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Na tarde desta quinta-feira, a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop), Ana Carolina de Sá, anunciou, em coletiva de imprensa na Sede das Promotorias de Justiça, as mudanças que foram exigidas pelo Ministério Público à Funase (Fundação de Atendimento Socioeducativo).

A principal delas será colocar em vigor a nova Lei 12.594/2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

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Segundo Carolina Sá, a ideia é criar um plano de medidas individual que proporcione aos jovens garantias de resocialização. “O objetivo é dar proteção aos garotos e, para isso, o Sinase vai preencher as lacunas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ou seja, o Sinase passará a ter estrutura legislativa semelhante ao ECA”.

A lei que entrará em vigor na próxima quarta-feira (18), fixa regras e critérios para a execução de medidas socioeducativas e para programas de atendimento ao autor de ato infracional.

O protesto dos agentes penitenciários da Fundação de Atendimento Socieducativo (Funase) de Abreu e Lima que começou na noite desta quarta-feira (12), terminou no início da tarde desta quinta-feira (12). Cerca de 160 agentes decidiram aderir ao protesto por conta do afastamento de 13 agentes, depois de uma visita de rotina do Ministério Público, no qual menores afirmaram estar sofrendo agressões dentro da unidade.  

Segundo os agentes, as denúncias não procedem e são fruto de vingança. “Na última revista encontraramos drogas, celulares e armas nas celas e por conta disso eles resolveram se vingar”, afirmou um agente que não quis se identificar. Ainda segundo a categoria, os hematomas nos corpos dos internos são resultado de briga entre eles.

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Segundo os próprios agentes, desde o início da paralisação a polícia militar e o Batalhão do Choque assumiram o comando da unidade e permanece dentro da Funase. Uma comissão de greve se reuniu com o Sindicato dos Agentes Socioeducativos (ASSASEPE) e representantes do governo na sede da Funase, localizada na avenida Abdias de Carvalho. As partes fecharam acordo de retorno ao trabalho, com a promessa do governo de que os agentes afastados retornarão normalmente as suas atividades, após os dez dias de afastamento determinado pelo Ministério Pùblico. A Funase já preparou a defesa dos agentes e deve apresentar ao Ministério Público nesta sexta-feira (13).

Além do retorno dos agentes, o grupo protestava pelo aumento do salário, vale transporte, adicional noturno e melhores condições de trabalho. Eles afirmam que para transportar os internos para hospitais e fóruns utilizam apenas uma Kombi e sem nenhuma proteção. A negociação para analisar as reivindicações feitas pelos agentes será na semana que vem. Caso as exigências não sejam atendidas, os agentes afirmam que a paralisação será geral, em todas as unidades da Funase: Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima e Garanhuns.

 

Um adolescente de 16 anos foi apreendido nesta quinta-feira (16), na comunidade do Cardoso, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. Com ele os policiais encontraram 43 pedras de crack, duas pedras maiores – pesando 4,5 quilos cada – 50 gramas da droga e uma balança de precisão.

O menor foi apreendido na própria residência, localizada na rua Brasão. Ele foi encaminhado para Gerência de Polícia da Criança e Adolescente (GPCA) e em seguida levado para a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).

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Em caráter liminar, a Justiça decidiu pelo afastamento do diretor-presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), Alberto Vinícius Melo do Nascimento, na tarde desta terça-feira (14). A juíza da Vara da Infância e Juventude do Cabo de Santo Agostinho, Hélia Viegas Silva, decidiu pelo afastamento do presidente após a representação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através dos promotores Maxwell Vignoli e Allison Carvalho.

Os promotores ingressaram com a representação no último dia 13 de janeiro. Eles alegaram que o presidente da Funase era conivente com a atuação dos "comandos" ou "representantes" na unidade, afirmando que estes reeducandos eram tratados de forma diferenciada, com privilégios. 

A decisão da juíza também levou em conta a superlotação das unidades socioeducativas e a urgente necessidade de implantação de novas unidades, bem como a necessidade de melhorias na instituição. A secretária da Infância e Juventude de Pernambuco, Raquel Lyra, deverá ser intimidada ainda nesta quarta-feira (15) e tem um prazo de até cinco dias para nomear um novo presidente da Funase. Caso a medida não seja cumprida neste prazo, poderá ser aplicada uma multa diária de R$ 2 mil.


Familiares de jovens que cumprem medidas socioeducativas e representantes de instituições de direitos humanos farão uma vigília no centro Recife, a partir das 16h. Eles se concentrarão no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro e seguirão em caminhada até o Tribunal de Justiça do Estado. As pessoas que participarem da mobilização estarão com velas acesas e vestirão camisas brancas, em sinal de luto pela situação vivida pelos reeducandos dentro das unidades de Pernambuco. O grupo cobrará providências do Governo estadual em relação à superlotação nas unidades e o tratamento prestado aos jovens.

Na ocasião, também será lembrada morte dos três reeducandos no último motim (em janeiro) da Funase do Cabo de Santo Agostinho, que atualmente abriga cerca de 370 jovens, enquanto sua capacidade é de até 166. O movimento é organizado pelo Fórum DCA Pernambuco, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Fórum de Medidas Socioeducativas, Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Instituições da Sociedade Civil.

Os integrantes das entidades estarão com velas acessas e camisas brancas simbolizando a luta e luto. A concentração será às 16h ao lado da Câmara do Recife, no Parque Treze de Maio, com saída em caminhada até o Tribunal de Justiça de o Estado.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai disponibilizar duas vagas de estágio para os alunos com melhor desempenho da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase – Case) de Jaboatão dos Guararapes, que estão participando de uma exposição fotográfica sobre o Sistema Pirapama. O anúncio foi feito nessa quinta-feira (25), pelo presidente da companhia, Roberto Tavares, durante a abertura da mostra fotográfica intitulada Águas que Passam, que é composta por trabalhos de 22 adolescentes da fundação, de idade entre 12 e 15 anos.

Os jovens estão participando de uma exposição fotográfica sobre o Sistema Pirapama, que está sendo realizada na sede da Compesa até o dia 2 de fevereiro, quando será divulgada a foto escolhida, que será votada por empregados e visitantes.

A Funase também será contemplada com uma segunda máquina fotográfica, para dar continuidade ao trabalho socioeducativo na entidade com outros adolescentes.

Cerca de 60 processos dos reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho, passaram por avaliação nesta segunda-feira (23), primeiro dia do mutirão. Até a próxima sexta-feira (27) a Defensoria Pública fará análise das execuções penais de quase 370 adolescentes da Funase do Cabo.

A ação ocorre na sala do Júri do Fórum Dr. Humberto da Costa Soares, centro da cidade, e envolve 10 defensores, que fazem plantão das 9h às 18 h até a próxima sexta-feira (27). Os defensores avaliam a situação das execuções penais, em processos que envolvem atos infracionais cometidos pelos adolescentes equivalentes a homicídio, assalto, roubo ou tráfico de drogas, dentre outros.

De acordo com Nilda Vaz, coordenadora do mutirão e Defensora Pública da Infância e Juventude, esta a quarta-feira (24) deve ser o dia em que a procura dos familiares pelo mutirão deve ser mais intensa, por ser dia de visitação na unidade.

Estiveram presentes para acompanhar os trabalhos da DPPE advogados, psicólogos e assistentes sociais da Funase, além da diretora de apoio socioeducativo da entidade, Nadja Alencar. A Secretaria da Infância e Juventude enviou o assessor Eutácio Borges.

Um mutirão será realizado a partir desta segunda-feira (23) para analisar os processos dos reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). A ação que começa pela unidade do Cabo de Santo Agostinho conta com o apoio de 10 advogados da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE) e outros seis da própria Funase. 

O mutirão contará com 10 defensores públicos e ocorrerá até o próximo dia 27. No primeiro momento será feito um levantamento de todos os adolescentes internados para depois ser realizado o atendimento.

Durante o mutirão as famílias dos internos receberão apoio da equipe interdisciplinar da Defensoria Pública, composta por assistente social e psicóloga. O objetivo desta medida é tomar providências judiciais em relação às necessidades emergenciais de segurança e saúde dos internos dentro da Funase, bem como realizar encaminhamentos para a rede de apoio de assistência social do Estado e dos municípios abrangentes.

Processos de reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) serão analisados a partir da próxima segunda-feira (23). O mutirão para reavaliação dos processos será realizado por advogados da Defensoria Pública e da Funase. A ação começa pela unidade do Cabo de Santo Agostinho.  Essa foi uma das medidas anunciadas pela secretária da Criança e da Juventude, Raquel Lyra, na tarde desta segunda-feira (16) durante reunião com representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Conselhos  Estaduais da Criança e da Juventude e entidades de defesa dos direitos humanos. O Governo também criará um Comitê  Intersetorial de Acompanhamento das Ações que vem desenvolvendo para o sistema socioeducativo.

“O governador Eduardo Campos determinou que todos os setores do governo se mobilizem em torno da questão. Até o fim do ano devemos concluir as obras do Case de Vitória de Santo Antão e iniciar a construção do Case de Jaboatão dos Guararapes. Além disso, vamos criar 600 novas vagas até 2014, com um investimento de R$ 80 milhões. Também está em curso, as negociações com os municípios  do repasse de R$ 5,9 milhões para a implantação das medidas socieducativas em meio aberto. Com essas ações esperamos acabar  o problema da superlotação nas unidades”, explicou Raquel. 

De acordo com a secretária as áreas destruídas na rebelião da última terça-feira (10) na unidade do Cabo serão recuperadas e reequipadas. O espaço externo de acolhimento às famílias será melhorado e o estacionamento passará por pavimentação. “Sabemos que aquele prédio não apresenta as condições ideais, mas temos que recuperá-lo até a inauguração das novas unidades”, salientou.

Raquel Lyra, ainda informou que duas sindicâncias foram instaladas, tanto para apurar a causa do motim quanto para averiguar as denúncias feitas por familiares em relação ao funcionamento da unidade. A polícia civil também instaurou um inquérito.

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Depois da crise instalada na Fundação Estadual de Atendimento Socioeducativo (Funase), o Governo do Estado, sob a coordenação do secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, anunciou nesta sexta-feira a exoneração da diretora da unidade, Maria Suzete Lúcio, assim como a abertura dos inquéritos de cunho administrativo e policial sobre o caso.

Assumirá o posto da direção a assistente social Maria José Delgado, servidora de carreira da Funase. Segundo informações do governo, a nova diretora será responsável por garantir a segurança da instituição e, também, apurar os fatos ocorridos durante esta semana.

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O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, anunciou a designação da delegada titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Administração e o Serviço Público (Decasp), Natália Barbosa de Medeiros, para conduzir o inquérito policial que investigará os incidentes na perspectiva criminal.

Já a secretária da Criança e da Juventude, Raquel Lyra, determinou a instauração no âmbito da Funase de dois procedimentos administrativos. Através da sindicância 005 será apurada a responsabilidades sobre a rebelião ocorrida na última quarta-feira. Por sua vez, a sindicância 006, investigará as denúncias veiculadas pela imprensa.

Saiba mais:

Rebelião na Funase é finalmente controlada

Corpos de jovens mortos na Funase foram enterrados

Famílias enterram corpos de vítmas de rebelião da Funase

 

Confira vídeo com a presidente do Conselho Tutelar Estadual, Maria da Conceição Pimentel:

 

Clima de desespero e dor fora da Funase:

 

Confira a galeria de imagens:

 

Será enterrado na manhã desta sexta-feira (13) o corpo da última vítima das rebeliões na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. O enterro do corpo de Pedro Henrique Oliveira Lima, 18, será no Cemitério de Guadalupe, em Olinda.

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Os corpos dos outros dois internos mortos durante a rebelião na Funase, que ocorreu na terça-feira (10) e quarta-feira (11), foram sepultados nesta quinta-feira (12). O enterro de José Mário de Oliveira, 18, aconteceu no Cemitério da Várzea, na Zona Oeste do Recife. Já o sepultamento do corpo de Alan Fraga de Oliveira foi realizado no Cemitério de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.

Outros 14 jovens ficaram feridos nos dois dias de conflito, mas eles já receberam atendimento médico e passam bem na unidade. A partir do próximo domingo (15) a visita aos reeducandos da Funase voltará ao normal.

Dor e emoção foram os sentimentos presentes no enterro de dois dos três mortos na rebelião da Fundação Socieoeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife, nesta quinta-feira (11). O primeiro corpo sepultado foi o de Alan Fraga de Oliveira, 18 anos, no cemitério de Igarassu, Região Metropolitana do Recife. Já no início da tarde foi a vez de familiares e amigos de José Mário de Oliveira, 18, irem ao cemitério da Várzea para dar o último adeus.

Entre os parentes de Alan Fraga de Oliveira muita revolta pela morte do rapaz. Alan ficou cerca de um ano e meio na Funase por ser usuário de drogas. De acordo com parentes do garoto ele nunca se envolveu em brigas dentro da unidade, o que lhe dava o direito de passar o Natal com a família. Eles também responsabilizam a instituição pela morte de Alan.

No cemitério da Várzea, a mãe de José Mário, Eliane Guilhermina, 42, agarrou-se ao caixão no momento do sepultamento e desesperada gritava repetidas vezes: “Ai, meu Deus! Ai, meu Jesus!”. A esposa do jovem, Moabia Maria da Silva, 18, que está grávida de três meses, em meio às lágrimas de tristeza e saudade, disse que o nome do menino já foi escolhido pelo pai. “Ele escolheu o próprio nome para o nosso filho”, contou.

Os acusados pela morte dos três jovens foram os internos Ivanildo Belarmino Santos, Jonatas Gomes Cabral e Jeferson Gomes da Silva, que permanecerão presos no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Neste vídeo você vai conferir o clima tenso que marcou a manhã de ontem (11) no lado de fora da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), quando acontecia nova rebelião.O episódio resultou em três detentos mortos e 14 feridos.

Familiares desesperados, políciais acompanhados de cães farejadores, vaias para a diretora da instituição Suzete Lúcio - tida como motivo da rebelião. E tiros, muitos tiros. Imagens tristes, tensas, feitas por uma profissional comprometida com o seu ofício: Thabata Alves. Um registro histórico.


Serão enterrados nesta quinta-feira (12) os corpos de dois dos três internos mortos na última terça-feira (10) durante o primeiro dia de rebelião da Fundação Socioeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. O corpo de Alan Fraga de Oliveira, 19 anos, será sepultado no Cemitério de Igarassu. Já o sepultamento do corpo de José Mário de Oliveira, 18, Filho ocorrerá no Cemitério da Várzea.

Já Pedro Henrique Oliveira Lima, 18, ainda não há informações, uma vez que a família ainda não compareceu ao Instituto de Medicina Legal (IML). Segundo informações da Secretaria de Defesa Social (SDS), a causa da morte foi traumatismo crânio encefálico.

Os três internos envolvidos nas mortes dos jovens foram identificados no Departamento de Homicídios e Proteção (DHPP). São eles: Ivanildo Belarmino Santos, Jonatas Gomes Cabral e Jeferson Gomes da Silva. Os acusados são maiores de 18 anos. Eles serão encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Depois de controlada a rebelião dos detentos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), na unidade do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, no início da tarde desta quarta-feira (11), o presidente da Funase, Alberto Vinicius do Nascimento, divulgou um balanço geral do fim do conflito.

Entre os esclarecimentos, foram confirmadas três mortes, 16 feridos, três fugas (dois deles foram recapturados), além de três reclusos transferidos para outra unidade e outros quatros que seguiram para a Delegacia de Homicídios de Proteção a Pessoa (DHPP), onde vão prestar depoimentos sobre o ocorrido, todos maiores de 18 anos.    

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De acordo com o presidente, um grupo de jovens saiu do Pavilhão 1 e se dirigiram ao Pavilhão 2 onde cometeram os assassinatos. “Nós ainda estamos investigando se havia richa entre eles, por isso que encaminhamos os jovens para o DHPP, já que eles saíram de uma ala e foram para outra, cometer os crimes”, pontuou.

Entre os mortos estavam Alan Fraga de Oliveira, 19 anos (que teve a cabeça decapitada), José Mário de Oliveira Filho, 19, e Pedro Henrique de Oliveira Lima, de 18. “Eles foram assassinados com pauladas, pedradas e dois deles ainda tiveram os corpos queimados”, confirmou Nascimento.

Dos três fugitivos, dois foram recapturados. Já entre os feridos, nove deles precisaram ser transferidos para o Hospital Dom Helder Câmara, localizado no mesmo município, para receber maiores cuidados. Apenas um permanece internado. Três pavilhões ficaram deteriorados, as Alas 1, 2 e 4, sendo a Ala 1 totalmente destruída.

Entre as reivindicações dos detentos estavam à insatisfação com a administração da nova diretora da unidade, Suzete Lúcio, e a superlotação do local que hoje comporta 367 presos para uma capacidade de 166. “Eles querem a saída da diretora, mas não há nenhuma cogitação para a substituição dela. A transferência deles para outras unidades está sendo analisada”, relatou o presidente.    

Segundo Nascimento, há indícios de que o conflito tenha começado em decorrência da saída do antigo administrador, por ordem do Ministério Público. “O afastamento deste diretor que estava na unidade já há quatro anos, sem nenhum tipo de ocorrência como violência ou rebelião, pode ter provocado o acontecido. Porém, abrimos uma investigação administrativa para apurar se houve algum tipo de conivência por parte de algum funcionário, já que no momento do confronto, três agentes estavam como possíveis reféns, mas saíram da confusão ilesos e sem negociação”, advertiu.    

Na ocasião, estavam trabalhando 13 agentes plantonistas e oito diaristas. Apenas um dos funcionários sofreu um ferimento no punho, mas sem gravidade.

Horas de angústia, desespero e falta de informação. Foi o que viveu os familiares, esposas e namoradas dos 368 internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife nesta quarta-feira (11), durante a segunda rebelião ocorrida na instituição.

O saldo da barbárie que havia sido controlada na madrugada de hoje foi de três mortos e 14 feridos, além dos 11 jovens que por estarem sob ameaça de morte foram ou serão transferidos para outras unidades.

Confira a cobertura imagética dessa que é uma das maiores tragédias já ocorridas na Fundação.

 

Horas de angústia, desespero e falta de informação. Foi o que viveu os familiares, esposas e namoradas dos 368 internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, nesta quarta-feira (11). O saldo da barbárie que havia sido controlada na madrugada de hoje foi de três mortos e 14 feridos, além dos 11 jovens que, por estarem sob ameaça de morte, foram ou serão transferidos para outras unidades.

Sem água, energia e sob os escombros deixados da noite pavorosa, os internos iniciaram uma nova rebelião por volta das 9h desta quarta-feira. Com a chegada dos cerca de 50 homens do Batalhão de Choque, o clima de tensão aumentou. A cada tiro de bala de borracha disparado pelos policiais dentro da unidade, a tensão refletia-se no desespero dos familiares, que acompanhavam tudo do lado de fora da Fundação.

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A mãe do reeducando Edson dos Santos Bastos, 17 anos, a doméstica Rosinete Silva Bastos, 39, moradora do bairro de Dois Unidos, zona norte do Recife, estava nervosa com a falta de informações por parte da Funase sobre a situação dos detentos. “Desde ontem não sei como está meu filho, estou muito aflita”, contou. A doméstica também reclamou da falta de providência da instituição em resolver os problemas de superlotação e questionou o rigor da vistoria feita nos visitantes. “Nós somos vistoriados de maneira até constrangedora nos dias de visita. Não há necessidade disso”, protestou.

Outro familiar a reclamar da falta de informação foi o locutor Gilmar da Conceição Francelino, 38, primo do interno Aleff de Moura Pina, 17. “Vim de Goiana desde ontem à tarde e estou aqui que nem peru doido, rodando, rodando sem saber de nada. Estou muito preocupado com o que está se passando lá dentro”, reclamou. Ele também denunciou as condições precárias da instituição.

Por volta das 11h, uma agente da Funase divulgou à imprensa os nomes dos seis reeducandos feridos durante a madrugada. São eles: Clauberto Barros, Luiz Carlos da Silva, Alex Rogério, Alessandro Henrique, Marcos Paulo e Kemp Raí. Os ferimentos foram considerados leves e os internos já haviam sido medicados.

A diretora da unidade foi recebida em meio a vaias dos familiares dos detentos. As dezenas de pessoas gritavam "Fora, Suzete"! Momentos depois, ela informou que as mães, pais, esposas e namoradas dos internos poderiam entrar na unidade a partir das 14h de hoje, para uma visita rápida aos jovens. Porém, por volta das 15h foi anunciado que apenas cinco mães teriam acesso a unidade. A doméstica Rosinete Silva foi uma das escolhidas para a visita, ela tremia e chorava abraçada com um dos filhos à espera de entrar na unidade. Para ela, o desfecho do dia foi feliz, mas para as dezenas de mães que aguardavam ansiosas pela visita não foi confortante a decisão da administração da unidade. Elas gritavam: "Queremos entrar"!

O arrumador Eronildo Claudino Pinto, 41, entrou na unidade, mas mesmo sem ter visto seu filho disse que estava aliviado pelo fato da situação ter sido normalizada, já no final da tarde. “Está tudo bem com os jovens, mas não há condições de todos os pais entrarem. Está tudo quebrado e queimado lá dentro, por isso é melhor nós pais nos acalmarmos e esperarmos pelo próximo dia de visita”.

Por volta das 16h, ainda não havia água nem energia dentro da unidade, mas a previsão era de que em algumas horas esta situação seria normalizada.

Problemas - De acordo com a presidente da associação de Conselho Tutelar Estadual, Maria Conceição Pimentel, a rebelião se deu pela revolta dos internos com a atual administração da Fundação. “A situação é precária na unidade. Os jovens vivem em celas superlotadas e a alimentação é ruim, além das condições de higiene precárias. Eles defecam em potes de margarina ou em sacos plásticos. Fizemos um relatório de toda a situação e entregamos a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, quando ela esteve em novembro aqui em Pernambuco. Fora isso, Pernambuco responde ao Conselho Nacional de Justiça por tortura nas unidades do Estado”, explicou.

Ainda de acordo com Maria do Rosário, o Estado até agora não se posicionou sobre a construção de mais duas unidades de ressocialização de jovens, prevista no termo de ajustamento de conduta.

Com informações da repórter Thabata Alves

Controlada agora há pouco a rebelião na Fundação de Atendimento Socieducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho. Até o momento, o balanço é de três detentos mortos ontem (10), à noite -  Alan Fraga de Oliveira, 19 anos, que teve a cabeça decapitada,  além de José Mário de Oliveira Filho, 19, e Pedro Henrique de Oliveira Lima, 18. E seis feridos, hoje (11), pela manhã - Clauberto Barros, Luiz Carlos da Silva, Alex Rogério, Alessandro Henrique, Marcos Paulo e Kemp Raí.

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A partir das 14h, desta quarta-feira (11), familiares poderão fazer uma visita rápida aos detentos, de acordo com a direção da Funase. Há muita movimentação no local, os policiais do Batalhão de Choque, corpo de bombeiros, continuam na área. 

Início - O conflito teve início no Pavilhão A, no final da tarde desta terça-feira (10), tendo sido contornado por volta da meia noite. O motivo seria a insatisfação dos internos com a atual direção da Fundação, que é comandada desde novembro do ano passado por Suzete Lúcio.

 



Com informações da repórter Thabata Alves

Depois da meia noite de ontem (10), quando tudo parecia já estar controlado, nova rebelião acontece na manhã desta quarta-feira (11) na Fundação de Atendimento Socieducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho.

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Neste momento, aproximadamente 50 homens do Batalhão de Choque estão dentro da unidade num confronto com os detentos.  Os policiais atiram balas de borracha e bombas de efeito moral.  Mais outros dez policiais também entraram agora na Funase, acompanhados de cães farejadores.

Pelo menos seis detentos já foram socorridos no local, aparentemente com ferimentos leves - Clauberto Barros, Luiz Carlos da Silva, Alex Rogério, Alessandro Henrique, Marcos Paulo e Kemp Raí. 

Familiares que acompanham do lado de fora toda a movimentação demonstram muito desespero.  Ainda nesta manhã, a diretora da instituição, Suzete Lúcio, prometeu que se até o início da tarde a rebelião for controlada, “ainda hoje os familiares poderão visitar os detentos”.

Início - O conflito teve início no Pavilhão A, no final da tarde desta terça-feira (10), tendo sido contornado por volta da meia noite. O motivo seria a insatisfação dos internos com a atual direção da Fundação, que é comandada desde novembro do ano passado por Suzete Lúcio.

Mortos - Até o momento a rebelião provocou a morte de três detentos, identificados nesta manhã, de acordo informações da gerência da entidade. São eles, Alan Fraga de Oliveira, 19 anos, que teve a cabeça decapitada,  além de José Mário de Oliveira Filho, 19, e Pedro Henrique de Oliveira Lima, 18.

Foram identificados os três internos assassinados, na noite da última terça-feira (10), durante a rebelião na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.

De acordo com a Gerência da Funase, Alan Fraga de Oliveira, 19 anos, teve a cabeça decapitada.  Os demais são José Mário de Oliveira Filho, 19, e Pedro Henrique de Oliveira Lima, 18, também foram mortos.

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