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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou na manhã desta quinta-feira, 10, que marcará para a última semana do mês a eleição do substituto do deputado André Vargas (PT-PR) para o cargo de primeiro vice-presidente da Casa.

Ontem, o petista renunciou à função alegando que precisava se dedicar à defesa perante o Conselho de Ética, que instaurou uma investigação disciplinar contra o deputado por quebra de decoro parlamentar.

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Pelo critério da proporcionalidade, o PT permanecerá na vice-presidência e indicará o sucessor de Vargas. Assim que o petista encaminhou sua carta de renúncia, os primeiros nomes que foram ventilados pelo partido foram os do ex-líder da bancada, José Guimarães (CE), o vice-líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (RS) e o ex-presidente da Casa, Marco Maia (RS).

Além do Conselho de Ética, a Corregedoria da Casa também vai investigar as relações de Vargas com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro. No Conselho, o relator do processo será o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que já avisou que pretende apresentar seu parecer antes do prazo regimental de 90 dias.

Em uma carta lida na noite desta quarta-feira pelo líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), o petista André Vargas (PR) anunciou que abre mão da vice-presidência da Casa para se dedicar a sua defesa no processo instaurado hoje pelo Conselho de Ética.

"Tomo essa decisão para que eu possa me concentrar em minha defesa perante o conselho e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora, e também preservar a imagem da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados", diz o petista no documento.

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Ao ler a carta, Vicentinho disse que o partido apoia sua decisão e que, a partir de agora, a legenda passará a discutir nomes para substituir Vargas na vice-presidência. O Broadcast Político apurou que os mais cotados são o ex-líder do PT José Guimarães (CE), o vice-líder do governo Henrique Fontana (RS) e o ex-presidente da Câmara Marco Maia (RS).

Vicentinho hesitou em falar sobre uma possível renúncia de Vargas ao mandato parlamentar e limitou-se a dizer que a questão é "de foro íntimo". "Ele agora quer ter o direito defesa e de ser ouvido", disse Vicentinho.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) apresentou na tarde desta quarta-feira (9) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, uma questão de ordem em que tentar impedir a abertura do processo disciplinar contra o deputado licenciado André Vargas (PT-PR). No momento, os deputados debatem o assunto. De acordo com Zé Geraldo, não pode ser aberto o processo por se basear em reportagens jornalísticas relativas à investigações da Polícia Federal (PF) que culminaram com a deflagração da Operação Lava Jato. "Note-se que são matérias jornalísticas que dão a versão daqueles meios de comunicação aos fatos e expõem supostas provas que teriam origem em fontes daqueles noticiosos", afirmou.

Durante a leitura do documento, ele defendeu que as investigações sobre Vargas sejam feitas na Corregedoria da Casa, como propôs o PSOL. "Em sua representação, o PSOL, por intermédio do seu líder, deputado Ivan Valente (SP), enfatizou que a Corregedoria corresponde à instância apropriada para a investigação das acusações", ressaltou Zé Geraldo. O pedido de instalação do processo disciplinar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara foi feito pelo PSDB, DEM e PPS nesta segunda-feira, 7. A manobra dos petistas é feita de olho na possibilidade de o deputado licenciado do PT do Paraná ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

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Caso Vargas seja condenado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, pode perder o mandato em votação aberta no plenário e passaria a ficar inelegível. Caso se inicie uma investigação na Corregedoria, somente após concluído e votado um parecer sobre o tema é que as discussões passariam a ser feitas Conselho de Ética. "Não existem provas, além de notícias jornalísticas baseadas em fontes anônimas ou obtidas ilegalmente de um inquérito policial sigiloso", disse Geraldo.

Incomodados com possíveis reflexos ao partido na disputa eleitoral deste ano, integrantes da cúpula do PT ampliaram nesta terça-feira a pressão para que o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), renuncie ao mandato e já começaram até a discutir quem o sucederá no posto.

A movimentação foi intensificada após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que Vargas precisa esclarecer o envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal, para o PT não "pagar o pato".

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As declarações do ex-presidente foram feitas a blogueiros em entrevista realizada em São Paulo no mesmo momento em que a bancada do PT na Câmara se reunia para discutir sobre o futuro do mandato do vice-presidente. Nada foi decidido no encontro, mas na análise de alguns deputados, a reação de Lula foi como um "disparo no peito" de Vargas e um sinal de que o vice-presidente não conta com o apoio do principal nome da legenda.

Foi o que se viu na sequência. Sob reserva, muitos petistas já defendem sua renúncia ao mandato. Abertamente, porém, a defesa por enquanto é que ele deixe o cargo na Mesa imediatamente. Antes mesmo de terminar a reunião, o vice-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), deixou a sala e passou a defender publicamente que Vargas renunciasse ao menos ao cargo de direção que ocupa na Casa. "Ele tem que entregar a vice-presidência, que é um posto na Câmara essencial ao PT, e neste momento ele não tem como atuar e não pode trancar isso", afirmou Fontana.

Cientes do enfraquecimento de Vargas dentro do partido, alguns setores já se movimentam para substituí-lo no cargo da Mesa. "Ele está de acordo. Ele vai deixar a vice-presidência no momento certo, mais para a frente", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que conversou com Vargas na manhã de hoje. Essa possível renúncia do deputado da vice-presidência "nos próximos dias" também reacende a disputa interna entre as correntes do partido. Adversários do grupo de Vargas tentarão emplacar no lugar dele o nome do ex-líder do PT Paulo Teixeira (SP). Em dezembro de 2012, Teixeira chegou a disputar com Vargas a indicação para a vice, mas perdeu por 48 votos a 37.

Processo

De acordo com pessoas próximas ao paranaense, a maior preocupação dele hoje é com a instauração do processo disciplinar no Conselho de Ética que pode culminar na cassação do mandato. A instalação das investigações no colegiado está prevista para ocorrer na tarde de amanhã. De acordo com o regimento, o relator escolhido deve apresentar um parecer, contra ou a favor, da perda do mandato, em 90 dias.

O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), não descarta, entretanto, manobras regimentais por parte do PT para adiar o início das atividades na comissão. "Acho que estão preparando alguma coisa porque toda hora vai alguém do PT da área jurídica lá no Conselho questionando um determinado ponto do regimento. Regimentalmente pode acontecer qualquer coisa", disse Izar.

Aliados

Aliados de Vargas também tentaram pressionar alguns integrantes do colegiado para que o processo seja inicialmente instalado na corregedoria da Casa para só depois tramitar no Conselho de Ética. "Hoje a questão principal não é a permanência na vice, mas o Conselho de Ética", afirmou Zarattini.

Caso seja iniciado o processo no colegiado, em tese, Vargas, se for cassado, seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, não podendo disputar as próximas eleições. Por outro lado, caso Vargas renuncie antes da instalação do processo, não há um entendimento jurídico, se ele também ficaria inelegível. O tema, no entanto, não está pacificado. "O Conselho de Ética não pode instaurar um processo sem provas. Não existe nenhuma prova contra o André, o próprio juiz do Paraná pede para que seja instalada uma investigação. A gente defende que primeiro passe pela corregedoria e, se encontrarem algo, vai para a Conselho de Ética", acrescentou.

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou nesta terça-feira, 8, que não descarta uma manobra regimental por parte do PT para adiar a instauração do processo disciplinar contra o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR).

"Acho que estão preparando alguma coisa porque toda hora vai alguém do PT da área jurídica lá no Conselho questionando um determinado ponto do regimento. Regimentalmente pode acontecer qualquer coisa", disse Izar.

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A sessão de instauração do processo contra Vargas está prevista para começar no colegiado nesta quarta-feira, 9, às 14h. "Estou ligando um a um para estarem amanhã na reunião", afirmou o presidente do Conselho.

PSDB, DEM e PPS protocolaram nesta segunda-feira, 7, uma representação pedindo a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o petista que no mesmo dia licenciou-se por 60 dias após novas revelações sugerirem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O processo com previsão de durar 90 dias úteis no Conselho pode levar à cassação do parlamentar.

No início da tarde, Izar afirmou à reportagem que vem sofrendo pressão de integrantes do PT e de outros partidos para adiar a discussão no Conselho para a próxima semana. "Nenhuma chance de ser adiada a discussão no Conselho. Muita gente procurou, pediu, mas a gente tem que tocar para frente esse processo e apurar o mais rápido possível", afirmou o deputado. Ele disse contar com o apoio do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para dar prosseguimento ao processo.

Questionado sobre a avaliação do caso de André Vargas, Izar respondeu: "É assustador. Não posso colocar uma opinião minha agora como presidente, mas, se o que está sendo colocado for verdade, é no mínimo preocupante".

A Polícia Federal trabalha com novas pistas que podem elevar em mais R$ 2,7 milhões os recursos distribuídos na campanha eleitoral de 2010 com intermediação do doleiro Alberto Yousseff, preso no mês passado pela Operação Lava Jato. Trocas de mensagens do suspeito de comandar um esquema de lavagem de dinheiro citam mais valores e datas de doações, além do ex-presidente do PP Pedro Corrêa, condenado no processo do mensalão.

Documentos apreendidos pelos investigadores mostram que, além dos R$ 4,64 milhões encaminhados a deputados e diretórios do PP e ao PMDB de Rondônia sob intermediação de Yousseff, revelados hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, o doleiro teria intermediado outros repasses para destinatários ainda não identificados. A movimentação financeira será alvo de análise da Procuradoria Eleitoral.

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Uma das pistas aponta a existência de um personagem identificado apenas como "Chico Lopez". Em troca de e-mail com Yousseff, o interlocutor lista nove correlações de datas e valores que vão de julho a setembro de 2010, num total de R$ 2,669 milhões. A PF anota que será necessário identificar o destinatário desses recursos.

Cidades

Na lista de comunicações sob suspeita há uma mensagem de outro interlocutor, ainda não identificado pela PF. O título é "número das contas". O conteúdo traz uma lista de nomes, contas bancárias e valores. Pedro Corrêa aparece nesta relação como beneficiário de R$ 20 mil. Há ainda na relação um ex-funcionário da Câmara e uma servidora do Ministério das Cidades, controlado pelo PP desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O total dos recursos que deveriam ser depositados é de R$ 100 mil, mas não se sabe se os funcionários seriam os destinatários ou intermediários desses recursos.

O jornal mostrou hoje que documentos da investigação mostram Yousseff intermediando contribuições da empreiteira Queiroz Galvão e da Jaraguá Empreendimentos, ambas fornecedoras da Petrobrás, ao diretório nacional do PP, às seções regionais da legenda na Bahia e em Pernambuco e aos deputados Nelson Meurer (PR), Roberto Teixeira (PE), Aline Corrêa (SP) e Roberto Britto (BA), além de Pedro Henry (MT), que renunciou ao mandato após ter ordem de prisão expedida pela condenação no processo do mensalão.

O diretório do PMDB de Rondônia, controlado pelo presidente nacional em exercício do partido, senador Valdir Raupp, também aparece na lista. Essas doações correspondem a valores declarados por partidos e candidatos à Justiça Eleitoral.

Além de suspeito de comandar o esquema de lavagem, Yousseff é investigado pela ligação com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, detido na mesma operação da PF. O doleiro deu um Land Rover de R$ 250 mil ao ex-diretor e pagou despesas dele com hotel, segundo a apuração. Indicado pelo PP e com trânsito amplo no PMDB e no PT, Costa foi um dos principais operadores da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e é suspeito de corrupção passiva.

A reportagem voltou a procurar Pedro Corrêa e os deputados e diretórios citados nos e-mails de Yousseff que não haviam sido localizados antes, mas ninguém quis comentar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cristian Silva, ex-executivo da construtora Jaraguá que aparece nas investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), foi demitido da fornecedora de equipamentos dois dias depois do primeiro turno das eleições presidenciais de 2010. O dono da Jaraguá Equipamentos, Álvaro Garcia, informou à reportagem tê-lo demitido por "divergências de pensamento", em 5 de outubro de 2010.

Silva era um dos quatro vice-presidentes da Jaraguá, empresa com contratos com a Petrobras para fornecer equipamentos pesados à estatal, como sistemas de processamento para refinarias. O executivo aparece nas investigações da PF em uma troca de e-mails, discutindo doação de campanha com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal desde o dia 17 de março.

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O doleiro é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro, em esquema ligado ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, também preso na operação Lava Jato. Como diretor da área de Abastecimento, Costa era responsável pelos investimentos em refinarias da estatal. Silva é hoje diretor da Gaia, consultoria com contratos ativos com a Petrobras, por exemplo, na administração de dados para a área de exploração de produção da companhia. O executivo não foi encontrado nesta segunda-feira, 7, no escritório, nem retornou pedido de entrevista.

Reportagem do "Estado" revelou que Yousseff teria intermediado doações em 2010 para políticos do PP e PMDB. A Jaraguá declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele ano doação de R$ 100 mil. O valor coincide com o citado nos e-mails de Silva com o doleiro sobre suposta doação de campanha para Pedro Henry (PT-MT). O e-mail enviado por Silva ao doleiro informa os dados da empresa que devem constar no recibo de pagamento.

Além de Silva, também citado nas investigações Othon Zanoide de Moraes Filho, executivo da construtora Queiroz Galvão. Zanoide aparece nos e-mails trocando informações sobre dados para emissão de recibos. O executivo permanece na empresa como diretor-geral de desenvolvimento comercial. A construtora negou irregularidades.

"A Queiroz Galvão esclarece que as doações eventualmente feitas para campanhas políticas obedecem estritamente a legislação aplicável", disse, em nota.

A Justiça Federal decidiu enviar nesta segunda-feira (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF) todos os documentos dos autos da Operação Lava Jato que ligam o doleiro Alberto Yousseff ao deputado André Vargas (PT-PR). Na condição de parlamentar, Vargas detém foro privilegiado perante o Supremo, ainda que agora tenha pedido licença do cargo por 60 dias.

Caberá à Corte encaminhar o caso à Procuradoria Geral da República. A Procuradoria decidirá se pede ou não abertura de investigação contra Vargas. A Justiça considera que entre os diversos fatos investigados foram colhidos "em verdadeiro encontro fortuito de provas elementos probatórios que apontam para relação entre Yousseff e o deputado".

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A Justiça avalia que ainda é prematura afirmação de que o relacionamento entre o doleiro e André Vargas "teria natureza criminosa". Mas, as frequentes citações a Vargas nos autos da Lava Jato já são suficientes para o deslocamento dessa etapa do caso para o Supremo.

Atendendo à determinação judicial, a Polícia Federal vai selecionar os "eventuais elementos probatórios e reuni-los em processo apartado" para posterior remessa ao Supremo. A PF tem 10 dias para reunir esses documentos que mostram a aproximação entre o doleiro e o deputado petista.

Apenas a parte relativa ao parlamentar seguirá para o STF. A investigação aponta para crimes de evasão de divisas, "corrupção de empregado público da Petrobras (Paulo Roberto da Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal)" e crimes de lavagem de dinheiro, até com produto do tráfico de drogas. Essa parte dos autos continuará aos cuidados da PF no Paraná.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), encaminhou na noite desta segunda-feira o pedido protocolado hoje pelo PSOL para que a Corregedoria da Casa investigue as denúncias envolvendo o vice-presidente André Vargas (PT-PR). O corregedor, deputado Átila Lins (PSD-AM), terá 45 dias para produzir um parecer sobre o caso.

No processo conduzido pela Corregedoria, Vargas terá cinco dias úteis para apresentar sua defesa. Ao final do processo, o corregedor poderá recomendar o arquivamento do caso, a cassação do mandato parlamentar, suspensão ou advertência ao deputado.

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A ação da Corregedoria correrá em paralelo à representação protocolada hoje pelos partidos de oposição no Conselho de Ética. DEM, PSDB e PPS apontam quebra de decoro parlamentar na relação entre o petista e o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal, acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou nesta segunda-feira, 07, que o partido ficou "satisfeito" com a atitude do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), de se licenciar do mandato. Vargas pediu afastamento por 60 dias após novas revelações que sugerem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Os partidos de oposição protocolaram um pedido de processo que pode levar à cassação do parlamentar.

"O nosso partido está satisfeito com a atitude que ele tomou. Respeitamos a decisão", disse o líder. "O afastamento era algo que nós esperávamos", complementou.

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Vicentinho evitou fazer a defesa do colega e afirmou que a licença deixará Vargas com maiores condições de responder às acusações. O petista diz não haver como comparar a situação do petista com a do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), que foi cassado em 2012 após ser flagrado em operação da Polícia Federal em uma relação próxima e de troca de favores com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A investigação da PF sobre Vargas afirma que o deputado teria auxiliado o doleiro em negociações do laboratório Labogen com o ministério da Saúde. Em uma das mensagens trocadas entre os dois, divulgada pela revista "Veja", o doleiro afirma a Vargas que o negócio poderá lhes trazer "independência financeira". Yousseff alugou um jatinho para uma viagem de férias de Vargas com sua família de Londrina (PR) para João Pessoa (PB).

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), afirmou que a relação do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), com o doleiro Alberto Yousseff não é compatível com o mandato de deputado federal. Vargas pediu afastamento por 60 dias após novas revelações que sugerem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Os partidos de oposição protocolaram um pedido de processo que pode levar à cassação do parlamentar.

"Ele (Vargas) tinha um relacionamento muito íntimo com um doleiro que já tinha feito antes um acordo com a Justiça por causa de ilícitos graves. Você se relacionar com uma pessoa sabidamente à margem da lei não é compatível com o mandato", disse Mendonça Filho. "Ninguém pode representar interesses de um doleiro, que atua como uma lavanderia, junto ao Ministério da Saúde", complementou.

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Mendonça Filho reconheceu haver um "paralelo" entre o caso e o do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), cassado pelo Senado por suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeiro. "Há um paralelo. Era uma atuação com um bicheiro e agora a dele é com um doleiro e há também a acusação a ambos de lobby, de trabalhar defendendo os interesses", disse.

A investigação da PF sobre Vargas afirma que o deputado teria auxiliado o doleiro em negociações do laboratório Labogen com o Ministério da Saúde. Em uma das mensagens trocadas entre os dois, divulgada pela revista Veja, o doleiro afirma a Vargas que o negócio poderá lhes trazer "independência financeira". Yousseff alugou um jatinho para uma viagem de férias de Vargas com sua família de Londrina (PR) para João Pessoa (PB).

Além da ação encaminhada pelos partidos de oposição na Câmara dos Deputados contra o vice-presidente André Vargas (PT-PR), o PSOL protocolou nesta segunda-feira (7) uma representação na Corregedoria da Casa. A bancada pede a apuração das denúncias envolvendo a relação do petista com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal. A sigla deve entrar nesta terça com uma nova representação, desta vez junto ao Ministério Público.

Na representação, o partido solicita que sejam investigados o empréstimo de um avião ao deputado do PT, o vínculo entre Vargas e Youssef e a conduta do parlamentar junto ao Ministério da Saúde para supostamente favorecer o laboratório Labogen. "A relação mantida não é a da alegada amizade de 20 anos, mas sim envolvem negociatas e possíveis fraudes em processos administrativos, com a utilização da influência do deputado André Vargas", diz a nota do PSOL.

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"Há a necessidade, portanto, de apuração dos fatos no âmbito da Corregedoria da Casa, com a contribuição da Polícia Federal, e, uma vez aprovado o parecer pela Mesa Diretora, a instauração de processo por quebra de decoro, no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar".

Mais cedo, Vargas encaminhou um pedido de licença do mandato parlamentar por 60 dias. Durante o período, o deputado não receberá salário.

PSDB, DEM e PPS protocolaram nesta segunda-feira (7) uma representação pedindo a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados. O petista licenciou-se por 60 dias após novas revelações que sugerem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O processo pode levar à cassação do parlamentar.

Na representação, os partidos da oposição pedem a abertura de processo no Conselho de Ética e pedem que o órgão convide Yousseff a prestar depoimento. A investigação da PF afirma que o deputado teria auxiliado o doleiro em negociações do laboratório Labogen com o ministério da Saúde. Em uma das mensagens trocadas entre os dois, divulgada pela revista Veja, o doleiro afirma a Vargas que o negócio poderá lhes trazer "independência financeira". Yousseff alugou um jatinho para uma viagem de férias de Vargas com sua família de Londrina (PR) para João Pessoa (PB).

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Pressionado até por integrantes do PR, Vargas licenciou-se do mandato nesta segunda-feira por 60 dias. Na semana passada, em discurso na tribuna da Câmara, disse não ter qualquer sociedade com o doleiro e que a viagem feita com o jatinho alugado pelo doleiro foi uma "imprudência".

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), acaba de pedir licença - tanto do mandato como da vice-presidência - e ficará afastado por 60 dias, sem receber salário. Vargas alegou "motivos pessoais". O petista vem sendo questionado por sua relação com o doleiro Youssef.

Novas mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostram que Vargas cobrou do doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba, a falta de pagamentos a "consultores". Em 19 de setembro de 2013, conforme o site da revista Veja informou, Vargas reclamou com o doleiro: "Sabe por que não pagam o Milton?", perguntou o deputado.

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Em resposta, Youssef escreveu: "Calma, vai ser pago. Falei para você que iria cuidar disso". Mas André Vargas insistiu. "Consultores que trabalham com ele há meses e não receberam", teclou Vargas. O doleiro tentou tranquilizar o deputado: "Deixa que já vai receber", garantiu Youssef.

A troca de mensagens não permitiu a identificação da origem desses"consultores". A conversa é, segundo Veja, mais um indício recolhido pela Polícia Federal para reforçar uma suposta sociedade secreta entre o doleiro e vice-presidente da Câmara.

Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que Vargas usou um jatinho pago pelo doleiro para viajar em férias com a família à João Pessoa (PB). A viagem teria custado R$ 100 mil. Da tribuna da Câmara, Vargas pediu desculpas aos colegas e à família. E negou qualquer envolvimento em um contrato de R$ 150 milhões para fornecimento de remédios entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde.

O PPS ingressará nesta semana, junto com PSDB e DEM, com representação no Conselho de Ética da Câmara contra o vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), por quebra de decoro parlamentar. A decisão foi anunciada neste domingo (6), pelo presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire (SP), que considera as denúncias do envolvimento de Vargas com o doleiro Alberto Youssef "da maior gravidade".

Em nota divulgada neste domingo (6), Freire afirma que as denúncias precisam ser investigadas com isenção pelo conselho. "Já que o vice-presidente não tomou a iniciativa de se afastar espontaneamente do cargo, vamos ingressar com representação contra ele no Conselho de Ética por entender que o seu envolvimento com o doleiro preso pela PF fere o decoro parlamentar", disse.

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De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, Vargas promete ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal. As suspeitas são de que Youssef e Vargas sejam sócios do laboratório Labogen. O doleiro está preso desde o dia 17 de março em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de lavagem de dinheiro.

Pesquisa

Roberto Freire avaliou que as denúncias contra o governo envolvendo a Petrobras e integrantes do PT só aumentam a desconfiança da sociedade, sentimento esse que tem sido apontado pelas recentes pesquisas de opinião, como a DataFolha, divulgada no sábado, 5. A pesquisa apontou uma queda de 6 pontos porcentuais nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff para as próximas eleições: de 44%, em fevereiro, para 38%.

"Cresce a tônica por mudanças e à oposição neste momento cabe o papel de preparar propostas alternativas de governo porque há sinais cada vez mais claros do esgotamento do ciclo petista, cuja principal marca é a corrupção", afirmou Freire, lembrando que a pesquisa ainda aponta que 72% da população têm desejo por mudanças.

As novas denúncias sobre o envolvimento do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), com o doleiro Alberto Youssef levaram o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), a defender neste domingo, 6, o afastamento de Vargas do cargo. "Diante das inúmeras acusações de envolvimento do vice-presidente da Câmara com o doleiro preso, o seu afastamento do cargo é o melhor caminho para dar condições à Mesa Diretora da Câmara de apurar com isenção as denúncias que pesam sobre ele", defendeu Bueno por meio de nota.

De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, Vargas promete ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal. As suspeitas são de que Youssef e Vargas sejam sócios do laboratório Labogen. O doleiro está preso desde o dia 17 de março em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de lavagem de dinheiro.

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Para o líder do PPS, o discurso de pedido de desculpas, feito por Vargas na semana passada, já não basta. "É preciso um gesto mais efetivo, como o licenciamento do cargo, para que a instituição Câmara dos Deputados não se contamine com o cipoal de denúncias contra André Vargas", afirmou.

PSDB e DEM também já anunciaram que vão protocolar representação no Conselho de Ética da Câmara contra André Vargas por quebra de decoro, em razão de ele ter viajado em avião pago pelo doleiro Youssef. Em seu discurso, na semana passada, no plenário da Câmara, o vice-presidente da Câmara admitiu que foi "imprudente". "Em relação ao avião, eu reconheço: fui imprudente, foi um equívoco. Deveria ter exigido contrato, deveria ter quitado, não deveria ter exposto minha família", disse Vargas.

A representação do PSDB e DEM, que deve ser protocolada no início desta semana, irá destacar que o uso da aeronave pode configurar recebimento de vantagem indevida, procedimento incompatível com o decoro parlamentar e punível com a perda do mandato, conforme o inciso II do art. 4º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

A defesa do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa entrou nesta sexta-feira, 4, com novos pedidos de habeas corpus para o executivo, preso desde o último dia 20 de março, no Rio de Janeiro, na operação Lava Jato da Polícia Federal. O advogado Fernando Fernandes pediu ainda a nulidade dos documentos apreendidos pela PF relacionando o ex-diretor ao doleiro Alberto Youssef, principal investigado da operação.

"Os documentos foram apreendidos na mesa do advogado da empresa, mas a lei garante a inviolabilidade dos arquivos de advogados", afirma o advogado. "Esses documentos não podem ser usados para a investigação, e ainda assim, eles não trazem qualquer ligação do Paulo Roberto com o doleiro, são apenas ilações da Polícia Federal", completou.

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Os documentos se referem a supostas contas correntes que o ex-diretor da Petrobras teria em associação com o doleiro investigado pela Polícia Federal. Os documentos recolhidos pela PF relacionava contas no exterior com referência a pagamentos feitos pelas empresas de Youssef a Paulo Roberto da Costa no período de 2011 a 2012, quando ele ainda era diretor da estatal.

Segundo Fernandes, os documentos se referem à compra de um terreno em Angra dos Reis, no litoral fluminense, feita por meio de empresas de Paulo Roberto. "Não tenho medo desses documentos, eles não dizem nada. Não há qualquer ilegalidade", diz o advogado. Os documentos também citam empresas offshore do empresário, que seriam incompatíveis com o cargo que ele ocupava na Petrobras. "Elas foram criadas em 2013, para unificar os negócios do cliente. Ele já não era funcionário da empresa", afirmou.

Fernandes também entrou com dois pedidos de habeas corpus para Paulo Roberto no Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul questionando a competência do juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba para decretar a prisão preventiva do ex-diretor. Segundo o advogado, nenhum dos atos citados no inquérito da PF ocorrem no Paraná. "O Paulo mora no Rio de Janeiro, trabalha no Rio e o carro que recebeu como pagamento de consultoria tem placa em São Paulo. Portanto, não há atribuição da justiça do Paraná sobre o caso", afirmou Fernando Fernandes.

O advogado ainda solicitou um segundo habeas corpus questionando o pedido de renovação da prisão preventiva do seu cliente. "Não há qualquer razão para ele estar preso. Não há qualquer diligência sendo feita pela polícia e não houve denúncia do Ministério Público. Como ele poderia sumir com documentos se já estão todos em mãos da polícia? Não há nenhum ato concreto que esteja em investigação que tenha ocorrido quando ele era funcionário da Petrobras", completou o advogado.

Preso desde o dia 20 de março em Curitiba, Paulo teve a prisão preventiva prorrogada por mais 15 dias. Ele é citado nas investigações da operação Lava Jato por ter recebido um carro de luxo do doleiro Alberto Youssef. Além disso, a Polícia Federal investiga se o ex-diretor de Refino e Abastecimento intermediou contratos fraudulentos de obras da refinaria Abreu e Lima, favorecendo empreiteiras em orçamentos superfaturados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira, 2, que a situação do vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), que andou no jatinho de um doleiro que está preso, é de foro íntimo.

Alves disse que ainda não conversou com Vargas e que vai esperar que o parlamentar o procure. Questionado pelo Broadcast Político sobre qual procedimento deveria ser tomado em relação ao caso, o deputado respondeu: "Se ele quiser conversar, vamos conversar com ele, mas a decisão é dele, é foro íntimo, é um parlamentar que eu respeito".

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Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que no início do ano André Vargas pegou emprestado o avião do doleiro Alberto Yousseff para viajar de Londrina (PR) a João Pessoa (PB). Yousseff está preso por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), utilizou-se de um avião emprestado pelo doleiro preso Alberto Yousseff para fazer uma viagem a João Pessoa, na Paraíba. Yousseff foi preso há duas semanas durante a Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com documentos da Polícia Federal, ambos trocaram mensagens de texto pelo celular no dia 2 de janeiro. Ali, foi agendada a viagem em um jato particular cujo prefixo é PR-BFM. A informação foi publicada nesta terça-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo".

Ele divulgou duas notas nesta terça-feira (1°). Em uma delas, disse que: "Conhecer alguém há 20 anos não é crime. Alberto Youssef é empresário de minha cidade. Dono do maior hotel da cidade. E os encontros, contatos e a relação se deram dentro da legalidade. Qualquer homem público poderia passar por isso". Em outra declarou que há um "vazamento seletivo" de informações.

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, considerou que o episódio não "é um problema" do partido. Questionado se iria pedir explicações sobre o envolvimento de Vargas com o doleiro, Rui Falcão respondeu: "Não. O André deu as explicações que ele julgou apropriada. Não é um problema do PT. É uma relação privada que ele está explicando, não é o PT. Mas eu vi as explicações dele e não tenho o que acrescentar".

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), manifestou solidariedade ao companheiro de partido. "Nossa primeira ação é de respeito e confiança absoluta no nosso colega", afirmou. Ele disse que ainda não conversou com Vargas sobre o assunto e que por isso não comentaria o mérito da questão.

A Polícia Federal descobriu que uma empresa de "consultoria" controlada pelo doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, movimentou quase R$ 90 milhões entre 2009 e 2013. A suspeita é de que parte desses valores foi utilizada para pagamento de propinas para agentes públicos corrompidos por Youssef. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa é apontado como um desses agentes públicos. A PF acredita que Costa tenha recebido propina quando integrava a direção da estatal e atuava na construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que também é um dos protagonistas da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, está preso preventivamente no Parará sob suspeita de corrupção passiva. A descoberta do fluxo do caixa do doleiro ocorreu após análise da quebra de sigilo bancário da MO Consultoria e Laudos Estatísticos, que Youssef criou para captar valores de "clientes" empresários, segundo a PF.

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A Lava Jato foi desencadeada há 10 dias para desmontar um esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de R$ 10 bilhões. A apuração mostra as digitais de Youssef em negócios sob suspeita também no Ministério da Saúde, além da Petrobrás.

Histórico. Youssef é um antigo conhecido da Justiça Federal. Nos anos 1990 ele foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões. Na ocasião, ele fez delação premiada e contou parte do que sabia.

A Lava Jato o flagrou em ação novamente. A suspeita de pagamento de propinas ao ex-diretor da Petrobras inclui um presente: o doleiro deu a Costa uma Land Rover Evoque de R$ 250 mil. As "comissões" para Costa e outros suspeitos podem ter chegado a quase R$ 8 milhões.

A PF interceptou uma planilha de pagamentos de "comissões" que somam R$ 7.950.294,23 com indicação, no campo fornecedor, das siglas MO e GFD. Segundo a PF, a GFD Investimentos e a MO Consultoria "são empresas controladas por Youssef, que as colocou em nome de pessoas interpostas e são por ele utilizadas para ocultação de patrimônio e movimentação financeira relacionada às operações de câmbio no mercado negro".

A planilha também cita a sigla CNCC, que a PF acredita ser Consócio Nacional Camargo Corrêa, que atua nas obras da refinaria de Abreu e Lima. A defesa do doleiro não foi localizada ontem pelo Estado. O advogado Fernando Fernandes, que defende o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, nega que seu cliente tenha recebido propina e diz que as suspeitas são "injustas". A Camargo Corrêa tem refutado as suspeitas de propina na obra da Abreu e Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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