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O Brasil encerrou o ano de 2018 com um avanço de 4,41% no número de consumidores com contas em atraso, na comparação com 2017, de acordo com dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Esta foi a maior elevação desde 2012, quando a inadimplência cresceu 6,8%.

Nos anos anteriores a inadimplência do consumidor encerrou com altas de 1,3% em 2017; 1,4% em 2016; 4,2% em 2015; 3,4% em 2014 e 3,7% em 2013. Segundo os dados do indicador, a estimativa é a de que o país fechou o último mês de dezembro com cerca de 62,6 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número representa 41% da população adulta que reside no Brasil.

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O volume de dívidas em nome de pessoas físicas apresentou elevação de 2,75% em 2018, sendo que em 2017, houve queda de 2,70% no indicador. Em média, cada inadimplência possui duas pendências financeiras. As contas básicas com serviços essenciais para o funcionamento da residência, como água e luz, foram as que mais cresceram no período, um avanço de 14,88%. Em segundo lugar estão as dívidas bancárias (cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos), com crescimento de 6,81% na comparação anual. As dívidas contraídas no comércio e com boletos de telefonia, TV por assinatura e internet caíram 5,09% e 0,37%.

A maior frequência de negativados está entre os 30 e 39. Em dezembro, mais da metade da população nesta faixa etária (52%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,8 milhões. Os inadimplentes entre 40 e 49% são 50%  e aqueles com 25 a 29 anos são 44%. Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 17% - em número absoluto, 4,1 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.

A pesquisa mostra ainda que das cinco regiões brasileiras, quatro apresentaram alta da inadimplência no encerramento de 2018: Sudeste (8,44%), Sul (1,80%), Nordeste (1,62%) e Norte (0,85%). A exceção foi o Centro-Oeste, onde se observou queda de -1,79%.

“A reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica em curso e, em especial, daquilo que toca diretamente o consumidor, que é emprego e renda. Além disso, exige um esforço contínuo de educação sobre o consumo, pois o brasileiro, mesmo diante da crise recente, ainda não aprendeu a gerenciar melhor as finanças”, avaliou o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o ano de 2019 pode ser melhor. “Para o ano que se inicia, espera-se que o processo de recuperação econômica se acelere, impulsionado pela alta da confiança com o novo governo e com as boas expectativas com as reformas estruturantes, que devem injetar ânimo nos agentes econômicos. Isso permitiria uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho, melhorando o quadro da inadimplência como um todo”.

Uma pesquisa da Serasa Experian mostra que, em 2017, 42,5% dos brasileiros que estavam endividados e quitaram suas pendências voltaram a ficar com o nome sujo. Apesar de representar quase a metade dos inadimplentes, essa foi a primeira queda na taxa de reincidência de dívidas em atraso desde 2015, ano que registrou índice de 42,7%.

O levantamento revela ainda que os idosos a partir de 61 anos foram os menos reincidentes, 38,2%, enquanto os adultos entre 36 e 40 anos concentram a maior parcela de pessoas que voltam a ficar no vermelho por débitos atrasados, 44,5%.

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São consideradas reincidentes as pessoas que voltam a ter uma nova dívida em até seis meses após a regularização de uma situação de inadimplência anterior.

De acordo com economistas da Serasa, a queda na taxa reflete a redução do juros, bem como a sua manutenção em níveis reduzidos, o que proporcionou a brasileiros endividados o acesso à condições de renegociação e quitação.

Em relação às faixas etárias, em 2017 todas as idades apresentaram recuo na reincidência na comparação com 2016. No entanto, a partir de 2013, foi observado entre os adultos de 26 a 60 anos avanço consecutivo de reincidentes, se intensificando em 2015 e 2016, período em que a recessão economia atingiu sua fase mais crítica no país.

No comparativo entre as regiões, o Norte se destaca com a maior queda de reincidentes, foram 6,1 pontos percentuais em 2017, 37,9% frente aos 44% do ano anterior. Já o Nordeste foi a região com o maior percentual de pessoas que voltaram a ter o nome sujo, 45,1%. Ao passo que o Centro-oeste teve o avanço mais acentuado na reincidência de dívidas, passando de 40,7% em 2016 para 42,6% em 2017.

O número de brasileiros endividados cresceu 6,03% em novembro, com cerca de 63,1 milhões de pessoas com o nome sujo. Esse foi o maior aumento para o mês desde 2011, quando o crescimento foi de 8,10%, mas o número de inadimplentes ainda está abaixo do recorde de 63,6 milhões registrado em junho.

Os dados são do levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e foram divulgados nesta segunda-feira (10).

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Na avaliação do presidente do SPC, Roque Pellizzaro Junior, a inadimplência do consumidor brasileiro continua alta devido à recuperação econômica que segue devagar e que ainda não se refletiu em melhora nos níveis de renda e nem em queda considerável do desemprego.

 “Os dois pilares fundamentais, que são emprego e renda, ainda enfrentam percalços. Por isso que o fim da recessão não foi o suficiente para melhorar as finanças do brasileiro. O ambiente econômico vem esboçando uma retomada gradual e bastante lenta e frustrou as expectativas de que o ano de 2018 seria o da consolidação dessa recuperação”, afirma.

A pesquisa mostra ainda que o aumento do endividamento é mais expressivo conforme maior a idade do consumidor. Em novembro, o índice foi maior entre idosos com idade entre 65 e 84 (11,8%), seguido por pessoas na faixa etária entre 50 e 64 anos (8,5%), acima de 85 anos (7,7%), e dos 40 aos 49 anos (7,1%).

Entre os consumidores entre 30 e 39 anos, o avanço foi menor (3,9%). Já entre os jovens de 18 a 24 anos, a inadimplência apresentou queda de 22,3%, e entre os que estão entre 25 a 29 anos, o recuo foi de 4%.

As dívidas bancárias, que incluem cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, lideraram o ranking de endividamento em novembro, com alta de 10%. Em seguida ficaram os atrasos nas contas de serviços de internet e TV por assinatura, com avanço de 9%, enquanto contas básicas como água e luz cresceram 7,1% no volume de atrasos.

 

O número de famílias endividadas caiu em novembro na comparação com o mês anterior e com novembro de 2017, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O percentual de famílias com dívidas em novembro ficou em 60,3%, abaixo da taxa de 60,7% registrada em outubro e da de 62,2% em novembro do ano passado. Já o percentual de famílias inadimplentes, ou seja, que têm dívidas em atraso, ficou em 22,9% em novembro, índice inferior aos 23,5% de outubro e aos 25,8% de novembro de 2017.

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As famílias que não têm condições de pagar suas dívidas, segundo a CNC, somam 9,5% do total em novembro, abaixo dos 9,9% registrado em outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

O cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida, afetando 77,4% das famílias inadimplentes. Em seguida estão os carnês, 14,8%, e financiamento de automóveis, 10,2%. Entre as famílias que possuem contas em atraso, o tempo médio foi de 64,6 dias em novembro, enquanto o tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,9 meses.

O Banco Itaú anunciou que encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 6,247 bilhões, um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2017. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro líquido da instituição financeira foi de R$ 18,772 bilhões, o equivalente a um avanço de 3,5% ante o mesmo período do ano passado.

O lucro líquido recorrente do banco, que exclui fatores extraordinários no trimestre fiscal, somou R$ 6,454 bilhões entre julho e setembro, um ganho 3,2% maior do registrado no mesmo período de 2017.

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De acordo com a instituição financeira, o resultado dos nove primeiros meses deste ano foi impulsionado pelo menor custo do crédito e o aumento de receitas com prestação de serviço aos clientes. Até setembro, a receita com serviços chegou a R$ 30,654 bilhões, uma alta de 6,5% ante o mesmo período do ano passado.

A carteira de crédito alcançou R$ 636,4 bilhões ao final de setembro, registrando crescimento de 10,6% em 12 meses e de 2,1% no terceiro trimestre. "Continuamos com uma demanda saudável por crédito tanto de pessoas físicas quanto de micro, pequenas e médias empresas", afirmou o presidente do Itaú, Candido Bracher.

Já o índice de inadimplência superior a 90 dias subiu 0,1 ponto percentual em 12 meses e chegou a 2,9%, informou o banco. No terceiro trimestre, a inadimplência entre pessoas físicas permaneceu estável em 4,5% ante os três meses anteriores.

Nesse período, a inadimplência das grandes empresas passou de 1% para 1,5%, e entre as micro, pequenas e médias empresas caiu de 3,7% para 3,4%.

Desempregado e com uma dívida que superava R$ 20 mil, o manobrista Richard Marques tentou renegociar seus débitos com o gerente do banco. Sem desconto, as parcelas oferecidas não cabiam em seu orçamento. Foram quase três anos recebendo ligações de cobrança, até descobrir, na internet, que podia conseguir condições melhores para limpar seu nome.

"Tentei negociar, mas a parcela era muito alta. A gente fica constrangido, porque quer pagar, mas sem emprego não dá." Ele conta que, junto com a esposa, começou a procurar ofertas melhores.

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Por meio de um dos novos serviços de renegociação de dívidas na internet, fez uma proposta e obteve desconto de 92% no valor devido. Suas dívidas, que totalizavam R$ 24 mil, foram quitadas por R$ 1.878.

Marques não está sozinho em buscar de canais digitais - portais de autonegociação, chat, e-mail, SMS, WhatsApp, Messenger e agente virtual - para renegociar pendências. Quase a metade dos brasileiros (48,8%) com contas em atraso já negocia por meio de canais digitais, revela pesquisa do Instituto Geoc, que reúne 16 empresas de cobrança. A enquete, que ouviu 2.434 pessoas no início do mês, mostra que no último ano houve um avanço de 20% no volume de renegociações por meio de canais digitais.

Segundo Dilson Moura de Sá, fundador da Acordo Certo, fintech que atua no segmento de renegociação de dívidas, o número de acordos firmados mais do que triplicou - de 15 mil, em janeiro, para 55 mil, em setembro. Na BLU 365, houve um aumento de 8% no número de acordos fechados em 2018, diz Natália Alexandria, diretora comercial.

O movimento motivou o relançamento da ferramenta de renegociação de dívidas online da Serasa. Segundo o gerente da Serasa Consumidor, Lucas Lopes, atualmente, 27 milhões de pessoas podem renegociar suas dívidas na plataforma.

Em cerca de 90 dias, credores repassam a cobrança da dívida para empresas terceirizadas. Com acesso aos dados do devedor, tem início o trabalho de organização da informações. Por meio de ferramentas de inteligência artificial e análise de dados, são exploradas outras formas para que o inadimplente renegocie a dívida.

"Colocamos anúncios direcionados, usamos algoritmos e marketing digital para que o cliente chegue até nós", diz Sá, da Acordo Certo. Em 60% dos acordos fechados, é o devedor quem busca a empresa para saldar dívidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A taxa de inadimplência de pessoas físicas e jurídicas chegou a 4,1% em setembro e registrou a menor média desde março de 2011, informou o Banco Central nesta sexta-feira (26).

No caso da inadimplência das pessoas físicas, a taxa passou de 5% em agosto para 4,9% em setembro. No caso das empresas, o índice de inadimplência caiu de 3,3% para 3,1%.

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Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini, a queda foi motivada pelo crescimento da economia, que voltou a ter expansão em 2017 após dois anos de recessão, e pelo processo de renegociação de dívida com os bancos.

"Houve um período de crescimento da inadimplência nos últimos anos, acompanhado de um cenário mais complicado na conjuntura econômica. Mas depois houve um processo intenso de renegociações. Várias formas foram buscadas para solução disso. Esse processo se consolidou", avalia.

Para Baldini, as renegociações de pessoas físicas junto às instituições bancárias vêm acontecendo desde 2016, mas as empresas começaram um pouco mais tarde. "De alguma forma, uma vida nova teve início a partir daí e com taxas mais baixas", conclui.

O número de brasileiros inadimplentes cresceu 3,9% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2017, de acordo com o levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

A pesquisa aponta que há no país 62,4 milhões de pessoas com o nome sujo. Isso significa que 40,6% da população adulta enfrenta dificuldades para controlar empréstimos, conseguir financiamentos ou realizar compras parceladas.

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O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, atribui a inadimplência ao desemprego que permanece elevado e a renda que não superou os patamares anteriores à crise, prejudicando o orçamento e a capacidade de pagamento dos consumidores. "Esse quadro só deve ser revertido com a melhora do mercado de trabalho, o que exige por sua vez uma recuperação econômica mais vigorosa”, explica.

De acordo com o levantamento, as dívidas bancárias, que incluem cartão de crédito, cheque especial e empréstimos, tiveram alta de 8,5% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além disso, 52,7% de todos os compromissos financeiros não quitados pelos brasileiros estão relacionados a bancos, 17,9% ao comércio e 7,9% às empresas prestadoras de serviços básicos.

Apesar de registra uma queda em relação ao percentual do mês anterior, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) pernambucana mostrou que o número de endividados no estado é de 61,8%. O percentual é inferior aos registrados em junho de 2018 e julho de 2017, quando a taxa era de 62,8% e 67,6%, respectivamente, mas ainda é maior que a média nacional.

De acordo com a PEIC nacional, divulgada pela Conferência Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas no país cresceu de 56,4% em junho para 57,1% em julho deste ano. Especialistas afirmam que o mês de julho, período de recesso escolar, tradicionalmente apresenta um maior consumo das famílias nos serviços de alimentação e lazer.

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Em Pernambuco, o alto número de pessoas com algum tipo de débito pode ser reflexo de uma taxa de desemprego também muito alta, com mais de 700 mil pessoas no primeiro trimestre do ano. Em números concretos, o percentual de 61,8% equivale a 314.039 mil famílias que informaram ter algum tipo de dívida. O grande "vilão" das dívidas continua sendo o cartão de crédito, com 92,2% das dívidas, seguido pelo endividamento com carnês e crédito pessoal.

Jovens

Outro recorte importante é a quantidade de jovens brasileiros - entre 25 e 29 anos -com o nome "sujo na praça". Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quase metade (46%) deste público está inadimplente. Entre os de 18 a 24 anos, a proporção é de 19%. Somados, os dois grupos representam cerca de 12,5 milhões de pessoas.

Economistas e especialistas em finanças são concordantes: para evitar ficar no vermelho, é preciso se organizar. Criar uma planilha, usar aplicativos de planejamentos financeiros no celular e renegociar as pendências atuais são pontos fundamentais para o reequilíbrio financeiro. A partir disso, a dica é criar o hábito de poupar. Se possível, por volta de 15% do seu orçamento mensal.  

Com a alta inadimplência nos financiamentos imobiliários provocada pela crise econômica, o número de imóveis retomados pelos bancos disparou nos últimos anos. Desde o início de 2014, as cinco maiores instituições financeiras do País retomaram R$ 11,5 bilhões em imóveis por falta de pagamento. O setor estima que essa cifra corresponde a cerca de 70 mil casas e apartamentos.

A inadimplência cresceu à medida que a crise elevou o desemprego e reduziu a capacidade financeira das famílias. Atualmente, os cinco maiores bancos têm o volume recorde de R$ 13,7 bilhões em imóveis à espera de um interessado - incluindo as unidades que já estavam no estoque -, cifra que cresceu 745% em quatro anos e meio.

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Números nos balanços do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander revelam que, juntas, as instituições tiveram aumento médio de quase R$ 2 bilhões no volume de imóveis retomados a cada ano entre 2014 e o ano passado. O ritmo continua forte em 2018 e, em apenas seis meses, bancos tomaram mais R$ 1,48 bilhão em casas e apartamentos de inadimplentes.

A líder no setor imobiliário, a Caixa, encabeça esse movimento, com cerca de 70% desse total de unidades retomadas. Em junho, eram cerca de 47 mil imóveis de clientes que, somados, valiam R$ 9,1 bilhões. Em 2016, o estoque era menos da metade: 23 mil unidades.

O mesmo fenômeno acontece nos concorrentes, ainda que com ritmo um pouco menos intenso. Desde o início de 2014, Bradesco, Santander e Itaú somaram, cada, cerca de R$ 1 bilhão a essa carteira. O BB teve aumento menos expressivo, com R$ 116 milhões no período.

"São números que chamam atenção. Se continuarmos observando esse movimento por mais um ou dois anos, poderemos ter um problema razoável", avalia o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Rafael Schiozer.

O professor nota que o principal risco para os bancos é a queda do preço dos imóveis, o que reduz a possibilidade de a instituição reaver o dinheiro emprestado.

Velocidade

O presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo, Marco Aurélio Luz, explica que bancos normalmente retomam o imóvel em processos que duram de seis meses a um ano, mas há casos mais rápidos. Imóveis financiados pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) - acima de R$ 950 mil em São Paulo, Rio, Minas e e Distrito Federal e R$ 800 mil nos demais Estados - podem ir a leilão em 90 dias.

A retomada de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que têm valores abaixo dos limites do SFI, costuma demorar alguns meses a mais.

Esse esforço dos bancos em despejar os clientes rapidamente gera efeito positivo nos indicadores de inadimplência. Isso acontece porque, com a retomada do imóvel, a operação deixa de ser considerada "crédito inadimplente" e passa a ser um "ativo" do banco. A posse desses imóveis, portanto, acaba amenizando os indicadores de calote.

Segundo o Banco Central, o porcentual dos financiamentos imobiliários para pessoas físicas com inadimplência superior a 90 dias tem oscilado em torno de 2% desde o início da década. Ou seja, atrasos no pagamento são cada vez mais frequentes, mas o banco corre para liquidar a operação antes que isso seja visível na inadimplência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de famílias endividadas caiu pelo terceiro mês em São Paulo, passando de 1,99 milhão para 1,92 milhão em junho, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No entanto, o endividamento no mesmo mês ainda atingiu 49,4% da população paulistana.

Em relação ao mesmo período do ano passado, houve redução de 0,3 ponto porcentual.  A taxa de inadimplência ficou estável, passando de 19,3% em maio para 19,2% em junho. O que representa mais de 750 mil famílias que não conseguem quitar dívidas até a data do vencimento. 

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O índice de consumidores que não terão condições de pagar as dívidas em atraso no próximo mês diminuiu de 9% em maio para 8,1% em junho, porcentual semelhante ao de junho do ano passado (8,2%). Pouco mais da metade das famílias inadimplentes (51,7%) têm contas em atraso por mais de 90 dias. As com atraso de até 30 dias representam 24,20% e entre 30 e 90 dias correspondem a  22,3%.

 

Após quatro meses de estabilidade, o número de empresas com pagamentos em atraso voltou a acelerar em maio, influenciado pela greve dos caminhoneiros que paralisou o País por mais de dez dias.

No mês passado, 5,5 milhões de companhias estavam na lista de inadimplentes, aponta a Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras. Esse é o maior número de empresas com pagamentos atrasados desde março de 2016, quando o levantamento começou a ser feito.

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De janeiro a abril, 5,4 milhões de empresas mensalmente tinham dívidas em atraso. Em maio, mais 100 mil companhias engrossaram essa lista. Em comparação com o mesmo mês de 2017 houve um acréscimo de 400 mil empresas, um aumento de 7,8%. As dívidas com pagamento atrasado também cresceram 4,3% na comparação anual e atingiram R$ 124,3 bilhões.

"A greve dos caminhoneiros impactou as cadeias de produção e as empresas pararam de produzir e vender", afirma o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Sem girar os estoques, elas ficaram sem capital de giro para honrar os pagamentos das contas básicas e as dívidas com sistema financeiro e fornecedores.

Rabi explica que por esse levantamento não é possível saber qual é o período médio de atraso porque o critério de inadimplência é fixado pelo credor. Isto é, a Serasa Experian reúne numa mesma lista o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) das empresas que deixaram de pagar as contas no prazo, seja com um dia de atraso ou mais de 30 dias, por exemplo.

O levantamento mostra que o aumento da inadimplência foi puxado pelas empresas prestadoras de serviços. No mês passado, essas companhias responderam por quase a metade (48%) das empresas com pagamentos atrasados. Em maio do ano passado, as prestadoras de serviços representavam 46,7% do total de companhias inadimplentes.

Rabi argumenta que o prejuízo provocado pela greve se concentrou no setor de serviços porque ele reúne um número maior de pequenas e microempresas. Normalmente as pequenas e microempresas já enfrentam maior dificuldade de capital de giro e, com a greve, tiveram piora nesse quadro.

Para os próximos meses, a tendência para o calote das empresas não é de estabilização, segundo o economista. Ele argumenta que a situação financeira das companhias está muito ligada ao ritmo e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que pode continuar desacelerando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que estiverem devendo às instituições de ensino nas quais estão matriculados poderão negociar o parcelamento da dívida em até 18 meses, de acordo com resolução publicada nesta quarta-feira (13) pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no Diário Oficial da União.

Segundo o FNDE, até o ano passado, era preciso estar quite para fazer a renovação do contrato do Fies. Agora, o estudante terá que pelo menos ter feito a negociação do pagamento antes da renovação. 

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Além disso, o FNDE fixou em 30% da parcela o valor máximo que poderá ser cobrado por mês. Ou seja, se um aluno atrasou o pagamento de uma mensalidade de R$ 100, ele poderá pagar até R$ 30 junto com a próxima parcela mensal.

As regras publicadas valem para os valores pagos para as instituições de ensino pelos estudantes que não têm financiamento de 100%. Eles devem pagar todos os meses uma parte da mensalidade às instituições.

A partir deste semestre, para evitar cobranças abusivas, o Ministério da Educação (MEC) determinou que os pagamentos passem pela Caixa Econômica Federal, antes de serem transferidos para as instituições privadas de ensino.

A resolução também estabelece que a renegociação será operacionalizada pela internet e o agente financeiro terá 120 dias para criar e disponibilizar esse portal, por meio do qual o estudante poderá solicitar a renegociação e a instituição de ensino, validar o pedido.  

O estudante que deixar de pagar uma mensalidade já é considerado inadimplente e deve buscar a renegociação. De acordo com o FNDE, a expectativa é que as renovações dos contratos do Fies sejam feitas a partir de agosto. Por ser um dado que cabe a cada instituição de ensino, a autarquia diz que não tem o número total de estudantes atualmente em atraso.

Financiamento máximo e mínimo

Também foram publicadas as resoluções que tratam da garantia de pelo menos 50% de financiamento pelo Fies e do teto de R$ 42.983,70 por semestre. Ambas medidas foram anunciadas na semana passada pelo ministro da Educação, Rossieli Soares.

O limite foi estabelecido para que cursos com mensalidade de R$ 7 mil possam voltar a ser financiados pelo programa – que havia reduzido o teto para R$ 5 mil. Com isso, estudantes de medicina, por exemplo, que se enquadrem nas regras do Fies poderão contar com o benefício.

Segundo o ministro, o piso foi fixado para tornar o Fies mais atraente. Até este semestre, o sistema podia calcular o percentual da mensalidade que seria financiado conforme a renda do estudante e outros critérios. O financiamento poderia chegar a 8%, por exemplo.

As regras valem a partir do próximo semestre. Os estudantes que contrataram o Fies com porcentagem inferior a 50% poderão pedir para entrar na nova regra. As mudanças foram feitas no chamado Fies público.

Neste ano, 100 mil vagas serão ofertadas nessa modalidade, com juro zero e financiadas diretamente pelo governo. As vagas são destinadas a estudantes com renda familiar per capita de até três salários mínimos, ou R$ 2.862.

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--> Fies passa a operar com contratos de no mínimo 50%

Em coletiva de imprensa concedida pelo Ministério da Educação (MEC) na tarde desta quarta-feira (6), o ministro Rossiele Soares anunciou que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) terá um percentual mínimo de financiamento fixado em 50% com o objetivo de aumentar a atratividade dos contratos. Além disso, também passa a ser necessário adequar o valor do financiamento ao menor valor pago na turma do aluno. 

De acordo com o ministro, essa medida impede que as instituições cobrem valores mais elevados dos estudantes do Fies, que assumiriam dívidas maiores. Os estudantes que têm, atualmente, valores de financiamento menores que 50%, poderão realizar o aditamento dos contratos para elevar o valor financiado.

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O valor máximo de financiamento, anteriormente fixado em R$ 30 mil por semestre e R$ 5 mil por mês, passa a ser de R$ 42 mil por semestre, que equivale a R$ 7 mil por mês. Haverá também a possibilidade de renegociação de dívidas de estudantes que terminaram os estudos mas estão inadimplentes.

De acordo com Rossieli Soares, cerca de 61% do total de estudantes se encontram nessa situação e alguns têm prejuízos como não poder assumir novos financiamentos por não poder renegociar o valor devido.

Além das mudanças relativas aos contratos, também foi anunciado que todas as vagas não ocupadas no primeiro semestre para o edital do Fies do segundo semestre. As inscrições para as vagas remanescentes do Fies seguem abertas até o dia 26 de junho e, de acordo com o ministro, as inscrições para o Fies do segundo semestre serão iniciadas por volta da metade de julho, em data a ser divulgada.

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--> Inscrições abertas para vagas remanescentes do Fies

O índice de inadimplência das empresas em todo o Brasil caiu 7,1% no 1° trimestre de 2018, em comparação com o trimestre anterior. Em quatro trimestres a queda foi de 11,3%, na variação contra o mesmo período do ano anterior a diminuição foi ainda maior com 21,1%. Os dados nacionais foram coletados por meio de uma pesquisa realizada pela Boa Vista SCPC.

O indicador é um somatório dos principais elementos que apontam a inadimplência empresarial como cheques devolvidos, títulos protestados e registros de débitos realizados na base do Serviço Central de Proteção ao Crédito.

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Segundo a Boa Vista SCPC, o resultado do 1° trimestre deste ano indica a manutenção dos baixos níveis de inadimplência das organizações, que desde o 2° trimestre de 2016 entraram em queda.

A pesquisa concluiu que esse movimento se deve apenas à restrição de crédito por parte das concedentes, porém nos últimos meses se observa que a melhora na atividade econômica tem proporcionado aumento nas receitas e a inflação mais baixa permite custos menores. Os  juros em queda também contribuíram para esse resultado.

Na corrida contra o tempo para evitar uma inadimplência, a Odebrecht S.A. trabalha para postergar por alguns dias o pagamento de R$ 500 milhões em títulos emitidos no exterior, que vencem nesta quarta-feira (25) e transformar o evento em uma situação, apenas, de "calote formal". No entanto, se não honrar seu compromisso - opção que pessoas próximas à companhia descartam - detentores de 25% dos títulos da dívida podem solicitar a antecipação de todos os pagamentos da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), além dos próprios bonds em questão.

Circula, no entanto, uma interpretação de que a empresa pode ter 30 dias de carência (o chamado período de cura) para escapar do default, apesar de o contrato explicitar que, não havendo o pagamento do principal, uma situação real de calote está configurada e a dívida pode ser acelerada. Fontes ligadas à construtora garantem que, mesmo que o acordo não seja fechado até amanhã, a empresa vai fazer o pagamento.

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Os detentores dos títulos da OEC já estavam preparados para ficar sem o pagamento na tarde dessa segunda-feira, 23, já que o grupo não havia concluído a negociação de um empréstimo com bancos. Os bônus perpétuos da construtora Odebrecht, que têm maior liquidez, operaram ontem no exterior embutindo tal perspectiva. Não há negócios com os bônus que estão vencendo e é baixíssimo o volume de negócios há algum tempo.

A Odebrecht ainda tenta convencer Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a abrir mão da preferência das ações da Braskem que foram dadas como garantias em outro empréstimo. Isso porque Bradesco e Itaú Unibanco concordaram em emprestar até R$ 2 bilhões em recursos novos para o grupo, desde que passassem a ter prioridade nesses papéis, que foram oferecidos como garantia. Segundo fontes, as conversas tiveram algum avanço no final da tarde dessa segunda-feira. Mas o Banco do Brasil mantém a premissa de que não vai enfraquecer suas garantias.

Procurada, a Odebrecht S.A. afirmou que continua empenhada na negociação com os bancos de seu relacionamento. "Por sua dimensão e pelo número de bancos envolvidos, trata-se de uma negociação complexa e demorada. Esta é uma operação de caráter estruturante para a Odebrecht e que ao mesmo tempo beneficiará todos os credores." A Odebrecht Engenharia e Construção, por sua vez, informou também que continua a concentrar esforços para honrar seus compromissos de curto e longo prazos.

Envolvida na Lava Jato, a empresa teve um baque nas receitas. A construtora, que era a segunda maior fonte de recursos do grupo, despencou. Em 2014, o estoque de projetos em carteira era de US$ 33,8 bilhões. Até setembro passado, havia recuado para US$ 14,4 bilhões.

O aporte que vem sendo negociado com os bancos seria usado para quitar a dívida atual e dar fôlego para a empresa se estruturar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de inadimplentes em março cresceu 3,13% em relação ao mesmo mês no ano passado pela sexta vez consecutiva. Chegou ao final do primeiro trimestre com 62,1 milhões de consumidores com contas em atraso. A conclusão é de um levantamento feito em todo o País pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na contramão deste movimento, também em março sobre o mesmo mês em 2017, o volume das dívidas recuou 0,38%.

A aparente contradição, segundo explica a economista-chefe de SPC Brasil, Marcela Kawauti, se dá porque o consumidor inadimplente normalmente está negativado por mais de uma dívida nos órgãos de defesa do consumidor.

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Se ele começa a pagar uma das dívidas, seu CPF ainda permanece registrado como devedor inadimplente. "Como em média, cada consumidor tem duas dívidas em aberto, se ele paga uma conta, a outra ainda fica pendente, o que não retira seu CPF do cadastro de negativados", reforça Marcela.

Quanto ao aumento do número de devedores, o presidente da CNDL, José Carlos da Costa, conta que além das razões já conhecidas, como dificuldades de pagamentos pelo aumento do desemprego e queda da renda, pesa a revogação da legislação em São Paulo que exigia por parte dos empresários o envio de uma carta com Aviso de Recebimento (AR) antes de efetivar o registro do atraso. "Com a revogação da lei, muitas das negativações que estavam represadas entraram na base de dados de forma mais abrupta, contribuindo para um aumento na totalização de negativados", explica Costa.

O indicador mostra ainda que é na faixa etária entre 30 e 39 anos que se concentra a maior incidência dos negativados pelos órgãos de proteção ao crédito, com 51% das anotações, totalizando, em números absolutos, 17,6 milhões de inadimplentes. Marcela afirma que a liderança da faixa etária dos 30 anos se explica pelo fato de, geralmente, nesta idade as pessoas já serem chefes de família e terem um número maior de compromissos a pagar.

Outro corte da pesquisa mostra que com 26,94 milhões de inadimplentes, a Região Sudeste é a que concentra o maior número de pessoas com nomes sujos. Mas é o Norte do País, com 5,54 milhões, que tem o maior número de inadimplentes proporcionalmente à população.

Os setores de telecomunicações e bancário são os que mais sofrem com a inadimplência. Em março os atrasos de pagamentos de contas de telefone, TV por assinatura e internet aumentaram 7,76% e os atrasos de pagamentos aos bancos cresceram 4,83%.

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que sete em cada dez brasileiros deixaram de pagar ou pagaram com atraso pelo menos uma conta em 2017. Os débitos mais comprometidos no último ano são cartão de crédito (39%), plano de internet (28%) e plano de celular e/ou telefone fixo (26%). 

Quase metade dos brasileiros (47%) está ou esteve nos últimos 12 meses com o nome incluído em algum serviço de proteção ao crédito, sobretudo entre as classes C, D e E, mostra o estudo. Foram entrevistados 805 consumidores acima de 18 anos de todas as classes sociais nas 27 capitais. 

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O último índice de inadimplência divulgado pelo SPC Brasil e CNDL revela que 39% da população brasileira adulta está registrada em listas de inadimplência. Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o endividamento não deve impedir a pessoa de pagar as suas contas fixas para não correr o risco de inadimplência. "Além disso, é recomendável poupar uma parte dos ganhos e deixar uma quantia para arcar com as despesas variáveis do mês. E sempre que o consumidor se vir obrigado a pagar juros, o certo é recorrer à reserva financeira ou fazer atividades extras para aumentar a renda e se livrar dessa situação o mais rápido possível", sugere.

Mudança de comportamento - A pesquisa também traz que 80% dos brasileiros mudam a forma de administrar os gastos após serem negativados. As principais medidas tomadas são: controlar todos os gastos (49%), pensar melhor antes de comprar algo (39%) e comprar somente quando puder pagar à vista (34%).

Desconhecimento - Ao todo, 43% das pessoas se consideram endividadas no momento. Apesar disso, o mesmo estudo destaca que 71% não sabem, de fato, o que significa estar endividado. Para 43% dos ouvidos, uma pessoa com dívidas é aquela que tem contas em atraso ou sem pagar. Já 28% disseram que está endividado quem possui o nome registrado em entidades de proteção ao crédito. Apenas 24% sabem que uma pessoa endividada é aquela que possui parcelas a vencer ou empréstimos feitos. 

A inadimplência do consumidor medida pela Boa Vista SCPC subiu 1,6% em janeiro ante dezembro já descontados os efeitos sazonais, segundo os dados nacionais da instituição. Na comparação com janeiro de 2017, houve redução de 6,2% e, no acumulado em 12 meses, a queda foi de 3,8%.

No confronto mensal, por região, o maior avanço foi verificado no Sul do País, de 5,5%. Norte e Centro-Oeste registraram a mesma alta, de 3,9%. No Nordeste, o aumento da inadimplência foi de 2,2%. Já o Sudeste foi a única região que mostrou retração no período, de 0,2%.

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A Boa Vista SCPC espera que o estoque de inadimplência permaneça em ritmo estável em 2018, com a perspectiva de crescimento da economia e renda, juros menores e inflação controlada induzindo uma retomada sustentável da demanda por crédito.

O porcentual de brasileiros endividados diminuiu na passagem do ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com contas a pagar recuou de 62,2% em dezembro de 2017 para 61,3% em janeiro de 2018, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

"A queda das taxas de juros e a recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma melhora gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento", avaliou Marianne Hanson, economista da CNC, em nota.

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Em relação a janeiro do ano passado, porém, houve um aumento de 2,6 pontos porcentuais na fatia de endividados.

Já a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu de 25,7% em dezembro para 25% em janeiro. Na comparação com janeiro de 2017, entretanto, houve alta de 1,1 ponto porcentual no total de inadimplentes.

A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou de 9,7% em dezembro para 9,5% em janeiro, patamar menor também em relação aos 10,2% registrados em janeiro do ano passado.

A fatia de famílias que se declararam muito endividadas diminuiu de 14,1% em dezembro para 13,6% em janeiro. Na comparação anual, houve queda de 0,8 ponto porcentual.

O tempo médio de atraso no pagamento de dívidas foi de 65 dias em janeiro de 2018, contra 65,6 dias em janeiro de 2017. O comprometimento do orçamento das famílias com as dívidas foi de sete meses, em média, sendo que 32,2% delas possuíam dívidas por mais de um ano. Entre os endividados, 22,2% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

O cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, citado por 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,9%) e financiamento de carro (11,0%).

A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010, com dados de aproximadamente 18 mil consumidores, coletados em todas as capitais e no Distrito Federal.

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