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O preço de venda de gás natural terá redução média de 7,1% por metro cúbico, na comparação com o trimestre de maio a julho. O percentual considera a variação do preço do produto e do seu transporte por dutos.

Conforme a Petrobras, com a atualização, o preço do gás natural vendido pela empresa para as distribuidoras acumula redução de aproximadamente 25% no ano.

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A redução, segundo a Petrobras, entra em vigor no dia 1º de agosto e segue de acordo com os contratos acertados pela companhia com as distribuidoras.

A empresa informou ainda que “os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio”.

De acordo com a Petrobras, para o trimestre em referência, “o petróleo teve queda de 3,8% e o câmbio teve apreciação de 4,8%”.

Segundo a Petrobras, o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, como também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora. Nessa análise, estão as suas margens, e no caso do GNV, dos postos de revenda e os tributos federais e estaduais.

“Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia ressalta que a atualização anunciada para 01/08/23 não se refere ao preço do GLP [gás de cozinha], envasado em botijões ou vendido a granel”, informa a estatal.

A Petrobras informou nesta segunda-feira, 17, que o preço do gás natural terá redução média de 8,1% a partir de maio. Os contratos da estatal com as distribuidoras de gás preveem atualizações trimestrais desses preços e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.

Durante o trimestre de fevereiro a abril, o petróleo teve queda de cerca de 8,7% e o real teve apreciação de aproximadamente 1,1% em relação ao dólar.

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Além disso, a parcela do preço relacionada ao transporte do gás é atualizada anualmente no mês de maio, vinculada à variação do IGP-M, e sofrerá atualização de aproximadamente 0,2%.

Com essa atualização, o preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras acumulará redução de aproximadamente 19% no ano.

A Petrobras ressalta, em comunicado, que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV - Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.

Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas.

A companhia reforça ainda que a atualização anunciada para 1º de maio não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.

A Petrobras anunciou hoje (10) que vai atualizar o valor do gás natural. O preço de venda para as distribuidoras vai cair, em média, 11,1% por metro cúbico, a partir do dia 1º de fevereiro, conforme prevê os contratos de distribuição por dutos. A redução é em relação ao valor praticado no trimestre novembro-dezembro-janeiro.

De acordo com a estatal, os contratos preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.

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“Durante esse período, o petróleo teve queda de 11,9%; e o câmbio teve depreciação de 0,2% [isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 0,2%]. Houve ainda, conforme previsto nos contratos celebrados no final de 2021 e com vigência de 01/01/2022 a 31/12/2025, redução na fórmula de precificação que passou de 16,75% do Brent para 14,40% do Brent”, justificou a empresa.

Preço final

A redução no preço para as distribuidoras, contudo, não significa repasse imediato para o consumidor final.

Segundo a Petrobras, o preço final do gás natural depende também do portfólio de suprimento de cada distribuidora, das margens das empresas e dos postos de revenda, além dos tributos federais e estaduais.

As tarifas ao consumidor também dependem de aprovação pelas agências reguladoras estaduais.

Os preços atualizados de venda de gás natural, transportado e distribuído por dutos, terão - a partir desta terça-feira (1º) - redução média de 5% em R$/m³, com relação ao trimestre entre agosto e outubro, conforme determinam os contratos acordados pela Petrobras com as distribuidoras.

Segundo a companhia, eles “preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio”.

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Durante o trimestre, de acordo com a empresa, o petróleo teve queda de 11,5%, além da depreciação de 6,5% no câmbio, o que significa que “a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 6,5%”.

A Petrobras destacou que o preço final do gás natural ao consumidor não é definido somente pelo preço de venda da companhia, as margens das distribuidoras e, no caso do gás natural veicular  (GNV), dos postos de revenda entram nas contas, como também os tributos federais e estaduais.

Tarifas

A companhia ressaltou ainda que as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. “Importante informar que a atualização anunciada para 1/11/22 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel”, observou a Petrobras.

Como estabelecido nos contratos acertados, os preços atualizados vão valer até 31 de janeiro de 2023. “A atualização trimestral do preço do gás natural e anual para o transporte do produto permite atenuar volatilidades momentâneas e aliviar, no preço final, o impacto de oscilações bruscas e pontuais no mercado externo, assegurando, desta forma, previsibilidade e transparência aos clientes”, informou a empresa, acrescentando que os contratos são públicos e divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Rússia voltou a reduzir o fornecimento de gás natural à Europa nesta sexta-feira (17), cortando os fluxos para Itália e Eslováquia pela metade e interrompendo completamente as exportações para a França, num momento em que países da região se esforçam para reduzir sua dependência da oferta russa em meio à guerra na Ucrânia.

Trata-se do terceiro dia seguido de cortes significativos da commodity que alimenta a indústria e gera eletricidade na Europa.

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As reduções, que também atingiram a Alemanha e a Áustria, impulsionaram ainda mais os preços do gás, que estão levando a inflação da região a níveis recordes.

Moscou atribuiu os cortes a um problema técnico no gasoduto Nord Stream 1 que atende a Alemanha e a França, com a alegação de que equipamentos que estavam sendo recondicionados no Canadá ficaram presos por causa de sanções impostas pelo Ocidente aos russos, pelo conflito na Ucrânia.

Lideres na Alemanha e Itália dizem que as reduções são uma tática política que agravaram os problemas energéticos na Europa, após cortes anteriores do gás russo para Polônia, Bulgária, Finlândia, Holanda e Dinamarca.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira que as reduções são uma "chantagem contra países individuais e a Europa como um todo".

A Petrobras terá de importar mais gás natural liquefeito (GNL) em meio à disparada do preço no mercado internacional. Nesta segunda (23), a empresa confirmou que a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) cortou em 30% o fornecimento do insumo - ou cerca de seis milhões de metros cúbicos por dia. A queda reduz o alívio sentido pela Petrobras no primeiro trimestre do ano, quando comemorou a redução de importação de GNL e a consequente queda nos custos.

Segundo a Petrobras, a YPFB ainda não explicou o motivo do corte. A petroleira brasileira informou que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para que a YPFB cumpra o contrato que mantém com a empresa. Segundo fontes próximas ao assunto, o corte teria sido motivado pelo início do fornecimento de gás da Bolívia para a Argentina por preços melhores do que os praticados pela Petrobrás.

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Com a guerra entre Rússia e Ucrânia o preço do GNL disparou no mercado internacional. Se na pandemia o milhão de BTU (medida usada na comercialização do insumo) era negociado a US$ 5, ontem o preço girava em torno de US$ 27 o milhão de BTU, depois de já ter batido US$ 34.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O litro da gasolina atingiu pela primeira vez R$ 8 em Angra dos Reis (R$ 8,029), Rio de Janeiro, na semana de 23 a 29 de janeiro, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em média, o preço da gasolina no País ficou em R$ 6,658 o litro, registrando estabilidade em relação à semana anterior. O menor preço foi encontrado em Carapicuíba, em São Paulo, a R$ 5,579 o litro.

O preço do litro de diesel também ficou estável no mesmo período, com o valor mais alto, de R$ 6,905, encontrado em Pindamonhangaba, em São Paulo, e o mais baixo, de R$ 4,599, também em São Paulo.

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O último aumento da gasolina e o diesel pela Petrobras foi realizado em 12 de janeiro,mas o mercado aguarda um novo reajuste a qualquer momento, depois que o petróleo disparou no mercado internacional e chegou a ser cotado a US$ 90 o barril, fechando a semana em US$ 88,52, impulsionado pelo conflito entre a Rússia e Ucrânia.

O Gás Natural Veicular (GNV) continua em trajetória altista, com preço médio de R$ 4,487 o metro cúbico, 0,7% maior do que na semana anterior, acumulando alta de 2,4% no mês de janeiro, também seguindo as cotações internacionais.

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 quilos, ou gás de cozinha, registrou estabilidade na última semana do mês, com preço médio de R$ 102,44, sendo o preço mais alto de R$ 140,00 e o mais baixo de R$ 78,00 o botijão.

A Justiça do Rio concedeu liminar favorável ao pedido da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para suspender o aumento de 50% no preço do gás natural fornecido pela Petrobras à Naturgy, distribuidora do energético em municípios fluminenses. A decisão é do juiz Andre Felipe Tredinnick, que analisou a ação civil pública movida pela Mesa Diretora e pela Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, representadas pelo presidente, deputado André Ceciliano (PT).

Em sua decisão, o juiz alegou que a Petrobras está impondo aumento "abusivo", o que, segundo ele, compromete os direitos dos consumidores. Isso porque o gás é um insumo essencial, com impactos em diversos setores econômicos, como na indústria, nos serviços e transporte público.

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"É de se observar que essa prática, da busca desmedida de lucro, na consagração de um sistema econômico perverso, vulnera os direitos humanos previstos na Constituição Federal, que colocam a dignidade da pessoa humana em suas necessidades básicas, como a vida, a saúde e a existência condigna, acima de interesses privados opostos aos interesses da coletividade", afirma Tredinnick.

Já Ceciliano diz que a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras "é boa para os seus acionistas e para o governo federal, que detém a maioria das ações, mas é péssima para o povo".

A Petrobras rebateu críticas de que esteja praticando reajuste abusivo do preço do gás natural. A empresa vai recorrer à Justiça para cassar liminares que determinaram a suspensão do aumento de 50% no valor do insumo.

Segundo a estatal, do total de consumo das distribuidoras locais de gás, cerca da metade já tinha o suprimento contratado para 2022, "cujas condições seguem sendo cumpridas rigorosamente nos termos e condições de preços e reajustes previamente acordados", como afirmou por meio de sua assessoria de imprensa.

A empresa argumenta ainda que atende seus contratos de venda de gás por meio de um portfólio de ofertas composto por produção nacional e importação do gás da Bolívia e de Gás Natural Liquefeito (GNL). De acordo com a petrolífera, a alta demanda por GNL e limitações da oferta internacional resultaram em expressivo aumento do preço internacional do insumo, que chegou a subir cerca de 500% em 2021.

Algumas distribuidoras de gás optaram, nos últimos anos, por contratos de curto prazo e, por isso, não possuíam ainda fornecimento assegurado para 2022.

A Petrobras diz que iniciou as negociações para novo contrato com essas distribuidoras com antecedência e dentro do cronograma estabelecido pelas concessionárias no âmbito das chamadas públicas que contaram com propostas da Petrobras e de outras empresas.

Foram oferecidos às distribuidoras de gás natural produtos com prazos de seis meses, um ano, dois anos e quatro anos, além de mecanismos contratuais para reduzir a volatilidade dos preços, como, por exemplo, referência de indexadores ligados ao GNL e ao Brent, opção de parcelamento e possibilidade de redução dos volumes nos contratos de maior prazo.

Oito concessionárias seguiram o rito por elas estabelecido nas chamadas públicas e celebraram contratos com a Petrobras.

"O preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da Petrobras, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas", alega a petrolífera.

Três investidores apostam no gás natural do pré-sal para gerar energia elétrica térmica a preço compatível com o das hidrelétricas. E são dos grandes: a empresa petrolífera Shell, a fabricante de equipamentos Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas (MHPS) e o Pátria Investimentos, operador da usina térmica Marlim Azul. Nesse projeto de R$ 2,5 bilhões, em construção no município de Macaé, no norte fluminense, o "pulo do gato" está no preço do gás, utilizado como insumo, disseram os investidores.

Com operação prevista para o início de 2023, a usina será a primeira pensada para agregar valor ao gás do pré-sal. A Shell vai fornecer a matéria-prima, extraída por ela própria da Bacia de Santos, a um valor mais competitivo, porque não será atrelado ao dólar e a cotações internacionais, como fazem concorrentes. A Petrobras, por exemplo, alinha o preço de seu gás ao do produto importação. Na prática, seus clientes compram o produto brasileiro a preço do importado.

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"Baixamos o preço (do megawatt-hora, MWh) e vamos ser chamados sempre. Nossa energia é mais barata do que a de hidrelétricas, e a previsão é despachar mais de 80% (da capacidade)", disse Bruno Chevalier, presidente da Marlim Azul.

Quando pronta, a usina terá capacidade para gerar 565 megawatt (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de 2,5 milhões de habitantes. Metade da construção foi concluída, e os principais equipamentos já estão no Brasil. Uma nova unidade pode ser instalada no mesmo terreno. Mas, para isso, o projeto deve ser contratado em novo leilão, o que dificilmente vai acontecer ainda neste ano.

Marlim Azul, assim como outras térmicas planejadas para Macaé, surgiu do empresário Hugo Crespo, do Grupo Vale Azul. A estratégia do GVA é desenvolver projetos de infraestrutura que superam sua capacidade de investimento. Assim, ele se associa a parceiros de grande porte e, quando o projeto está maduro e na fase de decisão de investimento, o grupo vende sua participação. O GVA começou a desenvolver térmicas e licenciá-las em 2008.

Além das térmicas do GVA e de Marlim Azul, o Estado do Rio de Janeiro já licenciou usinas da EDF, Eneva, MHPS e GPE.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reconhecida como a "capital brasileira do petróleo" até a primeira metade dos anos 2000, a cidade de Macaé, no norte fluminense, perdeu o título e o poder econômico. Nos últimos cinco anos, o dinheiro que era farto passou a migrar para outros municípios mais próximos do pré-sal. Na tentativa de retomar a grandiosidade do passado, Prefeitura e empresários locais fazem, agora, uma nova aposta: construir o maior parque de geração de eletricidade em usinas térmicas do País, utilizando o gás natural extraído do pré-sal.

O plano é instalar 11 usinas, com capacidade total de 14 gigawatt (GW), o equivalente a uma hidrelétrica de Itaipu. É um investimento de cerca de R$ 20 bilhões, em até uma década. Essa quantidade de dinheiro seria a mesma reservada por empresas petrolíferas para explorar e produzir petróleo no litoral norte fluminense, no mesmo período, segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna.

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Mesmo assim, não deve ser o suficiente para recuperar o brilho do passado. Pelo menos, por enquanto. Isso porque a Petrobras chegou a investir sozinha o que o conjunto de petrolíferas deve investir em uma década. Em 2013, por exemplo, foram US$ 9 bilhões. Nos próximos cinco anos, o desembolso previsto é de US$ 2,6 bilhões anuais.

Mas, se os planos da Prefeitura derem certo, a atividade de geração de energia vai ocupar uma parte significativa da indústria do petróleo na economia local. Num primeiro momento, Macaé dependia quase exclusivamente de royalties e movimentações econômicas atreladas à operação da Petrobras. Com o deslocamento da estatal para a Bacia de Santos, nas regiões metropolitanas dos Estados do Rio e de São Paulo, petrolíferas de menor porte assumiram parte dos investimentos da estatal. Além disso, a queda abrupta da cotação de petróleo contribuiu para que a arrecadação do município despencasse.

A decadência trouxe a lição de que é preciso diversificar as fontes de geração de emprego e renda. "Entendemos esses projetos de geração térmica como uma redenção para uma cidade que sempre se doou à indústria de petróleo", afirmou Vianna. Ainda não há previsão, no entanto, de quando serão repostos os mais de 60 mil empregos perdidos na crise. A expectativa da Prefeitura é de que, com os novos investimentos, isso aconteça em menos de dez anos.

Cronograma. Para o professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) Nivalde de Castro, o projeto de Macaé é ambicioso. "Temos de lembrar que, na privatização da Eletrobras, foi aprovada a construção de 8 GW de usinas termelétricas espalhadas por várias regiões. Mas a decisão vem do governo e vai depender do crescimento da economia", afirmou.

A primeira térmica a sair do papel, em janeiro de 2023, será a Marlim Azul, projeto de R$ 2,5 bilhões operado pelo fundo Pátria Investimentos, em sociedade com a Shell e a Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas (MHPS). Outras nove foram licenciadas, mas ainda não tiveram a energia contratada em leilão. Por isso, há grande expectativa em relação aos leilões de energia programados pelo governo federal para este e o próximo ano.

Realizado em junho, o último leilão frustrou o mercado. Somente a Petrobras saiu vitoriosa e, mesmo assim, com a venda de um pequeno volume de energia. Com o consumo em queda, devido à pandemia, as distribuidoras estão com mais eletricidade contratada do que precisariam e não devem voltar a comprar tão cedo. A crise hídrica, no entanto, pode ajudar a viabilizar o investimento em usinas térmicas.

"Nossa capacidade de geração está pronta. Estamos esperançosos de que, pelo menos, mais três projetos desse parque térmico emplaquem ainda neste ano", disse Vianna.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras informou ao mercado, nesta segunda-feira (5), que os preços de venda do gás natural para as distribuidoras terão aumento de 39% a partir do dia 1º de maio. Medido em dólares, o aumento será de 32%.

"A variação decorre da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio", diz a petrolífera.

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A empresa destaca que as atualizações dos preços dos contratos são trimestrais, ou seja, para o período e maio, julho e julho a referência são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março, quando o petróleo teve alta de 38%.

Outro ponto que influencia o preço é a alta de 31% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) entre março de 2020 e março de 2021, no repasse dos custos incorridos pela companhia para o transporte do insumo até o ponto de entrega às distribuidoras.

"Apesar do aumento em maio, junho e julho, ao longo de 2020, os preços do gás natural às distribuidoras chegaram a ter redução acumulada de 35% em reais e de 48% em dólares, devido ao efeito da queda dos preços do petróleo no início do ano", pondera a Petrobras.

A empresa também esclarece que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do gás veicular, dos postos) e pelos tributos federais e estaduais. "Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas."

Contra a 'boiada' já anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Partido Verde de Pernambuco repudiou a intenção do Governo Bolsonaro em explorar petróleo e gás natural próximo ao destino paradisíaco de Fernando de Noronha. Além do desmonte aos órgãos fiscalizadores, como ICMBio e Ibama, o secretário de Infraestrutura de Paulista, Jorge Carreiro (PV), ressaltou a importância da preservação para o equilíbrio ambiental.

O desejo do Governo Federal é explorar as bacias Potiguar, no território do Rio Grande do Norte e Ceará. Contudo, a área fica próxima ao território pernambucano de Fernando de Noronha, que conta com 21 ilhas e é considerado um Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.

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A crise do óleo cru que afetou o litoral nordestino em 2019 mostrou o potencial destrutivo da extração indiscriminada do material. Ter esse risco ao lado do parque nacional marinho, classificado como um santuário ecológico, foi criticado por Carreiro. "Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial", afirmou em nota.

Carreiro ressalta que a sociedade não acata a perseguição ao meio ambiente e aos órgãos de proteção ambiental. "A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo [...] Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas", concluiu.



Confira a nota na íntegra:

"O PV Pernambuco repudia as ofertas do governo federal para exploração de petróleo e gás natural nas bacias Potiguar (RN e CE), próxima ao parque nacional marinho de Fernando de Noronha, território pernambucano. Mesmo não sendo feito um estudo ambiental na região, conforme declarou o ICMBio e o Ibama, Noronha se trata de um santuário ecológico, composto por 21 ilhas, protegido por lei, além de ser Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, dada a diversidade da fauna, da flora e a fragilidade do ecossistema diante da ação humana. Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial.

A sociedade brasileira não aceita a perseguição ao meio ambiente e o desmonte dos órgãos de proteção ambiental, a exemplo do que vem acontecendo com o Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade (ICMBio), criado desde 2007. A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo – como a tragédia de Brumadinho e as recentes chuvas que não só devastaram, mas desabrigaram e destruíram comunidades nas regiões Sul e Sudeste do país. Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas. É dever do Estado Brasileiro promover a preservação do nosso ecossistema."

Os governadores do Nordeste que estão em missão comercial pela Europa cumprem agenda em Roma, na quarta-feira (20), e em Berlim, na quinta (21) e sexta-feira (22). Já nessa segunda (18), o uso de energias limpas foi destaque na missão internacional do Consórcio Nordeste.

Com interesse na criação de 'blue corridors', uma rota de transporte de gás natural entre os nove estados nordestinos, os governadores estiveram com representantes da Golar Power, joint venture entre a norueguesa Golar e o fundo norte-americano Stonepeak. 

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Denominado 'Rota Azul', o projeto de integração no Nordeste inclui a instalação de postos de combustíveis capazes de fornecer gás natural liquefeito (GNL) para veículos de carga. Em outros países, a exemplo da China, Espanha e Alemanha, os caminhões e ônibus movidos a gás natural já são realidade. 

O vice-presidente da Golar no Brasil, Marcelo Sacramento, disse que o plano de trabalho da empresa prevê inúmeras oportunidades de investimentos. “A disponibilidade do gás para carros e caminhões nas rodovias do Nordeste irá gerar uma nova dinâmica no transporte da região. Novas empresas irão se instalar e as já existentes vão ganhar competitividade”, afirmou.

O gás natural é considerado combustível de transição da economia de carbono, em razão das vantagens econômicas, geopolíticas e ambientais. 

Quando condensado, ele pode ser transportado em carretas ou navios gaseiros, permitindo atender localidades que não possuem gasodutos. Um dos benefícios do uso de GNL é a redução da emissão de poluentes. 

"Muito importante esse conjunto de investimentos estruturadores na região Nordeste, sobretudo por se tratar de um combustível menos poluente", comentou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

O Nordeste possui uma extensa malha de gasodutos cobrindo o litoral e a maior malha de rodovias do Brasil, além de complexos portuários com infraestrutura para atender a demanda interna e externa.

Ainda em Paris, os governadores se reuniram com a Voltalia, grupo francês que investe em energias renováveis em 20 países, incluindo o Brasil. No Nordeste, a empresa possui atividades no Rio Grande do Norte.

Os estados nordestinos se destacam pela presença expressiva de fontes renováveis de energia. A fonte eólica já é responsável por 29% da matriz elétrica da região, enquanto a solar responde por 3%.

UNESCO - Encerrando os compromissos da segunda-feira, os governadores foram até a sede da Unesco onde entregaram uma proposta de memorando de entendimento. O documento assegura a cooperação dos estados nordestinos com a Unesco para o desenvolvimento de projetos na região, alinhados aos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A proposta dos governadores é de cooperação com a Unesco e tem os seguintes objetivos: promover uma educação de qualidade; alcançar a igualdade de gênero; garantir disponibilidade de água limpa e saneamento; viabilizar infraestrutura robusta, industrialização inclusiva e sustentável e estímulo à inovação; conservar a vida subaquática; e promover a paz, com acesso à justiça para todos e estruturação de instituições fortes.

 “Fomos muito bem recebidos pelo diretor adjunto da Unesco. Ele recebeu muito bem a comitiva e a proposta que apresentamos para o estreitamento de uma parceria com a instituição em temas de importância ímpar e que seguem as diretrizes de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) nas áreas de educação, saneamento, justiça, segurança e meio ambiente”, ressalta o governador do Piauí, Wellington Dias.

 Além do chefe do poder executivo piauiense, participam da missão na Europa os governadores Rui Costa (Bahia), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), assim como o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão). O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, está representado pelo superintendente de Parcerias Público Privadas, Oliveira Junior.

*Da assessoria de imprensa

O consumo total de gás natural cresceu 1,77% em junho ante maio, informou nesta terça-feira, 20, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Na comparação com igual mês do ano passado, houve uma queda de 23,41%. No acumulado do primeiro semestre, o consumo caiu 5,4%, totalizando para 57,9 milhões de metros cúbicos/dia.

O consumo na indústria em junho caiu 3,22% em relação a maio e 1,43% na comparação com junho de 2018. No primeiro semestre, foi 2,5% superior a igual período do ano anterior.

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O segmento residencial registrou alta de 25,2% na comparação com maio e estabilidade ante o mesmo mês de 2018. No semestre o setor registrou retração de 2,2%, em função das temperaturas, em média, mais elevadas.

A geração termelétrica teve alta de 12,5% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2018, houve recuo de 50,1%. No balanço do semestre, a queda foi de 19,9%.

No GNV o consumo recuou 1,6% ante o mês imediatamente anterior. Na comparação com junho de 2018, avançou 1,1%. No confronto com o primeiro semestre, a alta foi de 5,2%.

Em junho, o número de clientes que consomem gás natural chegou a 3,565 milhões de clientes - número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.

Em nota, o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, destaca que com os sinais econômicos corretos, o consumo de gás natural pode crescer em todo o País. O executivo lembra que o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras poderá reduzir a concentração de mercado existente e abrir chances para uma concorrência maior na oferta.

"Entretanto, o TCC ainda é insuficiente. É preciso que fique mais claro como será o acesso de novos agentes à infraestrutura essencial (rotas de escoamento, unidades de processamento e terminais de GNL), além de criar regras que deem segurança operacional ao mercado, garantindo o abastecimento", diz.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, estima que, em no máximo 60 dias, serão tomadas medidas que vão reduzir o preço do gás natural pela metade. Ao lado do economista Carlos Langoni, após mais uma reunião sobre o assunto no Rio, Guedes garantiu que vai vencer a resistência da Petrobras, com o apoio do presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

"A ideia é levar para as famílias brasileiras pela metade do preço. Reindustrializar o País com energia barata é muito atraente para nós", disse Guedes, em rara entrevista na porta do Ministério da Economia no Rio onde estava ao lado do economista e consultor do governo Carlos Langoni.

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Guedes afirmou que até mesmo um consultor que mandou para Petrobras durante a campanha eleitoral foi cooptado pela burocracia da empresa e apresentou um plano de quatro anos para reduzir o preço do gás.

"São medidas muito simples, de uma simplicidade franciscana", disse Langoni, afirmando que as medidas envolvem a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Segundo Guedes, já na próxima segunda-feira fará reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para acelerar o projeto.

São Paulo bateu recorde de arrecadação na produção de petróleo e gás natural no primeiro trimestre de 2018. O valor obtido de janeiro a março foi 16% superior ao dos últimos três meses do ano passado, totalizando R$ 444 milhões.

De acordo com o governo do estado, o crescimento da produtividade em 8% e o preço do barril de petróleo, regulado pela moeda norte-americana, foram os grandes responsáveis pela receita.

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O governo paulista afirmou ainda que nos últimos dez anos os tributos oriundos da produção de petróleo e gás natural cresceram fortemente, e que atualmente São Paulo conta com uma produção equivalente a 445 mil barris por dia, tornando o estado um ambiente propício para atrair novos investidores.

 “Ao maximizar a nossa produção, conseguimos atrair mais investimentos para o estado, como a construção de novas refinarias. Isso, além de trazer mais arrecadação, pode gerar renda e empregos a vários paulistas”, completou o assessor excetivo da Subsecretaria de Petróleo e Gás, Ricardo Cantarani.

O governo do estado de São Paulo desenvolveu um sistema digital para controlar trocas operacionais de gás natural em todo o Brasil. Com a ferramenta será possível conciliar notas fiscais emitidas pelos operadores do mercado e apurar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos contribuintes aos estados.

Segundo informações do governo do estado, a ferramenta está prevista para começar a ser utilizada em janeiro de 2019, e também permitirá minimizar o percurso do produto na rede de transportes, proporcionando um melhor aproveitamento da infraestrutura, redução de tarifas e aumento da capacidade operacional.

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O secretário de Estado de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, afirmou que o novo sistema irá contribuir de forma decisiva para a expansão do gás natural no país.

O governo ressaltou que o estado de São Paulo possui o maior mercado de gás natural do país e responde por 34% do consumo nacional. Dados da Secretaria Estadual de Energia e Mineração apontam que o consumo interno em 2017 foi de 13,5 muilhões de m³ por dia. Desse volume, 81% foram consumidos pela indústria paulista.

O gás natural está mais competitivo do que a energia elétrica em todas as regiões do País e também é mais vantajoso do que o óleo combustível para as indústrias com consumo acima de 50 mil metros cúbicos (m³), segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. E a competitividade tende a aumentar mais em diversos estados, tendo em vista que algumas distribuidoras ainda não passaram por reajuste das tarifas de gás.

"O momento que estamos vivendo agora é em função da queda do barril do petróleo, que é uma das variáveis que compõem o preço do gás. Isso está provocando uma redução de custo, que está na ordem de 5% a 6%", explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

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No segmento residencial, o gás natural é competitivo em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste, onde o preço do gás natural para clientes de alto consumo é 57,5% inferior ao valor da tarifa de energia elétrica, seguido pelo Sul, com uma diferença de 56,9%, pelo Nordeste (-44%) e pelo Sudeste (-34,6%). Já para clientes residenciais de baixo consumo, a menor variação é no Sudeste (-7,5%) e a maior, no Sul (-43,7%).

No caso do Sudeste, Salomon salienta que os dados ainda não consideram o reajuste das distribuidoras do Rio de Janeiro, realizado em maio, e também de São Paulo, onde ainda devem ser anunciados. A entidade aponta, ainda, que mesmo uma diferença menor já sinaliza para os consumidores que é mais vantajoso utilizar o aquecedor a gás, substituindo o chuveiro elétrico.

No segmento comercial, a diferença de preços é ainda maior. O Nordeste é a região onde o energético é mais competitivo, já que o preço do gás está 73,1% inferior ao da energia elétrica na classe de consumo de 50 mil m³ por mês. Na outra ponta, a menor economia fica com consumidores comerciais do Sudeste com demanda de 500 m³/mês, que mesmo assim têm custo 38,3% inferior com o gás em relação à eletricidade.

Na classe industrial, o comparativo foi feito com o óleo combustível, uma vez que, conforme a Abegás, de um modo geral, a indústria não utiliza energia elétrica para gerar vapor, mas apenas de forma pontual, para força mecânica - em empilhadeiras por exemplo. No segmento, o gás natural é competitivo para consumidores acima de 50 mil m³/mês em todas as regiões. A maior vantagem é para os consumidores da classe de 1 milhão de m³/mês no Centro-Oeste, que possuem uma tarifa de gás 46,3% menor do que o preço do óleo A1. Já no Sudeste, a diferença varia de uma redução mínima de 0,1% a 27,4%, dependendo do volume de consumo.

Salomon lamenta o fato de a queda do preço e a consequente melhora da competitividade do gás vir em um momento de retração econômica, que dificulta que as distribuidoras se beneficiem do bom momento de preço. "Na medida em que começa a ter uma queda do preço do gás, conseguimos ser mais competitivos em outros segmentos e desenvolver outros mercados. Infelizmente isso acontece em um momento de crise", disse. Somente nos dois primeiros meses deste ano, o consumo de gás natural pelas indústrias recuou 13,81%, em decorrência da redução da atividade industrial.

Propostas

"Por mais que o gás seja mais competitivo que a energia elétrica, o problema hoje é que o consumo caiu e, consequentemente, o consumo de gás caiu. Há uma paralisação clara da indústria, mas isso vai mudar e, em mudando, a estrutura para a expansão tem que estar pronta", diz o dirigente.

Salomon afirma que o setor pretende levar ao governo "atual ou ao próximo que estiver lá" uma proposta para destravar o setor, que inclui alterações nas áreas regulatória e tributária. "É uma agenda complexa, mas os preços hoje mostram que estamos altamente competitivos. A grande questão é como criamos esse ambiente de incentivo à indústria para que se possa colocar no mercado mais gás".

Embora animados com a perspectiva de uma nova dinâmica de mercado que decorrerá da esperada venda de ativos de gás pela Petrobras, hoje monopolista no fornecimento e transporte de gás, e do potencial fim da obrigatoriedade da estatal ser operadora única do pré-sal, os agentes observam que as regras atuais não respondem às novas necessidades e geram insegurança nos potenciais investidores. "Estamos preocupados com esse modelo pós Petrobras", revela Salomon. A Abegás está contratando uma consultoria para estudar as alternativas de mercado e contribuir com a discussão sobre um eventual ajuste das regras.

O biogás proveniente de excremento humano representa uma importante fonte potencial de energia para produzir eletricidade para 138 milhões de lares, ao mesmo tempo em que poderá melhorar a higiene nos países em desenvolvimento.

A informação é de um relatório divulgado na terça-feira (3) pela United Nations University Institute of Water, Environment and Health (UNU-INWEH), com sede no Canadá.

Contendo 60% de metano, o biogás pode ser extraído de excremento humano, graças à decomposição de material fecal por meio de bactérias, e valeria até 9,5 bilhões de dólares em equivalência ao gás natural.

De acordo com esse instituto da ONU para Água, Meio Ambiente e Saúde, os resíduos, secos e carbonizados, podem produzir combustível para caldeiras industriais equivalente ao carvão e permitir uma redução da destruição de matas, uma das principais fontes de calefação e de cozimento de alimentos nos países em desenvolvimento.

Segundo estimativas da ONU, cerca de 1 bilhão de habitantes no mundo não utilizam vasos sanitários - cerca de 60% deles na Índia -, fazendo suas necessidades a céu aberto.

O esgoto e os nutrientes nele contidos já são reutilizados em diversos lugares do mundo para produzir fertilizante para a agricultura, ou para recuperar água para irrigação, acrescentam os especialistas.

"Cada vez mais, a água de esgoto é tratada para ser usada na extensão de terras agrícolas nas regiões áridas e, do mesmo modo, teria potencial técnico, principalmente nas zonas rurais e nas pequenas localidades, para produzir energia de excremento nos países em desenvolvimento", destacou a principal autora do estudo, Corinne Schuster-Wallace.

O Irã pode se tornar um importante fornecedor de gás natural para Europa até o final da próxima década. De acordo com estimativas da Comissão Europeia, o bloco pode importar de 25 bilhões a 35 bilhões de metros cúbicos de gás por ano até 2030.

O volume estimado colocaria o Irã em nível similar dos países do norte da África e ajudaria o bloco a reduzir sua dependência dos embarques provenientes da Rússia. No início deste mês, a comissão para o clima e energia da União Europeia se reuniu com empresas de energia, como RWE, E.On, BP, Royal Dutch Shell, Repsol, Total, Engie e Statoil, para discutir possibilidades de negócios no Irã. A iniciativa teve como objetivo incentivar investimentos de companhias europeias no país.

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Apesar das conversas, o governo de Teerã ainda precisa implementar o acordo nuclear alcançado em julho, o que não deve acontecer até o início de 2016. Até lá, as sanções que impedem companhias de energia europeias de realizar negócios no Irã permanecem. Fonte: Dow Jones Newswires

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