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Quinto reforço do Vasco para a temporada de 2021, o atacante Morato foi apresentado nesta segunda-feira. Em coletiva de imprensa virtual, ele recebeu a camisa 10 do diretor de futebol Alexandre Pássaro, e enalteceu o novo clube ao explicar o motivo de ter aceitado a proposta.

"É o Vasco, cara. É o Clube de Regatas Vasco da Gama, não tem muito o que dizer, não. Além do projeto desse cara aqui (Alexandre Pássaro), meu amigo, que se tornou próximo. Acreditei naquilo que ele me passou. Mas o motivo é o Vasco, com certeza. Falou mais alto que muitas outras propostas que recebi nesse período", argumentou o jogador, emprestado pelo Red Bull Bragantino até o final de 2021.

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Pássaro, por sua vez, explicou por que a negociação foi arrastada e demorou para ser concretizada. "Há algumas semanas estava tudo certo, ele estava apenas terminando uma recuperação, queria chegar voando. Isso eu vi no treino, está muito bem. Ele precisa só de mais alguns dias extras. Ele tinha muitas propostas. E se o Vasco é para quem acredita, o Morato acreditou muito no Vasco. Merece todo nosso respeito", comentou o dirigente sobre o atleta, que endossou a declaração de Pássaro.

"Eu já vinha conversando com Pássaro. Não foram poucas especulações. Era uma questão de eu fazer o tratamento em São Paulo. Não tinha lógica chegar com um problema e encontrar no DM logo na chegada. Isso foi bem esclarecido. Estou aqui, estou bem, preciso de alguns dias treinando com a galera para conhecer o elenco mais a fundo e estrear em breve", disse o novo camisa 10 vascaíno.

Andrew Eric Feitosa, de 28 anos, é chamado de Morato como uma referência à cidade onde nasceu: Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. Com passagem por Mogi Mirim, Boa e Cascavel, o atacante começou a se destacar no cenário nacional pelo Ituano, em 2016, com boas exibições na Série D do Brasileiro e no Estadual do ano seguinte.

Seu desempenho o levou ao São Paulo por empréstimo. Em 2018, Morato voltou a ser emprestado, dessa vez para o Sport. Retornou ao Ituano em 2019, fez boas apresentações no Campeonato Paulista e acabou despertando o interesse do Red Bull Bragantino, onde participou da campanha do acesso à Série A no mesmo ano e da classificação para a Copa Sul-Americana, em 2020.

Agora, o atacante, que assegurou jogar "em qualquer lado ofensivo do campo", chega para ser mais uma peça da reformulação do Vasco, cujo principal objetivo em 2021 é conseguir o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

"É um momento de reconstrução. Tem que ter um pouco de paciência. Precisamos de tempo, faz parte do processo. Hoje não estamos legal na competição, mas o torcedor leva em consideração esse período de reconstrução, nova gestão, novos jogadores, mas tem tudo para as coisas acontecerem", ponderou o jogador.

REFORÇOS - Na entrevista, Alexandre Pássaro falou sobre a busca para reforçar o elenco e prometeu trazer mais "um ou dois jogadores para este momento". Além de Morato, já chegaram o zagueiro Ernando, o lateral-esquerdo Zeca, o meia-atacante Marquinhos Gabriel e o atacante Léo Jabá.

"A nossa reconstrução é constante. Mas agora com a chegada desses jogadores o Vasco começa a ganhar uma cara, uma identidade. Ainda não tivemos todos a disposição, por escolha nossa e estratégia, pensando em momentos chaves mais à frente. Naquele momento pós-estadual, vamos buscar peças pontuais, de acordo com nossas observações em relação ao elenco. Mas nesse momento devem chegar mais um ou outro reforço para o Estadual", afirmou.

Em complemento à sua resposta, o diretor de futebol assegurou que "a espinha do Vasco será formada até o início da Série B" e que, depois desse período, a ideia é fazer "movimentos de encaixes" no elenco.

Sobre o prazo para o pagamento de salários atrasados, ele garantiu que o clube "está trabalhando muito" para "colocar a casa em ordem". "É uma situação histórica, que a gente vem tentando resolver. A gestão do Salgado tem um mês de salários vencidos. Eu estava em reunião com ele agora há pouco. Toda segunda de manhã nos reunimos, fora inúmeras ligações por semana. Nossa grande dificuldade é fazer as duas coisas. Deixar o salário em dia e reorganizar essa carga histórica", pontuou Pássaro.

Na vice-lanterna da Série A do Campeonato Brasileiro, cada jogo para o Sport agora será uma luta para se manter na primeira divisão. O próximo desafio do Leão será diante do Atlético-MG, no domingo (30), às 16h, no Indepêndencia. A partida será válida pela 27ª rodada do Brasileirão.

Sob o comando do novo treinador Milton Mendes, o Sport terá três desfalques na partida. O lateral-direito Cláudio Winck não irá viajar junto ao restante do elenco. O atleta ficará no Recife fazendo um reforço muscular após dofrer, recentemente, uma lesão na coxa direita.

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O atacante Rogério está com um ferimento infeccionado no tornozelo e passando por tratamento com antibióticos e, por isso, não vai jogar. Por fim, o meia Morato sofreu um trauma no joelho esquerdo e não tem condições de jogo.

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Envolvido na negociação entre São Paulo e Sport pelo meia Everton Felipe, o atacante Morato se apresentou ao clube pernambuco e já treinou com a equipe do técnico Claudinei Oliveira. Apresentado nesta sexta-feira (10), o jogador falou que não tem preferência de posição, desde que seja adiantado.

“Do meio pra frente não tenho problema. Posso jogar de lado, centralizado, de meia. Tenho versatilidade, mas prefiro o lado direito. Tô com vontade já de jogar domingo. Quero fazer o maior número de jogos possíveis”, garantiu.

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Sobre a pressão de chegar em um momento ruim para o Leão, o atacante se mostrou tranquilo com o desafio. “A necessidade de vencer é em todos o jogos. A pressão é constante todos os dias. Isso é só mais um obstáculo que o Sport está passando hoje. Vamos trabalhar que o caminho é esse”, disse.

Conhecedor do São Paulo, adversário do domingo (12), Morato alertou sobre a qualidade da sua ex-equipe, mas falou que ninguém é imbatível. “É um time que vive um ótimo momento, temos que tomar cuidado, mas bicho papão não existe. São 11 contra 11”, finalizou.


O Sport confirmou oicialmente o que já estava sendo divulgado em vários veículos de comunicação, nesta terça-feira (7). O clube chegou a um acordo com o São Paulo para o empréstimo do meia-atacante Everton Felipe.

O contrato vai até dezembro de 2019, tendo o clube paulista a opção de compra dos direitos econômicos do atleta em janeiro do ano que vem. O São Paulo, por sua vez, emprestará ao Leão o atacante Morato, até o fim do ano.

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Everton Felipe tem 21 anos e fez a sua estreia como profissional do Sport em 23 de janeiro de 2014. Com a camisa rubro-negra, ele disputou 124 partidas e marcou oito gols. Foram dois títulos conquistados no período: Copa do Nordeste de 2014 e o Pernambucano de 2018.

 

Após mais de dois meses de investigação, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) apresentou a conclusão do caso da morte do empresário Paulo César de Barros Morato na tarde desta terça-feira (30), em coletiva de imprensa. Alvo da Operação Turbulência, da Polícia Federal (PF), Paulo Morato foi encontrado sem vida no dia 22 de junho, no Motel Tititi, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A delegada Gleide Ângelo, responsável pela investigação, confirmou que o auto-envenenamento por chumbinho foi causa da morte, descartando a possibilidade de assassinato. 

Segundo as investigações, Paulo Morato deu entrada no Motel Tititi no dia 21 de julho às 12h47. O tempo de hospedagem era de 12 horas. No dia 22, funcionários do estabelecimento tentaram contatá-lo, sem sucesso, para renovar a estadia. Desconfiada com o silêncio de Morato, uma gerente do local abriu a porta da suíte de número 2, relatou ter sentido um mau cheiro, e logo enxergou o corpo - já sem vida.

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Segundo Gleide Ângelo, a advogada do empresário confirmou em depoimento que ele já havia tentado suicídio em março de 2015. Em atendimento psiquiátrico no Hospital Ulysses Pernambucano, Morato alegou que estava com problemas financeiros e não conseguiria viver desta forma. Mais tarde, ao saber que estava sendo investigado pela PF, Paulo tentou contra a própria vida novamente, em 22 de junho. "A motivação foi o desespero de ter um mandado de prisão contra ele. Não há sequer um indício de crime", explicou Gleide.

Após o início da Operação Turbulência, Morato chegou a ser considerado foragido e seu nome seria incluído na lista de procurados da Interpol. Um dia depois, foi encontrado morto. Ele é apontado como o responsável pela empresa fantasma Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda, que teria aportado recursos de aproximadamente R$ 19 milhões para a compra da aeronave usada na campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).

A Operação Turbulência foi deflagrada pela PF no dia 21 de junho para desarticular uma organização complexa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010. O ponto de partida da investigação foi a compra do avião Cessna Citation PR-AFA, usado por Eduardo Campos. Ele e mais seis pessoas morreram na queda da aerovane, em agosto de 2014, em Santos, São Paulo.

Perícia

Foram realizadas 17 perícias por 14 profissionais da área em Pernambuco, de acordo com a perita do caso, Vanja Coelho. Foi realizado o chamado laudo tronco no local e foram analisados pen drives e celulares – solicitados, após a conclusão do caso, pela Polícia Federal -, uma garrafa de água já aberta, três frascos da substância utilizada para o envenenamento, o corpo e as câmeras de vigilância. 

A garrafa de água possuía 47ml de uma substância que faz parte da química completa do chumbinho, pesticida de venda proibida utilizado para a morte. Além disso, “a perícia toxicológica detectou no conteúdo gástrico grânulos da substância”, detalha a perita. 

Também foi encontrado registro de fezes e sangue no lençol e travesseiro, provocados pelo efeito do chumbinho. “Quando reviramos o corpo, identificamos também desprendimento de derme, o que caracteriza que ele havia morrido em não menos de 24 horas”. 

Nas câmeras não houve registro de entradas de mais nenhuma pessoa as suíte de número dois; o quarto não estava desarrumado e também não havia sinais de violência no corpo, descartando a possibilidade de que ele tenha sido assassinado. 

Foi solicitada a quebra do sigilo telefônico e foram constatadas ligações apenas dos familiares e amigos, inclusive, telefonemas com indícios de despedida. Morato também entrou em contato com o amigo – que passou a morar após o fim do seu casamento de 27 anos – para que pegasse roupas para ele, colocasse em uma mala e o entregasse, sob a justificativa que iria “fugir”. O empresário possuía doenças como diabetes, obesidade mórbida, problema cardíaco, esteatose, enfisema pulmonar e outros males. 

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No dia 22 de junho, foi encontrado morto em um quarto do Motel Tititi, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, o empresário Paulo Cézar de Barros Morato, alvo da investigação da Operação Lava Jato. A Polícia Civil irá apresentar a conclusão do inquérito em coletiva de imprensa, na próxima terça-feira (30).  

A conclusão será apresentada pela delegada Gleide Ângelo, responsável pelo inquérito policial. Representantes do Instituto de Criminalística e do Ministério Público também estarão presentes à coletiva, realizada na Sede Operacional da Polícia Civil, no Centro do Recife.

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Morato era considerado “testa de ferro” de uma organização criminosa ligada ao suposto envolvimento no esquema de corrupção que teria abastecido a campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB) - morto em agosto de 2014.

O empresário teve sua morte confirmada por infecção exógena provocada por substância popularmente conhecida como chumbinho – veneno para matar ratos. A conclusão do caso deve informar se Morato provocou suicídio ou foi assassinado. O caso integra as investigações da Operação Turbulência.

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Tendo por base conversas informais com os policiais civis que investigam a morte do empresário Paulo César de Barros Morato, o gerente de Comunicação da Secretaria de Defesa Social do governo de Pernambuco, Otávio Toscano, disse nesse sábado (2) à Agência Brasil que “tudo leva a crer” que a morte do empresário investigado pela Operação Turbulência, da Polícia Federal, foi suicídio. “É absurdamente impossível o empresário ter sido assassinado”, acrescentou ele.

“Nas conversas informais, os investigadores têm dito que só pode ter sido suicídio. Acredito que nesta semana a delegada [Gleide Ângelo] vai confirmar isso. A hipótese do infarto já foi descartada após ter sido detectado um tipo de veneno de rato chamado chumbinho nas vísceras”, disse Toscano.

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Segundo ele, Morato foi visto sozinho – pelos funcionários do motel onde foi encontrado morto – ao chegar ao local. “Depois de entrar no quarto, a única coisa que ele fez foi mexer em um copo e em uma garrafa d'água. Inclusive, quando ele foi encontrado estava com a camisa por dentro da calça, exatamente como, imagina-se, ele tenha chegado”, acrescentou Toscano. “Mas tudo que estou falando, é muito importante deixar claro, é minha opinião pessoal, tendo por base o que tenho visto e ouvido por aqui”, acrescentou.

Ele explicou que a perícia feita hoje foi a pedido do perito responsável por analisar as imagens gravadas pelas câmeras do motel. “Ele precisava ter mais informações sobre o posicionamento das câmeras para embasar o laudo que está sendo preparado”, acrescentou.

O empresário Paulo César de Barros Morato foi encontrado morto no dia 22 de junho, em um motel localizado em Olinda (PE). Investigado pela Operação Turbulência, ele estava foragido. A PF suspeita que ele era testa de ferro de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010.

A rede atuava como financiadora de campanhas políticas. Entre elas, a do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da República Eduardo Campos (PSB). Morato se identificava como dono da Câmara e Vasconcelos Locações e Terraplenagem, classificada pela Polícia Federal como empresa de fachada. A empresa foi uma das compradoras do avião que explodiu em Santos (SP), matando Eduardo Campos, assessores e tripulação. No mesmo ano da compra, a construtora OAS repassou ao estabelecimento o pagamento de R$ 18,8 milhões por serviços na transposição do Rio São Francisco.

Após ser encontrado morto no quarto de um motel, localizado na cidade de Olinda, Região Metropolitana do Recife, Paulo Cesar Morato, teve sua causa mortis divulgada na tarde desta quinta-feira (30), conforme revelou a Folha de Pernambuco. O empresário era investigado na Operação Turbulência e teve sua morte reconhecida na última quarta-feira (22).

Morato estava sendo investigado pela operação da Polícia Federal, no entanto, as investigações sobre a morte do empresário cabem à Polícia Civil, por conta disso, após exames realizados no corpo, foi concluído que a morte foi causada por envenenamento, mas não se sabe ainda se ele ingeriu o veneno por conta própria - suicídio - ou foi envenenado. O corpo aguarda liberação no Instituto de Medicina Legal (IML).

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A Polícia Federal garantiu que, caso sejam encontrados indícios de que a morte teve relação com a Operação, policiais federais entrarão no caso, no entanto, a Polícia Civil e a Secretaria de Defesa Social (SDS) ainda não se pronunciaram, portanto, a PF só irá atuar caso as autoridades afirmem a suspeita. 

A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social (SDS), Polícia Civil e Polícia Federal, que não confirmaram ou desmentiram a informação da Folha. No Instituto de Medicina Legal, peritos afirmaram que o laudo está pronto e o corpo liberado, no entanto, nenhuma informação pode ser repassada.

Com informações de Giselly Santos

 

Deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco protocolaram nesta segunda-feira, 27, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, um pedido para que as investigações sobre a morte do empresário Paulo César Morato - encontrado sem vida em um motel em Olinda, na região metropolitana do Recife, no dia 22 - sejam federalizadas.

Morato era um dos investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na Operação Turbulência, que apura esquema que teria alimentado campanhas do PSB, inclusive a do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 2014.

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O pedido dos deputados estaduais está baseado na preocupação de que as investigações, hoje sob a tutela da Polícia Civil pernambucana, sofram interferências. "Há muita coisa a ser esclarecida, como o motivo que levou a SDS (Secretaria de Defesa Social) a cancelar a perícia papiloscópica ou à liberação do quarto do motel antes da conclusão da autópsia no corpo do empresário. No mínimo, houve falhas no rito das investigações, o que precisa ser revisto pela SDS", avaliou o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB).

Nesta segunda-feira, 27 o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco e a Associação dos Peritos de Pernambuco protocolaram um pedido de informações na Secretaria de Defesa Social questionando os motivos pelos quais uma equipe de peritos teria sido supostamente impedida de realizar a perícia papiloscópica, para identificar possíveis digitais, no quarto do motel em que o corpo foi encontrado. A secretaria negou que tenha ocorrido qualquer tipo de proibição ao trabalho dos peritos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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A Secretaria de Defesa Social (SDS) reconheceu que houve um erro de perícia do local em que foi encontrado o corpo de Paulo César Morato, empresário considerado "testa de ferro" da organização criminosa que supostamente teria fornecido propina para as campanhas de Eduardo Campos (PSB). Em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (27), o secretário da pasta em exercício, Alexandre Lucena, esclareceu os questionamentos do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) em relação ao caso, informando que houve erro de comunicação sobre a perícia e liberação do local do crime. 

O Sinpol acusa a SDS de tentar obstruir a apuração do caso ao impedir a realização de uma perícia complementar. Responsáveis pela investigação, os peritos papiloscopista, Lauro Macena, e criminal, Vanja Coelho, participaram da entrevista. Durante a exposição, eles rebateram as informações do Sinpol de possíveis obstruções. Macena, entretanto, detalhou que chegou a escrever a requisição de mais uma perícia no local, mas não chegou a protocolar oficialmente. Em seguida, deixou o documento no plantão, e a equipe seguinte viu o citado documento e foi realizar a perícia. 

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Porém, ao chegarem lá, receberam a ligação da chefe da polícia científica, de Sandra Santos, informando que o local já havia sido liberado pela delegada Gleyde Ângelo, sob a alegação de que a cena do crime já havia sido violado por muitas pessoas. Neste caso, a perícia encontraria indícios de várias outras pessoas ligadas ou não ao crime. 

“Houve uma falha de comunicação assumida no procedimento. Não vou dizer que o Lauro agiu de má fé, que não agiu. Talvez as coisas tenham ficado meio truncadas. Precisamos trabalhar este ruído na comunicação”, alegou Alexandre Lucena. “Uma coisa é falar de alinhamento entre policiais outra é o acobertamento de queima de arquivo que alguns falam”, acrescentou, com os ânimos alterados.

Ao se explicar, Lauro Macena disse que fez uma comunicação verbal da necessidade de uma nova perícia. “Desculpe Gleyde, mas no corre corre cheguei a falar da necessidade de uma perícia complementar, mas a delegada pode não ter ouvido. Cheguei a falar informalmente, preenchi um documento e acabou os peritos indo lá. O local estava altamente violado e muitas pessoas passaram antes da perícia, o que ficou ainda mais difícil”, frisou.

O quarto do motel em Olinda, onde o corpo foi encontrado, segundo Gleyde Ângelo estava violado porque funcionários e policiais do plantão do Varadouro acreditaram se tratar de uma morte súbita de um cidadão comum. O mais curioso, neste caso, é que o delegado responsável pela ocorrência não verificou de imediato a identidade do morto. Apenas posteriormente ao digitar o nome de Paulo César Morato em uma ferramenta de buscas na internet foi que fizeram a ligação do nome à pessoa e contataram o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob a tutela de Gleyde.

Nesta altura, o corpo de Morato já estava sendo ensacado para ser encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), ampliando mais ainda a violação do local. “Morte súbita não se faz perícia. Aparentemente não tinha nenhum sinal de homicídio”, observou a delegada. “Já encontrei o corpo no saco de acondicionamento de cadáver sendo levado. Eu disse não, sai todo mundo que a perícia averiguar. Melhor pecar por excesso. Mas já tinha entrado todo mundo”, acrescentou.

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Operação Turbulência

Deflagrada na terça-feira (21), a operação investiga um esquema criminoso especializado em lavagem de dinheiro com a utilização de empresas fantasmas e “laranjas”. Quatro empresários foram presos: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira – apontados como líderes - e Arthur Roberto Lapa Rosal, que seria responsável por receber valores em sua conta pessoal. 

Apenas Paulo César Barros Morato não foi encontrado na terça pela PF e estava sendo considerado foragido. Ele era considerado o “testa de ferro” do esquema por ser o dono da Câmara & Vasconcelos, empresa responsável pelo recebimento de quase R$ 19 mil da OAS, investigada na Lava Jato, para um suposto serviço de terraplanagem nas obras da Transposição do Rio São Francisco. O montante, entretanto, pode ter sido destinado para pagar o avião utilizado por Eduardo Campos na campanha presidencial em 2014.

O empresário foi encontrado morto na quarta-feira (22) em um motel em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com as informações preliminares da polícia, foi “praticamente descartada a hipótese de homicídio” e "há indícios fortes" de morte súbita ou suicídio. 

Morato  chegado ao local por volta das 12h da terça, horário justamente em que aconteciam as prisões da Operação Turbulência. Com o corpo dele foram encontrados documentos pessoais, além de 7 pendrives, 3 celulares, R$ 3 mil em espécie, 3 cheques de terceiros sem valores, 53 envelopes para depósito vazios e remédios para diabetes e hipertensão.

*Com Giselly Santos

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