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Após insultar a comunidade católica no Brasil e até o Papa Francisco no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado Frederico d'Avila (PSL) pediu desculpas. Em comunicado, o parlamentar escreveu que cometeu um "excesso" quando xingou os religiosos de 'pedófilos', 'vagabundos' e 'safados'.

Na carta divulgada na segunda (18), Frederico justificou que seu ataque foi "inflamado por problemas havidos nos dias anteriores". O integrante da base bolsonarista ainda pediu perdão "a todos os católicos do Brasil e do mundo" por ofender diretamente o Papa Francisco.

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"Não tive a intenção de desrespeitar o Papa Francisco, líder sacrossanto e chefe de Estado, minha fala foi no sentido de divergir sobre ideias e posicionamento, tão só", defendeu-se.

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Apesar do tom conciliador, o parlamentar não poupou críticas ao arcebispo do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes. "Meu pronunciamento, que admito ter sido inapropriado e exagerado pelo calor do momento, se deu em resposta a alguns líderes religiosos que ultrapassam os limites da propagação da fé e da espiritualidade para fazer proselitismo político. Reitero que desculpo-me pelas palavras e exagero", pontuou ao condenar a fala do religioso na celebração do último dia 12, quando afirmou que "pátria amada, não pode ser pátria armada".

Em virtude do pronunciamento revoltoso do deputado, o colega de casa Raul Marcelo de Souza (Psol) pediu a instauração de sindicância ao conselho de Ética da Alesp por quebra de decoro parlamentar.

Em sua solicitação, o denunciante cobra a cassação do mandato de Frederico e indica que ele 'merece, e precisa, sofrer a devida punição, inclusive para que esta Casa continue sendo referência de civilidade e democracia".

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (23) a Operação Athoótita, com o objetivo de combater “possível prática de estupro de vulnerável”, além de crimes de compartilhamento e posse e produção de pornografia infantil no Tocantins.

Cerca de dez policiais federais estão cumprindo mandados de busca e apreensão, bem como de prisão preventiva, no município de Tabocão – todos expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária no Tocantins.

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De acordo com a PF no Tocantins, a investigação teve início após cooperação jurídica internacional com os Estados Unidos, que encaminhou o material, à Polícia Federal, material compartilhado contendo pornografia infantojuvenil.

“No endereço da pessoa relacionada aos fatos, houve reporte de pornografia infantil por meio da Interpol em razão do upload de vídeo pedopornográfico em site de conteúdo adulto”, informou a PF.

O nome dado à operação – Athoótita – significa “inocência” em grego.

No mesmo dia em que lembrou ser “terrivelmente cristã” a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que pretende acabar com o “abuso da doutrinação ideológica” das crianças e adolescentes e alertou que o governo do presidente Jair Bolsonaro será "implacável" contra pedófilos e o turismo sexual no Brasil.

"Atenção, pedófilos de plantão. Atenção, senhores, a brincadeira acabou no Brasil. Bolsonaro é presidente. Seremos implacáveis com abusadores", disparou a ministra, que já revelou ter sido abusada sexualmente por dois pastores quando era criança.

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Quanto à questão de gênero, ela chegou a ponderar que os direitos da população LGBT serão mantidos, mas era necessário acabar com a “doutrinação ideológica”.

“Um dos desafio é acabar com o abuso da doutrinação ideológica. Acabou a doutrinação ideológica  de crianças e adolescentes no Brasil”, frisou Damares, na cerimônia em que deu o pontapé inicial para as atividades do novo ministério. “Neste governo, menina será princesa e menino será príncipe. Ninguém vai nos impedir de chamar as meninas de princesa e os meninos de príncipe”, acrescentou.

Damares ainda defendeu a necessidade da criação da pasta responsável por questões ligadas à família. “Muitas pessoas no Brasil estão perguntando: precisava de um Ministério da Família? Sim, gente. O governo Bolsonaro vem com uma outra perspectiva. Todas as políticas públicas neste país terão que ser construídas com base na família... Não dá mais para pensar em políticas públicas sem pensar no fortalecimento da família”, destacou a ministra.

A pedofilia é um tema repudiante em meio à sociedade e voltou a ganhar força entre a população recentemente, que questionou se uma exposição realizada em museu de São Paulo, onde um homem nu interagia com uma criança, era arte ou pedofilia. O deputado estadual Flávio Bolsonaro voltou a lembrar uma lei de sua autoria, que vale no Rio de Janeiro, que proíbe o ingresso de pedófilos no serviço público mesmo que já tenha cumprido a sua pena. 

Flávio Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), propôs o então projeto de lei em 2012, mas só foi aprovado em 2014. Mais detalhadamente, o primeiro artigo da lei dispõe sobre a impossibilidade de investidura em cargo público seja da administração pública direta ou indireta, autarquias e fundações, ante a existência de condenação pela prática de qualquer modalidade de abuso sexual contra menor. 

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Ele ressaltou que sempre busca aprovar leis "que sejam verdadeiramente úteis" para o Rio de Janeiro. "Pedolifia não", enfatizou em mensagem escrita na sua página do Facebook. 

O repúdio do parlamentar sobre o tema chega a ser tão grande que, no ano passado, ele chegou a ameaçar em vídeo processar qualquer pessoa que compartilhasse uma foto no qual ele aparece ao lado de um coronel da Polícia Militar (PM), que foi acusado de estupro de uma menina de dois anos.  

Um que também se diz defensor sobre o tema é o senador Magno Malta (PR).  Ele já chegou a dizer que "quem abusa de criança é um lixo".  Malta também criticou a Justiça ao falar que o processo quando envolve "poderosos" é seletivo e que alguns não andam quando se trata de alguém "que têm importância pela força política ou dinheiro".

A TV Bandeirantes lamentou as mensagens de cunho sexual que uma das participantes do programa Masterchef Junior, uma adolescente de 12 anos, tem recebido nas redes sociais. "A Band repudia e lamenta essas desagradáveis manifestações de extremo mau gosto. O foco do programa é o talento das crianças, e nem de longe, há qualquer provocação a esse tipo de estímulo", disse a emissora, em nota.

Desde a estreia do programa, na noite de terça-feira (20), a menina foi bombardeada por mensagens de assédio de internautas, inclusive de pedófilos. Em entrevista ao portal IG, o pai da jovem, Alexandre Schulz, declarou que "teve gente que pediu que ela mandasse foto nua". Ainda segundo o portal, os pais preferiram, por enquanto, não procurar a Justiça.

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O nome da jovem chegou a ficar entre os tópicos mais comentados do Twitter. Depois das mensagens sexuais, também foram criadas páginas no Facebook por anônimos, com mensagens sexuais.

Parte dos internautas passou a repudiar os comentários. "Estou com vontade de vomitar na cara de vocês com essas piadas ridículas e machistas sobre pedofilia e estupro", disse um usuário da rede social.

O Vaticano tem que afastar de seus cargos todos aqueles que abusaram sexualmente de crianças, e denunciá-los à polícia, afirmou nesta quarta-feira (5) o Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança. Nas conclusões de um relatório, o comitê pede à Santa Sé para "afastar de imediato de suas funções todos os autores conhecidos e suspeitos de abusos sexuais de crianças, assim como denunciá-los às autoridades competentes para que os investiguem e sejam processados".

O documento foi publicado após uma audiência celebrada no mês passado em Genebra, na qual membros do comitê, integrado por 18 especialistas em direitos humanos de todo o mundo, interrogaram uma delegação do Vaticano sobre sua política de luta contra a pedofilia. No relatório, há a informação de que a Igreja Católica não tem feito o suficiente para cumprir o compromisso de erradicar a pedofilia.

O comitê da ONU destaca "a profunda inquietação com os abusos sexuais cometidos contra crianças por integrantes de igrejas católicas que atuam sob a autoridade da Santa Sé". Também recorda que os crimes cometidos por religiosos afetam "dezenas de milhares de crianças de todo o mundo".

"O Comitê está muito preocupado de que a Santa Sé não tenha reconhecido a amplitude dos crimes cometidos, não tenha adotado as medidas apropriadas para enfrentar os casos de pedofilia e para proteger as crianças e tenha adotado políticas e práticas que propiciaram o prosseguimento dos abusos e a impunidade dos autores", completa o texto.

O documento critica em particular a política de transferir de paróquia os padres pedófilos, uma prática que considera como uma tentativa de acobertar os crimes e evitar que sejam julgados pelas autoridades civis. "A prática da mobilidade dos criminosos, que tem permitido a muitos sacerdotes permanecer em contato com crianças e seguir abusando delas, continua expondo crianças de muitos países a um alto risco de sofrer abusos sexuais", afirma o relatório.

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