Tópicos | Marte

Elon Musk afirmou durante uma videoconferência intitulada "Humanos a Marte" (Humans to Mars), citado pelo canal CNBC, que espera ver o foguete Starship realizar seu primeiro teste de voo orbital em 2021, advertindo também que o projeto de colônia no Planeta Vermelho pode ser um bilhete só de ida para os participantes.

"Quero enfatizar que isto é uma coisa muito difícil e perigosa, complexa, não para os fracos de coração", declarou o empreendedor. "Boa chance de você morrer, vai ser difícil, mas será bastante glorioso se der certo".

##RECOMENDA##

O empreendedor afirmou que a empresa está fazendo bons progressos, observando que "a coisa que realmente impede o progresso da nave estelar é o sistema de produção". No entanto, segundo Musk, o principal problema não é a viagem em si, mas manter as pessoas vivas no destino.

"Chegar a Marte, eu acho, não é a questão fundamental. A questão fundamental é construir uma base, construir uma cidade em Marte que seja autossustentável. Vamos construir uma fábrica de propulsão, uma base inicial em Marte, Base Alfa de Marte, e depois levá-la ao ponto em que seja autossustentável".

O bilionário disse nesta semana que sua empresa SpaceX está planejando iniciar a montagem de um protótipo para o acelerador de foguete espacial Super Heavy esta semana. Ele terá mais do dobro do impulso do Saturn V, que levou Apollo até a Lua e três vezes o impulso do Falcon Heavy.

Foi projetado que o Starship seja suficientemente grande para transportar até 100 passageiros, e no momento a SpaceX está testando sua capacidade de alcançar a órbita da Terra e retornar com segurança. Depois disso, a próxima etapa do projeto será o estabelecimento de uma instalação de lançamento na Lua, com uma colônia em Marte como objetivo final.

Da Sputnik Brasil

Quando vários meteoros entram juntos na atmosfera, em trajetórias paralelas, e parecem vir de um mesmo lugar, a região se chama ponto radiante e a chuva de meteoros recebe o nome da constelação onde está o ponto radiante, informou Agência Brasil.

A Piscis Austrinídeos, na constelação Peixe Austral, está visível até a madrugada do dia 10 de agosto. O melhor momento para observar os meteoros é por volta das 23h.

##RECOMENDA##

As Alfa-Capricornídeas, em Capricórnio, estão ativas até 15 de agosto e têm origem em um cometa. E na constelação de Aquário tem as Delta-Aquarídeas, também originadas em um cometa e que serão visíveis até o dia 23.

Já as Perseidas, que também são provocadas por um cometa, o Swift Tuttle, ocorrem na constelação de Perseu até o dia 24 de agosto. Enquanto as outras tiveram o auge no mês passado, as Perseidas terão seu ponto alto na semana que vem. Devido ao horário, não será possível acompanhar o fenômeno a olho nu no Brasil. Essa chuva de meteoros será bastante intensa no dia 12, das 10h até as 13h.

No domingo (9), quem acordar cedo poderá acompanhar a ocultação de Marte, quando a Lua passa entre a Terra e o planeta vermelho.

Da Sputnik Brasil

A SpaceX realizou nesta terça-feira (4) no Texas um voo de teste de menos de um minuto do protótipo do foguete Starship, com o qual pretende colonizar Marte no futuro.

"Marte está começando a ficar crível", tuitou o fundador da SpaceX, Elon Musk, em uma resposta a uma mensagem de um seguidor.

O protótipo do Starship é, nesta fase de testes, muito rudimentar: um grande cilindro metálico construído no lapso de duas semanas pelas equipes da SpaceX em Boca Chica, na costa do Texas, e menor do que será a futura nave.

Vários protótipos explodiram durante testes realizados em terra, parte de um processo de tentativa e erro.

Segundo imagens transmitidas nesta terça-feira por vários especialistas em temas espaciais, incluindo a @NASASpaceflight, o último protótipo do Starship, o SN5, conseguiu decolar do solo e se manter a uma certa altitude antes de descer, demonstrando um bom controle de trajetória.

"Uma vez que a fumaça se dissipou, ele ficou majestosamente suspenso depois de voar 150 metros! Parabéns, SpaceX", tuitou Thomas Zurbuchen, principal autoridade científica da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA).

Acreditava-se que o protótipo alcançaria uma altitude de 150 metros durante o teste, mas a SpaceX não confirmou os detalhes do ensaio.

Em 2019, um protótipo anterior, o Starhopper, menor, voo 150 metros sobre o nível do mar e voltou à Terra.

A nave Starship imaginada por Elon Musk terá 120 metros de altura e deverá poder possar verticalmente em Marte.

"Iremos à Lua, teremos uma base em Marte, enviaremos pessoas a Marte e criaremos vida multiplanetária", declarou Musk no domingo, após receber os dois astronautas da NASA que voltaram da Estação Espacial Internacional a bordo da cápsula Crew Dragon Endeavour, desenvolvida pela SpaceX.

Pouco antes das 9h desta quinta-feira (30), a agência espacial norte-americana Nasa enviou sua nova missão para descobrir mais aspectos de Marte. A bordo do foguete Astra 5, está o quinto veículo espacial norte-americano enviado ao planeta vermelho e que, dessa vez, terá como missão descobrir princípios biológicos: ou seja, traços de vida.

"É a primeira vez na história que a Nasa dedica uma missão à astrobiologia", disse o CEO da Nasa, Jim Bridenstine.

##RECOMENDA##

O rover, batizado de Perseverance, terá ainda a função inédita de trazer de volta para a Terra partes do solo e de rochas marcianas. Ele também é equipado pelo instrumento Sherloc (Scanning Habitable Environments with Raman & Luminescence for Organics & Chemicals) que tem como objetivo fazer testes em amostras de novos materiais que poderão ser utilizados, no futuro, pelos humanos que forem ao planeta vermelho.

Entre os itens enviados ao espaço, por exemplo, está um material que não quebra em caso de algum dano, e amostras de Vectran e Teflon, que são usados atualmente nas roupas dos astronautas que vão para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Além disso, o equipamento levará um pequeno helicóptero, de apenas dois quilos, que tem capacidade de voo de até 10 metros de altura e uma lista com o nome de quase 11 milhões de entusiastas da viagem, que faz parte do programa "Marte 2020".

O Perseverance deve chegar a Marte em fevereiro de 2021 e, se tudo sair conforme o planejado, em 2026 será lançada uma nova missão - em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) - para recuperar as amostras coletadas e colocá-las em um foguete norte-americano projetado para lançar as amostras no Espaço. Lá, uma sonda da ESA terá a missão de interceptar o foguete e trazer os itens para a Terra em 2031.

A missão da Nasa é a terceira a ser enviada para Marte neste mês de julho. Antes dos norte-americanos, os Emirados Árabes Unidos enviaram a Al-Amal (Esperança) no dia 20 - com foco de estudar a atmosfera local para criar um tipo de "mapa do clima" ao longo de um ano marciano, que equivale a 20 meses na Terra -, e os chineses enviaram a sonda Tianwen-1 ("Busca pela verdade celeste", em tradução livre) com a meta de fazer uma análise profunda da atmosfera, da estrutura e da superfície marciana, com uma atenção particular a possíveis traços de água.

Os voos foram realizados neste mês porque esse é o período em que os dois planetas estão orbitando de maneira mais próxima, fato que ocorre a cada dois anos e dois meses. Além disso, todas têm objetivos de estudar como seria uma colonização do planeta vermelho até 2100.

Da Ansa

A China lançou com sucesso, nesta quinta-feira (23), sua primeira sonda independente para Marte, uma missão durante a qual espera usar um robô para estudar o solo do Planeta Vermelho e que acontece em plena rivalidade diplomática e tecnológica com os Estados Unidos.

A sonda foi lançada por um foguete Longa Marcha 5, que decolou da base de Wenchang, na ilha chinesa de Hainan (sul).

Sob uma temperatura de 34oC, os engenheiros e funcionários de uniforme azul celebraram o lançamento com palmas. A agência especial confirmou a empreitada bem-sucedida meia hora depois.

A sonda deve fazer em sete meses o longo trajeto Terra-Marte, chegando em fevereiro de 2021 ao campo gravitacional marciano. A distância varia, mas o mínimo é de 55 milhões de quilômetros, ou seja, 1.400 vezes a volta ao mundo.

A missão Tianwen-1 ("Perguntas ao céu-1") leva uma sonda composta por três elementos: um orbitador de observação, que girará em torno do Planeta Vermelho, um módulo de aterrissagem e um robô por controle remoto, encarregado de analisar o solo marciano.

"Isso é, claramente, um marco para a China. É a primeira vez que se aventuram no sistema solar", disse à AFP o astrônomo Jonathan Mcdowell, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos Estados Unidos.

- "Orgulho nacional" -

Esta missão oferece um novo prestígio a Pequim frente a Washington, que acaba de ordenar o fechamento do consulado chinês em Houston, o último episódio da intensa rivalidade entre os dois gigantes do Pacífico.

Tianwen-1 é "similar às missões americanas Viking dos anos 1975-1976", em termos de "escala e ambição", declarou McDowell.

O gigante asiático não é o único que quer enviar uma sonda a Marte. Os Emirados Árabes Unidos lançaram sua "Esperança" na segunda-feira, e os Estados Unidos enviarão "Marte 2020" em 30 de julho.

Todos tentam se beneficiar da atual distância reduzida entre a Terra e o Planeta Vermelho.

"A exploração espacial é uma fonte de orgulho nacional. A ambição também é melhorar o conhecimento da humanidade sobre Marte", declarou o especialista em espaço Carter Palmer, da empresa americana Forecast International.

Longe da competição espacial feroz entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria, o país asiático recupera terreno.

Enviou seu primeiro homem ao espaço em 2003, fez pequenos robôs (os "coelhos de jade") pousarem na Lua em 2013 e em 2019 e acaba de terminar, em junho, a constelação de satélites de seu sistema de navegação Beidu, rival do GPS americano.

- Mudança significativa na conquista do espaço -

A missão em Marte é a próxima grande etapa do programa chinês, que também prevê a construção de uma estação espacial em 2022.

"O fato de a China se juntar à conquista de Marte mudará a situação atual, dominada pelos Estados Unidos há meio século", destaca Chen Lan, analista do site Gotaikonauts.com, especializado no programa espacial chinês.

De acordo com especialistas, a experiência da China na Lua será muito útil para sua missão em Marte.

De fato, das 40 missões soviéticas, americanas, europeias, japonesas, ou indianas, lançadas ao Planeta Vermelho desde 1960, a maioria fracassou.

Em 2011, a China tentou conquistar Marte com sua sonda Yingho-1, acoplada a uma nave russa, que acabou sofrendo um colapso.

"Se (a nova sonda) aterrissar de forma segura na superfície marciana e devolver a primeira imagem, Tianwen-1 já será um sucesso", afirma Chen Lan.

O governo chinês é prudente, após acumular vários fracassos em 2020, com tentativas frustradas de lançamento e a desintegração de uma cápsula espacial em seu retorno para a Terra.

"Os riscos e as dificuldades são consideráveis", em particular o perigoso pouso em Marte, aponta Liu Tongjie, porta-voz da missão Tianwen-1.

"Mas também estamos muito confiantes. É 50-50", comentou Chen Lan.

"A China pode fracassar desta vez, mas algum dia vai conseguir. Porque tem vontade, determinação e suficientes recursos financeiros e humanos para ser bem-sucedida", completou.

O foguete está pronto e as últimas verificações estão sendo feitas. A China lança uma sonda para Marte nesta semana, uma missão complicada que reflete suas crescentes ambições espaciais contra os Estados Unidos.

O lançamento está marcado para sábado (25), na ilha tropical de Hainan (sul), conhecida por suas praias e hotéis 5 estrelas. Mas o clima ou ventos desfavoráveis podem atrasar o evento.

A missão Tianwen-1 ("Perguntas ao céu-1") levará uma sonda composta por três elementos: um orbitador de observação, que girará em torno do planeta vermelho, um módulo de aterrissagem e um robô por controle remoto, encarregado de analisar o solo marciano.

A China não é a única que quer enviar uma sonda a Marte. Os Emirados Árabes Unidos enviaram a sua ("Esperança") na segunda-feira e Estados Unidos lançará uma ("Marte 2020") em 30 de julho.

Esses países buscam se beneficiar da atual distância reduzida entre a Terra e o planeta vermelho.

Para percorrer este longo trajeto, de aproximadamente 55 milhões de km - o equivalente a quase 5.000 idas e voltas entre Paris e Nova York -, a sonda chinesa levará cerca de sete meses. Chegará ao campo de gravidade de Marte em fevereiro de 2021.

Tianwen-1 é "semelhante às missões Viking americanas de 1975-1976" em termos de "escala e ambição", explica à AFP Jonathan Mcdowell, astrônomo no Centro Harvard Smithsonian para a Astrofísica, nos Estados Unidos.

Longe da competição espacial feroz entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria, o país asiático recupera terreno.

Enviou seu primeiro homem ao espaço em 2003, fez pequenos robôs (os "coelhos de jade") pousarem na Lua em 2013 e 2019, e acaba de terminar em junho a constelação de satélites de seu sistema de navegação Beidu, rival do GPS americano.

- Mudança significativa na conquista do espaço -

A missão em Marte é a próxima grande etapa do programa chinês, que também prevê a construção de uma estação espacial em 2022.

"O fato de a China se juntar à conquista de Marte mudará a situação atual, dominada pelos Estados Unidos há meio século", destaca Chen Lan, analista do site Gotaikonauts.com, especializado no programa espacial chinês.

De acordo com especialistas, a experiência da China na Lua será muito útil para sua missão em Marte.

De fato, das quarenta missões soviéticas, americanas, europeias, japonesas ou indianas lançadas ao planeta vermelho desde 1960, a maioria fracassou.

Em 2011, a China tentou conquistar Marte com sua sonda Yingho-1, aclopada a uma nave russa, que acabou sofrendo um colapso.

Longe das estipulações, a China se mostra cautelosa depois de registrar alguns fracassos desde o início de 2020, com lançamentos frustrados e o retorno fracassado à Terra de uma cápsula espacial.

Os meios de comunicação chineses oferecem uma cobertura modesta dos preparativos e o lançamento do foguete Long Marche 5, que levará a sonda a Marte, não deve ser transmitido ao vivo pela televisão.

A sonda espacial dos Emirados Árabes Unidos "Al Amal" (esperança), com destino a Marte, foi lançada neste domingo (19) desde o centro espacial de Tanegashima (sudoeste do Japão), após a missão ter sido adiada duas vezes na semana passada por conta do mau tempo.

"O foguete H-IIA número 42 que transporta a missão Esperança até Marte decolou às 06h58 e 14 segundos do horário japonês (18h58, horário de Brasília), informou em comunicado a Mitsubishi Heavy Industries, empresa japonesa encarregada do lançamento da sonda, que foi transmitido ao vivo pela internet.

Cinco minutos depois da decolagem, o foguete que transporta a sonda desacoplou seus primeiros propulsores e respeitava a trajetória prevista.

O aparato espacial, não tripulado, deverá começar a orbitar Marte a partir de fevereiro de 2021, marcando o 50º aniversário da unificação dos setes principados que formam os Emirados Árabes Unidos.

Após chegar a seu destino, a sonda deverá dar a volta ao planeta vermelho durante todo o ano marciano, de 687 dias terrestres. O objetivo é capturar imagens e dados inéditos sobre a dinâmica do tempo na atmosfera de Marte.

Famoso pelas imensas reservas de petróleo e gás natural, os Emirados Árabes Unidos aspiram se tornar um ator relevante no campo da ciência e tecnologia.

Um espetáculo no céu é aguardado pelos amantes da astronomia na manhã deste domingo (19). A expectativa é porque, mesmo sem telescópio, cinco planetas poderão ser vistos um pouco antes do nascer do Sol.

Para enxergá-los, é preciso estar em um local com uma visão ampla e limpa do céu, pois os planetas vão surgir na linha do horizonte, em lados opostos. O primeiro a dar as caras será Mercúrio, que dificilmente é visto da Terra, e ficará do lado do Sol.

##RECOMENDA##

Já Vênus, Marte, Júpiter e Saturno vão aparecer na direção do pôr do Sol. É importante ficar atento aos horários que o Sol nasce nas diferentes regiões do país. No Nordeste, o raiar ocorre por volta das 5h10, às 6h30 no Sudeste e aproximadamente às 7h no Sul.

O lançamento do Japão da "Hope", a primeira sonda árabe para Marte, foi programado para 20 de julho, após ter sido adiado devido ao mau tempo - informou a empresa de lançamento nesta sexta-feira (17).

A saída da sonda dos Emirados Árabes Unidos, prevista para quarta-feira (15), ocorrerá na próxima segunda-feira (20) às 6h58 (18h58 de domingo no horário de Brasília), do centro espacial Tanegashima, no sul do Japão, anunciou a Mitsubishi Heavy Industries.

O programa dos Emirados é um dos três projetos em andamento em direção a Marte, junto com Tianwen-1, da China, e Mars 2020, dos Estados Unidos.

Esses programas aproveitam um período em que a Terra e Marte estão mais próximos, a 55 milhões de quilômetros um do outro, em comparação com 76 milhões de quilômetros em média.

Os Estados Unidos vão lançar para Marte, em 30 de julho, seu veículo robótico mais sofisticado, chamado Perseverance, na tentativa de descobrir evidências de que há três bilhões e meio de anos micróbios viviam em seus rios.

A jornada interplanetária durará mais de seis meses e, se o robô aterrissar sem danos, iniciará uma exploração científica de vários anos para coletar e condicionar várias dezenas de amostras de rochas que serão recuperadas por um futuro robô e trazidas de volta para a Terra em 2031.

Perseverance assume a tarefa dos quatro veículos robóticos anteriores, todos americanos. Desde o final dos anos 1990, com a ajuda de satélites e de robôs fixos, essas máquinas transformaram nosso conhecimento de Marte, provando que o Planeta Vermelho nem sempre foi como hoje, seco e frio.

Marte já teve os ingredientes da vida: água, compostos orgânicos e um clima favorável. Nas amostras que o Perseverance coletará, os cientistas esperam encontrar fósseis de bactérias, ou outros micróbios, e confirmar que realmente houve vida em Marte.

A NASA trabalha em regime de home office há meses por causa da pandemia de COVID-19, mas o cronograma não saiu dos trilhos para esta missão de US$ 2,7 bilhões.

"Esta é uma das duas missões que protegemos para garantir seu lançamento em julho", disse o chefe da NASA, Jim Bridenstine.

Terra e Marte estão do mesmo lado do Sol a cada 26 meses, uma janela que não pode ser perdida.

Somente os americanos conseguiram pousar robôs intactos em Marte: quatro aterrissadores (fixos) e quatro veículos (Pathfinder, Spirit, Opportunity e Curiosity, o único ainda vivo).

Somente nos últimos 20 anos foi confirmado que o planeta possuía oceanos, rios e lagos. A presença de moléculas orgânicas complexas foi confirmada apenas pelo Curiosity - mas os dispositivos a bordo não puderam concluir sobre sua possível origem biológica.

Os primeiros aterrissadores americanos Viking 1 e 2 tentaram descobrir a vida em 1976, mas de maneira aleatória.

"Os experimentos de detecção de vida foram um fracasso total", disse à AFP Scott Hubbard, que lançou nos anos 2000 o atual programa de exploração marciana.

A NASA decidiu, portanto, prosseguir em etapas: estudo do solo, análise química e molecular das rochas e várias observações de satélite. Assim, geólogos e astrobiólogos gradualmente entenderam onde a água fluía e quais áreas podem ter sido propícias para a vida.

"Compreender onde Marte pode ter sido habitável no passado e quais pegadas da vida procuramos foram as etapas necessárias para enviar uma missão a este local cuidadosamente escolhido para coletar amostras", diz Scott Hubbard.

- Coleta de amostras -

Perseverance deve pousar em 18 de fevereiro de 2021 na cratera Jezero, onde um rio correu de 3 a 4 bilhões de anos atrás, depositando lama, areia e sedimentos "em um dos deltas mais bem preservados na superfície de Marte", segundo Katie Stack Morgan, da equipe científica.

Na Terra, micróbios de bilhões de anos foram encontrados fossilizados nas rochas de deltas semelhantes.

O veículo espacial tem três metros de comprimento, pesa uma tonelada, tem olhos (19 câmeras), orelhas (dois microfones) e um braço robótico de dois metros.

Os instrumentos mais importantes são dois lasers e um raio-X que, projetado em rochas, ajudará a analisar sua composição química e molecular e a identificar possíveis compostos orgânicos.

A bordo também está um mini-helicóptero experimental de 1,8 kg, o Ingenuity, que tentará o primeiro voo de um helicóptero em outro planeta.

Perseverance provavelmente não poderá dizer que uma rocha contém micróbios antigos. Para chegar ao fundo, será necessário cortar amostras em fatias ultrafinas usando dispositivos enormes, para talvez distinguir as formas microscópicas de organismos antigos.

"Para alcançar um consenso científico real de que a vida existiu em Marte, será necessário o retorno da amostra à Terra, independentemente do que observarmos", disse à AFP o vice-chefe do projeto científico, Ken Williford.

Ele ressalta que não se deve esperar encontrar antigas conchas fossilizadas: os cientistas acreditam que a vida, se existiu em Marte, não teve tempo para evoluir para formas complexas antes que o planeta secasse completamente.

É algo histórico para a China. O gigante asiático está se preparando para lançar sua primeira missão a Marte este mês, usando uma sonda e um pequeno robô teleguiado.

O lançamento acontecerá entre 20 a 25 de julho na Ilha Hainan (sul).

##RECOMENDA##

Outros países, como os Estados Unidos ou os Emirados Árabes Unidos, aproveitam a situação atual, em que há uma distância reduzida entre a Terra e o planeta vermelho, para lançar suas próprias sondas.

Aqui estão cinco coisas para saber sobre a missão chinesa e as ambições espaciais de Pequim.

- "Questões no céu" -

A China quer colocar sua sonda na órbita marciana, que pouse em Marte, e depois ativar um pequeno robô teleguiado para a realização de análises.

A missão é chamada "Tianwen-1" ("Questões no céu-1"), em homenagem a um antigo poema chinês sobre astronomia.

A sonda precisará de vários meses para concluir a trajetória entre a Terra e Marte, que embora varie, tem ao menos 55 milhões de quilômetros, o equivalente a 1.400 voltas ao redor do mundo.

De acordo com um encarregado do programa espacial, citado pela TV nacional, teria que chegar ao nível do planeta vermelho por volta de fevereiro de 2021.

- Voo solo -

Em 2011, a China já tinha tentado enviar uma pequena sonda para Marte em uma missão conjunta com a Rússia.

No entanto, a tentativa falhou porque o lançador russo não conseguiu se colocar em órbita de trânsito rumo ao planeta vermelho.

Todo o material caiu na Terra e parcialmente se desintegrou na atmosfera.

Após esse revés, a China decidiu continuar a aventura sozinha.

"Seus objetivos não são diferentes dos de outros países", contou à AFP Chen Lan, analista da página GoTaikonauts.com, especializada no programa espacial chinês.

"Trata-se de melhorar suas capacidades, explorar o universo, investir em recursos futuros e, em resumo, aumentar sua influência política e prestígio", acrescenta.

- O robô teleguiado -

Sabe-se muito pouco sobre esse equipamento. As autoridades chinesas comunicam pouco sobre os seus projetos espaciais, controlados pelo exército.

O robô pesa mais de 200 quilos, está equipado com quatro painéis solares e seis rodas, de acordo com blogs especializados chineses, geralmente bem informados.

O artefato deve permanecer em atividade em Marte por cerca de três meses, segundo Sun Zezou, engenheiro-chefe da sonda.

Entre as missões estão: realizar análises do solo, da atmosfera, tirar fotos, contribuir para o mapeamento do planeta vermelho e procurar possíveis vestígios de uma vida passada.

- Coelhos de jade -

A China já enviou dois pequenos robôs teleguiados fora da Terra: os "Coelhos de Jade" 1 e 2, enviados à Lua em 2013 e 2019, respectivamente.

O segundo atingiu a parte oculta da Lua, um fato inédito.

Os "coelhos de jade" foram um "bom treinamento", já que os terrenos lunar e marciano "são globalmente similares", explica Jonathan McDowell, astrônomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, nos Estados Unidos.

Porém, a distância é um ponto mais relevante, o que implica que as telecomunicações serão mais lentas e há um risco maior de falhas por causa da jornada mais longa, alerta McDowell.

- Ambição espacial -

A China investe bilhões de dólares em seu programa espacial, para tentar chegar ao nível dos programas espaciais da Europa e dos Estados Unidos.

Em 2003, enviou seu primeiro astronauta ao espaço. O gigante asiático, que também lança satélites para o próprio país ou para outras nações, terminou em junho o desenvolvimento do seu sistema de navegação, Beidou.

Pequim espera poder enviar um astronauta para a Lua em até uma década.

Até 2022, os chineses planejam ter uma grande estação espacial instalada, permitindo em teoria que os astronautas permaneçam no espaço permanentemente.

Com o tempo, poderia ser a única estação operacional, após o fim da Estação Espacial Internacional (ISS).

Marte é o único local do universo em que a humanidade tem possibilidades concretas de encontrar provas de vida extraterrestre pretérita e essa busca intensa poderia, enfim, render frutos com o envio de três novas missões ao planeta vermelho.

Estados Unidos, China e Emirados Árabes Unidos vão aproveitar o posicionamento celeste favorável deste verão no hemisfério norte para enviar uma série de robôs, tanto para orbitar quanto para pousar em Marte.

"Marte é a prioridade das explorações espaciais, visto que sabemos que há bilhões de anos era habitável", explicou Jean-Yves Le Gall, presidente da agência espacial francesa CNES, responsável por um dos principais instrumentos da missão "Marte 2020", da Nasa.

Enquanto a Lua é "desesperadamente vazia de vida", Marte tem sido "promissor neste sentido desde o século XVII", quando se observou a possível presença de água em forma de gelo em seu polo sul, explica o astrofísico Francis Rocard.

Em 1976, duas missões de pouso do programa americano Viking forneceram pela primeira vez dados 'in situ' sobre sua atmosfera e solo... Concluindo na ausência de vida na superfície.

"Foi uma decepção", que desacelerou a exploração marciana durante 20 anos, explicou à AFP Rocard, especialista em sistema solar.

"Faltou mudar a estratégia com uma nova doutrina: 'Seguir a água, o carbono, a luz!'", os elementos que pressupõem a formação de organismos vivos, prosseguiu.

No começo dos anos 2000, a descoberta de que em algum momento houve água em estado líquido acendeu paixões e desde então cada missão aporta "cada vez mais provas de que Marte não está tão morto quanto se acredita", segundo o biólogo Michel Viso.

- A história da água -

O trabalho do veículo "rover" Perseverance, da Nasa, cuja chegada a Marte está prevista para fevereiro de 2021, gera grandes expectativas.

Complementar do robô Curiosity, que opera em uma cratera marciana desde 2012, o Perseverance elegeu domicílio em um entorno inexplorado até agora: a cratera Jezero, da qual recolherá amostras para trazê-las para a Terra, uma novidade completa.

Esta bacia de 45 km de diâmetro é um terreno ideal para conservar o rastro de uma vida passada na superfície: é rica em rochas sedimentares e seu relevo em forma de delta é atribuído à desembocadura de um antigo rio.

Além disso, ao estudar a geologia de Jezero, o "rover" poderá caracterizar o entorno geoquímico que deu origem à superfície aquática, permitindo compreender a "história da água" em Marte, segundo Rocard.

"De fato, houve água em Marte, mas a questão que nos deixa loucos é: por quanto tempo? Quanto mais longo fosse este período, mais possibilidades haveria de que se criasse alguma forma de vida", segundo este astrofísico.

A ciência ignora quanto tempo foi necessário que houvesse água na Terra para permitir a vida, nem quando apareceu exatamente.

Consequentemente, decifrar a história de Marte suporia também esclarecer a da Terra, assim como compreender por que a vida desapareceu no primeiro e perdurou no segundo, apesar de ambos reunissem as mesmas condições há quatro milhões de anos.

No nosso planeta azul, os primeiros vestígios de vida datam de 3,5 bilhões de anos, mas "certamente começou antes", segundo Jorge Vago, especialista científico da Agência Espacial Europeia (ESA), cuja missão "ExoMars" partirá em 2022 para esquadrinhar o solo marciano.

Mas a atividade tectônica das placas terrestres, que renova com frequência a crosta em profundidade, impede a preservação da vida ancestral e, por isso, impossibilita encontrar seus vestígios.

Marte, ao contrário, é isento de tectônica, razão pela qual é suscetível de ter conservado em suas entranhas a marca de uma vida "original", de mais de 4 bilhões de anos.

- Fragmentos decisivos -

E se nunca houve vida? A análise de amostras marcianas na Terra, aguardada pelos cientistas há anos, será sem dúvida decisiva para determinar uma resposta, graças ao trabalho de instrumentos inovadores, como os síncrotrons (aceleradores de partículas).

"Se houver algo, saberemos através destas amostras", resume Viso.

Mas não antes de dez anos, visto que o retorno à Terra será uma missão extremamente complexa.

"E cuidado: não vamos nos deparar com uma chave-mestre: o mais provável é um conjunto de presunções que poderia nos levar a dizer, 'Sim, estas moléculas são, sem dúvida, restos de uma atividade metabólica, microbiana, por exemplo'", afirma.

Há outros locais com potencial para abrigar vida extraterrestre no universo, como Encélado e Europa, luas que orbitam, respectivamente, Saturno e Júpiter. Mas partir em busca de amostras ou perfurar sua espessa camada de gelo por enquanto está nos domínios da ficção científica.

Desde 1960, cerca de quarenta missões tentaram explorar o planeta Marte, mas menos da metade teve sucesso. No entanto, o interesse no Planeta Vermelho continua e há novas missões em andamento.

- 1960-1964: fracassos soviéticos -

A União Soviética foi a primeira a enviar sondas a partir do outono de 1960, apenas três anos após o lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik 1. Porém, durante quatro anos, sofreu inúmeros fracassos.

Marsnik 1 e 2, as duas primeiras sondas lançadas em outubro de 1960, falharam em alcançar a órbita da Terra.

Dois anos depois, houve um novo fracasso, quando o Sputnik 22 se desintegrou logo após seu lançamento.

Em 1962, Marte 1 foi o primeiro dispositivo a deixar a atração terrestre, mas a comunicação foi interrompida alguns meses depois.

A Zond 2, uma sonda lançada no final de 1964, não conseguiu fazer as observações previstas, mas foi a primeira a se aproximar de Marte.

- 1965: Mariner 4 sobrevoa Marte -

Em 15 de julho de 1965, a sonda americana Mariner 4 entrou para a História voando sobre o Planeta Vermelho.

Conseguiu transmitir quase 20 fotografias e revelou uma superfície desértica cheia de crateras.

Em 1969 foram registrados novos sucessos americanos com Mariner 6 e 7, reunindo dezenas de imagens.

- 1971: primeiro satélite -

Mariner 9 tornou-se o primeiro satélite ao redor de Marte em novembro de 1971, do qual fez um mapa fotográfico detalhado, mostrando sinais de vulcanismo e erosão fluvial.

Em dezembro, a sonda soviética Mars 3 atingiu a superfície de Marte, mas foi largada no meio de uma tempestade de poeira e só conseguiu transmitir alguns dados.

Dias antes, Mars 2 também conseguiu se colocar em órbita, mas o módulo de pouso caiu.

- 1976: Viking 1 e 2 pousam em Marte -

Os Estados Unidos foram o primeiro país a operar aparelhos em Marte: em julho de 1976, a sonda Viking 1 foi a primeira nave a pousar suavemente em outro planeta, seguida em setembro pela Viking 2.

Sua missão permitiu reunir mais de 50.000 fotografias e mostrar que no solo de Marte não havia sinais de vida.

- 1997: Mars Pathfinder e Sojourner -

As missões a Marte foram retomadas na década de 1990 com resultados mistos e sete sondas perdidas.

Em julho de 1997, a Mars Pathfinder conseguiu colocar o pequeno robô móvel Sojourner no planeta. Por nove anos, ele conseguiu reunir dados detalhados e detectou a presença de minerais no planeta.

No ano seguinte, o Japão lançou Nozomi, que não entrou em órbita.

- 2003: missão europeia Mars Express -

A sonda Mars Express, lançada por iniciativa da Agência Espacial Europeia, começou a gravitar em torno de Marte em dezembro de 2003 e está atualmente operacional.

No entanto, o Beagle 2 lançado no planeta não deu sinais de vida, embora tenha sido localizado na superfície em janeiro de 2015.

- 2004: Spirit e Opportunity -

Em janeiro de 2004, dois robôs geológicos americanos pousaram em Marte, uma missão que continuou até 2010 no caso do Spirit e até 2018 no caso do Opportunity.

O Opportunity, um robô de exploração que alcançou o recorde de distância percorrida em um corpo celeste (45 km), enviou mais de 200.000 imagens à Terra e descobriu indicações de ambientes úmidos.

- 2012: Curiosity, ainda ativo -

O robô americano Curiosity pousou suavemente em Marte em agosto de 2012.

É o único dispositivo ainda ativo em Marte que permitiu mostrar que o planeta foi propício à vida de micróbios em um passado remoto e é por isso que é potencialmente habitável.

Em maio de 2008, o Phoenix, outro dispositivo americano, conseguiu sondar o permafrost e confirmar a presença de água gelada.

- 2014: Índia coloca sonda em órbita -

Em setembro de 2014, a Índia lançou com sucesso uma sonda em órbita. O objetivo da missão Mars Orbiter era medir a presença de metano. A sonda foi construída de forma rápida e barata.

- 2016: missão europeia ExoMars -

Em outubro de 2016, a Europa não conseguiu colocar em órbita seu módulo de descida, mas conseguiu colocar a sonda de exploração TGO em órbita.

A missão russo-europeia ExoMars, que planejava enviar um robô para perfurar o solo de Marte no verão de 2020, foi adiada para 2022 devido a dificuldades técnicas, agravadas pela crise do coronavírus.

- 2020: três missões a Marte -

Em julho de 2020, há três missões planejadas para Marte.

Os Emirados Árabes Unidos enviarão a primeira sonda árabe, a China lançará sua missão Tianwen-1, que inclui um veículo com controle remoto, e os Estados Unidos planejam enviar seu quinto veículo explorador, "Perseverance".

Os Emirados Árabes Unidos estabeleceram um programa de energia nuclear e enviaram um astronauta ao espaço. Agora, desejam integrar outro clube de elite, lançando uma sonda chamada "Hope" para Marte.

Somente Estados Unidos, Índia, a ex-União Soviética e a Agência Espacial Europeia colocaram com sucesso sondas ao redor do planeta vermelho. A China também se prepara para enviar uma, além de um robô.

O Estado federado, formado por sete emirados unificados em 1971 e conhecido por seus arranha-céus e ilhas artificiais em forma de palmeira, fará história para um país árabe.

A sonda "Al Amal", "Hope" em inglês, será lançada a partir do centro espacial japonês de Tanegashima em 15 de julho e chegará à órbita marciana em fevereiro.

O objetivo da missão é fornecer uma imagem completa da dinâmica meteorológica da atmosfera de Marte e promover avanços científicos.

É o primeiro passo de um projeto mais ambicioso: a construção de uma colônia humana em Marte nos próximos 100 anos.

- "Ponte para o futuro" -

O mais famoso dos sete emirados, Dubai, contratou arquitetos para imaginar como seria essa colônia e recriá-la no deserto sob o nome de "Cidade da Ciência". O projeto custará cerca de 500 milhões de dirhams (mais de 135 milhões de dólares).

Em setembro de 2019, o emir Hazza al Mansouri se tornou o primeiro cidadão árabe a permanecer na Estação Espacial Internacional (ISS), à qual se juntou a bordo de um foguete russo Soyuz.

"Nossos avós seguiram as estrelas enquanto caminhavam para a glória. Hoje, nossos filhos olham para elas para construir seu futuro", disse o governante de Dubai, o xeque Mohamed bin Rachid Al Maktum, na terça-feira.

A jovem nação do Golfo, cuja influência se estende do Iêmen à Líbia, passando pelo Chifre da África, é apresentada como um ator regional importante.

Já se tornou um centro financeiro e um destino turístico, apesar da desaceleração econômica nos últimos anos. É também o primeiro país árabe a ter um programa nuclear civil.

O país, e particularmente Dubai, atrai milhões de jovens graduados de todo o mundo, principalmente do Oriente Médio e Norte da África.

A federação, criticada por alguns por sua intervenção no Iêmen, afirma defender a tolerância e acolheu a primeira visita de um papa à Península Arábica.

"Os Emirados Árabes Unidos entenderam que o espaço é muito importante para seu desenvolvimento e sustentabilidade. É uma ponte para o futuro", disse à AFP Mohamed al Ahbabi, diretor geral da agência espacial do país.

- "Vetor de mudança" -

Sarah al Amiri, de 33 anos, ministra de Tecnologias Avançadas e vice-diretora do projeto, vê isso como "uma mensagem de esperança para a região, um exemplo do que é possível se usar os talentos da juventude e de maneira positiva".

"Investimos no espaço há mais de 15 anos (...) e trata-se de colocar nosso talento a serviço do resto da região", disse à AFP a partir de Tóquio.

Após a missão Marte, os Emirados anunciaram que estão abrindo portas para jovens de países árabes participarem de um programa espacial de três anos.

"Eles podem vir, ganhar experiência, ser vetores de mudanças para toda a região. Não podemos dizer que essa região é instável e permanecer passivos", afirmou a ministra.

Em Dubai, o Centro Espacial Mohamed Bin Rashid (MBRSC) foi a ponta de lança do projeto, envolvendo cerca de 450 pessoas.

A China anunciou nesta quarta-feira que enviará uma sonda e um pequeno robô para Marte no final de julho, sua primeira missão no planeta vermelho.

O país investe bilhões de dólares em seu programa espacial, que inclui o lançamento de satélites, o envio de uma missão tripulada à Lua e o lançamento de uma nova sonda em meados de maio.

"Escolheremos uma data apropriada durante o período de 20 a 25 de julho para o lançamento para Marte da sonda Tianwen-1", anunciou o centro de lançamento espacial de Wenchang (sul da China).

"Desejamos à missão sucesso total!" destaca o comunicado na rede social WeChat.

Uma viagem Terra-Marte leva cerca de sete meses. Desta forma, a sonda chinesa deve atingir seu destino apenas em 2021.

A distância muda constantemente, mas são pelo menos 55 milhões de quilômetros.

A missão, batizada "Tianwen" ("Perguntas ao Céu"), tem três objetivos: colocar uma sonda em órbita marciana, aterrá-la na superfície do planeta vermelho e, em seguida, teleguiar um robô para análises.

A China já realizou uma operação semelhante na Lua, onde depositou em 2013 o "Coelho de Jade", um pequeno "rover" guiado remotamente e, mais tarde, em 2019, outro robô, este último no lado oculto do satélite.

Os Estados Unidos são o país com maior presença em Marte: já enviaram quatro veículos de exploração e, em julho, enviarão o quinto, chamado "Persistência".

Os Emirados Árabes Unidos também querem se juntar à corrida ao planeta vermelho, com uma sonda que será lançada a partir do Japão.

Depois de enviarem um astronauta ao espaço no ano passado, os Emirados Árabes Unidos lançarão a primeira sonda árabe em direção ao planeta Marte em 15 de julho, anunciou a agência de notícias oficial WAM nesta terça-feira (19).

A "Missão Marte Emirados" faz parte do projeto deste país rico no Golfo de se estabelecer como uma potência científica e espacial, tornando-se o primeiro país árabe a colocar uma sonda na órbita no planeta vermelho.

"O mundo participará do lançamento da sonda 'Hope' ao espaço na quarta-feira, 15 de julho de 2020 às 00H51 (local, 17H51 de Brasília) do centro espacial japonês de Tanegashima", informou a agência WAM.

"A contagem regressiva para o lançamento começa depois que a sonda for transferida com sucesso dos Emirados para o Japão, durante uma jornada que vai durar mais de 83 horas por terra, ar e mar", acrescentou.

A ministra de Ciências Avançadas dos Emirados Árabes Unidos, Sarah bint Yousif Al Amiri, também vice-chefe da missão, insistiu no "compromisso" das autoridades de continuar esse projeto, apesar do "contexto da pandemia global" do novo coronavírus.

Em setembro de 2019, Hazza Al Mansuri entrou na história ao se tornar o primeiro cidadão dos Emirados a viajar para o espaço.

Aos 35 anos, esse piloto de caça também é o primeiro astronauta de um país árabe a pisar na Estação Espacial Internacional.

A ambiciosa missão russo-europeia ExoMars, que previa enviar um robô para o planeta vermelho, foi adiada para 2022 devido a dificuldades técnicas e à pandemia do novo coronavírus, anunciou nesta quinta-feira (12) a agência espacial russa Roskosmos.

De acordo com uma declaração conjunta da agência russa Roskosmos e da Agência Espacial Europeia (ESA), a partida deste robô para Marte está agora prevista para agosto-setembro de 2022, em vez de meados de 2020, como planejado originalmente.

Os chefes das duas agências espaciais concluíram, após uma reunião, que "são necessários mais testes da espaçonave com os componentes e o software finais".

Da mesma forma, "tiveram que reconhecer que a fase final da ExoMars está comprometida pelo agravamento geral da epidemia (de COVID-19) nos países europeus".

De acordo com o chefe da Roskomos, Dmitri Rogozine, a decisão foi "difícil, mas bem ponderada". Sua principal motivação é "a necessidade de maximizar a robustez de todos os sistemas e circunstâncias" relacionados à epidemia, disse, segundo o comunicado.

A situação na Europa "não permitiu que nossos especialistas visitassem as indústrias associadas", explicou. Jan Wörner, chefe da ESA, disse que deseja "ter 100% de certeza de que a missão será bem-sucedida".

"Não podemos permitir margem de erro. Mais verificações garantirão viagens seguras e os melhores resultados científicos em Marte", afirmou.

A Rússia fornece o lançador, o módulo de descida (com elementos europeus) e a plataforma de aterrissagem para a ExoMars, enquanto o robô é europeu. Ele irá perfurar o solo marciano e tentar encontrar sinais de vida passada no planeta vermelho.

Em agosto de 2019, a ESA já havia reconhecido que os problemas com o sistema de paraquedas da missão persistiam e declarou que temia um adiamento.

O rover planetário Mars 2020, que será lançado no próximo ano, buscará sinais de vida e também abrirá o caminho para para futuras missões tripuladas à Marte, informaram nesta sexta-feira cientistas da Nasa ao apresentar o veículo.

Do tamanho aproximado de um automóvel, o rover foi montado em um salão esterilizado no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, Califórnia, onde na semana passada se testou, com sucesso, seu sistema de direção.

Nesta sexta, a agência espacial mostrou a Mars 2020 a um grupo de jornalistas.

Segundo o cronograma, o veículo deixará a Terra em julho de 2020, após ser lançado de Cabo Cañaveral, na Flórida, e chegará a Marte em sete meses, em fevereiro de 2021, se tornando o quinto rover a pousar na superfície marciana.

"Está desenhado para procurar sinais de vida e leva uma série de diferentes instrumentos, que nos ajudarão a entender os contextos geológico e químico na superfície", disse à AFP Matt Wallace, subdiretor da missão.

A sonda carrega 23 câmeras, dois "ouvidos" que permitirão escutar o vento marciano, e lasers que serão utilizados para análises químicas.

O rover possui ainda braços articulados de quase dois metros e uma broca capaz de perfurar e abrir pedras em pontos que os pesquisadores identificam como potencialmente aptos para a vida.

O veículo é abastecido por pequeno reator nuclear.

Como seu antecessor, o Curiosity, o rover tem seis rodas, três de cada lado, o que lhe permite andar sobre terreno rochoso.

A velocidade não é um prioridade para este veículo, que deverá cobrir apenas 180 metros por "sol", ou dia marciano, que dura cerca de 40 minutos a mais que o dia terrestre.

- Vida passada -

"O que estamos procurando é uma antiga vida microbiana. Estamos falando de bilhões de anos em Marte, quando o planeta era muito mais parecido com a Terra", disse Wallace.

Nesta época corria água pela superfície de Marte, sua atmosfera era mais densa e havia um campo magnético, com o planeta sendo mais propenso a abrigar o tipo de vida unicelular que evoluiu na Terra no mesmo período.

As amostras recolhidas pelo Mars 2020 serão conservadas em tubos que o próprio veículo selará hermeticamente e permanecerão na superfície do planeta até que uma futura missão possa levá-los à Terra.

A missão está prevista para 2026 e ficará encarregada de recolher os tubos e colocá-los em um foguete que ficará orbitando Marte até se encontrar com outra sonda, que finalmente trará o material à Terra.

Tudo deve ocorrer em "uma década ou algo parecido".

- Missão tripulada -

Para maximizar as possibilidades de se encontrar sinais de vida passada, o rover realizará seu pouso em Marte em um delta chamado Jezero.

O local, escolhido após anos de debate científico, é uma cratera que tem menos de 50 km de diâmetro e que em algum ponto foi um lago de 450 metros de profundidade, que se conectava com uma rede de rios que fluíam há entre 3,5 e 3,9 bilhões de anos.

Os especialistas têm a esperança de encontrar antigas moléculas orgânicas.

A missão visa ainda um objetivo mais ambicioso: uma viagem tripulada à Marte.

"Penso sobre ela, na realidade, como a precursora de uma missão com humanos para Marte", disse Wallace.

O equipamento da Mars 2020 "nos permitirá criar oxigênio" que algum dia poderá ser usado por humanos para respirar ou como combustível para a "viagem de retorno".

O rover permanecerá ativo por ao menos um ano marciano, que dura aproximadamente dois anos terrestres.

A China realizou nesta quinta-feira (14) um teste com o equipamento de pouso que enviará em uma viagem de sete meses a Marte.

O aparelho, em forma de uma aranha gigante de quatro patas, desceu sobre uma base perto de Pequim em condições de gravidade semelhantes às do Planeta Vermelho.

Sob o olhar atento da imprensa e de diplomatas estrangeiros, o dispositivo realizou com sucesso a manobra para se aproximar do solo.

"Este ensaio é um teste importante da missão a Marte", disse o diretor da Administração Espacial Chinesa (CNSA), Zhang Kejian.

Ele disse ainda que o programa, em andamento desde 2016, está sendo desenvolvido "sem obstáculos", embora a data da decolagem, programada para ser realizada na ilha tropical de Hainan (sul), ainda não esteja definida.

A viagem vai durar sete meses, e o pouso, apenas sete minutos, segundo o diretor do programa da missão a Marte, Zhang Rongqiao, e será "a fase mais delicada de toda missão".

A sonda será lançada pelo foguete Marcha Longa 5 e transportará 13 tipos de equipamentos a bordo, incluindo seis veículos de exploração (rover), informou a CNSA.

"Os equipamentos serão usados para coletar dados sobre meio ambiente, morfologia, superfície, estrutura e atmosfera em Marte", explicou Zhang Rongqiao.

Segunda potência econômica mundial, a China quer recuperar seu atraso em relação aos Estados Unidos em questões espaciais. Hoje, investe mais nesse setor do que Rússia e Japão (cerca de US$ 8,4 bilhões, segundo estimativa da OCDE em 2017).

Este ano, a China se tornou o primeiro país do mundo a conseguir colocar uma sonda na face oculta da Lua.

Em 2022, a gigante asiática espera colocar em órbita uma grande estação espacial que deve se tornar a única no mundo, após a retirada programada em 2024 da Estação Espacial Internacional (ISS). Desta última, participam Estados Unidos, Rússia, Japão e Canadá.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da Coordenadora de Ensino de Ciências do Nordeste (Cecine), abriu inscrições para o curso de introdução à astronomia, que será ministrado pelo professor Antônio Miranda. De acordo com a instituição, 100 vagas são ofertadas para a nova turma e as inscrições podem ser realizadas online. A ordem de candidaturas será utilizada para preenchimento das vagas.

As aulas serão realizadas aos sábados, das 15h às 17h, e a previsão é de que o primeiro encontro se dê no dia 3 de agosto, no auditório da Cecine. O curso é gratuito e destinado ao público geral. Ainda de acordo com a Universidade, os participantes terão direito a certificado ao fim das aulas.

##RECOMENDA##

A Cecine está localizada na Avenida Economistas, 9, no bairro da Cidade Universitária, no Recife. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 2126-7030.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando