Tópicos | inadimplência

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou na terça-feira (5) que a inadimplência dos consumidores de energia elétrica chegou a 12% nos últimos 30 dias, como reflexo da pandemia do coronavírus. Historicamente, a taxa gira em torno dos 3%.

"Já temos contabilizada, para as distribuidoras, uma perda de R$ 1,8 bilhão. Os números realmente são impressionantes", declarou.

##RECOMENDA##

Em março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) proibiu o corte no fornecimento de energia por falta de pagamento das contas de luz por 90 dias - ou seja, até o fim de junho.

Segundo o ministro, a inadimplência e a queda no consumo da energia - reflexo da baixa atividade econômica e do isolamento social - têm causado um problema financeiro no setor.

O governo já negocia, com bancos, as condições para um empréstimo às empresas de energia. Em 8 de abril, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso a medida provisória 950, que abre caminho para esse crédito.

A ideia é similar à adotada pelo governo Dilma Rousseff em 2014. Se concretizado, o crédito funcionará como uma "antecipação", para as empresas, dos custos de energia a serem pagos pelos consumidores nos 12 meses seguintes.

O valor dessa ajuda ainda não foi divulgado porque, segundo o governo, ainda está sendo calculado pela Aneel.

Fundos setoriais

As informações foram divulgadas por Bento Albuquerque durante videoconferência da Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib). O ministro também citou a possibilidade de usar recursos de fundos setoriais para ajudar as distribuidoras.

No radar do governo, estão fundos destinados a pesquisas e ações de eficiência energética. Albuquerque não informou quanto dinheiro há nesses fundos, atualmente.

"Para que a gente não venha onerar ainda mais o setor, esses recursos seriam utilizados de forma racional para que a gente possa fazer frente à operação de crédito junto aos bancos", disse.

Sobras de energia

A queda no consumo pode gerar um outro problema citado por Albuquerque: a energia contratada pelas distribuidoras, e fornecida pelas empresas geradoras, pode "sobrar".

A previsão é que 20% da energia contratada fique estagnada. Em algumas distribuidoras do Norte e do Nordeste, a sobrecontratação pode chegar a 40%.

O fenômeno pressiona o caixa das concessionárias, que precisam honrar o contrato mesmo que a energia não seja consumida. Na live, o ministro não citou soluções específicas para esse problema.

A sobrecontratação de energia pressiona o caixa das distribuidoras já que as concessionárias têm de pagar pelo contrato de compra de energia mesmo se ela não for consumida.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A inadimplência nas escolas de ensino superior no Estado de São Paulo cresceu 71,1% na primeira quinzena de abril, em relação ao mesmo período do ano passado. O dado é de pesquisa do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), feita com cerca de 200 instituições. "Isso tem preocupado as instituições", diz Rodrigo Capelato, diretor do Semesp.

Ele acredita que a primeira onda de inadimplência se deve à restrição de renda e diz que esse aumento se refere a alunos que deixaram de pagar a mensalidade de abril. É um "primeiro cheiro" da situação do calote nas escolas, diz. Ele acredita que o quadro ficará mais claro no próximo mês.

##RECOMENDA##

Capelato já pondera que muitas instituições não terão caixa para bancar desconto linear para todos os alunos e recomenda que negociem abatimentos caso a caso. Outra recomendação é ter cuidado nas negociações de redução de salários e jornada. Quanto à inadimplência acima de 90 dias, a taxa média deve subir para 10,6% em 2020, ante 9,5% no ano passado, segundo o Semesp.

O endividamento dos brasileiros atingiu recorde em março, informou nesta segunda-feira (30) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Após ter recuado a 65,1% em fevereiro, o porcentual de famílias com dívidas saltou para 66,2% este mês, o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em janeiro de 2010.

A inadimplência também subiu e a expectativa da entidade é que aumente por causa do coronavírus. De acordo com o levantamento da CNC, o porcentual de famílias com dívidas ou contas em atraso chegou a 25,3% em março, contra 24,1% no mês anterior.

##RECOMENDA##

O levantamento considera como dívidas as contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

O total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes passou de 9,7% em fevereiro para 10,2% em março. Os indicadores também registraram aumento no comparativo anual.

De acordo com a CNC, março registrou a segunda alta consecutiva do porcentual de famílias sem condições de pagar as dívidas em dia. Em janeiro, este item chegou a recuar ao menor porcentual em oito meses.

A coleta dos dados desta Peic ocorreu entre 20 de fevereiro e 5 de março, anteriormente à semana em que a pandemia da covid-19 se difundiu no Brasil. "Mesmo assim, nota-se uma piora nos indicadores de inadimplência, o que possivelmente deverá se acirrar nos meses à frente, pois a tendência é que os consumidores encontrem mais dificuldades para pagar suas contas sem atraso", diz a nota da CNC.

Em relação à capacidade de pagamento das famílias, a instituição chama a atenção para dois pontos: o terceiro aumento mensal consecutivo da parcela média da renda comprometida com dívidas, que chegou a 30% em março; e a proporção das famílias que se declararam muito endividadas, que aumentou de 15% em fevereiro para 15,5% em março, além de ter registrado alta de 2,5% na comparação anual.

"Quase um terço da renda das famílias está comprometido com dívidas, é o maior porcentual desde dezembro de 2017. Nas famílias com renda até dez salários mínimos, o comprometimento da renda cresceu de forma mais expressiva nos últimos três meses", destaca a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira,

O cartão de crédito segue em primeiro lugar como o principal tipo de dívida dos brasileiros (78,4%), seguido por carnês (16,2%) e por financiamento de veículos (10,3%). "A proporção de dívidas em cartão tem diminuído nos últimos meses, enquanto as dívidas com crédito consignado, carnês e crédito pessoal têm ganhado espaço na composição do endividamento", ressalta a economista da Confederação.

O porcentual de famílias com dívidas teve redução na passagem de janeiro para fevereiro, mas a fatia de inadimplentes cresceu, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O total de famílias endividadas saiu de 65,3% em janeiro para 65,1% em fevereiro de 2020. Houve alta, porém, em relação a fevereiro de 2019, quando os endividados somavam 61,5% do total de famílias, dentro da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

##RECOMENDA##

O levantamento considera como dívidas as contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Já a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou de 23,8% em janeiro para 24,1% em fevereiro. A inadimplência também está mais elevada do que em fevereiro de 2019, quando totalizava 23,1%.

O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso - ou seja, que permaneceriam inadimplentes - teve elevação de 9,6% em janeiro de 2020 para 9,7% em fevereiro. Em fevereiro de 2019, essa fatia estava em 9,2%.

Segundo a CNC, a elevação no endividamento geral das famílias é consequência de aquecimento do consumo via avanço do mercado de crédito e melhora no emprego, sem indicar, necessariamente, um movimento negativo.

"O endividamento está menor, mas a inadimplência acentuou neste mês de fevereiro, com maiores proporções de famílias com dívidas ou contas em atraso e também das que relatam não ter condições de pagar essas dívidas. A capacidade de pagamento é influenciada pela sazonalidade observada no primeiro trimestre, com gastos adicionais com impostos e taxas, matrícula e material escolar, além de reajustes de tarifas e serviços, o que implica um número maior de famílias que pode encontrar dificuldades para pagar as contas em dia nesse período", justificou Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, em nota oficial.

O cartão de crédito se manteve como o principal tipo de dívida, mencionado por 78,6% das famílias endividadas, seguido por carnês (15,9%) e financiamento de veículos (10,7%).

O ano começou no vermelho para 61 milhões de brasileiros. Esse é o número de pessoas que terminaram 2019 inadimplentes e com o CPF restrito para contratar crédito, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O número representa uma queda de 0,2% na comparação anual.

Segundo o levantamento, o número de dívidas teve recuo maior, de 3,3%, em relação a 2018. Caíram, sobretudo, os débitos com o setor de comunicação (-16,4%), que engloba telefonia, internet e TV por assinatura, e as dívidas bancárias (-1,9%), como cheque especial, cartão de crédito e empréstimos. Por outro lado, subiram dívidas contraídas no comércio, via crediário (+0,9%) e os débitos básicos com água e lux (+2,1%).

##RECOMENDA##

A queda foi impulsionada, de acordo com a CNDL, por uma melhora gradual na conjuntura econômica e por ações pontuais como a liberação de recursos do FGTS e mutirões de negociação de dívidas. A expectativa, aponta a confederação, é de que o número de inadimplentes continue em queda, mas a passos lentos.

"A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda", destaca o estudo.

Em média, o consumidor inadimplente deve R$ 3.257,91. Segundo o levantamento, 52,8% têm dívidas de até R$ 1.000 e 47,2% possuem contas em atraso acima desse valor.

Por região, o Nordeste teve a queda mais acentuada no número de inadimplentes, 3,2% na comparação com 2018. No Sudeste, o recuo foi de 0,7%. No Norte e no Centro-Oeste, houve avanço dos devedores, de 4,8% e 3,8%, respectivamente.

O estudo aponta ainda que, enquanto a inadimplência caiu 21% na faixa entre 18 e 39 anos, mas cresceu entre 3,7% entre os idosos, de 65 a 84 anos.

Quem quer começar o ano de 2020 com o nome limpo e ainda não conseguiu participar do feirão online de renegociação de dívidas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) tem mais uma chance, pois o prazo foi prorrogado até a próxima segunda-feira (23). 

O serviço está disponível nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Goiânia, Cuiabá, São Luís, Teresina, Rio Branco, Manaus, Feira de Santana, Ibirité, Pato Branco e Santo Antônio da Platina. Os interessados podem verificar no site do feirão do SPC se as empresas em que estão devendo aderiram ao programa.

##RECOMENDA##

Ao todo, mais de 147 empresas estão participando do feirão e mais de 1 milhão de títulos estão disponibilizados para renegociação com condições especiais. Os benefícios vão desde um desconto no valor da dívida, que em alguns casos podem chegar a 90%, até uma opção de parcelamento maior ou um novo prazo para quitar as contas em atraso.

Falta pouco mais de uma semana para começar as festas de fim de ano, e as compras no varejo tendem a aumentar neste período. Porém, os consumidores precisam ficar atentos, pois os gastos em excesso podem afetar o orçamento mensal, principalmente entre as pessoas que já estão endividadas. Mesmo com contas em atraso, 33% dos devedores farão compras neste Natal.

Segundo o levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 15% dos inadimplentes admitem ter ficado com o nome sujo em razão das compras feitas no Natal de 2018. Em média, o valor das dívidas é de R$ 847,17.

##RECOMENDA##

Um dado preocupante é que 8% dos consumidores afirmaram que irão deixar de honrar compromissos financeiros para realizar as compras de Natal. Por outro lado, 85% não deixarão de pagar alguma conta para adquirir presentes. As contas que deixarão de ser quitadas são o cartão de crédito (18%), internet (14%), conta de telefone (14%) e contas de água e luz (13%).

Mesmo com o país ainda enfrentando uma crise econômica, o número de consumidores inadimplentes recuou 0,27% no último mês de novembro, na comparação com o mesmo período de 2018. Em dois, anos com o número de devedores crescendo, esta é a primeira vez que o indicador apresenta um recuo. É o que aponta uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Os dados apontam que as dívidas contraídas no setor de comunicação, que engloba contas de telefone, internet e TV por assinatura, recuaram 25,3%. Já as dívidas bancarias, que levam em consideração cartão de crédito, cheque especial e empréstimos, caíram 1,8%. As dívidas bancárias, que cobram os juros mais altos do mercado, correspondem a 52% do total de contas que ainda estão em aberto entre os consumidores brasileiros, um número que tem se mantido estável ao longo do ano.

##RECOMENDA##

Entre os consumidores que ainda estão com o CPF inscrito na lista de inadimplentes, 37% devem até R$ 500. Além disso, a maioria das pessoas (53%) que estão com contas em atraso, estão com dívidas que ultrapassam R$ 1.000. Enquanto 10% possuem dívidas que superam R$ 7.500.

Os brasileiros ficaram mais endividados em novembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias com dívidas subiu de 64,7% em outubro para 65,1% em novembro. Também houve elevação em relação a novembro de 2018, quando essa fatia de endividados era de 60,3%.

Por outro lado, a proporção de famílias inadimplentes, com dívidas ou contas em atraso, diminuiu de 24,9% em outubro para 24,7% em novembro, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de avanços. No entanto, a inadimplência ainda está em patamar superior ao de novembro de 2018, quando 22,9% das famílias tinham contas em atraso.

##RECOMENDA##

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) considera como dívidas as contas a pagar em cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação de imóvel.

A CNC ressaltou que o aumento no endividamento não é necessariamente negativo, especialmente se não há avanço também na inadimplência.

"A redução das taxas de juros do crédito, associada à melhora no emprego formal, proporciona condições para a continuidade da tendência de aumento do crédito e do endividamento das famílias. O recuo do porcentual das famílias com contas em atraso reflete, além da redução do custo do crédito, a sazonalidade favorável do período em relação ao emprego e à renda. Já o aumento dos indicadores de inadimplência na comparação com o ano anterior reflete o maior comprometimento de renda das famílias com as dívidas e a piora da percepção em relação ao endividamento", avaliou a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.

O total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes, passou de 10,1% em outubro para 10,2% em novembro. Em novembro de 2018, essa fatia era de 9,5%.

O cartão de crédito manteve a liderança no ranking de tipos de dívidas, mencionado por 78,8% das famílias endividadas, seguido por carnês (15,7%) e financiamento de carro (9,2%).

Com a diminuição da renda dos brasileiros, a saída para tentar manter as contas em dia tem sido recorrer a empréstimos. A opção é uma medida não só para quitar dívidas, mas para pagar despesas básicas, como água e luz. Com isso, 69% dos brasileiros que optaram pelo empréstimo pessoal contratado em bancos e financeiras, conseguiram quitar uma dívida, mas deram lugar para inadimplência após contratar o serviço. É o que aponta um levantamento feito pela Confederação nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Entre os maiores motivos que levaram as pessoas a ficarem com o "nome sujo" estão o cheque especial (52%), o financiamento de automóvel (52%), o financiamento de casa própria (35%), as mensalidades escolares (26%), os empréstimos com parentes e amigos (23%), as contas de telefone (20%), os boletos de TV por assinatura e internet (16%) e as contas de água e luz (11%).

##RECOMENDA##

Um dos fatores pelos quais os inadimplentes não conseguem quitar os financiamentos é priorizar contas como o aluguel, que foi citado por 84% dos entrevistados, e o plano de saúde, para 82%, que são os compromissos financeiros pagos em dia.

Mesmo dando prioridade para algumas obrigações financeiras, além do financiamento em atraso, outras contas que não levam à negativação ficam em aberto, como por exemplo, o empréstimo feito com pessoas próximas, como parentes e amigos (33%).

Mesmo com ritmo desacelerado, o número de consumidores com o "nome sujo" continua crescendo. Em agosto, houve um avanço de 2% na quantidade de inadimplentes em relação ao mesmo mês do ano passado. Em contrapartida, o volume de dívidas apresentou queda de 0,83%. É o que aponta dos dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Apesar da queda no total de dívidas, houve um crescimento de 17,6% no atraso de contas de serviços básicos, como água e luz. O segmento de bancos também apresentou alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2018.

##RECOMENDA##

A pesquisa também aponta que as regiões Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste registraram crescimento no volume de consumidores com restrições de CPF. A região Nordeste concentra o maior destaque, com aumento de 5,24%, superando o Sudeste, que vinha sendo a região com maior incidência.

Somando todas as pendências, cada consumidor deve em média R$ 3.277,74. Cerca de 53% dos inadimplentes têm dívidas de até R$ 1.000.

O número de empresas com contas em atraso continua crescendo no país. A quantidade de pessoas jurídicas negativadas aumentou 3,50% no mês de julho frente ao mesmo período do ano passado. Os dados são de um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A região sudeste continua registrando o maior número de inadimplência entre as empresas com o avanço de 5,46%. Em seguida aparece a região sul com 3,91% de alta. Já a região nordeste apresenta o menor crescimento no número de pessoas jurídicas com restrições, com aumento de 0,37%.

##RECOMENDA##

A pesquisa também aponta o número de dívidas em atraso. Cerca de 70% do total e pendencias é devida ao setor de serviços, como bancos e financeiras. O comércio representa 17% dos credores devedores, seguido da indústria com 12%.

 

O número de empresas com contas em atraso e registradas em cadastros de inadimplentes, que vinha desacelerando no país nos últimos três meses, voltou a crescer no mês de junho, com alta de 4,02% frente ao mesmo período do ano passado. O maior aumento foi registrado na região sudeste, segundo uma pesquisa feita Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Este é o maior aumento desde março, quando havia crescido 3,3% o número de contas em atraso em todo o país. Em comparação ao ano passado, a quantidade de pessoas jurídicas negativadas na região sudeste cresceu 6,6%, seguido da região sul, com avanço de 2,64%. A região nordeste registou o menor aumento de pessoas jurídicas inadimplentes, com 0,75%.

##RECOMENDA##

Entre os devedores, as empresas prestadoras de serviço apresentam o maior crescimento de inadimplência, com 6,44%, seguido do setor do comércio com 2,03%. Já as indústrias apresentaram um aumento de 1,51% das contas em atraso. No geral, 70% das empresas devem para o setor de serviços, que engloba bancos e financeiras.

 

A inadimplência do consumidor dá sinais de desaceleração no primeiro semestre de 2019. O volume de atrasos cresceu 0,9% na comparação com o final do ano passado. Esta é a segunda menor variação desde 2012, quando a inadimplência havia crescido 5,8% no primeiro semestre. Este levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Mesmo assim, o número de pessoas com contas em atraso ainda é muito alto (41%), com cerca 62,6 milhões de pessoas inadimplentes. Os dados regionais revelam que a região sudeste apresentou o maior aumento da taxa de inadimplência (3,4%), em comparação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Norte, com alta de 2,2% na quantidade de devedores, seguido do Sul, com crescimento de 1,79%.

##RECOMENDA##

A pesquisa também apontou que um em cada quatro devedores está na faixa etária dos 30 anos, fase da vida em que muitas pessoas tendem a assumir mais compromissos financeiros, como casamento, filhos, despesas domésticas, entre outros.

 

 

A inadimplência do consumidor caiu 1,9% em junho na comparação com maio, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com os dados nacionais da Boa Vista. Em relação a junho do ano passado, o indicador recuou 2%. Com isto, ele acumula queda de 5,3% no ano e 3% no acumulado 12 meses encerrados em junho

Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, todas as regiões ainda registram queda na inadimplência. Na Centro-Oeste a queda foi de 4,6%. No Norte caiu 3,3%; Nordeste, 3,2%; Sul, 6,5%, e Sudeste, 1,8%. A região Sudeste foi a única a apresentar alta na comparação mensal. O aumento foi de 0,7%.

##RECOMENDA##

Segundo a Boa Vista, a queda da inadimplência observada desde o final de 2016 pode ser explicada pela maior cautela das famílias, pela capacidade de endividamento dos consumidores ainda limitada pelo fraco crescimento da renda e pelo efeito defasado da maior seletividade dos bancos no período mais agudo da crise.

Com isto, a inadimplência dos consumidores atingiu um patamar historicamente baixo, o que proporcionou a redução dos juros e motivou o aumento das concessões a partir de 2017.

Os economistas da Boa Vista têm alertado que o elevado nível de desocupação e subutilização da mão-de-obra, somado à lenta recuperação da renda, aumenta o risco de que a expansão recente dos empréstimos resulte em maior inadimplência.

Por enquanto, porém, o indicador de registros de inadimplência não aponta nesta direção. Após a alta de maio, o indicador voltou a recuar em junho. A queda no acumulado em 12 meses, por sua vez, segue em trajetória de aceleração.

Previdência

O avanço da reforma da Previdência e seu impacto na redução dos juros futuros são uma boa notícia para o mercado de crédito, que também tende a ser favorecido pela inclusão automática no Cadastro Positivo, em vigor desde o último dia 9.

Apesar da inadimplência baixa e do avanço em medidas estruturais, contudo, uma retomada mais vigorosa do crédito aos consumidores, sem aumento dos riscos, segue condicionada às condições do mercado de trabalho e ao endividamento das famílias.

Os brasileiros mais pobres e com menos escolaridade são as maiores vítimas dos altos juros cobrados pelos bancos no cheque especial. A modalidade de empréstimo mais simples, porém mais cara, do mercado tem sido a saída dos trabalhadores com menor renda para fechar as contas no fim do mês. O resultado dessa equação são altos níveis de inadimplência nessas operações, que superam o de qualquer outra linha de crédito disponível para famílias.

Estudo do Banco Central mostra que 43,9% dos usuários do cheque especial têm renda inferior a dois salários mínimos (R$ 1.996) e 12,5% estão com os pagamentos em atraso superior a 90 dias. Outros 33,5% dos clientes que usam esse tipo de crédito ganham entre dois e cinco salários, com 6,4% de inadimplência.

##RECOMENDA##

Considerando o nível de escolaridade, a inadimplência no cheque especial também é maior entre aqueles que estudaram por menos tempo e não chegaram a cursar uma faculdade.

A taxa média cobrada pelos bancos no cheque especial passou de 322,7% ao ano em março para 323,3% em abril. No crédito pessoal, por exemplo, os juros passaram de 45,3% para 45,9% ao ano.

"Uma vez que baixa escolaridade e baixa renda estão interligadas, é difícil saber se a maior inadimplência é resultado do não entendimento das características do produto (questão educacional) ou do seu custo elevado (questão de renda) ou ainda de uma combinação dos dois", pondera o BC no documento.

Em dezembro do ano passado, o saldo do cheque especial totalizou R$ 21,98 bilhões, dos quais R$ 3,38 bilhões estavam inadimplentes. Esse nível de inadimplência de 15,36% é bem superior à média do total de operações de crédito para pessoas físicas, de 3,25%.

Para o BC, é importante o desenvolvimento de estratégias de utilização desse instrumento de forma mais adequada por seus usuários. Em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição estuda autorizar os bancos a cobrarem uma tarifa dos clientes no acesso ao cheque especial, em troca de uma redução dos juros cobrados na modalidade.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre julho de 2018 e abril deste ano, 9,55 milhões de pessoas migraram do cheque especial para o parcelado. Só em abril, dado mais recente, 1,11 milhão de pessoas fizeram a troca da linha que cobra juros médios de 12,31% ao mês para a outra, cujo custo é de R$ 3,21 ao mês, de acordo com levantamento feito com 12 bancos que representam 90% do mercado.

A expectativa da Febraban era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.

A outra ponta

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a inadimplência maior no cheque especial entre as pessoas com menor renda e escolaridade não significa que apenas essa camada da população precisaria de mais educação financeira. Segundo ele, mesmo pessoas com mais estudo e conhecimento sobre o funcionamento desse tipo de crédito acabam caindo na armadilha dos recursos disponibilizados de maneira automática pelas instituições financeiras. "As classes de maior renda e escolaridade cometem os mesmos erros no cheque especial, mas conseguem sair rapidamente do instrumento. Quando essas pessoas exageram em compras por impulso, normalmente superam esse desequilíbrio sacando de outra reserva financeira", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O indicador de inadimplência do consumidor registrou aumento de 4,8% em maio ante abril, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Boa Vista. Entretanto, na comparação com maio de 2018, houve recuo de 0,6% no indicador, que acumula agora uma queda de 2,5% nos últimos 12 meses e de 5,9% em 2019.

"A queda da inadimplência observada desde o final de 2016 pode ser explicada pela maior cautela das famílias, pela capacidade de endividamento dos consumidores ainda limitada pelo fraco crescimento da renda e pelo efeito defasado da maior seletividade dos bancos no período mais agudo da crise", diz a Boa Vista, em nota.

##RECOMENDA##

Porém, a empresa alerta para um possível aumento da inadimplência, destacando "o elevado nível de desocupação e subutilização da mão de obra e a lenta recuperação da renda" como fatores que podem contribuir para a piora no índice.

Portanto, os dados divulgados nesta sexta-feira, 7, podem ser vistos de diferentes formas. Assim, a Boa Vista adota cautela na análise dos números. Para a empresa, deve-se "acompanhar os dados com mais atenção a partir de agora", a fim de esclarecer qual é o entendimento correto: se o aumento de maio é pontual ou uma tendência.

O processo de desalavancagem do setor privado segue firme, revelam dados da Boa Vista SCPC antecipados ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. No primeiro trimestre de 2019, houve retração de 9,8% nos registros de inadimplência empresarial em relação aos três primeiros meses do ano passado. Na comparação com o último trimestre de 2018, porém, houve ligeira alta de 0,1%, na série com ajuste sazonal.

Já no acumulado em 12 meses, a Boa Vista aferiu queda de 11,1% em relação ao período equivalente anterior. De acordo com a Boa Vista, as reduções nos índices de inadimplência tiveram início no começo de 2017, porém por uma maior restrição na concessão de crédito.

##RECOMENDA##

"Com a gradual melhora da situação econômica, as empresas observaram aumento nas receitas, inflação menor e juros em queda, fatores que têm auxiliado a amenização dos fluxos de inadimplência", diz a entidade em nota.

O número de brasileiros com dívidas em atraso chegou a 63 milhões em março deste ano, de acordo com dados da Serasa Experian. O número corresponde a 40,3% da população adulta.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 3,2%, ou seja, 2 milhões de pessoas se tornaram inadimplentes. Já na comparação com fevereiro, a alta foi de 1,2%.

##RECOMENDA##

Por faixa etária, a inadimplência é maior entre os consumidores de 36 a 40 anos (48,5%), mas o índice entre os idosos acima 61 anos apresentou alta de 1,9 ponto percentual em março.

Os bancos e cartões de créditos representam a maior parcela dos registros de inadimplência no mês passado (28,1%), seguidos por serviços como água, luz e gás (19%) e telefonia (11,6%). Está última teve a maior variação de inadimplência na comparação com março do ano passado, de 1,6 ponto percentual.

A economista e professora da escola de negócios Unialfa-Fadisp, Celina Ramalho, explica que o alto índice de brasileiros inadimplentes está diretamente relacionado à recessão econômica. "As famílias brasileiras estão levando as consequências do desequilíbrio da economia, que se dá prioritariamente ao déficit de R$ 200 bilhões do governo, afetando os outros dois agentes econômicos, que são as famílias e as empresas", afirma.

Segundo Celina, a incerteza quanto à reforma da Previdência e o aumento da taxa de juros e dos impostos desestimulam os empresários a investir no país, impactando na geração de empregos, o que também resulta na inadimplência da população.

"As pessoas estão se endividando pelas suas necessidades básicas mesmo e quem tem linha de crédito acode o restante da família. É uma condição bastante adversa e um alerta vermelho em relação à crise econômica pela qual o país está passando", pondera.

Os brasileiros começaram o ano mais endividados, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 5, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias brasileiras com algum tipo de dívida subiu de 59,8% em dezembro de 2018 para 60,1% em janeiro de 2019, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

No entanto, o resultado foi inferior ao patamar de endividados de 61,3% registrado em janeiro do ano passado.

##RECOMENDA##

O total de inadimplentes teve ligeiro aumento de dezembro para janeiro, passando de 22,8% em dezembro para 22,9% em janeiro. O resultado, porém, também ficou aquém do nível de inadimplência de janeiro de 2018, quando 25,0% das famílias tinham dívidas ou contas em atraso.

O volume de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas - e que, portanto, continuariam inadimplentes - passou de 9,5% em janeiro de 2018 para 9,1% em janeiro deste ano. Em dezembro de 2018 esse porcentual era de 9,2%.

"A queda na comparação anual indica que persistem o ritmo lento de recuperação do consumo e a cautela das famílias na contratação de novos empréstimos e financiamentos", avaliou a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.

Segundo a CNC, a alta no endividamento em relação a dezembro do ano passado não compromete a expectativa de retomada da economia.

"As taxas de juros em patamares mais baixos também constituem um fator favorável a esse resultado. As famílias brasileiras também se mostraram mais otimistas em relação à sua capacidade de pagamento, e o percentual de famílias que disseram não ter condições de pagar suas contas em atraso também recuou", justificou Marianne Hanson.

O cartão de crédito foi mencionado como a principal fonte de dívidas dos brasileiros (78,4%), seguido por carnês (14,0%) e financiamento de carro (9,7%).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando