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O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) invadiu um evento do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, nesta terça-feira (21), e se queixou de ter tido pauta ignorada pelo projeto de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, acontecia o lançamento das diretrizes do programa de governo da chapa com Geraldo Alckmin à Presidência, para o qual Suplicy não foi convidado, apesar de ser uma das lideranças mais ativas e antigas da legenda na cidade e no estado de São Paulo. 

Durante a apresentação do documento, o parlamentar interrompeu o coordenador do programa, Aloizio Mercadante, e disse que a equipe não considerou a sua proposta de renda básica de cidadania. 

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“Está no programa do PT há muitos anos, todo ano. E ele [disse apontando para Mercadante] tem alguma coisa comigo. Não me convidou pra essa reunião. Sabe com quem que eu soube da reunião, ontem à noite? (…) Continuarei trabalhando muito para que Lula e Alckmin instituam a renda básica de cidadania”, disse o ex-senador, que foi aplaudido pelos correligionários. 

Apesar de atento ao discurso, Lula não se manifestou. Mercadante agradeceu a intervenção de Suplicy e respondeu que a proposta do vereador está incluída nas diretrizes, de forma genérica, em um dos itens que fala sobre o Bolsa Família  

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“Vai ser discutido junto com a coordenação num momento oportuno. As diretrizes estão definindo só as linhas gerais do programa (…) mas vai ter que discutir democraticamente, porque é assim que nós funcionamos. Tem uma coordenação de sete partidos, e o senhor será tratado com toda a deferência, mas com o mesmo direito que todos os outros têm de apresentar propostas”, disse o ex-ministro da Educação. 

Veja o item que trata do Bolsa Família 

20. Um programa Bolsa Família renovado e ampliado precisa ser implantado com urgência para garantir renda compatível com as atuais necessidades da população. Um programa que recupere as principais características do projeto que se tornou referência mundial de combate à fome e ao trabalho infantil e que inove ainda mais na ampliação da garantia de cidadania para os mais vulneráveis. Um programa que, orientado por princípios de cobertura crescente, baseados em patamares adequados de renda, viabilizará a transição por etapas, no rumo de um sistema universal e uma renda básica de cidadania.

Enquanto tenta organizar a resistência parlamentar e popular às reformas trabalhista e previdenciária do governo Michel Temer, o PT é obrigado a enfrentar o seu próprio ajuste fiscal. Nas últimas duas semanas, o diretório estadual do partido de São Paulo, o maior e mais importante, demitiu 13 funcionários. Com isso, o número de empregados, que chegou a ser de 55, em 2014, hoje está reduzido a oito trabalhadores.

Das três faxineiras, sobrou uma. A vigilância, que antes era 24 horas, agora funciona das 9h às 21h. Quase todos os secretários estaduais tiveram de demitir assessores. O presidente estadual do partido, Emídio de Souza, que tinha quatro funcionários à disposição, agora tem só um.

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Além disso, o PT-SP renegociou o valor do aluguel de sua sede de R$ 23 mil para R$ 16 mil mensais, cortou viagens, verbas de hospedagem e recursos para atividades de formação política, entre outras.

O principal motivo é uma dívida de R$ 25 milhões remanescente da campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, em 2014. Segundo o presidente estadual, o pagamento da dívida da campanha consome 40% do orçamento do diretório, que hoje é de aproximadamente R$ 500 mil mensais.

Segundo Emídio de Souza, a principal dificuldade foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir doações empresariais a partidos e candidatos, o que era permitido até 2014. "A dívida foi contraída numa lógica, e esta lógica foi abolida logo depois da eleição", diz o dirigente.

Emídio isenta Padilha de culpa pela situação. "Ele está ajudando como pode", afirma. De acordo com ele, no início de 2015, o PT-SP fez seu primeiro ajuste fiscal, demitindo mais de 20 funcionários (parte deles contratada só para o período eleitoral).

Sem as contribuições empresariais, a dívida se tornou praticamente impagável. No primeiro momento, o PT tentou renegociar as pendências, mas com o passar do tempo os credores foram perdendo a paciência e passaram a mover ações de cobrança judiciais contra o partido. As sentenças de execução legal começaram a pipocar no ano passado, as contas bancárias do diretório sofreram diversos bloqueios por ordem da Justiça, um deles por mais de dois meses, e a única saída encontrada foi cortar radicalmente as despesas para cumprir os acordos com os credores. Dívidas de candidatos a deputado assumidas compulsoriamente pela legenda somam outros R$ 10 milhões.

Dízimo - Além do saldo da campanha de Padilha, o PT-SP sofreu no bolso o resultado da derrocada eleitoral em São Paulo nas eleições de 2014 - quando a bancada estadual caiu de 23 para 15 deputados - e de 2016, ano em que o número de prefeituras governadas pelo partido caiu de mais de 70 para 11.

Com menos deputados e prefeituras, houve uma redução considerável das receitas provenientes do chamado dízimo, a contribuição obrigatória que detentores de cargos eletivos e ocupantes de postos de confiança são obrigados a pagar ao partido.

A onda de demissões provocou fortes reações internas. Alguns dos demitidos tinham mais de 20 anos de serviços prestados à sigla e eram confundidos com dirigentes partidários. Em um grupo de petistas no WhatsApp, uma dirigente estadual comparou as demissões ao ajuste fiscal que a ex-presidente Dilma Rousseff fez no início do segundo mandato. "Esse ajuste do PT foi pior que o ajuste da Dilma: cortou de quem ganhava quase nada para poder continuar bancando o privilégio de todos", escreveu a dirigente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do diretório municipal do PT, vereador Paulo Fiorilo, divulgou nesta segunda-feira, 17, uma nota na qual comunica que a sede do partido, localizado no centro da na capital paulista, foi invadida durante a madrugada. No texto, o parlamentar diz que nada foi furtado, apesar de os supostos invasores terem vasculhado armários e gavetas.

O caso foi registrado, segundo a nota, no 1º Distrito Policial, localizado na Sé. Fiorilo também pediu agilidade na investigação e citou outros acontecimentos semelhantes envolvendo o partido, como o atentado à bomba ao Instituto Lula, ocorrido no início do mês.

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"O PT municipal entende que é preciso investigar e apurar o caso com prioridade, diante dos fatos que já ocorreram. Esse é o quarto acontecimento, somente em 2015. O primeiro foi na sede do Diretório em Jundiaí, seguidos dos atentados à bomba nas sedes do Diretório Zonal - PT Centro e no Instituto Lula", escreveu o vereador.

O PT da cidade de São Paulo se organiza para realizar neste mês de agosto quatro atos públicos em defesa da democracia. Entre as ações marcadas para os dias 7, 11, 20 e 24, a primeira, na próxima sexta-feira, contará com um abraço coletivo ao Instituto Lula, alvo de uma bomba caseira, semana passada. 

As atividades serão realizadas em conjunto com a frente “Todos Pela Democracia” formado pelo PT, PCdoB, PDT e PCO, além de movimentos sociais, de luta pela moradia e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

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Segundo o presidente do PT na capital paulista, estão programadas duas mobilizações para esta sexta-feira (7). A primeira será uma plenária com a CUT e com os movimentos de moradia. No mesmo dia, os militantes e movimentos sociais farão um ‘abraço’ no Instituto Lula, que sofreu um atentado à bomba, no dia 30 de julho.

“É preciso que as pessoas tenham uma atenção grande sobre esse tema, até porque estamos vendo ações que colocam em risco os parâmetros da democracia e do Estado de Direito”, pontuou o presidente municipal do PT e vereador, Paulo Fiorilo.

No dia 11 de agosto o PT-SP fará uma aula em praça pública sobre democracia. Além disso, o partido participará de um ato organizado pelos movimentos sociais, no dia 20 de agosto. Já no dia 24, haverá uma ação com a juventude em parceria com o PDT.  “A gente entende que é importante envolver todo mundo nesse debate, através de atos que podem contribuir com o despertar da consciência crítica das pessoas, nesse momento difícil que vivemos”, justificou Fiorilo.

Ação nacional - Também em defesa ao Intituto Lula e a presidente Dilma, o PT nacional através de uma resolução enviada à imprensa na tarde desta quarta-feira (5),  conclama a participação de petistas na mobilização unitária dos movimentos sociais e partidos de esquerda no próximo dia 20 de agosto

O assessor especial da Presidência e um dos fundadores do PT, Marco Aurélio Garcia, se incomodou com o baixo quórum dos debates promovidos neste sábado, 23, na etapa estadual do congresso do PT, em São Paulo. O evento é preparativo para o congresso nacional da legenda, que reunirá delegados em 11, 12 e 13 de junho em Salvador. Garcia acredita que o baixo comparecimento é reflexo da fragilidade das lideranças partidárias petistas.

"Estamos com direções frágeis em todos os níveis. Qual a elaboração que o partido tem hoje? Ou isso aqui aconteceu a despeito da direção?", questionou, cobrando a responsabilidade da direção na baixa mobilização vista no evento. "Quando digo que tem, a essa hora, petistas e ex-petistas reunidos em outros lugares, discutindo e discutindo coisas sérias, significa também que a institucionalidade (do partido) está fragilizada", disse.

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Marco Aurélio Garcia participou da mesa de debate na manhã e início da tarde deste sábado, 23, ao lado de lideranças petistas e de movimentos sociais. Participaram quadros como o presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos, e o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro.

Esse tipo de evento que, no passado, reunia militantes contados às centenas pelo PT, hoje reúne dezenas. A organização inclusive retirou metade das cadeiras que estavam distribuídas pela quadra dos Bancários, local tradicional dos eventos petistas, por causa do baixo quórum. Para Garcia, a recuperação da força institucional do PT não passa por reformular o chamado PED (processo de eleições diretas do partido na escolha de dirigentes). "Isso é uma bobagem", comentou sobre a discussão crescente entre os partidários.

Garcia acredita que a solução tem de ser substantiva, a partir de debates, e não pela via burocrática. "A liderança melhora se a institucionalidade for fortalecida não de forma burocrática, mas de forma substantiva. Mais debate. O PT sempre foi o partido do debate. Vocês inclusive, da imprensa, criticavam que tinha debate demais, eu acho que nos últimos anos houve debate de menos", afirmou.

O fundador petista disse ainda que há desvios no uso do PED como haveria com outros sistemas - a crítica de algumas correntes é que a eleição direta tem privilegiado a eleição de dirigentes que têm mais recursos para as campanhas internas. "Os argumentos usados contra o PED podem ser usados contra outros sistemas. Teve 'trambicagem' no PED? Claro que teve, eu sei disso, todo mundo sabe. As mesmas 'trambicagens' você pode ter no sistema de eleição de delegados."

Garcia sugere que o partido precisa pensar suas formas de controle de financiamento e filiação. Ele sugere, por exemplo, que se faça um sistema de desfiliação e refiliação de todos os petistas todos os anos. As taxas a serem pagas por refiliação a cada ano seriam uma forma mais transparente de financiamento e uma forma até de o partido saber se está conseguindo atrair e manter seus filiados, argumenta. Segundo Garcia, o modelo é adotado por agremiações socialistas e comunistas na Europa.

Debates

As etapas estaduais do congresso do PT, o quinto na historia do partido, não têm poder deliberativo como terá o encontro nacional. A reunião de hoje em São Paulo focou em debates sobre o PED e sobre o fim do financiamento empresarial de campanhas, além das propostas para o partido se reestruturar após passar por esta que é a maior crise desde a sua fundação.

O espaço dado a correntes e movimentos sociais para falarem também foi usado para dar coro às reclamações sobre como foi feito e como foi divulgado o pacote de ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. Houve até gritos de "Levy pede pra sair e leva com você o FMI".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai mais participar da abertura do Congresso Estadual do PT de São Paulo, que ocorre na noite desta sexta-feira, 22. Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, hoje é aniversário de casamento dele. A participação do ex-presidente foi divulgada por sua assessoria de imprensa, que ainda não deu uma explicação para a mudança de planos.

Até há pouco tempo, o presidente estadual do partido, Emídio de Souza, confirmava aos presentes que o ex-presidente participaria. No momento, a quadra do Sindicato dos Bancários, onde será realizada a abertura do congresso, está com menos da metade da capacidade ocupada, com muitos lugares vagos.

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Lula estava em Brasília hoje cedo depois de um "convite-surpresa" da presidente Dilma Rousseff, com quem ficou reunido por algumas horas. Rui Falcão, que participou do encontro com Dilma e Lula, não quis dar detalhes sobre o que foi tratado. Perguntado se o ajuste fiscal e a decisão do contingenciamento estavam na pauta, Falcão disse apenas: "Não posso falar isso, pois senão estarei falando da reunião".

A senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) garantiu nesta terça-feira, 12, que lutará para manter seu mandato parlamentar. A executiva estadual do PT de São Paulo vai requerer na Justiça Eleitoral o mandato da senadora, que se desfiliou da sigla no dia 28 do mês passado, após 33 anos de militância. A decisão foi tomada por unanimidade pela Comissão Executiva Estadual do partido, em reunião realizada nessa segunda-feira, 11.

"Lutarei, com todas as minhas forças, para a manutenção do mandato de senadora que o povo de São Paulo me conferiu", disse Marta, em nota divulgada em uma rede social. "Foi para melhor desempenhá-lo, e em nome de seu pleno exercício, que solicitei minha desfiliação ao Partido dos Trabalhadores", completou.

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A senadora disse que sua luta se dará "em todas as instâncias judiciais e fora delas também". A ex-petista afirmou ter a certeza de que os mais de 8 milhões de eleitores que votaram nela "não serão frustrados em sua vontade e soberania popular". "Continuarei lutando pelos mesmos princípios que sempre nortearam minha vida, bem como minha atividade parlamentar oriunda da representação política de meu mandato", destacou Marta.

Em um comunicado, o presidente do diretório estadual do PT paulista, Emídio de Souza, disse que Marta formalizou sua desfiliação do partido movida unicamente "por interesses eleitorais e desmedido personalismo", após sucessivas recusas em dialogar com a direção partidária sobre as razões das supostas insatisfações.

Em defesa do partido, Emídio diz que o PT nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da senadora. "Ao contrário disso, Marta Suplicy foi sucessivamente prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da militância e das direções, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e nomeada duas vezes ministra de Estado".

O ex-presidente Lula (PT) participará no próximo dia 30 de março de uma reunião com representantes da Executiva Nacional e presidentes estaduais da legenda, em São Paulo. O encontro tem o objetivo de discutir a conjuntura política atual, a atuação do Partido dos Trabalhadores na agenda de mobilização dos movimentos sociais em defesa da democracia e das conquistas sociais do povo brasileiro nos últimos anos.

Durante coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (16), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, informou que os diretórios regionais deverão, antes da reunião em São Paulo, fazer uma discussão sobre a conjuntura política e representatividades locais.

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Segundo o líder do PT, a intenção é que o encontro reúna avaliações sobre as situações nos estados e apresente propostas. A previsão é que o encontro ocorra no hotel Grand Mercure, na capital paulista.

 

A Comissão Executiva do PT-SP decidiu nesta segunda-feira (25), por unanimidade, suspender por 60 dias Raimundo Cesar Faustino, vereador de Francisco Morato (SP), mais conhecido como Capá, e mais dois filiados - Leonardo Gomes dos Santos e Gentil Chaves Siani - pelo envolvimento dos três em uma briga entre torcedores do Corinthians e do Palmeiras, ocorrida em 17 de agosto, que culminou com a morte do palmeirense Gilberto Torres Pereira.

A suspensão do vereador Capá, que concorre ao cargo de deputado estadual, automaticamente inviabiliza sua candidatura. A Executiva aprovou ainda que o caso seja encaminhado para a Comissão de Ética do PT-SP, que terá também 60 dias para analisar o episódio e propor outras ações.

"Enquanto isso, iremos aguardar as investigações da Polícia e da Justiça para verificar se novas medidas serão necessárias. No momento, os filiados estão suspensos", explicou o presidente estadual do PT-SP, Emidio de Souza, em nota.

Segundo Emidio, o vereador teve direito a participar da reunião e dar suas explicações, mas não compareceu. "Os indícios que existem hoje são suficientes para a suspensão. Não temos tolerância para violência e não vamos compactuar com qualquer tipo de agressão", acrescentou.

Na última quinta-feira, quando foi confirmada a morte do torcedor palmeirense, uma comissão especial criada pelo partido já havia recomendado por unanimidade a suspensão dos três filiados.

Capá é suspeito de ter agredido Pereira com um galho de árvore. O palmeirense teve traumatismo craniano e sofreu morte cerebral. O vereador foi denunciado por tentativa de homicídio, mas ainda está em liberdade.

Não é a primeira vez que o vereador corintiano, que é sócio da torcida Gaviões da Fiel, se envolve em confusão com torcedores adversários. No ano passado, durante uma briga com vascaínos no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, ele foi flagrado dando um chute em um policial militar. À época, alegou que estava apenas se defendendo. Sobre a confusão de domingo, o seu advogado disse que Capá é inocente e foi apenas socorrer os corintianos que estavam apanhando dos palmeirenses.

Na quinta-feira, após a morte do torcedor, Emídio lamentou, em nota, o ocorrido e transmitiu suas condolências aos familiares de Pereira.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse na noite desta terça-feira, 8, que seu partido está seguro e confiante em reverter na Justiça a liminar que anulou a convenção estadual da legenda. A decisão judicial foi tomada no fim de semana a pedido do deputado estadual Luiz Moura, afastado pelo partido depois de denúncias de ligação com o PCC.

"O PT está muito seguro do ponto de vista jurídico, a convenção foi democrática, (foi uma) decisão democrática dos delegados. O PT tem muita segurança e vai apresentar esses argumentos à justiça. O PT tem confiança na justiça e vamos recorrer à Justiça", frisou.

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Padilha fez ainda elogios à decisão do partido em relação a Moura e disse que o PT já deu "o fim" na relação com ele, numa referência à suspensão do deputado, que o impediu de concorrer neste pleito. "O PT foi rápido e ágil nessa decisão e mostrou que, diferente de outros partidos, é implacável com qualquer facção criminosa e qualquer pessoa que se aproxime de facção criminosa."

Em seguida, o ex-ministro da Saúde fez críticas à atuação da Polícia Civil de São Paulo, que comandou a operação que relatou a presença do deputado na reunião com a facção criminosa. "Quem não está sendo rápida é a polícia civil. Diz que foi feita uma operação que identificou pessoas ligadas a instituições criminosas, só que até hoje não se viu ninguém ser preso nessa operação", reclamou.

Luiz Moura participou de reunião em março, encontro que foi alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo, em uma investigação sobre o envolvimento do PCC nos ataques a ônibus na capital paulista neste ano.

O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, afirmou que a sigla irá recorrer da decisão em caráter liminar da Justiça de São Paulo que anulou a convenção estadual do partido, a pedido do deputado estadual Luiz Moura (PT). Em nota oficial, Emídio disse que recebeu com surpresa "a decisão de um juiz de primeira instância que suspendeu liminarmente os efeitos da decisão unânime da Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores de suspender o filiado Luiz Moura".

A decisão da Justiça teve como consequência a anulação da convenção da legenda que referendou, entre outras candidaturas, o nome do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo do Estado de São Paulo. O presidente estadual do PT ressalta que a convenção estadual, assim como o pedido de registro das candidaturas majoritárias e proporcionais foram realizados observando todas as exigências legais.

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Na nota, ele diz ainda que "o CNPJ das candidaturas já foi expedido pelo TRE". Emídio argumenta, na nota, que "a sociedade brasileira exige que os partidos políticos ajam com rigor na escolha de seus filiados e candidatos e, em sintonia com esse sentimento o PT empreenderá todos os esforços para fazer valer uma decisão soberana, democrática e pela ética na política".

Comemoração

O deputado Luiz Moura, que foi suspenso pelo PT depois da divulgação de suspeitas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), comemorou em seu perfil no Facebook a liminar que obteve no Tribunal de Justiça de São Paulo, anulando a convenção do partido no Estado.

"A justiça existe. Obrigado Senhor pelo reconhecimento e por iluminar o Judiciário a também reconhecer a verdade", postou Moura. Ele publicou ainda uma foto da decisão provisória do TJ-SP, assinada pelo juiz Fernando Oliveira Camargo.

Segundo a assessoria do TJ, a decisão liminar foi feita durante o plantão judiciário do fim de semana e ainda não foi distribuída. A decisão já é válida, mas ainda precisa ser cadastrada em alguma vara criminal para haver continuidade no processo. Esse cadastro só deve acontecer a partir da próxima quinta-feira, informou a assessoria, pois amanhã, 09, é feriado estadual em São Paulo.

O presidente estadual do PT-SP, Emídio de Souza, afirmou nesta terça-feira, 8, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o PT ainda não foi notificado da decisão em caráter liminar da Justiça de São Paulo que anulou a convenção estadual do partido, a pedido do deputado estadual Luiz Moura (PT). Segundo Emídio, a decisão "é completamente equivocada". "Estamos esperando ser citados para recorrer", afirmou.

Emídio disse ainda que o partido foi surpreendido por essa decisão e que a convenção foi perfeitamente legal. "Confiamos no Tribunal de Justiça", afirmou.

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Suspeito de ter ligação com integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Luiz Moura teve os direitos políticos suspensos pelo partido e com isso não pôde participar da convenção que oficializou as candidaturas. Ele pretendia concorrer à reeleição.

O presidente estadual do PT disse que o partido se pronunciará em nota que será divulgada em breve.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) levantou nesta quinta-feira em plenário "dúvidas" sobre a constitucionalidade do parecer apresentado pelo colega de bancada Walter Pinheiro (BA) sobre o projeto de nova divisão de recursos dos royalties do petróleo. Suplicy questiona a alteração feita por Pinheiro, nesta quarta-feira (3), na proposta que, pelo menos até 2015, manterá os mesmos critérios de distribuição do FPE que foram declarados ilegais em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O texto deve ir à votação na próxima terça-feira, dia 9.

"É muito importante termos a garantia acerca da constitucionalidade desse dispositivo, o que eu espero que até terça-feira próxima essa dúvida possa ser inteiramente sanada pelo nosso relator e pelos consultores jurídicos, inclusive eventualmente pelo próprio STF, se avaliar que isso se faz necessário", disse o petista. Ele lembrou que o Supremo declarou "explicitamente nulo" o atual critério de repasses.

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Suplicy disse ainda que, para os anos de 2016 e 2017, a nova proposta cria "regras mais complexas". Nos dois anos, o bolo dos repasses do fundo será corrigido pelo aumento do IPCA mais 50% da variação real do PIB calculados em 2015. E o excedente da arrecadação do FPE nesses anos terá como base critérios que Walter Pinheiro já havia proposto: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita.

"Como tais índices, a exemplo do que foi dito ontem neste plenário, não correspondem aos anseios dos governadores e das bancadas estaduais - isso foi expresso por diversos senadores nos últimos dias", afirmou ele. Durante as discussões de quarta-feira, o relator do FPE justificou a manutenção até 2015 da mesma regra em vigor atualmente com o argumento de que o objetivo é garantir aos governadores o cumprimento do que considera "contratos" firmados entre eles e as respectivas assembleias legislativas. Segundo ele, até lá estará vigente uma lei que instituiu um plano plurianual (PPA) com despesas atreladas a repasses feitos por fundos.

Pinheiro negou que a nova proposta seja um desrespeito à decisão do Supremo. "Por que o contrato dos royalties vale e o do PPA não vale?", questionou o petista. Ele se referia ao fato de o Supremo ter aceito recentemente liminar dos estados produtores de petróleo de não mexer nos repasses em contratos já firmados.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolto em uma disputa jurídica. Em janeiro, o presidente em exercício do STF, Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Há três anos, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados. O prazo concedido pelo Supremo ao Congresso expira dia 24 de junho.

O presidente estadual do PT, Edinho Silva, defendeu nesta terça-feira o deputado federal e aliado Gabriel Chalita (PMDB-SP), investigado pelo Ministério Público (MP) por suspeita de receber R$ 50 milhões de empresários quando foi secretário de Educação do Estado de São Paulo.

Para Edinho, o fato de o autor das denúncias, Roberto Grobman, ter sido levado ao MP por Ivo Patarra, assessor de campanha do ex-governador e candidato derrotado a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), "faz com que elas (denúncias) sejam olhadas com mais critério ainda", disse. Ele fez o comentário ao chegar à reunião Nacional da CUT, que comemora os 30 anos da entidade sindical, em São Paulo.

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Segundo o presidente estadual do PT, Chalita "tem direito de se defender das denúncias, de expor o contraditório e somente o tempo e as investigações vão mostrar quem diz a verdade".

Edinho evitou comentar se as investigações prejudicarão a indicação de Chalita para um ministério, como vem sendo aventado. "Eu nem sei se ele foi convidado pela presidente Dilma. Quem escolhe ministros é ela."

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