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O presidente do diretório estadual do PT de São Paulo, Emídio de Souza, disse na tarde desta segunda-feira, 28, ao Broadcast Político, que o episódio envolvendo a suposta relação entre o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha e a indicação de um executivo para o laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef, está superado.

Na última semana, a divulgação de escutas telefônicas da Polícia Federal indicou que o deputado federal licenciado André Vargas (sem partido-PR) intermediou a indicação de Marcus Cézar Ferreira de Moura, ex-coordenador de promoção de eventos do ministério da Saúde na gestão Padilha, ao laboratório. "O PT vai tocar a sua vida", afirmou o dirigente petista.

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Na avaliação de Emídio, a entrevista concedida por Padilha na semana passada foi "esclarecedora". "Quem fizer campanha baseada em denúncias vai perder", aposta. Com a saída de Vargas do PT, a palavra de ordem na campanha de Padilha é seguir com uma agenda intensificada de eventos. Nesta terça-feira, o ex-ministro receberá o título de cidadão honorário da cidade de Campinas (SP). Na quarta-feira, Padilha acompanhará Lula na cerimônia onde o ex-presidente receberá o título de cidadão honorário de Santo André, no ABC paulista. O pré-candidato também participará dos eventos comemorativos ao 1º de maio.

Em maio, Padilha deve contar com a presença de Lula em pelo menos duas caravanas: em Sorocaba e em São José dos Campos. Na próxima semana, o partido deve anunciar a adesão de novas siglas na aliança pela candidatura ao governo de São Paulo. Até agora, Padilha conquistou o apoio do PCdoB, mas há conversas com o PR e o PROS.

O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ajuizou nesta sexta-feira, 25, uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a competência do juízo do Paraná que decretou sua prisão preventiva. Ele foi preso dentro da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga denúncias de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O STF explica que no caso de Costa, a investigação envolve indícios da prática do crime de corrupção passiva e envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, investigado nessa mesma operação da PF e que também está preso. A reclamação foi distribuída ao ministro Teori Zavascki.

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Na reclamação, o ex-diretor pede a concessão de liminar para suspender inquérito policial que está sendo realizado e a suspensão os efeitos do decreto de prisão preventiva. O pedido é pela "imediata expedição de alvará de soltura em favor de Paulo Roberto Costa". No mérito, pede que sejam anulados os atos decisórios até agora praticados e que os autos sejam remetidos ao STF.

Paulo Roberto Costa argumenta, na reclamação, que as investigações da Polícia Federal teriam apontado a necessidade de investigação de outras pessoas, entre elas parlamentares, o que levaria à competência originária do STF para processar e julgar o caso. Ou seja, segundo o ex-diretor, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) - que determinou a prisão - não poderia ter desmembrado o processo para que parte fosse processada no Supremo, em decorrência do foro por prerrogativa de função para parlamentares, e outra parte continuasse na Justiça Federal paranaense.

Acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, investigado na operação Lava Jato, o deputado federal e ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PR), pediu sua desfiliação do PT. Em carta encaminhada ao diretório municipal de Londrina, o parlamentar comunica que está se desligando dos quadros "de filiados desta agremiação partidária".

Vargas comunicou nesta sexta-feira ao presidente estadual da sigla, Ênio Verri, ter entregue a carta pedindo a desfiliação. Ao Broadcast Político, Verri avaliou que Vargas optou por deixar o partido para "ter mais liberdade para fazer sua defesa".

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Licenciado do cargo, Vargas informou também na carta que comunicará seu desligamento à Justiça eleitoral de Londrina. O parlamentar enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro e sofre pressões dentro do próprio PT para renunciar ao mandato de deputado.

Na terça-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, pediu a Vargas que renunciasse ao mandato para não prejudicar as campanhas da presidente Dilma Rousseff e dos candidatos aos governos de São Paulo, Alexandre Padilha, e do Paraná, Gleisi Hoffmann. Vargas resiste às pressões.

Falcão disse ao deputado que, se ele não renunciasse, seria expulso pela Comissão de Ética do PT. Aliados de Vargas afirmaram que no PT não existe "rito sumário". Não era isso, porém, que Falcão estava dizendo. No partido, todos sabiam o desfecho de um processo na comissão de ética contra Vargas: a expulsão. Foi então que, pressionado pelo governo Dilma e pela cúpula do PT, ele decidiu se desfiliar. "Não quero prejudicar Padilha, que é meu amigo", afirmou Vargas em conversas reservadas.

O ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, confirmou conhecer Marcus Cézar Moura, mas negou ter indicado seu nome para o Labogen. Documento da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), sugere que Padilha indicou Marcus Cézar Ferreira de Moura, ex-coordenador de promoção de eventos da pasta em sua gestão, para a empresa Labogen, controlada pelo doleiro Alberto Youssef, quando o laboratório tentava obter contrato milionário da Saúde em 2013.

Segundo Padilha, Moura foi militante do PT, trabalhou em atividades da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, em 2010, e ocupou "por 3 ou 4 meses" um cargo "sem papel administrativo" no Ministério da Saúde, em 2011. Padilha disse ainda que vai interpelar "qualquer pessoa que tenha usado" seu nome "em vão", inclusive, "se for o caso", o correligionário André Vargas (PT-PR).

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Segundo o relatório da Polícia Federal, em mensagens para o doleiro Youssef, Vargas mencionou Padilha, a quem chama de "PAD". No dia 26 de novembro de 2013, Vargas pede ao doleiro que reserve a melhor suíte de um hotel - Blue Tree - que pertence a Youssef, segundo a PF. O deputado diz que falou com o "PAD". "Ele vai marcar uma agenda comigo", diz Vargas. Seu interlocutor responde: "ótimo". Durante a entrevista, Padilha afirmou que a decisão de renunciar é uma questão de "foro íntimo" de Vargas e do PT.

Ataques

O pré-candidato disse ainda que "estão destilando raiva" contra ele e contra o PT. Padilha disse ainda ter achado "muito estranho" e nunca ter visto antes relatório da Polícia Federal ser distribuído simultaneamente a tantos jornais. Segundo ele, pelo menos quatro consultaram sua assessoria para pedir resposta à acusação de que teria indicado um executivo ao laboratório Labogen.

Padilha não associou diretamente a oposição à disseminação das denúncias envolvendo seu nome, mas disse que cada vez que a Caravana Horizonte Paulista, iniciativa do PT que ele coordena, aponta problemas no Estado, ele e o partido são atacados com injúrias. "Da minha parte continuará havendo respeito", disse, defendendo que a Caravana continuará a debater com a população do Estado os problemas de abastecimento de água, mobilidade e segurança pública, entre outros.

Pedido do DEM

Sobre o pedido do DEM para que ele e Marcus Cézar Moura prestem esclarecimentos na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, Padilha disse que "certamente não é uma iniciativa com interesse de colaborar com a apuração". Questionado se compareceria à comissão, o ex-ministro respondeu que não vai comparecer a "nenhum debate de espetáculo eleitoral". Ele ironizou ainda que o DEM nunca tenha chamado nenhum de seus secretários estaduais em São Paulo a prestar esclarecimentos sobre acusações de corrupção no Metrô de São Paulo.

Polícia Federal

Alexandre Padilha havia classificado de mentirosa qualquer citação de envolvimento seu com o doleiro Alberto Youssef bem como a acusação de que ele haveria indicado Moura para o Labogen. Perguntado, então, se a Polícia Federal seria mentirosa, pois a acusação consta de um relatório da instituição, Padilha saiu em defesa do órgão. "Tenho o maior orgulho da Polícia Federal", disse, ressaltando que o governo Lula deu autonomia à PF e à Controladoria Geral da União. "Exatamente por isso quero acesso ao relatório completo". Padilha constituiu um advogado para solicitar judicialmente acesso ao documento.

A Procuradoria da República denunciou à Justiça Federal o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa - preso desde 17 de março pela Operação Lava Jato - por integrar organização criminosa para a prática de crimes de corrupção e peculato na estatal.

Costa e mais 8 investigados da Lava Jato são acusados. "Desde 2008, quando Costa já era diretor da Petrobras, até 17 de março de 2014, de modo consciente e voluntário, integraram uma organização criminosa liderada pelo doleiro Alberto Youssef", acusa a Procuradoria. A Justiça Federal recebeu a denúncia nesta sexta-feira e abriu a ação penal contra o ex-diretor da Petrobras, Youssef e os outros sete acusados.

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Segundo a denúncia, a organização integrada por Costa "tinha por finalidade a prática de crimes de lavagem dos recursos financeiros auferidos de crimes contra a administração pública, mais precisamente contra a Petrobras". A Procuradoria relata que Costa "comandava a organização criminosa juntamente com Alberto Youssef, utilizava de seu cargo e, posteriormente, de suas influências para obtenção de contratos fraudados com a estatal".

Segundo a denúncia, os desvios ocorreram no período de 2009 até 2014 e se referem a quantias relacionadas ao pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras, com a colaboração e intermediação de Costa. A Procuradoria aponta para o projeto da refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca, Pernambuco, orçada na época em R$ 2,5 bilhões e que atualmente apresenta orçamento de R$ 20 bilhões.

A Procuradoria destaca que desde 26 de março de 2008 Costa é conselheiro de administração da refinaria Abreu e Lima. A licitação foi vencida pelo Consórcio Nacional Camargo Corrêa. A Procuradoria sustenta que o contrato "apresentou indícios de superfaturamento ou sobrepreço na execução e fornecimento de materiais". Auditoria do Tribunal de Contas da União aponta sobrepreço de R$ 446, 2 milhões. O projeto inicial da refinaria foi de responsabilidade Paulo Roberto Costa. É a mais pesada acusação já imposta a Costa desde que foi capturado pela PF no âmbito da Lava Jato.

Prisão preventiva

O Ministério Público Federal requereu, ainda, decretação da prisão preventiva de Costa e de Youssef também nesse novo processo. Os procuradores que subscrevem a denúncia apontam para a "magnitude da lesão causada, a grandiosidade do esquema criminoso como também o poder dos denunciados". Costa foi enquadrado com base no artigo 2.º da Lei que define organização criminosa. Ele é acusado de "promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa": A pena para este delito é de reclusão de 3 a 8 anos e multa, agravada para quem exerce o comando do grupo. Ele também foi denunciado com base no artigo 1.º da Lei 9.613/98, que define os crimes de lavagem de dinheiro. Ele teria ocultado bens ilícitos.

A Justiça Federal assinala na decisão de recebimento da denúncia contra o ex-executivo da estatal. "Paulo Roberto Costa persistiu recebendo e lavando valores provenientes dos desvios mesmo após deixar o cargo de diretor de Abastecimento da Petrobras, o que pode ser explicado, como afirma o Ministério Público Federal, pela sua eventual continuidade no Conselho de Administração da Refinaria Abreu e Lima, pela persistência de sua influência no mercado em questão e junto à empresa estatal e seus fornecedores e pela própria parceria estabelecida com Alberto Youssef."

A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, indica que o ex-ministro Alexandre Padilha (Saúde), pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, teria recomendado o executivo Marcus Cezar Ferreira de Moura para a Indústria Farmacêutica Labogen, cujo verdadeiro controlador é o doleiro Alberto Youssef - alvo maior da investigação sobre lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões.

A PF interceptou troca de mensagem entre Youssef e o deputado André Vargas (PT-PR), em 28 de novembro de 2013, na qual os dois comentam sobre a indicação de Moura para a Labogen. Vargas passa para o doleiro o contato do executivo e diz que foi Padilha quem o indicou.

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A Labogen tentou obter contrato milionário no Ministério da Saúde, ainda durante a gestão de Padilha, no âmbito de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para fornecimento de remédio para hipertensão. O Ministério informa que o contrato com a Labogen não chegou a ser assinado e que a pasta não liberou nenhum repasse. Segundo a PF, "existem indícios que os envolvidos tinham uma grande preocupação em colocar à frente da Labogen alguém que não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras".

O juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, acatou na tarde desta quarta-feira, 23 a denúncia proposta pelo Ministério Público Federal contra o doleiro Alberto Youssef e outros seis investigados pela Polícia Federal, presos pela Operação Lava Jato, um esquema de lavagem de dinheiro que chegou a movimentar R$ 10 bilhões nos últimos quatro anos.

Além dessa denúncia, o MPF também ofereceu outras quatro, mas que estão sendo analisadas e poderão ser acatadas nos próximos dias. O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa é citado em apenas uma denúncia, enquanto Youssef aparece em mais uma, além da primeira. O doleiro é acusado de ter remetido US$ 444,6 milhões para fora do Brasil entre julho de 2011 e março de 2013, por conta da utilização de empresas de importação inexistentes.

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A primeira oitiva com as testemunhas de acusação deve acontecer no dia 30 de maio, na sede do MPF. Segundo a decisão do juiz a denúncia foi acatada por existir elementos suficientes para a investigação. No despacho, há detalhes sobre as operações fraudulentas em que diversas empresas estão envolvidas.

Além disso, a denúncia detalha outras operações feitas por Youssef e Carlos Alberto Pereira da Costa: "os acusados Alberto Youssef e Carlos Alberto teriam internalizado, por meio fraudulento, valores previamente evadidos, de USD 3.135.875,20 entre 31/08/2010 e 03/05/2011, mediante quatro contratos de câmbio com investimentos a título de Capitais Estrangeiros a Longo Prazo na empresa GFD Investimento Ltda., ocultando e dissimulando a natureza e origem criminosa dos valores, o que caracterizaria crime de lavagem de dinheiro".

Além de Youssef e Carlos Alberto, também foram denunciados Leonardo Meirelles, Leandro Meirelles, Pedro Argese Júnior, Esdra de Arantes Ferreira e Raphael Flores Rodriguez. Leonardo Meirelles era um dos sócios do laboratório Labogen, que chegou a firmar convênio de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde no ano passado, mas era mais utilizado como passagem de dinheiro para o exterior.

No total, foram realizadas 3.649 operações de câmbio entre julho de 2011 e 17 de março deste ano, data das prisões de Youssef e Carlos Alberto. Na ação, a Justiça Federal individualizou a participação de cada um dos envolvidos nas ações da quadrilha. Segundo a descrição da Justiça Alberto Youssef era o líder do grupo criminoso, mandante e executor dos crimes.

A Justiça Federal abriu ação penal contra o doleiro Alberto Youssef, alvo principal da Operação Lava Jato - investigação da Polícia Federal sobre esquema de lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões.

A decisão judicial acolhe denúncia da Procuradoria da República, que imputa a Youssef e seu grupo os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e crimes financeiros.

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Força tarefa constituída de seis procuradores apresentou à Justiça Federal várias denúncias criminais, uma delas contra Youssef e seu grupo - mais seis acusados, Carlos Alberto Pereira da Costa, Esdra de Arantes Ferreira, Leandro Meirelles, Leonardo Meirelles, Pedro Argese Junior e Raphael Flores Rodriguez.

Segundo a denúncia, os acusados teriam promovido, por 3.649 vezes, entre julho de 2011 a 17 de março de 2014, a evasão fraudulenta de US$ 444,65 milhões.

Youssef e seus aliados teriam feito "mediante a celebração de contratos de câmbio fraudulentos para pagamentos de importações fictícias, utilizando empresas de fachada ou em nome de pessoas interpostas, especificamente a Bosred Serviços de Informática Ltda. - ME, HMAR Consultoria em Informátcia Ltda. - ME, Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia, Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen S/A, Piroquímica Comercial Ltda. - EPP e RMV & CVV Consultoria em Informática Ltda. - ME, assim como as offshores DGX Imp. and Exp. Limited e RFY Imp. Exp. Ltd."

A Procuradoria sustenta que Youssef era o "líder do grupo criminoso, mandante e executor dos crimes".

Youssef agia em parceria com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Mas essa etapa da investigação ainda não é alvo da acusação da Procuradoria.

A ala majoritária da bancada do PT na Câmara decidiu indicar o nome do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ex-ministro das Relações Institucionais e da Pesca, para suceder André Vargas (PT-PR) no cargo de vice-presidente da Câmara. Vargas abriu mão do posto na quarta-feira passada.

A reunião que selou o apoio da ala majoritária da bancada petista a Luiz Sérgio ocorreu poucas horas depois de Vargas formalizar a saída do cargo. Além do ex-ministro, a ala cogitava indicar o deputado José Guimarães (PT-CE).

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Correntes minoritárias do PT apoiam o nome do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Derrotado por Vargas na disputa interna no início deste ano, Teixeira ainda não decidiu se vai entrar outra vez na disputa. "Vou fazer algumas consultas ao longo da semana antes de tomar uma posição", disse ele.

A expectativa do partido é que a escolha do sucessor de Vargas na vice-presidência aconteça no dia 29. A indicação do nome cabe ao PT, segundo acordo que determinou a composição da Mesa Diretora da Casa.

Luiz Sérgio ocupou o Ministério das Relações Institucionais no primeiro semestre do governo Dilma Rousseff, período em que ganhou o apelido de "garçom" devido à falta de autonomia para executar os acordos com a base aliada do governo. Transferido para o Ministério da Pesca em junho de 2011, ele chefiou a pasta até março de 2012.

A ala majoritária da bancada, composta por parlamentares das correntes Construindo um Novo Brasil (CNB) e Movimento PT, tem cerca de 50 dos 88 deputados do partido. "O grupo da CNB indicou Luiz Sérgio que, inclusive, já está em campanha", disse o deputado Vicente Cândido (SP), integrante da ala.

André Vargas foi forçado a deixar a vice-presidência depois que vieram à tona suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal sob acusação de liderar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões.

Renúncia

Durante o fim de semana, Vargas comunicou a dirigentes petistas que estaria novamente disposto a renunciar também ao mandato de deputado. Ele havia anunciado que renunciaria na semana passada, mas voltou atrás depois de uma conversa com advogados, e decidiu permanecer no cargo.

O petista é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara e, mesmo que renuncie, pode ser cassado e ter os direitos políticos suspensos.

Em conversas com dirigentes petistas durante o feriado prolongado, o deputado afirmou que vai renunciar ao mandato até terça-feira, mas a direção do partido só dará o caso por encerrado quando a decisão for oficializada.

Se renunciar, Vargas passa a ser um filiado comum do PT e deixa de ser objeto da Comissão de Ética nacional. Na semana passada uma comissão de três dirigentes ouviu suas alegações e fez um relatório recomendando que o caso do deputado seja apreciado pela Comissão de Ética, que pode indicar sua expulsão do partido. A cúpula petista também o pressiona abertamente a renunciar ao mandato de deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se renunciar, Vargas passa a ser um filiado comum do PT e deixa de ser objeto da Comissão de Ética nacional. Na semana passada uma comissão de três dirigentes ouviu suas alegações e fez um relatório recomendando que o caso do deputado seja apreciado pela Comissão de Ética, que pode indicar sua expulsão do partido. A cúpula petista também o pressiona abertamente a renunciar ao mandato de deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apontado como recebedor de R$ 20 mil de uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - alvo maior da Operação Lava Jato -, o jornalista José Wilde de Oliveira Cabral, assessor especial do ministro da Previdência Social, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira. Logo cedo ele entregou uma carta ao ministro, Garibaldi Alves, na qual afirma que "não tem, nem nunca teve qualquer relação profissional com a M.O Consultoria".

"Pelo valor divulgado do pagamento feito a mim, é razoável supor que se trata de remuneração por serviço de assessoria de imprensa que prestei em 2010, com pagamento efetuado no primeiro semestre de 2011", assinala José Wilde, em nota. "Não tenho, nem nunca tive qualquer relação profissional com essa empresa M.O. Consultoria." O ex-assessor especial do ministro afirma que a empresa para a qual prestou assessoria, "obviamente com cláusula de confidencialidade, como comum nas questões de tratamento de imagem pública", desempenhava atividades legais no mercado.

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"A propósito, esse trabalho esporádico que então desempenhei não me permitiu tomar conhecimento de eventuais relações entre a empresa, suas coligadas e outras companhias", argumenta. "Causa-me justa indignação qualquer insinuação da mais remota ligação minha com pessoas ou empresas envolvidas em negócios escusos, especialmente neste caso, em que prestei serviços lícitos, não sendo de meu dever pesquisar a origem de recursos que, também licitamente, me foram destinados", pondera o ex-assessor especial do ministro da Previdência.

José Wilde anota que, para que possa defender sua honra longe de deveres funcionais, assinou, em caráter irrevogável, pedido de exoneração do cargo de assessor especial do ministro. "Reitero a minha admiração, respeito e afeto pelo ministro Garibaldi Alves Filho, homem público que honra e dignifica o Rio Grande do Norte e o Brasil", diz José Wilde, no texto que divulgou. "Agradeço a ele pela oportunidade de integrar, nos últimos anos, a equipe que o auxilia na busca do fortalecimento da Previdência Social brasileira."

O grupo composto por três integrantes do PT que ouviu as alegações do deputado André Vargas (PT-PR) na última sexta-feira recomendou à Executiva do partido o envio do caso à comissão de ética da sigla. A recomendação foi feita em breve relatório que narra as explicações de Vargas sobre seu envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que combate a lavagem de dinheiro.

Na terça-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, enviará o relatório com a sugestão dos três integrantes - Alberto Cantalice, Florisvaldo de Souza e Carlos Henrique Árabe - aos demais membros da Executiva, que decidirá sobre o encaminhamento à comissão de ética. Também na terça, Falcão deverá decidir a data em que convocará o próximo encontro do colegiado.

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O PT pressiona Vargas a renunciar. Líderes petistas, como o próprio Falcão e o líder do partido na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), têm defendido publicamente que o deputado paranaense abra mão do mandato para estancar a sangria pública a que o partido tem sido submetido.

Vargas chegou a anunciar, no início da semana, que renunciaria ao mandato, mas recuou depois de ser informado de que a renúncia não interromperia o trâmite do processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que pode culminar com sua cassação. Na quarta-feira (22), o conselho deve deliberar sobre a admissão do processo contra o petista.

Dirigentes do PT chegaram a sinalizar que, caso renuncie, Vargas evitará o processo contra ele na comissão de ética do partido. Se ele ficar sem mandato, o caso não caberia mais à Executiva Nacional, e poderia ser extinto ou enviado à Londrina (PR), onde Vargas é filiado e onde controla parte do partido.

O recuo do deputado licenciado André Vargas (PT-PR) de abrir mão do mandato causou "constrangimento" em parte da cúpula do PT e levou a lideranças da legenda a defenderem publicamente a renúncia do petista ao cargo na Câmara.

Por dois dias seguidos, Vargas chegou a sinalizar que iria deixar o mandato, mas optou por apenas oficializar a saída da vice-presidência da Casa, o que ocorreu na tarde desta quarta-feira, após um servidor do gabinete dele entregar uma carta à Mesa Diretora. Ao contrário dos dias anteriores, em que recorreu às redes sociais, mensagens de texto e notas para dar declarações em sua defesa, hoje o petista optou pelo silêncio.

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As idas e vindas de Vargas passaram, no entanto, a ser alvo de crítica do próprio presidente nacional do PT, Rui Falcão. "Acho que ele já deveria ter renunciado", disse o dirigente. Falcão ressaltou, porém, que a renúncia seria uma decisão pessoal e que nem ele nem o partido poderiam obrigar o deputado a tomar tal medida. A ressalva, no entanto, veio seguida da seguinte afirmação: "Mas seria bom para ele se o fizesse. E agora".

Demonstrando sintonia com o recado de Falcão, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP), também subiu o tom e passou a defender abertamente que André Vargas deixasse o mandato. "Nossa expectativa é que ele renuncie ao mandato. Esperamos isso até para ele não ficar sangrando permanentemente. Acho que a renuncia ao mandato será o melhor para ele", defendeu o líder do PT. "Mesmo respeitando a sua intimidade, a sua dor, a sua dificuldade acredito que é chegada a hora da renuncia ao mandato" acrescentou em um segundo momento.

O ex-líder do partido na Câmara Fernando Ferro (PE) também não poupou o "companheiro" e considerou a permanência de André Vargas no mandato como um "constrangimento' para a bancada. "É uma situação constrangedora. Nós esperávamos que tivesse outro encaminhamento", afirmou Ferro.

As declarações públicas dos dirigentes do PT revelam o que antes era apenas discutido nos bastidores da legenda. Desde que foi revelada a viagem que fez num jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Yousseff, André Vargas é alvo de pressão por parte da cúpula do PT para deixar o cargo. A medida serviria para evitar possíveis impactos na campanha eleitoral do partido deste ano.

Doleiro

A relação entre André Vargas e o doleiro, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal, é alvo de investigação no Conselho de Ética da Câmara e do próprio PT. Segundo aliados de Vargas, a tendência é que o deputado permaneça no cargo, pelo menos, até a próxima sessão do colegiado da Câmara, prevista para a próxima terça-feira (22). "Ele consultou os advogados e decidiu que vai se defender. Acho que vai aguardar até o dia 22", disse José Mentor (PT-SP). Na ocasião, integrantes do conselho devem votar a admissibilidade do processo disciplinar contra o paranaense.

Caso o parecer pelo prosseguimento da ação seja derrubado pela maioria do integrantes da comissão, o caso deve ser arquivado, sem a necessidade da elaboração de um relatório final que poderá ser pela perda de mandato de Vargas. O presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), não esconde o temor de alguma manobra por parte de aliados do paranaense. "Vai vir uma tropa na terça-feira, com certeza. Na pior das hipóteses vai ser apresentado um pedido de vista para ganhar mais uma semana", avaliou Izar. Além de uma possível reviravolta no conselho, Ricardo Izar também não descarta a possibilidade de o petista recorrer a outras instâncias para tentar impedir o andamento do processo na Câmara.

O deputado licenciado, André Vargas (PT-PR), formalizou nesta quarta-feira, 16, na Mesa Diretora da Câmara a renúncia ao cargo de vice-presidente da Casa. O documento não apresenta, no entanto, nenhuma menção à possibilidade de ele abrir mão do mandato de parlamentar.

O texto da carta entregue na Mesa é o mesmo lido pelo líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP), no última quarta-feira, 09, no Salão Verde da Câmara.

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Na ocasião, Vargas explicou que tomou a decisão de deixar a vice-presidência após a abertura do processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética. O processo foi aberto após ser revelado que o petista tinha viajado em um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

O presidente em exercício da Câmara, Fábio Faria (PSD-RN), informou que a partir de desta quarta começará a contar o prazo de cinco sessões do plenário para que seja feita a substituição de Vargas na Mesa. "Com a oficialização será aberto o prazo regimental para a escolha do novo vice-presidente. Não poderá haver candidatura avulsa, essa vaga cabe apenas ao PT em razão da proporcionalidade do tamanho da bancada do PT na Casa", afirmou Farias.

O líder do PT, Vicentinho, comunicou ontem que até o próximo dia 29 a bancada deverá indicar o nome para o lugar do paranaense. Entre os mais cotados para o cargo estão os deputados José Guimarães (CE) e Paulo Teixeira (SP).

Em relação à possível renúncia de André Vargas ao mandato, até o momento nada foi formalizado. O petista chegou a anunciar que iria renunciar ontem, mas recuou da ideia. Por meio de nota, o deputado informou na tarde de terça-feira que estava "reestudando a hipótese de renúncia" ao mandato parlamentar.

"De acordo com a Constituição Federal, a renúncia ao mandato será inócua, pois não surtirá qualquer efeito. Em face disso, o deputado André Vargas (PT-PR) está reestudando a hipótese de renúncia", diz a mensagem divulgada por sua assessoria. O parágrafo 4º do artigo 55 da Constituição diz que a "renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º". A emenda constitucional de revisão é de 1994.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou nesta terça-feira que a bancada vai indicar até o próximo dia 29 de abril um nome para ocupar a vice-presidência da Casa, em substituição ao deputado André Vargas (PT-PR), que renunciou ao posto. "A nossa bancada já começou o diálogo a respeito de quem irá substituí-lo", afirmou o líder, após reunião com a bancada petista da Câmara.

Segundo Vicentinho, no encontro não foi discutido um prazo para que Vargas renuncie ao mandato de parlamentar. "Não entramos na questão da renúncia porque é uma questão de foro íntimo. Ele recebeu vários conselhos sobre a importância de renunciar", disse o líder. Entre os nomes mais cotados para a vice-presidência estão os do deputado José Guimarães (PT-CE) e o de Paulo Teixeira (PT-SP). A vaga é do PT.

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Na tarde de hoje, André Vargas adiou decisão sobre a renúncia ao mandato. Alegou que há um impasse sobre a interpretação jurídica a respeito dessa atitude. Vargas, entretanto, disse a pessoas próximas que deverá apresentar a carta de renúncia amanhã.

Segundo petistas ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, deputados da bancada na Câmara e integrantes da cúpula do partido têm pressionado Vargas a deixar o cargo, após a revelação da proximidade dele com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal. Vargas recebeu o recado de que se permanecesse poderia ser condenado no Conselho de Ética do PT e até ser expulso do partido. Com a renúncia, a tendência é que o processo interno seja extinto.

A Polícia Federal indiciou o doleiro Carlos Habib Chaper por financiamento ao tráfico de drogas e outros crimes na operação Lava-Jato, que desbaratou um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões nos últimos anos. Até o final desta terça-feira, 15, a PF irá relatar outros três inquéritos envolvendo outros doleiros flagrados pela operação, entre eles Alberto Youssef, que teria negócios com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

A relatoria dos inquéritos está sendo concluída hoje, em meio à análise do material apreendido pela PF, por determinação da Justiça. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a Polícia Federal pediu mais tempo para executar a tarefa, mas o pedido foi negado pelo juiz federal Sérgio Moro, da 2ª Vara Federal de Curitiba (PR), especializada em julgamento de crimes de lavagem de dinheiro. O inquérito envolvendo o doleiro Youssef é o que reúne a maior quantidade de informações e tem exigido maior esforço dos investigadores.

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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, tentou levar o controlador do frigorífico JBS (J&F) para investir numa empresa que opera barcos de apoio para a Petrobras, a Astromarítima. J&F e Astromarítima disseram que foram procurados por Costa. As empresas fizeram apenas uma reunião, mas não houve interesse do controlador do frigorífico em fazer o investimento.

Costa é investigado pela PF por suspeita de intermediar negócios e cobrar pedágios que seriam usados posteriormente para financiamento de campanha política. O ex-diretor da estatal chegou a assinar um pré-contrato de "intermediação de negócios" com a Astromarítima. O documento mostra que o executivo cobraria 5% de comissão, chamados de "honorários de êxito", caso o acordo fosse adiante.

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Caso o J&F pagasse mais dos que os R$ 110 milhões que a empresa calculou valer, Costa receberia 50% de comissão sobre o excedente. O pré-acordo foi assinado em 13 de novembro de 2012, sete meses depois de Costa ser demitido da Petrobras. Alcir Bourbon, um dos sócios da Astromarítima, entregou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o documento, que previa a compra das ações da Astromarítima, e não contratos com a petroleira.

"Era uma proposta de investimento, não tinha nada a ver com a Petrobras e sequer foi adiante", disse. "Há 30 anos prestamos serviço para a Petrobras e todos os nossos contratos foram fruto de licitação. São negócios que não estão sujeitos a influência de ninguém". A visita à Astromarítima foi feita pelo diretor de negócios do J&F, Humberto Junqueira de Farias. Nas anotações de Costa apreendidas pela PF, o negócio aparece com a rubrica "Humberto Junqueira de Farias - aguardando contraproposta". Segundo Bourbon, desde 2012 a Astromarítima reduziu sua carteira de 24 para 20 barcos operados, entre unidades próprias e estrangeiras. O faturamento se mantém em cerca de R$ 8 milhões por mês e os sócios continuam os mesmos desde a fundação da companhia, há 33 anos.

O J&F é um grupo que investe em negócios diversificados, como infraestrutura, energia eólica, linha de transmissão, celulose e setor bancário. Hoje, não tem investimentos no setor de óleo e gás. O contrato tinha validade de um ano e estabelecia as condições para que a Costa Global promovesse "a aproximação/ intermediação da companhia J&F", que tinha "interesse em aportar recursos na companhia" ou "adquirir participação societária". "As partes estabelecem que a referida remuneração será devida a Costa Global caso a companhia investida venha a concretizar negócios com o investidor indicado". (Colaborou Fausto Macedo)

O deputado André Vargas (PT-PR) vai renunciar nesta terça-feira, 15, ao mandato parlamentar, segundo a assessoria de imprensa da direção nacional do PT. O presidente da sigla, Rui Falcão, foi procurado pelo deputado e informado da decisão. Licenciado da Câmara dos Deputados desde a semana passada, Vargas é alvo de processo no Conselho de Ética da Casa por suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal em 17 de março durante a Operação Lava Jato.

As relações do petista com Youssef também são apuradas por uma comissão do PT, que ouviu o deputado na sexta-feira e apresentou nesta segunda-feira a Rui Falcão um relato oral de sua defesa. Esse grupo, formado por três dirigentes do partido, apresenta amanhã um relatório por escrito das alegações de Vargas.

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Desde o protocolo do pedido de processo na Câmara, Vargas está sujeito às penas da Lei Ficha Limpa. Isso porque a legislação torna inelegível o deputado que renunciar ao mandato para evitar a cassação. A aliados, o petista questiona a legitimidade do julgamento político e se diz "já condenado" nesse processo.

Vargas era vice-presidente da Câmara e, na semana passada, anunciou que se licenciaria dessa função para "preservar a Casa". O deputado alegou conhecer Youssef, de quem usou um jato particular emprestado para viajar com a família para o Nordeste, e que não cometeu "nenhum ato ilícito".

A Polícia Federal atualizou informação sobre a quantidade de busca, apreensão e prisão cumpridos nesta sexta-feira, 11, em nova fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo doleiros. O balanço divulgado pela manhã apontava 21 mandados, com quatro conduções coercitivas (quando a pessoa é levada apenas para prestar depoimento). Mas, segundo nota da PF, foram seis conduções coercitivas, o que amplia de 21 para 23 o total da mandados.

A nota informa que a PF cumpriu, nesta manhã, 23 mandados: dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva e quinze de busca e apreensão, nas cidades de São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Macaé (RJ) e Niterói (RJ). "A PF representou por estes mandados para buscar documentos que auxiliem os trabalhos da investigação. O material arrecadado hoje contribuirá para os relatórios finais dos inquéritos em andamento", cita o texto.

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Deflagrada em 17 de março deste ano, a Operação Lava Jato investigou esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisão envolvendo quatro doleiros de ampla atuação no país. Acredita-se que podem ter sido movimentados pela quadrilha mais de R$ 10 bilhões.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que esta segunda etapa da investigação tem como foco contrato de fornecedores com a Petrobras. A empresa Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços, com sede em Macaé (RJ), que está sob investigação, firmou contratos milionários com a Petrobras nos últimos anos. Conforme o jornal antecipou, o sócio majoritário da empresa, Vladimir Magalhães Silveira, prestou depoimento nesta manhã. A empresa foi procurada, mas ninguém atendeu aos telefonemas da reportagem.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa está preso desde o mês passado, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, que lavaria dinheiro de propinas de fornecedores da petroleira.

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta manhã 21 mandados de busca, apreensão e prisão em nova fase da Operação Lava-Jato, de combate a lavagem de dinheiro. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Macaé e Niterói e inclui duas prisões temporárias, quatro conduções coercitivas - quando a pessoa é levada apenas para prestar depoimento - e 15 buscas e apreensões.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que nesta fase da operação o foco são as relações do esquema criminoso com a Petrobras. Uma das empresas que estariam sendo investigadas seria a Ecoglobal Ambiental, com sede em Macaé (RJ), que fechou contratos sem licitação com a estatal nos últimos anos.

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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa está preso desde o mês passado pela Operação Lava-Jato, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, que lavaria dinheiro de propinas de fornecedores da petroleira. A primeira fase da operação focou doleiros.

O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) recorreu nesta quinta-feira às redes sociais para dizer que vai provar de "cabeça erguida" que não cometeu nenhuma irregularidade. As declarações do deputado ocorreram após a Executiva nacional do PT decidir levar o caso dele à comissão de ética do partido. O parlamentar também é alvo de processo por quebra de decoro na Câmara, que investiga as suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.

"Estou certo de que não cometi ato ilícito e vou provar isso, de cabeça erguida. Não traí a confiança que sempre mereci do povo do Paraná", diz André Vargas no perfil oficial dele no Twitter.

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Em outras mensagens publicadas no microblog, o petista diz ser alvo da mídia. "A imprensa está devassando minha vida, e vendo que não tenho nada a esconder. Meu patrimônio condiz com o salário de deputado", diz um dos posts. "Lamento que minha família e amigos estejam acossados por repórteres. O alvo sou eu, não eles".

O deputado também reafirma que "cometeu um equívoco" ao ter utilizado um avião em janeiro de 2014 do doleiro Youssef. Esse reconhecimento do "equívoco" também foi feito da tribuna na semana passada. "Claro que, com relação ao avião, eu reconheço, fui imprudente. Foi um equívoco, deveria ter evitado. Peço desculpas aqui e à minha família", disse Vargas na ocasião.

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