no Cairo.

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Dos 195 pacientes diagnosticados, 24 morreram, disse Amr Qandeel, diretor de medicina preventiva do Ministério da Saúde do Egito.

Em 2009, uma pandemia de gripe suína levou autoridades egípcias a sacrificarem cerca de 300 mil porcos. O país teve mais de 15 mil casos confirmados, com 273 óbitos. Fonte: Associated Press.

O julgamento do presidente egípcio deposto Mohamed Morsi foi retomado neste sábado, após ele ter insistido em uma audiência separada por ainda se considerar o presidente legítimo do país. O ex-líder é acusado, juntamente com outros 14 membros da Irmandade Muçulmana, de incitar o assassinato de manifestantes de oposição em dezembro de 2012. Morsi ainda enfrenta outros quatro julgamentos.

A defesa do ex-presidente diz que não há provas de que ele incitou os confrontos e que a maioria das pessoas que foram mortas durante os conflitos eram membros da Irmandade Muçulmana.

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A audiência deste sábado é a terceira sessão do julgamento, visto como um teste para as autoridades militares do Egito, que exercem uma pesada repressão sobre os partidários de Morsi. Primeiro presidente eleito do país após a retirada do ditador Hosni Mubarak do poder, em 2011, Morsi foi deposto após um levante em julho do ano passado, ficando pouco mais de um ano no poder.

A Anistia Internacional estima que, desde a derrubada de Morsi, 1,4 mil pessoas foram mortas durante confrontos entre partidários do ex-presidente e as forças de segurança do país. Meses de derramamento de sangue reduzem as chances de uma reconciliação política no Egito, país mais populoso do mundo árabe e que se prepara para uma eleição presidencial em meados de abril. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

O Ministério do Interior do Egito informou que deteve 11 membros da Irmandade Muçulmana acusados de coordenarem páginas no Facebook que incitam a violência contra a polícia.

O grupo é acusado de usar as páginas da rede social para "incitar a violência, atacar cidadãos, fabricar bombas e fazer mensagens ameaçadoras". A acusação diz que um dos homens convocou a formação de um exército islâmico e que outros dois divulgaram nomes e fotografias de oficiais da polícia.

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As autoridades egípcias têm reprimido pesadamente a Irmandade desde a queda do presidente Mohammed Morsi, em 3 de julho. Mas as prisões desta quinta-feira foram as primeiras a ter como alvo supostos membros da Irmandade por causa de suas atividades na internet.

A Irmandade tem realizado protestos contínuos desde a queda de Morsi. Um grupo mais radical, de militantes islâmicos baseados na península do Sinai, assumiu a autoria dos ataques contra a polícia. Fonte: Associated Press.

A agência estatal de notícias egípcia informou que o segundo julgamento do ex-presidente Mohammed Morsi, por acusações relacionadas à fuga de prisioneiros em 2011, foi adiado até 22 de fevereiro. Segundo a agência, os juízes tomaram a decisão para dar aos advogados tempo para revisarem os arquivos dos casos.

Morsi e 130 outros réus são acusados de organizar fugas de prisões durante o ápice dos 18 dias de levante que levaram à queda de Hosni Mubarak, antecessor de Morsi.

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Mais de 20 mil presidiários, dentre eles o próprio Morsi e outros líderes da Irmandade Muçulmana, escaparam da prisão após um dos dias mais violentos do levante. Posteriormente, a Irmandade Muçulmana foi retirada da ilegalidade e Morsi foi eleito presidente, mas foi derrubado em 3 de julho por um golpe, após um ano no poder. Fonte: Associated Press.

A véspera do terceiro aniversário da revolução do Egito, que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, é marcada por uma onda de violência, que já deixou 49 mortos, 250 feridos e mais de 1 mil detidos neste final de semana, em confrontos entre a polícia, opositores e adeptos do presidente Mohamed Morsi, deposto em um golpe militar em julho do ano passado.

Em confrontos entre a polícia e membros da Irmandade Muçulmana, 18 pessoas foram mortas no Cairo. A praça Tahrir teve a segurança reforçada, mas os confrontos seguiram pelas ruas ao redor e em outras cidades pelo país.

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No centro da praça Tahrir, um grande sinal foi erguido com o pedido de que o General Abdel Fattah Al Sisi concorra à presidência. Três anos antes, uma bandeira foi erguida no mesmo local com o pedido de renúncia de Mubarak.

Na praça, dois jornalistas precisaram ser escoltados, após serem acusados pela multidão de fazer parte do canal de televisão Al Jazeera, visto no Egito como suporte da Irmandade Muçulmana.

Ataque ao exército

Neste domingo, na Península de Sinai, quatro soldados egípcios foram mortos e mais nove ficaram feridos em ataques contra o exército na península de Sinai neste domingo, informaram fontes oficiais. Os ataques ocorreram contra um ônibus que fazia o transporte dos soldados próximo a um posto militar no norte de Sinai. Fonte: Dow Jones Newswires.

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