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Autoridades indianas que preparam a cúpula do G20 na próxima semana contrataram equipes de "homens macaco" e exibiram figuras de primatas para impedir que os macacos comam os adornos florais colocados para o encontro.

A prefeitura de Nova Delhi contratou mais de 20 "homens macaco" que imitam os uivos e gritos dos agressivos macacos langur, inimigos naturais dos pequenos primatas rhesus que causam estragos nas áreas verdes da cidade.

"Não podemos tirar os macacos de seu hábitat natural, assim enviamos uma equipe de 30-40 homens treinados para espantar os macacos", disse nesta quarta-feira (30) à AFP Satish Upadhyay, vice-presidente da prefeitura de Nova Delhi.

Ele acrescentou que estes homens foram enviados aos hotéis onde estão os delegados e também para os locais onde macacos foram vistos.

Embora sejam venerados neste país de maioria hindu, os macacos são uma ameaça: destroem jardins, telhados comerciais e residenciais e, às vezes, atacam pessoas para obter comida.

A polícia indiana prepara um fechamento quase total do centro de Nova Delhi para a cúpula de 9 e 10 de setembro, com bloqueios de rodovias e um feriado declarado para esses dias.

Além de grandes e ferozes, os tiranossauros também eram muito inteligentes - e não estúpidos como se imaginava. A conclusão é da neurocientista e bióloga brasileira Suzana Herculano-Houzel, da Universidade de Vanderbilt (EUA), em estudo publicado na publicação científica Journal of Applied Neurology. Conforme o trabalho, os répteis gigantes tinham o mesmo número de neurônios no cérebro do que modernos primatas, como os babuínos. Eram capazes de resolver problemas, usar ferramentas e, até mesmo, estabelecer uma cultura.

Tecidos moles muito raramente são preservados, sobretudo no caso de fósseis pré-históricos. Para conseguir estimar o número de neurônios dos terópodes - um grupo de dinossauros que corre sobre duas patas, casos do T-Rex e do velociraptor -, Suzana se voltou para seus parentes mais próximos ainda vivos: as aves. A especialista comparou inicialmente o crânio dos dinossauros ao crânio de aves modernas, como emas e avestruzes.

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Extrapolando o número de neurônios presentes nessas aves às dimensões do crânio dos animais extintos, a pesquisadora concluiu que o T-Rex teria cerca de três bilhões de neurônios - número similar ao presente no cérebro de babuínos. Se o dinossauro tivesse a mesma capacidade cognitiva do macaco, eles seriam capazes de agir em grupo, usar ferramentas e passar conhecimento para as novas gerações. Na análise de Suzana, os dinossauros eram "os primatas da sua época".

"Se você não acha isso muito impressionante, pense nos macaquinhos que conseguem te enganar e roubar comida da sua mão", disse a neurocientista. "Agora imagine uma criatura com essa inteligência maior do que um elefante, com garras enormes e dentes gigantescos capazes de te destroçar. Isso, para mim, é um pesadelo."

Com esse número de neurônios, é possível estimar que os dinossauros levavam cerca de cinco anos para alcançar sua maturidade sexual e viviam até os 40 anos, como os babuínos. Esse tempo é suficiente para aprender a confeccionar e usar ferramentas, e transmitir uma cultura.

Mas não só isso.

"Pior: um dinossauro capaz de descobrir como fazer a pré-digestão de sua comida antes de colocá-la na boca poderia, em tese, ter evoluído para chegar a ter tantos neurônios quanto os humanos, em um período de dois a três milhões de anos, desde que começamos a processar os alimentos, inicialmente com ferramentas e, posteriormente com fogo", explicou Suzana.

"Nunca mais vou olhar para os dinossauros da mesma forma. Obrigada, asteroide", brinca a pesquisadora, em referência à rocha que atingiu a Terra há 65 milhões de anos, uma das causas mais prováveis para a extinção dos dinossauros.

Estudos compararam cérebros

Em estudos anteriores, o grupo de Suzana já havia detalhado as diferenças entre o cérebro humano e o de outros primatas. Ao começar a comer alimentos cozidos, o homem passou a ingerir uma quantidade maior de calorias, o que nos permitiu ter um número maior de neurônios que os demais.

Quando ainda trabalhava na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2005, Suzana criou junto com Roberto Lent um método para contar os neurônios - fazendo uma espécie de sopa de cérebro - e chegou à conclusão que os homens têm 86 bilhões de neurônios, não 100 bilhões como se acreditava até então. A partir desse método, foi possível estimar o número de neurônios de vários animais.

Se o asteroide não tivesse exterminado os dinossauros, avalia Suzana, eles poderiam ter evoluído como aconteceu com os seres humanos. "O mundo hoje poderia ser presidido por tiranossauros que aprenderam a cozinhar", disse. "Está aí um filme que eu gostaria de ver."

A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal em São Paulo condenou 14 pessoas por diversos crimes relacionados ao tráfico de animais silvestres. O grupo foi investigado no âmbito das operações Urutau e Sapajus, conduzidas pelo MPF em conjunto com a Polícia Federal entre 2018 e 2019.

Duas sentenças proferidas nos últimos meses fixaram aos réus penas que, somadas, ultrapassam 350 anos de prisão. A decisão mais recente, da qual o MPF tomou ciência na semana passada, estabelece a condenação do único integrante do esquema que ainda não havia sido julgado. Ele deverá cumprir penas de reclusão e detenção por 13 anos e 9 meses.

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Os criminosos atuavam principalmente a partir de São Paulo, comercializando pela internet animais capturados em vários estados, como Santa Catarina, Paraná, Goiás, Maranhão e Tocantins. Pássaros e primatas eram as espécies mais visadas, incluindo saguis, macacos-prego, araras e tucanos. Estima-se que o grupo chegava a obter semanalmente cerca de 600 aves e cinco macacos, que eram postos a venda por preços entre R$ 500 e R$ 7 mil. Os anúncios eram feitos em redes sociais e em páginas hospedadas no exterior.

Os investigadores detectaram uma ampla divisão de tarefas entre os réus, desde a coleta das espécies até a distribuição aos compradores, tudo sem nenhum controle dos órgãos ambientais. Para dar aparência de legalidade às vendas, os criminosos falsificavam anilhas de identificação e emitiam notas fiscais frias em nome de criadouros legalizados que não faziam parte do esquema. Os animais capturados eram transportados e mantidos em condições precárias até que fossem vendidos. Muitos não resistiam.

As penas aplicadas correspondem à prática de vários delitos além dos crimes ambientais e da falsificação de documentos. O tráfico representou danos e perigos não só para os animais capturados, mas também à saúde pública. Parte das condenações se refere ao fato de o grupo ter colocado a vida ou a saúde de outras pessoas em risco ao comercializar seres vivos que, por habitarem o ambiente silvestre, poderiam transmitir doenças ou apresentar comportamento agressivo.

As sentenças mantiveram a prisão preventiva de quatro réus. Os demais deverão seguir o cumprimento de outras medidas cautelares definidas em fases anteriores das ações.

Da assessoria do MPF

O Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba, abriu uma votação para que o público possa escolher o nome das duas fêmeas de mico-leão-dourado que vivem no zoo. A enquete está disponível na internet até o dia 28 de outubro.

As opções de nome foram inspiradas nas características da espécie ou da Mata Atlântica, bioma brasileiro onde os micos-leões-dourados são encontrados na natureza.

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São quatro opções de nome:

·         Rosalina: referência ao nome científico da espécie, que é Leontopithecus rosalia;

·         Bromélia: referência às bromélias, plantas comum na Mata Atlântica;

·         Manacá: referência à árvore manacá-da-serra, que ocorre na Mata Atlântica;

·         Grumixama: referência à outra árvore da Mata Atlântica.

Os dois nomes mais votados serão anunciados no dia 29 de outubro, às 14h. Em frente ao recinto dos micos haverá uma pequena confraternização com direito a um “bolo” para os animais feito de frutas, vegetais e insetos.

A votação dos nomes fazem parte das comemorações do mês de aniversário do zoológico, que completa 49 anos hoje.

Neste domingo (22), a partir das 13h, haverá mais atividades especiais de aniversário com diversos bichos do parque, como entrega de alimentos e a interação entre os animais e o público. Essas atividades visam promover a conservação da biodiversidade de espécies da fauna nativa e exótica.

As atividades são promovidas pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretária do Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema).

O Parque Zoológico Quinzinho de Barros fica na rua Teodoro Kaisel, 883, na Vila Hortência, em Sorocaba e funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Mais informações pelo telefone (15) 3227-5454 ou pelo site www.sorocaba.sp.gov.br/zoo/

Os cientistas suspeitavam que a violência contra indivíduos da mesma espécie é uma característica herdada pelos humanos de seus ancestrais primatas, ao longo da evolução. A hipótese foi confirmada em um novo estudo, publicado na quarta-feira (28) na revista Nature.

Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram os dados sobre a morte de cerca de 4 milhões de mamíferos, pertencentes a 1.024 espécies, incluindo 600 diferentes populações humanas que viveram nos últimos 50 mil anos.

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A equipe, liderada por José María Gómez, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, usou métodos comparativos normalmente empregados na biologia evolutiva para reconstruir as prováveis taxas de violência letal desde a origem da humanidade.

Segundo o estudo, a linhagem evolutiva da qual vieram os homens tem uma longa história de violência contra membros da mesma espécie, com taxas médias muito mais altas que as observadas entre outros mamíferos. "A pesquisa nos dá boas razões para acreditar que nós somos intrinsecamente mais violentos que o mamífero médio, o que é coerente com relatos antropológicos", disse o biólogo britânico Mark Pagel, da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Reading (Reino Unido), em comentário ao novo estudo da Nature.

Cultura

Mas a pesquisa também destaca que fatores culturais influenciam as taxas de violência contra os semelhantes: em sua origem, o homem causava 2% das mortes de outros homens - seis vezes mais do que a média entre outros mamíferos. A taxa subiu gradualmente até 12%, na Idade Média, caindo nos séculos seguintes até uma porcentagem 200 vezes menor que a original: 0,01%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Natureza ou criação? A busca para entender por que os seres humanos matam uns aos outros tem ocupado a mente dos filósofos, sociólogos e psicólogos há séculos. Será que somos violentos por natureza, como o inglês Thomas Hobbes postulou na década de 1650, ou seria o nosso comportamento mais influenciado pelo ambiente em que crescemos, como Jean-Jacques Rousseau teorizou um século mais tarde?

Nessa terça-feira (27), uma equipe de cientistas que examinou a questão por um novo ângulo - o da biologia evolutiva - concluiu que a nossa natureza violenta foi, pelo menos parcialmente, herdada de um antepassado antigo, e compartilhada com primatas. A violência letal parece estar "profundamente enraizada" na linhagem de macacos, símios e Homo sapiens, escreveram os pesquisadores na revista científica Nature.

Isso sugere que "um certo nível de violência letal nos seres humanos surge a partir da ocupação de uma posição dentro de um clado de mamíferos particularmente violento". Um clado é o termo biológico para um grupo de organismos que descendem de um ancestral comum.

Os pesquisadores espanhóis reuniram dados relativos a mais de quatro milhões de mortes em 1.024 espécies de mamíferos atuais, assim como a mais de 600 populações humanas desde a Idade da Pedra, cerca de 50.000-10.000 anos atrás, até hoje. As amostras representam cerca de 80% das famílias de mamíferos.

Os pesquisadores analisaram especificamente a proporção de mortes causadas por violência letal cometidas por membros da mesma espécie. Nos humanos, trata-se de guerras, homicídios, infanticídios, execuções e outros assassinatos intencionais.

Os cientistas também procuraram semelhanças entre espécies com ancestrais comuns, que eles usaram para inferir o quão violentos esses antecessores eram, assim como para reconstruir uma história das taxas de matança ancestrais. No total, os assassinatos intraespécies foram a causa de 0,3% das mortes de mamíferos, descobriram os pesquisadores.

Outros componentes

Já no caso do ancestral de todos os primatas, roedores e lebres, os assassinatos causaram 1,1% das mortes, subindo para 2,3% no próximo, mais recente, ancestral comum de primatas e musaranhos. Quando o ancestral humano comum apareceu pela primeira vez, cerca de 200.000-160.000 anos atrás, a taxa era de cerca de 2% - semelhante às de outros primatas, segundo os cientistas. "Isso significa que os seres humanos herdaram filogeneticamente sua propensão à violência", afirma o estudo.

A Filogenética é o estudo da relação genética entre espécies ao longo do tempo, o que nos dá a chamada árvore evolutiva, com um ancestral primordial na sua base, a partir do qual todos os organismos se desenvolveram. O coautor do estudo José María Gómez Reyes disse à AFP que os novos dados mostraram que há "um componente evolutivo para a violência humana, não que este é o único componente".

Esses componentes evolutivos não são apenas genéticos, e são, "mais provavelmente", influenciados por pressões ambientais para a sobrevivência. "Na verdade, o comportamento social e a territorialidade, dois traços comportamentais compartilhados com os parentes do (Homo) sapiens, parecem ter contribuído também para o nível de violência letal (...) herdado nos humanos", aponta o estudo.

Comentando a pesquisa, Mark Pagel, da Universidade de Reading, disse que esse trabalho forneceu "boas bases para acreditar que somos intrinsecamente mais violentos do que o mamífero médio". Mostrou também que os seres humanos são capazes de reduzir tais tendências. "As taxas de homicídio nas sociedades modernas - que têm forças policiais, sistemas jurídicos, prisões e atitudes culturais fortes que rejeitam a violência - são de menos de uma entre 10.000 mortes (ou 0,01%), cerca de 200 vezes mais baixas do que as previsões dos autores para o nosso estado natural", relatou Pagel.

Para os feras que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio, é preciso ficar atentos às dicas dadas pelos professores. Na área de biologia, os docentes sempre tocam no tema ‘evolução humana’, assunto bem corriqueiro na prova.

Nesta semana, o programa Vai Cair no Enem trouxe uma abordagem sobre os primatas e humanos no contexto evolutivo da vida. O professor Douglas Marques, do curso “Os Caras de Pau”, preparou uma aula exclusiva focada na preparação do Exame. Confira o vídeo a seguir:

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Após 25 anos, o Brasil volta a sediar o II Congresso Latino Americano e o XV Congresso Brasileiro de Primatologia. Em 1988 Brasília recebeu o encontro de todos os estudiosos de primatologia da América Latina e agora é a vez da cidade do Recife. Os eventos serão realizados deste domingo (4) até a sexta-feira (9), no Mar Hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul.

Com o tema “Somos todos primatas vencendo desafios”, ao longo dos cinco dias do Congresso serão apresentados cerca de 340 trabalhos científicos sobre o assunto. São esperados cientistas de países como México, Nicarágua, Belize, Honduras, El Salvador, Panamá, Costa Rica, Colômbia, Venezuela, República Dominicana, Cuba, Peru, Chile, Colômbia, Paraguai, Argentina, entre outros.

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O Recife foi escolhido para abrigar os dois encontros pelo fato das regiões Norte e Nordeste abrigarem grande quantidade dos espécimes de primatas conhecidos na América Latina. Alguns deles, inclusive, em risco de extinção. Os interessados em participar do evento podem realizar as inscrições através da internet.

Vinte e cinco espécies de macacos, lêmures e gorilas estão ameaçados de extinção e precisam de ações globais de proteção contra o aumento do tráfico ilegal, advertiram pesquisadores nesta segunda-feira.

Seis das espécies ameaçadas vivem na ilha de Madagáscar, no sudeste da África. Outras cinco habitam a região central da África, cinco vivem na América do Sul e nove espécies da Ásia são listadas como as mais ameaçadas.

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As informações constam do mais recente relatório da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), realizada pela Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, sediada na cidade indiana de Hyderabad.

Primatas contribuem para o ecossistema dispersando sementes e mantendo a diversidade das florestas. Segundo o relatório, preparado a cada dois anos por especialistas mundiais em primatas e que contabiliza espécies e subespécies de primatas em todo o mundo, os lêmures de Madagáscar estão severamente ameaçados pela destruição de seu habitat e pela caça ilegal, que aumentou dramaticamente desde a mudança de poder no país, em 2009.

Entre os mais ameaçados, está o Lemur-desportista-do-norte (Lepilemur septentrionalis), com apenas 19 espécimes localizados na selva de Madagáscar.

"Lêmures são, agora, um dos grupos de mamíferos mais ameaçados, depois de mais de três anos de crise política e falta de esforços em seu país, Madagáscar", disse Crhristoph Schwitzer, da Fundação Bristol de Conservação e Ciência, um dos grupos envolvidos no estudo.

"Uma crise similar está acontecendo no sudeste da Ásia, onde mudanças na vida selvagem estão levando muitas espécies à beira da extinção", disse Schwitzer.

Mais de metade dos 633 tipos de primatas estão em perigo por causa das ações humanas, como a queima e remoção de florestas tropicais, a caça de primatas para alimentação e o tráfico ilegal.

Enquanto a situação é crítica para algumas espécies, pesquisadores da vida selvagem dizem que esforços de conservação estão conseguindo remover muitos primatas da lista, agora em sua sétima edição. As informações são da Associated Press.

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