Tópicos | Mineradora

A Vale deverá anunciar na próxima semana um programa de investimentos de US$ 10,5 bilhões (excluindo pesquisa e desenvolvimento) para 2015, o que representará uma queda de US$ 3,3 bilhões em relação ao montante anunciado para 2014, segundo a média das estimativas de 11 instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, (BB-BI, BTG Pactual, Citi, Credit Suisse, Goldman Sachs, Itaú BBA, J.P.Morgan, Safra, Santander e duas casas que pediram para não serem identificadas). Se confirmado, esse será o quarto ano consecutivo de redução do orçamento de investimentos, após o pico de US$ 18 bilhões em 2011.

A queda brusca do preço do minério de ferro neste ano, que caiu praticamente pela metade, tem aumentado a pressão para maior rigidez no controle de custos e também a dúvida de como a mineradora irá equacionar uma forma de manter dividendos atrativos aos investidores.

##RECOMENDA##

Nos primeiros nove meses deste ano, os investimentos da Vale somaram US$ 8,2 bilhões, queda de 20,8% em relação a igual período do ano anterior. Embora a companhia afirme que os investimentos deverão acelerar na parte final do ano, a percepção do mercado é que a execução do orçamento não alcance aquele anunciado no fim do ano passado para este ano. A previsão média dos analistas é que os investimentos no ano fiquem em US$ 12 bilhões, US$ 1,8 bilhão a menos do que o previsto inicialmente.

Dividendos

O capex da Vale para 2015 tem sido um dos termômetros utilizados pelo mercado para se estimar os dividendos mínimos da companhia, já que a preocupação é se a mineradora terá fluxo livre de caixa para manter um yield (rendimento) ainda atrativo no atual cenário do mercado. Na média de seis casas, os dividendos a serem pagos pela mineradora no próximo ano serão de US$ 2,66 bilhões, ante US$ 4,2 bilhões em 2014.

Grande parte dos investimentos terá como destino a conclusão de seu maior projeto, o S11D, que consome o maior aporte da história da companhia, de US$ 19,5 bilhões, o que também impede que o capex seja radicalmente reduzido. Conhecido por Serra Sul, o projeto em Carajás tem seu início previsto para 2016 e, quando estiver em capacidade plena, irá alcançar uma produção de 90 milhões de toneladas anuais. A estimativa até o momento que a produção de minério da Vale saia de 321 milhões de toneladas em 2014 para 453 milhões em 2018.

Embora a derrocada dos preços do minério tenda a levar à conclusão de que os programas para aumentar a capacidade não têm sentido, a Vale vem reiterando que, nesse cenário, o início da produção do S11D é mais do que necessário, já que esse projeto irá garantir à companhia um minério de teor mais alto de ferro e a um custo muito mais baixo, o que, na prática, significará para a empresa perenidade mesmo diante de um ciclo de baixa dos preços do seu produto carro-chefe.

Os analistas do BTG Pactual Leonardo Correa e Caio Ribeiro destacam, em relatório a clientes, que a redução do capex contará com a ajuda do real depreciado. Isso porque a maior parte das receitas da companhia é em dólar, ao passo que a maior parte dos investimentos são realizados no Brasil. Em relação aos dividendos, os profissionais acreditam que, caso o preço do minério de ferro siga entre US$ 70 e US$ 80 a tonelada em 2015 e 2016, o que reduzirá o fluxo de caixa, haverá uma limitação para o pagamento de dividendos para aproximadamente US$ 2 bilhões, assumindo, ainda, que a empresa financie esse total com algum aumento de alavancagem.

Também em relatório os analistas do Credit Suisse Ivano Westin, Renan Criscio e Santiago Perez Teuffer afirmam que, em Nova York, em reunião marcada para a próxima terça-feira com analistas quando será anunciado o capex, a expectativa é que o foco da empresa seja mostrar oportunidades de desinvestimentos, iniciativas de redução de custos, aumento de produção de minério de ferro e dos metais básicos, além da redução dos investimentos, como forma de ajudar na geração de caixa livre, o que poderia abrir espaço para a manutenção de dividendos ainda atrativos. Apesar disso, os profissionais apontam que a redução dos dividendos em 2015 é inevitável.

Os investimentos da Vale, excluindo os aportes em pesquisa e desenvolvimento e aquisições, somaram US$ 3,177 bilhões no terceiro trimestre do ano, queda de 1,7% em relação ao registrado um ano antes. Na comparação com o intervalo imediatamente anterior, o montante investido subiu 28,7%.

Nos nove primeiros meses do ano, os investimentos chegaram em US$ 8,232 bilhões, queda de 20% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Do total de investimento no intervalo de janeiro a setembro, US$ 5,641 bilhões foram em execução de projetos e US$ 2,591 bilhões, em manutenção.

##RECOMENDA##

Até setembro, a Vale investiu cerca de 60% do orçado para 2014, de US$ 13,8 bilhões para execução de projetos e manutenção. No trimestre passado a companhia explicou que os investimentos cresceriam ao longo do segundo semestre. "Apesar da diminuição de US$ 1,560 bilhão no período indicar um capex mais baixo para 2014, tivemos uma forte aceleração nos desembolsos dos projetos no terceiro trimestre, quando comparado com o segundo trimestre, como esperado", disse.

Minério de ferro

Dos investimentos realizados no terceiro trimestre do ano, a área de negócio minério de ferro consumiu 60,9% do total investido. Carvão veio atrás, com 22,4% dos investimentos no período, seguindo de metais básicos (10%) e de fertilizantes (2,9%). A Vale informou, no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, que finalizou no trimestre a construção do centro de distribuição Teluk Rubiah, na Malásia, aumentando a competitividade no segmento de minério de ferro na parte oriental do mundo.

No mesmo documento a mineradora afirmou que o seu projeto S11S (Serra Sul) está avançando como o planejado, com o principal projeto alcançando 37% de avanço físico consolidado ao fim do terceiro trimestre. "Durante o trimestre, a Vale concluiu 83% da montagem eletromecânica dos módulos, iniciou a terraplanagem na mina e recebeu todos os britadores móveis, parte do equipamento para o sistema truckless no site", detalhou.

Minério

A Vale informou que o preço do minério de ferro no terceiro trimestre do ano foi de US$ 68,02 a tonelada, queda de 38% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior e conforme o esperado por analistas. Ante o trimestre anterior o valor recuou 19,6%. Já o preço médio no mercado à vista no trimestre, considerando o insumo com teor de 62%, foi de US$ 90,21 a tonelada, queda de 32% na relação anual.

Diante da queda do preço, a Vale informou que a receita operacional bruta do minério de ferro (fino) chegou a US$ 4,287 bilhões no intervalo de julho a setembro, recuo de 44% em relação a igual período do ano passado.

As importações de minério de ferro pela gigante asiática continuaram expressivas, com o volume até setembro deste ano somando 699 milhões de toneladas, aumento de 16% em relação a igual período do ano anterior. "Este aumento das importações beneficiou os players tradicionais (Austrália, Brasil e África do Sul) num momento em que suas produções se expandiram, mas não foi suficiente para diminuir estoques de produtores de alto custo, que continuam a operar com margens menores e, às vezes, até negativas, esperando uma recuperação dos preços", diz no documento.

A Vale concluiu a transferência de 26,5% do capital total da empresa de logística VLI para o fundo de investimento da Brookfield Asset Management, por R$ 2 bilhões. Como resultado da conclusão da transação, anunciada em 23 de dezembro de 2013, a Vale detém 37,6% do capital total da VLI.

Em abril, a Vale completou as transações com a Mitsui e o FI-FGTS, nas quais foram transferidos 20% do capital total da VLI para a Mitsui e 15,9% para o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS (FI-FGTS).

##RECOMENDA##

Os investimentos da Usiminas no segundo trimestre do ano somaram R$ 261 milhões, igual valor aportado no mesmo período do ano anterior, informou a companhia na manhã desta quinta-feira, 24. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, quando os investimentos somaram R$ 238 milhões, houve alta de 10%. A empresa explica, em relatório de resultados, que houve um incremento de investimentos com manutenção e com a reforma da Coqueria II em Ipatinga, na unidade de Siderurgia.

Do total dos investimentos no período de abril a junho foram aplicados 86% na unidade de siderurgia, 11% na mineração, 2% na transformação do aço e 1% em bens de capital.

##RECOMENDA##

Dívida

A Usiminas apresentou ao final de junho uma dívida líquida de R$ 3,813 bilhões, um aumento de 2% em relação ao encerramento de março e um avanço de 11% na comparação com o final de dezembro de 2013. No período, houve queda na linha "caixa e aplicações", que ficou em R$ 2,894 bilhões ao final do segundo trimestre. No encerramento do primeiro trimestre, o valor era de R$ 2,913 bilhões e no final de 2013, R$ 3,468 bilhões.

O indicador de alavancagem da empresa, calculado pela razão dívida líquida sobre Ebitda, se manteve em 1,7 vez ao fim de junho ante o encerramento de março. A dívida bruta, por sua vez, ficou em R$ 6,708 bilhões ao fim de junho, alta de 1% em relação a março e queda de 3% na relação com dezembro de 2013.

A composição da dívida por prazo de vencimento era de 23,6% no curto prazo e 76,4% no longo prazo. A composição por moeda representava 64,5% nacional e 35,5% em moeda estrangeira.

Câmbio

No segundo trimestre, a Usiminas teve um efeito cambial positivo em R$ 41,856 milhões. O valor é menor do que a receita de R$ 64,83 milhões do primeiro trimestre, devido a uma menor valorização do real ante o dólar no período, mas reverteu o efeito negativo de R$ 184,230 milhões do segundo trimestre de 2013.

Ao mesmo tempo, as despesas financeiras da Usiminas no segundo trimestre ficaram em R$ 87,584 milhões ante R$ 76,832 milhões do primeiro trimestre e de R$ 276,311 milhões do segundo trimestre de 2013. Os itens influenciaram diretamente no resultado financeiro líquido do período. Entre abril a junho, o resultado financeiro líquido da Usiminas ficou negativo em R$ 58,561 milhões ante R$ 18,057 milhões do primeiro trimestre e de R$ 276,311 milhões do segundo trimestre de 2013.

Vendas

O mix de vendas da Usiminas do total da receita líquida de R$ 3,106 bilhões no segundo trimestre do ano ficou em 12% para exportações e 88% para o mercado doméstico. No mesmo período do ano passado, esses porcentuais eram de 8% e 92%, respectivamente. No primeiro trimestre, as exportações ficaram com uma fatia de 13% e o mercado interno, 87%. Já entre janeiro e junho, a receita líquida da companhia foi 13% gerada nas exportações e 87% ao mercado interno, porcentuais iguais aos dos primeiros três meses do ano.

Os Custos dos Produtos Vendidos (CPV) no segundo trimestre foram de R$ 2,772 bilhões, aumento de 4,1% ante R$ 2,622 bilhões do primeiro trimestre e recuo de 3,3% ante os gastos de R$ 2,868 bilhões do segundo trimestre de 2013. O avanço com relação ao trimestre imediatamente anterior foi devido ao aumento de volume de vendas na unidade de siderurgia, ao custo de mão de obra e de serviços de terceiros com operação e manutenção. No primeiro semestre, o CPV da Usiminas somou R$ 5,394 bilhões, queda de 7,9% ante as despesas de R$ 5,885 bilhões de janeiro a junho do ano passado.

A Vale produziu ao longo do segundo trimestre 61,7 mil toneladas métricas de níquel em suas instalações, segundo relatório de produção divulgado nesta quinta-feira, 24. O resultado representou queda de 5,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e de 8,6% sobre o primeiro trimestre deste ano.

De acordo com a Vale, o resultado refletiu principalmente o impacto da manutenção realizada na planta de ácido e nos fornos em Sudbury, no Canadá. A empresa cita ainda um acidente na unidade, em 6 de abril. "Encerramos as operações, a fim de realizar uma investigação completa", explica a Vale, lembrando que após as investigações as operações foram retomadas por um breve período, entrando em manutenção por quatro meses. A mina de Clydach também realizou manutenção planejada.

##RECOMENDA##

De abril a junho a produção de níquel em Sudbury foi 49,2% menor que no mesmo trimestre do ano passado. "Durante o período de manutenção programada deste ano em algumas instalações de beneficiamento, as minas de Sudbury - que são o gargalo daquele sistema - não pararam de produzir, acumulando estoque de minério e concentrado a ser fundido e refinado, no segundo trimestre do ano", informou.

Como consequência, diz a Vale, é esperada uma produção mais forte de níquel refinado no segundo semestre, compensando a menor produção planejada no 2T14.

Ao todo, a produção de níquel da Vale nas minas do Canadá caiu 23,5% ante o segundo trimestre de 2013. A companhia destaca que Long Harbour atingiu em 14 de julho um marco importante com a produção do primeiro níquel acabado. Nas operações da Nova Caledônia o recuo foi de 30,6%. Já na Indonésia houve alta de 16%.

A Vale está ameaçando abandonar uma importante organização do setor minerador em meio a uma disputa com a concorrente Rio Tinto referente a um grande ativo de minério de ferro na Guiné.

A mineradora brasileira enviou uma carta ao Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, pelas iniciais em inglês) sobre sua filiação à entidade, que é formada pelas 22 maiores empresas globais do setor, incluindo a própria Vale, Rio Tinto, BHP Billiton e Glencore.

##RECOMENDA##

"Estamos em conversações sobre a participação (da Vale)", disse uma porta-voz do ICMM. Ela se recusou a dizer quando a carta foi recebida ou a comentar mais sobre seu conteúdo. Uma porta-voz da Vale admitiu o envio da carta ao ICMM, mas não fez comentários.

Segundo três pessoas com conhecimento da situação, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, ameaçou deixar o ICMM, do qual ele é conselheiro, por causa de um processo judicial da Rio Tinto contra a empresa brasileira.

A Rio Tinto abriu o processo contra a Vale e o bilionário israelense Beny Steinmetz no final de abril. A empresa anglo-australiana acusa a Vale e Steinmetz - além do ex-ministro de mineração da Guiné Mahmoud Thiam e Mamadie Touré, esposa do ex-presidente do país Lansana Conté - de terem feito um conluio para roubar da Rio Tinto metade da concessão de minério de ferro de Simandou. Localizado na Guiné, Simandou é um dos maiores ativos não desenvolvidos de mineração do mundo.

A Vale e o braço minerador de Steinmetz, a BSG Resources, negam as acusações, assim como Thiam. Mamadie Touré não foi encontrada para comentar sobre o processo.

Se a Vale de fato deixar o ICMM, será a primeira vez que uma grande mineradora o fará desde que o conselho foi fundado, em 2001. A entidade costuma promover encontros de executivos do setor minerador duas vezes ao ano, normalmente em maio e outubro. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Vale ainda terá um longo caminho na briga para reaver o montante pago quando aderiu ao programa de refinanciamento de dívidas (Refis). Mesmo com decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou ilegal a forma como o governo cobrava impostos de algumas operações da Vale no exterior, advogados consideram bastante difícil que a empresa consiga a restituição do valor pago à Receita.

Em novembro passado, a Vale aderiu ao Refis. Com isso, a mineradora conseguiu reduzir pela metade um contencioso de R$ 45 bilhões. Pagou à vista R$ 5,965 bilhões e se comprometeu com R$ 16,36 bilhões em 179 parcelas mensais.

##RECOMENDA##

Apesar do acordo, a mineradora continuou questionando a tributação . Disse que, caso obtivesse vitória no julgamento, pleitearia a devolução dos valores já pagos, além de interromper a quitação das parcelas.

"Essa é uma discussão nova e, nesse sentido, a Vale poderá sim reaver o dinheiro", disse o advogado especialista em tributação de um grande escritório, que preferiu não se identificar. Segundo ele, a Receita deverá usar o argumento de que a Vale, ao aderir ao Refis, fez uma "confissão de dívida", o que também pode ser um entendimento válido.

Para a advogada tributarista Renata Nunes de Lima Correia, do Siqueira Castro Advogados, a lei do Refis é clara ao dizer que a opção pelo parcelamento importa na confissão dos débitos de forma irretratável e irrevogável. "Não existe previsão legal de entrar no Refis e reaver o que pagou", diz Renata.

Para outro advogado de um grande escritório, a jurisprudência dos tribunais é contrária à Vale, no sentido de não permitir que as empresas que aderiram a refinanciamento ou anistias públicas desistam disso depois de se beneficiarem das condições normalmente vantajosas dos programas.

"O Judiciário tem entendido que a volta atrás não é viável", diz. Na avaliação do profissional, a mineradora só deve parar de pagar as parcelas do Refis após uma decisão definitiva da Justiça.

Receita Federal

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, disse ontem que não está considerando devolver para Vale valores pagos pela mineradora em impostos. Sobre a vitória da Vale no STJ na disputa com o governo, Barreto afirmou que a Procuradoria Geral da Fazenda vai recorrer da decisão.

Procurada pela reportagem, a Vale afirmou que não comentaria o assunto. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Do avião, na chegada à capital maranhense, já é possível ver a mega estrutura que avança pela Baía de São Marcos. É o Píer IV do Terminal de Ponta da Madeira, da Vale. Com 1,6 mil metro, é apenas uma pequena amostra do terminal que pertence à mineradora brasileira e ocupa uma área de 18,3 quilômetros quadrados. A construção do quarto píer é um dos projetos no orçamento de R$ 7 bilhões da companhia para logística portuária até 2017.

O montante equivale a 38% do que foi investido pela iniciativa privada no setor portuário brasileiro entre 2005 e 2012, segundo dados da Inter.B Consultoria. Desde 2010, a Vale executou R$ 1,5 bilhão desse total. Portanto, o maior esforço será concentrado entre 2014 e 2017.

##RECOMENDA##

Determinada a retomar o crescimento de sua produção de minério de ferro e priorizar megaprojetos como Serra Sul, em Carajás, a Vale prepara seus portos para escoar os novos volumes. A logística portuária é peça fundamental no desafio do grupo por competitividade no mercado externo, em especial na Ásia. Geograficamente, ela está em desvantagem frente às rivais australianas, que chegam à China em 15 dias. Os navios brasileiros precisam de 45. A meta é compensar isso com produtividade e minério de alta qualidade.

O plano estratégico dos terminais começou a ser desenhado em 2007. “Era preciso modernizar nossos portos, que estavam virando quarentões”, diz Fábio Brasileiro, diretor de planejamento e desenvolvimento de logística da Vale. Após os aportes, a capacidade de embarque de minério de ferro da Vale crescerá quase 40%. “O objetivo é garantir que a capacidade logística esteja sempre à frente da produção.” Iniciados em 2010, os investimentos englobam de revitalização elétrica a adoção de simuladores de empilhadeiras.

O Terminal de Ponta da Madeira receberá R$ 4,8 bilhões (70% dos R$ 7 bilhões). De lá, é embarcado o minério produzido em Carajás, onde está o maior projeto de expansão da história da Vale, o Serra Sul. Orçado em US$ 19,6 bilhões, elevará em 90 milhões de toneladas de minério ao ano a capacidade de produção da empresa: é atingir em cinco anos um patamar de produção que a Vale levou três décadas para conquistar.

Logística

A capacitação logística do Serra Sul consumirá US$ 11,6 bilhões, mais que o desenvolvimento da mina e da planta de processamento. O projeto engloba a construção de 570 km na Estrada de Ferro Carajás e a expansão de Ponta da Madeira, inaugurado em 1986.

As obras começaram em 2010 com a construção do Píer IV. A primeira etapa terminou em agosto, quando o berço sul começou a operar. Mais moderna que seus pares, essa área do Píer IV recebe os Valemax, navios desenvolvidos pela Vale, capazes de transportar 400 mil toneladas de minério de ferro.

Eles operam no sistema “single-pass”, enchendo um porão de uma só vez, sem a necessidade de movimentar o carregador de navios. “A nova tecnologia já permitiu um ganho de 15% no tempo de carregamento dos navios e isso vai aumentar”, diz Cláudio Mendes, diretor de Operações Porto Norte da Vale.

Em janeiro, a companhia iniciou a construção do segundo berço, o Píer IV Norte. Quando ficar pronto, a Vale poderá receber cinco navios ao mesmo tempo em Ponta da Madeira - três Valemax. A meta é manter a situação atual de estoque zero.

À medida em que o Sistema Norte ganhar corpo com Serra Sul crescerá a relevância de Ponta da Madeira. A ideia é que as intervenções no Píer IV e a renovação das áreas antigas terminem no segundo semestre de 2017. O terminal passará a receber até 30 trens/dia, um salto de três vezes, e escoará dois terços da produção da Vale, superando Tubarão (ES) e os portos do Rio, com os quais hoje divide embarques igualmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Vale anuncia a chegada do primeiro navio Valemax no terminal marítimo e centro de distribuição Teluk Rubiah, na Malásia, que está em fase de comissionamento. O navio Berge Everest foi carregado com 382,5 mil toneladas de minério de ferro, que serão armazenados no centro de distribuição para futuros embarques comerciais. A companhia prevê iniciar as operações do centro de distribuição no segundo semestre de 2014.

"Com um investimento total de US$ 1,371 bilhão, Teluk Rubiah faz parte da estratégia de negócios da Vale de investir em alta eficiência, sistemas de produção e logística integrada que visam melhorar a capacidade da empresa em gerar soluções customizadas para seus clientes na Ásia e no Sudeste Asiático", explica o comunicado.

##RECOMENDA##

Quando concluída, a primeira fase do centro de distribuição da Malásia terá uma capacidade de 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

A mineradora Glencore Xstrata está perto de fechar um acordo sobre a venda multibilionária do projeto de cobre peruano Las Bambas para um consórcio chinês e pode anunciar a transação nesta terça-feira, 18, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

As fontes afirmaram que os diretores da Glencore e da China Minmetals, estatal de cobre que lidera o consórcio, vão se reunir na terça em Londres. Se tudo acontecer como esperado, a venda da mina Las Bambas será anunciada após a reunião.

##RECOMENDA##

A Glencore Xstrata concordou em vender a mina peruana para obter aprovação do Ministério do Comércio da China à compra da Xstrata pela Glencore International - uma operação que criou a quarta maior mineradora do mundo e a maior operadora de commodities.

Se for assinado, o acordo será a maior aquisição de um ativo de mineração internacional pela China desde 2008, quando a estatal Aluminum Corp. of China, ou Chinalco, comprou uma fatia de 12% na anglo-australiana Rio Tinto por US$ 14 bilhões, de acordo com dados da Dealogic.

O consórcio chinês se tornou o principal interessado em Las Bambas no começo deste ano e na ocasião fontes afirmaram que a mina poderia ser vendida por mais de US$ 5 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Vale ampliou a distância na posição de maior exportadora brasileira em relação à segunda colocada, a Petrobras. No intervalo de janeiro a julho a mineradora registrou as exportações de US$ 14,395 bilhões, 111% a mais do que as receitas geradas pela petrolífera (US$ 6,817 bilhões). No primeiro semestre a diferença acumulada era de 106%, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

O total exportado no acumulado dos sete primeiros meses pela Vale é praticamente estável em relação ao observado no mesmo período do ano anterior (+0,33%). No caso da Petrobras houve um recuo de 48,35% ante as receitas obtidas em igual período do ano passado.

##RECOMENDA##

Considerando apenas o mês de julho, as exportações da Vale somaram US$ 2,233 bilhões, recuo de 8,15% em relação ao registrado no mesmo mês de 2012. Já as exportações da Petrobras no mês passado chegaram a US$ 924,128 milhões, retração de 47,36%.

Em julho o preço médio do minério de ferro praticado ficou em US$ 89,8 a tonelada, recuo de 13,9% ante o mesmo intervalo do ano passado. Ante junho o preço médio ficou 9,5% menor.

Depois de Vale e Petrobras, que encabeçam a lista dos maiores exportadores do País, estão Bunge, Cargill e BRF.

Déficit - De janeiro a julho, com as exportações em queda, o déficit comercial da Petrobras subiu mais uma vez. As importações da petrolífera atingiram US$ 25,329 bilhões no período, resultando em um déficit de US$ 18,512 bilhões. A Petrobras é, de longe, a maior importadora do País, aponta o Mdic.

O presidente e diretor de relações com Investidores da MMX, Carlos Gonzalez, afirmou hoje que a companhia pretende focar no projeto Serra Azul, em Minas Gerais. Nesta quinta-feira, 15, o executivo considerou necessária a expansão do projeto.

Segundo ele, a companhia aguarda apenas o fim do processo de busca de um novo sócio para a MMX pelo atual controlador Eike Batista para definir o plano de negócios. Gonzalez acredita que o importante é que esse processo seja rápido para diminuir a ansiedade em relação aos rumos da mineradora.

##RECOMENDA##

O presidente explicou que a MMX considera atualmente os custos do projeto Corumbá elevados e, por isso, estuda a venda do ativo. Sobre o Porto Sudeste, o executivo informou que 92% da primeira linha já estão concluídos e que a unidade deve começar a operar até o final do ano.

O diretor executivo de Finanças da Vale, Luciano Siani, explicou nesta quinta-feira, 8, que a mineradora economiza cerca de US$ 700 milhões por ano em despesas a cada alta de 0,10 do dólar frente ao real. Em teleconferência com analistas, o executivo lembrou que a tendência do câmbio pode beneficiar a estratégia da companhia de redução de custos. Atualmente, a Vale desenvolve o megaprojeto de Serra Sul, em Carajás, orçado em quase US$ 20 bilhões.

Além do câmbio, Siani destacou que a estratégia de redução de custos leva em conta ainda a expectativa de aumento da competitividade, a revisão do escopo dos contratos de venda e a busca de pacotes maiores de compras junto aos fornecedores.

##RECOMENDA##

Além disso, lembrou que os custos com o projeto Rio Colorado, suspenso este ano na Argentina, devem se esgotar no segundo semestre de 2013.

MIX DE CONTRATOS - O diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, disse, nesta quinta, durante teleconferência com analistas, que o mix de contratos de vendas de minério de ferro está estável, mas que existe uma tendência para que a precificação futura aumente.

"O mix de contratos está estável. Existe uma diferença de trimestre para trimestre mais por um cronograma de contrato, do que uma mudança de forma de venda", disse o executivo. Segundo Martins, os clientes chineses estão em grande parte utilizando os contratos com preços futuros, o que retirou incertezas no processo. "Quando o preço caia, o cliente não queria cumprir contratos. Agora estamos em pé de igualdade, nos deu mais estabilidade em nosso processo", disse.

O diretor da Vale destacou ainda que o mix de vendas, dessa forma, não deve se alterar "substancialmente", mas que a tendência é sim que mais clientes utilizem a precificação futura.

Martins disse também que o preço do minério no terceiro trimestre está, até aqui, em uma média no mercado spot de US$ 128, ou seja, acima do apresentado no segundo trimestre.

PROJEÇÃO DE PRODUÇÃO - Quanto à projeção de produção de minério de ferro para 2013, José Carlos Martins disse que a Vale mantém a sua meta de 306 milhões de toneladas, apesar do desempenho apresentado no primeiro semestre do ano.

"Não tivemos um desempenho muito positivo no primeiro semestre, mas mantemos o nosso plano, estamos desenvolvendo a produção, o terceiro trimestre está caminhando bem e estamos confiantes que iremos alcançar o que projetamos", disse.

No primeiro semestre do ano a Vale produziu 140,761 milhões de toneladas de minério de ferro, queda de 6,5% em relação a igual período do ano passado.

MERCADO DE POTÁSSIO - O diretor executivo de Fertilizantes e Carvão da Vale, Roger Downey, acredita que o Brasil é a nova China no mercado de potássio. "O desafio hoje é buscar projetos que permitam fornecer potássio para esse mercado", afirmou o executivo, em teleconferência com analistas.

Para Downey, o importante é a companhia estar perto do mercado consumidor. O diretor lembra que a Vale já opera a mina de Taquari-Vassouras, no Sergipe. Com mais de 20 anos, a produção da unidade é pequena, mas ele ressalta que a mina é importante por estar situada dentro do Brasil.

Segundo ele, o noroeste brasileiro caminha para ser o maior mercado de potássio do mundo.

O empresário Eike Batista acentuou sua corrida contra o tempo para conseguir reestruturar o capital das empresas do Grupo X, em meio à falta de confiança do mercado, ações em queda livre, metas não cumpridas e ruídos em relação à saúde financeira de suas seis companhias listadas em bolsa. De um lado, ele negocia a venda de ativos. De outro, reduz sua exposição nas empresas, levantando novas dúvidas em relação ao futuro das companhias.

A dívida das empresas ultrapassava R$ 10 bilhões no fim do primeiro trimestre, apenas contabilizando os principais bancos de varejo, conforme dados dos balanços das companhias. Segundo fontes de mercado, entre os maiores credores estão Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e BTG Pactual.

##RECOMENDA##

No exterior, investidores já chegaram a trabalhar com a hipótese de calote da OGX, do setor de óleo e gás. Internamente, especula-se qual será a estratégia do empresário para retomar a confiança. A falta de resposta derrubou as ações na bolsa este ano: OGX , queda de 80%; MXX, 70%; OSX , 86%; LLX , 60%; MPX, 30%; e CCX 60%.

As empresas X já estão negociando alguns de seus ativos. Na segunda-feira (24), em fato relevante, a MMX informou que avalia oportunidades de negócio, incluindo a venda de ações detidas pelo seu acionista controlador, assim como a de ativos. Há 15 dias, Eike vendeu 2,2% da sua participação na OGX. Antes disso, a E.ON adquiriu quase 24,5% de Eike na MPX Energia. Há duas semanas circulam rumores sobre a possibilidade de venda do porto Sudeste, da MMX, considerado como o melhor ativo da mineradora. A interessada seria a Glencore.

Numa entrevista sobre a parceria fechada em março entre o BTG Pactual e o grupo EBX, o banqueiro André Esteves disse que uma menor participação de Eike nas empresas do império X não significa que ele perderá o controle do grupo. A missão do BTG é reorganizar o grupo EBX, buscando parceiros estratégicos ou financeiros para as empresas.

No mercado, no entanto, há quem aposte que o esforço de renegociação das dívidas do Grupo X deve resultar não apenas numa nova estrutura de capital, mas também na saída de Eike do controle dos negócios. Entre os investidores de bonds, a percepção é de que a falta de transparência no processo tem gerado mais dúvidas em relação à saúde financeira e à sustentabilidade das empresas.

Dívidas

Há dez dias, o empresário enviou comunicado à imprensa afirmando que “a EBX concluiu a reestruturação da sua dívida, existindo tão somente dívidas com vencimento de longo prazo, em clara evidência ao elevado comprometimento do Grupo EBX para com as obrigações perante os seus stakeholders”. Procurada, a MMX se limitou ao fato relevante. A OGX afirmou que suas dívidas, na maioria, são “de longo prazo, concentradas entre 2018 e 2022” e que a “companhia no momento não está estudando sua renegociação”. Já a CCX, OSX, MPX e LLX não retornaram até o fechamento desta reportagem. Entre os bancos, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Bradesco disseram que não comentariam o assunto. A Caixa não retornou.

A pressão sobre os bônus externos com vencimento em 2018 e 2022 da OGX aumentou quando os papéis começaram a se aproximar de níveis técnicos que embutem percepção de reestruturação ou calote. A notícia de que Eike vendeu 2,2% na OGX foi a propulsora do movimento. Depois, vieram rumores sobre a reestruturação da dívida de companhias do grupo EBX. Na sequência, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a perspectiva do rating da OGX para a categoria C, que indica a possibilidade de não honrar suas dívidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O elevado custo de produção fez o Ebitda da mineradora MMX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista, recuar 71% no primeiro trimestre deste ano frente igual período de 2012, para R$ 3,1 milhões. Segundo o presidente da MMX, Carlos Gonzalez, a empresa trabalha para melhorar a geração de caixa com melhorias na eficiência operacional e fatores pontuais, como a operação da mina de Corumbá e os investimentos no Porto Sudeste, no Rio, "penalizaram" o Ebitda.

Em Corumbá, a empresa priorizará o cumprimento de contratos, segundo Gonzalez, voltados para o mercado local e para a Argentina. "Esse resultado negativo de Corumbá reflete o estoque (elevado) do porto, que precisava ser vendido no mercado externo e acabou penalizando o resultado no trimestre", afirmou Gonzalez nesta terça-feira, 30, em teleconferência com analistas.

##RECOMENDA##

Já os investimentos do Porto Sudeste tiveram que ser contabilizados como despesas. "O Porto Sudeste incorre em gastos e despesas pré-operacionais que precisam entrar como despesa no balanço", disse Gonzalez, reafirmando o prazo de começar a operar o porto no fim deste ano.

Projeto

O projeto do Porto Sudeste, em construção, no Rio, pela mineradora MMX, consumirá mais R$ 500 milhões em investimentos até o fim do ano. No primeiro trimestre do ano, o investimento foi de cerca de R$ 150 milhões, destacou o presidente da companhia, garantindo que a revisão do plano de negócios da empresa ficará pronto até o fim de junho. "Temos já uma empresa contratada e estamos fazendo a revisão plano negócios", afirmou Gonzalez.

A Vale quer colocar um ponto final esta semana nas negociações com o governo argentino em torno do projeto de potássio Rio Colorado, suspenso no começo de março. Nesta quinta-feira, 25, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, deixou claro não ter planos de voltar atrás e retomar o investimento.

"Esperamos que, com essas discussões, que estão em curso esta semana, a Vale deixe a Argentina da forma mais serena e pacífica possível e que o projeto Rio Colorado seja implantado, mas por outros sócios", afirmou, em entrevista por teleconferência.

##RECOMENDA##

Segundo ele, executivos da Vale estiveram no Congresso argentino para explicar os motivos que levaram a companhia a suspender o investimento. Apesar dos argumentos apresentados, o governo local lançou mão de uma lei pela qual a empresa deve postergar por 20 dias a rescisão dos contratos de fornecimento de serviços e equipamentos para o projeto. Uma decisão que onera o caixa da empresa.

"Queremos sair adimplentes com empregados e fornecedores", afirmou. O problema, ponderou, é que a subsidiária Vale Argentina não tem receitas próprias e depende de aportes da controladora, no Brasil. "Os compromissos exigem remessas para a Argentina e os recursos estão se exaurindo naquele país", revelou.

Orçado inicialmente em US$ 5,9 bilhões, o projeto irá consumir US$ 611 milhões dos cofres da Vale este ano. A cifra inclui o pagamento de compromissos a serem honrados, salários de funcionários e impostos para que a companhia mantenha os direitos minerários na região. Questionado, o executivo não quis comentar possíveis desdobramentos da reunião entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, nesta quinta-feira, na Argentina.

Venda

Durante a maratona de teleconferências que promoveu para detalhar o resultado financeiro no primeiro trimestre, Ferreira revelou que a companhia pretende encaminhar até junho ao conselho de administração a proposta de venda de uma fatia na Vale Logística Integrada (VLI).

"Essa é uma empresa bastante atraente e isso se refletiu na procura de players (investidores) internacionais no processo", contou. O executivo se mostrou confiante no sucesso da venda da VLI, que, segundo ele, tem um projeto de logística muito "robusto". Mas não quis adiantar sobre a fatia acionária que será negociada.

Conforme o executivo, quem vai bater o martelo será o conselho de administração. No mercado financeiro, a expectativa é de que a Vale se desfaça de uma participação equivalente a US$ 1 bilhão.

O ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, disse nesta terça-feira, após uma reunião com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, que equipes designadas pelos governos dos dois países estão "trabalhando intensamente" para encontrar uma solução para as dificuldades da mineradora Vale em um projeto de extração de potássio na região de Mendoza, na Argentina.

Orçado em quase US$ 6 bilhões, o projeto está em fase de reavaliação desde dezembro. Segundo fontes, dois representantes do governo argentino e outros dois do lado brasileiro procuram uma saída para viabilizar a continuidade do investimento da Vale no local.

##RECOMENDA##

Do lado brasileiro, os negociadores são o ministro do Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel, e o secretário Extraordinário de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. O nome dos representantes argentinos não foram informados.

"As equipes designadas pelas presidentes Cristina Kirchner e Dilma Rousseff estão trabalhando intensamente para que a Vale continue na Argentina, continue com seus investimentos em um projeto que, consideramos, trará muitas satisfações para ambos, os investidores e a República Argentina. Estamos nessa situação", afirmou Timerman.

A Vale esclareceu nesta quinta-feira por meio de comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que não anunciou a suspensão do Projeto Rio Colorado, na Argentina. A empresa disse que prorrogou o recesso de fim de ano dos trabalhadores, enquanto analisa variações nos fundamentos econômicos do empreendimento.

O diretor de Planejamento de Produção de ferrosos da Vale, Wagner Loyola, prevê que a mineradora feche 2012 com uma produção de 312 milhões de toneladas. Se concretizada a estimativa, o número será próximo ao obtido em 2011, quando foi de 311,8 milhões de toneladas.

Do total previsto para 2012, 118 milhões virão do sistema Sudeste, 111 milhões do sistema Sul, 77 milhões do sistema Sul e 6 milhões do sistema Oeste.

##RECOMENDA##

O executivo lembrou que a companhia trabalha atualmente em vários projetos de expansão simultaneamente, que somados chegam a 170 milhões de toneladas. O principal é o de Serra Sul, em Carajás no Pará, que foi programado para agregar 90 milhões de toneladas de capacidade à Vale.

A mineradora divulgará o relatório de produção referente ao terceiro trimestre de 2012 no dia 17, próxima quarta-feira, após o fechamento dos mercados.

A Glencore International está preparada para abandonar a fusão com a Xstrata para evitar ser forçada a aumentar o valor do acordo, diz o jornal Sunday Telegraph citando o executivo-chefe da companhia, Ivan Glasenberg. O jornal diz que Glasenberg, que tem 15,8% de participação na Glencore, não quer elevar o valor da fusão para além do originalmente aceitado.

Na sexta-feira, o Qatar Holding, fundo soberano do Catar, que tem uma fatia de quase 11% na mineradora Xstrata, se opôs aos termos atuais do acordo de fusão da companhia com a Glencore. Segundo o fundo, a oferta deveria ser melhorada para que cada ação da Xstrata seja trocada 3,25 ações da Glencore, em vez da proposta original de 2,8 ações.

##RECOMENDA##

Segundo fontes, o fundo do Catar está unindo forçar com outros acionistas da Xstrata, como Fidelity, Standard Life Investments e Schroder Investment Management, que dizem que o acordo com a Glencore deprecia a mineradora. Juntos, esses investidores têm uma fatia de quase 3% na Xstrata. As informações são da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando