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Nesta terça-feira (21), o governador do Estado, Eduardo Campos, anunciou o reajuste das bolsas de pós-graduação (mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado) sob responsabilidade da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). O anúncio aconteceu no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
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As bolsas de mestrado passam de R$ 1.200,00 para R$ 1.525,00 a partir deste mês de agosto, representando um reajuste de 27%. Para os doutorandos, o reajuste será de 36%, e as bolsas passam de R$ 1.800,00 para R$ 2.440,00.
“É uma satisfação dar continuidade ao esforço que o Estado tem feito pela qualidade da educação. Investindo na pesquisa, na ciência e na tecnologia estamos investindo também nas pessoas e na construção de um futuro melhor e de uma sociedade mais equilibrada. Antes se transformava dinheiro em pesquisa. Agora estamos aprendendo a também transformar pesquisa em dinheiro. E isso não é vergonha! Os resultados desses estudos podem ser revertidos em um saneamento mais eficiente, na construção de casas populares maiores, na contenção de encostas, na drenagem. É papel também dos centros de ciência mudar as vidas das pessoas que não tiveram o mesmo acesso à educação e à pesquisa. São descobertas milionárias, não só financeiramente, mas também sociais, que ajudarão a mudar a vida de muita gente”, declarou Eduardo Campos.
A situação exposta pelo governador já faz parte da realidade dos doutorandos do programa de pós-graduação em inovação terapêutica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Formada por uma equipe multidisciplinar, com profissionais oriundos de várias graduações – como farmácia, ciências biológicas e geografia – a especialização tem por objetivo atender as demandas da sociedade. “É muito válido o incentivo do Governo do Estado para a carreira acadêmica. Os artigos, as patentes se dedicam a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Essa é a função social da pesquisa”, aponta o doutorando Douglas Viana. “Sem contar que, às vezes, a bolsa é a única fonte de renda para alguns estudantes. Se engana quem pensa que quem pesquisa não trabalha. É um trabalho árduo sim, que muitas vezes não tem hora para começar nem acabar. Trabalhamos na universidade, em casa, nos momentos de leitura, é uma dedicação integral”, complementa a também doutoranda Marina Pitta.
No início deste ano, o número de bolsas concedidas pela Facepe foi ampliando em 20%. Com a medida, o mestrado ganhou mais 56 bolsas, passando de 280 para 336. Já as bolsas para doutorado passaram de 150 a 180. O investimento da Facepe em bolsas de pós-graduação chega a R$ 23,4 milhões em 2012. “Esse é um esforço do Governo do Estado em investir na inovação para incluir e empreender. E não há inovação sem ciência e tecnologia, nem sem educação”, disse o secretário de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja.
Investimento
Desde 2008 a Facepe passou a oferecer, anualmente, 280 bolsas de mestrado e 150 de doutorado, investindo R$ 5,34 milhões no primeiro ano. Em 2009, o programa ampliou a oferta de bolsas e o investimento passou dos R$ 12,6 milhões. No ano de 2010, foram formados os primeiros mestres, dando lugar a 280 novos mestrandos e continuando a oferta de 150 novas bolsas de doutorado. O investimento chegou a R$ 16,9 milhões. Em 2011, foi repetido o mesmo processo e o total anual chegou a R$ 21,24 milhões.
A partir de 2012, 280 novos mestres e 150 novos doutores serão formados por ano. Como o investimento é crescente, o fluxo continuará aumentando nos próximos anos. Com o incremento da oferta e dos valores das bolsas, a Facepe vai investir em 2013 cerca de R$ 30 milhões. A Facepe forma anualmente 12% do corpo de doutores do Brasil.
“É o crescimento constante deste programa iniciado em 2008, permitindo que os projetos de pesquisa tenham como objetos de estudos assuntos relevantes ao desenvolvimento do Estado”, declarou o presidente da Facepe, Diogo Simões.