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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) quer usar imagens para reconhecer os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir do ano que vem. A ideia, segundo o presidente do Inep, Alexandre Lopes, é que os estudantes forneçam sua foto na hora de fazer a inscrição e que a imagem seja usada para a verificação da identidade na hora da aplicação do teste. 

Atualmente, os estudantes apresentam um documento oficial original com foto e é feita a coleta da digital dos participantes. “Tem documento em que, às vezes, a foto não está boa, ou é antiga. Então, coletando a foto no ato da inscrição, a gente pode fazer a verificação da identidade dele [participante] de forma eletrônica. A ideia é a gente avançar na questão da identificação do aluno, facilitando a identificação”, disse Lopes.

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O envio de imagens foi feito neste ano de forma optativa. De acordo com Lopes, na hora da inscrição, os participantes podiam enviar uma foto que os identificasse. O envio pode se tornar obrigatório a partir do ano que vem.

Neste ano, o Inep não usará as imagens para identificação: as fotos enviadas servirão para testar os programas de captação de imagem, explicou Lopes. Ele disse que o Inep pretende expandir o uso de fotos para os demais exames aplicados pela autarquia e que, para isso, pedirá autorização dos participantes. O uso das fotos será restrito ao exame em questão.

De acordo com o presidente do Inep, a ferramenta pode ajudar na identificação dos participantes também na versão digital do Enem. “Com a aplicação do Enem digital, com a digitalização dos exames, a gente pode fazer a comparação da foto e coletar a digital eletronicamente, para não ter que ficar só sujando o dedinho do aluno”. O Enem digital começa a ser aplicado em 2020, em fase piloto. A previsão do governo é abandonar as versões impressas em 2026.

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub disse, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 será o "fim de uma era". De acordo com o comandante da pasta, o Enem Digital virá para mudar a forma como a prova é aplicada.

"Este é o último Enem da forma tradicional, este Enem fecha uma era. O Enem Digital virá para mudar o esquema de guerra que é imprimir prova, levar em malotes", disse Weintraub. A partir de 2020, o Exame começará a ser aplicado de forma online. 

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A partir do ano que vem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai investir R$ 20 milhões para fazer um projeto piloto da prova, que será aplicado para 50 mil alunos de 15 capitais brasileiras diferentes. O pedido para realizar a versão digital do Enem deve ser feito de forma voluntária pelo candidato na hora da inscrição.

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou, no último dia 3, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado de forma 100% digital a partir de 2026. Para o coordenador do Curso Poliedro, Vitor Ricci, se o projeto for construído com estudo e segurançam há chances de bons resultados. “Temos a chance de modernizar não só a forma com que a prova é aplicada, mas também o seu conteúdo, adequando-o à realidade atual”, conta. 

O projeto apresentado pelo MEC para digitalizar o Enem tem como objetivo transformar as aplicações das provas físicas em provas virtuais. Em data agendada, o candidato vai se dirigir ao local indicado e realizará a prova em um computador. O estudante não terá acesso à internet. 

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Para quem vai fazer a prova do Enem em 2019, nada muda. As provas continuam em papel, com a aplicação oficial marcada para os dias 03 e 10 de novembro. Já em 2020, os candidatos que prestarem o Enem vão poder, no momento em que realizarem a inscrição, indicar se gostariam de realizar a prova digital.

A aplicação será realizada nos dias 11 e 18 de outubro de 2020 e estará disponível para alunos de 15 capitais. Caso ocorra qualquer problema, o estudante terá direito a participar da prova de papel, que será aplicada nos dias 1º e 8 de novembro do mesmo ano. 

Ainda de acordo com o Curso Poliedro, atingindo-se o sucesso na digitalização do Enem, algumas vantagens podem ser destacadas, como ganho ambiental, sem a necessidade de impressão das provas, agilidade na correção e modernização do exame. O Enem 2019 será realizado nos dias 03 e 10 de novembro. A previsão é de que o cartão de inscrição seja disponibilizado no site do Inep no mês de outubro. Para mais informações e dicas sobre a prova, siga o @vaicairnoenem.

Confira, a seguir, pontos sobre o Enem Digital explicado pelo coordenador Vitor Ricci:

O que muda para quem presta o Enem em 2019?

Absolutamente nada! As provas continuam em papel, com a aplicação oficial nos dias 03 e 10 de novembro de 2019.

Quais as mudanças nos próximos anos?

Já em 2020, os candidatos que prestarem o Enem poderão, no momento da inscrição, indicar se gostariam de realizar a prova digital. A aplicação acontecerá nos dias 11 e 18 de outubro de 2020 e estará disponível em 15 capitais brasileiras. Caso ocorra qualquer problema, o estudante terá direito a participar da prova (em papel) aplicada nos dias 1º e 8 de novembro do ano que vem. A partir de 2021, o MEC pretende expandir o projeto. Além da aplicação tradicional do Enem, teremos um aumento no número de vagas disponíveis para as provas digitais.

Os candidatos continuarão optando pelo tipo de aplicação no momento da inscrição. O cronograma anunciado prevê duas aplicações digitais em 2021 e até quatro, de 2022 a 2025. A partir de 2026, o Enem será 100% digital. As provas em papel deixarão de existir. Com o projeto escalonado, a intenção do MEC é aplicar várias provas digitais ao longo do ano.

Quais as vantagens da aplicação digital?

Atingindo-se o sucesso na digitalização do Enem, algumas vantagens podem ser destacadas:

Ganho ambiental

            Com o Enem 100% digital, não há necessidade da impressão de provas, o que representa um ganho ambiental devido à economia de papel.

Agilidade na correção

            Com a eliminação dos cartões-resposta e folhas de Redação, toda informação da prova do candidato já estará no computador. O processo de correção ficará mais rápido, uma vez que não será mais necessário o deslocamento dos materiais até o local onde serão digitalizados. 

Modernização da prova

            Uma prova digital permite questões mais modernas. Você já imaginou fazer uma questão que apresenta um gráfico interativo ou um áudio? Já pensou ter uma reportagem em vídeo como parte dos textos motivadores para a sua Redação? Isso será possível!

Economia financeira

            A aplicação do Enem 2019 custará R$ 500 milhões. Além do custo de impressão, há um custo com a logística de distribuição e recolhimentos das provas pelo país. A economia financeira proporcionada pelas aplicações digitais permite que mais provas sejam aplicadas ao longo do ano e que mais cidades e, consequentemente, mais candidatos, possam participar do exame.

Provas específicas

            A digitalização do Enem acontecerá em paralelo com a implantação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) no novo Ensino Médio, em que os alunos escolherão entre cinco itinerários formativos: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Técnico. De forma simplificada, é o equivalente a pensar que eles terão uma carga horária obrigatória no Ensino Médio e, no contra turno, as disciplinas extras que compõem o itinerário formativo escolhido.

O Enem digital poderá adaptar-se a esse novo cenário. Um candidato formado no itinerário de Matemática, por exemplo, poderá encarar um exame com mais questões dessa disciplina. Seria o primeiro passo para que o Enem criasse provas específicas com base na formação dos estudantes.

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Vinte computadores defasados e com pouco acesso à internet. É assim que o diretor do Centro de Ensino Médio 404, Felipe de Lemos Cabral, descreve a estrutura de informática à disposião dos alunos da escola, localizada em Santa Maria, no Distrito Federal (DF). Situada a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília, Santa Maria é uma das regiões administrativas do DF. 

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Quando perguntado se os estudantes estariam preparados para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital, Cabral diz que nem todos têm sequer familiaridade com os computadores. "Hoje o aluno está muito mais inserido via celular. Usam muito a rede social e sabem pouco lidar com o resto da informação que a internet disponibiliza. Têm pouco acesso técnico, têm pouca formação do trato com o computador, com coisas simples como formatar um texto, por exemplo."

De acordo com o Censo Escolar 2018, 82% das escolas públicas de ensino médio regular têm laboratório de informática e 94%, acesso à internet. Cabral ressalta, no entanto, que, como ocorre na escola que dirige, nem sempre o equipamento é suficiente para atender à demanda. Além disso, ele destaca que os professores teriam que ser formados para inserir a tecnologia nas aulas. 

"Não é má ideia, não seria ruim [o Enem digital], mas acho que teria que ter uma preparação maior do sistema para isso", diz Cabral. Ele teme que o exame passe a excluir estudantes que não tenham acesso a computadores, que terão mais dificuldade em fazer as provas. "Pode dificultar o acesso dos alunos ao exame e, com isso, cair o número de inscritos". 

Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que o Enem passará a ser feito por computador. Isso ocorrerá gradativamente, começando no ano que vem com um grupo de 50 mil estudantes. A digitalização completa está prevista para 2026.

A ideia, que não é nova e busca seguir uma tendência mundial de modernização, gerou uma série de questionamentos. Segundo especialistas entrevistados pela Agência Brasil, o MEC terá que enfrentar certos desafios para implementar a digitalização do Enem. Um dos desafios é a escassa disponibilidade de infraestrutura das escolas.

Provas criptografadas

Provas criptografadas

Outra questão apontada por especialistas é a segurança do exame. "Tem que ter certeza de que todos os sistemas, de ponta a ponta, do momento em que se liga o computador, em que é feita a prova, ao momento em que as provas são armazenadas e processadas, essas informações sejam criptografadas. E uma criptografia com uma robustez que não permita que, através da utilização de outras tecnologias, ela possa ser quebrada", alterta o professor Renato Leite, do Data Privacy Brasil. 

A criptografia é usada hoje, por exemplo, em aplicativos como o WhatsApp. Trata-se de transformar o conteúdo em códigos e tornar a mensagem impossível de ser lida quando armazenada. Apenas o destinatário final consegue ter acesso ao conteúdo. 

Além disso, é preciso usar programas de computador confiáveis. Uma opção é o uso de softwares livres, cujos códigos são abertos e podem ser acessados.

De acordo com fundador e também professor do Data Privacy Brasil, Bruno Bioni, é preciso ainda garantir a proteção dos dados dos estudantes. "Toda vez que o governo se propõe a se informatizar, a ser um governo mais eletrônico, e isso envolve quantidade significativa de processamento de dados, isso deve ser acompanhado com cuidado. Tão importante quanto avançar nessas pautas de digitalização é mostrar preocupação com os dados dos cidadãos", ressalta Bioni. 

Ele destaca que, em agosto do ano que vem, entra em vigor a chamada Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/2018). "Uma das coisas que a lei procura estabelecer é que, quando se está executando uma política pública como essa, deve-se ter todo um programa de governança de dados", acrescenta Bioni. Ele alerta que o MEC deverá ter transparência quanto ao uso desses dados.

Debate

Debate

Para o professor Francisco Soares, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), a proposta do MEC precisa ainda ser detalhada e colocada em discussão. Soares era presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quando, em 2015, o Ministério da Educação quis começar a testar o Enem digital. O professor lembra que, na época, foram feitos apenas estudos "ultrapreliminares".

"O Enem precisa de mudanças. Uma delas é trazer mais tecnologia. Eu acho que a iniciativa está em uma direção correta, era desejada, e tomara que agora seja implementada", diz Soares. O professor considera necessárias audiências públicas para que todos os interessados e especialistas possam contribuir para a elaboração de um bom exame. 

"Se vamos mudar, a gente devia mudar para melhorar. O computador dá a chance de oferecer outro tipo de item. Ter simulações em itens de ciência, por exemplo. Se essa mudança for simplesmente para turbinar o velho, não vai adiantar muito. Ela traz possibilidade de uma coisa de impacto muito muito interessante, mas isso exige tempo", destaca Soares. 

Para o professor, o exame precisa deixar de apresentar apenas questões de múltipla escolha e incluir também questões discursivas. Além disso, que use recursos digitais, como vídeos, por exemplo. Isso, de acordo com o conselheiro, vai ajudar a mudar também a formação dos estudantes no ensino médio, já que muito do que é ensinado nas escolas é pautado pelo Enem e por vestibulares. 

Soares ressalta também que, na fase de transição, na qual o Enem será aplicado no formato digital apenas para alguns alunos, é preciso garantir que os estudantes que optem pela prova digital tenham as mesmas chances de ser aprovados em uma universidade que aqueles q fizerem a prova em papel. Para isso, é preciso testar os itens em formato digital.

"Será que um item específico é facilitado ou dificultado pelo fato de o estudante estar respondendo no computador ou no papel e lápis? Esta questão é importantíssima. É uma preocupação técnica que não tem como ser resolvida depois", enfatiza. 

O Enem é elaborado a partir de um banco nacional de itens, que reúne questões feitas por especialistas para as provas. Cada um dos itens é pré-testado em aplicações feitas em escolas. O processo é sigiloso, e os estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem. Isso é feito, atualmente, em papel.

Ministério da Educação

Ministério da Educação

Em entrevista coletiva sobre a infraestrutura das escolas, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse acreditar que, até 2026, a realidade brasileira terá mudado e o acesso a computadores será mais amplo. 

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, informou que para a aplicação da prova poderão ser usadas estruturas de escolas e universidades, como já é feito hoje para o Enem em papel.

O MEC diz que pretende modernizar o exame, que poderá utilizar vídeos, infográficos e até mesmo seguir a lógica dos games. As medidas de segurança que serão tomadas ainda não foram detalhadas.

Poucas horas após o anúncio oficial de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passaria por mudanças nos próximos anos até se tornar completamente digital em 2026, as opiniões divididas sobre o assunto se tornaram piada nas redes. 

Entre aqueles que desacreditam na capacidade do Ministério da Educação em realizar o exame e os que brincam com o “aluguel de hackers” para fazer a prova, confira os registros mais engraçados da rede social. 

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A partir de 2020, o projeto piloto do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá ser implantado. De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), o novo formato será aplicado gradativamente; em 2026, toda a prova terá recursos digitais, promete o MEC.

Sobre a aplicação de 2020, a prova digital será realizada nos dias 11 e 18 de outubro, em 15 capitais, para cerca de 50 mil estudantes, de maneira opcional. Recife é uma das cidades que receberão o processo seletivo por meio de computadores. Veja a lista completa: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

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Já o modelo tradicional de 2020, com cadernos impressos de questões, será realizado nos dias 1º e 8 de novembro. Vale lembrar que para a edição 2019 não há mudanças. Neste ano, o Enem será realizado nos dias 3 e 10 de novembro.

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A versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai possibilitar novos tipos de questão na prova, utilizando vídeos, infográficos e até mesmo poderá seguir a lógica dos games. As novidades foram divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O exame terá uma versão piloto optativa em 2020, para 50 mil candidatos.

A partir de 2026, todos os estudantes farão a prova exclusivamente por meios digitais. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a digitalização vai ao encontro do que está sendo feito no restante do mundo, além de possibilitar economia com a impressão de provas.

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A digitalização do Enem não é ideia nova, mas esta é a primeira vez que o Exame feito por computador valerá pontos e poderá ser usado para acesso ao ensino superior. Outra vantagem, de acordo com o MEC, é a rapidez na correção.

“Objetivamente, a pessoa pode receber a prova dela no celular já corrigida e verificar se concorda ou se teve algum erro de registro. Vai ter o comprovante em arquivo, tudo certinho”, disse hoje Weintraub. A redação também será feita pelo computador, digitada.

Acesso a computadores

Um desafio será o acesso a computadores e a outros meios digitais em um país onde muitas escolas não possuem os equipamentos. De acordo com o Censo Escolar 2018, 38% das escolas públicas têm laboratório de informática e 67%, acesso à internet.

O ministro acredita que até 2026, quando a versão em papel deixará de ser aplicada e a versão digital será a única disponível, a realidade brasileira terá mudado.

Para a aplicação e realização do Exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) promete contratar um consórcio aplicador e caberá a essa organização providenciar os equipamentos para que os estudantes possam realizar as provas.

Poderão ser usadas as instalações de universidades e de outros locais. O MEC não irá comprar computadores e usará a capacidade instalada, de acordo com o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

“Isso já acontece hoje. O Enem é aplicado por parcerias que assinamos. As redes municipal e estadual não são suficientes para aplicação em papel. Usamos as universidades e já alugamos espaços. O consórcio será responsável pelas salas com estrutura de aplicação digital”, explicou Lopes.  

Novo ensino médio

O formato digital também possibilitará, segundo o Ministério da Educação, a adequação, sem custos adicionais, ao novo ensino médio. Pelo novo modelo, que ainda está em fase de implementação, os estudantes terão uma formação comum, definida pela Base Nacional Comum Curricular, e poderão, no restante da formação, escolher uma especialização por itinerários formativos. Os itinerários são Linguagens, matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e ensino técnico.

A intenção é que, quando o modelo estiver em prática, o que deverá ocorrer em 2020, o Enem também se adeque, passando a oferecer várias opções de prova para cada itinerário escolhido pelo estudante, além de avaliar a parte comum. A prova digital vai evitar que várias versões diferentes tenham que ser impressas.

Enem 2020 já tem datas definidas

O Enem 2020 já tem data. De acordo com o MEC, o exame será aplicado em dois domingos, nos dias 11 e 18 de outubro no formato digital. O Enem regular, em papel, será aplicado, aos demais estudantes nos dias 1º e 8 de novembro.

Como se trata de projeto-piloto, os estudantes que tiverem algum problema com a prova digital terão direito a refazer o exame na reaplicação, que atualmente é destinada a estudantes que foram prejudicados por questões como falta de energia elétrica, chuvas e outras intercorrências.  

O exame será aplicado na versão digital no ano que vem em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

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Depois do anúncio de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará a ser feito por meio de computadores a partir de 2020, professores opinaram, em entrevistas exclusivas ao LeiaJá, a respeito da impactante mudança. Apesar da proposta do governo federal de explorar recursos digitais e diminuir os custos com a impressão de prova e com todo o aparato humano necessário para a aplicação do processo seletivo, docentes criticaram, a princípio, parte das novidades.

Benedito Serafim, professores de geopolítica, enxerga riscos na realização do Enem digital. “Acho muito mais perigoso. Como é que vai se dar acesso a estudantes do interior? Há cidades do interior que a internet é lenta, existe dificuldade para acessar o computador. O Estado dará aparato para essas provas, como acontece com as eleições? Podem ter casos de problemas técnicos, imagine você está fazendo a prova e cai a energia, ou a internet?”, questionou o professor, em tom de preocupação.

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De acordo com o educador, ainda existe o perigo de que o sistema pode ser burlado. Serafim também faz uma análise política, ao identificar que o mesmo grupo que está no governo federal criticou a realização das últimas eleições presidenciais por meio de urnas eletrônicas e agora quer implantar um processo digital e extinguir as provas impressas.

O professor de química Berg Figueiredo até identificou um ponto positivo: “Com as provas digitais, o governo poderá economizar em custos, porque existe um alto custo atualmente na impressão das provas”, apontou Figueiredo. Por outro lado, o educador crava que o Brasil, tecnologicamente falando, ainda enfrenta dificuldades que podem atrapalhar o acesso dos estudantes a computadores.

“O ponto negativo é que no Brasil que nós vivemos tem alguns problemas. Será que todos os candidatos vão ter acesso a esse tipo de plataforma? A plataforma de avaliação vai suportar todos os candidatos naquele período? Como serão feitas essas avaliações?”, indagou o professor de química.

Redação passará a ser digitada

Outra mudança bastante significativa anunciada nesta quarta-feira (3) pelo Ministério da Educação é a digitalização do texto da redação. A prova passará a ser digitada pelos candidatos.

Para o professor de Linguagens e redação Diogo Xavier, é fato que o futuro exige afinidade com recursos digitais. No entanto, ao se aplicar uma redação digitada, o governo desvaloriza ainda mais a prática da escrita à mão. “A linguagem digital é realidade e precisa ser explorada, mas existem riscos. Redação digitada desestimula ainda mais a prática escrita. A questão da redação é delicada, acredito que não deveria haver essa mudança”, opinou Xavier.

O educador ainda acrescenta: “Outro ‘porém’ é que se a prova tiver a mesma dimensão em tempo da tradicional, poderá ser mais cansativo para o candidato ler as questões no computador”.

O também professor de redação Felipe Rodrigues teme um processo de exclusão digital. De acordo com o educador, existo o risco de pessoas sem acesso ou familiaridade com ferramentas tecnológicas ficarem à margem do Enem digital. “Pode acontecer a exclusão de uma massa. Há também a exclusão dos mais velhos que não têm facilidade com ferramentas digitais”, disse.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), anunciou em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (03), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vai deixar de ser aplicado no formato de papel, passando a ser 100% digital a partir de 2026.

No próximo ano haverá a aplicação do formato como um projeto piloto, para 50 mil participantes, em 15 capitais brasileiras. São elas: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

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Segundo o presidente do Inep, Alexandre Lopes, vão ser investidos R$ 20 milhões no processo. Apesar disso, o órgão não pretende adquirir novos computadores para aplicação da prova, já que o quantitativo de participantes que se submeterão ao formato digital equivale a 1% e essas pessoas deverão utilizar equipamentos das instituições onde serão aplicadas as provas.

A partir de 2021, os estudantes vão poder escolher entre os dois formatos de prova. Tanto as questões de múltipla escolha quanto a redação vão passar pela transição. O valor da inscrição vai ser o mesmo para todos e para as Pessoas Privadas de Liberdade a digitalização do Enem vai ocorrer somente em 2026.

Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (3), em Brasília, o Ministério da Educação (MEC) anunciou mudanças significativas que devem impactar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir de 2020, segundo a pasta, o Enem iniciará um processo de digitalização, em que parte das provas serão respondidas via computador. A promessa é que em 2026 todo o processo seletivo deixe de ter papel impresso, passando a ser aplicado apenas via máquina.

A redação, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização da prova, passará a ser feita por meio de computador. Dessa forma, de maneira paulatina até 2026, os textos manuscritos serão extinguidos.

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“A prova de redação será digitada”, anunciou o presidente do Inep, Alexandre Lopes. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, garantiu que o candidato, ao finalizar o texto, poderá receber a redação eletronicamente em PDF. 

O MEC e o Inep reforçaram que, em 2020, será iniciado um projeto-piloto. Cerca de 50 mil estudantes deverão ser submetidos ao processo de maneira opcional. O modelo tradicional ainda será aplicado, mas, com o decorrer dos anos, até 2026, ele será eliminado aos poucos.

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Cinquenta mil alunos de 15 capitais diferentes poderão escolher fazer o Enem Digital em 2020. A medida foi anunciada pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Alexandre Lopes, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (3).

No ano de 2020, o modelo piloto que será aplicado aos 50 mil alunos custará R$ 20 milhões aos cofres públicos e os candidatos poderão, no ato da inscrição, escolher ou não fazê-lo. Se a aplicação não funcionar, os alunos poderão fazer a prova novamente. “O aluno que optar pelo modelo digital não será prejudicado. Se ele tiver algum problema na prova ele será redirecionado para o Enem tradicional, que vai ser aplicado normalmente”, afirmou Lopes. As capitais não foram detalhadas na coletiva de imprensa.

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A prova digital terá os mesmos moldes na prova de papel para garantir a isonomia da aplicação. Segundo o ministro, as datas previstas para a aplicação do Enem digital são 11 e 18 de outubro de 2020. O exame regular, por sua vez, deve ser realizado nos dias 1 e 8 de novembro de 2020. 

O Ministério da Educação não vai comprar computadores para a realização das provas. “A gente não vai usar computadores, a gente vai usar bases instaladas que já têm hoje, Quando a gente pensa em fazer uma prova a gente procura o que? Uma sala com cadeiras com braço para fazer”, compara Lopes. 

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital poderá começar a ser testado neste ano por candidatos treineiros, estudantes do 1º ou 2º ano do ensino médio que fazem o Enem apenas como o teste. A informação consta no edital do exame, publicado nessa segunda-feira (18) no Diário Oficial da União. O texto diz que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) "poderá convidar participantes" para a aplicação do Enem Digital.

A ideia de tornar a prova do Enem digital foi anunciada pelo então ministro da Educação, Cid Gomes, que fez uma consulta pública para o novo modelo. Com a prova digital, o candidato poderá agendar uma data para fazer o exame em um dos locais de prova autorizados pelo Ministério da Educação (MEC).

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As questões serão sorteadas em um banco público de itens nas quatro áreas de conhecimento do exame – linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias. Atualmente, o banco de questões é secreto, e o exame é impresso e feito apenas uma vez por ano, em uma mesma data para todos os candidatos.

A intenção de testar o modelo com os treineiros havia sido anunciada pelo MEC, que não havia confirmado, no entanto, que isso poderia ser feito já nesta edição. O edital define os treineiros como participantes com menos de 18 anos que concluirão o ensino médio após 2015. Os resultados obtidos na prova não poderão ser usados para certificar o ensino médio nem para ingressar no ensino superior, "destinam-se exclusivamente para fins de avaliação de conhecimentos", diz o edital.

O Enem será nos dias 24 e 25 de outubro. As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 25 deste mês. 

A nota do Enem é usada pelos estudantes para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O exame também pode ser usado para ingressar no ensino técnico, para participar do Programa Ciência sem Fronteira e para certificar o ensino médio.

O Ministério da Educação (MEC) vai manter o plano de digitalizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa. A ideia foi anunciada pelo ex-ministro da Educação, Cid Gomes, que fez uma consulta pública online sobre a mudança. O novo formato prevê a aplicação da prova online.

Com isso, o candidato poderá agendar uma data para fazer o Exame em um dos locais de prova autorizados pelo MEC. As questões serão sorteadas em um banco público de itens nas quatro áreas de conhecimento do exame – linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias. Atualmente, o banco de questões é secreto, e o exame é impresso e realizado apenas uma vez por ano, em uma mesma data para todos os candidatos.

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Nessa segunda-feira (6), após a transmissão do cargo para o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o secretário disse, em coletiva de imprensa, que os treineiros, estudantes do 1º ou 2º ano do ensino médio que fazem o Enem apenas como o teste, poderão ser os primeiros a experimentar o novo sistema. "[O formato] ainda está em estudo. Aqueles que fazem o [exame] para treinamento, portanto, não têm pretensão a uma vaga, poderemos iniciar com esses estudantes", disse.

Segundo ele, o plano de tirar o Enem do papel e torná-lo digital é antigo. Agora, com base na consulta pública já finalizada, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estuda a possibilidade da migração. Segundo Costa, isso não ocorrerá em 2015. O secretário executivo explica que, para que a digitalização seja possível, haverá antes o aumento do banco de itens.

A nota do Enem é usada pelos estudantes para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Mais de 6,2 milhões de candidatos participaram da última edição do exame, em 2014.

O novo ministro da Educação, Janine Ribeiro, comprometeu-se a manter também o Programa Diretor Principal, anunciado por Cid Gomes e que também passou por consulta pública. "Tem um grande número de escolas com mais de 600 alunos. Nelas que se concentrou a ideia de o governo federal dar ajuda para qualificar pessoas que pretendem ser diretores e diretoras, para melhorar a gestão", disse. "Temos perdas de valores devido a má gestão, temos que capacitar as pessoas para gerir", completou.

A consulta pública do Ministério da Educação (MEC) que pedia ideias para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com foco na versão online, recebeu mais de 36 mil opiniões. O procedimento teve início no dia 2 deste mês e foi finalizado nessa terça-feira (17).

O público respondeu a um formulário com três perguntas sobre a ampliação do banco de itens nas quatro áreas de conhecimento do Enem. A ideia foi aprimorar a logística, segurança e aplicação do Exame. De acordo com o secretário-executivo do MEC, Luiz Claudio Costa, as opiniões vão servir para o aprimoramento da prova. “A participação da sociedade na consulta demonstra a importância desse programa como principal porta de acesso democrático no ensino superior brasileiro. Com certeza, essas sugestões vão servir para um aprimoramento ainda maior do Enem”, disse Costa, conforme informações do MEC.

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