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A partir desta terça-feira (23) até 48 horas após as eleições, que estão marcadas para o próximo domingo (28), os eleitores não podem ser presos ou detidos. Apenas nos casos de flagrante, em decorrência de sentença criminal condenatória por crime inafiançável e em desrespeito o salvo-conduto, os eleitores podem ser presos.

A determinação é da Justiça Eleitoral e atinge os 31,7 milhões de pessoas que estão aptas a votar nos 50 municípios, com mais de 200 mil eleitores, que terão segundo turno

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O Assessor chefe do Tribunal Regional Eeleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Orson Lemos, tira dúvidas do eleitor a respeito das eleições do próximo domingo (7). Ele responde as perguntas mais frequentes que o eleitor tem quando acessa o site do Tribunal ou via telefone através do Disk-Eleições (400.99.400).

Esclareça agora suas dúvidas nesta entrevista concedida à nossa equipe:

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De acordo com a legislação eleitoral, fica proibida a prisão ou detenção de eleitores cinco dias antes e dois dias após o pleito municipal deste domingo (7). A prisão só pode acontecer nos casos de sentença condenatória por crimes inafiançáveis, flagrante delito e por salvo conduto. Em relação à campanha de rua e comícios, ficará permitida até quinta (4), data limite para a veiculação do programa eleitoral em TVs e rádios.

Na próxima sexta-feira (5) será o último dia para a veiculação de propaganda em meios de comunicação como imprensa escrita e internet. No sábado, véspera do pleito, o cidadão poderá retirar a segunda via do título de eleitor e os candidatos estão liberados para usar alto falantes e amplificadores na propaganda eleitoral.

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No dia 7 de outubro, os colégios eleitorais terão seus portões abertos das 8h às 17h e ficará proibido votar usando camisas e bonés, assim como realizar reunião e aglomeração de pessoas na intenção de fazer boca de urna. Depois que as urnas forem fechadas, a justiça eleitoral irá emitir informações com os resultados parciais em todos os municípios brasileiros e o balanço final desse primeiro turno.

Foi nessa eleição que se aplicou pela primeira vez a Lei da Ficha Limpa e 1.391 candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador serão julgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por não conseguir julgar todos os processos até domingo, muitos candidatos considerados ficha suja em outras instâncias disputam o pleito sob judice, correndo o risco de não assumirem o cargo se condenados pelo TSE.

O candidato José Serra (PSDB) acusou neste domingo (2) adversários de fazerem campanha nos ônibus de São Paulo para dizer a passageiros que o tucano deixará novamente a Prefeitura caso seja eleito. Ele afirmou não ter provas. "Mas que tem, tem", disse. O tucano ainda afirmou que seus eleitores tradicionais têm dito que não votarão nele porque creem que ele não cumprirá o mandato. Segundo Serra, o tema "se espalhou, inclusive nos bairros onde a gente sempre ganha".

"Tem muita gente que vota em mim que diz ‘eu gosto de você, mas você vai sair novamente para presidente, então vou votar em outra pessoa. Se fosse para presidente, até votaria em você’", afirmou o candidato em um evento com a juventude tucana na zona sul de São Paulo. As mais recentes pesquisas de intenção de votos mostram que, em um mês, o tucano caiu da faixa dos 30% para a dos 20%.

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Ataques. Sobre a suposta campanha nos coletivos paulistanos, o tucano declarou: "Tem adversários que têm capilaridade suficiente para jogar gente em ônibus para dizer ‘o Serra vai largar, o Serra vai largar’".

Questionado sobre quem estaria por trás da campanha, Serra respondeu: "outros interessados. Não é apenas de uma candidatura não". O tucano, porém, frisou não ter provas do fato. "Como nós não tiramos fotografia e não gravou, não dá pra documentar. Não posso ir além de dizer que já ouvi isso. Mas que tem, tem".

O tucano pediu aos presentes que explicassem às pessoas com dúvidas sobre as intenções dele que desta vez cumprirá integralmente o mandato. "Quando decidi me candidatar a prefeito, essa foi a opção. Vou ganhar a prefeitura e governar durante todo o mandato", declarou. Serra, no entanto, não escondeu que ainda cogita outros voos. "Se eu for muito bem, depois do mandato, quem sabe o que a vida vai reservar? Mas esses quatro anos a gente vai levar direitinho".

O candidato sustentou que seu gesto de deixar a Prefeitura "de alguma forma foi aprovado", e justificou a afirmação dizendo que teve mais votos na capital quando concorreu ao governo do Estado em 2006 do que tivera na eleição de 2004. "Estou me permitindo dizer essas coisas porque estamos numa batalha eleitoral", justificou o candidato, que fez as declarações ao final da conversa com a juventude tucana sem que tivesse sido perguntado sobre o assunto.

Quem vai comprar? Quem vai vender? Quem vai ficar? Quem vai querer? Há muitos interesses postos na mesa, nesse jogo, o baralho está com cartas marcadas, parece um carnaval, todos fantasiados com a máscara da política. O poder de persuasão às vezes não depende do conteúdo, mas uma boa imagem e eficácia do bombardeio publicitário conseguem vender muito bem um candidato. Ao sair do período pré eleitoral e chegar ao trimestre da campanha de fato, uma nova perspectiva é apresentada ao eleitor. Uma das novidades está no uso da internet, que após estrear em 2010, será, pela primeira vez no Brasil, de forma efetiva, utilizada nas eleições municipais de 2012.

Tendo como prazo limite, 30 de junho, para realizar as convenções partidárias, definir coligações e escolher os postulantes, os partidos terão até às 19h do dia 5 de julho para apresentar ao cartório eleitoral o registro de candidatos a prefeitos e vereadores. A partir do dia 7 de julho o candidato pode colocar seu carro e cavalete nas ruas com faixas, bandeiras e panfletos, vendendo ideias e conquistando o eleitorado. Nos municípios com mais de um juiz, um destes ficará encarregado pela propaganda eleitoral atendendo as reclamações.

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Regulamentada pela lei 9.504/97, a veiculação de qualquer propaganda eleitoral antes do dia 6 de julho, é terminantemente proibida. Mas após esta data, segundo a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nª 23.370 de 13 de dezembro de 2011, a propaganda nas ruas, internet e em outros meios de comunicação, será permitida. O fato novo está na veiculação gratuita de propaganda em redes sociais, sites de partidos, candidatos e coligações.  Além do uso de provedores brasileiro, o endereço deve ser registrado e comunicado à Justiça Eleitoral.

“Já houve uma decisão do TSE em última instância que admite a propaganda em redes sociais como Twitter, Facebook, Orkut, evidentemente, todo e qualquer abuso deve ser denunciado. Cada candidato tem direito a um site oficial que será registrado no TSE e nos TREs. As matérias que forem divulgadas darão ensejo a direito de resposta ao candidato ofendido. Mas nas redes sociais, no momento, não temos como controlar a propaganda, mas é algo possível”, afirmou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Ricardo Paes Barreto.    

Será permitido o envio de e- mail, mas caso o destinatário deseje não receber mais as mensagens, o mecanismo que retira o cadastro deve ser aplicado no máximo em 48h. Além disso, qualquer pessoa que manifestar suas preferências políticas, por meio da internet, fica proibido o seu anonimato e assegurado o direito de resposta caso tenha sido apresentado algum conteúdo ofensivo. Vale ressaltar que na internet está vedada qualquer tipo propaganda eleitoral paga e também o uso de sites governamentais e de pessoas jurídicas.  

De acordo com o presidente do TRE-PE, se faz necessário analisar a denúncia e estudar especificamente cada caso, principalmente por abuso de terceiros. “Não há uma norma especifica que cuide da internet, mas há uma norma que cuidada do site oficial que cada candidato tem e garante direito de resposta. Já no tocante às redes sociais, o que pode acontecer, são os candidatos prejudicados buscarem na Justiça Eleitoral alguma medida inibidora que vise coibir esses abusos. Dessa forma estaremos aptos a examinar e punir aquele que haja com excesso e contrário a legislação eleitoral”, ratificou Barreto.

A lei eleitoral e a resolução do TSE, para as eleições deste ano, garantem o direito de resposta para imagem ou declaração caluniosa, difamatória e injuriosa, veiculadas em qualquer meio de comunicação, e a internet não é um ambiente que caminha fora da lei. “No site oficial fica mais simples de ser controlado, pois o TSE detém o registro e arquivamento monitorando as ações do candidato, garantindo o direito de defesa. Já pelas redes sociais, o próprio candidato que se sinta prejudicado, tem o direito de acompanhar e denunciar a justiça eleitoral o excesso, o abuso e a ofensa feita por meio de Twitter, Orkut e Facebook.” Falou o presidente do TRE.

O TRE-PE tem uma equipe composta com cerca de dez servidores que serão responsáveis por inspecionar e coibir qualquer ato ilegal. Mas fica difícil vistoriar toda infração que acontece nos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda com milhões de habitantes. De acordo com Ricardo Paes Barreto, os próprios partidos e a população ajudarão a fiscalizar os desvios na propaganda eleitoral.

“O Ministério Público Eleitoral (MPE) ficará atento a isso, a Policia Militar do Estado, que é nossa colaboradora, também está ciente. Na medida que for comprovado abusos, é lavrado um auto de constatação e se dá a oportunidade de retirar a propaganda indevida. Caso permaneça, convocamos a Dircon, órgão com estrutura responsável para recolher o material irregular.  Já o partido, após seu direito de defesa, poderá sofrer consequências legais com a cassação do registro de candidatura de seus postulantes e implicações financeiras com o pagamento de multa”, explicou o presidente do TER-PE.

A pesquisa encomendada pelo Portal LeiaJá e realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau revela que o eleitor recifense está mais interessado e informado sobre os assuntos de política relacionados a capital pernambucana. Questionado sobre quais as notícias divulgadas em relação à política pernambucana o recifense tem conhecimento, a escolha de Humberto Costa como candidato do PT à Prefeitura do Recife foi disparada a mais lembrada, com 66%.

Sobre a indefinição que o grupo de João da Costa tinha em recorrer da decisão do PT, 51% dos entrevistados disseram que não têm conhecimento da notícia contra 49% dos que afirmaram estar cientes do assunto. A mesma reposta foi dada sobre a vitória de João da Costa contra Maurício Rands nas prévias do PT.

O assunto que o recifense menos demonstrou estar informado foi sobre a articulação de Armando Monteiro (PTB) para lançar uma candidatura alternativa a do PT. 74% dos ouvidos disseram desconhecer a notícia, enquanto 26% confirmaram saber do assunto.

O IPMN também perguntou se o recifense tomou conhecimento de que o PT realizou prévias para definir o seu candidato a prefeito do Recife. A resposta de 58% foi sim contra 42% de não. Interrogado se está interessado nas eleições deste ano para prefeito da cidade, o recifense que está muito interessado é representado por 22%. O universo dos pouco interessados é maior, 41%. Os que não se interessam pelo assunto correspondem a 26% e os indiferentes 11%.

Perguntado se tem conhecimento de quem é o candidato do PT a prefeito do Recife, 55% os entrevistados responderam que sim contra 45% de não. Destes 55%, 91,3% disseram que é o senador Humberto Costa (PT) e 7% se equivocaram assinalando o prefeito João da Costa.

Outro ponto que revela o interesse da população da cidade pelas eleições de outubro é a redução do percentual de votos Brancos/Nulos registrados nesta quinta rodada da pesquisa “os sentimentos do eleitor recifense” encomendada pelo Portal LeiaJá, variando entre 20% e 22%.

Oposição é o contraditório. Se A é favorável a ação Y, B pode ser contra em razão da ação Y não corresponder aos seus desejos. Entretanto, A e B podem ser favoráveis a ação Y, já que esta ação proporciona a consequência V, e A e B desejam para a sociedade os benefícios da consequência V.

A lógica simples apresentada faz parte das relações de poder no governo federal. Não existe, desde o fim do governo de FHC, oposição ao PT. Atos oposicionistas sugiram no suposto Escândalo do Mensalão. Após isto, os partidos da oposição, PPS, DEM e PSDB, não mais tiveram condições de se contrapor ao governo do PT.

As causas que motivam a ausência de oposição pujante e robusta ao PT são duas. A primeira é de ordem política. Neste caso, variados partidos integram a coalizão partidária que apóia os governos do PT. Diante da oferta de espaços na máquina estatal, partidos passam a apoiar o governo do PT. Não existem razões ideológicas para tal apoio. É possível, e isto é uma hipótese, de que a redução de espaços no estado possibilite o recrudescimento da oposição.

A segunda causa é eleitoral ou mental. O governo Lula foi sábio. E Dilma é sábia, mas também possui convicção. O governo Lula demonizou o governo de FHC, e o PSDB aceitou isto passivamente. Lula não foi contra o Plano Real na campanha eleitoral que lhe possibilitou a conquista da presidência.

Lula em sua era manteve o controle da inflação, continuou a controlar os gastos públicos, manteve a recuperação gradual do salário mínimo. E fez algo mais, em razão das condições herdadas do governo de FHC: criou meios para favorecer o consumo. Por convicção e sabedoria, Dilma mantém as conquistas das eras de FHC e de Lula. 

As ações meritórias de Lula em seu governo proporcionaram bem-estar ao eleitor. E parte deste, assim como variados parlamentares, é desprovida de razões ideológicas. Portanto, o que importa para o eleitor é seu estado mental, no caso, a felicidade e o bem-estar.

Os críticos da oposição ainda não identificaram o ponto central: o PT manteve a agenda do PSDB, e com isto, enfraqueceu o discurso da oposição. Desde a era Lula, a agenda do Brasil é única, a qual foi criada por FHC, qual seja: controle da inflação, controle dos gastos públicos, recuperação do salário mínimo e incentivo do consumo. Então, qual partido da oposição é contra tal agenda?

A oposição não findou no Brasil, ela apenas está enfraquecida em razão das causas apresentadas. Contudo, após as eleições municipais, ela poderá ganhar, lentamente, robustez. Mas isto só será possível se eventos econômicos desfavoráveis ameaçarem o bem-estar dos brasileiros e se surgir um candidato à presidente que emocione o eleitor.  

Desconheço na Ciência Política brasileira a utilização do termo voto de estrutura. Barry Ames, autor do livro Os entraves da democracia no Brasil, fornece indícios do que seja o voto de estrutura. Embora ele não utilize no decorrer do livro tal termo.

Sou adepto da ideia de que a Ciência Política brasileira precisa ser criativa. No caso, construir novos problemas empíricos e se afastar do lugar comum. São variados os problemas empíricos que são exaustivamente pesquisados na Ciência Política nacional. Novos objetos empíricos não surgem costumeiramente. E quando surgem, sofrem discriminação.

A expressão “Eu tenho voto de estrutura” é costumeiramente utilizada por candidatos em disputas proporcionais e majoritárias. O candidato se dirige ao estrategista ou a outro político do seguinte modo: “Tenho voto de estrutura. Por isto, não preciso de estrategista e nem de pesquisa”. Outras vezes, ele afirma: “O voto de estrutura garantirá a minha vitória”.

De tanto ouvir a expressão “Tenho voto de estrutura”, passei a me interessar pelo voto de estrutura. O voto de estrutura é um objeto empírico presente na dinâmica eleitoral, e desconhecido dos cientistas políticos. O voto de estrutura é um novo objeto da Ciência Política.

Antes de analisar qualquer objeto, é necessário defini-lo. Deste modo, indago: o que é voto de estrutura? Através da intuição empírica e da concepção teórica do papel do estado na sociedade, afirmo: voto de estrutura é a utilização do Estado e de recursos financeiros na conquista do eleitor. Neste caso, os vetores que incentivam a escolha do eleitor são: Estado e recursos financeiros.

A utilização do estado ocorre por meio da oferta de benefícios, os quais são produzidos pelo poder estatal. Daí surge a relação clientelista entre candidato e eleitor. A utilização de recursos financeiros para a conquista do eleitor significa a compra do voto. Isto é: por um determinado valor ou benefício o eleitor vota em dado candidato.

O termo voto de estrutura pode ser também qualificado como a utilização da máquina pública em busca da conquista do eleitor. Mas este conceito não aborda o uso do poder econômico. Portanto, o voto de estrutura nada mais é do que a utilização do estado para fins privados e a compra de votos com recursos privados. Esta é a realidade, inclusive, de variadas disputas eleitorais no Brasil.

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