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Logo após romper o voto de silêncio que durou quase 45 horas após ser derrotado nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se dirigiu à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), onde se reuniu com oito integrantes da Corte e com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Segundo o ministro Edson Fachin, Bolsonaro disse que considera o assunto do resultado das eleições encerrado. "O presidente da República usou o verbo acabar no passado. Acabou. Portanto, olhar para a frente", afirmou o ministro.

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Após o encontro, o STF divulgou a seguinte nota:

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, esteve na tarde desta terça-feira (1º) no Supremo Tribunal Federal a convite da Presidência, onde conversou com os Ministros da Corte que estavam presentes em Brasília: a presidente Rosa Weber, o decano Gilmar Mendes, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça. Compareceu também o Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Os Ministros do STF reiteraram o teor da nota oficial divulgada, que consignou a importância do reconhecimento pelo Presidente da República do resultado final das eleições, com a determinação do início do processo de transição, bem como enfatizou a garantia do direito de ir e vir, em razão dos bloqueios nas rodovias brasileiras.

Tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil.

Os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes saíram juntos da reunião e se mantiveram em silêncio diante das perguntas de jornalistas sobre a conversa com o presidente e os eventuais arranjos acertados para uma tentativa de pacificar o País. Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi alvo de severas críticas do presidente nos últimos anos.

Também participaram da reunião, que durou cerca de uma hora e dez minutos, os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça, os dois últimos indicados por Bolsonaro à Corte. O encontro durou cerca de uma hora e dez minutos.

Ao deixar o prédio, o presidente se manteve em silêncio. O ministro Paulo Guedes afirmou apenas que o encontro foi "supertranquilo" e "amistoso".

O prédio do STF está fechado nesta terça-feira, 1º, por causa do risco de invasão por apoiadores de Bolsonaro e do feriado de Finados. Além de ter o seu perímetro isolado por barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal, o prédio do Supremo reforçou a sua segurança. É possível avistar agentes da polícia judicial portando fuzis ao fazer a ronda no prédio, que geralmente é realizada com o porte de armas não letais e pistolas de baixo calibre.

O Supremo Tribunal Federal (STF) classificou, em nota divulgada nesta terça-feira, 1º, como importante o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter reconhecido o resultado das eleições realizadas no último domingo, 30, e se manifestado publicamente para assegurar o direito de ir e vir no País, que está prejudicado pelas manifestações bolsonaristas contra a disputa presidencial. Segundo a Corte, o reconhecimento da derrota teria sido feito no momento em que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou o início da transição de governo.

Bolsonaro falou pela primeira vez nesta terça-feira, 1º, após a derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele não reconheceu os resultados da disputa com petista e se restringiu a dizer que manifestações pacíficas são bem vindas. Nogueira, por sua vez, disse que vai comandar a transição assim que houve provocação judicial. Logo após o discurso no Alvorada, Bolsonaro se dirigiu ao STF para uma reunião com oito ministros.

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A Corte espera que o presidente recue para distensionar o clima de conflito espalhado pelas estradas e rodovias do País, que segue a quase dois dias bloqueadas por manifestantes inconformados com a derrota do presidente para Lula.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO STF

O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições.

Senadores criticaram nesta terça-feira (1º) o presidente Jair Bolsonaro pelo pronunciamento curto sobre o resultado das eleições presidenciais. Derrotado no segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (30), Bolsonaro fez sua primeira manifestação desde o resultado das urnas dois dias depois da eleição.

Em comentários nas redes sociais, parlamentares apontaram que Bolsonaro não reconheceu formalmente o resultado das eleições. Também criticaram a postura do presidente sobre as manifestações de caminhoneiros que fecham estradas em todo o país em protesto contra o resultado do pleito.

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Bolsonaro iniciou o rápido pronunciamento agradecendo os votos que recebeu, tentou justificar a motivação das manifestações com o que chamou de "sentimento de injustiça" em relação ao processo eleitoral, mas condenou o fechamento das rodovias por caminhoneiros.

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no ultimo dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição do patrimônio e direito de ir e vir", afirmou.

Para Renan Calheiros (MDB-AL), os protestos são “choro de perdedor” e prejudicam a economia do país. Ele entende que Bolsonaro deu seu aval à mobilização.

“O derrotado estimulou a arruaça com seu silêncio golpista. Vai pagar por isso também, apesar da fala cínica”, escreveu.

Paulo Rocha (PT-PA) criticou o presidente por não reconhecer a derrota e afirmou que haverá reação a qualquer tentativa de “golpe” em razão do resultado.

“Jair Bolsonaro reforçou hoje a total incapacidade de viver em um ambiente democrático. Que isso não seja um sinal de que tentará qualquer tipo de golpe. Não só não aceitaremos, como cobraremos medidas policiais imediatas”.

Soraya Thronicke (União-MS) destacou “contradição e ambiguidade” na fala de Bolsonaro, quando o presidente disse que os protestos de caminhoneiros são fruto de “indignação” com o processo eleitoral. Para ela, o tom do presidente é proposital.

“O método de causar confusão funcionou bem para ele até agora”, afirmou.

Leila Barros (PDT-DF) classificou o presidente como “mau perdedor” e também observou que ele não fez menção direta à derrota nas urnas.

“O pronunciamento relâmpago e tardio do presidente Bolsonaro dá sequência a um plano de alimentar o ódio entre a direita e a esquerda”, alertou.

Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que Bolsonaro “pertence ao passado” e disse esperar que a transição de governo seja “digna”. O senador também avaliou que o presidente “passou longe” do papel que deveria cumprir como mandatário.

“É vergonhoso que o atual inquilino do Planalto haja como um tiranete mimado diante da derrota democrática nas urnas. Ele sabe que será obrigado a cumprir a Constituição, sob pena de ser responsabilizado pelos atos que praticou e que venha a praticar”.

O líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou que “ao derrotado não cabe o ódio”. Humberto Costa (PT-PE) salientou a brevidade do pronunciamento do presidente, após dois dias de silêncio, comentando que “de onde menos se espera é que não sai nada”. Para Maria do Carmo Alves (PP-SE), o pronunciamento foi “nada com nada”.

*Da Agência Senado

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, fará um pronunciamento à Nação no próximo sábado (29), véspera do segundo turno das eleições deste ano. A mensagem gravada pelo magistrado tem aproximadamente quatro minutos de duração. Ele deve abordar temas como a gratuidade do transporte público no dia da votação e a defesa do comparecimento dos eleitores, inclusive daqueles que não votaram no primeiro turno.

Na última sessão de julgamento do TSE antes do segundo turno, nesta quinta-feira, 27, Moraes antecipou alguns dos temas que devem estar presentes no seu pronunciamento. O ministro agradeceu aos mais de 123 milhões de eleitores que compareceram às urnas no primeiro turno e destacou que, nas eleições deste ano, a Justiça Eleitoral registrou o menor número de votos brancos e nulos das últimas cinco eleições. Somente 6% dos eleitores que foram às urnas não escolherem nenhum candidato. Segundo Moraes, o baixo percentual de votos nulos e brancos revela que o "eleitor foi consciente escolher o seu candidato".

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"Mais de 156 milhões de eleitores e eleitoras voltarão no próximo domingo para o segundo turno para escolher definitivamente o presidente e o vice-presidente da República e mais 12 governadores. Para isso, o Tribunal Superior Eleitoral trabalhou incessantemente", afirmou. "Graças à atuação deste tribunal e do Supremo Tribunal Federal, diferentemente do primeiro turno em que só 12 capitais ofertaram transporte gratuito, neste segundo turno as 27 capitais oferecerão esse serviço e muitas outras cidades", destacou.

Na última terça-feira, 25, os ministros do TSE aprovaram resolução que proíbe prefeitos e gestores públicos de reduzir a oferta de transporte público coletivo no segundo turno das eleições. A Corte também definiu as regras que autorizam essas mesmas autoridades a adotar a gratuidade dos serviços de mobilidade, assim como a possibilidade de expandir a frota para atender os eleitores, em todo o País.

Após passar por uma situação de racismo e hostilidade, durante um show realizado no clube Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, na noite da última sexta (14), Seu Jorge se manifestou através de uma publicação no Instagram. Em um vídeo, o cantor disse que presenciou  "muito ódio gratuito e grosseria racista". A Polícia Civil está investigando o caso para identificar os envolvidos nos ataques.

Em um vídeo de nove minutos, o artista aparece ao lado da bandeira do Rio Grande do Sul para afirmar seu amor pelo lugar e relatou ter escutado vaias e ofensas racistas em sua apresentação durante um evento em que "não viu a presença" de pessoas pretas. O show de Seu Jorge foi contratado pelo Grêmio Náutico União para celebrar a reinauguração do Salão União, localizado na sede Alto Petrópolis, em Porto Alegre. Uma investigação interna foi aberta para apurar o caso.

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Seu Jorge disse ainda que apenas entre os profissionais que trabalhavam no evento haviam pessoas pretas e que elas teriam sido orientadas a não falar ou olhar diretamente para o artista. “Eu tenho enorme respeito ao estado do Rio Grande do Sul e toda a sua gente. Particularmente, não percebi nenhuma pessoa negra no jantar. As pessoas negras que encontrei foram somente os funcionários. Ouvi dizer que eles estavam proibidos de olhar para mim ou falar comigo quando eu chegasse no local, mas o importante é que no final do show eu falei com todo mundo, abracei e tirei foto com todo mundo”. Confira na íntegra. 

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Após o resultado do primeiro turno da eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou no final da noite de domingo (2) os institutos de pesquisa e disse que "venceu a mentira". O chefe do Executivo também afirmou que entra na segunda rodada da disputa com "confiança total" e atribuiu o fato de ter ficado atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à percepção de perda de poder de compra por parte da população.

"Entendo que é uma vontade de mudar por parte da população, mas têm certas mudanças que podem vir para pior. E a gente tentou durante a campanha mostrar esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante da sociedade", declarou o presidente, em pronunciamento à imprensa. "Nós vencemos a mentira no dia de hoje. Estava o Datafolha aí dando 51% a 30 e poucos. Vencemos a mentira", emendou.

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Bolsonaro ressaltou que no segundo turno o tempo de TV passa a ser igual para os dois candidatos. "Nós vamos agora mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que (a crise econômica) é consequência da política do "fique em casa", é consequência de uma guerra lá fora, de uma crise ideológica também", afirmou o candidato à reeleição.

Com quase 100% das urnas apuradas, Lula tem 48,39% dos votos válidos, contra 43,23% de Bolsonaro. A pesquisa Datafolha divulgada na véspera da eleição apontava o petista com 50% e o candidato à reeleição com 36%. O levantamento do Ipec, por sua vez, mostrava o candidato do PT com 51% e o chefe do Executivo com 37%.

"Vou aguardar o parecer das Forças Armadas, que ficaram presentes hoje lá na sala-cofre (do TSE)", disse Bolsonaro, ao ser questionado sobre as urnas eletrônicas. O presidente também disse sobre a "desmoralização" dos institutos de pesquisa que apostavam uma votação menor para ele no primeiro turno. "Acho que não vão continuar fazendo pesquisa", provocou.

Campanha

Bolsonaro também disse que vai conversar com o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, para obter o apoio do político do Novo no segundo turno das eleições contra Lula. O presidente afirmou, ainda, que recebeu uma ligação do governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que é seu correligionário. De acordo com o chefe do Executivo, a campanha vai focar agora nos três maiores colégios eleitorais do País: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), disse na noite deste domingo que sua campanha e todo o campo de esquerda erraram ao achar que o "Brasil de 2018" não se repetiria este ano, com forte expressão do bolsonarismo nas urnas.

"Não foram só os institutos de pesquisa que erraram, todos nós erramos. Não enxergamos um Brasil de 2018 que juramos que não se repetiria. Esse Brasil em parte foi repetido. Não imaginávamos que um projeto de extrema-direita teria tanta força", disse. Ele falou a jornalistas brevemente, no comitê de campanha, na Lapa.

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Freixo obteve 27,58% dos votos válidos neste primeiro turno, contra 58,4% do governador reeleito Cláudio Castro (PL). Trata-se de uma diferença de 2,5 milhões de votos que, segundo Freixo, levaria sua campanha à segunda volta em qualquer outro Estado, exceto no Rio.

Mesmo assim, Freixo reconheceu e parabenizou Castro pelo resultado, que definiu como incontestável. Ele disse que vai torcer pelo governo reeleito, mas prometeu fazer oposição política em nome de um outro projeto para o Estado que passa por uma "ampla aliança que envolve o centro democrático", que definiu como inédita no Estado até então. O símbolo desse movimento foi a aproximação com partidos como o PSDB, de seu vice na chapa, o ex-prefeito Cesar Maia, e o Cidadania.

A essa altura da entrevista, Freixo fez uma reflexão sobre a atual penetração dos partidos de esquerda junto às camadas mais populares da população. Ele disse que o trabalho de base que sempre desenvolveu em escolas e comunidades tem tido menos alcance em função de uma mudança do perfil social, religioso e econômico da população.

"Há um Rio de Janeiro que o campo democrático não conseguia conversar, sequer enxergar para chegar. Existe uma outra base que não é percebida, entendida", resumiu, ao dizer que já há algum tempo vem tentando identificar e se conectar com essa faixa da população.

Ele ponderou que, ao contrário dos partidos, o ex-presidente Lula ainda seria capaz de dialogar com essas camadas populares em função do recall de seus dois governos, razão pela qual liderou o resultado das urnas no País e chega para disputar a Presidência com boas chances no segundo turno.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reafirmou a segurança e transparência das urnas eletrônicas em pronunciamento realizado em rede nacional de rádio e televisão na noite deste sábado, 1º - véspera do primeiro turno das eleições.

"Somos uma das quatro maiores democracias do mundo, mas a única que apura e divulga os resultados no mesmo dia com agilidade, segurança, competência e transparência graças à tecnologia avançada, confiável, segura e auditável das urnas eletrônicas", afirmou Moraes, repetindo discurso feito a observadores internacionais das eleições na última quinta-feira, 29.

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Após exaltar o regime democrático como "uma construção coletiva daqueles que acreditam na liberdade", Moraes disse que a Justiça Eleitoral "garantirá que a democracia seja exercida de maneira segura, transparente e confiável" e afastou qualquer possibilidade de violência ou coação política. O ministro orientou os eleitores sobre a proibição do porte de armas no raio de 100 metros das seções eleitorais, assim como o veto - aprovado na última quinta-feira - ao transporte de armas e munições de colecionadores e atiradores de sábado até segunda-feira.

Moraes reforçou, ainda, que a segurança e liberdade de voto serão garantidas pelo sigilo do voto e "respeito à ampla e civilizada liberdade de discussão política".

Na véspera do primeiro turno das eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, fará um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV neste sábado, dia 1º de outubro, às 20h30. A fala do ministro vai durar cerca de cinco minutos.

Moraes usou o Twitter na sexta-feira, 30, para estimular os eleitores a comparecerem às urnas no domingo e pediu que todos votem com "paz, segurança, harmonia, respeito, liberdade, consciência e responsabilidade".

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Na última sessão plenária da Corte eleitoral antes do primeiro turno, na última quinta-feira, 29, Moraes transmitiu a mesma mensagem. Também reafirmou que não será permitido levar celular para a cabine de votação, tampouco transportar armas. "Dia de eleição não é dia de transportar armas, passear com fuzil, é dia de transportar o título e levar esperança", declarou.

O ministro vota no domingo em São Paulo e, em seguida, volta a Brasília - onde vai acompanhar a realização do projeto-piloto do teste de integridade com biometria em uma escola do DF às 12h. Às 14h, fala com a imprensa sobre as eleições e às 15h, visita o Centro Integrado de Comando e Controle (CICCN), que atua na prevenção e repressão aos crimes eleitorais, na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (30), que está "muito otimista" de que a eleição presidencial irá se definir já neste domingo (2). O candidato do PT ao Planalto disse já ter "pelo menos oito países" da União Europeia esperando a segunda-feira para começar a tratar de seu eventual próximo governo. Ele disse esperar por "quatro anos muito difíceis" pela frente, tanto pela situação do País quanto pelo receio de dificuldades na transição de governo. E também já se mostrou disposto a dialogar com o Centrão.

"O Centrão não é um partido político, é um conjunto de interesses", declarou Lula, após fazer um pronunciamento de cerca de 30 minutos à imprensa em um hotel na zona sul do Rio. "Goste ou não goste, você precisa conversar com quem está lá no Congresso."

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Lula afirmou que as costuras políticas mudaram em relação ao passado. "Hoje você conversa com um presidente de partido e ele não manda mais nada", avaliou. De acordo com o petista, a existência de várias legendas e as diferenças de pensamento dentro das próprias bancadas acaba obrigando que se tenha um diálogo maior com os parlamentares, ainda que "ninguém consegue governar forte sendo refém do Congresso".

Líder em todas as pesquisas de intenção de voto, Lula se disse "muito otimista" com a possibilidade de vitória já no primeiro turno. Afirmou, no entanto, que espera uma transição muito difícil caso venha a ser eleito para seu terceiro mandato.

"Do ponto de vista político, é mais difícil que 2002", comentou. Ele elogiou a postura de Fernando Henrique Cardoso e de sua equipe à época. "Não acho que a gente terá a mesma facilidade de transição com o Bolsonaro."

Sobre planos para o seu eventual novo governo, Lula falou sobre reforçar os órgãos de proteção ao meio ambiente. "A gente vai recuperar todas as áreas indígenas e proibir garimpo ilegal e qualquer plantação de milho ou trigo em terras protegidas", disse, citando a Amazônia.

Sem citar nomes, o candidato do PT declarou que há uma lista de oito países europeus prontos para tratar do País a partir da próxima semana. "Lá fora, é muita gente preocupada com o que pode acontecer com o Brasil", afirmou. Depois, citou a importância de se ter uma boa relação na América Latina. "Você não pode ter um presidente afrontando a Argentina todos os dias. A Argentina é um dos nossos maiores parceiros comerciais. É uma burrice (afrontar)"

Debate

Lula conversou com a imprensa pouco mais de cinco horas após o término do debate na TV Globo. E ele começou seu pronunciamento criticando o horário em que o mesmo ocorreu. "É uma coisa inexplicável você levar um debate ate 2h30 da manhã", sustentou. "Achar que o povão que a gente quer falar está assistindo é uma enganação."

Ainda nesta sexta-feira, o candidato do PT fará caminhadas com apoiadores em Salvador e Fortaleza. No sábado (1º), ele fará um ato semelhante em São Paulo.

Na noite da última segunda-feira (19), Luísa Sonza usou as redes sociais para fazer um pronunciamento sobre o processo que está enfrentando. Segundo informações do R7, a cantora está respondendo a uma ação movida pela advogada Isabel Macedo ter pedido um copo de água à moça em uma festa, acreditando que ela trabalhasse no local.

No Twitter, a artista publicou um longo texto abordando a situação e revelando que planeja marcar uma audiência para resolver a questão amigavelmente e pagar o valor solicitado por danos morais.

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"Estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queira falar sobre o assunto, mas porque eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não. Quero agradecer a vocês que, com razão, me cobraram, e dizer o quanto tudo isso foi importante para mim", escreveu.

"Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar. E entendi que precisa ser sempre assim. Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas a questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento e ainda mais empatia. Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas às vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não", emendou.

Luísa seguiu o texto afirmando sua decisão: "Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela Autora. Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção para essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação. Por fim, quero esclarecer que esse caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um processo de danos morais - não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento". 

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), barrou um pronunciamento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, programado para ser veiculado na televisão aberta e na rádio para divulgar o lançamento da campanha de imunização contra a poliomelite e de multivacinação.

Fachin negou o pedido da Secretaria de Comunicação (Secom) para reconsiderar a decisão que já havia vetado a veiculação por considerar que a peça publicitária viola a Lei das Eleições.

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A legislação eleitoral proíbe a publicidade institucional no período de campanha. A exceção é para casos de "grave e urgente necessidade pública".

O governo chegou a apresentar uma proposta alternativa, com ajustes no discurso que seria lido por Queiroga, mas Fachin manteve o posicionamento.

Em sua decisão, o ministro afirma que a "tônica" do texto não é a campanha de vacinação e que a legislação "desautoriza a personificação de programas da administração pública federal" no período que antecede as eleições.

"O restante da manifestação narra a atuação do Ministério da Saúde, no passado remoto e próximo, além de renovar a pretensão de manifestar-se sobre o Dia Nacional da Saúde, proposta que não se coaduna, sob qualquer forma de interpretação, com os predicados excepcionais exigidos", escreveu.

Em um dos trechos do pronunciamento, o ministro da Saúde diria que o governo federal demonstrou "capacidade de adquirir e vacinar, em tempo recorde, a nossa população" durante a pandemia de covid-19. "Com isso, alcançamos altas taxas de cobertura vacinal que nos permitiram o controle da emergência de saúde pública de importância nacional", dizia o texto.

Pressionado por partidos da terceira via para desistir de sua pré-candidatura ao Planalto, o ex-governador João Doria (PSDB) convocou um pronunciamento para o fim da manhã desta segunda-feira, 23. O tucano disputa a vaga de candidato único do grupo que reúne MDB, PSDB e Cidadania, mas a cúpula das três legendas já indicou que quer a senadora Simone Tebet (MDB) nas urnas em outubro.

Na última quarta-feira, 18, os presidentes dos partidos "rifaram" Doria e endossaram o nome da emedebista após uma pesquisa interna indicar que a rejeição menor a Tebet dava mais condições a ela, que ao ex-governador de São Paulo, de tentar quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Doria contesta a decisão e já mostrou disposição para recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma vez que sua pré-candidatura foi oficializada em prévias no PSDB em novembro do ano passado, quando derrotou o então governador gaúcho, Eduardo Leite. Em carta enviada ao presidente do PSDB, Bruno Araújo, o ex-governador acusou o comando do partido de querer promover um "golpe" para retirar seu nome "no tapetão". Entenda a polêmica envolvendo a sua candidatura aqui.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro usou um pronunciamento de Dia das Mães em rede nacional de TV, neste domingo (8), para divulgar ações do governo voltadas às mulheres. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição, tem enfrentado resistência nesse segmento do eleitorado, segundo pesquisas de intenções de voto.

Michelle apareceu na TV em vídeo gravado e transmitido ao lado de ministra Cristiane Britto, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Elas ficaram cerca de 4 minutos no ar.

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"Por conhecer os desafios da maternidade, temos o compromisso de cuidar das mães do nosso País. Nesse sentido, o governo federal tem implementado uma série de ações que beneficiam as mães brasileiras", afirmou a primeira-dama.

Entre as iniciativas citadas como algumas das que priorizam mulheres, ambas citaram o Auxílio Brasil, a regularização fundiária e programas habitacionais e de ofertas de crédito. A imagem de Michelle tem sido mais explorada na pré-campanha de Jair Bolsonaro à reeleição, a partir da orientação da equipe de marketing do presidente e de conselheiros políticos.

Uma pesquisa XP/Ipespe divulgada na última sexta-feira (5) apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto com 44%, e Bolsonaro tem 31% das intenções de voto. Entre as mulheres, a vantagem do petista se amplia: 47% a 25%.

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Após abrir mão da candidatura à Presidência da República, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) disse nesta sexta-feira, 1º, que "não desistiu de nada" e não será candidato a deputado federal nas eleições deste ano.

A possibilidade vinha sendo cogitada como alternativa após Moro trocar o Podemos pelo União Brasil com a condição de que não disputasse o Palácio do Planalto. Em pronunciamento, o também ex-juiz federal negou que vá concorrer a uma vaga na Câmara para obter foro privilegiado.

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"Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Não tenho necessidade de foro ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal", afirmou. Questionado sobre se pretende disputar algum cargo eletivo, Moro não respondeu e encerrou o pronunciamento sem atender a imprensa.

O ex-ministro defendeu, ainda, uma candidatura única da chamada terceira via e pediu "gestos de desprendimento" daqueles que se colocam como alternativa à polarização eleitoral entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro.

"Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático. Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país", disse.

Moro pediu "atos de desprendimento", de Luiz Felipe d'Avila (Novo), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante), e de lideranças partidárias, para "fazer prosperar essa articulação democrática". Ele atribuiu ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar, os esforços de liderar a união da terceira via.

Ao anunciar a filiação ao novo partido, ontem, Moro disse que abria mão, "neste momento", da pré-candidatura à Presidência. Ao trocar de sigla, ele também mudou o domicílio eleitoral, do Paraná para São Paulo, como revelou o Broadcast Político. "Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", afirmou, em nota.

Moro chegou a ser apresentado como pré-candidato à Presidência quando se filiou ao Podemos, em novembro passado, mas enfrentava resistências no partido, sobretudo dos deputados, que não estavam dispostos a ceder parte do fundo eleitoral para a campanha ao Planalto. O ex-ministro da Justiça aparecia em terceiro lugar na disputa presidencial, com cerca de 8% das intenções de votos.

A noite de premiação do Oscar 2022 foi marcado por um momento bem surpreendente: o tapa de Will Smith em Chris Rock após uma piada envolvendo a sua esposa, a atriz Jada Pinkett. A atitude de Smith, que ganhou o primeiro Oscar em sua carreira, virou um dos assuntos mais comentados da internet.

Após a repercussão, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas se pronunciou sobre a atitude do ator e deixou claro ser contra qualquer tipo de violência.

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"A Academia não tolera violência de qualquer forma. Hoje à noite temos o prazer de celebrar nossos vencedores do 94º Oscar, que merecem este momento de reconhecimento de seus colegas e amantes do cinema em todo o mundo", escreveram em nota nas redes sociais.

E para quem tinha dúvidas se o momento foi ou não combinado, os oficiais da premiação afirmaram que o momento não estava no roteiro.

"Alguém que trabalha para o Oscar me disse que Chris Rock não foi interrompido por Will Smith nos ensaios ontem. Não era para acontecer. Foi real. #Oscars", tuitou o editor executivo da Variety , Ramin Setodeh. 

Will Smith se desculpa por atitude e chora ao receber o seu primeiro Oscar

Aos 53 anos de idade, Will ganhou o seu primeiro Oscar e foi eleito o Melhor Ator por King Richard: Criando Campeãs. Emocionado com a conquista, o ator subiu no palco, pegou o troféu e chorou ao realizar o seu discurso de agradecimento.

"Richard Williams era defensor da sua família. Neste momento da minha vida, eu sou tomado pelo que Deus me pede para ser e fazer deste mundo. Ao fazer esse filme, eu pude proteger uma das pessoas mais fortes e delicadas que já pude conhecer. Eu pude proteger as duas atrizes que fizeram os papéis de Venus e Serena Williams. Na minha vida, neste momento, estão pedindo para que eu ame e proteja as pessoas. Para ser um rio para o meu povo, para as minhas pessoas", disse.

Em seguida, o ator falou sobre o amor e revelou o que escutou de Denzel Washington sobre a sua atitude de agredir Chris Rock: "Eu sei que para fazer o que nós fazemos você tem que aceitar abusos, pessoas que desrespeitam você, sorrir e fazer de conta que está tudo bem. Denzel [Washington] falou há alguns minutos Esse é o seu maior momento, é aí que o diabo vai te pegar. Eu quero ser ser o compartimento do amor, agradecer a Venus, Serena e à família Williams por confiar sua história a mim. Quero ser embaixador desse tipo de amor, de cuidado".

No final do discurso, Smith se desculpou: "Quero pedir desculpas aos membros da Academia, aos outros indicados. Este é um momento lindo. Não estou chorando por ganhar um prêmio, é sobre levar a luz a todas as pessoas. A arte imita a vida, eu pareço um pai maluco como realmente falaram, mas amor faz com que você faça coisas doidas. Agradeço em nome de Richard e de toda a família Williams. Espero que a Academia me chame para uma próxima festa".

*Foto: Robyn Beck / AFP

Devido às fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis (RJ), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, adiou o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV que faria às 20h30 da última quarta-feira (16).

A fala de Marinho seria sobre as obras de transposição do Rio São Francisco. "Em respeito às vítimas da tragédia em Petrópolis-RJ, decidimos por adiar o pronunciamento que faríamos na noite desta quarta-feira sobre a Transposição do Rio São Francisco, importante obra que está emancipando o Nordeste. O momento é de solidariedade e de assistência às vítimas", disse o ministro em publicação no Twitter.

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O número de mortes no temporal já chega a 104, segundo informações da Defesa Civil local. Outras 377 pessoas estão desabrigadas, e vários pontos do centro estão bloqueados. As aulas da rede pública foram suspensas.

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, fez pronunciamento em cadeia nacional na noite dessa quarta-feira (9) para listar e defender ações do governo Bolsonaro na geração de emprego e renda. Lorenzoni é o terceiro ministro a usar o rádio e a TV em duas semanas para promover medidas da gestão federal - o primeiro foi o titular da Cidadania, João Roma; o segundo, Milton Ribeiro, que comanda a pasta da Educação. A série de pronunciamentos, incomum, chama atenção em ano eleitoral pelo caráter das falas, que buscam criar agendas positivas para o governo.

Lorenzoni comemorou o fato de o País ter gerado 2,7 milhões de empregos no ano passado. De acordo com ele, o número é fruto da gestão, como a Lei de Liberdade Econômica, aprovada em 2019; o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm), que permitiu preservar 11 milhões de empregos na pandemia; o Pronampe, linha de crédito para micro e pequenas empresas; e o auxílio emergencial.

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Apesar da melhora da queda nas taxas de desemprego, o Brasil ainda tinha 12,4 milhões de pessoas em busca de vaga em novembro do ano passado, segundo dados divulgados em janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A renda média real do trabalhador voltou a cair e ficou no menor patamar da série histórica, iniciada em 2012, com recuo para R$ 2.444 mensais, segundo o instituto.

O ministro também defendeu a condução do presidente Jair Bolsonaro na pandemia. "É a comprovação de que a decisão tomada pelo presidente da República em tratar com equilíbrio um dos piores momentos da história do mundo foi acertada. Cuidar da saúde dos brasileiros, e não faltaram recursos para isso, bem como cuidar dos empregos e da vida das pessoas, em especial aqueles que trabalham de dia para comer à noite", afirmou.

Lorenzoni destacou, ainda, a Medida Provisória 1099, que cria o Serviço Civil Voluntário. Segundo ele, a ação vai permitir tirar parte dos mais de 40 milhões de pessoas na informalidade. O ministro falou também sobre a portaria que mudou as regras da prova de vida para aposentados e pensionistas do INSS, que deixa de ser presencial e passa a basear-se no cruzamento de outras bases de dados do governo."Vamos facilitar a vida de aposentados e pensionistas", garantiu.

Um dia após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crime de homofobia, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um pronunciamento em rede nacional nesta terça-feira, 1.º, para promover ações do governo na área, como o reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores, anunciado semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, e o perdão da dívida do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para alunos mais pobres.

Ribeiro destacou que o aumento foi feito levando em conta a regra antiga do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que estabelece que o cálculo deve ser realizado a partir da variação anual do valor do fundo. Com o reajuste, a remuneração média da categoria passa de R$ 2.886 para R$ 3.845 "Esse reajuste beneficiará cerca de 1,7 milhão de professores. Quando de minha posse como ministro em 2020, destaquei a importância de resgatar o respeito ao professor", afirmou o ministro.

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A maior parte do custo do aumento, no entanto, será paga pelos governadores e prefeitos, que ameaçam ir à Justiça contra o reajuste, classificado como "bomba fiscal". A Confederação Nacional dos Municípios (CMN) orientou os administradores municipais a darem reajuste de 10% em vez dos 33% estipulados pelo governo federal.

Ribeiro falou também sobre a Medida Provisória editada no fim do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, que perdoou até 92% das dívidas do Fies. A medida não tem custo fiscal porque o governo já classificava os valores como de difícil recuperação. O ministro ainda destacou um investimento de R$ 330 milhões da pasta para instalação de internet em escolas públicas.

"O maior reajuste da história para os professores! O maior aumento de repasses da União para Estados e municípios por meio do Fundeb! Perdão de dívidas do Fies para alunos inadimplentes! Essas são grandes homenagens que o governo do presidente Bolsonaro presta aos estudantes, aos professores e à educação brasileira - estamos cientes dos esforços de cada um, em cada escola e em cada universidade em prol da educação e do Brasil", discursou Ribeiro.

Em tom de agenda positiva para o governo em ano eleitoral, o pronunciamento acontece em um momento delicado para o ministro, que pode se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), caso a denúncia da PGR seja aceita pela Corte. A investigação foi motivada por uma entrevista de Ribeiro ao Estadão, em setembro de 2020. Nela, Ribeiro relacionou a homossexualidade a "famílias desajustadas" e disse que havia adolescentes "optando por ser gay". O crime de homofobia é reconhecido pelo STF desde 2019.

Após falas, transmitidas na noite desta sexta-feira (31), sobre passaporte vacinal e críticas às medidas adotadas por governadores e prefeitos durante a pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a Bahia e parte de Minas Gerais, que sofrem com enchentes.

No discurso, Bolsonaro afirmou que ministros elegidos por ele estão dando o suporte necessário às vítimas dos dois Estados. “Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais, que nesse momento estão sofrendo os efeitos de fortes chuvas na região", iniciou.

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"Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos", disse próximo a finalizar o pronunciamento. 

A postura do chefe do Executivo, diante dos acontecimentos na Bahia, é alvo de críticas. De férias em Santa Catarina, ele, recentemente, recusou ajuda humanitária oferecida pela Argentina. Até o momento, as enchentes já contabilizam cerca de 91 mil desabrigados e, pelo menos, 24 mortes.

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