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Mais cinco moradores testaram positivo para a Covid-19 em Fernando de Noronha, nessa quarta-feira (9). A ilha permanece com 35 pacientes em recuperação e, mesmo com o aumento dos índices da doença após reabertura para turistas, a Administração não pretende impor um novo fechamento.

Sem mortes em razão da pandemia, Noronha totaliza 279 casos, divididos em 212 locais e 67 considerados importados. O boletim também informa que outros dez pacientes conseguiram se recuperar, o que elevou a taxa de curas clínicas para 244 pessoas. 

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Reaberta para turistas no dia 10 de outubro, a transmissão do vírus na ilha foi ampliada com a movimentação de pessoas. Ainda assim, o gestor do arquipélago, Guilherme Rocha, afirmou que não pretende impor novas restrições. “Não temos intenção de fechar a ilha novamente nem de impor restrições”, garantiu.

Para conter o agravamento das notificações, o administrador pretende equipar o serviço de saúde local. “Todo o trabalho de combate à Covid é regularmente acompanhado pela equipe de Vigilância em Saúde do Estado, junto à Administração da Ilha. Nos próximos dias, faremos os reforços necessários na equipe de Vigilância em Saúde da ilha, bem como compras de novos equipamentos para auxiliar no controle e combate à Covid”, complementou.

O administrador da Ilha de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha, anunciou, nesta quarta-feira (12), que testou positivo para a Covid-19. Rocha está no Recife desde o dia 25 de julho e se preparava para voltar para Noronha no próximo domingo (15), por isso fez os exames, como vem sendo exigido para todas as pessoas que precisam entrar na ilha, e apesar de estar assintomático descobriu ter sido infectado pelo novo coronavírus. 

"Por conta do teste positivo, precisarei adiar meu retorno a Noronha por, pelo menos, duas semanas, enquanto cumpro o período de quarentena. Continuo, de casa, trabalhando no processo de retomada gradual das atividades na ilha e pelo bem-estar da população noronhense", escreveu, afirmando que já está em isolamento domiciliar. A esposa de Rocha, Geovana Rabelo, também foi infectada. 

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De acordo com o último boletim divulgado, 101 amostras de moradores de Fernando de Noronha estão sendo investigadas. Além disso, a ilha já notificou 92 casos e 88 recuperações.

O administrador-geral do Distrito de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha, atendeu a uma convocação da Comissão de Meio Ambiente e esteve, nesta segunda (25), na Assembleia para esclarecer pontos do Projeto de Lei nº 306/2019. De autoria do Poder Executivo, a proposta proíbe o ingresso, a circulação e a permanência de veículos a combustão no arquipélago a partir de 10 de agosto de 2022. A matéria foi aprovada pelo colegiado de Justiça, no início do mês, e pelo de Finanças nesta segunda.

Antes da explanação de Rocha, o deputado Alberto Feitosa (SD) fez uma exposição para referendar seu posicionamento contrário à iniciativa. Segundo ele, a proposta vai obrigar os moradores da ilha a se desfazerem de seus automóveis e a adquirirem um carro elétrico, o que não é acessível. O parlamentar apresentou um levantamento de preços e destacou que o veículo mais barato custava R$ 140 mil, em janeiro deste ano.

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Feitosa ressaltou que o custo da bateria é alto e seu descarte pode gerar um outro problema ambiental. “Além disso, uma carga no carro elétrico equivale a três dias do consumo de energia de uma casa e, considerando que a geração de energia em Noronha é via termelétrica, a emissão de gás carbônico tende a aumentar”, pontuou. Ele defendeu que o projeto seja ajustado e sugeriu a possibilidade de uso exclusivo de etanol como forma menos poluente de combustível para os veículos em circulação na ilha.

O presidente da Comissão, deputado Wanderson Florêncio (PSC), lembrou que havia encaminhado ofício à administração do arquipélago contendo perguntas colhidas durante audiência pública sobre o assunto, realizada no mês passado, em Fernando de Noronha. O parlamentar pediu que Guilherme Rocha esclarecesse os pontos apresentados pela população.

O administrador informou que o projeto de lei é uma das medidas que irá contribuir para o alcance das metas do Programa de Sustentabilidade Noronha+20 e do projeto Noronha Carbono Zero. As iniciativas preveem a implantação gradual de uma política de incentivos para a substituição de veículos tradicionais por alternativos e menos poluentes.

“Na prática, o decreto-lei institui que, a partir de 2030, não existam mais veículos a combustão em Fernando de Noronha, quando deve ser zerada a emissão de carbono na ilha.” Rocha explicou, também, que, paulatinamente, a geração de energia será totalmente solar e gratuita. “Até 2030, teremos nove ecopostos públicos onde os veículos serão abastecidos. Com essas medidas, o arquipélago se tornará um modelo de sustentabilidade no País”, enfatizou.

Em relação ao consumo de energia do automóvel elétrico, o administrador afirmou que alguns carros públicos que trafegam no distrito são elétricos e já é possível fazer um estudo comparativo. “Esse tipo de veículo consome menos do que um chuveiro elétrico e quem o usa para trabalhar, como os taxistas, terá uma economia espetacular. Em média, eles têm um gasto de R$ 3,5 mil de combustível por mês e, a partir do uso da energia, teriam uma despesa de cerca de R$ 50.”

Rocha acrescentou que, apesar de o carro elétrico ser mais caro, o gasto do morador será recuperado com a economia no abastecimento. Também ressaltou que um dos incentivos oferecidos é o frete grátis para o transporte do automóvel do continente para a ilha, além de anunciar outra iniciativa que visa reduzir o impacto ambiental no arquipélago: o Noronha Plástico Zero, que irá proibir a entrada, a produção e o uso de plástico no local.

Presente ao encontro, o ex-secretário de Meio Ambiente Sérgio Xavier afirmou que toda mudança gera um estranhamento inicial. Para ele, a reunião foi importante para esclarecer as dúvidas dos parlamentares e da população. “Esse projeto é um pontapé inicial para estabelecer um modelo de sustentabilidade em Fernando de Noronha que será copiado no mundo todo”, frisou.

Wanderson Florêncio agradeceu a presença de Guilherme Rocha na reunião. “Acredito que todos os esclarecimentos foram feitos e o colegiado terá condições de votar a proposta com mais segurança”, avaliou. O presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PP), afirmou que o encontro foi uma mostra do zelo que a Casa tem com a coisa pública. “Este debate foi muito importante para dirimir os pontos divergentes”, salientou.

Waldemar Borges (PSB), Tony Gel (MDB), Roberta Arraes (PP), Clovis Paiva (PP), Henrique Queiroz Filho (PL), Sivaldo Albino (PSB) e Diogo Moraes (PSB) também agradeceram a participação do gestor na reunião e externaram apoio à proposta.

*Do site da Alepe 

A Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou, na última quinta-feira (24), uma Audiência Pública no auditório do Destacamento de Controle Aéreo de Fernando de Noronha, discutindo o Projeto de Lei 306/2019, de autoria do Governo do Estado, que proíbe a presença de veículos a combustão no arquipélago e os critérios de concessão desses automóveis da ilha. Apesar da grande presença dos moradores, a administração de Fernando de Noronha não enviou representante. Assim, o administrador Guilherme Rocha será convocado para explicar presencialmente na Alepe os detalhes da Lei.

Participaram do debate os deputados Wanderson Florêncio (PSC), que preside a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Doriel Barros (PT), Sivaldo Albino (PSB) e Alberto Feitosa (SD), o promotor de justiça da Ilha Flávio Falcão, o diretor de gestão Territorial e Recursos Hídricos da CPRH Nelson Maricevich, além representantes do ICMBio, da Celpe e de associações que representam os moradores do arquipélago.

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“Uma enorme falta de respeito do administrador da Ilha com o Poder Legislativo, pois foi convidado oficialmente e pessoalmente, mas não enviou representante, justificou a ausência. Assim, o convocaremos para que se apresente na Alepe para dar satisfação aos deputados da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade e ao povo pernambucano, em especial aos moradores de Noronha, sob pena de crime de responsabilidade conforme preconiza o artigo 13 da constituição estadual”, afirmou Wanderson Florêncio.

O PL 306 proíbe a compra de veículos a combustão a partir de 2022 e a permanência desse tipo de automóvel em Fernando de Noronha fica autorizada até 2030. A população e os parlamentares, porém, questionam qual será o ganho ambiental real com a iniciativa, pois a matriz energética do arquipélago é feita através de óleo diesel, não permitindo o beneficio ao meio ambiente.

Segundo o deputado Alberto Feitosa, que promoveu uma apresentação e trouxe dados exemplificativos, uma única recarga completa de um automóvel elétrico corresponde ao gasto de energia de uma casa inteira durante três dias. “O sentimento da população de Fernando de Noronha é de abandono, indignação e revolta pela ausência de transparência da administração do distrito”, afirmou.

Doriel Barros lamentou a ausência do administrador da ilha por esperar um respeito maior com os parlamentares e disse que repercutirá a atitude na Assembleia Legislativa. “Viemos aqui em busca de diálogo para trazer melhorias para as pessoas. Infelizmente não houve interesse do administrador em conversar com os parlamentares”, declarou.

Já Sivaldo Albino, registrou a importância de ouvir os moradores. “A audiência foi de grande esclarecimento, pois percebemos que o projeto apresentado requer amplo debate e aperfeiçoamento”, comentou. 

Todos os questionamentos realizados durante a Audiência Pública serão protocolados na administração e no Ministério Público da Ilha para que possam se pronunciar oficialmente sobre as dúvidas.

“O que vão fazer com os mais de 1.400 veículos que existem atualmente na Ilha? As pessoas perderão os seus bens? É constitucional tomar o bem da pessoa ou deixá-lo sem serventia ou deixar sem poder de uso um bem particular? Questionamos o modo como foi apresentado o Projeto de Lei, que não traz nenhuma segurança econômica, social e ambiental”, finalizou Wanderson Florêncio.

*Da assessoria 

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