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O ex-médico Roger Abdelmassih, preso na terça-feira (19) depois de passar três anos foragido da Justiça, pode cumprir pena em prisão domiciliar. Ele pode alegar idade avançada ou problemas de saúde, conforme benefício estabelecido na Lei de Execuções Penais para quem tem mais de 70 anos. Abdelmassih nasceu em 3 de outubro de 1943 e completará 71 anos daqui a dois meses, embora tenha dito a policiais, na quarta-feira, 20, ter 72 anos. Ele foi condenado, em 2010, a 278 anos de prisão por 48 estupros a 37 mulheres - inicialmente, era acusado em 56 casos, mas foi absolvido em oito deles.

Mesmo que a Justiça conceda o benefício - juristas ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo" acham que as chances são poucas, dada a repercussão do crime -, o médico só poderia sair de casa quando completasse 101 anos, segundo explica o chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, Luiz Henrique Cardoso Dal Poz. "Ele deverá cumprir 30 anos, a pena máxima."

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Segundo o promotor, isso ocorre porque o direito à progressão da pena é garantido apenas aos encarcerados que já cumpriram um sexto da sentença. No caso de Abdelmassih, esse prazo vence daqui a 46 anos - passa, portanto, do tempo-limite que qualquer cidadão pode ficar na cadeia. "Estamos falando hipoteticamente, uma vez que ainda há recursos a serem julgados da pena de 278 anos", ressalta o promotor.

Pena mínima

A sentença, no entanto, deverá ser revista por desembargadores do Tribunal de Justiça. O Ministério Público Estadual (MPE) sustenta que ele foi condenado à pena mínima na maioria dos crimes e sua sentença deveria ser maior.

A defesa, por sua vez, contesta, entre outros fatores, a legitimidade do MPE em conduzir o inquérito que levou o ex-médico ao tribunal. "Afastamos com veemência a tese da prisão domiciliar", ressalta o promotor.

Abdelmassih poderá ainda ser acusado por mais crimes. Um inquérito na 1.ª Delegacia de Defesa da Mulher da capital coletou mais 26 acusações, além de 4 casos de manipulação genética.

Em casa

O professor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco Alamiro Velludo Salvador Netto destaca que a prisão domiciliar "foge ao regime de progressão penal". A "progressão", destaca o acadêmico, significa passar do regime fechado para o semiaberto e, por fim, para o aberto - que equivale à prisão domiciliar. "É uma exceção para casos específicos."

Além da idade avançada, a presença de doenças graves é uma situação em que o benefício é previsto. Abdelmassih disse em sua volta ao País, na quarta-feira, que merece ficar em liberdade e comparou seu caso ao mensalão. "Se o (José) Genoino pode sair (da cadeia) por causa do problema (de saúde) dele, eu posso também. Eu tenho uma prótese. Isso é muito pior", registrou à Rádio Estadão.

O professor diz que, se esse benefício for concedido, não haverá restrição ao local em que o médico poderá morar. "Ele não poderá sair de casa. Mas, como esse benefício é dado a pessoas que, em geral, têm saúde mais frágil, poderá pedir autorizações judiciais para ir ao hospital", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado de José Genoino, Cláudio Alencar, protestou contra a decisão de deixar para a semana que vem a audiência que irá oficializar a progressão de pena do ex-deputado do regime semiaberto para aberto. Nesta sexta-feira o juiz da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Germano Oliveira de Holanda agendou para a próxima terça-feira (12) a audiência que irá oficializar a progressão de pena de Genoino, condenado no processo do mensalão. "Ainda não joguei a toalha", afirmou o advogado.

Cláudio Alencar argumentou que a situação de seu cliente precisa ser analisada com rapidez. Ontem, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a progressão de pena para o regime aberto por entender que Genoino cumpriu um sexto da pena de quatro anos e oito meses. Mas mesmo tendo autorização para progredir do regime semiaberto para o aberto, o ex-deputado federal segue cumprindo pena no Complexo da Papuda (DF) e pode continuar preso até a próxima semana.

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Segundo o advogado do ex-parlamentar, o juiz ainda não conhece o caso e, por isso, agendou a audiência para o dia no qual normalmente esses processos são avaliados. Alencar encaminhou um pedido ao magistrado para que a sessão no Fórum seja antecipada. O advogado também argumentou que Genoino poderia ter se beneficiado com o indulto do Dia dos Pais, conhecido como "saidão", mas preferiu não entrar com a solicitação. "Todos os presos que têm um sexto da pena e bom comportamento pediram liberação para o Dia dos Pais. Nós não pedimos, contando que ele seria liberado hoje", disse. A audiência no Fórum é necessária para que, antes de ser liberado, o apenado assine um termo de compromisso que estabelece as regras de cumprimento do novo regime.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-deputado José Genoino deixe a cadeia e volte a cumprir pena em casa. Janot afirma haver dúvida sobre a capacidade da equipe médica do presídio de garantir atendimento a Genoino e argumenta que o ex-deputado, que tem problemas cardíacos, pode correr risco se permanecer preso.

No parecer, o procurador diz que a gerência do sistema prisional demonstrou preocupação com a jornada de trabalho dos médicos que atuam no sistema prisional. Jornada que seria insuficiente para garantir os cuidados necessários a Genoino. Ele mencionou, inclusive, o relatório produzido por um médico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. "A equipe de saúde prisional não dispõe de recursos para atender ou manter o paciente no CIR (Centro de Internação e Reeducação), enquanto não forem elucidadas as causas de suas queixas", afirmou o médico José Ricardo Lapa da Fonseca.

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Com o parecer, o procurador defende a reforma da decisão do ministro do STF Joaquim Barbosa. No final de abril, Barbosa determinou que Genoino voltasse para a cadeia, onde cumpriria a pena pelo crime de corrupção. Argumentava o ministro que a junta médica do Hospital Universitário de Brasília relatou não que Genoino não precisaria de cuidados especiais e que, por isso, poderia voltar ao presídio.

Janot afirma que, apesar do relatório da junta médica, há dúvidas sobre o risco de Genoino permanecer encarcerado. "Observa-se, assim, que, malgrado o relatório apresentado pela conceituada junta médica do HUB, do quadro fático em análise, e em especial pelas intercorrências surgidas após o retorno do sentenciado ao regime semiaberto, emerge razoável dúvida quanto a possibilidade de o sentenciado cumprir pena, sem riscos substanciais à sua vida e saúde, no já naturalmente estressante ambiente carcerário", argumenta Janot.

O juiz Lucas Nogueira Israel, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, autorizou o ex-deputado federal Asdrubal Bentes a cumprir pena em casa em Marabá, no Pará. O ex-parlamentar está em prisão domiciliar desde março por causa da condenação por esterilização irregular de eleitoras.

Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de 3 anos, 1 mês e 10 dias. No Brasil, as penas inferiores a quatro anos devem ser cumpridas no regime aberto, na casa do albergado. Mas, como em Brasília não existe casa do albergado, o juiz autorizou a prisão domiciliar. Agora, foi liberada a transferência para Marabá.

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Condenado em regime semiaberto no processo do mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino trocou de endereço por pelo menos três vez nos últimos 40 dias. A última mudança ocorreu ontem e segundo advogados do petista a decisão foi comunicada na véspera ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Após deixar no último dia 24 de novembro o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, onde estava internado, o petista teria passado alguns dias no apartamento da filha caçula, no bairro Guará II. Pouco depois se mudou para uma casa, que seria de propriedade do sogro da filha, localizada no Lago Sul, bairro de classe média da capital.

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Segundo o advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco, o petista deixou a residência do sogro ontem. "Ele foi uma pessoa generosa que acolheu o Genoino. Mas diante da negativa do STF de autorizar que o Genoino cumprisse pena em São Paulo decidiu-se procurar outro endereço", disse Pacheco ao Broadcast Político. O advogado não quis revelar o novo local nem de quem seria a propriedade.

A decisão de negar a transferência do petista para que ele cumprisse prisão domiciliar em São Paulo foi tomada pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, no último dia 27 de dezembro. Na ocasião, o ministro, relator do processo do mensalão, chegou a afirmar que a chance de Genoino voltar para a penitenciária da Papuda do Distrito Federal era "forte".

Preso em novembro em São Paulo, o ex-dirigente do PT foi trazido para Brasília junto com outros condenados no processo do mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

O ex-deputado ficou menos de uma semana no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Deixou o estabelecimento após reclamar de problemas cardíacos. Depois de ter passado por uma avaliação médica, ele foi autorizado a cumprir a pena em prisão domiciliar.

Na decisão do final de dezembro, Joaquim Barbosa estabeleceu um prazo de 90 dias, contados desde 21 de novembro, para Genoino ficar em prisão domiciliar em Brasília. Ao fim desse prazo, Barbosa decidirá, após reavaliação do estado de saúde, se o ex-presidente do PT voltará a cumprir pena na prisão em regime semiaberto pela condenação por corrupção ativa.

Segundo Luiz Fernando Pacheco está prevista para a próxima terça-feira (7) uma avaliação de rotina por parte da equipe médica do Hospital Sírio Libanês de São Paulo do quadro de saúde do petista, submetido a cirurgia cardíaca em meados de 2013. Devido à negativa no pedido de transferência do petista, a alternativa estudada é que uma equipe do hospital em Brasília faça as análises. "Genoino não tem condições de arcar com os custos da vinda da equipe de São Paulo, uma possibilidade é o doutor Kalil indicar alguém da cidade", afirmou Pacheco.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou nesta quinta-feira (21) a realização de uma nova perícia médica no deputado federal licenciado José Genoino (PT), condenado a quatro anos e oito meses de reclusão na Ação Penal (AP) 470 e que cumpre pena em regime semiaberto no presídio da Papuda, em Brasília. A determinação foi anunciada após Genoino passar mal novamente e ser levado para o Instituto de Cardiologia. Segundo o advogado do petista, Luiz Fernando Pacheco, afirmou que há suspeita de início de infarto.

De acordo com a decisão do ministro, a junta médica - a ser composta por, no mínimo, três médicos cardiologistas indicados pelos diretores do Hospital Universitário de Brasília (HUB) - deverá esclarecer se, para o adequado tratamento do condenado, é imprescindível que ela permaneça em sua residência ou internado em unidade hospitalar. Após o laudo, Barbosa deve decidir se Genoíno cumprirá a pena em regime semiaberto ou em prisão domiciliar.

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Um dos condenados do Mensalão e ex-presidente do PT, José Genoino, passou mal nesta quinta-feira (21) e, segundo o seu advogado Luiz Fernando Pacheco, deixou o Complexo Penitenciário da Papuda e foi levado para o Instituto do Coração (Incor), em Brasília. Esta é a segunda vez, desde que foi preso na última sexta (15), que Genoíno passa mal. De acordo com a Folha de São Paulo, o petista teria sofrido um princípio de infarto e foi para a unidade de saúde para se submeter a exames.

O ex-presidente do PT foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa e a 2 anos e 3 meses por formação de quadrilha.Genoíno sofre problemas cardíacos, já constatados por um laudo do IML, e aguarda a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, sobre a possibilidade de cumprir a pena em prisão domiciliar.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, encaminhou nesta segunda-feira, 18, à Procuradoria Geral da República (PGR) uma petição em que a defesa do ex-presidente do PT José Genoino pede o cumprimento de prisão domiciliar por parte do condenado. Agora, cabe ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar seu parecer sobre o pedido dos advogados, mas não há prazo para que isso seja feito.

Genoino foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão. Desde o último sábado, 16, ele está detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, com outros condenados no processo. Em entrevista à Rádio Estadão, o advogado do deputado, Luiz Fernando Pacheco, afirmou que "a vida de Genoino está nas mãos de Joaquim Barbosa".

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Os advogados alegam que as condições de saúde de Genoino são precárias e que recebeu atendimento médico, depois de ser preso e transferido para Brasília. No entanto, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou em nota que a consulta ao ex-presidente do PT em razão da ausência de receitas médicas para alguns medicamentos de uso contínuo. "Não houve intercorrência médica até o momento", diz a nota do Depen.

Um homem que estava em regime de prisão domiciliar foi preso em flagrante com um veículo roubado na cidade de Gravatá, no Agreste do Estado. Fábio Moreira Holanda, de 29 anos, dirigia um Fiat Siena em companhia de outro suspeito que conseguiu fugir no momento da abordagem dos policiais civis da cidade, na tarde desta quarta-feira (16).

Durante a revista, os agentes verificaram que a numeração do chassi do carro não correspondia com a descrita no documento do veículo e ainda encontrou ainda uma pequena quantidade de cocaína em pó com o suspeito.

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Fábio foi autuado em flagrante pelo crime de receptação e pela contravenção penal de posse de entorpecente. Durante o depoimento dele, três vítimas de assaltos compareceram à delegacia e o reconheceram como autor de crimes. 

Ele já foi preso anteriormente pelo crime de tráfico de entorpecentes, no município de Bezerros, no Agreste. Fábio seguiu para o Presídio de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do Estado.

 

O ex-ministro do Petróleo da Síria Abdo Hussameddin, que abandonou o regime do presidente Bashar Assad no fim de 2011, afirmou que é "bastante conhecido" o fato de que o vice-presidente do país, Farouk al-Sharaa, tentou sair do país e está sob prisão domiciliar. Os comentários foram feitos depois que o governo sírio negou a informação da oposição de que Al-Sharaa teria desertado.

"A posição de al-Sharaa é bastante conhecida. Ele tem tentado deixar a Síria", disse Hussameddin à rede de televisão árabe Al-Arabiya. "Mas há uma série de circunstâncias que o impedem de sair, especialmente o fato de ele estar sob prisão domiciliar há algum tempo", acrescentou, destacando que as altas autoridades sírias têm sido mantidas sob vigilância.

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Hussameddin abandonou o governo em março, em uma das muitas deserções que também incluem o ex-primeiro-ministro Riad Hijab e o general Manaf Tlass. As informações são da Dow Jones.

A Justiça de São Paulo concedeu o benefício de prisão domiciliar a um morador de rua portador de transtorno mental. Nelson Renato da Luz foi preso em flagrante por furto, em outubro do ano passado, quando tentava furtar placas de alumínio em estações do Metrô.

Dois dias depois, a prisão foi convertida em preventiva. A prisão irregular foi descoberta por um grupo de advogados do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (ISS), que realiza um mutirão conhecido como "S.O.S. Liberdade". Marcelo Feller, um dos advogados do grupo, impetrou habeas corpus para libertar Nelson. Ele alegou que o preso sofre de doença mental. Nelson não poderia ter sido preso devido ao transtorno mental e nem pode ser internado pois o delito cometido por ele não envolve violência ou grave ameaça.

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No último dia 30, a 1ª Câmara de Direito Criminal determinou que o acusado fosse beneficiado com a prisão domiciliar, uma vez que ele foi declarado inimputável em exame de sanidade mental realizado pelo Instituto Médico Legal (IML). O acórdão foi publicado hoje no Diário da Justiça Eletrônico.

O desembargador Figueiredo Gonçalves considerou que em caso de liberdade o réu poderia voltar a cometer delitos. Em nota, o Tribunal de Justiça disse que a notícia de que o acusado é morador de rua não foi informada nos autos.

O advogado de defesa pretende entrar com recurso para que seja concedido um benefício compatível com a situação de Nelson.

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