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O Parlamento britânico aprovou nesta terça-feira (18) uma polêmica lei sobre imigração que pretende impedir que os migrantes que entram de forma ilegal no Reino Unido possam solicitar asilo no país.

O texto é uma iniciativa crucial para o primeiro-ministro Rishi Sunak (conservador), que estabeleceu como prioridade a luta contra a imigração irregular.

O chefe de Governo prometeu "deter" as entradas de migrantes pelo Canal da Mancha, por onde mais de 45.000 pessoas chegaram às costas inglesas de forma irregular a bordo de pequenas embarcações em 2022. Desde o início de 2023 foram registradas mais de 13.000 chegadas.

A lei recebeu muitas críticas no Reino Unido e também de organizações internacionais, como a ONU, que reagiu afirmando que o texto é contrário ao direito internacional.

A legislação entra "em contradição" com as obrigações do Reino Unido sob o direito internacional no que diz respeito aos direitos humanos e aos refugiados, afirmaram em um comunicado os respectivos diretores das agências da ONU para estas questões, Volker Türk e Filippo Grandi.

Além de impedir que os migrantes sem documentos possam solicitar asilo no país, o governo britânico deseja que eles sejam rapidamente detidos e expulsos, seja para seu país de origem ou para outro Estado como Ruanda, independente de sua procedência.

No ano passado, o Reino Unido anunciou um acordo com Ruanda para enviar ao país os migrantes em situação irregular, mas até o momento nenhuma expulsão foi concretizada. O primeiro voo no âmbito do pacto, previsto para junho de 2022, foi cancelado após uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH).

No fim de junho, a Justiça britânica declarou o projeto ilegal, mas o governo anunciou um recurso contra a decisão.

O projeto de lei sobre imigração ficou bloqueado durante semanas no Parlamento, depois que a Câmara dos Lordes apresentou vários pedidos de emendas, com o objetivo de restringir as detenções de menores de idade e para evitar formas de escravidão moderna.

O texto precisa ser ratificado pelo rei Charles III para virar lei.

O rei Charles III fez seu primeiro discurso ao Parlamento britânico nesta segunda-feira (12) e prometeu "ser fiel" ao governo de modelo constitucional.

Além disso, voltou a falar de sua mãe, a rainha Elizabeth II, e disse sentir o "peso da história" com a sua perda.

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Acompanhado da rainha consorte Camilla, Charles ainda lembrou a "dedicação insuperável" de sua "amada mãe" ao país e ao seus deveres, prometendo servir aos mesmos princípios. Depois, voltando a citar William Shakespeare, afirmou que Elizabeth II era "uma modelo de vida em todos os princípios".

A fala do novo monarca ocorreu após diversos políticos manifestarem publicamente mensagens de condolências ao rei pela morte da rainha, ocorrida no último dia 8, no Palácio do Balmoral, na Escócia.

Entre aqueles que presenciaram o primeiro discurso, estão os ex-primeiros-ministros Theresa May e Boris Johnson.

Após o discurso, o rei Charles se dirigiu para a Escócia para participar da abertura do velório público da rainha, que será realizada na igreja St. Gilles, em Edimburgo, na Escócia.

O corpo da monarca chegou à cidade neste domingo (11) e ficará na sede religiosa até a terça-feira (12). De lá, será transferido para Londres, onde a partir da quarta-feira (13) ficará em novo funeral público por mais quatro dias em Westminster.

A rainha será sepultada no dia 19 de setembro, na Capela Memorial George VI, no Palácio de Windsor, ao lado do túmulo de seu pai.

Da Ansa

A parlamentar britânica Stella Creasy foi advertida por comparecer à Câmara dos Comuns com seu bebê de 3 meses, que amamenta, gerando novos debates nesta quarta-feira (24) sobre os direitos dos parlamentares que se tornam pais.

Membro da oposição trabalhista, Creasy postou no Twitter a foto de um e-mail oficial dizendo a ela que não poderia comparecer "com uma criança".

Em setembro, a deputada compareceu à Câmara dos Comuns com seu recém-nascido para exigir de seu presidente, Jacob Rees-Mogg, que as mães fossem apoiadas em vez de "repreendidas" quando retornassem ao Parlamento, já que não contam com uma real licença-maternidade.

Desde fevereiro, as ministras do Reino Unido têm direito a seis meses de licença-maternidade remunerada e substituição. Antes disso, eram obrigadas a renunciar.

Deputadas que não são membros do governo não são substituídas. Desde 2019 elas podem votar por procuração, depois que a parlamentar trabalhista Tulip Siddiq adiou uma cesárea e compareceu a uma importante votação do Brexit em uma cadeira de rodas.

Questionado sobre o assunto pela BBC, o vice-primeiro-ministro Dominic Raab disse: "Devemos garantir que nossa profissão se enquadre ao século 21 e permita que os pais conciliem trabalho e tempo para a família".

“A decisão final cabe às autoridades da Câmara”, acrescentou, mas em sua opinião, a presença de um bebê “não a impedia,“ a título pessoal, “de fazer (o seu) trabalho”.

Com orações e um minuto de silêncio, os deputados britânicos prestam uma homenagem nesta segunda-feira (18) a seu colega David Amess, morto após ser esfaqueado em seu reduto eleitoral por um homem potencialmente motivado pelo extremismo islâmico, segundo a polícia antiterrorismo.

Amess, de 69 anos, levou múltiplas facadas na última sexta (15) em Leigh-on-Sea, no sudeste da Inglaterra. As motivações da agressão ainda não foram estabelecidas.

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Veterano legislador do Partido Conservador do primeiro-ministro Boris Johnson, católico fervoroso e ferrenho defensor do Brexit, ele deixa cinco filhos.

Depois do ataque, seu autor, um britânico de 25 anos de origem somali que havia seguido um programa de luta contra a radicalização, sentou-se e esperou a chegada da polícia.

Desde então, ele está em prisão preventiva, com base na lei antiterrorismo, a qual permite que ele seja interrogado até a próxima sexta-feira (22). Ainda não foi formalmente acusado.

Identificado como Ali Habi Ali pela rede BBC, o jovem havia solicitado um encontro com o deputado, que, naquele dia, recebia seus eleitores em uma pequena igreja.

Dizendo-se traumatizado, seu pai, Harbi Ali Kullane, um ex-conselheiro do primeiro-ministro somali, confirmou ao jornal Sunday Times que seu filho está detido.

O ataque chocou o Reino Unido, que recorda do assassinato, em 2016, da deputada trabalhista Jo Cox. A legisladora pró-europeia de 41 anos foi morta, na rua, por um simpatizante neonazista, uma semana antes da consulta popular sobre o Brexit.

Em sua volta do recesso, o Parlamento fará uma sessão especial, durante a qual todo espectro político da Casa prestará uma homenagem ao colega. Eleito pela primeira vez em 1983, David Amess era respeitado por todos por sua gentileza e por seu trabalho.

"O que realmente o definia é que, mesmo quando ele discordava da gente, havia uma generosidade de espírito", disse o vice-primeiro-ministro Dominic Raab à rádio da BBC.

- Orações e uma procissão -

Na sala da assembleia, Patricia Hillas, capelã da Câmara dos Comuns, fará uma oração especial, por volta das 14h30 locais (10h30 no horário de Brasília). Em seguida, os deputados farão um minuto de silêncio.

Depois disso, o primeiro-ministro Boris Johnson estará à frente de várias horas de homenagens. Na sequência, liderados pelo presidente da Câmara, Lindsay Hoyle, os legisladores farão uma procissão até uma igreja junto à Abadia de Westminster para um serviço memorial de Amess.

"Vai ser muito difícil hoje", tuitou a deputada trabalhista Jess Phillips, explicando que este momento a recorda de seu retorno ao Parlamento após a morte de Cox. Naquele dia, "tentava esconder minhas lágrimas no trem", afirmou.

A família Amess disse não "entender por que essa coisa horrível aconteceu".

"Ninguém deve morrer desta forma, ninguém", lamentaram os familiares de Amess, em uma declaração divulgada pela polícia no domingo (17).

Na mesma nota, na qual descrevem a vítima como um "homem de paz", a família pede, no entanto, que "se deixe o ódio de lado e se trabalhe pela unidade".

"Qualquer que seja sua raça, suas crenças religiosas ou políticas: sejam tolerantes e tentem entender", completou.

A polícia declarou o assassinato um ato terrorista e disse que investiga "uma possível motivação ligada ao extremismo islâmico".

De acordo com um de seus amigos citado pelo jornal The Sun, Ali Habi Ali "se radicalizou completamente na Internet".

A primeira-ministra britânica, Theresa May, sofreu nesta terça-feira (12) outra derrota histórica pelas mãos dos deputados britânicos, que rejeitaram pela segunda vez seu controverso acordo de Brexit, negociado até o último minuto com Bruxelas.

Faltando apenas duas semanas e meia para a data em que o Reino Unido deve deixar a União Europeia, em 29 de março, os deputados rejeitaram este "acordo melhorado" por 242 votos a favor e 391 contra.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, disse após a votação que o destino do tratado negociado por May foi selado.

"Seu acordo, sua proposta, o que a primeira-ministra apresentou, está claramente morto", afirmou Corbyn.

Para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a nova rejeição do acordo de divórcio negociado entre Londres e Bruxelas, aumentou "significativamente a probabilidade de um Brexit sem acordo" faltando apenas 17 dias para a data prevista para a ruptura.

O chefe de negociações da UE para o Brexit, Michel Barnier, disse nesta terça que o bloco fez tudo o possível para ajudar na aprovação do acordo.

"O impasse só pode ser resolvido pelo Reino Unido", tuitou Barnier. "Nossos preparativos para um [Brexit] 'sem acordo' são agora mais importantes do que antes", acrescentou.

Mais cedo, faltando minutos para o início da votação no Parlamento britânico, Barnier havia advertido os deputados britânicos de que não poderia haver um período de transição para a saída do Reino Unido se o acordo sobre a mesa fosse rechaçado.

"Parece que há uma perigosa ilusão de que o Reino Unido pode se beneficiar de uma transição na falta do acordo de retirada", escreveu Barnier também no Twitter. "Está muito claro: a única base legal para uma transição é o acordo de retirada", acrescentou.

A derrota representa um novo revés histórico ao tratado que devia pôr fim a 46 anos de integração britânica no bloco europeu, embora tenha sido menor que a derrota humilhante que May sofreu em janeiro, quando 432 deputados votaram contra e 202 a favor de seu projeto.

Na abertura de cinco horas de debate parlamentar, a primeira-ministra conservadora, visivelmente cansada e afônica, tinha advertido que em caso de repúdio, o Reino Unido se "arrisca a um Brexit sem acordo ou nenhum Brexit".

May tentou salvar o texto, um calhamaço de 585 páginas, fruto de um ano e meio de negociações árduas, literalmente até o último minuto.

Perto da meia-noite, ela e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, tinham anunciado em Estrasburgo, no norte da França, acordos de última hora sobre o ponto mais conflituoso, a "salvaguarda irlandesa".

Mas estes não foram suficientes para acalmar os temores de muitos deputados. Um influente grupo de legisladores eurocéticos, que incluem o chefe de fileiras do partido unionista norte-irlandês DUP - aliado-chave de May no Parlamento - tinha recomendado votar contra após analisar seu conteúdo.

- "Sem mudanças" -

Pesou em sua decisão a avaliação legal do procurador-geral Geoffrey Cox, encarregado de aconselhar juridicamente o governo e que participou pessoalmente nos últimos dias das negociações em Bruxelas.

Em um relatório publicano pela manhã, Cox reconheceu que os novos adendos ao Tratado de Retirada "reduzem o risco" de que o Reino Unido ficasse "indefinida e involuntariamente" preso em uma união alfandegária com a UE.

Mas "os riscos jurídicos continuam inalterados", sentenciou, jogando um balde d'água fria na reavivada esperança de que desta vez o acordo fosse aprovado.

A denominada "salvaguarda irlandesa" busca evitar a reinstauração de uma fronteira física entre a República da Irlanda - país-membro da UE - e a província britânica da Irlanda do Norte para proteger o frágil Acordo de Paz de 1998. Mas os deputados eurocéticos no Partido Conservador de May temem que deixe, de fato, os britânicos fiquem presos indefinidamente nas redes europeias.

A solução apresentada por May e Juncker na segunda-feira consistia em um intrincado "instrumento conjunto legalmente vinculante", pelo qual o Reino Unido poderia denunciar a UE perante uma corte de arbitragem internacional se considerasse que o bloco agia de má fé para impor uma "salvaguarda irlandesa" permanente.

A premiê havia prometido que se os deputados derrubassem novamente o acordo, organizaria uma nova votação na quarta-feira para que os parlamentares deixassem claro se estão a favor ou contra a um Brexit sem acordo, dadas as consequências econômicas catastróficas que esta hipótese teria para o país.

Se o Parlamento rejeitar também esta opção, na quinta-feira deveria haver uma terceira votação sobre a possibilidade de se pedir à UE um adiamento da data do Brexit.

Segundo uma porta-voz do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, os membros considerariam uma solicitação razoável dos britânicos para adiar o Brexit.

- Risco de eleições antecipadas -

"Votamos a favor de sair da UE, sendo assim devemos sair da UE, somos uma democracia", dizia, indignada, Suzanne Nicholson, de 65 anos, professora aposentada que protestava junto com uma centena de pessoas em frente ao Parlamento de Westminster.

O Brexit "é uma péssima ideia", afirmava ao contrário outra manifestante, Pat Gillies, também aposentada de 65 anos, deixando clara a divisão que reina no país.

Segundo Charles Walker, importante nome do partido de May, uma nova derrota poderia resultar rapidamente em eleições legislativas antecipadas.

"Se não tem êxito esta noite, tão certo como a noite segue o dia, haverá eleições gerais em questão de dias ou semanas", havia dito à rádio BBC4.

Um adiamento poderia resultar também na organização de um segundo referendo, após o de junho de 2016, que terminou com 52% de votos a favor do Brexit e iniciou todo este processo.

A opção enfrenta o repúdio frontal do governo, mas tem cada vez mais adeptos entre os deputados britânicos que gostariam de anular o Brexit simplesmente.

Um homem foi preso nesta quinta-feira (27) ameaçando pessoas com "diversas facas" próximo ao Parlamento britânico, em Londres, informa a mídia local. Várias ruas da região foram fechadas para pedestres e carros e fotos publicadas nas redes sociais mostram equipes da polícia verificando o local.

Segundo testemunhas, ao menos duas grandes facas foram vistas com o criminoso, que estava próximo aos escritórios ministeriais do governo de Theresa May.

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A região de Westminster foi palco de um atentado terrorista em março, quando quatro pessoas morreram após um homem, identificado como Khalid Masood, atropelar e esfaquar quem estava no local. Masood foi morto pela polícia.

O silêncio dominava nesta quinta-feira (23) os arredores do Parlamento britânico, região ainda interditada pela polícia, enquanto, no interior da Câmara, os deputados prestavam homenagem às vítimas do atentado da véspera.

Em geral, esta zona do centro, onde as principais instituições dos três braços do governo têm sua sede, está repleta de homens e mulheres com pressa de chegar em seus escritórios. A esta multidão de trabalhadores se somam milhares de turistas que vão fotografar o famoso Big Ben ou subir na roda-gigante London Eye.

Mas nesta quinta-feira reinava uma calma incomum. O palácio de Westminster estava mais fortificado. Os agentes da polícia realizam patrulhas ostensivas. A praça do Parlamento e a Whitehall, a avenida que a conecta à Trafalgar Square, estão fechadas. Assim como a ponte de Westminster. E as bandeiras ondeiam a meio mastro. O aumento da presença policial era notável.

"Fico tranquilo de ver tanta polícia nas ruas, definitivamente há nervosismo, se sente", explicou à AFP Jason Llewelyn, um funcionário do governo que ia ao trabalho.

"Passo todas as manhãs pela ponte de Wesminster e é evidente que ocorreu algo muito grave aqui", acrescentou.

- Londres não estava a salvo -

Os helicópteros sobrevoavam a zona, e a grande roda-gigante, a partir da qual centenas de turistas presenciaram o atentado, está fechada.

Além disso, no portão onde o criminoso esfaqueou um policial e foi abatido a polícia instalou uma tenda azul para seguir com os exames periciais. No chão ainda havia um pedaço de pano manchado de sangue, provavelmente ali desde o dia anterior.

Londres se livrou nos últimos anos dos grandes atentados sofridos por Paris, Bruxelas, Nice ou Berlim.

No entanto, as autoridades não pararam de advertir que a capital britânica não estava a salvo e, em sua escala para informar sobre a ameaça terrorista, o grau era o segundo maior, "severo", que significa que era altamente provável que ocorresse.

Um responsável de segurança afirmou há pouco tempo que haviam sido frustrados 13 planos para atentar no Reino Unido desde junho de 2013.

- "Seguir vivendo" -

"Chegamos ontem e vimos a notícia na internet (...) não nos sentimos seguros", explicou Stephanie Scheider, uma turista alemã de 20 anos. Por medo de outro atentado, ela e sua amiga não irão ao Palácio de Buckingham, residência da rainha, como planejavam. 

"É o único lugar que vamos evitar", explicou. Um pouco mais longe, um casal de turistas franceses, Elodie e Mickael, prefere relativizar. "O risco está por toda parte, sabemos disso porque vivemos em Paris", argumenta Mickael. "Não se deve parar, precisamos continuar vivendo normalmente".

Jemma Jackson, uma enfermeira pediátrica britânica, se nega a se render ao medo. "Penso no que Theresa May disse ontem, e acredito que é justo falar que é preciso seguir vivendo como antes, e não ter medo", explicou à AFP.

"Pode ser que as pessoas tenham um pouco de medo", admite, "mas não vamos deixar que nos vençam".

Nesta quarta-feira (22) um tiroteio ocorreu em frente ao parlamento britânico. Segundo a agência Reuters um policial foi esfaqueado dentro do prédio e o agressor foi atingido por disparos da polícia, que abriu fogo. Policiais armados e com escudos foram vistos entrando no prédio.

Pelo menos 12 pessoas foram feridas no incidente. De acordo com o Daily Mail, três corpos estavam visíveis na área externa do prédio, mas o número de feridos ainda é incerto. O jornal local noticiou que a primeira ministra, Theresa May, foi evacuada e a ordem das forças de segurança foi que todos se mantivessem dentro do parlamento. O palácio foi imediatamente fechado até a situação a situação normalizar.

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Pelo menos dez testemunhas afirmaram terem sido atingidas por uma 4x4 na ponte de Westminster, quando o veículo invadiu a área de pedestres e ciclistas. Testemunhas também afirmam terem visto um homem com uma faca. Jayne Wilkinson contou ao jornal britânico que, quando tirava fotos do Big Ben, viu as pessoas correndo em sua direção e um homem, com cerca de 40 anos, carregando uma faca de mais de 15 centímetros. Depois ouviu os tiros e, quando atravessou a rua, havia um homem ferido no chão.

'O editor de política do Daily Mail,John Stevens, postou no Twitter que uma ambulância foi vista levando "o corpo de uma pessoa que acreditamos que seja o policial morto, coberto por um cobertor vermelho".

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A deputada Michelle Thomson relatou nesta quinta-feira (8) no Parlamento britânico o estupro que sofreu quando tinha 14 anos para conscientizar a sociedade e romper com o tabu em torno deste tema.

"Eu nem sequer sabia o que era um estupro. Não era algo que se falasse, minha mãe nunca me explicou, nunca ouvi de outras meninas ou mulheres a este respeito", explicou a parlamentar escocesa de 51 anos. "Graças a Deus foi rápido. E lembro de ter sentido surpresa, depois medo, horror, quando me dei conta de que não podia escapar, porque obviamente [o agressor] era mais forte que eu".

Thomson pediu para que o problema não seja silenciado, como ela o fez quando não contou a sua mãe o que havia acontecido para não feri-la. "Durante muitos anos, não pude dizer nada a esse respeito sem chorar. Ao chegar aos 40 anos procurei ajuda", acrescentou. "Existe um tabu na hora de compartilhar esse tipo de informação. Certamente, para as pessoas da minha geração é chocante falar em público de uma coisa assim".

Thomson rejeitou a ideia de que a mulher possa ser culpada pelo estupro, algo que atribuiu a uma "perspectiva masculina" e cujo resultado é pensar que a vítima não se defendeu o suficiente ou que provocou a agressão.

Os deputados britânicos se encaminham para uma adoção do projeto de lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, apesar de um novo gesto desafiador nesta segunda-feira (20) dos conservadores em relação ao primeiro-ministro David Cameron, favorável ao texto.

Na véspera de uma votação sobre o projeto de lei prevista para terça, última etapa na Câmara dos Comuns antes de uma passagem pela Câmara dos Lordes, governo e oposição trabalhista chegaram a um acordo de última hora para neutralizar uma emenda que colocava todo o texto em risco.

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Nesta segunda à noite, ao final de mais de cinco horas de debate, 70 deputados -incluindo 56 conservadores- votaram a favor desta emenda que o governo considerava ser destinada a fazer todo o projeto de lei "descarrilar", enquanto 375 se opuseram.

A emenda, apresentada pelo deputado 'tory' Tim Loughton, pedia a extensão aos casais heterossexuais da união civil até então reservada aos casais homossexuais, e tentava, com isso, unir os opositores ao casamento gay e os defensores da igualdade.

Mas os trabalhistas propuseram uma solução de compromisso, aprovada pelo governo de coalizão entre conservadores e liberal-democratas, que foi aprovada na noite desta segunda pela ampla maioria dos deputados. A proposta visa lançar um processo de consulta com o objetivo de reformar a parceria civil mas sem colocar em questão todo o projeto de lei sobre o casamento gay.

"A incapacidade de David Cameron de controlar seu partido não deve comprometer o projeto de lei sobre o casamento igualitário. O compromisso dos trabalhistas é irreversível", havia afirmado nesta segunda o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband.

Uma primeira versão do projeto de lei sobre o casamento gay havia sido adotada em fevereiro na Câmara dos Comuns por 400 votos contra 175. Entre os opositores estão 136 dos 303 deputados conservadores.

A nova votação acontece em um momento delicado para David Cameron, já submetido a uma forte pressão da ala à direita de seu partido sobre a questão do referendo sobre a União Europeia, diante do avanço do partido populista e eurófobo Ukip.

Os serviços do primeiro-ministro haviam indicado que a polêmica emenda custaria 4 bilhões de libras (4,7 bilhões de euros), pesando sobre as aposentadorias e atrasando em dois anos a votação de uma lei sobre o casamento homossexual.

O projeto de lei prevê permitir que casais do mesmo sexo se casem civilmente e deixa também às diversas confissões a possibilidade de celebrar ou não uniões homossexuais religiosas, à exceção talvez da Igreja Anglicana, majoritária nos países britânicos e para a qual o casamento gay permanecerá proibido.

Mesmo causando fortes divisões no Partido Conservador, o projeto de lei recebe grande apoio da população. De acordo com uma pesquisa do YouGov divulgada nesta segunda-feira, 54% dos britânicos são favoráveis a ele.

O projeto de lei será submetido na terça à votação da Câmara dos Comuns antes de voltar para a Câmara dos Lordes (câmara alta do Parlamento), que pode votar emendas que levariam o projeto novamente para a câmara baixa.

Se o projeto for adotado definitivamente, o Reino Unido será o 15º país do mundo a legalizar o casamento entre homossexuais. Os casais homossexuais britânicos já possuem os mesmos direitos parentais dos casais heterossexuais. Eles podem adotar desde 2005 e recorrer à procriação assistida e a uma mãe de aluguel, contanto que esta não seja remunerada. Também podem registrar uma união civil desde 2005.

O vice-presidente da Câmara dos Comuns no Parlamento britânico, Nigel Evans, foi detido neste sábado (4) sob a acusação de violentar um homem e agredir sexualmente outro indivíduo, informou a imprensa em Londres. Nigel Evans, do Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, foi interrogado sobre os supostos ataques cometidos contra dois jovens de 20 anos.

Evans, 55, é membro do Parlamento por Ribble Valley, no condado de Lancashire, noroeste de Inglaterra, e ocupa uma das vice-presidências da Câmara dos Comuns. A polícia de Lancashire admitiu em um comunicado que "um homem de 55 anos de Pendleton, em Lancashire, foi detido hoje, sábado, 4 de maio, por suspeita de estupro e agressão sexual".

Uma porta-voz da polícia informou posteriormente que o "suspeito" foi libertado sob fiança até o dia 19 de junho. A polícia revelou que o suposto ataque ocorreu em Pendleton, onde Evans vive, entre julho de 2009 e março de 2013.

David Cameron foi informado da prisão de Evans, segundo a imprensa. Evans revelou ser gay em 2010, oito anos após ser eleito para a Câmara dos Comuns, dizendo estar "cansado de viver uma mentira".

Nigel Evans é uma figura popular em Westminster e estimado por legisladores de todo o espectro político. A notícia surpreendeu seus colegas conservadores. "Todo mundo está completamente surpreso", disse Michael Ranson, presidente da Associação Conservadora Ribble Valley, à rede de televisão Sky News. "É um deputado muito popular".

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