Tópicos | novembro 2014

A atividade econômica, medida pelo Indicador Serasa Experian, registrou queda de 0,2% em novembro de 2014 em relação ao mês anterior, feitos os ajustes de sazonalidade. Em relação ao mesmo mês de 2013, o recuo de 0,8%. O resultado mostra que o quadro de estagnação econômica demonstra persistência e materializa um crescimento de apenas 0,1% na economia brasileira entre janeiro e novembro do ano passado.

Pelo lado da oferta, os economistas observaram um recuo de 0,8% na atividade industrial e a estagnação do setor de serviços. Somente o setor agropecuário emitiu sinal positivo no mês de novembro, avançando 0,2% em relação a outubro. Na comparação anual, a indústria é que exibe o pior resultado, com uma queda de 4,3%.

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Do ponto de vista da demanda agregada, o consumo das famílias teve em novembro uma leve retração de 0,1% na comparação com outubro. As importações cresceram 6,2%. Ou seja, o país importou mais em vez de incrementar a produção interna. O mês também contou com crescimento zero dos investimentos e de apenas 0,6% no consumo do governo. Do lado da demanda agregada, apenas as exportações, com crescimento de 2,2%, mostraram algum dinamismo mais significativo em novembro.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, a elevação da taxa básica de juros, a depreciação do real e os baixos patamares dos índices de confiança dos consumidores e dos empresários "impactaram negativamente a atividade econômica no penúltimo mês do ano passado".

O total de empregados formais no comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) cresceu 0,9% em novembro de 2014 ante o mesmo mês de 2013, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Salário realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No penúltimo mês do ano passado, havia 1.033.396 trabalhadores com carteira assinada na região.

Segundo a FecomercioSP, o número de funcionários admitidos no comércio varejista foi de 51.914 em novembro, enquanto 41.096 trabalhadores foram demitidos. O setor que mais contratou no penúltimo mês do ano passado, em relação a novembro de 2013, foi o de lojas de departamentos, com alta de 65,4%. Na contramão, os setores de materiais de construção; autopeças e acessórios e concessionárias de veículos registraram recuos de 13,2%, 11,7%, e 7,4%, respectivamente, nas comparações interanuais.

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Em nota, a FecomercioSP avalia que o "crescimento tímido" de 0,9% no número de empregados formais em novembro pode ser atribuído a uma série de fatores, como a perda de confiança tanto por consumidores quanto por empresários nos últimos 12 meses, a persistente pressão nos preços e a estagnação da economia. "Embora seja relativamente baixa no contraponto com 2013, a taxa de crescimento tem se mantido estável ao longo do ano", pondera a federação.

A dívida líquida do setor público ficou em 36,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro ante mesmo valor em outubro. Em dezembro de 2013, estava em 33,6% do PIB. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,848 trilhão. Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 3,217 trilhões, o que representou 63% do PIB. Em outubro, essa relação estava em 62,4% e, em dezembro do ano passado, em 56,7%.

De acordo com o BC, a elevação da dívida líquida foi influenciada pela depreciação cambial de 4,74%, movimento que respondeu por uma redução correspondente a 0,7 ponto porcentual em relação à dívida/PIB, enquanto o resultado nominal e os demais fatores condicionantes dessa relação responderam por elevação de 0,6 ponto porcentual.

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O BC informou ainda que, no ano, a relação dívida/PIB foi ampliada em 2,6 ponto porcentual do PIB. Os juros nominais apropriados, o déficit primário e o ajuste de paridade da dívida externa líquida contribuíram para elevar a relação em 5,2 ponto porcentual; 0,4 ponto porcentual; e 0,2 ponto porcentual do PIB, respectivamente. Em sentido contrário, de acordo com o BC, o crescimento do PIB nominal, a desvalorização cambial de 9,3% acumulada no ano e o reconhecimento de ativos contribuíram para reduzir a relação em, pela ordem, 1,7 ponto porcentual, 1,3 ponto porcentual e 0,1 ponto porcentual do PIB.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 41,606 bilhões em novembro. Em outubro, o déficit havia sido de R$ 17,779 bilhões e, em novembro do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 175 milhões. No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 33,524 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 8,100 bilhões. As empresas estatais registraram superávit nominal de R$ 18 milhões.

De janeiro a novembro de 2014, o déficit nominal foi de R$ 283,815 bilhões (6,06% do PIB). No mesmo período de 2013, estava em R$ 143,944 bilhões (3,26% do PIB). Nos 12 meses encerrados em novembro, o déficit nominal está em R$ 297,420 bilhões, ou 5,82% do PIB.

Acumulado 12 meses

As contas do setor público registraram um recorde negativo em novembro. Pela primeira vez no acumulado de 12 meses, para qualquer período, o Banco Central registrou um déficit primário. Segundo a instituição, o resultado ficou negativo em R$ 9,234 bilhões, o equivalente a 0,18% do Produto Interno Bruto (PIB).

O desempenho torna mais complexo o objetivo do Ministério da Fazenda, de entregar um superávit de R$ 10,1 bilhões ao fim do ano. Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista.

O resultado do período foi fortemente influenciado pelas contas do INSS, que até novembro, em 12 meses, acumulam um déficit de R$ 53,014 bilhões (1,04% do PIB). O governo central também não colaborou e registrou um desempenho negativo em R$ 6,482 bilhões (0,13% do PIB). Os governos regionais também ficaram no vermelho, com déficit primário de R$ 305 milhões (0,01% do PIB). Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 5,291 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 4,986 bilhões. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de R$ 2,447 bilhões no período.

O chefe-adjunto do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta segunda-feira, 29, que o resultado primário de novembro foi fortemente influenciado pela conta de juros, que registrou despesa de R$ 33,5 bilhões, o pior resultado para novembro na série histórica da instituição, iniciada em 2001.

Segundo ele, os gastos com juros chegaram a esse nível em função de perdas com swaps cambiais de R$ 8,7 bilhões no mês passado. Rocha afirmou ainda que o resultado do setor público consolidado ficou, em proporção do PIB, deficitário em 5,82% - o pior resultado da série desde setembro de 2003.

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Rocha apresentou as projeções da instituição para o resultado da dívida na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) no fechamento deste ano. De acordo com ele, levando em conta as estimativas apresentadas pelo mercado financeiro por meio do Relatório Focus, a relação dívida líquida/PIB deve encerrar este ano em 35,6% e a dívida bruta/PIB, em 63,4%.

Já considerando as projeções oficiais encaminhadas ao Congresso Nacional pelo Executivo, que trazem os dados mais recentes esperados para receitas e despesas, o BC projeta uma dívida líquida/PIB de 35,5% em 2014 e uma dívida bruta/PIB de 63,3% este ano.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta segunda-feira, 29, que qualquer análise sobre o aumento da dívida bruta do setor público deve levar em conta o impacto da política do governo de expansão das reservas internacionais. Segundo ele, se não fosse a dívida líquida em queda, teria havido um crescimento maior da dívida bruta. "Aqueles que dizem que a dívida bruta cresceu e é um problema devem incorporar as reservas altas", disse. Para ele, o reforço das reservas foi uma decisão acertada. "Essa situação faz com que o Brasil sofra muito menos em momento de crise internacional. Fazer essa análise sem considerar as reservas não é uma análise adequada", afirmou.

O secretário negou, no entanto, que esteja fazendo uma crítica ao futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que no discurso no dia da sua indicação para o cargo anunciou que o objetivo de política fiscal do governo passará a ser a queda da dívida pública para aumentar a transparência das contas públicas.

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Para Augustin, o Brasil tem dívida líquida hoje bem melhor do que quando conquistou o grau de investimento. Ele não vê razão para a nota do Brasil ser rebaixada em 2015 pelas agências internacionais de classificação de riscos. "Não vejo por quê. Temos fundamentos que serão reconhecidos pelas agências", afirmou.

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 8,084 bilhões em novembro, informou o Banco Central, nesta segunda-feira, 29. Este é o pior resultado para o mês desde 2001, quando teve início a série histórica do BC.

Em outubro, o resultado havia sido positivo em R$ 3,729 bilhões e, em setembro, houve déficit de R$ 25,491 bilhões. Em novembro do ano passado, foi registrado superávit de R$ 29,745 bilhões. O resultado primário consolidado de novembro deste ano ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que iam de um déficit primário de R$ 8,7 bilhões a um superávit R$ 4 bilhões, com mediana negativa de R$ 1 bilhão.

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O esforço fiscal do mês passado foi composto por um déficit de R$ 6,659 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 1,794 bilhão no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 1,327 bilhão, os municípios tiveram déficit de R$ 466 milhões. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 368 milhões.

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,8% em novembro. Em outubro, a taxa foi de 4,7%. A taxa também dicou acima da observada em novembro de 2013, que foi de 4,6%. O resultado interrompe uma série de recordes firmados nos últimos meses, em que as taxas de desocupação atingiram os menores patamares para cada mes desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002. O resultado de novembro também ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (4,2% a 4,9%) e acima da mediana projetada, de 4,5%.

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou alta de 0,7% em novembro ante outubro, e aumento de 2,7% na comparação com novembro de 2013. de Emprego (PME). A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 50,9 bilhões em novembro, alta de 1,1% em relação a outubro. Na comparação com novembro de 2013, o montante cresceu de 3,0%. O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.148,50 em novembro, uma alta de 0,7% em relação a outubro e um avanço de 2,7% em relação a igual mês de 2013. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados estimada em outubro totalizou R$ 51,1 bilhões, alta de 1,2% contra o mês imediatamente anterior. Já na comparação com outubro de 2013, houve aumento de 3,5% na massa de renda efetiva.

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População ocupada

A população ocupada aumentou em 0,5% em novembro ante outubro. Em termos absolutos, foram criadas 105 mil vagas na passagem do mês. A população desocupada também aumentou. Com alta de 4,4% em novembro ante outubro, o IBGE identificou 50 mil pessoas a mais nesta condição. Ao todo, a População Economicamente Ativa (PEA), que reúne os ocupados e desocupados, aumentou 0,6% (+155 mil pessoas).

Já o contingente de inativos, a chamada População Não Economicamente Ativa (Pnea) caiu 0,8%, com 147 mil pessoas a menos. A taxa de desemprego ficou em 4,8% em novembro, ante 4,7% em outubro, informou o IBGE.

A demanda das empresas por crédito caiu 10% em novembro ante outubro, na série sem ajuste sazonal, segundo a Serasa Experian. Na comparação com novembro do ano passado, houve alta de 7,9% no Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito, enquanto, no acumulado do ano, a expansão é de 5,4% sobre igual intervalo de 2013.

De acordo com os economistas da instituição, a menor quantidade de dias úteis em novembro deste ano em comparação com outubro (23 contra 20), o encarecimento do custo do crédito, o baixo grau de confiança dos empresários e o fraco dinamismo da atividade econômica, influenciaram negativamente a demanda das empresas por crédito no período.

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A retração mensal da demanda por crédito em novembro foi mais acentuada entre as empresas de pequeno e médio porte, com queda de 10,5%. Já nas empresas de médio porte a busca por crédito recuou 3,4%, ao passo que nas grandes empresas houve retração de 1,3%. No acumulado do ano, porém, as pequenas e médias e empresas são as que lideram a expansão na busca por crédito, com acréscimo de 6,0%, seguidas pelas de grande porte, com avanço de 5,8%. Houve diminuição na demanda por crédito apenas entre as companhias de médio porte, com recuo de -3,9% no acumulado dos onze primeiros meses de 2014 sobre igual período de 2013.

Na base de comparação mensal, sem ajuste, a retração foi generalizada em todos os segmentos de atividade: Serviços (-10,6%), Indústria (-10,2%) e Comércio (-9,4%). Por outro lado, no acumulado do ano, os três setores registram alta na procura das empresas por crédito: Serviços (+7,4%), Indústria (+6,7%) e Comércio (+3,3%).

Na análise por região, a demanda recuou de maneira mais significativa no Centro-Oeste (-17,8%) na comparação de novembro ante outubro, na série sem ajuste. Houve retrações similares no Sul (-10,2%) e Sudeste (-9,5%) e de mesma intensidade no Norte e Nordeste, ambas com queda de 7,3%. No acumulado do ano, no entanto, todas as regiões registraram expansão na demanda das empresas por crédito: Sudeste (+3,4%), Sul (+3,8%), Nordeste (+7,0%), Centro-Oeste (+10,5%) e Norte (+10,7%).

O indicador da Serasa é construído a partir de uma amostra de cerca de 1,2 milhão de CNPJs consultados mensalmente na base de dados da empresa. A quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e as instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100).

Os sucessivos aumentos das taxas de juros nos últimos 12 meses e o enfraquecimento do mercado de trabalho, especialmente na indústria, são fatores que dificultam o pagamento das contas e explicam o aumento de 10,9% da inadimplência do consumidor em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2013. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta terça-feira, 9, apontou ainda uma alta de 5,6% no acumulado de janeiro a novembro de 2014, ante igual período de 2013.

Por outro lado, o levantamento revelou uma queda de 1,2% da inadimplência na comparação com outubro. A explicação, segundo economistas da instituição, está na quantidade menor de dias úteis em novembro, "impactando principalmente a quantidade de cheques devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos", dizem, em nota.

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Entre os movimentos que contribuíram para a queda na comparação mensal, a Serasa destaca a diminuição de 3,1% na quantidade de dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo - e no recuo de 12% nos cheques devolvidos. Mas houve alta de 1,6% nas dívidas em atraso com os bancos e um acréscimo de 16,9% nos títulos protestados em novembro, na comparação com outubro.

Ainda segundo a Serasa Experian, o valor médio das dívidas bancárias caiu 3,7% no acumulado dos onze meses de 2014 sobre mesmo período de 2013, para R$ 1.263,55. Já o valor das dívidas não bancárias subiu 12,9%, para R$ 359,08; dos cheques sem fundos cresceu 6,3%, para R$ 1.751,12; e dos títulos protestados aumentou 0,8%, para R$ 1.406,95, no período.

A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 264.830 unidades em novembro, queda de 9,7% na comparação com outubro e recuo também de 9,7% ante novembro de 2013, informou nesta quinta-feira, 4, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com o resultado, a produção acumula retração de 15,5% nos onze primeiros meses do ano, sobre igual período de 2013, para 2.942.358 unidades.

Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção em novembro chegou a 251.208 unidades, baixa de 9,7% na comparação com outubro e recuo de 8,7% ante novembro de 2013. No mês passado, foram produzidos 194.603 automóveis e 56.605 comerciais leves.

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A produção de caminhões, por sua vez, atingiu 11.778 unidades em novembro, queda de 5,0% na comparação com outubro e recuo de 20,2% ante novembro de 2013. No caso dos ônibus, foram produzidas 1.844 unidades em novembro, queda de 31,6% na comparação com outubro queda de 44,4% ante o mesmo mês do ano passado.

Já as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus atingiram 294.651 unidades em novembro, com queda de 4,0% na comparação com outubro e recuo de 2,7% ante novembro de 2013. No acumulado dos onze primeiros meses de 2014, os emplacamentos chegaram a 3.127.984 unidades, baixa de 8,4% sobre igual período do ano passado.

Levando em conta apenas automóveis e comerciais leves, as vendas em novembro chegaram a 280.152 unidades, baixa de 4,0% na comparação com outubro e recuo de 2,9% ante novembro de 2013. No mês passado, foram vendidos 211.006 automóveis e 69.146 comerciais leves.

As vendas de caminhões, por sua vez, atingiram 12.159 unidades em novembro, queda de 0,1% na comparação com outubro e avanço de 4,4% ante o mesmo mês de 2013. No caso dos ônibus, foram vendidos 2.340 unidades em novembro, queda de 18,8% na comparação com outubro e queda de 15,0% ante novembro do ano passado.

O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Roberto Dantas, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o governo não trabalha mais com a perspectiva de superávit na balança comercial de 2014. Ele explicou que diante do déficit acumulado de US$ 4,221 bilhões até novembro, mesmo que dezembro seja positivo não será suficiente para transformar o resultado em superávit.

"Embora o número de dezembro seja tradicionalmente superavitário, ainda assim, não deverá superar o déficit que está no acumulado do ano", disse. "Houve essa mudança nas expectativas", observou Dantas. Apesar de afirmar que houve a mudança na projeção, ele não divulgou o tamanho do déficit previsto pelo Ministério do Desenvolvimento.

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Ele explicou que fatores que poderiam ter ajudado na manutenção de um superávit não se realizaram, como a recuperação do preço do minério de ferro. Dantas ainda destacou que houve redução nas exportações de carne em novembro, o que afetou o desempenho. "Teve queda de exportações para Venezuela de carne bovina e de frango; para a Arábia Saudita, de frango", justificou. "Houve queda de 10% em volume de carne. Isso afetou o desempenho de novembro", frisou.

Déficit "marginal"

Dantas relativizou o déficit da balança comercial de janeiro a novembro desse ano. Segundo ele, é um déficit "marginal" porque representa apenas 2% das exportações no período. "É importante relativarmos o déficit em relação ao que ocorreu em relação a outros anos", disse.

Dantas comparou com os dados de 1998, até então o pior resultado da balança para os 11 meses do ano. Em 1998, o déficit da balança foi de US$ 6,1 bilhões, 13% do volume exportado de janeiro a novembro daquele ano. "O déficit desse ano é seis vezes menor, em termos relativos, do que o déficit computado em 98", comparou. "Em termos de magnitude, o déficit de 1998 foi mais importante do que o de agora", continuou.

Minério de ferro

De acordo com os dados do MDIC, as exportações de minério de ferro em novembro atingiram 25,956 milhões de toneladas, queda de 16% na relação com igual mês do ano passado. Na comparação com outubro as exportações de minério de ferro cederam 18,3%.

O preço médio das exportações do insumo (FOB) foi de US$ 60,9 por tonelada no mês passado, recuo de 37,4% na relação anual. Ante outubro houve um leve aumento de 2,3%.

O comportamento atual negativo da balança comercial está ligado ao desempenho desfavorável das exportações, que vêm sendo afetadas pela queda no valor das commodities no mercado internacional. A avaliação é do economista-chefe do Besi Brasil, Jankiel Santos, que, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estadoi, disse nesta segunda-feira, 01, que, depois do déficit registrado em novembro, a dinâmica tende a continuar em dezembro.

Nesta segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou que a balança comercial do penúltimo mês de 2014 apresentou resultado negativo de US$ 2,350 bilhões, com US$ 15,646 bilhões em exportações e US$ 17,996 bilhões em importações. O resultado, que é o pior para o mês da série histórica, ficou dentro do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções, já que os economistas do mercado financeiro aguardavam déficit de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, com mediana negativa em US$ 2,7 bilhões.

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O Besi Brasil previa um déficit de US$ 2,800 bilhões para a balança comercial de novembro. "As importações na última semana acabaram vindo menores do que tínhamos em mente", comentou Santos, acrescentando que as exportações vieram exatamente em linha com o esperado pelo banco. "A grande diferença em relação ao ano passado tem a ver com o comportamento das exportações", destacou, quando questionado sobre o porquê de o resultado da balança de novembro de 2014 ter ficado tão diferente do superávit de US$ 1,740 bilhão do mesmo mês em 2013.

A despeito da necessidade de verificar melhor os detalhes desse saldo negativo de novembro, Jankiel Santos ficou em sintonia com os demais colegas de mercado quando opinou sobre o fator que vem atrapalhando as exportações: "Certamente, os preços das commodities têm papel fundamental nesta queda".

No acumulado de janeiro a novembro, o déficit da balança comercial somou US$ 4,221 bilhões, o pior resultado desde 1998 para o período, quando o déficit foi de US$ 6,112 bilhões. Para o fim de 2014, o Besi Brasil continua trabalhando com uma estimativa preliminar de resultado acumulado negativo de US$ 1,500 bilhão.

A queda do PMI Industrial do Brasil em novembro para o nível mais baixo dos últimos 16 meses sugere que, após sair da "recessão" no terceiro trimestre deste ano, o quarto trimestre também deve ser "decepcionante", afirma a Capital Economics em relatório assinado pelo economista para mercados emergentes, David Rees. Em novembro, o PMI Industrial do Brasil caiu para 48,7, ante 49,1 em outubro. Segundo a consultoria britânica, apesar de a relação com os dados da produção industrial calculados pelo IBGE não ser tão forte, uma leitura de PMI abaixo de 50 sinaliza uma queda na produção nos próximos meses.

A Capital Economics destaca que as quedas foram espalhadas uniformemente entre a maioria dos subíndices que compõem o PMI: a produção caiu para 46,9, de 48,8, e as novas encomendas de exportação, para 48,8 (de 49,7). "Nesta base, não há nenhum sinal de que um real mais fraco está ajudando a estimular uma recuperação da produção", pondera. A consultoria acrescenta que a queda no índice de emprego, para 48,6 em novembro, ante 49,6 em outubro, é outro sinal de que o crescimento econômico mais fraco está começando a pesar sobre o mercado de trabalho brasileiro.

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"Finalmente, tanto os preços de insumos pagos pelos produtores quanto os preços dos produtos vendidos aumentaram, sugerindo que as pressões sobre a inflação permanecem altas", afirma. Diante disso, a Capital Economics diz no relatório que espera uma nova alta de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira, fazendo com que a Selic chegue a 11,5% ao ano. "Em suma, não há nada aqui que sugira que a combinação de fraco crescimento e inflação alta está sendo deixada para trás", conclui.

Diferente do Brasil, a Capital Economics destaca no relatório que o PMI Industrial do México subiu para 54,3 em novembro, de 53,3 em outubro, configurando a leitura mais alta desde janeiro de 2013 e deixando o índice bem acima de 50, patamar que marca a divisão entre expansão e contração. A consultoria ressalta que há sólidos aumentos em vários componentes do indicador referente ao México, o que aponta para uma aceleração sustentada no crescimento da produção mexicana nos próximos meses.

O déficit registrado em novembro no saldo da balança comercial, de US$ 2,350 bilhões - o pior para o mês na série histórica - mostra que "inevitavelmente o saldo em 2014 será negativo", avalia o economista da Tendências Consultoria Integrada, Bruno Lavieri. Ele trabalha com um déficit comercial da ordem de US$ 1,7 bilhão no fechamento deste ano, o mais baixo desde 1998.

O economista lembra que em 2000 a balança fechou com saldo negativo, mas diz que o dado esperado para 2014 será o pior desde 1998. Ainda, de acordo com ele, o resultado não será pior porque em dezembro a balança poderá registrar um saldo positivo de algo como US$ 2,5 bilhões. "Normalmente dezembro é um mês melhor para a balança porque as importações caem porque (o grosso) são feitas entre outubro e novembro", disse.

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De qualquer forma, segundo o economista, o fato de o governo não estar postergando a contabilidade de importações para o ano seguinte já é um dado positivo. A observação de Lavieri remete ao ano de 2012, quando o governo transferiu para o primeiro trimestre de 2013 a computação das importações feitas pela Petrobras e ao final do ano passado, quando a petrolífera vendeu plataformas de petróleo que nunca saíram do País.

Para 2015, a Tendências trabalha com uma projeção de um saldo positivo de US$ 3 bilhões para a balança comercial. De acordo com ele, no ano que vem as exportações permanecerão fracas por causa da falta de demanda do mercado externo, mas o volume das importações deverá cair por conta da redução do consumo doméstico.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,65% em novembro ante 0,43% em outubro, informou nesta segunda-feira (1°) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na terceira quadrissemana de novembro, o IPC-S havia ficado em 0,58%. O indicador acumula altas de 6,07%, no ano e 6,81% em 12 meses.

O IPC-S de novembro ficou em linha com a mediana de 0,65% apurada pelo AE Projeções, que captou um intervalo de estimativas que iam de 0,92% a 1,02%.

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Das oito classes de despesas analisadas, cinco registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços. São elas: Habitação (0,67% para 0,83%); Transportes (0,52% para 0,62%); Educação, Leitura e Recreação (0,85% para 1,02%); Vestuário (0,44% para 0,46%), e Comunicação (0,21% para 0,31%).

No sentido contrário, registraram decréscimo os grupos Alimentação (0,66% para 0,65%), Despesas Diversas (0,28% para 0,25%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,42%).

A queda de 1,0% na confiança do comércio em novembro ante outubro consolidou a percepção de que os empresários não contam com uma aceleração das vendas do setor nos próximos meses. Ainda que haja mais comerciantes apostando em melhora do que em piora (resultado em indicadores acima dos 100 pontos), o pessimismo tem se espalhado, avaliou nesta quinta-feira (27), o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloisio Campelo.

"O número de empresas esperando melhora diminuiu muito. Há percepção de piora, de desaceleração, e de que não haverá aceleração nos próximos meses", observou Campelo. Com o recuo deste mês, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) atingiu o segundo pior nível da série histórica, iniciada em março de 2010.

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Diante dos resultados, o economista da FGV agora espera aumento de cerca de 2% no volume de vendas do comércio restrito em 2014, o que seria o pior resultado desde 2003. No caso do varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, a expectativa é de queda entre 1,5% e 2,0%.

As incertezas sobre a recuperação do comércio também devem afetar decisões em termos de abertura de vagas e investimentos, pontuou Campelo. "Sem percepção de desaceleração, há desânimo até para contratações e investimentos", disse. Neste mês, o emprego previsto avançou 3,4%, mas o resultado não é considerado tendência. Há piora na comparação com novembro do ano passado, quando 29,4% declaravam intenção de abrir novas vagas. Agora, essa fatia é de 23,3%.

Bens duráveis

A confiança dos segmentos ligados a bens duráveis recuou em novembro, já reagindo ao mais recente aumento dos juros básicos. No fim de outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 11,25% ao ano.

Neste mês, a confiança do segmento de móveis e eletrodomésticos recuou 2,8%, após alta de 0,4% em outubro. "O setor reagiu ao aumento de juros e percebe que o consumidor está mais cauteloso", disse Campelo. No caso de veículos e motocicletas, houve queda de 5,3%, após avanço de 4,4%. "O setor de veículos não está confiante, concessionárias continuam estocadas, precisando fazer promoções, o que reduz a margem", explicou.

Natal

Os segmentos do varejo que costumam ser mais demandados na época do Natal são justamente os que têm tido deterioração mais intensa das expectativas, afirmou Campelo. Hipermercados e supermercados, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos e tecidos e vestuário puxaram o Índice de Expectativas do Comércio (IE-COM) para baixo em novembro. A queda foi de 2,3% em relação a outubro e de 11,2% em relação a igual mês de 2013.

No setor de hipermercados e supermercados, as expectativas pioraram 19,3% na comparação com novembro do ano passado. "Já não há tanto otimismo em relação aos últimos anos", disse Campelo. "A tendência dos negócios para os próximos seis meses também piorou. Já não é tão certo para eles que as vendas serão maiores neste ano."

Segundo o economista, as perspectivas de um Natal pior pode ter contagiado a confiança de segmentos que costumam ser demandados nessa época. "Os setores mais ligados ao Natal estão até piores", comentou Campelo. "Os empresários estão olhando com bastante preocupação a tentativa dos consumidores de equilibrar suas finanças. Isso preocupa o comércio", acrescentou o economista. O crédito evoluindo menos também afeta a demanda para os próximos meses, segundo o superintendente.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) foi impulsionada em novembro pelos três segmentos que compõem o indicador: atacado, varejo e construção. Entre os produtores, as matérias-primas agropecuárias como soja, milho e bovinos são as que mais pressionam os preços e ajudaram a levar o IGP-M a uma alta de 0,98% neste mês.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo de matérias-primas brutas subiu 2,01%, após alta de 0,12% em outubro. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a aceleração foi intensa nos casos de soja (-3,21% para 6,05%), milho (0,15% para 10,92%) e bovinos (2,03% para 5,86%). No sentido oposto, deram algum alívio café (7,00% para -3,02%), leite in natura (0,12% para -4,22%) e aves (3,97% para -0,64%).

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Entre os bens finais, os preços avançaram 0,69% em novembro, após alta de 0,52% em outubro. Os grandes responsáveis pela aceleração foram os alimentos in natura (0,12% para 2,04%). Só a batata-inglesa ficou 78,88% mais cara no atacado.

Já no caso dos bens intermediários (0,04% para 1,21%), a maior pressão veio dos materiais e componentes para a manufatura (-0,09% para 1,36%). Segundo a FGV, o farelo de soja, que compõe a lista deste subgrupo, ficou 8,89% mais caro, refletindo a alta nos preços do grão.

Diante desses resultados, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mensura a inflação atacadista, avançou de 0,23% em outubro para 1,26% este mês. O IGP-M captou preços praticados entre os dias 21 do mês passado e 20 de novembro.

A inflação no varejo acelerou em novembro no âmbito do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), informou nesta quinta-feira (27) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53%, após avanço de 0,46% em outubro. Tarifas de ônibus, eletricidade residencial e passagens aéreas deixaram os preços mais salgados para as famílias brasileiras.

Ao todo, quatro das oito classes de despesa que compõem o índice ganharam força na passagem do mês. Mas a principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,18% para 0,52%). Segundo a FGV, a maior pressão veio do item tarifa de ônibus, que ficou 0,36% mais cara, após queda de 0,36% no mês passado.

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As passagens aéreas, por sua vez, subiram 10,81% em novembro, após queda de 7,98% em outubro. Com isso, o grupo Educação, Leitura e Recreação acelerou a 0,75%, contra 0,06% em igual base de comparação.

Outro destaque veio das tarifas de eletricidade residencial, que avançaram 2,23% neste mês. Em outubro, a alta havia sido de 0,67%. Diante desse resultado, o grupo Habitação ganhou força e registrou aumento de 0,62%, após alta de 0,47% no mês passado.

O último grupo a acelerar foi o de Despesas Diversas (0,16% para 0,29%), diante do desempenho de alimentos para animais domésticos (0,08% para 1,31%).

No sentido contrário, desaceleraram os grupos Alimentação (0,63% para 0,55%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,45%), Vestuário (0,75% para 0,44%) e Comunicação (0,69% para 0,20%). As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens laticínios (0,42% para -1,86%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,67% para 0,17%), roupas (0,69% para 0,28%) e tarifa de telefone móvel (1,21% para 0,38%), respectivamente.

Construção

Na construção, a principal pressão veio do custo da mão-de-obra, que avançou 0,22% em novembro, após estabilidade (0,00%) em outubro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços também avançou a 0,43%, contra 0,40% na mesma base. Com esses resultados, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou de 0,20% no mês passado para aumento de 0,30% este mês.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,0% em novembro na comparação com outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (27). Com o resultado, o Icom saiu de 111,7 pontos para 110,6 pontos no período. Trata-se do segundo menor nível de toda a série histórica, iniciada em março de 2010. O pior resultado foi registrado em setembro deste ano (108,5 pontos). O índice se mantém abaixo de sua média histórica, que é de 126,2 pontos. Em outubro, o índice havia tido alta de 2,9%.

"O resultado de novembro dá continuidade à tendência de queda da confiança do setor observada ao longo de todo o ano. Houve ligeira melhora da percepção com relação à demanda no mês, mas esta foi mais que compensada pelo pessimismo em relação aos meses seguintes, refletido no recorde negativo do Índice de Expectativas", avaliou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota.

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O Índice da Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,3% neste mês, para 85,3 pontos, após avanço de 5,3% em outubro. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) diminuiu 2,3% em novembro, para 135,9 pontos (o menor nível da série), depois de registrar alta de 1,6% na mesma base de comparação.

A edição de novembro da Sondagem do Comércio é a primeira a trazer oficialmente dados com ajuste sazonal. Até então, o Icom era divulgado apenas com variações interanuais trimestrais. Como a série ainda é recente (iniciada em março de 2010), a FGV adiantou que vai revisar os resultados mês a mês, até que estejam mais consolidados. A coleta de dados para a edição de novembro da sondagem foi realizada entre os dias 03 e 21 deste mês e obteve informações de 1.204 empresas.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de novembro subiu 0,98%, ante avanço de 0,28% em outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (27). O resultado do índice, muito utilizado para corrigir contratos de aluguel, ficou dentro do previsto por analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam desde avanço de 0,73% até alta de 1,09%, com mediana positiva em 0,95%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o índice. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 1,26% em novembro, em comparação à alta de 0,23% em outubro. Por sua vez, o IPC-10, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,53% na leitura anunciada hoje, após subir 0,46% no mês passado. Já o INCC-10, que mensura o custo da construção, teve elevação de 0,30%, após registrar aumento de 0,20%, na mesma base de comparação.

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Até novembro, o IGP-M acumula aumentos de 3,05% no ano e de 3,66% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de outubro a 20 de novembro. A segunda prévia do IGP-M, com preços captados até o dia 10 deste mês, havia apontado avanço de 0,72%.

Agropecuário

A inflação do setor agropecuário acelerou no atacado. Os preços subiram 2,98% no âmbito do IGP-M referente a novembro, ante alta de 0,90% em outubro. A inflação industrial atacadista também ganhou força, registrando alta de 0,62% na leitura divulgada hoje, ante redução de 0,01% no mês passado.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,69% neste mês, em comparação ao avanço de 0,52% no índice de outubro.

Os preços dos bens intermediários tiveram alta de 1,21%, após subirem 0,04% em igual tipo de comparação. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 2,01% em novembro, contra aumento de 0,12% um mês antes.

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