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Com mais de 7 mil votos, a nova prefeita da cidade de Santa Maria, no Pará, é Diana de Sousa Câmara Melo (PR). A nova chefe do executivo foi eleita neste domingo (2), na primeira eleição suplementar em 2014. No município, o novo pleito foi marcado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-PA) devido à decisão que cassou, por compra de votos, os registros de candidatura e os diplomas do prefeito e do vice eleitos em 2012, Lucivandro Silva Melo e Paulo Augusto Batista Alencar.

Diana de Sousa foi eleita ao receber 7.921 votos, o que corresponde um pouco mais de 51% da apuração total. Na mesma votação, houve 117 votos em branco, 201 nulos e 3.223 abstenções. 

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Balanço das eleições suplementares

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no ano passado 75 cidades de 20 Estados realizaram novos pleitos devido a anulações, pela Justiça Eleitoral, das eleições de 2012 para prefeito nessas localidades. De todas os municípios que realizaram novos pleitos em 2013, a maior parte está em São Paulo, com 13 eleições, seguido do Rio Grande do Sul, com 11, e de Minas Gerais, com nove. Outras novas eleições ainda poderão ser convocadas pela Justiça Eleitoral neste ano.

Os mais de 19 mil eleitores da cidade de Santa Maria do Pará voltarão às urnas neste domingo (2) para eleger os novos prefeito e vice-prefeito do município. A cidade será a primeira a realizar nova eleição em 2014 e os cidadãos irão escolher entre os candidatos Diana de Sousa Câmara Melo (PR) e o vice Paulo Guerreiro e Jorge Luis da Silva Alexandre (PSDB) e seu vice Juberson Paes Fontoura.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Estado, o processo eleitoral será promovido no local em virtude da cassação, por compra de votos, dos registros de candidatura e de diplomas do prefeito e do vice eleitos em 2012, Lucivandro Silva Melo e Paulo Augusto Batista Alencar. A decisão plenária do tribunal regional também determinou a inelegibilidade dos dois políticos por oito anos.

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Eleição - De acordo com o TRE-PA, 19.078 cidadãos estão aptos a votar neste domingo. Os eleitores serão distribuídos em 56 seções de 20 locais de votação e poderão utilizar uma das 80 urnas eletrônicas disponíveis para o processo. 

Em 2013 - No ano passado, 75 cidades de 20 Estados realizaram novos pleitos devido à anulação da eleição para prefeito feito pela Justiça Eleitora nas localidades.

Após ter passado um ano da tragédia da boate Kiss, no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff se solidarizou na manhã desta segunda-feira (27), pelo Twitter, com os familiares das vítimas do acidente. O incêndio realizado na cidade de Santa Maria matou 242 pessoas e foi notícia internacional. 

Na rede social a presidente lembrou do acidente e disse que ainda sente tristeza. “Passado um ano da tragédia em Santa Maria, a tristeza ainda está viva em nossos corações (...)”, comentou.

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Em outra publicação Rousseff relembrou a visita que fez aos familiares das vítimas. “Lembro de cada mãe, de cada pai que abracei. Fui como presidenta oferecer conforto. Como mãe e avó, me uni na dor às famílias das vítimas”, desabafou a presidente que cumpre agenda pública nesta segunda, em Cuba. 

Cerca de 200 manifestantes participaram de uma passeata e um protesto diante do prédio do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Santa Maria, para pedir a inclusão de mais réus nos processos contra responsáveis pela tragédia da boate Kiss, nesta segunda-feira (27).

Os familiares das 242 vítimas da tragédia, que completou um ano hoje, entendem que as denúncias oferecidas pelo Ministério Público à Justiça não apontam todos os culpados e querem que os funcionários públicos, inclusive o prefeito Cezar Schirmer (PMDB), também sejam denunciados por falhas na emissão de alvarás e fiscalização municipais. O Ministério Público sustenta que, apesar do clamor, não há previsão legal para o enquadramento de tais pessoas, a não ser que surjam fatos novos em dois inquéritos policiais que ainda estão em andamento.

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Os manifestantes colocaram 242 balões brancos nos muros do prédio do Ministério Público, sentaram no asfalto da rua que passa em frente e permaneceram quase uma hora no local gritando palavras como "justiça" e "acorda Santa Maria". Depois da manifestação, o grupo se dispersou.

Cerca de cem pessoas estão em vigília diante dos escombros da boate Kiss neste inicio de madrugada de segunda-feira (27), na cidade gaúcha de Santa Maria. O grupo faz uma homenagem às vitimas da tragédia.

O incêndio na boate ocorreu há exatamente um ano, na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013. Voluntários pintaram 242 corpos no asfalto da Rua dos Andradas para lembrar cada um dos mortos na tragédia.

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Algumas pessoas depositaram flores diante do tapume do prédio. A maioria dos participantes é formada por amigos e pessoas solidárias às vitimas e permanece em silêncio.

A tragédia na boate Kiss é assunto quase proibido no prédio do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Dos 242 mortos, 65 estudavam ali, onde estão os cursos de agronomia, engenharia florestal e medicina veterinária. Qualquer aluno ou professor muda imediatamente a feição e o tom de voz ao conversar sobre aquele 27 de janeiro. Em algumas turmas, lembrar dos colegas que não sobreviveram foi oficialmente vetado.

Os psicólogos que fazem o acompanhamento de 80 alunos do centro orientam seus pacientes a não falar daquela madrugada nas salas de aulas ou nos encontros fora da faculdade. A maior parte desses estudantes conseguiu escapar no início do incêndio. Alguns carregam queimaduras nos braços e oito se recuperam de lesão pulmonar. A festa era organizada pela 89.ª turma de Agronomia - dos 36 alunos da sala, 10 morreram.

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Por causa de uma greve no segundo semestre do ano passado, os alunos continuam em aulas neste mês. O silêncio sobre a tragédia parece um pacto entre os estudantes. Eles argumentam que a universidade precisa voltar a ter uma existência desvencilhada daquele dia. Os folhetos de festas e de formaturas também são raros.

"No máximo, o que teve esse ano foi um churrasco ou outro. Mas não é a mesma coisa, as pessoas ficam metade do tempo que ficavam antes e vão embora. Festa em lugar fechado ninguém mais quer fazer. As coisas mudaram muito por aqui", conta Alex Schonell, de 19 anos, da 89.ª turma de Agronomia. O clima pesado também contagiou os calouros dos cursos de agrárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começa neste sábado (25), em Santa Maria (RS), o 1º Congresso Internacional Novos Caminhos. O evento debaterá formas de prevenir tragédias, como a que ocorreu na Boate Kiss em 27 de janeiro do ano passado. A tragédia causou a morte de 242 pessoas. O encontro é organizado pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).

Durante três dias, os participantes discutirão mudanças em normas e regulamentações. Eles devem apresentar o que foi feito após o acidente na Kiss e indicar as providências que ainda faltam ser tomadas. Também tratarão da necessidade de apoio aos sobreviventes, criando um espaço para troca de experiências, além de chamar a atenção dos Poderes Públicos.

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Para o presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira, as maiores contribuições do congresso serão conscientizar a sociedade e evitar o esquecimento. “Quando nada é feito, outras tragédias podem ocorrer. Por isso, vamos refletir sobre o que aconteceu, o que não poderia ter acontecido, o nosso norte daqui para a frente, a prevenção, as partes psicológicas e criminais”.

Adherbal Ferreira acrescentou que o objetivo é promover um amplo debate. Isso possibilitará aos familiares das vítimas da tragédia na Kiss, que ainda não se recuperaram das perdas sofridas, “traçar um novo caminho” de convívio com as sequelas dessas perdas.

Neste sábado e domingo (26), os inscritos participarão de palestras, painéis e rodas de conversa. Entre os assuntos que serão debatidos, estão o trabalho dos profissionais de saúde mental com os sobreviventes da tragédia, a prevenção e a segurança de incêndios e o papel da imprensa na cobertura do caso. Na segunda-feira (27), os participantes se dedicarão às homenagens. Durante todo o dia ocorrerão atos em Santa Maria, em memória das vítimas.

 

Na manhã desta segunda-feira (20), a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) deu início às ações relacionadas ao primeiro ano do aniversário da tragédia na Boate Kiss, que aconteceu em 27 de janeiro e matou 242 frequentadores.

A primeira atividade foi uma caminhada, que se iniciou às 8 horas. Cerca de 150 manifestantes, entre familiares, amigos e moradores da região, se reuniram em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima e andaram em direção ao Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira. Ao chegar, por volta das 9 horas, uma missa foi presidida pelo arcebispo da Diocese de Santa Maria, d. Hélio Adelar Rubert, e cerca de dez padres. O canto foi feito pelo Coral da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A igreja ficou lotada. Foram levados banners, faixas, fotos e imagens das vítimas da tragédia, com pedidos de justiça.

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Depoimento - O presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira, relata que, após um ano da tragédia, se sente mais amadurecido como ser humano e aprendeu a dar mais valor à vida. Ferreira perdeu a filha Jennefer Ferreira, de 19 anos, no incêndio. Ele diz, entretanto, que sente muita tristeza com a ganância que ainda toma conta de alguns, que continuam com atitudes irresponsáveis.

A continuação das homenagens será realizada nos dias 25,26 e 27. A AVTSM realizará o I Congresso Internacional Novos Caminhos - A Vida em Transformação. Estão previstos debates, rodas de conversa e palestras sobre a importância do cumprimento das leis, além de alertas à população quanto à necessidade de prevenção.

A Justiça Eleitoral decidiu a realização de eleições suplementares na cidade de Santa Maria do Pará no próximo dia 2 de fevereiro. O novo pleito deverá levar às urnas mais de 15 mil eleitores segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a escolha de novo prefeito e vice. 

Com o processo eleitoral, a cidade será a primeira a renovar a eleição em 2014. Ano passado, 75 cidades de 20 Estados realizaram novos pleitos municipais devido à anulação, pela Justiça Eleitoral, da eleição de 2012 nessas localidades.

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Em Santa Maria do Pará as eleições suplementares foram marcadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-PA) em virtude de decisão que cassou, por compra de votos, os registros de candidatura e os diplomas do prefeito e do vice eleitos em 2012, Lucivandro Silva Melo e Paulo Augusto Batista Alencar. A mesma decisão determinou a inelegibilidade de ambos os políticos por oito anos.

Suspensas - Outras quatro eleições, também marcadas para o dia 2 de fevereiro nas cidades de Carnaubais, Marcelino Vieira, Mossoró e Pedra Grande, no Rio Grande do Norte, estão suspensas por decisões judiciais até o momento e ainda não há informação se ocorrerão mesmo ou não. 

 

Testemunhas da tragédia da boate Kiss confirmaram à Justiça que a casa noturna ficava superlotada com frequência em nova rodada de depoimentos ao juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Fonseca Louzada, nesta quinta-feira, 05.

Uma ex-funcionária do estabelecimento disse que a admissão de público excessivo era constante e que não lembra de a administração limitar a entrada de pessoas alguma vez. Um frequentador lembrou que conseguiu sair rastejando do tumulto que se formou quando o fogo se alastrou pelo teto do edifício. Outro reiterou que as grades de contenção dificultaram a saída do público.

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A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro e, conforme apurou a polícia, foi provocada pelo uso de artefato pirotécnico durante show da banda Gurizada Fandangueira. Uma fagulha chegou ao teto e passou a queimar a espuma do revestimento acústico. Como a casa estava superlotada, houve tumulto e muitos frequentadores não conseguiram sair dela a tempo de se salvar. A maioria das 242 vítimas morreu por asfixia. Dois proprietários da casa e dois integrantes do conjunto musical são réus do processo criminal, que está em fase de instrução, e serão julgados por júri popular.

Presidente da CPI morre

A vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB), de 56 anos, que presidiu a CPI da Boate Kiss na Câmara de Santa Maria, morreu na madrugada desta quinta-feira. Ela vinha se queixando de dores nas costas e no peito e sofreu uma parada cardíaca. O corpo da parlamentar foi enterrado no final da tarde desta quinta-feira.

A CPI funcionou do início de março ao início de julho e, ao final, entendeu que os agentes públicos que autorizaram o funcionamento da boate não infringiram a legislação existente no município.

A polícia investiga um atentado contra uma casa noturna em Santa Maria, no norte do Rio Grande do Sul. O episódio ocorreu na manhã deste domingo (11), no centro da cidade. Uma porta do Muzeo Pub foi atingida pelas chamas. Ninguém ficou ferido.

Uma câmera de vigilância localizada em frente à boate flagrou um motociclista se aproximando do local e estacionando o veículo. O relógio marcava 7h03, quando ele desceu da moto com um coquetel molotov, aproximou-se da fachada do bar e arremessou o artefato, que se quebrou e começou o incêndio. Momentos depois, um segurança deixou o prédio com um extintor e controlou o fogo. Não havia clientes no local, onde quatro funcionários trabalhavam.

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Em janeiro deste ano, um incêndio consumiu o prédio da boate Kiss, também no centro da cidade. Duzentas e quarenta e duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Familiares e amigos das vítimas do incêndio da boate Kiss foram às ruas de Santa Maria homenagear os 242 mortos da tragédia, que completou seis meses neste sábado. No final da manhã, eles percorreram algumas ruas centrais vestindo túnicas pretas e promoveram uma campanha de doação de agasalhos.

Muitos deles também contribuíram com a iniciativa entregando roupas de familiares mortos na tragédia. As peças serão distribuídas a pessoas carentes. As manifestações prosseguem à tarde, com uma caminhada, e no início da noite, com um minuto de aplausos e um culto ecumênico.

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Uma pesquisa feita pelo Instituto Methodus para o Grupo RBS, divulgada neste sábado pelo jornal Zero Hora, mostrou que a percepção popular, independentemente do resultado das investigações e do processo criminal, é de que nem todos os responsáveis serão punidos. Dos 600 entrevistados entre os dias 20 e 22 de julho, 61,9% discordam da afirmação de que todos os responsáveis estão respondendo a processo na Justiça e 57,5% discordam da afirmação de que será feita justiça e os culpados serão condenados.

Questionados sobre quem consideram culpados, 85,2% apontaram os proprietários da boate, 75,5% o corpo de bombeiros, 68% o prefeito Cézar Schirmer (PMDB), 59% a banda Gurizada Fandangueira, 56% os funcionários públicos municipais que emitiram licenças e alvarás, 53% o Ministério Público e 43,8% o governador Tarso Genro (PT).

A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. A investigação concluiu que uma faísca produzida por um show pirotécnico atingiu o revestimento acústico do teto e queimou rapidamente a espuma provocando a fumaça tóxica que asfixiou a maioria das vítimas. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda que fazia o show são réus do processo, acusados pelo Ministério Público de homicídios com dolo eventual.

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul arquivou o expediente contra o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), por suposta culpa na tragédia da boate Kiss. A decisão foi tomada por unanimidade nesta quinta-feira, 18, e acolheu parecer do Ministério Público. O incêndio da casa noturna ocorreu na madrugada de 27 de janeiro deste ano e matou 242 pessoas.

O julgamento foi a última etapa do exame de admissibilidade de processo contra o prefeito. No dia 22 de março, quando concluiu o inquérito criminal que investigou a tragédia, a Polícia Civil indiciou diretamente 16 pessoas e apontou outras 12, com foro especial, para análise de órgãos competentes, como o Tribunal de Justiça, no caso do prefeito, ou a Justiça Militar, no caso de bombeiros.

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A polícia considerou que havia "indícios de prática de homicídio culposo" na conduta do prefeito porque secretários e funcionários municipais teriam falhado nas exigências para emissão de alvarás e na fiscalização da casa noturna. À época, Schirmer considerou a acusação um "absurdo jurídico".

O parecer da procuradora de Justiça Eva Margarida Brinques de Carvalho sustentou que "não se pode edificar uma responsabilidade penal no dever geral de qualquer servidor público de conhecer o funcionamento do órgão onde trabalha, ou concluir que se conhecesse a estrutura e as atribuições o evento não teria ocorrido". Os desembargadores acolheram a argumentação do Ministério Público e arquivaram o expediente.

Dos 16 indiciados pela Polícia Civil, quatro viraram réus em processo por homicídio doloso com dolo eventual e outros quatro respondem por falso testemunho e fraude processual. Na área cível, o Ministério Público encaminhou ação de improbidade administrativa contra quatro bombeiros e também isentou o prefeito e funcionários municipais de culpa. Na Justiça Militar, oito bombeiros estão indiciados por supostas irregularidades na fiscalização da Kiss.

O advogado Omar Obregon, defensor do vocalista Marcelo de Jesus dos Santos, da banda Gurizada Fandangueira, pediu nesta teraç-feira à Justiça uma nova perícia na boate Kiss. A tragédia na danceteria de Santa Maria (RS), em 27 de janeiro, deixou 242 mortos. No pedido, Obregon sustentou que vestígios de querosene teriam sido encontrados na casa e que não foram citados no inquérito policial.

A Justiça ainda não analisou o pedido. O processo criminal está na fase de instrução. Nesta terça-feira, o juiz Ulysses Fonseca Louzada ouviu sobreviventes da tragédia. Dois sócios da boate Kiss e dois integrantes da banda são acusados de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul vai ajuizar ação civil por improbidade administrativa contra quatro bombeiros - os ex-comandantes Altair de Freitas Cunha e Moisés da Silva Fuchs, o major Daniel da Silva Adriano e o capitão Alex da Silva Camilo - por supostas falhas na emissão de licenças e alvarás para o funcionamento da boate Kiss. Em tese, eles podem ser condenados a perder funções públicas e ao pagamento de multa. A informação foi divulgada pelos promotores responsáveis pelo caso em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, em Santa Maria. A ação não atribuirá responsabilidades ao prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e nem a funcionários públicos municipais.

A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou nesta segunda-feira uma ação contra os sócios da boate Kiss na Justiça Federal de Santa Maria (RS) pedindo R$ 1,516 milhão de ressarcimento, por pagamentos feitos e futuros, de benefícios previdenciários a 17 funcionários e terceirizados ou dependentes que trabalhavam na casa noturna na noite da tragédia que matou 242 pessoas em janeiro.

Em nota, a AGU afirmou que "o pedido de indenização decorre da negligência do estabelecimento em relação às normas de proteção e saúde dos empregados em razão do descumprimento da legislação de prevenção e segurança do trabalho". Também cita que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já desembolsou R$ 68 mil com pensões por morte e auxílio-doença previdenciário concedidos aos funcionários e dependentes.

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Prevê ainda que o desembolso total chegará a R$ 1,516 milhão. Se condenados pela Justiça, os sócios não precisarão depositar todo o valor de uma vez só, mas em parcelas que constituirão um fundo para ressarcir a Previdência pelos gastos futuros com o caso.

Parte dos gastos calculados se refere às pensões por morte concedidas às famílias de cinco funcionários e ao auxílio-doença pago a 12 funcionários feridos.

A AGU estuda ingressar com outra ação para assegurar os valores dos auxílios às famílias dos frequentadores mortos e às centenas de feridos no incêndio da casa noturna.

De acordo com o procurador-geral federal Marcelo Siqueira, as ações têm a função de assegurar que a Previdência, sustentada por todos os trabalhadores, não arque com custos causados por culpa de empresários, e também um caráter pedagógico, de mostrar que os responsáveis por um estabelecimento aberto ao público respondem pela segurança dos frequentadores.

A tragédia aconteceu em 27 de janeiro e, segundo investigação da Polícia Civil, foi provocada pela fagulha de um artefato pirotécnico que chegou ao teto da casa noturna e queimou rapidamente a espuma do sistema de isolamento acústico. A fumaça tóxica matou por asfixia a maioria das vítimas, que não tiveram tempo de chegar à rua por falta de saídas alternativas à porta principal. Dois sócios da boate, os empresários Mauro Londero Hofmann e Elissandro Spohr, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, são réus de processo criminal que tramita na Justiça de Santa Maria.

Os manifestantes que ocupavam a Câmara de Santa Maria (RS) desde terça-feira, 24, deixaram o edifício nesta segunda-feira. Eles consideraram que a reivindicação que apresentavam foi atendida na noite deste domingo, 30, quando o presidente da Casa, Marcelo Bisogno (PDT), assinou um documento no qual se comprometeu a afastar o procurador jurídico Robson Zinn, que havia posto o cargo à disposição, num prazo de 30 dias. O grupo acusa Zinn, que é ligado ao PMDB, de ter articulado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga responsabilidades de agentes públicos na tragédia da boate Kiss só com vereadores da base de apoio da prefeitura, comandada pelo prefeito Cezar Schirmer (PMDB).

A ocupação da Câmara de Santa Maria (RS) entrou hoje em seu quarto dia e ainda não há perspectiva de solução, segundo informou a Agência Brasil. Os parentes das vítimas da Boate Kiss estão pedindo o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a tragédia que ocorreu em janeiro, a exoneração do procurador jurídico da Câmara e a renúncia de três vereadores que integram a CPI.

O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Adherbal Alves Ferreira, disse que os manifestantes não deixarão a tribuna enquanto as reivindicações não forem atendidas.

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A ocupação foi motivada pelo vazamento de uma conversa entre a presidente da CPI, a vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB), o vice-presidente, Tavores Fernandes (DEM), e um assessor, que seria o autor da gravação. No áudio, o trio discute sobre os rumos da investigação e citam que havia uma orientação dela "não dar em nada".

Em manifestação que começou por volta das 17h30 frente à Catedral Metropolitana da Av. Rio Branco, e reuniu cerca de 700 pessoas. No momento mais esperado do protesto, 242 pessoas deitaram-se no asfalto do Viaduto Evandro Behr, uma das principais vias da cidade. Logo após os manifestantes soltarem balões de gás hélio brancos.

De acordo com a Brigada Militar cerca de 400 pessoas acompanharam caminhada de aproximadamente 3 km em direção à Basílica da Medianeira. A frente do grupo, um carro de som que tocava músicas religiosas. Aderbhal Ferreira, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria, utilizando microfone, justificava o ato a população que aplaudia e buzinava ao ver o grupo.

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Na Basílica, pais, familiares e sobreviventes que quisessem se manifestar eram convidados a ir a frente lembrar os seus. O desejo de justiça era sempre colocado por todos. Após, houve um ato ecumênico, coordenado por representantes da igreja católica, anglicana e luterana.

Cerca de 150 familiares e amigos das vítimas do incêndio na Boate Kiss passaram a terceira noite dentro do prédio da Câmara de Vereadores de Santo Maria, no Rio Grande do Sul. O grupo ocupa o local desde a noite dessa terça-feira, 25. Eles pedem a anulação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga responsabilidades do poder público pela tragédia, em janeiro deste ano, que matou 242 pessoas.

A ocupação teve início após a descoberta de uma gravação de áudio, feita em abril, onde a presidente da CPI Maria de Lourdes Castro (PMDB), o vice Tavores Fernandes (DEM) e um assessor criticam a relatora Sandra Rebelato (PP) e dão a entender que a investigação não deveria "dar em nada".

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Além do afastamento dos integrantes da Comissão, o grupo exige também a exoneração do procurador jurídico do Legislativo, Robson Zinn, que é do mesmo partido do prefeito Cezar Schirmer, o PMDB. De acordo com o coordenador do Movimento Santa Maria do Luto à Luta, Flávio da Silva, os familiares e amigos querem também a cassação dos vereadores da CPI e do prefeito da cidade.

Devido a ocupação, a Casa está com o expediente suspenso desde quarta, 26. O depoimento de Schirmer à CPI, marcado para quarta, foi suspenso. Em nota, a Câmara informou que "a medida foi tomada por questões de segurança, pois os servidores não tem mínimas condições de trabalho no local". Segundo o comunicado, as atividades do Legislativo só serão retomadas após a desocupação do prédio.

Tragédia

No dia 27 de janeiro, a casa noturna foi tomada completamente pelo fogo após a faísca de um show pirotécnico da Banda Gurizada Fandangueira queimar a espuma de revestimento acústico do local. A fumaça tóxica liberada pelo incêndio matou 234 pessoas - a maioria delas universitários - no dia do acidente. Outras oito vítimas não resistiram aos ferimentos e morreram posteriormente.

Os quatro acusados pela Justiça pelos homicídios (dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero, e dois músicos da Banda, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão) aguardam o julgamento em liberdade.

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