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No último dia da viagem à Bolívia, o papa Francisco teve um encontro emocionante com detentos do presídio de Palmasola, na periferia de Santa Cruz de la Sierra, onde ouviu denúncias de dificuldades de acesso à Justiça e corrupção e relatos de superlotação, violência e má qualidade da alimentação.

Em discurso, o papa pediu respostas imediatas para tantos problemas e melhores condições nas cadeias. "Reclusão não é o mesmo que exclusão", afirmou. "São muitos os elementos que jogam contra, sei muito bem, a superlotação, a lentidão da justiça, a fala de terapias ocupacionais e de políticas de reabilitação, a violência fazem necessária uma rápida e eficaz aliança institucional para encontrar respostas", afirmou.

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O pontífice optou por um pronunciamento mais voltado para a solidariedade com os presos, em vez de cobranças diretas de providências contra a corrupção e as injustiças. "Sou um homem perdoado que foi e é salvo dos seus pecados", disse a homens e mulheres que cumprem pena em Palmasola. "Eu também tenho meus erros e devo fazer penitências", afirmou. Palmasola é considerado o presídio mais violento da Bolívia.

O papa pediu aos presos que se ajudem mutuamente e busquem na religião um alívio para o sofrimento na cadeia. Disse que o sofrimento e a privação de liberdade podem levar ao egoísmo, à violência e ao desespero. "O diabo procura a briga", afirmou. Francisco lembrou os discípulos Pedro e Paulo, que também estiveram presos. "Eles rezaram, e (outras pessoas) rezaram por eles. Duas ações que geram entre si uma rede que sustenta a vida e a esperança", afirmou.

Condenado a 20 anos por homicídio, o detento Andres de Jesus, de 22 anos, em Palmasola desde os 19, disse que, no início, se admirou com os presos dormindo no chão, mas hoje vê com naturalidade e lembrou a rebelião de presos que deixou 35 pessoas mortas em 2013. "Alguns dormem como bichos, como animais e isso hoje me parece comum. Precisamos de alimentação digna, programas reais de reabilitação social e verdadeira justiça", afirmou.

A presa Ana Lia Parada, encerrou aos prantos um discurso em que denunciou o "terrorismo jurídico", em que apenas os que podem pagar advogados caros têm acesso à Justiça. Ela pediu que o papa interceda pela libertação de presas idosas, com doenças terminais e que já tenham cumprido um terço da pena, no caso das condenadas a mais de trinta anos.

Bispo responsável pela pastoral penitenciária, o monsenhor Jesús Juárez, também fez graves denúncias em discurso ao papa: "É escândalo a demora da justiça na Bolívia onde 24% dos presos não têm sentença, estão custodiados".

O papa chegou em carro fechado ao presídio, mas passou para um veículo aberto depois de passar pelo portão de entrada. De maneira ainda mais afetuosa que em outros compromissos no país, cumprimentou presos, agentes penitenciários, voluntários e muitas crianças. (Luciana Nunes Leal, enviada especial)

Preta Gil tinha planos de começar a praticar para ter um novo herdeiro já em sua lua de mel com o marido, Rodrigo Godoy. Pois o desejo da cantora de ter um bebê em sua vida foi atendido, só não exatamente como ela esperava.

Ela, que é mãe de Francisco, fruto do seu relacionamento com o ator Otávio Müller, vai ser vovó! Isso mesmo, aos 40 anos de idade, a cantora vai ter um pequenino (ou pequenina!) a chamando de vó, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

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Após o casamento para lá de extravagante, essa pode até não ser a novidade que a cantora esperava ouvir de seu filho, que tem 20 anos de idade. Isso porque ela mesma planeja ter outro filho, desta vez com o atual marido. Será que ela vai um tio para o seu futuro neto?

O presidente cubano Raúl Castro teve neste domingo (10) uma reunião privada de 55 minutos com o Papa Francisco, na Cidade do Vaticano, e agradeceu a sua contribuição à aproximação entre Cuba e os Estados Unidos.

Castro chegou ao local às 9h30 locais (4h30 em Brasília) e dirigiu-se à audiência privada com o pontífice. Em setembro, o Papa Francisco, que intermediou a aproximação entre Cuba e os Estados Unidos, deve viajar até a ilha caribenha.

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A reunião com Castro foi um pouco mais demorada do que a que o Papa Francisco manteve em março do ano passado com o presidente norte-americano, Barack Obama, que durou 52 minutos, mas que se realizou com intérprete. O encontro de hoje foi uma conversa privada em espanhol. “Agradeci ao Santo Padre pela contribuição na aproximação entre Cuba e os EUA”, disse Castro, ao final da audiência. O presidente cubano conversou ainda com o papa sobre o drama da imigração no Mediterrâneo.

Raúl Castro ofereceu a Francisco um quadro de grandes dimensões do artista cubano Alexis Leyva Machado. A pintura representa uma grande cruz feita com vários barcos e uma criança que reza diante dela.

O artista, presente no ato após a reunião privada, explicou ao papa que quis aludir à tragédia que sofrem milhares de pessoas que tentam chegar à Europa a partir do Norte de África. “Que inspiração!”, respondeu o pontífice, ao receber a oferta, um procedimento habitual nas visitas ao pontífice e que nesta ocasião foi muito breve, cerca de cinco minutos.

Castro também ofereceu ao papa uma medalha que comemora o 200º aniversário da Catedral de Havana, da qual só existem 25 exemplares. O papa, por seu lado, ofereceu a Castro um medalhão de San Martín de Tours, patrono de Buenos Aires, e a sua exortação apostólica Evangelii Gaudium.

O embaixador homossexual escolhido pela França para representar o país perante o Vaticano foi recebido no sábado pelo Papa em pessoa, que confirmou sua recusa em aceitar sua candidatura, segundo matéria que será publicada esta quarta-feira no semanário satírico francês Canard Enchaîné.

Uma fonte próxima do processo confirmou à AFP o encontro entre o Papa e o diplomata Laurent Stefanini, sem revelar o conteúdo.

De acordo com a revista, que tinha anunciado a oposição da Santa Sé à indicação de Laurent Stefanini ao cargo de embaixador francês no Vaticano, o papa Francisco recebeu no sábado, "muito discretamente", o diplomata, homossexual assumido e católico convicto.

O papa disse "não ter nada contra ele, mas que, em compensação, não apreciou nem 'o casamento para todos', nem os métodos do Eliseu, que tentou forçar uma situação", prosseguiu a Canard.

Em 15 de abril, o porta-voz do governo francês Stéphane Le Foll tinha indicado que Laurent Stefanini seria mantido "a indicação da França".

Paris e o Vaticano travam há três meses uma queda de braço motivada pela escolha do novo embaixador da França na Santa Sé. Nomeado no começo de janeiro pelo presidente francês, François Hollande, Laurent Stefanini aguarda, em vão, sua acreditação pela Santa Sé, um silêncio que equivale a uma reprovação.

Laurent Stefanini, de 55 anos, conhece bem o Vaticano por já ter trabalhando como ministro conselheiro na embaixada francesa na Santa Sé entre 2001 e 2005. Depois, o diplomata foi conselheiro do ministro francês das Relações Exteriores para assuntos religiosos, antes de se tornar chefe do protocolo do Eliseu em 2010, durante a Presidência de direita de Nicolas Sarkozy, depois de seu sucessor, o socialista François Hollande.

Embora seja um católico fervoroso, ele não esconde sua homossexualidade, mesmo levando uma vida discreta e não tendo se casado, nem mesmo celebrado uma união civil.

Vários meios de comunicação anteciparam que a origem do veto seria o papa Francisco, que estaria cobrando a conta ao governo francês pela lei do casamento homossexual, aprovada em 2013.

Segundo o Canard Enchaîné, o presidente francês busca, agora, um novo postulante para o cargo.

O papa Francisco pediu novamente nesta segunda-feira que a comunidade internacional tome alguma atitude em face dos recentes massacres de cristãos em diversas partes do mundo e disse: "não desviem o olhar". O pontífice tem denunciado com frequência ultimamente os extremistas islâmicos que atacaram cristãos em partes da Ásia, do Oriente Médio e da África.

Em uma mensagem a peregrinos e turistas na Praça de São Pedro, Francisco elogiou os que "sensibilizam a opinião pública acerca da perseguição de cristãos pelo mundo".

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Ainda que o papa não tenha indicado uma campanha em particular, ele exortou a "participação concreta e a ajuda tangível na defesa e proteção dos nossos irmãos e nossas irmãs que são perseguidos, exilados, assassinados e decapitados somente por serem cristãos".

Em sua mensagem da Sexta-Feira Santa, o papa denunciou o que chamou de "silêncio cúmplice" de quem não responde aos ataques dos cristãos.

"São nossos mártires de hoje, e são muitos. Podemos dizer que são mais numerosos que os dos primeiros séculos", afirmou Francisco.

"Espero que a comunidade internacional não permaneça muda e inerte ante semelhantes crimes inaceitáveis, que constituem uma erosão preocupante dos direitos humanos mais elementares. Realmente espero que a comunidade internacional não lhes desvie o olhar", disse o pontífice à multidão, a partir de uma janela do Palácio Apostólico.

O avanço dos milicianos do Estado Islâmico tem obrigado que as antigas comunidades cristãs a fugir do Iraque, e Francisco tem se esforçado para transmitir-lhes a solidariedade da Santa Sé.

No Domingo de Páscoa, o cardeal Fernando Filoni celebrou uma missa em uma zona curda do Iraque e na véspera encabeçou as orações em um campo de refugiados em Irbil. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco lavou os pés de doze detentos e um bebê na principal prisão de Roma nesta Quinta-Feira Santa, em um ritual de preparação para a Páscoa que mostra a sua vocação de servir.

Enquanto os presos choravam, Francisco ajoelhava-se, derramava água de um jarro de água no pé de cada um e os secava. Em seguida, beijava os pés dos presos, reencenando o ritual que Jesus realizou antes de ser sacrificado.

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Os detentos incluíam seis homens da prisão da Rebibbia e seis mulheres do centro de detenção feminino das proximidades. Uma delas carregava no colo seu filho, que também teve seus pés lavados.

Francisco revolucionou a cerimônia do lava-pés, convidando mulheres e não-católicos para o ritual. As regras do Vaticano dizem que a cerimônia deve ser realizada com homens, já que os apóstolos eram todos do sexo masculino.

Em uma homilia feita na capela da prisão, Francisco procurou dar esperança aos detentos, dizendo-lhes que Jesus os amou até o ponto de dar sua vida por todos e por cada um deles.

"Ele fez isso para você, para você, para você e para mim", pregou o pontífice, apontando para o presos. "Para todos com um primeiro e um último nome. Porque seu amor é pessoal." Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco, que adora pizza e alguns doces argentinos, ganhou peso e deve entrar em um regime, informou a imprensa italiana, que cita seus médicos.

Aqueles que o conheciam antes de sua eleição como chefe da Igreja em 2013 têm observado um ganho de peso, devido principalmente a uma dieta mais rica e à falta de exercícios, ao contrário do estilo de vida mais espartano do que o vivido em Buenos Aires, sua cidade natal.

De acordo com a imprensa italiana, os médicos do Papa, de 78 anos, recomendaram que ele coma menos massas para perder quilos e, assim, aliviar a dor devido à dor ciática que ele sofre regularmente. Ele tem recorrentes problemas nas costas.

Em uma recente entrevista com a televisão mexicana, Francisco assegurou que o seu maior desejo seria escapar do Vaticano para passear em Roma e comer pizza.

Um chefe da Guarda Suíça revelou em um livro de receitas publicado recentemente que o Papa gostava particularmente de doce de leite.

Em discurso neste domingo na Praça de São Pedro, o papa Francisco incentivou o mundo a proteger a água para garantir seu fornecimento a todos. Neste dia 22 de março, a Nações Unidas promove o Dia Internacional da Água.

O papa citou São Francisco de Assis e falou da água como "o mais essencial elemento para a vida" e disse que "o futuro da humanidade depende da nossa habilidade para cuidar e dividi-la".

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Ele encorajou governantes a garantir que o abastecimento de água seja protegido e acessível a todos. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco celebrou o segundo aniversário de sua surpreendente eleição prevendo que não deverá ser pontífice por muito tempo. Em uma entrevista à emissora mexicana Televisa, transmitida parcialmente na noite desta quinta-feira, o papa disse que tem a sensação que seu pontificado será breve. "Quatro ou cinco anos, não sei, talvez até mesmo dois ou três. Bem, já se passaram dois anos", disse Francisco.

Francisco havia dito previamente que acreditava que seria papa por dois ou três anos e que o precedente aberto pela renúncia de Bento XVI, em 2013, não devia ser considerado excepcional.

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O papa afirmou que não é ruim ser papa, porém o que ele mais sente falta é da liberdade. "A única coisa que eu gostaria de fazer é poder sair um dia sem que ninguém me reconheça e comer uma pizza", afirmou, gargalhando. Durante uma missa nesta sexta-feira, Francisco também anunciou um Ano Santo extraordinário a partir do dia 8 de dezembro para que a Igreja se concentre no perdão e na misericórdia.

É apenas a 27ª vez na história que a Igreja Católica proclama um Ano Santo. O anterior foi convocado por João Paulo II em 2000 para celebrar o começo do terceiro milênio.

Os anos santos permitem que os católicos recebam indulgências especiais, uma forma de fazer as pazes com seus pecados além da absolvição concedida pela confissão. O ano começa com a abertura simbólica da Porta Santa na Basílica de São Pedro.

Em sua homilia, Francisco afirmou que a Igreja deve manter sempre suas portas abertas para não excluir ninguém de sua misericórdia divina. "Quanto maior o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja demonstra àqueles que se convertem", afirmou. Fonte: Associated Press.

A franqueza do papa Francisco o colocou em dificuldades mais uma vez. Nesta quarta-feira, o Vaticano se esforçava em sanar um conflito diplomático depois que o pontífice disse que a Argentina corria o risco de se "mexicanizar" por causa do aumento da violência do narcotráfico.

O Vaticano disse que enviou uma nota ao embaixador mexicano, insistindo que Francisco de modo algum "pretendeu ferir os sentimentos do povo mexicano" com essa afirmação e que ele também não criticou a luta antidrogas do governo mexicano.

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O pontífice usou o termo em um e-mail destinado a um amigo argentino, o deputado Gustavo Vera, que participa da luta contra o narcotráfico. O legislador publicou a mensagem no site da Fundação Alameda, da qual é diretor.

O México apresentou uma queixa formal ante o Vaticano em uma reunião com o embaixador da Santa Sé no país e em uma nota de protesto disse que o governo "estava comprometido na luta contra os cartéis e que não há sentido em estigmatizar o país".

Em um comunicado, o Vaticano disse que as palavras do papa eram parte de um e-mail pessoal e que o pontífice apenas repetiu uma frase usada por seu amigo. O Vaticano insistiu que, de modo algum, Francisco subestimou a luta do México contra o narcotráfico.

"O papa somente se propôs a destacar a gravidade do fenômeno do narcotráfico que afeta o México e outros países latino-americanos", afirmou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi.

Esta não foi a primeira vez que a franqueza do pontífice causou dores de cabeça à Cúria.

Em janeiro, Lombardi teve de explicar que Francisco não justificava a violência quando, em reação ao atentado contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, Francisco disse que quem insulta sua mãe pode esperar "um soco" como resposta.

Francisco também teve de se justificar quando comentou que os católicos não deveriam se reproduzir "como coelhos" e elogiou as famílias numerosas, dizendo que elas seriam um dom de Deus. Fonte: Associated Press.

O Vaticano fez algo sem precedentes nesta quarta-feira (18) ao dar a um grupo de lésbicas e gays católicos assentos especiais na audiência geral semanal com o papa Francisco.

Porém, em um sinal que a recepção não era total, os peregrinos do ministério New Ways foram identificados na lista de assistentes como um "grupo de laicos acompanhados por uma freira de Loreto".

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E nem sequer foram anunciados: quando o monsenhor a cargo da cerimônia leu a lista dos diferentes grupos de peregrinos presentes na Praça de São Pedro, não foi mencionado o New Ways. Tampouco o papa Francisco os citou.

Apesar disso, os representantes da New Ways se mostraram satisfeitos de terem sido convidados para se sentar à frente da audiência pelo monsenhor Georg Gaenswein, o prefeito da Casa Pontifícia, que entrega os cobiçados bilhetes reservados para as audiências com Francisco.

Durante anos, Gaenswein foi o principal assistente do papa emérito Bento XVI. Quando Bento dirigia a Congregação para a Doutrina da Fé, proibiu permanentemente os fundadores do Ministério New Ways, a freira Jeannine Gramick e o padre Robert Nugent, de celebrar para gays depois de determinar, em 1999, que não eles não haviam absorvido suficientemente os ensinamentos da Igreja sobre o "mal intrínseco" dos atos homossexuais.

Nugent, que morreu no ano passado, obedeceu a diretiva. Gramick, no entanto, continuou seu ministério e mudou para a ordem religiosa Irmãs de Loreto, e na quarta-feira estava presente na audiência.

"O papa Francisco me dá esperanças", disse Gramick à Associated Press. "Para mim, é um exemplo da classe de sacerdotes que procuram dar apoio aos que estão alijados do centro de poder na Igreja."

O diretor executivo do grupo, Francis DeBernardo, disse que o New Ways já havia tentado sem sucesso obter assentos exclusivos para os seus peregrinos que viajam a Roma. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco enfatizou o direito à alimentação como fundamental em discurso em vídeo neste sábado (7) a 500 especialistas no tema que começarão a trabalhar em um documento para sensibilizar e propor soluções para questões como fome, obesidade e desperdício de alimentos.

Francisco citou o paradoxo da abundância descrito pelo Papa João Paulo II - em que há comida para todos mas nem todos podem comer -, afirmando que isso continua sendo um problema, apesar dos esforços da comunidade internacional.

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O Papa falou a um grupo de especialistas incumbidos de preparar a chamada Carta de Milão, que tenta obter compromissos de governos, organizações e indivíduos durante a feira mundial Expo 2015 para resolver questões como garantia da segurança do acesso aos alimentos, diminuição do desperdício e combate à fome e à obesidade. A Itália é a sede da Expo 2015, que vai de 1º de maio a 31 de outubro.

Ele exortou os participantes a se concentrar em resolver "as causas estruturais da pobreza", e não apenas situações de emergência, e a manter a dignidade do ser humano no cerne da política econômica.

O governo italiano quer que a Carta de Milão seja o legado da Expo 2015, aumentando a consciência sobre o direito universal a um suprimento de alimentos "saudáveis, seguros e suficientes", disse o ministro da Agricultura da Itália, Maurizio Martina.

O documento será entregue a 145 ministros da Agricultura que se reunirão em Milão em junho a fim de obter novas contribuições. A carta será então apresentada em outubro, no fim da Expo 2015, ao secretário-geral da ONU. Fonte: Associated Press.

Cabeleireiro grátis, banho e guarda-chuva: o Vaticano ajuda os muitos indigentes sem-teto que perambulam em meio aos turistas no bairro da praça de São Pedro, reportaram nesta quinta-feira (5) meios de comunicação italianos.

Sob incentivo do capelão do papa, o prelado polonês Konrad Krajevski, serão abertas nesta sexta-feira, junto à Colunata de Bernini, duchas que foram instaladas durante a restauração dos banheiros públicos, noticiou a imprensa.

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Às segundas-feiras, quando os salões fecham, cabeleireiros trabalharão de graça no mesmo lugar. Com a aprovação do papa Francisco, o Vaticano prevê distribuir centenas de guarda-chuvas, o que não custará nada, pois os acessórios distribuídos são aqueles esquecidos pelos turistas no guarda-volumes dos Museus do Vaticano ou da Basília de São Pedro.

Por ocasião de seu aniversário, em dezembro, o papa Francisco distribuiu a indigentes 400 sacos de dormir com o emblema papal.

O Papa Francisco elogiou neste sábado os "passos em frente" dados no diálogo com as outras religiões, incluindo o Islã, lembrando que "mal-entendidos e dificuldades" foram registradas nos últimos tempos.

"Passos em frente no diálogo interrreligioso, inclusive com os seguidores do Islã, foram dados nos últimos anos, apesar de alguns mal-entendidos e dificuldades", disse o Papa. Francisco recebeu os participantes de um encontro organizado pelo Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (PISAI), por ocasião do 50º aniversário da sua criação.

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O Papa argentino descreveu como "essencial" estar em sintonia uns com os outros, porque é "um processo necessário de compreensão mútua e de coexistência pacífica". Os 50 anos do PISAI mostram que a Igreja Católica tem entendido "a necessidade de um instituto especificamente dedicado à pesquisa e formação de operadores do diálogo com os muçulmanos."

"Talvez nunca como agora sentimos essa necessidade, porque o antídoto mais eficaz contra qualquer forma de violência é a educação para a descoberta e aceitação das diferenças", assegurou o Papa.

O Papa Francisco deixou claro nos últimos meses seus pensamentos sobre as questões relacionadas com o terrorismo islâmico. Em novembro passado, durante sua viagem à Turquia, ele pediu que todos os líderes, políticos, intelectuais muçulmanos religiosos condenassem "claramente" o terrorismo islâmico.

Ao mesmo tempo, após o trágico ataque contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo, o Papa disse que, embora a liberdade de expressão seja "um direito fundamental (...) não podemos provocar, não podemos insultar a fé dos outros".

O papa Francisco, que considera a Ásia uma terra de conquista para o catolicismo, deixou Manila na manhã desta segunda-feira ao fim de um intenso giro pelo Sri Lanka e Filipinas onde, diante de um número recorde de fiéis, condenou o materialismo e a corrupção.

Aos 78 anos, o Papa argentino pareceu suportar bem o ritmo pesado de sua viagem, marcada por deslocamentos a províncias e pela presença de multidões.

Na manhã desta segunda-feira, dezenas de milhares de filipinos se aproximaram para aclamá-lo junto a uma estrada que conduz ao aeroporto. Os filipinos ainda compartilham um pouco da língua dos colonos espanhóis que evangelizaram o arquipélago a partir do século XVI.

O ponto alto desta viagem foi a missa final dominical no Rizal Park de Manila, que reuniu ao menos seis milhões de pessoas, segundo as autoridades, um número recorde para uma concentração de cristãos.

"As Filipinas são o principal país católico da Ásia. É um dom de Deus, uma bênção! Mas também uma vocação! Os filipinos estão convocados a ser missionários da fé na Ásia", continente no qual os católicos representam apenas 3% da população, disse.

Segundo as autoridades locais, o recorde anterior de uma concentração papal no mundo data de 1995, quando João Paulo II reuniu cinco milhões de pessoas também nas Filipinas, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"A fé das pessoas comuns é imensurável", exclamou Francisco, citado pelo arcebispo de Manila, cardeal Luis Antonio Tagle.

Ameaças insidiosas

O Papa entusiasmou os filipinos, 25% dos quais vivem com menos de 60 centavos de dólar diários, denunciando as desigualdades chocantes e a corrupção.

Também lançou vários apelos a favor da família tradicional, denunciando o relativismo, as ameaças insidiosas e a confusão sobre o casamento e a sexualidade em um país de 100 milhões de habitantes, dos quais mais de 80% são católicos fervorosos.

Uma crítica velada às medidas defendidas pelo presidente Benigno Aquino, que, em nome do controle da natalidade nas populações carentes, levou à adoção de uma lei que permite a distribuição de preservativos e o ensino de métodos de controle familiar nas escolas.

Centenas de milhares de mulheres abortam clandestinamente todos os anos nas Filipinas, e muitos homens e mulheres vivem juntos sem estar casados, enquanto o divórcio segue proibido.

"O Papa quis nesta viagem dar um impulso por uma via concreta em direção a uma sociedade filipina mais coerente com os valores cristãos", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

No sábado, viajou a Tacloban (centro-leste) para se encontrar com sobreviventes do supertufão Haiyan (7.300 mortos e desaparecidos em novembro de 2013), muitos dos quais vivem completamente desamparados mais de um ano depois da tragédia natural.

"Quando vi a partir de Roma esta catástrofe, senti que precisava estar aqui e, em seguida, decidi fazer a viagem (...) Quis vir para estar com vocês. Um pouco tarde, me dirão, mas estou...", disse.

Francisco planejava permanecer ali todo o sábado, mas precisou voltar precipitadamente a Manila devido à chegada de uma tempestade tropical.

Não zombar da fé do próximo

Antes, no Sri Lanka, país de maioria budista no qual os católicos representam apenas 7%, Francisco lançou apelos à boa coabitação religiosa e à busca da verdade sobre os massacres registrados durante 30 anos no conflito entre o exército e a rebelião tamil.

No avião que o levava às Filipinas, participou do debate sobre a liberdade de expressão que explodiu após o atentado mortífero contra a revista francesa Charlie Hebdo, considerando que este direito fundamental não autoriza a insultar ou zombar da fé do próximo.

"Se um grande amigo fala mal da minha mãe, pode esperar um soco, é normal", disse. Estas declarações foram muito comentadas nas redes sociais.

Embora ainda não tenha pisado em solo africano desde sua eleição, em março de 2013, Francisco realizou sua segunda viagem à Ásia, depois de visitar a Coreia do Sul em agosto de 2014.

No Vaticano observa-se que o centro de gravidade do mundo se deslocou à Ásia, e é dada uma atenção particular à China, em plena abertura.

O Papa argentino expressou durante sua viagem à Coreia do Sul sua grande estima pela sabedoria chinesa, e declarou estar disposto a viajar ao país se as autoridades comunistas autorizarem o clero a desempenhar sua tarefa.

O papa Francisco pediu nesta terça-feira o respeito aos direitos humanos e a busca pela verdade no Sri Lanka, no início de uma visita de dois dias a este país, onde as feridas de uma longa guerra civil ainda não cicatrizaram.

Francisco, que posteriormente viajará às Filipinas, pregará pela reconciliação e a unidade durante esta viagem, que ocorre logo depois da surpreendente eleição de um novo presidente.

Neste país ainda dividido entre cingaleses e a minoria tamil, a Igreja tem um papel particular, já que há católicos nas duas comunidades.

O Papa evocou a reconciliação desde sua chegada ao aeroporto de Colombo, em um país marcado por 37 anos de conflito no qual se enfrentaram o exército e a guerrilha tamil, derrotada em 2009.

"A grande obra de reconciliação deve incluir a melhoria das infraestruturas e cobrir as necessidades materiais, mas, também, e ainda mais importante, promover a dignidade humana, o respeito dos direitos humanos e a plena integração de todos os membros da sociedade", declarou.

Os direitos humanos constituem um tema extremamente sensível no Sri Lanka, cujos líderes rejeitaram colaborar com a ONU na investigação sobre as alegações de crimes de guerra cometidos contra civis ao fim do conflito.

"O processo de cura demanda incluir a busca pela verdade", ressaltou.

O Papa foi recebido no aeroporto de Colombo pelo novo presidente, Maithripala Sirisena, que acaba de entrar em funções e que prometeu uma investigação independente sobre estas acusações de crimes de guerra que teriam sido perpetrados sob a presidência de seu antecessor, Mahinda Rajapakse.

"Todos os membros da sociedade devem trabalhar juntos, todos devem ter voz. Todos devem ser livres para expressar suas preocupações, suas necessidades, suas aspirações e seus medos", prosseguiu o Papa.

Mostrando bom aspecto e sorridente, disse aos jornalistas franceses que o acompanham que "havia rezado pela França e voltará a fazê-lo" após os atentados que deixaram 17 mortos na semana passada.

A Ásia privilegiada

No Sri Lanka, país que conta com 70% de budistas, 12% de hindus, 10% de muçulmanos e 7% de cristãos, o diálogo interreligioso deverá tomar nota da mensagem do Papa.

Durante o dia Francisco se reunirá com líderes budistas, hindus e muçulmanos do país. A violência religiosa se multiplicou nos últimos anos na ilha, onde grupos budistas radicais atacaram igrejas e mesquitas para denunciar, segundo eles, a influência destas minorias religiosas.

Na quarta-feira, o Papa realizará uma missa na beira do mar em Colombo que deve contar com a presença de um milhão de pessoas.

Nesta ocasião, canonizará o primeiro santo do Sri Lanka, Joseph Vaz, um missionário proveniente da Índia no fim do século XVII, que, com a ajuda do rei budista, acabou com as perseguições contra católicos.

Em um dos momentos mais emblemáticos de sua visita, o Papa se dirigirá ao santuário mariano de Madhu, em zona tamil, uma região onde a guerra foi muito intensa.

Durante sua sétima viagem fora da Itália desde sua eleição, em 2013, Jorge Bergoglio se reencontrará com as multidões asiáticas, que já lhe deram uma acolhida triunfal em agosto na Coreia do Sul.

Na quinta-feira viajará às Filipinas, com 85% de católicos, onde foram decretados cinco feriados por sua visita em Manila e são esperadas imensas multidões durante sua viagem.

Além de dois encontros com famílias e jovens, os momentos fortes serão a missa no Rizal Park de Manila, onde João Paulo II convocou milhares de fiéis em 1995, e um deslocamento de quase um dia à região de Tacloban.

Nesta zona, atingida em novembro de 2013 pelo tufão Haiyan, celebrará uma missa perto do aeroporto e almoçará com trinta sobreviventes da tragédia.

O papa Francisco e o patriarca ortodoxo Bartolomeu manifestaram apoio neste domingo na Turquia aos cristãos que estão sob a ameaça dos jihadistas no Iraque e na Síria, ao mesmo tempo que afirmaram que não é possível um Oriente Médio sem cristãos".

"Não podemos nos resignarmos a um Oriente Médio sem cristãos, que têm professado o nome Jesus na região durante dois mil anos", afirmaram o papa e Bartolomeu, a principal liderança ortodoxa, em uma declaração comum assinada durante a visita de Francisco a Turquia.

Em uma referência à violência do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, alertaram que os cristãos estão sendo perseguidos e expulsos de suas casas.

"A terrível situação dos cristãos no Oriente Médio não requer apenas oração, e sim a resposta apropriada da comunidade internacional", destacaram.

Os dois líderes religiosos defenderam um diálogo construtivo com o Islã, "baseado no respeito e na amizade".

Também neste domingo, o papa Francisco condenou os ataques de sexta-feira contra uma mesquita da região norte da Nigéria, que chamou de "pecado extremamente grave contra Deus".

"Penso com profunda dor em todas as vítimas deste atentado insensato e desumano que atingiu os fiéis muçulmanos", disse o pontífice em um discurso em Istambul, depois de acompanhar uma "divina liturgia" do patriarca ortodoxo Bartolomeu I.

Pelo menos 120 pessoas morreram e 270 ficaram feridas em vários ataques simultâneos durante a oração de sexta-feira na Grande Mesquita da cidade de Kano.

Nenhum grupo reivindicou o atentado, mas as autoridades nigerianas atribuíram aos jihadistas do grupo Boko Haram, que há cinco anos lideram uma insurreição armada na região norte da Nigéria, de maioria muçulmana.

O Papa Francisco criticou neste sábado (15) o movimento pelo direito de morrer. Segundo ele, é um "falso senso de compaixão" considerar a eutanásia como um ato de dignidade, quando ela é um pecado contra Deus e a criação. Ele fez os comentários em discurso à Associação dos Médicos Católicos Italianos.

No início deste mês, a principal autoridade de bioética do Vaticano classificou como "repreensível" o suicídio assistido da norte-americana Brittany Maynard, que sofria de câncer cerebral terminal e disse que queria morrer com dignidade. Francisco não se referiu ao caso Maynard especificamente.

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Além de criticar a eutanásia, ele também condenou o aborto, a fertilização in vitro ("a produção científica de uma criança") e pesquisas com células-tronco embrionárias ("o uso de seres humanos como experimentos de laboratório para presumivelmente salvar os outros"). "Isso é brincar com a vida", disse o Papa. "Cuidado, porque este é um pecado contra o criador, contra Deus, o criador."

Francisco tem falado com frequência sobre eutanásia. Ele considera o movimento pelo suicídio assistido um sintoma "cultura do descartável", que vê os doentes e idosos como inúteis para a sociedade. O Papa exortou os médicos a tomar decisões "corajosas e contra a corrente" para defender a doutrina da Igreja sobre a dignidade da vida, mesmo que isso exija recorrer à objeção consciente. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco denunciou nesta quinta-feira as "execuções extrajudiciais cometidas por alguns Estados" e chamou os católicos a lutar contra todas as formas de pena de morte, tanto legais como ilegais, aplicadas no mundo.

"Todos os cristãos e homens de boa vontade são chamados a lutar não apenas pela abolição da pena de morte, legal ou ilegal, em todas as suas formas, mas também para que melhorem as condições carcerárias e respeitem a dignidade humana da pessoa que perdeu sua liberdade", afirmou o Papa ao receber no Vaticano uma delegação da Associação Internacional do Direito Penal.

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Com um discurso forte e convincente, Francisco ressaltou que para os católicos "a condenação à prisão perpétua é também uma forma camuflada de pena de morte".

O líder da igreja católica acusou muitos Estados e seus agentes, sem nomeá-los, de autorizar "execuções extrajudiciais ou extralegais, homicídios deliberados", declarou. "Frequentemente são apresentados como confrontos entre criminosos ou consequência do uso necessário, razoável e proporcional da força para aplicar a lei", lamentou.

O Papa criticou o que chamou de "populismo penal" e lamentou os "bodes expiatórios" criados pela política e os meios de comunicação.

Francisco também condenou a detenção preventiva, "quando de forma abusiva busca antecipar a pena, antes da condenação".

Para o pontífice, isso constitui "outra forma contemporânea de pena ilícita e oculta". "A situação é particularmente grave em alguns países e regiões do mundo, onde o número de detidos sem condenação supera 50% do total", denunciou, criticando ainda a "tortura e as penas cruéis e desumanas que muitos Estados adotam com base na segurança nacional".

O Papa Francisco, que visitou no domingo (22) a Albânia, brincou sobre o caráter forte de Madre Teresa, figura nacional, dizendo: "Eu teria medo se ela fosse minha superiora". Jorge Mario Bergoglio conheceu a famosa religiosa do sari branco com bordado azul no Sínodo dos Bispos sobre a Vida Consagrada de 1994 em Roma, três anos antes de sua morte.

De acordo com Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, Francisco lembra de ter "admirado a força, o caráter decisivo das intervenções" de Madre Teresa, que não se deixou "impressionar pela Câmara dos Bispos". "Ela dizia o que queria dizer", declarou o papa ao padre que atuou como seu intérprete na Albânia, afirmando que a religiosa o teria dado "medo" se tivesse sido sua superiora, informou o padre Lombardi à imprensa.

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Para sempre associada com a Índia e a cidade de Calcutá, onde fundou a Congregação das Missionárias da Caridade, Madre Teresa nasceu em Skopje (Macedônia) em uma família albanesa. Na Albânia, aeroportos, hospitais, escolas e ruas carregam o nome desta missionária beatificado em 2003, símbolo do diálogo e da tolerância, apesar de um caráter tenaz e, por vezes, difícil de lidar.

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