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“Educar é alimentar a alma de conhecimento”. Essa é a frase que o professor e coordenador do centro de línguas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), José Feliciano, utilizou para definir a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), antes de subir ao palco para proferir sua palestra sobre Educação Internacional, um dos muitos eventos da Semana.
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Ao todo, mais de 22 mil palestras, mesas-redondas, aulas, exibições, minicursos e atividades compuseram a programação da SNCT. Só em Pernambuco foram 1.269 ações, distribuídas entre 66 polos, em 31 cidades. Escolas técnicas, federais e de ensino regular, faculdades, universidades, instituições públicas e privadas, abriram suas portas para receber o nono ano da SNCT.
Com o tema “Sustentabilidade, Erradicação da Pobreza e Economia Verde”, a SNCT tem como meta mobilizar a população, principalmente jovens e crianças, para fomentar atividades científicas e tecnológicas, e propõe a inovação e a descoberta desses assuntos que muitas vezes parecem tão distantes do convívio de muitos participantes.
As ações de cada estado foram organizadas por instituições ligadas à ciência e a pesquisa. Em Pernambuco, o Espaço Ciência foi responsável por coordenar tantas instituições. Moabia Ferreira, umas das coordenadoras de alguns eventos, destaca a troca de informações como o maior ganho da Semana. “É muito legal ver estudantes participando dos eventos, curiosos e ávidos por informações”, destaca. Segundo ela, as exibições do Espaço Ciência atrairam um público médio de 400 pessoas por dia. “Em alguns dias recebemos até sete escolas”, destaca.
“Esse comparecimento do público foi essencial para definir o sucesso dos eventos”, é como define o Capitão Ronaldo Pereira, do Colégio Militar do Recife (CMR), professor de física e um dos coordenadores na instituição, que além de promover exibições, mostras, aulas e apresentações dos alunos, foi uma das paradas da Caravana da Ciência, o tradicional movimento que leva pesquisadores, alunos e professores de algumas universidades para outros colégios e cidades. “Recebemos a Caravana da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e do Espaço Ciência”, lembra o Ronaldo.
Alguns eventos chamaram a atenção dos participantes, entre eles a mostra do departamento de Oceanografia da UFRPE. As estudantes do nono ano do ensino fundamental do CMR, Ana Vitória e Thaís Vieira, destacaram a mostra de tartarugas marinhas e o risco da poluição para o meio ambiente. “Não imaginava o perigo que o lixo pode causar para esses animais", destacou Ana Vitória, durante a exposição de animais marinhos que foram encontrados mortos nas praias pernambucanas devido a degradação do meio ambiente. “Levamos essa mostra para algumas cidades, sempre é um sucesso”, destacou Marcos André, cientista biológico que participou do evento.
Apesar do nome, as ações não se resumiam apenas a mostras biológicas e científicas. Eventos como a palestra Estudos Internacionais no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) movimentaram alunos e interessados na área para esclarecer dúvidas e conhecer mais sobre outras áreas.
Moacir Machado, diretor de pesquisa, graduação e pós-graduação do IFPE, lembra que a importância desse evento vai muito além das pesquisas. “Temos que pensar nessa semana como uma forma de gerar e elevar todas as áreas do conhecimento para o maior público possível”, comentou.
O evento ainda recebeu o Cônsul Geral da Alemanha no Nordeste, Thomas Wulfing, que destacou a importância de se atualizar e promover a educação. “O mundo globalizado está cada dia menor. É preciso aproveitar o momento para se qualificar na mesma velocidade que o Brasil se desenvolve”, afirmou o Cônsul.
As 619 cidades participantes encerram sua programação na manhã deste domingo (21), onde devem reunir inúmeros participantes e instituições que promoveram a Semana. Em Pernambuco, Garanhuns será a cidade em que ocorrerá o encerramento, a partir das 15h.