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A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, disse ter sido alvejada por jatos de de sprays de pimenta feitos por dois policiais militares durante um evento de campanha realizado nesta sexta-feira, 18, na Avenida Paulista, no centro de São Paulo. Ela afirmou que o partido entrará com um pedido formal exigindo uma audiência com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, para que o governo explique a ação dos Pms.

"Vamos exigir explicações. Queremos que a Secretaria apure os fatos. Policiais com comportamento fascistóide são resultado de um governo fascistóide, que reprime protestos e demite grevistas", disse a candidata. "Nossa campanha foi agredida, eu pessoalmente fui atingida pelo gás, e não vamos deixar este fato passar em branco. É uma afronta à democracia e o governador Alckmin tem que se pronunciar".

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Dois policiais militares dispararam gás de pimenta contra o grupo de cerca de 100 militantes da legenda que participavam de um evento de campanha no centro da capital. Pessoas que estavam no evento disseram que os PMs estavam com as latas de gás na altura da cintura, como se não quisessem serem vistos fazendo os disparos. Entre os presentes, estavam também o deputado federal Ivan Valente, o deputado estadual Carlos Giannazi, e também o candidato do PSOL ao governo paulista, Gilberto Maringoni.

Militantes do PSOL afirmaram ainda que os policiais fugiram depois de terem atirado o gás de pimenta e não foram identificados pelos integrantes do ato. O episódio foi registrado pela equipe de reportagem do SBT. Os jornalistas, no entanto, não conseguiram gravar as imagens do incidente.

Recentemente, o PSOL tem sido um dos principais partidos que apoia as manifestações públicas que foram às ruas. No ano passado, por exemplo, a legenda participou ativamente dos protestos contra o aumento das tarifas de ônibus na capital, organizados pelo Movimento Passe Livre. A sigla também é uma das mais críticas quanto à ação da polícia contra manifestantes.

Apuração

O capitão Emerson Massera afirmou que a PM vai abrir uma investigação interna para apurar se houve ou não abuso de policiais durante o evento ocorrido na Avenida Paulista. A decisão pela abertura de procedimento ocorreu após ele receber denúncia dos dois jornalistas da emissora que estavam presentes cobrindo o ato de campanha do PSOL.

Filha do atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a candidata do PSOL à Presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, é gaúcha de Santa Maria, tem 43 anos, é casada e disputará o cargo pela primeira vez. O professor Jorge Paz completa a chapa, como candidato a vice.

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Luciana Genro começou na militância estudantil aos 14 anos, quando integrava o PT. Foi eleita deputada estadual em 1994 e reeleita em 1998. Em 2002, conquistou o primeiro mandato de deputada federal e foi reeleita em 2006. Em 2010, tentou um novo mandato, mas não se elegeu.

Em 2003, ao lado de outros deputados petistas, Luciana foi expulsa do partido, por ter votado contra a reforma da Previdência. Os parlamentares expulsos formaram, então, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

No programa de governo encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSOL diz que vai apresentar ao povo um programa de esquerda, que enfrente os problemas históricos do país, centrado em três eixos: superação da atual política econômica e do modelo de desenvolvimento que depreda o meio ambiente e as riquezas naturais, transformação do sistema político e ampliação dos direitos e das liberdades dos trabalhadores.

No documento, o PSOL critica o atual modelo de desenvolvimento e a política econômica, por entender que “que beneficiam o grande capital”, e propõe mudanças estruturais na economia, uma auditoria independente, que deverá resultar na suspensão do pagamento dos juros e da amortização da dívida pública, a desregulamentação da economia e a abertura financeira e comercial, além da implantação de um sistema rígido de controle de capitais.

O partido promete combater a concentração de renda e as desigualdades sociais, promovendo mudanças na estrutura tributária de regressiva para progressiva, fazendo com que os ricos paguem proporcionalmente mais impostos que a classe média e os pobres. O PSOL propõe que programas sociais, como o Bolsa Família, sejam tratados como política de Estado, além de uma de uma profunda revisão do sistema agrário brasileiro.

O PSOL promete, ainda, “ampliar radicalmente” os investimentos em saúde e educação, garantindo atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na educação, a proposta é universalizar o acesso a todos os níveis de ensino, em instituições públicas gratuitas.

A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, passou o dia em Belo Horizonte para dar a largada de sua campanha no Estado. Luciana afirmou que a terceira via política é a sua legenda, que possui "verdadeiras propostas concretas para mudar a estrutura política e econômica do País". "Aécio Neves (PSDB) significa um retrocesso ao neoliberalismo; Dilma Rousseff (PT) é um continuísmo conservador, que acaba levando também a retrocessos; e o Eduardo Campos (PSB) está no meio do caminho entre os dois: ele é um híbrido entre o PT e o PSDB", disse a jornalistas, durante um 'bandeiraço' na Praça Sete, no centro da capital mineira. Mais cedo, a candidata fez uma caminhada por moradia na ocupação urbana Eliana Silva, na região do Barreiro, e almoçou com apoiadores em Contagem, na região metropolitana.

Dentre as propostas de governo de Luciana, estão uma "revolução" na questão tributária, com a regulamentação de impostos sobre grandes fortunas, auditoria da dívida pública, moradia digna para a população, reformulação das diretrizes do "Minha Casa, Minha Vida" e da lei do inquilinato e a "volta do poder público" na política de urbanização. "Não será fácil competir com os grandes partidos, mas contamos com o fato de que as nossas propostas dialogam diretamente com as necessidades da população e estão conectadas com as demandas de junho de 2013 e que ainda não foram atendidas. Contamos também com as redes sociais e com a militância. A maioria dos outros partidos só tem cabos eleitorais pagos e nós temos uma militância que vai para a rua porque acredita nas nossas propostas", afirmou.

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A candidata comentou que irá se espelhar em Plínio de Arruda Sampaio, ex-deputado e que disputou a presidência por quatro vezes, que morreu no início do mês. "Vou me espelhar nele no sentido de dizer exatamente o que as pessoas gostariam de dizer e não têm a oportunidade de dizer para os políticos e também pautar os temas que os políticos do sistema não querem pautar. A essência do problema é o fato de que o Brasil está subordinado aos interesses do grande capital. Hoje quem comanda o País são os bancos, as grandes empreiteiras, as multinacionais", disse, reforçando que o PSOL possui uma política de não receber doações desses grandes grupos e que a campanha deste ano será financiada por doações de pessoas físicas, de militantes.

Copa

Sobre relacionar a realização da Copa do Mundo com a política, a candidata do PSOL disse não ver influência direta. "O que tem a ver é o escândalo que foram as negociatas que ocorreram nos bastidores dos jogos. As empreiteiras que financiam os grandes partidos são as mesmas que fizeram as obras superfaturadas da Copa. E há o contraste entre a ostentação dos estádios, construídos com o dinheiro público, a juros subsidiado, com a precariedade dos serviços públicos, como a saúde, educação, do transporte, da segurança, da miséria de uma ampla parcela da população."

Já o candidato ao governo do Estado pela Frente de Esquerda Socialista (PSTU/PSOL), Fidélis Alcantara (PSOL), disse acreditar que a relação entre a Copa e política é uma "grande falácia", uma "conversa fiada". "Tentar julgar ou misturar não passa de uma jogada de alguns partidos tentando tirar algum proveito contra ou favor do Mundial. Acredito que o brasileiro sabe muito bem separar política de futebol", declarou.

A partir desta sexta-feira (11), às 20h, militantes e apoiadores do PSOL poderão apresentar, virtualmente, contribuições sobre diversos temas que poderão ser incorporadas ao programa de governo que o partido apresentará ao país na eleição presidencial de outubro próximo. Isso porque será lançado o site Plataforma 50, uma iniciativa que a Secretaria Nacional de Comunicação do PSOL decidiu implementar para receber contribuições ao programa de governo da candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, e do vice, Jorge Paz.

“Queremos fazer deste um espaço interativo para colher as contribuições de todos aqueles e aquelas que querem mudanças profundas no Brasil. As mobilizações populares que sacudiram o país em junho de 2013 – e que prosseguem desde então em menor grau – mudaram a agenda da política: já não é possível aos velhos partidos continuarem alheios à voz das ruas”, ressalta texto de apresentação do Plataforma 50.

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No site serão apresentados 30 temas, entre eles saúde, educação, segurança pública, política econômica, reforma urbana e habitação. Para cada um deles, o internauta poderá escrever sua proposta e, com apenas um clique, enviar virtualmente a sugestão para a equipe de sistematização.

O presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, explica na entrevista abaixo os objetivos do partido ao lançar o Plataforma 50. Segundo ele, o partido pretende “construir um programa que seja expressão do desejo de mudança social que o povo brasileiro tem afirmado a cada pesquisa, a cada greve, a cada marcha ou ocupação, mas que os partidos tradicionais, pelos seus vínculos, não possuem capacidade de encarnar”.

A candidata do Psol à Presidência da República, Luciana Genro, disse que o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio (SP) é um exemplo e que será uma honra ser a candidata pelo partido depois dele. "Para mim, é uma honra ter a oportunidade de sucedê-lo neste desafio de representar o Psol nas eleições de 2014", afirmou.

Copa

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Na saída do velório do ex-deputado, ela criticou o uso da Copa do Mundo para que "empreiteiras" fizessem "um grande negócio". "A população brasileira toda está indignada com o uso do futebol para que grandes empreiteiras e a Fifa fizessem um grande negócio", disse.

O debate sobre a destinação da área do Cais José Estelita entrou na pauta da Convenção Nacional do PSOL que homologou no último fim de semana a candidatura de Luciana Genro à Presidência da República. Em comunicado aprovado durante o encontro, em Brasília, o partido declara apoio ao movimento #OcupeEstelita e repudia a "violenta e absurda ação de reintegração de posse" ocorrida no último dia 17.

O documento afirma que houve fraudes no leilão do terreno e que o projeto Novo Recife visa criar "uma ilha de apartheid social, isolada do conjunto dos bairros populares do seu entorno". A legenda cobra ainda "a realização de um plano urbanístico para a área, com ampla participação popular". O PSOL também culpa as gestões municipais do PT por deixar "as decisões sobre os grandes contornos e funções vitais da cidade a cargo dos escritórios de grandes construtoras". E responsabiliza o governador João Lyra (PSB) pela "barbárie" da operação da PM-PE.

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Estiveram presentes na convenção nacional os candidatos do PSOL ao governo de Pernambuco, Zé Gomes, ao Senado, Albanise Pires, e a deputado estadual Edilson Silva.

Confira o comunicado divulgado pelo PSOL Nacional:

CONVENÇÃO NACIONAL DO PSOL 50 - Partido Socialismo e Liberdade APROVA APOIO AO Movimento #OcupeEstelita E CONDENA VIOLÊNCIA CONTRA O MOVIMENTO

A militância do PSOL está desde os primeiros momentos combatendo as iniciativas que visam construir no Recife um projeto imobiliário denominado Novo Recife, capitaneado por grandes construtoras, tendo a frente as empresas Moura Dubeux e Queiroz Galvão. A posição política do PSOL, contrária a este empreendimento, se sustenta primeiro na discordância frontal ao conceito de cidade embutido neste projeto, que visa erguer no coração do Recife uma ilha de apartheid social, isolada do conjunto dos bairros populares do seu entorno e aprofundando o paradigma de cidade mercadoria, enquanto nós defendemos a cidade para todas as pessoas e como espaço de integração social. Esta dinâmica de transformar as cidades em mercadoria não é um desprivilegio apenas de Recife, mas sim um fenômeno negativo que se espalha e se aprofunda pelo país, e merece igual resistência em todas as cidades onde ocorre.

Somos contrários a este projeto, também, porque ele está inserido num processo mais amplo de apropriação privada de uma das áreas mais nobres e belas do Recife: a sua orla, as imediações do Porto do Recife, a arquitetura histórica do Recife Antigo, a vista para o mar, tudo isto nas áreas centrais da cidade. O projeto Novo Recife apropria-se de nada menos que 10 hectares de área urbana neste pedaço da cidade. Poucas metrópoles têm hoje uma área como esta na sua região central para potencializar soluções urbanísticas.

Somos contrários a este projeto, ainda, porque o processo de privatização da área, antes de propriedade da União (ex-RFFSA), foi feito através de um leilão fraudulento, questionado judicialmente desde os primeiros momentos. Porque o processo de protocolo do projeto junto à prefeitura também foi fraudulento, burlando a legislação de uso e ocupação do solo do município, que impunha gabaritos limitando o coeficiente construtivo na área. Porque o processo de aprovação do projeto junto aos órgãos competentes da prefeitura e da cidade também foi fraudulento. Todas estas ilegalidades foram objeto de observações e ações do Ministério Público Federal e Estadual, que já denunciaram fartamente as ilegalidades e ingressaram com ações civis a respeito, assim como de movimentos sociais atuantes, como o Direitos Urbanos – DU.

É contra tudo isto que se ergueu o Movimento #OcupeEstelita, o qual o PSOL integra, e que exige dos poderes públicos a reversão de todas as ilegalidades e a realização de um plano urbanístico para a área, com ampla participação popular.

A Convenção Nacional do PSOL reafirma o apoio integral de nosso partido a todas as pautas demandadas pelo Movimento #OcupeEstelita e reforça o chamado à sua militância, filiados, simpatizantes, eleitores, para que se somem a esta resistência popular.

Mas neste momento não podemos nos limitar a apenas engrossar as fileiras desta magnífica resistência que acontece no Recife. É preciso jogar luz sobre os elementos do poder público que permitiram ao longo do tempo que estas ilegalidades e privatizações do interesse público fossem levadas adiante. O processo de apropriação privada da cidade do Recife pelas grandes construtoras teve um salto de qualidade nos últimos 10 anos ao menos, exatamente o período que compreende as três gestões consecutivas do PT à frente do Recife. Todas as ilegalidades constatadas foram possíveis graças à conivência política do poder público, dos governos do PT. Enquanto distraia a população e cooptava lideranças populares com um Orçamento Participativo que mobilizava a sociedade para decidir sobre pequenas intervenções, como ruas, pequenas praças e outras questões importantes, mas menores, os governos do PT deixavam as decisões sobre os grandes contornos e funções vitais da cidade a cargo dos escritórios de grandes construtoras, como agora vemos claramente demonstrado. Em todos esses anos de entrega da cidade aos interesses do capital imobiliário, o PT contou com o apoio zeloso do PC do B e do PSB, que hoje governam a cidade e seguem a mesma dinâmica destrutiva.

A resistência popular do Movimento #OcupeEstelita, simbolizada nas últimas semanas no heroico acampamento e ocupação da área onde se pretende construir o projeto Novo Recife, suscitou a ira das elites que vinham se locupletando da privatização da cidade. Meios de comunicação, poder judiciário, empresários, poderes públicos, juntaram-se numa cruzada pelo combate a este impressionante movimento que tomou dimensão nacional e internacional. O desfecho desta ira foi uma violenta e absurda ação de reintegração de posse, iniciada na madrugada do dia 17 de junho, mas que se estendeu por todo um dia de agressões. As cenas de desocupação são revoltantes, revelando a covardia do Estado, comandado pelo governador João Lyra (PSB), responsável primeiro pela barbárie instalada, que ajoelhado diante do poder econômico, investiu toda sua violência contra uma maioria de jovens que resistiam pacificamente. Passa de sessenta o número de feridos assistidos pelo Ministério Público.

A Convenção Nacional do PSOL se soma a dor dos manifestantes e se solidariza com o movimento, colocando nosso partido integralmente à disposição para contribuir com todas as medidas possíveis no sentido da busca da responsabilização política e judicial dos que praticaram tamanho atentado não só contra os direitos humanos, mas também contra o Estado de Direito, pois os fatos mostram que naquele dia 17 de junho o Estado se resumiu à atuação policial. Sequer o Ministério Público teve acesso a canais de diálogo com o Executivo.

 

 

Com um programa de governo que promete levantar as bandeiras por melhoria dos serviços públicos levadas às ruas em grandes manifestações em junho do ano passado, além da descriminalização da maconha e do aborto, o PSOL lançou, neste domingo (22), a candidatura da ex-deputada Luciana Genro (RS) à Presidência da República. O professor paulista Jorge Paz, do mesmo partido, será candidato a vice.

Luciana disse que, se vencer a eleição, sua primeira medida será uma reforma tributária que inverterá toda a lógica dos impostos cobrados atualmente, com desoneração para os trabalhadores e cobrança de taxas dos ricos e das grandes fortunas - nas pesquisas eleitorais, por enquanto o PSOL não passou da casa de 1% na preferência dos eleitores. Luciana disse que é a única candidata com coragem para anunciar esse tipo de cobrança porque "os três candidatos do sistema - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) - vão manter os privilégios dos ricos".

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A candidata do PSOL prometeu ainda que, se eleita, suspenderá o pagamento da dívida pública. Disse que o Equador fez isso, reduziu sua dívida em 75% "e nem por isso o mundo acabou para o país". Ela afirmou que não aceitará doação de empresas para sua campanha. Para Luciana Genro, o Uruguai, que descriminalizou o aborto e legalizou a maconha, deu uma grande lição de percepção da modernidade para o resto do mundo. Ela prometeu seguir o exemplo do país vizinho. "Temos de discutir de forma aberta a questão das drogas. A maconha causa males tanto quanto o álcool e não como as drogas pesadas. Como há uma repressão muito grande aos que buscam o produto para recreação, eles são obrigados a correr atrás de traficantes e isso acaba por prejudicá-los".

Quanto ao aborto, a candidata do PSOL disse que não pretende defender a prática, mas lutar para que o debate seja feito pela sociedade. "O aborto hoje é uma realidade. As mulheres ricas o fazem sem problema algum; as que não têm dinheiro recorrem a agulhas de crochê e muitas vezes se ferem. Então, que o sistema de saúde público cuide da saúde delas." Luciana prometeu ainda levantar a bandeira do movimento LGBT: "Vamos defender os direitos dos que querem amar, não interessando a forma".

Apesar de não ter concorrentes dentro do PSOL - o senador Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da candidatura -, os nomes mais conhecidos do partido não compareceram à convenção, a exemplo dos deputados Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ). O nome de Luciana Genro foi referendado por 61 integrantes do diretório nacional e 27 representantes de diretórios estaduais do partido, quase todos jovens entre 20 e 30 anos. Luciana é filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT.

Aos 42 anos, a candidata do PSOL é hoje presidente da Fundação Lauro Campos, ligada ao partido. Ela foi deputada estadual no Rio Grande do Sul entre 1995 e 2002 pelo PT. Em 2002, foi eleita deputada federal, também pelo PT. Como se posicionou contrária à reforma da previdência proposta pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a política econômica comandada pelos ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), foi expulsa do PT em 2003.

AGENDAR PARA SÁBADO

Neste fim de semana o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) realiza Convenção Nacional, em Brasília, para referendar os nomes dos candidatos a presidente da República e a vice nas eleições de outubro deste ano. Após vários debates que serão feitos ao longo dos dois dias, os membros do Diretório Nacional do PSOL e representantes dos diretórios estaduais homologarão o nome da ex-deputada federal Luciana Genro como candidata do partido ao Palácio do Planalto.

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A postulação de Genro, foi posta após o senador Randolfe Rodrigues desistir de pleitear a vaga de presidente. O nome do candidato a vice-presidente, ainda em discussão dentro do PSOL, também será definido ao final da Convenção Nacional.    

No sábado (21), primeiro dia da Convenção, os dirigentes promoverão um debate sobre a conjuntura nacional e as diretrizes do PSOL para as eleições deste ano. No mesmo dia à tarde, serão homologadas as candidaturas aos governos estaduais, já definidas nas convenções em cada Estado. Ainda no sábado, os dirigentes também definirão os partidos com os quais o PSOL poderá fazer coligação para a disputa eleitoral.

Já no domingo (22), serão aprovadas as diretrizes do programa de governo do PSOL e também definida a coordenação da campanha nacional. A Convenção Nacional será encerrada após a aprovação das candidaturas de presidente e vice com uma entrevista coletiva à imprensa, marcada para as 16h.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

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Em clima de pré-campanha, o senador e presidenciável pelo PSOL, Randolfe Rodrigues, afirmou, neste sábado (5), que o “novo na política” brasileira será oferecido pela chapa do deles na disputa ao Palácio do Planalto. De acordo com o psolista, o arco de aliança dos três atuais candidatos – a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) – continua o mesmo e, por isso, alguns nomes tidos como coronéis na política vão continuar no governo. 

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“A única novidade que vai ter nesta eleição é a nossa chapa. As outras candidaturas são a continuidade de um modelo que está sendo apresentado ao Brasil desde a redemocratização. Os outros três candidatos, a atual presidente e os outros dois, são a continuidade da mesma política, não tem novidade. O arco de aliança deles é o mesmo”, cravou o senador.  

Segundo ele, a única chance dos brasileiros verem nomes como o do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na oposição é dando à vitória a chapa do PSOL. “Queremos oferecer ao país a chance de pela primeira vez, dos últimos 25 anos, colocar na oposição uma aliança que governa esse Brasil desde 1985. Esta turma que está aí: Sarney, Renan, Cabral – no Rio de Janeiro – com qualquer um dos outros três serão governo, conosco vão ser oposição”, frisou Rodrigues. 

O pré-candidato, que é pernambucano, visita o estado para discutir, em um seminário programático, algumas diretrizes para a construção do programa de governo da chapa. Os encontros iniciaram em Brasília, no último dia 19, e mais 12 cidades devem recebê-los até junho, quando acontecem as convenções partidárias. Em cada estado um debate sobre temas diferentes, a discussão deste sábado foi “direitos urbanos: saneamento, moradia e reforma urbana”. 

De acordo com a pré-candidata a vice-presidente, a ex-deputada federal Luciana Genro, um dos intuitos da chapa é fortalecer o PSOL no estado. “O PSOL é muito forte em Pernambuco, queremos contribuir para fortalecer ainda mais. Vamos ajudar a eleger o deputado estadual e ampliar o partido no estado”, afirmou. “Recife é uma das principais cidades do Nordeste, minha terra natal. Não queira o Eduardo ficar com todos os votos daqui”, ironizou acrescentando o senador. 

Legado da Copa em Pernambuco

Antes do seminário programático, Randolfe visitou o Loteamento São Francisco, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde está sendo construído o Ramal da Copa e parte da Cidade que contornará a Arena Itaipava Pernambuco. O intuito da visita, segundo o pré-candidato era ter embasamento para discutir a moradia e o urbanismo no estado. Avaliando o cenário local, Randolfe garantiu que a Copa da FIFA de 2014 no país, só trará prejuízos.

"Fui visitar o legado, que na verdade é o prejuízo da Copa em Pernambuco. Famílias estão sendo desalojadas e não estão recebendo indenizações. Quero reafirmar o que já foi dito pela ONU de que a Copa não vai deixar um legado ao Brasil. Tem ônus a pelo menos 200 famílias, que foram desalojadas arbitrariamente. Recebi relatos de famílias que receberam ultimato para deixar a casa em 10 dias. Isso em nome de quê? Dos negócios da Copa", disparou. 

 

O Recife recebe, neste sábado (5), o 3º Encontro Programático do PSOL para construir o programa de governo nacional da legenda. O pré-candidato do partido a presidência da República, senador Randolfe Rodrigues (AP), acompanhado da pré-candidata a vice na chapa, a ex-deputada Luciana Genro, vai debater sobre os “direitos urbanos: saneamento, moradia e reforma urbana” com representantes acadêmicos do estado. O evento está agendado para as 14h, no auditório do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Os seminários iniciaram em Brasília, no último dia 19, entre os convidados pelo PSOL para participar da discussão estão o urbanista e professor da UNB, Frederico Flosculo, o professor da UFRPE e ativista de Direitos Urbanos, Leonardo Cisneiros, e o representante do Comitê Popular da Copa, Rud Rafael. 

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“Os seminários vão nos ajudar a construir o programa de governo para o Brasil. Após este encontro vamos estabelecer um grupo de trabalho acerca deste tema (direitos urbanos: saneamento, moradia e reforma urbana) para que a gente possa ao final do processo ter incorporado bastantes sugestões de pessoas de todo o Brasil”, explicou o pré-candidato a deputado estadual e ex-presidente do PSOL em Pernambuco, Edilson Silva.

Segundo Edilson, o senador vai cumprir uma agenda intensa durante a passagem pelo estado. No início da manhã, ele tomará café da manhã com o ex-ministro do Governo João Goulart, Armando Monteiro Filho, em um hotel da Zona Sul. Monteiro Filho vai entregar a Randolfe a cópia do projeto de reforma agrária proposta por Jango, em 1964, um dos motivos do Golpe Militar. 

Por volta das 10h, o pré-candidato visitará o Hospital das Clínicas da UFPE, onde será recebido pela Comissão do comando de greve. “Vão apresentar a ele a situação do hospital, que esta sendo desvinculado da função de hospital escola”, informou Edilson. Logo depois Raldolfe e Luciana seguirão para o Loteamento São Francisco, em Camaragibe, onde está sendo construída a Cidade da Copa. 

O nome da ex-deputada federal Luciana Genro (Psol) defendida nessa quinta-feira (24), por tendências mais de esquerdas do Psol do Rio de Janeiro como presidenciável em 2014, não é acatada pelo presidente estadual da legenda em Pernambuco, Edilson Silva. Apesar de reconhecer a atuação da ex-parlamentar, o psolista torce por dois outros nomes e acredita que a decisão definitiva para a composição de chapa do próximo ano só deverá ocorrer no Congresso Nacional da sigla, no próximo mês.

Para Edilson, a candidatura de Genro representa apenas um setor do partido. “A candidatura de Luciana Genro é minoritária”, definiu. Mesmo considerando o anúncio do nome da possível postulante como uma escolha de poucos militantes, ele reconheceu o trabalho da possível presidenciável. 

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“É uma candidata que orgulha muito e isso mostra que o Psol tem opções no seu rol de filiados. Ela tem uma trajetória importante na esquerda, já foi deputada federal, participou do processo de fundação do partido. É uma excelente candidata. Agora, nós não temos no Psol ainda, uma definição sobre isso. Só no nosso Congresso Nacional iremos definir”, se posicionou.

Congresso – Aprofundando as peculiaridades do evento nacional, Edilson Silva explanou os principais assuntos que deverão ser discutidos. “Vamos definir quais serão os nossos candidatos ou candidatas. É um processo que vai ser discutido com delegados, muita gente participando dos debates. Além disso, no Congresso temos as etapas municipais, estaduais e depois nacionais”, antecipou.

Apesar de deixar claro que a definição do Psol só terá o martelo batido no encontro do próximo mês, o presidente do partido sugeriu dois nomes em vez de Luciana Genro. “A maioria dos delegados têm outras preferências (...). Nós precisamos de uma candidatura que tenha um espaço mais largo em sociedade. Eu acho que tem dois nomes que precede o nome da Luciana: primeiro o do deputado estadual Chico Alencar (Psol-RJ) e depois do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AM). Ele foi eleito como um dos melhores senadores do Brasil”, relembrou.

Comentando ter sido o quinto partido mais lembrado para as eleições presidenciais em uma pesquisa recente - perdendo apenas para PT, PSDB, PMDB e PSB, ele frisou o atraso da legenda diante da articulação de outros partidos, como o PSB, por exemplo. “Na nossa visão o Psol já está atrasado para fazer esse debate, porque Eduardo e Marina já estão muito adiantados”, soltou, reafirmando a relevância de seu partido. “Nosso partido tem responsabilidade principalmente por esse momento que o país está passando. Isso é muito a cara de nosso partido - as pessoas estarem nas ruas - e para a gente isso é muito importante para colocarmos essa pré- candidatura direta. Junta à população”, argumentou.

O Congresso Nacional do Psol, em que deverá ser definido o nome do postulante à presidência da República, ocorrerá em Brasília de 30 de novembro a 1° de dezembro.

Grupos minoritários do PSOL, de tendências mais à esquerda, lançaram nesta quinta-feira, 24, no Rio a pré-candidatura da ex-deputada federal Luciana Genro à Presidência, no primeiro ato público de campanha que visa ao 4º Encontro Nacional do partido, de 30 de novembro a 2 de dezembro. Com apoio dos grupos Movimento de Esquerda Socialista (MES), Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), Trabalhadores na Luta Socialista (TLS) e Reage Socialista, a ex-parlamentar deverá enfrentar a pré-candidatura do senador Randolfe Rodrigues (AP) ao Planalto. Ele é apoiado pela maioria da atual direção, comandada pelo presidente do partido, deputado federal Ivan Valente (SP).

"O bloco de esquerda tem uma visão de que o PSOL precisa ser muito fiel às manifestações de junho", disse Luciana, antes do ato. "Isso significa rejeitar os velhos métodos de fazer política."

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Para Luciana, os integrantes do grupo de Valente são mais flexíveis, "aceitaram aliança com o PTB e apoio do DEM, apoio da (presidente) Dilma (Rousseff) no Pará. Têm uma visão mais tradicional da política." Segundo a ex-parlamentar, é preciso "recompor o sentimento antipartido", que teriam marcado as manifestações ocorridas no País há três meses.

Uma das bandeiras da campanha de Luciana é a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte "para reorganizar as instituições do País", explicou. Outra é a realização de um plebiscito para decidir o destino da dívida pública federal que, destacou, consome 40% do Orçamento federal em detrimento de setores sociais, como educação, saúde e transportes. Uma terceira proposição é uma reforma eleitoral que garanta que a Constituinte seja eleita sob regras que garantam mais igualdade na campanha eleitoral na televisão, candidaturas avulsas (sem filiação partidária) e não tenha recursos doados por empresas.

A ex-parlamentar em 2003 foi expulsa do PT, pelo qual se elegera deputada federal pelo Rio Grande do Sul. Na ocasião, também foram expulsos o também deputado federal João Babá (PA) e a então senadora Heloísa Helena (AL). Os três votaram contra a reforma da Previdência aprovada no início do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estabeleceu, para o funcionalismo público, idade mínima para aposentadoria, contribuição previdenciária de aposentados e teto de dez salários mínimos para benefícios do setor público - quem quiser mais, terá de pagar contribuição maior. Integrantes, à época, da esquerda petista, os três parlamentares consideraram a reforma uma "traição" aos compromissos históricos da legenda.

 

A ex-deputada federal Luciana Genro (PSOL) está autorizada pela Justiça a manter sua campanha para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A decisão da desembargadora federal Maria Lúcia Luz Leiria, tomada nesta sexta-feira, suspende liminar da juíza da 161ª Zona Eleitoral. Elisa Corrêa, que havia proibido a candidata de participar de qualquer ato relacionado à disputa eleitoral deste ano na quinta-feira, a pedido do Ministério Público.

Enquanto aguarda pelo julgamento de seu registro de candidatura, Luciana poderá fazer campanha. O prazo para análise em primeiro grau encerra-se em 5 de agosto e para recursos ao Tribunal Regional Eleitoral em 23 de agosto.

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A liminar considerou que a Constituição, em seu Artigo 14, Parágrafo 7º, determina, entre outras proibições, que são inelegíveis o cônjuge e os parentes até segundo grau dos governadores dos Estados, a menos que já sejam titulares de mandato ou concorram à reeleição. Luciana é filha do governador Tarso Genro (PT). Se tivesse sido reeleita deputada federal em 2010, estaria apta a exercer o mandato. Como ficou de fora por causa do quociente eleitoral, passou a enfrentar a restrição.

A ex-deputada entende que tem direito a disputar o cargo de vereadora porque a Constituição garante o direito de votar e ser votado a todos e promete ir até o Supremo Tribunal Federal, se considerar necessário, para tentar assegurar sua candidatura. Luciana alega ainda que, como já foi titular de diversos mandatos eletivos, está disputando uma espécie de reeleição. Também destaca que, apesar de ser filha do governador, tem trajetória política diversa da do pai, cujo governo não é apoiado pelo PSOL.

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