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O deputado federal (PT) e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse na tarde desta sexta-feira, 6, estar quase defendendo a desobediência civil no Brasil.

Ao justificar sua posição, o deputado disse que o Estado não representa mais os direitos do cidadão, que o Poder Executivo adota medidas que retiram direitos e o Poder Judiciário, sobretudo o Supremo, toma uma decisão que ao invés de proteger a Constituição, ele próprio viola. Ele se referiu à rejeição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula e à reforma trabalhista.

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Vicentinho, que esteve reunido com Lula até há instantes, disse que defende a resistência do ex-presidente à prisão determinada pelo juiz federal Sérgio Moro. O deputado ressaltou que os advogados é que vão decidir se Lula vai ou não se entregar. "Quem vai decidir se o presidente se entrega são os advogados. Mas defendo a resistência", disse.

Vicentinho contou que o ex-presidente Lula está bem, tranquilo e até consolando os companheiros. "O Lula é isso. Ontem me encontrei com ele e comecei a chorar. Em vez de eu o consolar, ele é que me consolou", disse. Segundo Vicentinho, os três filhos de Lula o acompanham no Sindicato.

O deputado petista também defendeu que os militantes façam um cordão humano em torno de Lula para proteger o ex-presidente caso a Polícia Federal vá ao Sindicato prender o petista.

O deputado federal Vicentinho (PT-SP) disse há pouco, em rápida entrevista a jornalistas, que "sinceridade era a característica" da ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta ontem aos 66 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). "Quando tinha de dar umas duras, ela dava", afirmou em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde o corpo de Marisa será velado. A previsão é de que o velório ocorra das 9h às 15h.

O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), espera que a conclusão na próxima terça-feira (9) da votação do projeto que flexibiliza a meta do superávit primário seja mais rápida e fácil do que a sessão do Congresso Nacional de ontem. "Terça será votação simples, com maioria simples", afirmou.

O petista minimizou o fato de só 40 dos 71 deputados do PMDB terem ficado até o final da votação que durou quase 19 horas. A proposta do governo poderia ter sido liquidada ontem, mas não houve quórum para a conclusão da votação nesta madrugada. "Alguém saiu dali, mas não posso dizer que foi uma saída programada, deliberada, até porque o mais importante foi aprovado", comentou.

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Vicentinho negou que os aliados tenham feito "chantagem" com o Palácio do Planalto em função da distribuição de cargos na reforma ministerial. "Tenho convicção que não foi", insistiu.

Segundo ele, o convite da presidente Dilma Rousseff para ampliar o diálogo com a base foi decisivo para que os aliados seguissem a orientação do governo. "Nada como um carinho, né? Um carinho é sempre bom", brincou. O petista disse esperar que Dilma mantenha abertura para o diálogo com o Parlamento. "Conversar é sempre bom. Que a presidente faça assim sempre", desejou.

Em sua avaliação, as manobras regimentais utilizadas pela oposição para retardar o processo de votação e o término da apreciação dos dois vetos presidenciais que trancavam a pauta atrapalharam a aprovação final do projeto. O pior, de acordo com ele, já passou. "Quando a base está unida, por mais que obstruam, a gente vence no final das contas", disse.

Para o petista, os parlamentares entenderam a importância do projeto e "agiram com responsabilidade". O líder acusou a oposição de "fazer jogo rasteiro" e concluiu que os governadores de partidos de oposição não apoiariam a postura de seus representantes no Congresso Nacional contra a mudança na meta fiscal.

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), disse nesta quarta-feira que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras não pode funcionar "em clima eleitoral". Vicentinho, no entanto, revelou que orientou a bancada a apresentar requerimentos pedindo a convocação do senador reeleito Alvaro Dias (PSDB-PR) e do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB), que acumula a presidência nacional do partido. "O outro (ex-presidente nacional da legenda Sérgio Guerra) morreu, mas a responsabilidade é a mesma", afirmou.

De acordo com o líder do PT na Câmara, todos os supostos envolvidos no esquema e que foram denunciados no processo de delação premiada - até mesmo o secretário de Finanças e Planejamento da sigla, João Vaccari Neto - precisam prestar esclarecimentos à CPMI. "Para nós, o que interessa é a verdade sobre todos, independente da eleição", disse.

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Vicentinho classificou como "besteira" as acusações da oposição de que o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, "manobrou", sob orientação do Palácio do Planalto, para não depor nesta quarta-feira à comissão. Cosenza encaminhou um atestado médico justificando a ausência, mas a oposição desconfia da alegação de que ele teve uma crise de hipertensão. O líder do PT afirmou que, se for o caso, será preciso questionar o médico. "Não acredito que alguém iria inventar uma história dessa", declarou. Vicentinho garantiu não temer o depoimento do doleiro Alberto Youssef à CPMI na próxima semana. De acordo com o líder, o País terá "grandes surpresas quando a verdade vir à tona". "Vamos levar o Brasil a limpo", prometeu.

Sucessão

Vicentinho disse não acreditar em mudanças na opinião do eleitorado até domingo (26) e considera que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, caminha para a consolidação da liderança nas pesquisas de intenção de voto. "A tendência é cada vez mais a Dilma crescer e o Aécio diminuir", avaliou.

Perguntado sobre a presidência da Câmara na próxima legislatura, o líder admitiu que a agremiação reivindicará o posto, uma vez que ainda é a maior bancada da Casa, com 70 deputados. O PMDB deve lançar a candidatura do líder da bancada, Eduardo Cunha (RJ). "Temos ótimos companheiros capazes de presidir a Câmara", concluiu.

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), criticou nesta quinta-feira a postura "carregada de ódio" do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. No dia em que Barbosa anunciou a aposentadoria, Vicentinho disse que "tem gente no mundo jurídico" festejando a saída do ministro da Corte. "A postura dele não foi de quem é de fato um estadista no Poder Judiciário", considerou.

Com críticas a Barbosa na condução do processo do mensalão e à proibição dos condenados ao trabalho fora do presídio, o líder do PT na Câmara disse que o presidente do STF mostrou uma postura que "não cabe a um juiz". Vicentinho condenou também o trâmite da ação do mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, e o julgamento do processo do PT em ano eleitoral. "Se esta saída dele for com o objetivo de sair candidato a alguma coisa, desmorona toda uma tese de que ele não teve influência política no julgamento da Ação Penal 470. Se isso se confirmar, mostra que todo o procedimento, carregado de ódio, politizado, era aquilo que desconfiávamos", declarou.

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O líder do PT lembrou que, no dia seguinte à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2001, foi à casa do petista em São Bernardo do Campos, em São Paulo, e sugeriu que ele indicasse um negro para o STF. "Sugeri que o Lula indicasse um negro ou uma negra. Agora, minha responsabilidade vai até aí porque não indiquei Joaquim Barbosa", afirmou. De acordo com Vicentinho, a indicação de um negro para a Corte "não foi em vão, mesmo sendo o Joaquim".

O líder disse considerar Barbosa um magistrado competente, mas questionou a "intolerância e ódio generalizado". "Ele não aproveitou esse momento para mostrar que nós (negros) somos capazes", concluiu. Na avaliação de Vicentinho, nos últimos tempos, o presidente do Supremo ficou "completamente isolado" no STF. Se for consultado pela presidente Dilma Rousseff sobre possíveis indicações para a vaga de Barbosa, Vicentinho disse que tem nomes a apresentar. O líder não quis adiantar quem seriam os indicados.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou nesta terça-feira, 06, que a legenda trabalha para ter consenso na escolha, hoje, do candidato do partido à primeira vice-presidência da Casa, cargo que está vago desde a renúncia do deputado licenciado André Vargas (sem partido-PR) ao posto de vice-presidente. Com isso, Vicentinho quer evitar eventuais candidaturas avulsas lançadas na votação em Plenário que vai eleger o novo vice-presidente, marcada para amanhã.

Perguntado, Vicentinho disse não acreditar em candidatura avulsa. "Eu advogo essa impossibilidade e vou trabalhar para jamais ir ao Plenário", disse.

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Na tarde desta terça, a bancada petista da Câmara deve se reunir para escolher o seu indicado. Os nomes mais especulados até o momento são o do ex-ministro Luiz Sérgio (PT-RJ) e do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). O comando petista na Câmara quer evitar que algum correligionário lance seu nome separadamente na votação desta quarta em Plenário, o que causaria um racha na bancada.

A primeira vice-presidência da Casa ficou vaga depois que o deputado licenciado André Vargas foi obrigado a renunciar ao cargo de vice-presidente após suspeitas de envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef. O doleiro é investigado pela Polícia Federal e está preso desde março. Vargas, por sua vez, responde a um processo de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou nesta segunda-feira, 07, que o partido ficou "satisfeito" com a atitude do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), de se licenciar do mandato. Vargas pediu afastamento por 60 dias após novas revelações que sugerem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Os partidos de oposição protocolaram um pedido de processo que pode levar à cassação do parlamentar.

"O nosso partido está satisfeito com a atitude que ele tomou. Respeitamos a decisão", disse o líder. "O afastamento era algo que nós esperávamos", complementou.

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Vicentinho evitou fazer a defesa do colega e afirmou que a licença deixará Vargas com maiores condições de responder às acusações. O petista diz não haver como comparar a situação do petista com a do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), que foi cassado em 2012 após ser flagrado em operação da Polícia Federal em uma relação próxima e de troca de favores com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A investigação da PF sobre Vargas afirma que o deputado teria auxiliado o doleiro em negociações do laboratório Labogen com o ministério da Saúde. Em uma das mensagens trocadas entre os dois, divulgada pela revista "Veja", o doleiro afirma a Vargas que o negócio poderá lhes trazer "independência financeira". Yousseff alugou um jatinho para uma viagem de férias de Vargas com sua família de Londrina (PR) para João Pessoa (PB).

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), anunciou na tarde desta quinta-feira que o partido vai propor adendo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em formação no Congresso, para que se apurem denúncias além dos negócios da Petrobras. O petista avisou que levará à bancada proposta de incluir na CPI apuração sobre o caso Alstom e o cartel de trens em São Paulo, além de denúncias envolvendo o Porto de Suape (PE) e a Cemig. "Nossa proposta aqui agora é passar o Brasil a limpo", afirmou o petista.

A justificativa do líder é que, em São Paulo, o governo tucano não permitiu apuração de denúncias de corrupção na administração estadual e que o objetivo é "trazer para Brasília as questões" do Estado. "Não posso ficar aqui numa retranca sabendo que tem coisas, muitas coisas, comprovadas e ficar calado", disse. Caso a oposição não aceite a sugestão da bancada petista, Vicentinho avisou que trabalhará para criar uma CPMI paralela. "Não pode o governo ficar acuado", completou. O líder do PT não soube explicar o que seria investigado na Cemig e no Porto de Suape.

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Vicentinho admitiu que "pode ter havido erro de avaliação" na compra da refinaria de Pasadena (EUA), mas que não se trata de caso de corrupção, como em situações envolvendo a administração tucana. Segundo ele, em São Paulo há "fatos de corrupção comprovados". Ele ressaltou que a iniciativa é do PT e não do governo.

Considerando que a instalação da CPI, mista ou só no Senado, é um fato praticamente consumado, Vicentinho disse que não pedirá para que os parlamentares retirem suas assinaturas de apoio à comissão. "Você acha que eu vou pedir para alguém retirar assinaturas? Não é papel meu fazer isso", disse. Ele lamentou que os pessebistas tenham sido "obrigados" a assinar o requerimento no Senado e na Câmara porque o partido fechou questão em apoio à iniciativa da oposição.

Para Vicentinho, a CPI da Petrobras tem "ingrediente eleitoreiro" e que o objetivo é destruir a presidente Dilma Rousseff. "Esta CPI tem um caráter eleitoreiro desde o primeiro momento", acusou. Em sua avaliação, o objetivo da CPI proposta pela oposição é criar uma "CPI do fim do mundo".

O líder disse que a pesquisa divulgada hoje mostrando queda de popularidade de Dilma é apenas "um retrato do momento". Vicentinho minimizou o resultado e disse que a popularidade de Dilma ainda é maior que a de Lula no mesmo período do governo, em 2006, quando ele iria disputar a reeleição.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), disse nesta quinta-feira (13) estar "particularmente feliz" pela absolvição do ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP) por crime de lavagem de dinheiro no processo do mensalão. "Lavagem de dinheiro é quando você tem dinheiro de corrupção, do tráfico de droga e transforma em coisa legalizada. Isso que é lavagem. O Supremo Tribunal (Federal) está corretíssimo quando percebe que isso foi uma ação pública, legal", disse o petista.

Vicentinho lembrou que João Paulo Cunha entrou na política quando era um jovem metalúrgico e que sempre morou na periferia de Osasco, na Grande São Paulo. "Que diabo de quadrilheiro, que diabo de corrupto é esse que não tem absolutamente nada?", indagou. O líder disse que não há irregularidade em se mandar um parente buscar dinheiro no banco.

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No Twitter, poucos petistas comentaram na tarde desta quinta a absolvição. "(Foi) apenas a reparação de uma injustiça", escreveu Francisco Rocha da Silva, o Rochinha, coordenador da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB).

O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), anunciou que vai propor uma pauta positiva que destrave as votações no Plenário da Câmara dos Deputados e supere as divergências entre o PT e o PMDB.

Vicentinho não acredita que o PMDB, que tem 75 deputados, saia da base governista. Ele disse que essa discussão não é individual e respaldou seu otimismo em declaração de Michel Temer, presidente licenciado do partido.

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"Primeiro uma declaração cabal do vice-presidente, Michel Temer, que foi muito objetivo quando disse que a aliança do PMDB com o nosso governo não depende de A ou de B, mas depende sobretudo da convenção partidária. E informações que nos dão de que a maioria dos deputados querem continuar juntos nessa caminhada", disse o líder do PT.

Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), defendeu, na semana passada, a realização de uma convenção nacional do partido para decidir um possível rompimento com o governo. Cunha também diverge do governo por ser favorável a uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobras e contra o projeto do marco civil da internet (PL 2126/11).

Dilma e PMDB

Vicentinho afirmou que a solução para o conflito está sendo tratada como se deve – entre os dirigentes dos partidos e a Presidência da República. "A conversa, no caso do PMDB, no patamar nacional, tem que se dar no nível de direção, como também no caso do PT", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff realizou reunião nesta segunda-feira da qual participaram como representantes do PMDB o vice-presidente, Michel Temer; os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros; o presidente do PMDB, Valdir Raupp; e os líderes do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e do governo no Senado, Eduardo Braga. A reunião foi vista como uma tentativa de isolar Cunha.

Eduardo Cunha disse, no entanto, que tentar isolá-lo é um erro do governo porque ele não representa uma posição pessoal. "A minha posição sempre será da maioria da bancada. Se engana quem acha que eu tenho uma posição pessoal. Por isso, quando eu falo que querem tentar isolar o líder, estarão tentando isolar a bancada. Porque eu jamais decidirei diferente do que a maioria da bancada assim decidir", declarou.

Cunha convocou a bancada de seu partido na Câmara para uma reunião nesta terça-feira (11).

*Com informações da Agência Câmara

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), criticou a atuação do PMDB na Casa, em especial do líder Eduardo Cunha (RJ), e afirmou que o aliado não pode se comportar como partido de oposição. O PMDB lidera um blocão formado por oito partidos, com 250 deputados, que tem encaminhado votações contra o interesse do governo. "Partido da base não pode ter duas caras, ser oposição e situação ao mesmo tempo", disse Vicentinho. "Ameaçar a aliança é tirar um ícone do PMDB, o Michel Temer, da vice?", questionou.

Dizendo que não se pode esticar a relação "até quebrar", Vicentinho defendeu um diálogo do governo com a direção nacional do PMDB, citando nominalmente Michel Temer. Afirmou que Eduardo Cunha não pode ser excluído, mas também não pode ser tido como principal interlocutor.

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O líder petista reclamou ainda que tem faltado negociação para evoluir na pauta da Casa, como no Marco Civil da Internet, ao qual Cunha faz oposição declarada. Vicentinho questionou ainda o apoio do "blocão" ao pedido da oposição para criar uma comissão externa para investigar denúncias de pagamento de suborno a funcionários da Petrobras por uma empresa holandesa.

PECs

Vicentinho defendeu também a votação da proposta de emenda à Constituição que reduz para 40 horas semanais a jornada de trabalho. Ele diz que levará o tema à reunião de líderes da Casa como prioridade de seu partido. Vicentinho é o relator da proposta.

"O governo não pode ser contra porque o setor público já trabalha 40 horas. No setor privado, grande parte já trabalha assim também. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) já tem uma convenção sobre isso. E já é consenso que qualquer jornada acima de 40 horas semanais provoca problemas de saúde", diz o líder petista.

Sindicalista, o deputado quer levar adiante também o fim do fator previdenciário. Nesse caso, porém, quer construir uma solução com o governo. A intenção inicial é substituir a fórmula por outra que penalize menos os trabalhadores e seja de fácil compreensão, como um cálculo que leve em conta apenas a idade e o tempo de contribuição.

Ao tomar posse como novo líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado Vicente Paulo da Silva (SP) o Vicentinho, disse nesta segunda-feira, 3, que o partido pretende reivindicar, além da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa, que até o ano passado foi presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP). "Tenho uma preocupação com Direitos Humanos. Não gostaria que acontecesse (este ano) o que aconteceu no ano passado", afirmou o novo líder.

Feliciano encerrou em dezembro sua gestão com a aprovação de propostas consideradas homofóbicas e sob críticas de militantes da área. As pautas, porém, não avançaram fora da comissão, que em 2013 ficou sob controle da bancada evangélica da Casa. Até a chegada de Feliciano, a Comissão de Direitos Humanos foi presidida por parlamentares ligados aos movimentos de defesa dos direitos humanos, a maioria do PT e do PCdoB.

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O primeiro enfrentamento promovido por Feliciano na cadeira de presidente foi a votação do projeto apelidado de "cura gay", que suspendia resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que proibiu profissionais da área de oferecer tratamento para homossexualidade. O deputado conseguiu comandar a aprovação do projeto no colegiado em meio às manifestações de junho, mas os líderes da Casa levaram a proposta imediatamente a plenário para rejeitá-la com esmagadora maioria e mostrar que a Casa não referendava a atuação.

Sob o comando de Feliciano, a Comissão aprovou uma proposta de plebiscito para decidir sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, na tentativa de reverter decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF). A comissão votou também a suspensão da decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios a celebrar casamentos de homossexuais. Foi aprovado um parecer contrário a um projeto que visava tornar lei que companheiros homossexuais de servidores e beneficiários da Previdência Social passariam a ser considerados dependentes. Todas as propostas estão paralisadas em outras comissões.

O PT, por ser a maior bancada da Casa, tem direito a presidir três comissões. No ano passado, o PT presidiu a CCJ (a mais importante do Parlamento), a Comissão de Relações Exteriores e a de Seguridade Social e Família. "A CCJ é prioridade para todos nós", disse Vicentinho. O ex-líder da bancada, José Guimarães (CE), revelou que o partido também estaria de olho na Comissão de Agricultura.

O futuro líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicente Paulo da Silva (SP), o Vicentinho, condenou nesta quarta-feira, 8, as críticas do partido ao governador de Pernambuco e possível candidato do PSB à sucessão presidencial, Eduardo Campos. "Eu não faria isso. Temos de ter uma postura respeitosa com aliados e ex-aliados", resumiu o deputado.

Em texto publicado nesta terça-feira, 7, no Facebook do PT nacional, os petistas chamaram o presidenciável de "tolo", "playboy mimado" e candidato "sem projeto, sem conteúdo e sem compostura política" para concorrer à Presidência da República neste ano. Hoje, o governador reagiu ao artigo e disse que se tratava de um "ataque covarde". "Enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa", respondeu.

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Para Vicentinho, o PSB foi leal ao governo enquanto esteve na base aliada e o PT não pode fazer críticas que "fechem portas" com o antigo aliado. "Só acho que ele (Campos) não teve paciência. Ele poderia ser o nosso candidato em 2018. Ele pode estar cometendo um grave erro", avaliou.

João Paulo Cunha

Vicentinho, que deve suceder o líder José Guimarães (CE) em fevereiro, veio a Brasília hoje para se encontrar com o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que aguarda a expedição do mandado de prisão para iniciar o cumprimento de sua pena de 6 anos e 4 meses por corrupção passiva e peculato. Enquanto alguns petistas insistem que Cunha deve renunciar ao mandato de deputado federal assim que for preso, Vicentinho evitou opinar sobre a questão. "Quero apenas dar um abraço e estar ao lado dele neste momento", afirmou.

Na opinião do futuro líder da bancada na Câmara, este momento deve ser para manifestar solidariedade ao condenado no processo do Mensalão. "(A situação dele) é uma coisa torturante", classificou.

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